13.05.2013 Views

miolo final 1 - Revista Panamericana de Infectología

miolo final 1 - Revista Panamericana de Infectología

miolo final 1 - Revista Panamericana de Infectología

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ISSN 1679-7140<br />

Publicada por la Asociación <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong><br />

Enero - Marzo <strong>de</strong> 2004 Volumen 6 • Número 1


MERONEM ® IV<br />

Pó injetável<br />

APRESENTAÇÃO: MERONEM IV é apresentado em frasco-ampola, como pó<br />

branco estéril, contendo 500 mg ou 1,0 g <strong>de</strong> meropenem anidro para<br />

reconstituição. As embalagens disponíveis consistem em cartuchos com 10<br />

frascos-ampolas.<br />

COMPOSIÇÃO (mg/frasco-ampola)<br />

CONSTITUINTES ATIVOS<br />

Meropenem triidratado 570 1.140<br />

(equivalente anidro) 500 1.000<br />

OUTROS CONSTITUINTES<br />

Carbonato <strong>de</strong> sódio anidro 104 208<br />

USO PEDIÁTRICO E ADULTO<br />

INFORMAÇÕES AO PACIENTE<br />

Ação esperada do medicamento: A melhora dos sintomas é observada com o<br />

<strong>de</strong>correr do tratamento.<br />

Cuidados <strong>de</strong> armazenamento: MERONEM IV <strong>de</strong>ve ser conservado em temperatura<br />

ambiente (entre 15 o C e 25 o C). As soluções <strong>de</strong> MERONEM IV <strong>de</strong>vem ser utilizadas<br />

assim que possível e não <strong>de</strong>vem ser congeladas.<br />

Prazo <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>: O prazo <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> <strong>de</strong> MERONEM IV é <strong>de</strong> 3 anos, contados a<br />

partir da data <strong>de</strong> fabricação indicada na embalagem externa. Não use medicamentos<br />

com prazo <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> vencido.<br />

Gravi<strong>de</strong>z e lactação: Em caso <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z ou amamentação, antes ou durante o<br />

tratamento, o médico responsável <strong>de</strong>ve ser informado.<br />

Cuidados <strong>de</strong> administração: Use MERONEM IV <strong>de</strong> acordo com as instruções <strong>de</strong><br />

seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.<br />

Interrupção do tratamento: Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do<br />

seu médico.<br />

Reações adversas: Durante o tratamento com MERONEM IV po<strong>de</strong>m ocorrer as<br />

seguintes reações adversas: náusea, vômito, diarréia e erupção cutânea.<br />

Ocasionalmente foi relatada inflamação no local da injeção. No caso <strong>de</strong>stas ou <strong>de</strong><br />

outras reações <strong>de</strong>sagradáveis, o médico responsável <strong>de</strong>ve ser informado.<br />

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS<br />

CRIANÇAS.<br />

Ingestão concomitante com outras substâncias: Enquanto estiver em tratamento<br />

com MERONEM IV, não tome nenhum outro medicamento sem o consentimento<br />

do seu médico.<br />

Contra-indicações: Pacientes com história <strong>de</strong> alergia às penicilinas ou a outros<br />

antibióticos <strong>de</strong>vem comunicar esse fato ao médico antes <strong>de</strong> iniciar o tratamento<br />

com MERONEM IV.<br />

Efeitos sobre a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dirigir autos ou operar máquinas: Não há dados<br />

disponíveis, mas não se po<strong>de</strong> antecipar que o meropenem afetará a capacida<strong>de</strong><br />

para dirigir autos ou operar máquinas.<br />

NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE<br />

SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.<br />

INFORMAÇÕES TÉCNICAS<br />

Proprieda<strong>de</strong>s farmacodinâmicas<br />

Meropenem é um antibiótico carbapenêmico para uso parenteral que é estável à<br />

<strong>de</strong>idropeptidase-I humana (DHP-I). Meropenem exerce sua ação bactericida através<br />

da interferência com a síntese da pare<strong>de</strong> celular bacteriana. A facilida<strong>de</strong> com que<br />

penetra nas células bacterianas, seu alto nível <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> a todas as betalactamases<br />

e sua notável afinida<strong>de</strong> pelas proteínas ligantes <strong>de</strong> penicilina (PBPs)<br />

explicam a potente ativida<strong>de</strong> bactericida <strong>de</strong> meropenem contra um amplo espectro<br />

<strong>de</strong> bactérias aeróbicas e anaeróbicas. As concentrações bactericidas estão<br />

geralmente <strong>de</strong>ntro do dobro da diluição das concentrações inibitórias mínimas (CIMs).<br />

Meropenem é estável em testes <strong>de</strong> susceptibilida<strong>de</strong>, que po<strong>de</strong>m ser realizados<br />

utilizando-se o sistema <strong>de</strong> rotina normal. Testes in vitro mostram que meropenem<br />

po<strong>de</strong> atuar <strong>de</strong> forma sinérgica com vários antibióticos. Demonstrou-se que<br />

meropenem, tanto in vitro quanto in vivo, possui um efeito pós-antibiótico contra<br />

organismos gram-positivos e gram-negativos.<br />

Um conjunto <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> susceptibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> meropenem são recomendados<br />

baseados na farmacocinética e na correlação <strong>de</strong> resultados clínicos e<br />

microbiólogicos com o diâmetro da zona e a concentração inibitória mínima (CIM)<br />

do organismo infectante.<br />

Categorização Método <strong>de</strong> estabelecimento<br />

Diâmetro da Ponto <strong>de</strong> ruptura<br />

zona (mm) CIM (mg/L)<br />

Suscetível ≥ 14 < 4<br />

Intermediário 12-13 8<br />

Resistente < 11 ≥ 16<br />

O espectro anti-bacteriano in vitro <strong>de</strong> meropenem inclui a maioria dos organismos<br />

gram-positivos e gram-negativos clinicamente significantes e cepas <strong>de</strong> bactérias<br />

aeróbicas e anaeróbicas conforme relação abaixo:<br />

Gram-positivos aeróbios: Bacillus spp.; Corynebacterium diphtheriae;<br />

Enterococcus faecalis, Enterococcus liquifaciens, Enterococcus avium,<br />

Erysipelothrix rhusiopathiae; Listeria monocytogenes; Lactobacillus spp.; Nocardia<br />

asteroi<strong>de</strong>s; Staphylococcus aureus (penicilinase-negativos e positivos);<br />

Staphylococci (coagulase-negativos), incluindo: Staphylococcus epi<strong>de</strong>rmidis,<br />

Staphylococcus saprophyticus, Staphylococcus capitis, Staphylococcus cohnii,<br />

Staphylococcus xylosus, Staphylococcus warneri, Staphylococcus hominis,<br />

Staphylococcus simulans, Staphylococcus intermedius, Staphylococcus sciuri,<br />

Staphylococcus lugdunensis; Streptococcus pneumoniae (sensível e resistente a<br />

penicilina), Streptococcus agalactiae, Streptococcus pyogenes, Streptococcus<br />

equi, Streptococcus bovis, Streptococcus mitis, Streptococcus mitior,<br />

Streptococcus milleri, Streptococcus sanguis, Streptococcus viridans,<br />

Streptococcus salivarius, Streptococcus morbillorum, Streptococcus cremoris,<br />

Streptococcus Grupo G , Streptococcus Grupo F; Rhodococcus equi<br />

Gram-negativos aeróbios: Achromobacter xylosoxidans; Acinetobacter anitratus,<br />

Acinetobacter lwoffii, Acinetobacter baumannii, Acinetobacter junii, Acinetobacter<br />

haemolyticus; Aeromonas hydrophila, Aeromonas sorbria, Aeromonas caviae;<br />

Alcaligenes faecalis; Bor<strong>de</strong>tella bronchiseptica; Brucella melitensis; Campylobacter<br />

coli, Campylobacter jejuni; Citrobacter freundii, Citrobacter diversus, Citrobacter<br />

koseri, Citrobacter amalonaticus; Enterobacter aerogenes, Enterobacter<br />

agglomerans, Enterobacter cloacae, Enterobacter sakazakii; Escherichia coli,<br />

Escherichia hermannii; Gardnerella vaginalis; Haemophilus influenzae (incluindo<br />

espécies beta-lactamase-positivas e resistentes a ampicilina); Haemophilus<br />

parainfluenzae, Haemophilus ducreyi; Helicobacter pylori; Neisseria meningitidis,<br />

Neisseria gonorrhoeae (incluindo espécies beta-lactamase-positivas, resistentes a<br />

penicilina e a espectinomicina); Hafnia alvei; Klebsiella pneumoniae, Klebsiella<br />

aerogenes, Klebsiella ozaenae, Klebsiella oxytoca; Moraxella (Branhamella) catarrhalis;<br />

Morganella morganii; Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Proteus penneri; Provi<strong>de</strong>ncia<br />

rettgeri, Provi<strong>de</strong>ncia stuartii; Provi<strong>de</strong>ncia alcalifaciens; Pasteurella multocida;<br />

Plesiomonas shigelloi<strong>de</strong>s; Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas putida,<br />

Pseudomonas alcaligenes, Pseudomonas cepacia, Pseudomonas fluorescens,<br />

Pseudomonas stutzeri, Pseudomonas pickettii, Pseudomonas pseudomallei,<br />

Pseudomonas acidovorans; Salmonella spp. (incluindo Salmonella enteritidis/typhi);<br />

Serratia marcescens, Serratia liquefaciens, Serratia rubidaea; Shigella sonnei, Shigella<br />

flexneri, Shigella boydii, Shigella dysenteriae; Vibrio cholerae, Vibrio parahaemolyticus,<br />

Vibrio vulnificus; Yersinia enterocolitica.<br />

Bactérias anaeróbias: Actinomyces odontolyticus, Actinomyces meyeri,<br />

Actinomyces israellii; Bacteroi<strong>de</strong>s-Prevotella-Porphyromonas spp., Bacteroi<strong>de</strong>s<br />

fragilis, Bacteroi<strong>de</strong>s vulgatus, Bacteroi<strong>de</strong>s variabilis, Bacteroi<strong>de</strong>s pneumosintes,<br />

Bacteroi<strong>de</strong>s coagulans, Bacteroi<strong>de</strong>s uniformis, Bacteroi<strong>de</strong>s distasonis, Bacteroi<strong>de</strong>s<br />

ovatus, Bacteroi<strong>de</strong>s thetaiotaomicron, Bacteroi<strong>de</strong>s eggerthii, Bacteroi<strong>de</strong>s capsillosis,<br />

Bacteroi<strong>de</strong>s buccalis, Bacteroi<strong>de</strong>s corporis, Bacteroi<strong>de</strong>s gracilis, Bacteroi<strong>de</strong>s levii,<br />

Bacteroi<strong>de</strong>s caccae, Bacteroi<strong>de</strong>s ureolyticus; Prevotella melaninogenica, Prevotella<br />

intermedia, Prevotella bivia, Prevotella corporis, Prevotella splanchnicus, Prevotella<br />

oralis, Prevotella disiens, Prevotella rumenicola, Prevotella oris, Prevotella buccae,<br />

Prevotella <strong>de</strong>nticola; Porphyromonas asaccharolyticus, Porphyromonas gingivalis;<br />

Bifidobacterium spp.; Bilophila wadsworthia; Clostridium perfringens, Clostridium<br />

bifermentans, Clostridium ramosum, Clostridium sporogenes, Clostridium cadaveris,<br />

Clostridium difficile, Clostridium sor<strong>de</strong>llii, Clostridium butyricum, Clostridium<br />

clostridiiformis, Clostridium innocuum, Clostridium subterminale, Clostridium tertium;<br />

Eubacterium lentum, Eubacterium aerofaciens; Fusobacterium mortiferum,<br />

Fusobacterium necrophorum, Fusobacterium nucleatum, Fusobacterium varium;<br />

Mobiluncus curtisii, Mobiluncus mulieris; Peptostreptococcus anaerobius,<br />

Peptostreptococcus micros, Peptostreptococcus saccharolyticus; Peptococcus<br />

saccharolyticus, Peptococcus asaccharolyticus, Peptococcus magnus,<br />

Peptococcus prevotii; Propionibacterium acnes, Propionibacterium avidium,<br />

Propionibacterium granulosum; Veillonella parvula; Wolinella recta, Enterococcus<br />

faecium, Stenotrophomonas (Xanthomonas) maltophilia e Staphilococcus resistentes<br />

à meticilina têm-se mostrado resistentes ao meropenem.<br />

Farmacocinética clínica<br />

Uma infusão <strong>de</strong> 30 minutos <strong>de</strong> uma dose única <strong>de</strong> MERONEM IV em voluntários<br />

sadios resulta em picos <strong>de</strong> níveis plasmáticos <strong>de</strong> aproximadamente 11 mcg/ml<br />

para doses <strong>de</strong> 250 mg; 23 mcg/ml para doses <strong>de</strong> 500 mg; 49 mcg/ml para<br />

doses <strong>de</strong> 1,0 g e 115 mcg/ml após dose <strong>de</strong> 2,0 g.<br />

Uma injeção IV em bolus com duração <strong>de</strong> 5 minutos em voluntários sadios resulta em<br />

picos <strong>de</strong> níveis plasmáticos <strong>de</strong> aproximadamente 52 mcg/ml para a dose <strong>de</strong> 500 mg<br />

e 112 mcg/ml para a dose <strong>de</strong> 1,0 g.<br />

Após administração IV <strong>de</strong> 500 mg, os níveis plasmáticos <strong>de</strong> meropenem <strong>de</strong>clinam<br />

até valores <strong>de</strong> 1 mcg/ml ou menos, 6 horas após a administração.<br />

Quando múltiplas doses são administradas a indivíduos com função renal normal,<br />

em intervalos <strong>de</strong> 8 horas, não há ocorrência <strong>de</strong> acúmulo <strong>de</strong> meropenem.<br />

Em indivíduos com função renal normal, a meia-vida <strong>de</strong> eliminação <strong>de</strong> meropenem<br />

é <strong>de</strong> aproximadamente 1 hora.<br />

A ligação <strong>de</strong> meropenem às proteínas plasmáticas é <strong>de</strong> aproximadamente 2%.<br />

Aproximadamente 70% da dose IV administrada é recuperada como meropenem<br />

inalterado na urina após 12 horas. Depois <strong>de</strong>sse período uma pequena excreção<br />

urinária é <strong>de</strong>tectável. As concentrações urinárias <strong>de</strong> meropenem em excesso <strong>de</strong><br />

