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Edição Especial - Faap

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Outra importante mudança induzida pelo Fundef foi a melhoria do<br />

perfil do magistério do Ensino Fundamental público. Até 1995, o número<br />

de professores leigos, ou com formação básica, era de 132 mil,<br />

representando 9% do total – a maioria dos quais nas escolas do Norte e<br />

Nordeste e nas classes de 1.ª a 4.ª série. Na outra ponta, apenas 580 mil<br />

professores apresentavam formação superior, representando 41% do total – a<br />

maioria presente nas escolas do Sul e Sudeste e nas classes de 5.ª a 8.ª série.<br />

Entre o período de 1995 e 2003, o número de professores leigos sofreu uma<br />

acentuada redução. Em 2003, encontravam-se cerca de 16 mil professores com<br />

formação básica (apenas 1% do total), principalmente no Nordeste, mas também<br />

em localidades rurais de outras regiões do país.<br />

O número de professores com formação superior em 2003 passou a ser<br />

928 mil (um crescimento de 6% ao ano). Apenas no ensino de 5.ª a 8.ª série,<br />

a proporção de docentes com formação superior passou a representar 77%.<br />

Outro fenômeno associado à dinâmica desencadeada pelo Fundef tem sido a<br />

acelerada municipalização do ensino fundamental. Até 1995, a matrícula das redes<br />

municipais representava não mais que 32% do total, chegando a 10 milhões de<br />

alunos. Em 2003, mais de 50% das matrículas passaram a ser de escolas municipais,<br />

alcançando quase 18 milhões de alunos. No mesmo período, a matrícula das redes<br />

estaduais sofreu uma redução na sua participação, de 56% para 38%, com um<br />

decréscimo no número de alunos de 18 milhões para 13 milhões.<br />

A municipalização sempre foi mais forte nos estados do Nordeste, onde a<br />

rede estadual representava, até 1995, no máximo 40% do total das matrículas e<br />

a rede municipal atingia quase 50%, sendo a demanda complementada pelo<br />

atendimento das escolas particulares. Os estados do Ceará e da Bahia chegaram<br />

a ter, nos anos 80, mais de 60% de matrículas municipais. Em 2003, a rede<br />

municipal desses estados estava respondendo por mais de 70% das matrículas,<br />

reduzindo-se para quase 20% a participação estadual (Tabela 8).<br />

186<br />

Revista de Economia & Relações Internacionais, vol.5(edição especial), 2006

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