Divulgación - Editora IBEP - Instituto Brasileiro de Edições ...
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manual do professor<br />
a respon<strong>de</strong>r <strong>de</strong> modo natural, conforme sua história <strong>de</strong> vida, suas experiências sociais,<br />
seus valores, seus princípios, suas preferências, etc. Queremos que diante do <strong>de</strong>sconhecido<br />
ou do semi<strong>de</strong>sconhecido (lembremo-nos da semelhança entre o português e o<br />
espanhol) o aluno comece a buscar modos <strong>de</strong> ler (FOUCAMBERT, 2008), com orientação<br />
do(a) professor(a). É por isso que apostamos nas estratégias <strong>de</strong> leitura em que o leitor<br />
começa a ativar o conhecimento prévio para relacionar o velho com o novo, fazendo<br />
inferências baseadas no contexto, usando fontes <strong>de</strong> informação como o dicionário,<br />
discutindo com seus colegas as suas i<strong>de</strong>ias.<br />
É nesse espírito <strong>de</strong> <strong>de</strong>safio que os textos foram escolhidos. E já mencionamos que<br />
há textos para vários gostos, incluindo diversos tópicos que tratam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> questões <strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> até <strong>de</strong> tecnologia em forma <strong>de</strong> notícias, ensaios, historietas, receitas, grafites<br />
e até <strong>de</strong> poesia.<br />
O último volume está centrado na história <strong>de</strong> D. Quixote e <strong>de</strong> Martín Fierro <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
a primeira até a quarta, e última, unida<strong>de</strong>. O texto original <strong>de</strong> Cervantes está em prosa,<br />
mas felizmente encontramos uma versão brasileira em forma <strong>de</strong> poesia <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l, o<br />
que nos permitiu explorar uma das manifestações poéticas mais ricas e tradicionais do<br />
Brasil, que transforma o herói manchego em cangaceiro, rival <strong>de</strong> Lampião. Nessa visão,<br />
em que se fun<strong>de</strong>m o ibérico e o americano, cada uma das partes contagia-se das características<br />
da outra e as duas ganham com isso. E até a Dulcinea, que tradicionalmente<br />
se encontra longe <strong>de</strong> nossa realida<strong>de</strong> espacial e temporal, se reconfigura como uma<br />
mulher nor<strong>de</strong>stina carente, lutando pela sobrevivência, o que po<strong>de</strong> nos levar a discutir<br />
uma questão social bem atual. Por outro lado, a relação <strong>de</strong> amor platônico entre D.<br />
Quixote e Dulcinea abre espaço para abordar outro assunto – sempre atual -, que é o<br />
do namoro, um tema que atrai os alunos porque nessa ida<strong>de</strong> eles começam a vivenciar<br />
esse tipo <strong>de</strong> experiência.<br />
Outra forma <strong>de</strong> aproveitar o tema quixotesco está relacionada com a geografia e o turismo<br />
cultural. Tanto a região manchega quanto a nor<strong>de</strong>stina possuem caraterísticas semelhantes<br />
<strong>de</strong>terminadas pela seca e por uma vegetação rasteira. E dado que nesse ambiente<br />
aparentemente pobre se <strong>de</strong>senrolam as aventuras <strong>de</strong> D. Quixote, o original e o recriado, é<br />
uma oportunida<strong>de</strong> para nos aproximarmos <strong>de</strong> sua cultura como se fôssemos turistas.<br />
Assim como foi possível reunir duas áreas <strong>de</strong> conhecimento diferentes, mostrando<br />
como a natureza física acaba condicionando o tipo <strong>de</strong> vida que seus habitantes levam,<br />
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