10 mcg/ml são mantidas por até 5 horas com a dose <strong>de</strong> 500 mg. Não foi observado<br />

acúmulo <strong>de</strong> meropenem no plasma ou urina com regimes que utilizam 500 mg<br />

administrados a cada 8 horas, ou 1,0 g administrado a cada 6 horas em voluntários<br />

com função renal normal.<br />

Meropenem possui um metabólito microbiologicamente inativo.<br />

Meropenem tem boa penetração na maioria dos tecidos e fluidos corporais,<br />

incluindo o líquido cérebro-espinhal <strong>de</strong> pacientes com meningite bacteriana,<br />

alcançando concentrações acima das requeridas para inibir a maioria das bactérias.<br />

Estudos farmacocinéticos com a formulação IM <strong>de</strong>monstram que a concentração máxima<br />

após dose <strong>de</strong> 500 mg é <strong>de</strong> 11,2 mcg/ml e a meia-vida <strong>de</strong> eliminação é <strong>de</strong> 1,5 hora.<br />

A biodisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> meropenem, <strong>de</strong>terminada pela área sob a curva (ASC),<br />

após injeção IM é <strong>de</strong> 93,8%. Quando esse valor é comparado com o da formulação<br />

IV, conclui-se que as formulações são bioequivalentes.<br />

Após a administração <strong>de</strong> múltiplas doses em intervalos <strong>de</strong> 8 horas, as<br />

concentrações no estado estável <strong>de</strong> equilíbrio dinâmico são aproximadamente<br />

20% maiores que após dose única.<br />

Estudos em neonatos e crianças <strong>de</strong>monstraram que a farmacocinética <strong>de</strong><br />

meropenem em crianças é similar àquela para adultos. A meia-vida <strong>de</strong> eliminação<br />

esteve aumentada para aproximadamente 1,75 hora em crianças com ida<strong>de</strong>s<br />

entre 3 e 5 meses. As concentrações <strong>de</strong> meropenem aumentam com o aumento<br />

da dose na faixa <strong>de</strong> 10 a 40 mg/kg.<br />

Estudos farmacocinéticos em pacientes com insuficiência renal <strong>de</strong>monstraram que o<br />

clearance plasmático <strong>de</strong> meropenem se correlaciona com o clearance <strong>de</strong> creatinina.<br />

Em indivíduos com função renal alterada são necessários ajustes <strong>de</strong> dose.<br />

Estudos farmacocinéticos em idosos <strong>de</strong>monstraram uma redução no clearance<br />

plasmático <strong>de</strong> meropenem, que se correlacionou com a redução no clearance <strong>de</strong><br />

creatinina associada à ida<strong>de</strong>.<br />

Estudos farmacocinéticos em pacientes com doença hepática não <strong>de</strong>monstraram<br />

efeitos da mesma sobre a farmacocinética do meropenem.<br />

INDICAÇÕES<br />

MERONEM IV é indicado para o tratamento das seguintes infecções em adultos e<br />

crianças, causadas por uma única ou múltiplas bactérias sensíveis e como<br />

tratamento empírico anterior à i<strong>de</strong>ntificação do microrganismo causador: Infecções<br />

do trato respiratório inferior, Infecções do trato urinário, incluindo infecções<br />

complicadas, Infecções intra-abdominais, Infecções ginecológicas, incluindo<br />

infecções puerperais, Infecções <strong>de</strong> pele e anexos, Meningite, Septicemia,<br />

Tratamento empírico, incluindo monoterapia inicial para infecções presumidamente<br />

bacterianas, em pacientes neutropênicos, Infecções polimicrobianas: <strong>de</strong>vido ao<br />

seu amplo espectro <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> bactericida contra bactérias gram-positivas e<br />

gram-negativas, aeróbias e anaeróbias, meropenem é útil para o tratamento <strong>de</strong><br />

infecções polimicrobianas. Fibrose cística: MERONEM IV foi avaliado em pacientes<br />

com fibrose cística e infecções crônicas do trato respiratório inferior como terapia<br />

periódica. Os dados disponíveis têm <strong>de</strong>monstrado uma melhora clínica, apesar<br />

do patógeno não ter sido sempre erradicado.<br />

CONTRA-INDICAÇÕES<br />

MERONEM IV é contra-indicado para pacientes que tenham <strong>de</strong>monstrado<br />

hipersensibilida<strong>de</strong> ao produto.<br />

Pacientes com história <strong>de</strong> hipersensibilida<strong>de</strong> a antibióticos carbapenêmicos,<br />

penicilinas ou outros antibióticos beta-lactâmicos também po<strong>de</strong>m ser<br />

hipersensíveis ao MERONEM IV. Como ocorre com todos os antibióticos betalactâmicos,<br />

raras reações <strong>de</strong> hipersensibilida<strong>de</strong> foram relatadas.<br />

PRECAUÇÕES<br />

Como acontece com outros antibióticos, po<strong>de</strong> ocorrer supercrescimento <strong>de</strong><br />

organismos não-sensíveis, sendo então necessárias repetidas avaliações <strong>de</strong> cada<br />

paciente. Raramente, foi relatada a ocorrência <strong>de</strong> colite pseudomembranosa, assim<br />

como ocorre com praticamente todos os antibióticos. Desse modo, é importante<br />

consi<strong>de</strong>rar o diagnóstico <strong>de</strong> colite pseudomembranosa em pacientes que<br />

apresentem diarréia em associação ao uso <strong>de</strong> MERONEM IV.<br />

Uso pediátrico: A eficácia e a tolerabilida<strong>de</strong> em neonatos com ida<strong>de</strong> inferior a 3<br />

meses não foram estabelecidas Portanto, MERONEM IV não é recomendado<br />

para uso nessa faixa etária.<br />

Pacientes com disfunção hepática: Pacientes portadores <strong>de</strong> doença hepática<br />

preexistente, <strong>de</strong>vem ter a função hepática monitorada durante o tratamento com<br />

MERONEM IV.<br />

Gravi<strong>de</strong>z: A segurança <strong>de</strong> MERONEM IV na gravi<strong>de</strong>z humana não foi estabelecida,<br />

apesar <strong>de</strong> os estudos em animais não terem <strong>de</strong>monstrado efeitos adversos no<br />

feto em <strong>de</strong>senvolvimento. MERONEM IV não <strong>de</strong>ve ser usado na gravi<strong>de</strong>z, a menos<br />

que os benefícios potenciais para a paciente justifiquem os riscos potenciais para<br />

o feto, segundo critério médico.<br />

Lactação: O meropenem é <strong>de</strong>tectável em concentrações muito baixas no leite <strong>de</strong><br />

animais. MERONEM IV não <strong>de</strong>ve ser usado em mulheres que estejam amamentando,<br />

a menos que os benefícios potenciais justifiquem o risco potencial para o bebê.<br />

Pacientes com insuficiência renal: Veja recomendações no item Posologia.<br />

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS<br />

A probenecida compete com meropenem pela secreção tubular ativa e, então,<br />

inibe a excreção renal do meropenem, provocando aumento da meia-vida <strong>de</strong><br />

eliminação e da sua concentração plasmática. Uma vez que a potência e a duração<br />

da ação <strong>de</strong> meropenem administrado sem a probenecida são a<strong>de</strong>quadas, não se<br />

recomenda a co-administração <strong>de</strong> MERONEM IV e probenecida. O efeito potencial<br />

<strong>de</strong> MERONEM IV sobre a ligação <strong>de</strong> outras drogas às proteínas plasmáticas e o<br />

metabolismo não foi estudado. No entanto, a ligação às proteínas é tão baixa que<br />

não se espera que haja interação com outras drogas.<br />

MERONEM IV foi administrado concomitantemente com outros medicamentos<br />

sem interações adversas aparentes. MERONEM IV po<strong>de</strong> reduzir os nivéis séricos<br />

<strong>de</strong> ácido valpróico. Entretanto, não foram conduzidos estudos <strong>de</strong> interação com<br />

drogas específicas, além do estudo com a probenecida.<br />

REAÇÕES ADVERSAS<br />

MERONEM IV é geralmente bem tolerado. As reações adversas sérias são raras<br />

e dificilmente requerem interrupção da terapia. A maioria das reações adversas<br />

foram relatadas em menos <strong>de</strong> 1% dos pacientes tratados e consistem em:<br />

Reações locais após injeção intravenosa: incluem inflamação e tromboflebite. Dor<br />

é raramente notada, Reações alérgicas sistêmicas: raramente po<strong>de</strong>m ocorrer<br />

reações alérgicas sistêmicas (hipersensibilida<strong>de</strong>) após administração <strong>de</strong><br />

meropenem. Essas reações po<strong>de</strong>m incluir angioe<strong>de</strong>ma e manifestações <strong>de</strong><br />

anafilaxia, Pele: rash, prurido e urticária. Raramente foram observadas reações<br />

severas <strong>de</strong> pele, tais como eritema multiforme, Síndrome <strong>de</strong> Stevens-Johnson e<br />

necrólise epi<strong>de</strong>rmal tóxica, Trato gastrintestinal: náusea, vômito e diarréia, Sangue:<br />

eosinofilia, leucopenia, neutropenia (incluindo alguns raros casos <strong>de</strong><br />

agranulocitose), trombocitemia e trombocitopenia. Teste <strong>de</strong> Coombs positivo, direto<br />

ou indireto, po<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolver, Função hepática: aumentos nas transaminases<br />

séricas, na bilirrubina, na fosfatase alcalina e na <strong>de</strong>idrogenase láctica, sozinha ou<br />

em combinação, têm sido reportados, Sistema nervoso central: cefaléia, parestesia.<br />

Convulsões foram reportadas com pouca freqüência, apesar <strong>de</strong> uma relação causal<br />

não ter sido estabelecida, Outras: candidíase oral e vaginal.<br />

POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO<br />

Adultos<br />

A faixa <strong>de</strong> dosagem é <strong>de</strong> 1,5 g a 6,0 g diários, divididos em três<br />

administrações.<br />

Dose usual: 500 mg a 1 g a cada 8 horas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo e da gravida<strong>de</strong><br />

da infecção, da sensibilida<strong>de</strong> conhecida ou esperada do patógeno e das condições<br />

do paciente.<br />

Exceções: 1) Episódios <strong>de</strong> febre em pacientes neutropênicos - 1 g a cada 8<br />

horas. 2) Meningite/fibrose cística - 2 g a cada 8 horas.<br />

Assim como com outros antibióticos, <strong>de</strong>ve-se ter cautela ao usar meropenem em<br />

pacientes em estado grave portadores <strong>de</strong> infecções diagnosticadas ou suspeitas<br />

do trato respiratório inferior causadas por Pseudomonas aeruginosa.<br />

Testes regulares <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> são recomendados no tratamento <strong>de</strong> infecções<br />

por Pseudomonas aeruginosa.<br />

MERONEM IV <strong>de</strong>ve ser administrado como injeção intravenosa em bolus por<br />

aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa <strong>de</strong> aproximadamente 15<br />

a 30 minutos (ver Reconstituição, Compatibilida<strong>de</strong> e Estabilida<strong>de</strong>).<br />

Posologia para adultos com função renal alterada<br />

A dose <strong>de</strong>ve ser reduzida em pacientes com clearance <strong>de</strong> creatinina inferior a 51<br />

ml/min, como esquematizado abaixo:<br />

CLEARANCE DOSE (baseada na faixa <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> FREQÜÊNCIA<br />

CREATININA <strong>de</strong> dose <strong>de</strong> 500 mg a 2,0 g a cada<br />

(ml/min) 8 horas)<br />

26 - 50 1 unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dose a cada 12 horas<br />

10 - 25 1/2 unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dose a cada 12 horas<br />


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

4


Zaragozí, et al • Determinación <strong>de</strong> la DL 50 <strong>de</strong> una cepa <strong>de</strong> Cryptococcus neoformans...<br />

Publicada por la Asociación <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong><br />

Enero - Marzo <strong>de</strong> 2004 Volumen 6 • Número 1<br />

Editor-Jefe<br />

Sérgio Cimerman (São Paulo, Brasil)<br />

Editores Asociados<br />

André Lomar (São Paulo, Brasil)<br />

Angel Minguez (Córdoba, Argentina)<br />

Eduardo Gotuzzo (Lima, Perú)<br />

Germán Ambasch (Córdoba, Argentina)<br />

Guillermo Acuña (Santiago, Chile)<br />

Jaime Torres (Caracas, Venezuela)<br />

Roberto Focaccia (São Paulo, Brasil)<br />

Comité Editorial<br />

Angel Escobedo (Habana, Cuba)<br />

Anibal Sosa (Boston, USA)<br />

Antonio A. G. Meliço Silvestre (Coimbra, Portugal)<br />

Arnaldo Colombo (São Paulo, Brasil)<br />

Daniel Stamboulian (Buenos Aires, Argentina)<br />

Dominique Peyramond (Lyon, France)<br />

Eduardo Sávio (Montevi<strong>de</strong>o, Uruguay)<br />

Flávio <strong>de</strong> Queiroz Telles Filho (Curitiba, Brasil)<br />

Gabriel Levy Hara (Buenos Aires, Argentina)<br />

Gabriel Schimunis (Washington, USA)<br />

Guillermo Prada Trujillo (Bogotá, Colombia)<br />

Gustavo Kouri (Habana, Cuba)<br />

ISSN 1679-7140<br />

Hélio Arthur Bacha (São Paulo, Brasil)<br />

Hélio Vasconcellos Lopes (São Paulo, Brasil)<br />

Henrique Lecour (Porto, Portugal)<br />

Hércules Moura (Atlanta, USA)<br />

Homero Luis Bagnulo (Montevi<strong>de</strong>o, Uruguay)<br />

Hugo Eduardo Pezzarossi (Ciudad <strong>de</strong> Guatemala, Guatemala)<br />

Isidro G. Zavalla Trujillo (Guadalajara, México)<br />

Jesus Feris Iglesias (Santo Domingo, República Dominicana)<br />

John Ehrenberg (Washington, USA)<br />

José Angel García Rodríguez (Salamanca, Espanã)<br />

José M. L. C. Campelo Calheiros (Porto, Portugal)<br />

José Ignácio Santos (Ciudad <strong>de</strong> México, México)<br />

José D. Pedreira Andra<strong>de</strong> (A Coruña, España)<br />

Juan Gestal Otero (Santiago <strong>de</strong> Compostela, España)<br />

Juan González Lahoz (Madrid, España)<br />

Julio S. Castro Men<strong>de</strong>z (Caracas, Venezuela)<br />

Luis Thompson (Santiago, Chile)<br />

Marcelo Simão Ferreira (Uberlândia, Brasil)<br />

Maria Luiza Moretti (Campinas, Brasil)<br />

Pedro Cahn (Buenos Aires, Argentina)<br />

Rafael Nájera Morrondo (Madrid, España)<br />

Raul E. Isturiz (Caracas, Venezuela)<br />

Richard Guerrant (Virginia, USA)<br />

Rui Sarmento e Castro (Porto, Portugal)<br />

Sigfrido Rangel-Frausto (Ciudad <strong>de</strong> México, México)<br />

Walter Tavares (Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil)<br />

REVISTA PANAMERICANA DE INFECTOLOGÍA. Publicación trimestral <strong>de</strong> la Asociación <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong>. Correspon<strong>de</strong>ncia a:<br />

