08.06.2013 Views

LIBRO DE RESÚMENES Enlace pdf - Seea.es

LIBRO DE RESÚMENES Enlace pdf - Seea.es

LIBRO DE RESÚMENES Enlace pdf - Seea.es

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

PROTECÇÃO CONTRA PRAGAS EM OLIVICULTURA SUSTENTÁVEL,<br />

EM PORTUGAL<br />

TORRES, L.M. 1 ; BENTO, A. 2 ; PEREIRA, J.A. 2<br />

1<br />

Universidade de Trás-os-Mont<strong>es</strong> e Alto Douro. Apartado 1013, 5000–911 Vila Real.<br />

Portugal. ltorr<strong>es</strong>@utad.pt<br />

2<br />

Escola Superior Agrária de Bragança. Quinta Sta Apolónia, Apartado 1172, 5301-855<br />

Bragança.<br />

A importância económica e social da oliveira em Portugal justifica que d<strong>es</strong>de há<br />

longa data tenha havido a preocupação de minorar os prejuízos causados pelos<br />

seus inimigos, entre os quais as pragas. É assim que, já em 1905, Veríssimo de<br />

Almeida, nas Actas do Congr<strong>es</strong>so de leitaria, olivicultura e indústria do azeite,<br />

aconselha a adopção de diversos meios de luta mecânica e cultural contra <strong>es</strong>t<strong>es</strong><br />

organismos. Ap<strong>es</strong>ar disso, nas quatro décadas seguint<strong>es</strong> foram <strong>es</strong>cassos os<br />

progr<strong>es</strong>sos alcançados n<strong>es</strong>te domínio. A propósito, em 1923, Antero de Seabra,<br />

num relatório elaborado na sequência da sua participação na Conferência<br />

Internacional de Madrid sobre os meios de luta contra o Dacus oleae, salienta o<br />

atraso em que Portugal se encontrava em relação aos outros país<strong>es</strong> oleícolas. No<br />

m<strong>es</strong>mo relatório, Seabra apr<strong>es</strong>enta um plano de organização dos serviços de<br />

combate e frisa que, existindo no País vários laboratórios de Patologia e Biologia<br />

Vegetal competent<strong>es</strong> para tais <strong>es</strong>tudos, a sua realização era impedida por uma<br />

circunstância “a falta de homogeneidade na organização d<strong>es</strong>t<strong>es</strong> serviços (…)”. Por<br />

outro lado, em 1943, Xavier da Cunha, numa comunicação apr<strong>es</strong>entada ao I<br />

Congr<strong>es</strong>so Nacional de Ciências Agrárias refere, ainda relativamente à mosca-daazeitona,<br />

que: “Os <strong>es</strong>tudos sobre os meios de combate à terrível praga (…) que têm<br />

merecido <strong>es</strong>pecial atenção dos país<strong>es</strong> oleícolas (…) não foram durante largo tempo<br />

objecto de maior inter<strong>es</strong>se por parte dos nossos inv<strong>es</strong>tigador<strong>es</strong> e poder<strong>es</strong> públicos”.<br />

Contudo, na m<strong>es</strong>ma comunicação, o autor congratula-se pela “iniciativa recente da<br />

Estação Agronómica e da Junta Nacional do Azeite ao promover e organizar o<br />

<strong>es</strong>tudo dos meios de combate no intuito de debelar os enorm<strong>es</strong> prejuízos<br />

ocasionados pelo Dacus e de colocar o nosso País no lugar que lhe compete entre<br />

os país<strong>es</strong> que cuidam de proteger a sua produção oleícola, demonstrando assim<br />

que a circunstância apontada então pelo Dr. Antero de Seabra não tem hoje razão<br />

de ser”. Na sequência d<strong>es</strong>ta iniciativa, nos anos seguint<strong>es</strong> realizam-se vários<br />

<strong>es</strong>tudos no domínio da protecção contra pragas do olival, quer n<strong>es</strong>tas instituiçõ<strong>es</strong>,<br />

quer na Repartição de Serviços Fitopatológicos e, mais tarde, na Direcção Geral de<br />

Protecção da Produção Agrícola (DGPC), substituída em 1985 pelo Centro Nacional<br />

de Protecção da Produção Agrícola (CNPPA). Esta actividade é <strong>es</strong>pecialmente<br />

importante nas décadas de 60 a 80, quando são divulgados diversos trabalhos<br />

sobre as principais pragas do olival (a mosca-da-azeitona, a traça-da-oliveira e a<br />

cochonilha-negra), por inv<strong>es</strong>tigador<strong>es</strong> como Magalhã<strong>es</strong> Silva, Abel de Freitas, José<br />

Sobreiro e António Lavadinho, e se verifica também a participação activa de<br />

inv<strong>es</strong>tigador<strong>es</strong> portugu<strong>es</strong><strong>es</strong> em reuniõ<strong>es</strong> internacionais sobre o tema,<br />

d<strong>es</strong>ignadamente as organizadas pela FAO e CEE/OILB. Embora as primeiras<br />

iniciativas no domínio da agricultura biológica, em Portugal, datem de 1976 e a<br />

40

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!