Office Editora e Publicida<strong>de</strong> Ltda. - R. Gen. Eloy Alfaro, 239 - CEP 04139-060 - Chácara Inglesa - São Paulo - SP - Brasil - Tel.: 55-11-5594.1770/5594.5455 -<br />

Fax: 55-11-275.6813 - e-mail: office.editora@uol.com.br - Producción, edición y revisión: Office Editora e Publicida<strong>de</strong> Ltda. - Director Responsable: Nelson<br />

dos Santos Jr. - Director <strong>de</strong> Arte: Roberto E. A. Issa - Directora Financiera: Waléria Barnabá - Asistente Administrativo: Rodolfo B. Faustino - Periodista<br />

Responsable: Cynthia <strong>de</strong> Oliveira Araujo (MTb 23.684) - Redacción: Flávia Lo Bello y Luciana Rodriguez - Gerente <strong>de</strong> Producción Gráfica:<br />

Nell Santoro - Producción Gráfica - Roberto Barnabá - Secretario Ejecutivo <strong>de</strong>l Editor-Jefe: Dr. José E. Vidal Bermú<strong>de</strong>z. Derechos reservados para todos los<br />

países signatarios <strong>de</strong> la Convención <strong>Panamericana</strong> y <strong>de</strong> la Convención Internacional sobre Derechos <strong>de</strong> Autor. Copyright® 2004 <strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Infectología</strong>. Se prohibe la reproducción impresa total o parcial <strong>de</strong> los artículos contenidos en este número sin el consentimiento escrito <strong>de</strong>l editor. Las opiniones<br />

expresadas en los artículos son exclusivamente <strong>de</strong> los autores y no reflejan necesariamente las opiniones o recomendaciones <strong>de</strong>l Comité Editorial <strong>de</strong> la Asociación.<br />

5


6<br />

COMISIÓN DIRECTIVA<br />

Junta Directiva<br />

Presi<strong>de</strong>nte<br />

Dr. German Ambasch<br />

Vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

Dr. Jaime Torres<br />

Secretario Ejecutivo<br />

Dr. Carlos Bergallo<br />

Tesorero<br />

Dr. Angel Minguez<br />

Presi<strong>de</strong>nte Anterior<br />

Dr. José Ignacio Santos Preciado<br />

Vocales<br />

Dr. Anibal Sosa, Norteamérica<br />

Dr. Carlos Mejia, Centroamérica y el Caribe<br />

Dr. Ciro Maguiña, América <strong>de</strong>l Sur Tropical<br />

Dr. Eduardo Savio, Cono Sur<br />

Dr. Sérgio Cimerman, Brasil<br />

Comités<br />

Resistencia a Antibacterianos<br />

Dr. José María Casellas<br />

Enfermeda<strong>de</strong>s Emergentes<br />

Dr. Ciro Maguiña<br />

Hepatitis<br />

Dr. Roberto Focaccia<br />

Infecciones Gineco-Obstétricas<br />

Dra. Alicia Farinati<br />

Infecciones Nosocomiales<br />

Dr. Abel Jasovich<br />

Publicaciones<br />

Dr. Sérgio Cimerman<br />

VIH - Sida<br />

Dr. Celso Ramos<br />

Uso A<strong>de</strong>cuado <strong>de</strong> Antibióticos<br />

Dr. Luis Bavestrelo<br />

Artículos Originales/Artigos Originais<br />

Determinación <strong>de</strong> la DL 50 <strong>de</strong> una cepa <strong>de</strong> Cryptococcus neoformans<br />

utilizando diferentes vías <strong>de</strong> inoculación ____________________ 08<br />

LD 50 <strong>de</strong>termination of Cryptococcus neoformans strain using<br />

different inoculation rate<br />

María Teresa Illnait Zaragozí, Iliana <strong>de</strong>l Carmen Valdés Hernán<strong>de</strong>z, Carlos Manuel<br />

Fernán<strong>de</strong>z Andreu, Mayda Rosa Perurena Lancha y Gerardo Felix Martínez Machín<br />

Hallazgos tomográficos <strong>de</strong> la toxoplasmosis cerebral en pacientes<br />

brasileños con SIDA _________________________________ 12<br />

Computed tomography findings in Brazilian patients with cerebral toxoplasmosis<br />

and acquired immuno<strong>de</strong>ficiency syndrome<br />

José E. Vidal Bermú<strong>de</strong>z, Augusto C. Penalva <strong>de</strong> Oliveira, Najara M. P. Andra<strong>de</strong>, Rafi Felicio<br />

Dauar, Silas Pereira Barbosa Jr., Zélia M. <strong>de</strong> Souza Campos, Cláudio Campi <strong>de</strong> Castro<br />

Eficacia <strong>de</strong> varios esquemas <strong>de</strong> tratamiento para la infección por Giardia<br />

lamblia en niño__________________________________ 17<br />

Efficacy of various drugs for treatment of Giardia lamblia infection in children<br />

Fi<strong>de</strong>l Angel Núñez, Angel A. Escobedo, Carlos M. Finlay<br />

Artículos <strong>de</strong> Revisión/Artigos <strong>de</strong> Revisão<br />

Manifestaciones cutáneas <strong>de</strong> infecciones helmínticas en Latinoamérica __ 21<br />

Cutaneous manifestations of helminthic infections in Latin America<br />

Jaime R. Torres R., Antonio José Rondón Lugo<br />

Dinâmica e atualida<strong>de</strong> da patologia infecciosa ________________ 37<br />

Dynamics and present situation of infectious diseases<br />

Henrique Lecour<br />

Dengue y fiebre hemorrágica <strong>de</strong>l <strong>de</strong>ngue en las Américas __________ 46<br />

Dengue and <strong>de</strong>ngue haemorrhagic fever in the Americas<br />

Gustavo Kourí, José Luis Pelegrino, María Guadalupe Guzmán<br />

Relatos <strong>de</strong> Casos/Relatos <strong>de</strong> Casos<br />

Pasteurella multocida após mor<strong>de</strong>dura <strong>de</strong> cão: Relato <strong>de</strong> caso<br />

e atualização da literatura ___________________________ 51<br />

Pasteurella multocida after a dog bite: Case report and update of literature<br />

Ana Lúcia Innaco <strong>de</strong> Carvalho, Jane Harumi Atobe<br />

Lesão em face e couro cabeludo pelo papilomavírus humano (HPV)<br />

em paciente com AIDS: Relato <strong>de</strong> caso ____________________ 56<br />

Facial and scalp lesion from HPV in an AIDS’s patient: Case report<br />

Érika Ferrari Rafael da Silva, Marco Antonio Paschoalin, Luiza Keiko Oyafuso, Sérgio Cimerman<br />

Noticias/Notícias _______________________ 59<br />

Agenda ____________________________ 59<br />

Normas <strong>de</strong> publicación/Normas <strong>de</strong> publicação ______ 60


A Nova Fase da <strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong><br />

Meus amigos infectologistas espalhados por toda a América Latina, é um prazer po<strong>de</strong>r apresentar a<br />

nossa nova versão, totalmente reformulada, da <strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong>. Foi conferida à<br />

minha pessoa, em Assembléia da Associação <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong>, esta distinção e também ao<br />

Brasil po<strong>de</strong>r figurar com <strong>de</strong>staque <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nossa Associação.<br />

Des<strong>de</strong> que assumimos e tomamos ciência dos problemas que se encontravam, fomos à busca <strong>de</strong> um<br />

i<strong>de</strong>al, <strong>de</strong> transformar a <strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> em um periódico in<strong>de</strong>xado, ao menos nas<br />

bases <strong>de</strong> dados LILACS e Scielo, que darão uma gran<strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> a todos nós como infectologistas.<br />

Somos sabedores das enormes dificulda<strong>de</strong>s que iremos trilhar, porém o ponto <strong>de</strong> partida foi iniciado com<br />

um sucesso enorme.<br />

A nossa <strong>Revista</strong> será confeccionada com uma periodicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quatro números ao ano, para obtermos<br />

uma maior comunicação entre os pesquisadores que praticam a Infectologia ou áreas afins. Nosso corpo<br />

editorial foi modificado com a inclusão <strong>de</strong> novos colegas, que nos ajudarão a fazer uma revista eminentemente<br />

científica e com respeitabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro da comunida<strong>de</strong> médica. O corpo editorial é marcado por colegas<br />

que produzem aca<strong>de</strong>micamente e com respeitabilida<strong>de</strong> nas suas áreas <strong>de</strong> atuação com notório saber.<br />

Todos os artigos são submetidos para apreciação dos pares <strong>de</strong> nosso corpo editorial ou <strong>de</strong>ntro da<br />

necessida<strong>de</strong>, buscando o que existe <strong>de</strong> melhor no assunto para ser analisado. Este é um compromisso com<br />

a ciência, com quem está preocupado em avançar na ajuda aos nossos pacientes. A serieda<strong>de</strong> será um dos<br />

pontos fundamentais nesta nova fase da <strong>Revista</strong>, visto que já houve artigos submetidos que não foram<br />

publicados por não se enquadrarem nas <strong>de</strong>signações da <strong>Revista</strong> e por não terem condições técnico-científicas<br />

segundo os pareceristas.<br />

Espero po<strong>de</strong>r contar com a ajuda <strong>de</strong> todos para que enviem seus artigos juntamente com vossos grupos<br />

<strong>de</strong> trabalho e, sobretudo, na divulgação. Esta é uma meta <strong>de</strong>sta editoria-chefe, fazer um amplo canal <strong>de</strong><br />

comunicação com os infectologistas, divulgando a publicação pela Internet <strong>de</strong> modo gratuito, além da<br />

versão impressa costumeira. Queremos <strong>de</strong>mocratizar a literatura médica para que todos tenham um alcance<br />

às informações médicas com maior rapi<strong>de</strong>z e discussão na re<strong>de</strong>.<br />

Sabemos que críticas e sugestões po<strong>de</strong>rão existir e serão sempre incorporadas <strong>de</strong>ntro da possibilida<strong>de</strong>.<br />

Vale a ressalva que existe uma seção <strong>de</strong> cartas em que os leitores fazem críticas aos autores e expõem idéias.<br />

Sendo assim, <strong>de</strong>sejo que todos <strong>de</strong>sfrutem <strong>de</strong>sta fase da <strong>Revista</strong> e fico na espera ansioso <strong>de</strong> manuscritos.<br />

Com carinho,<br />

Sérgio Cimerman, MD, PhD, FASCP<br />

Editor-Chefe da <strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong><br />

7


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

8<br />

Determinación <strong>de</strong> la DL 50 <strong>de</strong> una cepa <strong>de</strong><br />

Cryptococcus neoformans utilizando diferentes<br />

vías <strong>de</strong> inoculación<br />

LD 50 <strong>de</strong>termination of Cryptococcus neoformans strain using<br />

different inoculation rate<br />

María Teresa Illnait Zaragozí<br />

Iliana <strong>de</strong>l Carmen Valdés Hernán<strong>de</strong>z<br />

Carlos Manuel Fernán<strong>de</strong>z Andreu<br />

Mayda Rosa Perurena Lancha<br />

Gerardo Felix Martínez Machín<br />

Laboratorio <strong>de</strong> Micología, Instituto <strong>de</strong><br />

Medicina Tropical Pedro Kourí.<br />

Rev Panam Infectol 2004;6(1):8-11.<br />

Recibido en 23/7/2003.<br />

Acepto para publicación en 10/9/2003.<br />

Resumen<br />

La criptococosis ha sido reconocida como la infección micótica<br />

más frecuente <strong>de</strong>l sistema nervioso central tanto en pacientes<br />

inmunocompetentes como en aquellos don<strong>de</strong> existe algún tipo <strong>de</strong><br />

alteración inmunológica. Con el objetivo <strong>de</strong> conocer la DL <strong>de</strong> la<br />

50<br />

cepa autóctona <strong>de</strong> Cryptococcus neoformans var. neoformans<br />

serotipo A LMIPK 028, se inocularon 126 ratones Balb/c utilizando<br />

diferentes vías (intraperitoneal, intratraqueal y endovenosa)<br />

obteniéndose valores <strong>de</strong> 10 2.2<br />

, 10 2.69<br />

y 10 4.29<br />

células/inóculo,<br />

respectivamente. Estos hallazgos proporcionan al laboratorio la<br />

posibilidad <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollar diferentes estudios experimentales, tales<br />

como la evaluación <strong>de</strong> la capacidad protectora <strong>de</strong> posibles<br />

inmunógenos y ensayos terapéuticos.<br />

Palabras clave: Cryptococcus neoformans, DL , Intraperitoneal,<br />

50<br />

Intratraqueal, Endovenosa.<br />

Abstract<br />

Cryptococcosis is recognized as the most frequent fungal<br />

infection of the central nervous system in immunocompetent as<br />

well as immunocompromised patients. Balb/c mice were inoculated<br />

using different rates (intraperitoneal, intratracheal and intravenous)<br />

in or<strong>de</strong>r to know LD 50 of Cryptococcus neoformans var. neoformans<br />

serotype A LMIPK 028 strain. We obtained values of 10 2.2<br />

, 10 2.69<br />

and 10 4.29<br />

cells/ inocula respectively for each one. These findings<br />

allow us to <strong>de</strong>velop different experimental studies such as the<br />

evaluation of the protective capacity of possible immunogens as<br />

well as the evaluation of therapeutic assays.<br />

Key words: Cryptococcus neoformans, LD , Intraperitoneal,<br />

50<br />

Intratracheal, Intravenous.<br />

Introducción<br />

La criptococosis es una enfermedad infecciosa cosmopolita que<br />

afecta tanto al hombre como a algunos animales. La primoinfección


es generalmente pulmonar a partir <strong>de</strong> la inhalación <strong>de</strong><br />

partículas o aerosoles que contengan células viables <strong>de</strong>l<br />

hongo (1) . A pesar <strong>de</strong> que probablemente miles <strong>de</strong><br />

individuos se infectan cada año, el curso inaparente <strong>de</strong><br />

la infección imposibilita <strong>de</strong>terminar su inci<strong>de</strong>ncia en la<br />

población general (2) . En otros casos, el hongo pue<strong>de</strong><br />

ocasionar enfermedad sistémica, con particular<br />

predilección por las meninges, comprometiendo<br />

seriamente la vida <strong>de</strong>l paciente. Esta forma <strong>de</strong><br />

criptococosis se presenta por lo general en individuos<br />

con algún tipo <strong>de</strong> alteración inmunológica, especialmente<br />

en los pacientes con SIDA (3) .<br />

Antes <strong>de</strong>l advenimiento <strong>de</strong> la terapia con anfotericina<br />

B, las infecciones <strong>de</strong>l sistema nervioso central ocasionadas<br />

por C. neoformans eran invariablemente fatales.<br />

Otros agentes quimioterapéuticos han sido utilizados para<br />

el tratamiento <strong>de</strong> la enfermedad y más recientemente se<br />

ha evaluado <strong>de</strong> forma experimental, la inmunoterapia así<br />

como las inmunizaciones con conjugados obtenidos a<br />

partir <strong>de</strong>l polisacárido capsular purificado covalentemente<br />

acoplado a toxoi<strong>de</strong> tetánico (4-6) .<br />

En general, el proceso <strong>de</strong> producción <strong>de</strong> vacunas<br />

es controlado mediante diferentes ensayos, entre los<br />

que se cuenta el <strong>de</strong> potencia. Este mi<strong>de</strong> la protección<br />

que confiere el producto a animales inmunizados que<br />

reciben una dosis conocida <strong>de</strong> microorganismos<br />

virulentos, la cual se expresa cuantitativamente y su<br />

unidad <strong>de</strong> medida es la dosis letal 50% (DL ) 50 (7)<br />

. Este<br />

parámetro se <strong>de</strong>fine como la menor cantidad <strong>de</strong><br />

microorganismos que al administrarse por vía<br />

apropiada a un número <strong>de</strong> animales susceptibles<br />

provoca la muerte <strong>de</strong>l 50% <strong>de</strong> estos al término <strong>de</strong> un<br />

período dado.<br />

En este trabajo se <strong>de</strong>scribe la metodología utilizada<br />

para <strong>de</strong>terminar la DL <strong>de</strong> una cepa <strong>de</strong> C. neo-<br />

50<br />

formans utilizando diferentes vías <strong>de</strong> inoculación.<br />

Materiales y métodos<br />

Animales <strong>de</strong> experimentación: Se utilizaron 126<br />

ratones Balbl/c machos <strong>de</strong> 8-12 semanas <strong>de</strong> vida con<br />

un peso corporal entre 15 y 25 g proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>l<br />

Centro Nacional para la Producción <strong>de</strong> Animales <strong>de</strong><br />

Laboratorio, Cuba.<br />

Cepa: Se utilizó la cepa autóctona <strong>de</strong> C. neoformans<br />

var. neoformans serotipo A LMIPK 028 perteneciente<br />

a la colección <strong>de</strong>l laboratorio <strong>de</strong> Micología<br />

<strong>de</strong>l Instituto <strong>de</strong> Medicina Tropical “Pedro Kourí”.<br />

Preparación <strong>de</strong>l inóculo: Con el objetivo <strong>de</strong> obtener<br />

suficiente biomasa, la cepa fue cultivada en placas <strong>de</strong><br />

agar <strong>de</strong>xtrosa Sabouraud (ADS) durante 72 horas a<br />

28°C. A partir <strong>de</strong> este crecimiento, se prepararon las<br />

suspensiones <strong>de</strong> trabajo en solución salina fisiológica<br />

estéril, las cuales fueron ajustadas mediante conteo<br />

en cámara <strong>de</strong> Neubauer a 10 8<br />

, 10 7<br />

, 10 6<br />

, 10 5<br />

,10 4<br />

, 10 3<br />

Zaragozí, et al • Determinación <strong>de</strong> la DL 50 <strong>de</strong> una cepa <strong>de</strong> Cryptococcus neoformans...<br />

y 10 2 células/inóculo lo cual fue corroborado a través<br />

<strong>de</strong> la <strong>de</strong>terminación <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s formadoras <strong>de</strong> colonia<br />

en ADS.<br />

Infección experimental: Se utilizaron 6 ratones por<br />

inóculo los cuales fueron infectados con 50 mL <strong>de</strong> la<br />

dosis correspondiente para cada vía <strong>de</strong> inoculación:<br />

endovenosa (ev), intraperitoneal (ip) e intratraqueal<br />

(it); esta última se llevó a cabo según la metodología<br />

<strong>de</strong>scrita por Huffnagle 1991 (8) .<br />

Los animales fueron sometidos a una estrecha<br />

vigilancia durante 60 días para evaluar su estado<br />

clínico y contabilizar las muertes. A los fallecidos se<br />

les realizó examen directo con nigrosina <strong>de</strong> los<br />

principales órganos diana <strong>de</strong> C. neoformans (pulmón,<br />

bazo y cerebro). Al término <strong>de</strong>l tiempo señalado, se<br />

realizó este mismo procedimiento a los sobrevivientes<br />

para corroborar la existencia <strong>de</strong> la levadura en los<br />

tejidos.<br />

Determinación <strong>de</strong> la DL 50 : El cálculo <strong>de</strong> la DL 50<br />

(dosis a la cual el 50% <strong>de</strong> los animales infectados<br />

mueren <strong>de</strong> criptococosis en un período <strong>de</strong> 60 días<br />

posteriores a la inoculación), se realizó por el método<br />

<strong>de</strong>scrito por Reed y Muench teniendo en cuenta los<br />

valores acumulativos <strong>de</strong> muertes y sobrevivientes para<br />

cada inóculo utilizando la siguiente fórmula (9) :<br />

DL 50 = antilog [log dilución menor que el 50% +<br />

(DP x log factor <strong>de</strong> dilución)]<br />

Don<strong>de</strong>:<br />

Distancia proporcional (DP) =<br />

50% - % mortalidad inóculo menor que el 50%<br />

% mortalidad inóculo mayor que el 50% - %<br />

mortalidad inóculo menor que el 50%<br />

Finalmente, fueron inoculados 6 ratones más por cada<br />

vía estudiada utilizando las DL 50 obtenidas, con los cuales<br />

se siguió igual conducta que con los anteriores.<br />

Para el análisis estadístico <strong>de</strong> los datos obtenidos<br />

se aplicó la prueba <strong>de</strong> Wilcoxon.<br />

Resultados<br />

La figura 1 muestra los valores acumulativos <strong>de</strong><br />

muertes y sobrevivientes obtenidos <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> la<br />

inoculación. El punto <strong>de</strong> entrecruzamiento entre<br />

ambas curvas se correspon<strong>de</strong> con la DL <strong>de</strong>terminada,<br />

50<br />

siendo esta 10 2.69<br />

, 10 2.2<br />

y 10 4.29<br />

células/inóculo para<br />

las vías it, ip y ev, respectivamente. Esto quedó<br />

corroborado al obtener el 50% <strong>de</strong> animales fallecidos<br />

al término <strong>de</strong> 60 días, cuando le fueron inoculadas<br />

estas dosis.<br />

El análisis estadístico realizado mostró diferencias<br />

9


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

10<br />

Figura 1. Acumulación <strong>de</strong> muertes y sobrevivientes<br />

para las diferentes vías <strong>de</strong> inoculación.<br />

(a) intraperitoneal; (b) intratraqueal;<br />

(c) endovenosa.<br />

significativas al comparar la vía ev con la it e ip (p <<br />

0.05), no siendo así para estas dos últimas en las que<br />

se encontró similar comportamiento (p > 0.05).<br />

El examen directo con nigrosina confirmó la<br />

presencia <strong>de</strong> levaduras con amplia cápsula (imagen<br />

compatible con C. neoformans) en los tejidos sometidos<br />

a observación <strong>de</strong> todos los animales, especialmente en<br />

los fallecidos, don<strong>de</strong> se encontraban en cantidad muy<br />

superior comparado con los sobrevivientes.<br />

Discusión<br />

La utilización <strong>de</strong> la cepa LMIPK 028 estuvo motivada<br />

por dos razones fundamentales: en estudios reportados<br />

por otros autores se ha podido observar que incluso en<br />

aquellas áreas don<strong>de</strong> existe un porciento relativamente<br />

alto <strong>de</strong> aislamientos clínicos <strong>de</strong> la variedad gattii, entre<br />

los pacientes con SIDA, la mayoría <strong>de</strong> los aislamientos<br />

correspon<strong>de</strong>n a la variedad neoformans (10) y en Cuba el<br />

100% <strong>de</strong> las cepas obtenidas <strong>de</strong> pacientes, pertenecen<br />

a esta misma variedad (11,12) . Por otra parte se pudo<br />

conocer, en un estudio previo, que esta cepa reproduce<br />

un patrón <strong>de</strong> diseminación muy similar, cuando se<br />

ensaya por vía intratraqueal en un mo<strong>de</strong>lo murino, al<br />

comportamiento que sigue la infección natural en<br />

pacientes inmuno<strong>de</strong>primidos (13) .<br />

La mayoría <strong>de</strong> los estudios <strong>de</strong> la patobiología <strong>de</strong> C.<br />

neoformans utilizan mo<strong>de</strong>los murinos, <strong>de</strong>bido a que la<br />

criptococosis en estos animales es similar a la<br />

enfermedad en humanos, los ratones son relativamente<br />

fáciles <strong>de</strong> manipular, pue<strong>de</strong>n ser usados en mayor<br />

número y se ha establecido un banco <strong>de</strong> conocimiento<br />

<strong>de</strong> las funciones inmunológicas e inmunogenéticas para<br />

diferentes líneas <strong>de</strong> ratones, lo cual hace posible un<br />

mejor trabajo experimental y facilitan la interpretación<br />

<strong>de</strong> los resultados (14) . Se escogieron ratones Balb/c, ya<br />

que estos presentan un patrón genético <strong>de</strong> susceptibilidad<br />

intermedia a la infección por C. neoformans (15) .<br />

La preferencia por los machos se <strong>de</strong>bió a reportes <strong>de</strong><br />

que la inci<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> esta micosis en humano tiene una<br />

correlación 4:1 con predominio en el sexo masculino y<br />

a estudios experimentales que han confirmado que los<br />

estrógenos constituyen potentes inhibidores <strong>de</strong>l<br />

crecimiento y multiplicación fúngicos (16)<br />

.<br />

Se han <strong>de</strong>sarrollado mo<strong>de</strong>los experimentales en<br />

ratones que utilizan diferentes métodos para producir<br />

infección. La inoculación ip ha resultado ser la <strong>de</strong> más<br />

fácil acceso, en tanto que la intracerebral es la más<br />

directa y la ev la mejor estandarizada. No obstante, la<br />

it y la intranasal, son las que mejor simulan la vía <strong>de</strong><br />

infección natural, sin embargo esta última es poco<br />

confiable con relación a la cuantía <strong>de</strong>l inóculo que<br />

logra alcanzar el pulmón (17)<br />

.<br />

Nuestros resultados <strong>de</strong>muestran que las vías ip e it<br />

se comportaron <strong>de</strong> forma más agresiva que la ev, la cual<br />

requirió un inóculo aproximadamente 100 veces mayor<br />

para producir el mismo efecto. Des<strong>de</strong> el punto <strong>de</strong> vista<br />

fisiomorfológico este hallazgo pudiera atribuirse a que<br />

la circulación sanguínea distribuye la levadura a través<br />

<strong>de</strong> todo el organismo, por lo que tiene que enfrentarse a<br />

los diferentes componentes que integran el sistema<br />

macrófago-monocítico, constituido por el sistema<br />

fagocítico generalizado que se localiza en todos los<br />

tejidos, especialmente en aquellas áreas don<strong>de</strong> <strong>de</strong>ben<br />

<strong>de</strong>struirse gran<strong>de</strong>s cantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> partículas, toxinas y<br />

otras sustancias in<strong>de</strong>seables. De esta forma el<br />

microorganismo se enfrenta, en su circulación, con las<br />

células <strong>de</strong> Kupffer, en los senos hepáticos y con los<br />

macrófagos <strong>de</strong>l bazo y <strong>de</strong> la médula ósea. Estas células<br />

forman un sistema <strong>de</strong> filtración <strong>de</strong> partículas muy eficaz,<br />

eliminando gran cantidad <strong>de</strong> los microorganismos con


los que se ponen en contacto. El contraste con las otras<br />

rutas ensayadas radica en que cuando el microorganismo<br />

se inocula por la vía intraperitoneal solo contacta inicialmente<br />

con los macrófagos peritoneales y con los alveolares<br />

cuando es inoculado por la vía intratraqueal. Estas,<br />

como únicas líneas <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensa inicial, parecen ser<br />

insuficientes para una buena <strong>de</strong>strucción <strong>de</strong> la levadura (18) .<br />

Aunque no hemos encontrado reportes en la<br />

literatura, otro aspecto a tener en cuenta sería la<br />

susceptibilidad individual <strong>de</strong> cada línea <strong>de</strong> ratones a<br />

la infección pulmonar, peritoneal o sistémica lo cual<br />

pudiera influir en los resultados encontrados.<br />

Existen muy pocos reportes en la literatura<br />

internacional don<strong>de</strong> se comparen los valores <strong>de</strong> DL 50<br />

utilizando diferentes vías <strong>de</strong> inoculación. En un estudio<br />

comparativo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminación <strong>de</strong> DL 50 para aislamientos<br />

clínicos y ambientales utilizando la vía ev, Fromtling<br />

et al. alcanzaron una media <strong>de</strong> 10 5 células/inóculo para<br />

los aislamientos clínicos, valor que se encuentra cercano<br />

al obtenido en nuestro trabajo, siendo este tipo <strong>de</strong><br />

aislamiento aproximadamente 47 veces más virulento<br />

que los ambientales (19) .<br />

Estudios <strong>de</strong> patogenicidad realizados, empleando la<br />

misma cepa (datos no publicados), mostraron que los<br />

órganos más afectados varían según la vía <strong>de</strong> inoculación<br />

empleada. En una primera etapa, para la vía it, hubo<br />

un predominio <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s formadoras <strong>de</strong> colonias para<br />

pulmón y cerebro; en cambio, para las vías ev e ip, los<br />

más afectados fueron cerebro y bazo. No obstante, en<br />

la fase <strong>final</strong> se corroboró que todos los órganos<br />

estudiados presentaban grados <strong>de</strong> afección similar in<strong>de</strong>pendientemente<br />

<strong>de</strong> la vía utilizada.<br />

Él po<strong>de</strong>r contar con un valor establecido <strong>de</strong> DL 50 <strong>de</strong><br />

una cepa, utilizando diferentes vías <strong>de</strong> inoculación,<br />

proporciona una valiosa herramienta para la evaluación<br />

<strong>de</strong> la capacidad protectora <strong>de</strong> posibles inmunógenos,<br />

mediante ensayos con retos controlados en un mo<strong>de</strong>lo<br />

animal. A<strong>de</strong>más, permite llevar a cabo una mejor<br />

interpretación <strong>de</strong> los estudios <strong>de</strong> patogenia y <strong>de</strong> los<br />

ensayos terapéuticos en mo<strong>de</strong>los experimentales.<br />

Referencias<br />

1. Bonifaz A. Criptococosis. En: Mén<strong>de</strong>z editores S.A <strong>de</strong> C.V.<br />

Micología Médica Básica. 2da ed. México DF; 2000. p.<br />

331-342.<br />

2. Ellis D, Pfeiffer T. The ecology of Cryptococcus neoformans.<br />

Eur J Epi<strong>de</strong>miol 1992;8:1-5.<br />

3. Ampel NM. Emergin disease issues and fungal pathogens<br />

associated with HIV infection. Emerg Infec Dis<br />

1996;2:109-116.<br />

4. Mitchell TG, Perfect JR. Cryptococcosis in the era of AIDS-<br />

100 years after the discovery of Cryptococcus neoformans.<br />

Clin Microb Rev 1995;8:515-548.<br />

5. Casa<strong>de</strong>vall A, Mukherjee J, Devi SJN, Schneerson R, Robbin<br />

JB, Scharff D. Antibodies elicited by a Cryptococcus<br />

Zaragozí, et al • Determinación <strong>de</strong> la DL 50 <strong>de</strong> una cepa <strong>de</strong> Cryptococcus neoformans...<br />

neoformans - Tetanus toxoid conjugated vaccine have the<br />

same specificity as those elicited in infection. J Infect Dis<br />

1992;165:1086-1093.<br />

6. Devi STN. Preclinical efficaccy of a glucuronoxylomannan -<br />

Tetanus toxoid conjugate vaccine of Cryptococcus neoformans<br />

in a murine mo<strong>de</strong>l. Vaccine 1996;14:841-844.<br />

7. Fajardo EM, Ortíz B, Chavez A, Gainza N, Izquierdo L, Hernán<strong>de</strong>z<br />

Y, Labrador I, Alvarez F. Normalización <strong>de</strong> la dosis letal 50% <strong>de</strong><br />

las cepas <strong>de</strong> Leptospira interrogans utilizadas en el control <strong>de</strong> la<br />

vacuna antileptospirósica cubana para uso humano. Rev Cub<br />

Med Trop 1998;50:22-26.<br />

8. Huffnagle GB, Yates JL, Lipscomb MF. T cell-mediate<br />

immunity in the lung: A Cryptococcus neoformans pulmonary<br />

infection mo<strong>de</strong>l using SCID and athymic nu<strong>de</strong> mice. Infect<br />

Immun 1991;59:1423-1433.<br />

9. Reed LJ, Muench H. A simple method of estimating fifty per<br />

cent endpoints. Am J Hygiene 1938;27:493-497.<br />

10. Dromer F, Mathoulin S, García Hermoso D. Ronin O, Dupont<br />

B. Factors associated with Cryptococcus neoformans serotipe<br />

D infection. In 3rd International Conference on Cryptococcus<br />

and cryptococcosis. Program and abstracts 1996:44-45.<br />

11. Fernán<strong>de</strong>z C, Martínez G, Alvarez LP, Rodriguez R, Alvarez<br />

C. Cryptococcus neoformans var. neoformans isolated in<br />

Havana City. Mem Inst Oswaldo Cruz 1990;85:245.<br />

12. Fernán<strong>de</strong>z C, Martínez G, Illnait MT, Perurena M, González<br />

M. I<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> Cryptococcus neoformans var. neoformans<br />

en aislamientos clínicos cubanos. Rev Cub Med Trop<br />

1998;50:167-169.<br />

13. Martínez G, Asín O, Illnait MT, Valdés I. Potencial patógeno y<br />

<strong>de</strong> diseminación <strong>de</strong> cepas <strong>de</strong> Cryptococcus neoformans en<br />

ratones BALB/c. Bioquimia. 2003;28(especial).<br />

14. Buchanan KL, Murphy JW. What makes Cryptococcus<br />

neoformans a phatogen? Emerg Infect Dis 1998;4(1):71-83.<br />

15.Rho<strong>de</strong>s CJ, Wicher SLO, Urba WJ. Genetic control of<br />

susceptibility to Cryptococcus neoformans in mice. Infect<br />

Immun 1980;29:494-499.<br />

16. Lortholary O, Improvisi L, Fitting C, Cavaillon JM, Dromer F.<br />

Influence of gen<strong>de</strong>r and age on course of infection and cytokine<br />

responses in mice with disseminated Cryptococcus neoformans<br />

infection. Clin Microbiol Infect 2002;8(1):31-7.<br />

17.Huffnagle GB, Lipscomb MF. Animal mo<strong>de</strong>l of human<br />

disease. Pulmonary criptococosis. Am J Pathology<br />

1992;141(6):1517-20.<br />

18. Guyton AC, Hall JE. Resistencia <strong>de</strong>l organismo a la infección:<br />

Leucocitos, granulocitos, el sistema macrófago-monocítico e<br />

inflamación. En: Tratado <strong>de</strong> Fisiología Médica Tomo II. Interaméricana.<br />

McGraw-Hill;1998. p.477-84.<br />

19. Fromtilng RA, Abruzzo GK, Ruiz A. Virulence and antifungal<br />

susceptibility of environmental and clinical isolates of<br />

Cryptococcus neoformans from Puerto Rico. Mycopathol<br />

1989;106:163-169.<br />

Correspon<strong>de</strong>ncia:<br />

Dr. Gerardo Martínez Machín<br />

Laboratorio <strong>de</strong> Micología, Instituto <strong>de</strong> Medicina<br />

Tropical Pedro Kourí. Apartado 601, Marianao<br />

13, La Lisa, Ciudad <strong>de</strong> La Habana, Cuba.<br />

Teléf.: 53-7-2020425. Fax: 53-7-336048.<br />

e-mail: gerardo@ipk.sld.cu<br />

11


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

12<br />

Hallazgos tomográficos <strong>de</strong> la toxoplasmosis<br />

cerebral en pacientes brasileños con SIDA<br />

Computed tomography findings in Brazilian patients with cerebral<br />

toxoplasmosis and acquired immuno<strong>de</strong>ficiency syndrome<br />

José E. Vidal Bermú<strong>de</strong>z 1<br />

Augusto C. Penalva <strong>de</strong> Oliveira 1<br />

Najara M. P. Andra<strong>de</strong> 1<br />

Rafi Felicio Dauar 1<br />

Silas Pereira Barbosa Jr. 2<br />

Zélia M. <strong>de</strong> Souza Campos 2<br />

Cláudio Campi <strong>de</strong> Castro 3<br />

1<br />

Grupo <strong>de</strong> Estudo em Neurociências do<br />

Instituto <strong>de</strong> Infectologia Emílio<br />

Ribas, São Paulo, Brasil.<br />

2<br />

Serviço <strong>de</strong> Diagnóstico por Imagem e<br />

Métodos Gráficos do Instituto <strong>de</strong> Infecto-<br />

logia Emílio Ribas, São Paulo, Brasil.<br />

3<br />

Seção <strong>de</strong> Ressonância Magnética do<br />

Instituto do Coração da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo,<br />

São Paulo, Brasil.<br />

Rev Panan Infectol 2004;6(1):12-16.<br />

Recibido en 6/9/2003.<br />

Acepto para publicación en 20/10/2003.<br />

Resumen<br />

Introducción: El objetivo <strong>de</strong> este trabajo es <strong>de</strong>scribir y clasificar los<br />

hallazgos tomográficos <strong>de</strong> la toxoplasmosis cerebral en pacientes con<br />

el síndrome <strong>de</strong> la inmuno<strong>de</strong>ficiencia adquirida (SIDA). Métodos:<br />

Estudio <strong>de</strong>scriptivo y prospectivo <strong>de</strong> pacientes con toxoplasmosis<br />

cerebral y SIDA. Resultados: Se estudiaron 55 pacientes y las<br />

tomografías i<strong>de</strong>ntificaron alteraciones en 53 (96.4%) <strong>de</strong> ellos. Los<br />

hallazgos fueron clasificados en 5 categorías y 77.7% <strong>de</strong> los pacientes<br />

presentaron lesiones <strong>de</strong>finidas como típicas. Conclusión: La<br />

toxoplasmosis cerebral presenta variadas presentaciones radiológicas<br />

y su reconocimiento oportuno es fundamental para el manejo <strong>de</strong> los<br />

pacientes con lesiones cerebrales y SIDA.<br />

Palabras clave: Toxoplasmosis cerebral, Diagnóstico, Tomografia<br />

computadorizada, Síndrome <strong>de</strong> la inmuno<strong>de</strong>ficiencia adquirida,<br />

Brazil.<br />

Abstract<br />

Introduction: The aim of this study was to <strong>de</strong>scribe and<br />

categorize the computed tomography (CT) findings in patients with<br />

acquired immuno<strong>de</strong>ficiency syndrome (AIDS) and cerebral<br />

toxoplasmosis. Methods: This was a prospective and <strong>de</strong>scriptive<br />

study of patients with cerebral toxoplasmosis and AIDS. Results:<br />

Abnormalities were i<strong>de</strong>ntified in 53 (96.4%) of the 55 patients<br />

studied. CT findings were classified into five categories and lesions<br />

<strong>de</strong>fined as “typical” were observed in 77.7% of the patients.<br />

Conclusion: Cerebral toxoplasmosis may present different<br />

radiological patterns and the prompt i<strong>de</strong>ntification of the<br />

abnormalities is essential for a<strong>de</strong>quate management of patients<br />

with AIDS and cerebral lesions.<br />

Key words: Cerebral toxoplasmosis, Diagnosis, Computed<br />

tomography, Acquired immuno<strong>de</strong>ficiency syndrome, Brazil.<br />

Introducción<br />

Toxoplasma gondii es un protozoario intracelular <strong>de</strong> distribución<br />

mundial. La toxoplasmosis se adquiere principalmente a través <strong>de</strong> la<br />

ingestión <strong>de</strong> quistes presentes en carne mal cocida o cruda, así


como <strong>de</strong> ooquistes en agua y alimentos contaminados.<br />

En pacientes inmunocompetentes la infección aguda<br />

generalmente es asintomática u oligosintomática. En<br />

pacientes con el síndrome <strong>de</strong> la inmuno<strong>de</strong>ficiencia<br />

adquirida (SIDA), la toxoplasmosis cerebral se presenta<br />

como reactivación <strong>de</strong> infección latente y constituye la<br />

principal causa <strong>de</strong> lesión expansiva cerebral (1-3) .<br />

Estudios realizados en países <strong>de</strong>sarrollados<br />

<strong>de</strong>muestran disminución <strong>de</strong> la inci<strong>de</strong>ncia (4) y mortalidad<br />

(5) asociadas <strong>de</strong> la toxoplasmosis cerebral <strong>de</strong>spués<br />

<strong>de</strong> la introducción <strong>de</strong>l tratamiento antiretroviral <strong>de</strong> gran<br />

actividad (TARGA). Sin embargo, en la mayoría <strong>de</strong> los<br />

países sub<strong>de</strong>sarrollados, estas continúan representando<br />

causas importantes <strong>de</strong> morbi-mortalidad.<br />

El objetivo <strong>de</strong> este estudio es <strong>de</strong>scribir y clasificar<br />

las alteraciones observadas en las tomografías<br />

computadorizadas <strong>de</strong> pacientes con toxoplasmosis<br />

cerebral, resaltando su importancia en el abordaje<br />

diagnóstico inicial <strong>de</strong> las lesiones focales cerebrales<br />

en pacientes con SIDA.<br />

Pacientes y métodos<br />

Estudio <strong>de</strong>scriptivo y prospectivo realizado en el<br />

Instituto <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> Emilio Ribas (São Paulo,<br />

Brasil) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> junio <strong>de</strong>l 2001 a junio <strong>de</strong>l 2002. Se<br />

incluyeron pacientes con diagnóstico <strong>de</strong>finitivo <strong>de</strong><br />

infección por el VIH (ELISA y Western Blot positivos),<br />

sin antece<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> enfermedad neurológica y que<br />

cumplieron las siguientes <strong>de</strong>finiciones. Caso probable:<br />

i) Pacientes que presentaron signos y/o síntomas<br />

neurológicos <strong>de</strong> inicio reciente tales como cefalea,<br />

signos <strong>de</strong> hipertensión endocranial o focalidad<br />

neurológica; ii) evi<strong>de</strong>ncia radiológica <strong>de</strong> lesión cerebral<br />

con efecto expansivo o captación <strong>de</strong> contraste en la<br />

tomografía computadorizada (TC) o en la resonancia<br />

nuclear magnética (RNM), y iii) respuesta clínica y<br />

tomográfica al tratamiento específico anti-Toxoplasma.<br />

Caso <strong>de</strong>finitivo: diagnóstico histopatológico <strong>de</strong><br />

toxoplasmosis cerebral en muestras <strong>de</strong> biopsia<br />

estereotáxica o necropsia.<br />

Todos las TC cerebrales fueron realizadas al<br />

momento <strong>de</strong>l ingreso hospitalario, antes <strong>de</strong><br />

iniciarse el tratamiento antiparasitario y en un<br />

único equipo (Shimadzu SCT3000). Se realizó el<br />

protocolo <strong>de</strong> rutina, con cortes <strong>de</strong> 5 mm en la fosa<br />

posterior y <strong>de</strong> 10 mm en los segmentos superiores,<br />

con y sin contraste (ioversol, optiray®320),<br />

administrándose 2 ml/kg <strong>de</strong> peso en los pacientes<br />

con peso igual o inferior a 50 kg, y <strong>de</strong> 100 ml en<br />

los pacientes con peso superior a 50 kg. Los<br />

pacientes con sospecha clínica <strong>de</strong> toxoplasmosis<br />

cerebral y TC sin alteraciones fueron sometidos a<br />

RMN. Todas las TC y RMN fueron evaluadas por<br />

un mismo profesional.<br />

Bermú<strong>de</strong>z, et al • Hallazgos tomográficos <strong>de</strong> la toxoplasmosis cerebral...<br />

Los hallazgos tomográficos <strong>de</strong> cada paciente fueron<br />

<strong>de</strong>scritos y clasificados en 5 categorías:<br />

1. Lesiones hipo<strong>de</strong>nsas con captación <strong>de</strong><br />

contraste en anillo y e<strong>de</strong>ma perilesional;<br />

2. Lesiones hipo<strong>de</strong>nsas con captación nodular y<br />

e<strong>de</strong>ma perilesional;<br />

3. Lesiones hipo<strong>de</strong>nsas sin captación <strong>de</strong><br />

contraste y con efecto expansivo;<br />

4. E<strong>de</strong>ma cerebral difuso, sin lesiones focales<br />

visibles; y<br />

5. TC sin alteraciones y RMN con lesiones focales.<br />

Estas categorías fueron clasificadas en alteraciones<br />

“típicas” (categorías 1 y 2) y “atípicas” <strong>de</strong> toxoplasmosis<br />

cerebral (categorías 3-5). Adicionalmente, se clasificó a<br />

los pacientes en función <strong>de</strong>l número <strong>de</strong> categorías que<br />

presentaron y en función <strong>de</strong>l número <strong>de</strong> lesiones (únicas<br />

o múltiples).<br />

Finalmente, se consignó la frecuencia <strong>de</strong>l “signo<br />

<strong>de</strong>l blanco” y <strong>de</strong>l “signo <strong>de</strong>l blanco excéntrico”, según<br />

las siguientes <strong>de</strong>finiciones. Signo <strong>de</strong>l blanco: área <strong>de</strong><br />

calcificación o captación <strong>de</strong> contraste en el centro <strong>de</strong><br />

la lesión cerebral focal. Signo <strong>de</strong>l blanco excéntrico:<br />

presencia <strong>de</strong> un pequeño nódulo unido a la pared <strong>de</strong><br />

la lesión cerebral.<br />

Resultados<br />

Se estudiaron 55 pacientes con edad media <strong>de</strong> 36.6<br />

± 7.9 años (rango: 19-62 años). De ellos, 33 (60%)<br />

fueron hombres y 22 (40%) fueron mujeres. La media<br />

<strong>de</strong>l recuento <strong>de</strong> linfocitos CD4+ fue <strong>de</strong> 64.2 ± 69.1<br />

cel/L (rango: 3-369 cel/L). Del total <strong>de</strong> pacientes,<br />

53 (96,4%) fueron casos probables y 2 (3.6%) casos<br />

se consi<strong>de</strong>raron <strong>de</strong>finitivos.<br />

Las TC i<strong>de</strong>ntificaron alteraciones en 53 (96.4%)<br />

casos y 51 (92.7%) pacientes presentaron lesiones<br />

tomográficas focales. Los hallazgos tomográficos fueron<br />

clasificados en las siguientes categorías:<br />

1. Lesiones hipo<strong>de</strong>nsas con captación <strong>de</strong><br />

contraste en anillo y e<strong>de</strong>ma perilesional: 28 (44.4%)<br />

casos (figura 1A);<br />

2. Lesiones hipo<strong>de</strong>nsas con captación nodular y<br />

e<strong>de</strong>ma perilesional: 21 (33.3%) casos (figura 1B);<br />

3. Lesiones hipo<strong>de</strong>nsas sin captación <strong>de</strong><br />

contraste y con efecto expansivo: 10 (15.9%) casos<br />

(figura 1C);<br />

4. TC sin alteraciones y RMN <strong>de</strong>mostrando<br />

lesiones focales: 2 (3.2%) casos (figura 1D, 1E), y<br />

5. E<strong>de</strong>ma cerebral difuso, sin lesiones focales<br />

visibles: 2 (3.2%) casos (figura 1F).<br />

Del total <strong>de</strong> pacientes, 47 (85.5%) evi<strong>de</strong>nciaron<br />

hallazgos correspondientes a una única categoría y 8<br />

(14.5%) casos revelaron alteraciones <strong>de</strong> 2 categorías<br />

(figura 1G): 6 con las categorías 1 y 2, uno con las<br />

categorías 1 y 3, y uno con las categorías 2 y 3.<br />

13


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

Figura 1. Hallazgos tomográficos <strong>de</strong> la toxoplasmosis<br />

cerebral en pacientes con SIDA: A. Lesión<br />

con contraste en anillo y e<strong>de</strong>ma perilesional (flecha<br />

blanca). B. Lesiones con contraste nodular y e<strong>de</strong>ma<br />

perilesional (flecha blanca). C. Lesión hipo<strong>de</strong>nsa<br />

sin realce y con efecto expansivo (flecha blanca).<br />

D, E. TC normal (D) y RMN (E), realizada el mismo<br />

día, <strong>de</strong>mostrando lesiones hiperintensas en T-2<br />

(flechas blancas). F. E<strong>de</strong>ma cerebral difuso, sin<br />

lesiones focales visibles. G. Lesiones expansivas<br />

clasificadas en dos categorías: lesión con contraste<br />

en anillo (flecha negra) y lesiones con contraste<br />

nodular (flechas blancas).<br />

14<br />

Cuarenta y nueve (77.7%) pacientes presentaron<br />

lesiones clasificadas como típicas, mientras que 14<br />

(22.3%) <strong>de</strong>mostraron hallazgos atípicos.<br />

En relación al número <strong>de</strong> lesiones, <strong>de</strong> los 53<br />

pacientes con alteraciones tomográficas focales, 38<br />

(71.7%) casos evi<strong>de</strong>nciaron lesiones múltiples y 15<br />

(28.3%) lesiones únicas.<br />

El “signo <strong>de</strong>l blanco” (figura 2A) y el “signo <strong>de</strong>l<br />

blanco excéntrico” (figura 2B) fueron i<strong>de</strong>ntificados en<br />

un caso cada uno.<br />

Discusión<br />

Nuestros resultados <strong>de</strong>muestran que la TC permitió<br />

i<strong>de</strong>ntificar la gran mayoría <strong>de</strong> pacientes con<br />

toxoplasmosis cerebral. Así mismo, se observó un<br />

amplio espectro <strong>de</strong> hallazgos tomográficos, resaltándose<br />

la presencia <strong>de</strong> alteraciones atípicas entre la<br />

cuarta y quinta parte <strong>de</strong> los pacientes.<br />

La sospecha inicial <strong>de</strong> toxoplasmosis cerebral se<br />

basa en los hallazgos clínicos y radiológicos. El cuadro<br />

clínico clásico incluye cefalea y signos neurológicos<br />

focales <strong>de</strong> inicio subagudo. Sin embargo, las<br />

presentaciones pue<strong>de</strong>n ser variadas, manifestándose<br />

con alteraciones <strong>de</strong> conciencia, meningismo, síndrome<br />

cerebelar y manifestaciones psiquiátricas (1-3) . Por otro<br />

lado, 5-15% <strong>de</strong> los pacientes evolucionan agudamente<br />

y hasta 10% <strong>de</strong> los casos pue<strong>de</strong>n presentar encefalitis<br />

difusa, evi<strong>de</strong>nciando e<strong>de</strong>ma cerebral en los métodos<br />

<strong>de</strong> imágenes, sin lesiones focales evi<strong>de</strong>ntes (2)<br />

. En<br />

nuestra serie, solamente 3.2% <strong>de</strong> los casos presentaron<br />

este tipo <strong>de</strong> alteración.<br />

En relación a las técnicas <strong>de</strong> imágenes, la mayoría<br />

<strong>de</strong> pacientes <strong>de</strong>muestran generalmente lesiones<br />

múltiples. Sin embargo, las lesiones únicas representan<br />

aproximadamente la tercera parte <strong>de</strong> los casos (6)<br />

. Las<br />

principales regiones comprometidas son los ganglios<br />

basales. Otras áreas afectadas, en or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> frecuencia,<br />

incluyen los lóbulos frontales, parietales, occipitales y<br />

el cerebelo (7)<br />

. A pesar <strong>de</strong> eso, cualquier región pue<strong>de</strong><br />

ser afectada.<br />

Aproximadamente 80-90% <strong>de</strong> los pacientes con<br />

toxoplasmosis cerebral presentan lesiones expansivas<br />

hipo<strong>de</strong>nsas que captan contraste en anillo o lesiones<br />

con captación nodular (3,8)<br />

. Estas alteraciones, a pesar<br />

<strong>de</strong> ser frecuentes, son inespecíficas y pue<strong>de</strong>n<br />

encontrarse en otras enfermeda<strong>de</strong>s, principalmente<br />

en aquellas que hacen parte <strong>de</strong>l diagnóstico<br />

diferencial <strong>de</strong> la toxoplasmosis cerebral, como por<br />

ejemplo, los linfomas primarios <strong>de</strong>l sistema nervioso<br />

central (LPSNC), tuberculomas, abscesos tuberculosos,<br />

entre otros.<br />

Presentaciones tomográficas menos frecuentes<br />

incluyen a las lesiones hipo<strong>de</strong>nsas, con efecto <strong>de</strong><br />

masa y que no captan contraste, siendo relatadas


entre 6-20% <strong>de</strong> los casos (3) . En algunos pacientes,<br />

esto pue<strong>de</strong> <strong>de</strong>berse a problemas <strong>de</strong> técnica como<br />

administración insuficiente <strong>de</strong> contraste. En otros,<br />

podría estar <strong>de</strong>terminada por la falta <strong>de</strong> una a<strong>de</strong>cuada<br />

respuesta inflamatoria local secundaria a inmunosupresión<br />

grave (8) .<br />

Se reconoce que la RMN presenta mayor sensibilidad<br />

que la TC en el diagnóstico <strong>de</strong> lesiones focales<br />

cerebrales (3,8) , evi<strong>de</strong>nciando principalmente alteraciones<br />

que no habían sido i<strong>de</strong>ntificadas en la TC.<br />

Sin embargo, el hallazgo <strong>de</strong> TC normal con RMN<br />

alterada es raro, correspondiendo a 3% <strong>de</strong> los casos<br />

(5 <strong>de</strong> 164 pacientes) en un único estudio (9) . La<br />

presencia <strong>de</strong> esta disociación en el 3.2% <strong>de</strong> los casos<br />

<strong>de</strong> nuestra serie confirma este hallazgo, <strong>de</strong>biendo<br />

consi<strong>de</strong>rarse en la evaluación inicial <strong>de</strong> los pacientes<br />

con SIDA y clínica compatible con toxoplasmosis<br />

cerebral.<br />

El infrecuente “signo <strong>de</strong>l blanco” ha sido relatado<br />

clásicamente en los tuberculomas cerebrales,<br />

principalmente cuando la imagen central <strong>de</strong> la lesión<br />

correspon<strong>de</strong> a calcificación (10) . Este signo no es<br />

patognomónico y ha sido <strong>de</strong>scrito en casos <strong>de</strong><br />

toxoplasmosis cerebral, absceso bacteriano y<br />

LPSNC (11) . En el único caso <strong>de</strong> nuestra serie, el “signo<br />

<strong>de</strong>l blanco” representó una área <strong>de</strong> captación <strong>de</strong><br />

contraste y no un área calcificada. Por otro lado, el<br />

“signo <strong>de</strong>l blanco excéntrico” se consi<strong>de</strong>ra altamente<br />

sugestivo <strong>de</strong> toxoplasmosis cerebral (6)<br />

. Sin embargo,<br />

como fue evi<strong>de</strong>nte en nuestra serie, su presentación<br />

es esporádica.<br />

El diagnóstico <strong>de</strong>finitivo <strong>de</strong> la toxoplasmosis<br />

cerebral requiere <strong>de</strong> la <strong>de</strong>mostración directa <strong>de</strong><br />

taquizoitos <strong>de</strong> T. gondii en el tejido cerebral. El<br />

diagnóstico probable se consi<strong>de</strong>ra en los pacientes<br />

con SIDA, alteraciones neurológicas <strong>de</strong> inicio reciente<br />

y presencia <strong>de</strong> lesiones cerebrales expansivas que<br />

captan contraste. La presencia <strong>de</strong> serología positiva<br />

para T. gondii y un recuento bajo <strong>de</strong> células CD4+<br />

aumentan las posibilida<strong>de</strong>s diagnósticas <strong>de</strong>bido a que<br />

menos <strong>de</strong> 3-6% <strong>de</strong> los casos presentan serologías<br />

negativas y mas <strong>de</strong>l 80% <strong>de</strong> los pacientes <strong>de</strong>muestran<br />

recuentos <strong>de</strong> células CD4+ menores que 100 células/<br />

L (2)<br />

. En la práctica clínica diaria, una respuesta<br />

a<strong>de</strong>cuada al tratamiento anti-Toxoplasma confirma al<br />

diagnóstico (1-3)<br />

. La persistencia o agravamiento <strong>de</strong> los<br />

síntomas y <strong>de</strong> las alteraciones radiológicas 10-14 días<br />

<strong>de</strong>spués <strong>de</strong>l inicio <strong>de</strong>l tratamiento indican biopsia<br />

estereotáxica (12)<br />

. En algunas situaciones como en los<br />

casos con serologías negativas para T. gondii o<br />

lesiones únicas en la RMN, las biopsias pue<strong>de</strong>n ser<br />

realizadas antes <strong>de</strong> las dos semanas. Consi<strong>de</strong>ramos<br />

que un elevado índice <strong>de</strong> sospecha <strong>de</strong> otra etiología,<br />

como relatamos en un caso <strong>de</strong> absceso tuberculoso<br />

Bermú<strong>de</strong>z, et al • Hallazgos tomográficos <strong>de</strong> la toxoplasmosis cerebral...<br />

Figura 2. A. “Signo <strong>de</strong>l blanco” (flecha blanca) y<br />

B. “Signo <strong>de</strong>l blanco excéntrico” (flecha branca)<br />

en pacientes con toxoplasmosis cerebral y SIDA.<br />

cerebral (13)<br />

, también pue<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar abordajes<br />

quirúrgicas precoces.<br />

En los últimos años se han <strong>de</strong>sarrollado técnicas<br />

moleculares y diversos exámenes <strong>de</strong> imágenes con<br />

importante aplicación en el estudio <strong>de</strong> las lesiones<br />

focales cerebrales en pacientes con SIDA (12)<br />

. Los<br />

resultados han sido mas alentadores en los casos<br />

<strong>de</strong> la leucoencefalopatia multifocal progresiva y <strong>de</strong><br />

los LPSNC (1,2)<br />

. En el caso <strong>de</strong> la toxoplasmosis<br />

cerebral, el uso <strong>de</strong> la reacción en ca<strong>de</strong>na <strong>de</strong><br />

polimerasa (PCR) para <strong>de</strong>tectar material genético<br />

<strong>de</strong> T. gondii en el líquido cefaloraquí<strong>de</strong>o presenta<br />

buena especificida<strong>de</strong> (96-100%) pero baja<br />

sensibilidad (50%) (2) . En relación a los exámenes<br />

funcionales <strong>de</strong> imágenes, la TC por emisión <strong>de</strong><br />

fotones (SPECT), la tomografia por emisión <strong>de</strong><br />

positrones (PET) y la espectroscopia, permite<br />

diferenciar, en algunos casos, la etiología <strong>de</strong> las<br />

lesiones estudiadas. Sin embargo, <strong>de</strong>muestran baja<br />

especificidad (2) . Por estos motivos, consi<strong>de</strong>ramos<br />

importante sistematizar los hallazgos <strong>de</strong> las alteraciones<br />

tomográficas <strong>de</strong> los pacientes con toxoplasmosis<br />

cerebral, principalmente por ser las<br />

técnicas <strong>de</strong> imágenes cerebrales <strong>de</strong> menor costo.<br />

En conclusión, los resultados <strong>de</strong> este estudio<br />

confirman las variadas presentaciones tomográficas <strong>de</strong><br />

la toxoplasmosis cerebral. El reconocimiento oportuno<br />

<strong>de</strong> estas alteraciones es fundamental en el abordaje<br />

diagnóstico inicial <strong>de</strong> los pacientes con lesiones focales<br />

cerebrales y SIDA.<br />

Referencias<br />

1. Mamidi A, DeSimone JA, Pomerantz RJ. Central nervous<br />

system infections in individuals with HIV-1 infection. J<br />

Neurovirol 2002;8:158-67.<br />

2. Skiest DJ. Focal neurological disease in patients with<br />

acquired immmuno<strong>de</strong>ficiency syndrome. Clin Infect Dis<br />

2002;34:103-15.<br />

15


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

3. Cohen BA. Neurologic manifestations of toxoplasmosis<br />

in AIDS. Semin Neurol 1999;19:201-11.<br />

4. Abgrall S, Rabaud C, Costagliola D. Inci<strong>de</strong>nce and risk<br />

factors for toxoplasmic encephalitis in human<br />

immuno<strong>de</strong>ficiency virus-infected patients before and<br />

during tha high active antiretroviral therapy era. Clin<br />

Infect Dis 2001;33:1747-55.<br />

5. Jones JL, Sehgal M, Maguire JH. Toxoplasmosisassociated<br />

<strong>de</strong>aths among human immuno<strong>de</strong>ficiency virusinfected<br />

persons in the United States, 1992-1998. Clin<br />

Infect Dis 2002;34:1161.<br />

6. Ramsey RG, Gean AD. AIDS. I. Central nervous system<br />

toxoplasmosis. Neuroimaging Clin N Am 1997;7:171-86.<br />

7. Harrison MJG, McArthur JC. Oportunistic infections –<br />

parasites. In: Harrison MJG, McArthur JC, editors. AIDS<br />

and Neurology. 1st ed. London: Churchill Livingstone<br />

1995. p. 171-81.<br />

8. Walot I, Miller BL, Chang L, Mehringer CM. Neuroimaging<br />

finding in patients with AIDS. Clin Infect Dis<br />

1996;22:906-19.<br />

9. Knobel H, Guelar A, Graus F, Miro JM, Padro S, Merca<strong>de</strong>r<br />

JM. Toxoplasmic encephalitis with normal CT scan and<br />

pathologic MRI. Am J Med 1995;99:220-1.<br />

10.Welchman JM. Computerised tomography of intracranial<br />

16<br />

tuberculomata. Clin Radiol 1979;30:567-73.<br />

11.Bargallo J, Berenguer J, Garcia-Barrionuevo J, Ubeda B,<br />

Bargallo N, Car<strong>de</strong>nal C et al. The “target sign”: is it<br />

specific sign of CNS tuberculoma? Neuroradiology<br />

1996;38:547-50.<br />

12.American Aca<strong>de</strong>my of Neurology. Evaluation and<br />

management of intracranial mass lesions in AIDS:<br />

report of the quality standards subcommittee of the<br />

American Aca<strong>de</strong>my of Neurology. Neurology 1998;<br />

50:21-6.<br />

13.Vidal JE, Cimerman S, Silva PRM, Sztajnbok J, Coelho<br />

JFGS, Lins DLM. Tuberculous brain abscess in a patient<br />

with AIDS: Case report and literature review. Rev Inst<br />

Med Trop S Paulo 2003;45:111-4.<br />

Correspon<strong>de</strong>ncia:<br />

Dr. José E. Vidal Bermú<strong>de</strong>z<br />

R. Capote Valente, 668, Apto. 78, São Paulo, SP,<br />

05409-002, Brazil.<br />

Teléf.: 55 (11) 9588-8756<br />

Fax: 55 (11) 3088-3602.<br />

e-mail: jbermu<strong>de</strong>z@emilioribas.sp.gov.br


Fi<strong>de</strong>l A. Núñez 1<br />

Angel A. Escobedo 2<br />

Carlos M. Finlay 3<br />

Eficacia <strong>de</strong> varios esquemas <strong>de</strong><br />

tratamiento para la infección por<br />

Giardia lamblia en niños<br />

1<br />

Médico Especialista <strong>de</strong> 2do. Grado en<br />

Microbiología. Investigador Auxiliar.<br />

Jefe <strong>de</strong>l Grupo <strong>de</strong> Parasitosis<br />

Intestinales. Coordinador y Miembro <strong>de</strong>l<br />

Comité Académico <strong>de</strong> la Maestría en<br />

Parasitología. Instituto <strong>de</strong> Medicina<br />

Tropical Pedro Kourí, Ciudad <strong>de</strong><br />

La Habana, Cuba.<br />

2<br />

Médico Especialista <strong>de</strong> 2do. Grado en<br />

Microbiología. Master en Epi<strong>de</strong><strong>miolo</strong>gía.<br />

Jefe <strong>de</strong> Departamento <strong>de</strong> Parasitología.<br />

Hospital Pedro Borrás. Miembro <strong>de</strong> la<br />

Cátedra <strong>de</strong> Promoción <strong>de</strong> Salud. Ciudad<br />

<strong>de</strong> La Habana, Cuba.<br />

3<br />

Investigador Titular. Doctor en Ciencias<br />

Biológicas. Consultante <strong>de</strong>l<br />

Instituto <strong>de</strong> Medicina Tropical. Miembro<br />

<strong>de</strong>l Comité Académico <strong>de</strong> la Maestría<br />

en Parasitología. Instituto <strong>de</strong> Medicina<br />

Tropical Pedro Kourí, Ciudad <strong>de</strong> La<br />

Habana, Cuba.<br />

Rev Panam Infectol 2004;6(1):17-20.<br />

Recibido en 17/10/2003.<br />

Acepto para publicación en 18/11/2003.<br />

Efficacy of various drugs for treatment of<br />

Giardia lamblia infection in children<br />

Núñez, et al • Eficacia <strong>de</strong> varios esquemas <strong>de</strong> tratamiento...<br />

Resumen<br />

En un estudio <strong>de</strong> parasitismo intestinal realizado en 469 niños<br />

proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> tres guar<strong>de</strong>rías infantiles <strong>de</strong> Ciudad Habana, Giardia<br />

lamblia fue la especie parasitaria intestinal más frecuente. Se<br />

<strong>de</strong>cidió evaluar tres esquemas <strong>de</strong> tratamiento antigiardiásico:<br />

sulfato <strong>de</strong> aminosidina (Gabbroral ® ) por 10 días, extracto alcohólico<br />

<strong>de</strong> propóleos al 30% por 10 días, y el mismo extracto durante 20<br />

días; comparados todos con el metronidazol durante 7 días. Se<br />

comprobó la curación con el examen <strong>de</strong> 3 muestras <strong>de</strong> heces 7,<br />

14 y 21 días posteriores al tratamiento, las que se procesaron por<br />

los métodos <strong>de</strong> examen directo y <strong>de</strong> Ritchie. La tasa más alta <strong>de</strong><br />

curación se obtuvo con el sulfato <strong>de</strong> aminosidina 54/59 (91,5%).<br />

Con el extracto alcohólico <strong>de</strong> propóleos al 30% durante 20 días se<br />

obtuvo una eficacia <strong>de</strong> 79,3%, comparable a la obtenida con el<br />

metronidazol (79,8%) (P > 0,05). La tasa más baja se obtuvo con<br />

el extracto alcohólico <strong>de</strong> propóleos al 30% durante 10 días (68%)<br />

(P < 0,05). El tratamiento con aminosidina fue el más eficaz para<br />

este grupo <strong>de</strong> niños, por lo que consi<strong>de</strong>ramos que <strong>de</strong>bería evaluarse<br />

más el uso <strong>de</strong> esta droga para la giardiasis, especialmente si se<br />

tiene en cuenta su poca absorción intestinal, lo que la hace ser<br />

elegible para aquellos casos con fallas en el tratamiento, o que<br />

presenten reacciones secundarias que impidan concluir la<br />

terapéutica antiparasitaria con otros fármacos. A<strong>de</strong>más,<br />

consi<strong>de</strong>ramos el uso <strong>de</strong> los propóleos como una opción alternativa<br />

<strong>de</strong> tratamiento frente a esta parasitosis.<br />

Palabras clave: Giardiasis, Tratamiento, Guar<strong>de</strong>rías infantiles,<br />

Aminosidina, Propóleos, Metronidazol.<br />

Abstract<br />

A coproparasitological survey was carried out in 469 children<br />

from three day care centers of Havana city and Giardia lamblia by<br />

large was the parasite most commonly found. Three treatment’s<br />

schedules were assayed: Aminosidine sulphate (Gabbroral ®<br />

) for<br />

10 days; 30% ethanolic extract of propolis for 20 days and the<br />

same last drug, but only during 10 days. All of them were compared<br />

17


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

Tabla 1. Distribución <strong>de</strong> los diferentes esquemas <strong>de</strong> tratamiento antigiardiásico<br />

Droga Presentación N. <strong>de</strong> niños Dosis Duración Sexo<br />

tratados Diaria Masc./Fem.<br />

Metronidazol tabletas <strong>de</strong> 250 mg 89 25 mg/kg 7 días 40/49<br />

Aminosidina comprimidos <strong>de</strong> 250 mg 59 35 mg/kg 7 días 30/29<br />

Propóleos extracto alcohólico al 30% 50 5 mL 10 días 23/27<br />

Propóleos extracto alcohólico al 30% 58 5 mL 20 días 29/29<br />

with the 5-nitroimidazolic drug metronidazole, for 7<br />

days. The cure rates were assessed by the examination<br />

of three stool specimens collected on 7, 14, and 21<br />

days post treatment. All samples were processed by<br />

direct wet mount and formalin-ether concentration<br />

techniques. The cure rate obtained with aminosidine<br />

was 91,5%, the metronidazole produced the 79,8%,<br />

the schedule of propolis during 20 days, 79,3%, and<br />

the same last drug but during only 10 days, 68%.<br />

Taking into account our results, we consi<strong>de</strong>red that<br />

aminosidine, a drug uncommonly used for Giardia<br />

treatment, should be more assayed; mainly, in pregnant<br />

women and individuals with intolerance to other<br />

antigiardial drugs. Furthermore, we consi<strong>de</strong>r the use<br />

of ethanolic extract of propolis as a possible alternative<br />

therapeutic option for G. lamblia treatment.<br />

Key words: Giardiasis, Treatment, Day care centers,<br />

Aminosidine, Propolis, Metronidazole.<br />

Introducción<br />

Giardia lamblia es el protozoo patógeno <strong>de</strong>l tracto<br />

intestinal más frecuentemente diagnosticado en humanos<br />

y se encuentra distribuido mundialmente, siendo más<br />

prevalente en niños (1)<br />

. En Cuba la infección por este<br />

parásito, aunque muestra variaciones importantes <strong>de</strong> una<br />

región a otra, mantiene una prevalencia elevada sobre<br />

todo entre las eda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1 a 5 años (2)<br />

. El espectro clínico<br />

<strong>de</strong> la infección por G. lamblia varía <strong>de</strong>s<strong>de</strong> individuos<br />

portadores sanos que constituyen el mayor grupo, hasta<br />

pacientes con cuadros diarreicos agudos o crónicos,<br />

pudiendo llegar a presentarse eventualmente alteraciones<br />

evi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> la absorción intestinal (3,4)<br />

.<br />

Actualmente, en el tratamiento <strong>de</strong> la giardiosis se<br />

indican sobre todo drogas <strong>de</strong>l grupo <strong>de</strong> los 5nitroimidazoles<br />

como el metronidazol, nimorazol,<br />

secnidazol, ornidazol y tinidazol; también se utilizan<br />

otras como la furazolidona y la quinacrina (5)<br />

. Sin<br />

embargo, las fallas terapéuticas son reportadas cada<br />

vez con mayor frecuencia (6,7)<br />

, por lo que continua la<br />

búsqueda <strong>de</strong> nuevas opciones terapéuticas contra este<br />

protozoo (8)<br />

.<br />

En el presente estudio, nos propusimos evaluar la<br />

18<br />

eficacia <strong>de</strong> tres esquemas <strong>de</strong> tratamiento antigiardiásico<br />

en niños mediante el uso <strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong> aminosidina y<br />

dos esquemas <strong>de</strong> tratamiento con solución alcohólica <strong>de</strong><br />

propóleos al 30% a diferentes dosis; comparados con un<br />

5-nitroimidazólico, el metronidazol. Los esquemas<br />

realizados con solución alcohólica <strong>de</strong> propóleos se<br />

realizaron basándonos en resultados in vitro, previamente<br />

reportados por Torres y cols. (9) .<br />

Material y métodos<br />

Inicialmente, se realizó un estudio coproparasitológico<br />

en 469 niños, cuyas eda<strong>de</strong>s fluctuaban entre<br />

1 y 5 años, y que asistían regularmente a alguna <strong>de</strong> las<br />

tres guar<strong>de</strong>rías seleccionadas para la investigación, todas<br />

localizadas en Ciudad <strong>de</strong> la Habana. La participación<br />

<strong>de</strong> los niños estuvo sujeta a la previa información y<br />

consentimiento <strong>de</strong> sus padres o tutores y a la aprobación<br />

<strong>de</strong>l protocolo <strong>de</strong> investigación por el comité <strong>de</strong> ética<br />

<strong>de</strong>l Instituto “Pedro Kourí”.<br />

Se recogieron hasta 3 muestras <strong>de</strong> heces por cada<br />

niño durante una semana, las cuales se enviaron al<br />

Laboratorio <strong>de</strong> Parasitismo Intestinal <strong>de</strong>l Instituto “Pedro<br />

Kourí”, don<strong>de</strong> fueron examinadas microscópicamente<br />

mediante las técnicas <strong>de</strong> examen directo y <strong>de</strong><br />

concentración <strong>de</strong>l formol-éter <strong>de</strong> Ritchie (10)<br />

, para la i<strong>de</strong>ntificación<br />

<strong>de</strong> trofozoitos y/o quistes <strong>de</strong> Giardia lamblia.<br />

Un total <strong>de</strong> 256 niños fueron encontrados positivos<br />

a este protozoo y se incluyeron tomando en consi<strong>de</strong>ración<br />

el criterio <strong>de</strong> que no hubieran recibido<br />

tratamiento antiparasitario, al menos, 3 semanas antes<br />

<strong>de</strong>l estudio; <strong>de</strong> éstos 122 eran <strong>de</strong>l sexo masculino y<br />

134 <strong>de</strong>l sexo femenino. Todos ellos fueron distribuidos<br />

mediante un código aleatorio para recibir uno <strong>de</strong> los 4<br />

esquemas terapéuticos cuyas dosis diarias y duración<br />

se explican en la Tabla 1.<br />

Se solicitó al encargado <strong>de</strong>l cuidado <strong>de</strong>l niño que<br />

vigilara y reportara la aparición <strong>de</strong> algún efecto adverso<br />

durante el período <strong>de</strong> ingestión al medicamento y 24<br />

horas <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> <strong>final</strong>izado. Para este fin se creó una<br />

encuesta <strong>de</strong> reacciones secundarias, la que fue llenada<br />

a cada niño tratado.<br />

La eficacia <strong>de</strong> cada esquema terapéutico aplicado


Tabla 2. Efectividad <strong>de</strong> varios esquemas <strong>de</strong> tratamiento frente a la giardiasis<br />

Esquemas N. <strong>de</strong> niños Tasa <strong>de</strong><br />

Tratados/Curados curación (%)<br />

Metronidazol 89/71 (79,8)<br />

Aminosidina 59/54 (91,5)<br />

Propóleos (10 días) 50/34 (68,0)<br />

Propóleos (20 días) 58/46 (79,3)<br />

fue <strong>de</strong>mostrada mediante el examen microscópico <strong>de</strong><br />

tres muestras fecales recogidas durante los días 7, 14<br />

y 21 <strong>de</strong>spués <strong>de</strong>l tratamiento, usando los mismos<br />

métodos coproparasitológicos previamente expuestos<br />

y consi<strong>de</strong>rando como curados a aquellos en quienes<br />

no se vio nuevamente alguna <strong>de</strong> las formas parasitarias<br />

<strong>de</strong> G. lamblia en las tres muestras. Aquellos quienes<br />

incumplieron con el tratamiento y el seguimiento<br />

establecidos fueron excluidos <strong>de</strong> nuestro protocolo. Los<br />

exámenes coproparasitológicos se realizaron por<br />

técnicos que <strong>de</strong>sconocían la asignación <strong>de</strong> cada niño<br />

en los grupos <strong>de</strong> tratamiento.<br />

Para el análisis estadístico se emplearon los métodos<br />

<strong>de</strong> Chi cuadrado y <strong>de</strong> comparación <strong>de</strong> proporciones<br />

tomando como significativos valores <strong>de</strong> P < 0,05.<br />

Resultados y discusión<br />

Numerosas drogas han sido ensayadas tanto “in<br />

vitro” como clínicamente contra G. lamblia; sin<br />

embargo, los resultados reportados han sido variables,<br />

<strong>de</strong>bido a diversos factores, como el medicamento<br />

empleado, el tipo <strong>de</strong> cepa circulante, condiciones<br />

inmunes o fisiológicas <strong>de</strong>l hospe<strong>de</strong>ro, entre otras. Hasta<br />

el presente, ninguna droga ha <strong>de</strong>mostrado ser “i<strong>de</strong>al”,<br />

<strong>de</strong>bido a que las más eficaces presentan importantes<br />

efectos colaterales (3)<br />

.<br />

La aparición <strong>de</strong> fallos terapéuticos en giardiasis,<br />

es cada vez mayor (11)<br />

; se han postulado algunos<br />

mecanismos <strong>de</strong> resistencia contra varias drogas como<br />

el metronidazol y más reciente contra el albendazol (12)<br />

.<br />

Todo esto hace que se continúe en la búsqueda <strong>de</strong><br />

nuevos productos con actividad antigiardiásica.<br />

En el análisis <strong>de</strong> la eficacia <strong>de</strong> las diferentes drogas,<br />

encontramos que la droga con mayor tasa <strong>de</strong> curación<br />

en nuestro estudio fue el sulfato <strong>de</strong> aminosidina, con<br />

un 91,5% (P < 0,05) (Tabla 2). La aminosidina<br />

(paromomicina) es un antibiótico <strong>de</strong>l grupo <strong>de</strong> los<br />

aminoglucósidos, y que se está ensayando cada vez<br />

más en otras parasitosis como en leishmaniasis (13)<br />

y<br />

cryptosporidiosis (14)<br />

.<br />

En un estudio realizado por Awadalla y cols. (15)<br />

en<br />

giardiasis experimental don<strong>de</strong> se utilizó como mo<strong>de</strong>lo<br />

Núñez, et al • Eficacia <strong>de</strong> varios esquemas <strong>de</strong> tratamiento...<br />

a ratas, se encontraron buenos resultados con este<br />

aminoglucósido, sobre todo cuando se crearon<br />

condiciones <strong>de</strong> hiperaci<strong>de</strong>z gástrica. Estudios<br />

realizados por Gordts y cols. (16) y Edlind (17) han<br />

<strong>de</strong>mostrado la actividad “in vitro” <strong>de</strong> este antibiótico<br />

contra cepas <strong>de</strong> G. lamblia. Adicionalmente, Boreham<br />

y cols. (18) , en un trabajo <strong>de</strong>sarrollado en ratones<br />

neonatos, encontraron a la paromomicina <strong>de</strong> 4 a 5<br />

veces más activa que el metronidazol y la quinacrina.<br />

Todo lo anterior, unido al hecho <strong>de</strong> su pobre absorción<br />

por el intestino, ha hecho que se recomien<strong>de</strong> su uso,<br />

en niños pequeños y sobre todo en embarazadas.<br />

Algunos productos naturales han sido ensayados<br />

como los propóleos, producto <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> las abejas (19) ,<br />

que se ha empleado por su conocida efectividad in<br />

vitro contra bacterias (20)<br />

y en un ensayo contra Giardia<br />

lamblia don<strong>de</strong> se obtuvo una importante inhibición<br />

<strong>de</strong>l crecimiento (9)<br />

. A<strong>de</strong>más, se ha empleado in vivo<br />

contra este protozoo (21)<br />

. Estas propieda<strong>de</strong>s se postula<br />

que sean <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> los compuestos flavonoi<strong>de</strong>s que<br />

contiene (22)<br />

. Aunque también ha <strong>de</strong>mostrado un efecto<br />

inmunomodulador (23)<br />

lo que pudiera coadyuvar en su<br />

efecto antiparasitario. La tasa <strong>de</strong> curación obtenida<br />

con el esquema <strong>de</strong> curación con solución alcohólica<br />

<strong>de</strong> propóleos al 30%, durante 20 días, fue <strong>de</strong> 79,3%,<br />

muy similar a la que obtuvo una droga <strong>de</strong> eficacia<br />

<strong>de</strong>mostrada como el metronidazol (P > 0,05). Todo<br />

esto nos lleva a recomendar que se continúe el estudio<br />

<strong>de</strong> diferentes presentaciones y dosis <strong>de</strong>l producto<br />

natural o <strong>de</strong> sus principios activos. A<strong>de</strong>más, <strong>de</strong>muestra<br />

que pue<strong>de</strong> ser una opción terapéutica eficaz, sobre<br />

todo en ausencia <strong>de</strong> otras drogas como los compuestos<br />

5-nitroimidazólicos.<br />

En general, la tolerancia <strong>de</strong> las drogas fue buena,<br />

siendo escasas las reacciones secundarias que<br />

pudieran atribuirse a las drogas empleadas. Éstas, se<br />

registraron sólo en 2 individuos <strong>de</strong>l grupo tratado con<br />

metronidazol, y consistieron en vómitos al terminar el<br />

ciclo <strong>de</strong> tratamiento, y un caso <strong>de</strong> erupción cutánea<br />

en el grupo tratado con extracto <strong>de</strong> propóleos durante<br />

20 días.<br />

En conclusión, estos resultados sugieren que el uso<br />

19


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

<strong>de</strong> la aminosidina y el extracto <strong>de</strong> propóleos al 30%<br />

durante 20 días tienen buena eficacia contra la<br />

infección por G. lamblia en niños y pue<strong>de</strong>n constituir<br />

medicamentos alternativos en pacientes con<br />

intolerancia a otras drogas antigiardiásicas; sin<br />

embargo, esta última opción sería menos recomendada<br />

por la mayor duración <strong>de</strong>l esquema terapéutico.<br />

Sugerimos continuar el estudio <strong>de</strong> los <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong><br />

propóleos o sus principios activos en la búsqueda <strong>de</strong><br />

otras opciones terapéuticas eficaces contra la<br />

giardiasis.<br />

Referencias<br />

1. Adam RD. The biology of Giardia spp. Microbiol Rev<br />

1991;55:706-732.<br />

2. Núñez FA. Giardia lamblia. En: Llop A, Valdés-Dapena<br />

M, Suazo JL, editores. Microbiología y Parasitología Médicas.<br />

Tomo III. Capítulo 78. Ciudad <strong>de</strong> La Habana: Editorial<br />

<strong>de</strong> Ciencias Médicas; 2001. p.31-38.<br />

3. Hill DR. Giardiasis. Issues in diagnosis and management.<br />

Infect Dis Clin North Am 1993;7:503-525.<br />

4. Ortega YR, Adam RD. Giardia: Overview and update. Clin<br />

Infect Dis 1997;25:545-50.<br />

5. Khaw M, Panosian CB. Human antiprotozoal therapy: past,<br />

present and future. Clin Microbiol Rev 1995;8:427-439.<br />

6. Upcroft JA, Campbell RW, Benakli K, Upcroft P, Vanelle<br />

P. The efficacy of new 5-nitroimidazoles against<br />

metronidazole – susceptible and – resistant anaerobic<br />

protozoa. Antimicrob Agents Chemother 1999;43:73 -76.<br />

7. Land KM, Johnson PJ. Molecular basis of metronidazole<br />

resistance in pathogenic bacteria and protozoa. Drug<br />

Resist Updat 1999;2:289-294.<br />

8. Gardner TB, Hill DR. Treatment of giardiasis. Clin<br />

Microbiol Rev 2001;4:114-128.<br />

9. Torres D, Hollands I, Palacios E. Efecto <strong>de</strong> un extracto<br />

alcohólico <strong>de</strong> propóleos sobre el crecimiento <strong>de</strong> Giardia<br />

lamblia in vitro. Rev Cubana Cienc Vet 1990;21:15-20.<br />

10.Garcia LS, Bruckner DA. Macroscopic and microscopic<br />

examination of fecal specimens. In: Diagnostic Medical<br />

Parasitology. Washington, DC: American Society for Microbiology;<br />

1993. p.501–540.<br />

11.Upcroft P, Upcroft JA. Drugs targets and mechanisms of<br />

resistance in the anaerobic protozoa. Clin Microbiol Rev<br />

2001;14:150-164.<br />

12.Lindquist HDA. Induction of albendazol resistance in<br />

Giardia lamblia. Microb Drug Resist 1996;2:433-434.<br />

13.Vexenat JA, Olliaro PL, Fonseca <strong>de</strong> Castro JA, Cavalcante<br />

R, Furtado-Campos JH, Tavares JP et al. Clinical<br />

recovery and limited cure in canine visceral leishmaniasis<br />

20<br />

treated with aminosidine (paromomycin). Am J Trop Med<br />

Hyg 1998;58:448-453.<br />

14.You X, Schinazi RF, Arrowood MJ, Lejkowski M,<br />

Juodawlkis AS, Mead JR. In-vitro activities of<br />

paromomycin and lasalocid evaluated in combination<br />

against Cryptosporidium parvum. J Antimicrob Chemother<br />

1998;41:293-296.<br />

15.Awadalla HN, el Gowhary SH, Sadaka HA, Khalifa AM.<br />

Aminosidine sulphate in experimental giardiasis. J<br />

Egyptian Soc Parasitol 1995;25:53-61.<br />

16.Gordts B, De Jonckeere J, Kasprzak W, Mejewska AC,<br />

Butzler JP. In vitro activity of antiprotozoal drugs against<br />

Giardia intestinalis of human origin. Antimicrobiol Agents<br />

Chemother 1987;31:672-673.<br />

17.Edlind TD. Susceptibility of Giardia lamblia to<br />

aminiglycosi<strong>de</strong> protein synthesis inhibitors: Correlation<br />

with rRNA structure. Antimicrobiol Agents Chemother<br />

1989;33:484-488.<br />

18.Boreham PFL, Phillips RE, Shepherd RW. The activity of<br />

drugs against Giardia intestinalis in neonatal mice. J<br />

Antimicrobiol Chemother 1986;18:393-398.<br />

19.Castaldo S, Capasso F. Propolis, an old remedy used in<br />

mo<strong>de</strong>rn medicine. Fitoterapia 2002;73(Suppl 1):S1-S6.<br />

20.Mirzoeva OK, Grishanin RN, Cal<strong>de</strong>r PC. Antimicrobial<br />

action of propolis and some of its components: the effects<br />

on growth, membrane potential and motility of bacteria.<br />

Microbiol Res 1997;152:239-246.<br />

21.Miyares C, Hollands I, Castenada C, Gonzalez T, Fragoso<br />

T, Curras R et al. Ensayo terapéutico con un preparado a<br />

base <strong>de</strong> propóleos “propolisina” en la giardiasis <strong>de</strong>l humano.<br />

Acta Gasteroenterol Latinoam 1988;18:195-201.<br />

22.Havsteen BH. The biochemistry and medical significance<br />

of the flavonoids. Pharmacol Ther 2002;96:67-202.<br />

23.Sa-Nunes A, Faccioli LH, Sforcin JM. Propolis:<br />

lymphocyte proliferation and IFN-gamma production. J<br />

Ethnopharmacol 2003;87:93-97.<br />

Correspon<strong>de</strong>ncia:<br />

Dr. Fi<strong>de</strong>l A. Núñez<br />

Instituto <strong>de</strong> Medicina Tropical Pedro Kourí.<br />

Autopista <strong>de</strong>l Mediodía<br />

km 6+ entre Carretera Central y Autopista<br />

<strong>de</strong> Pinar <strong>de</strong>l Río. Apartado postal 601.<br />

Ciudad <strong>de</strong> La Habana, Cuba.<br />

Teléf.: 202-06-50<br />

e-mail: fan@ipk.sld.cu


Torres R., et al • Manifestaciones cutáneas <strong>de</strong> infecciones helmínticas en Latinoamérica<br />

Manifestaciones cutáneas <strong>de</strong> infecciones<br />

helmínticas en Latinoamérica<br />

Cutaneous manifestations of helminthic infections in Latin America<br />

Jaime R. Torres R. 1<br />

Antonio José Rondón Lugo 2<br />

1<br />

Profesor Titular <strong>de</strong><br />

Enfermeda<strong>de</strong>s Tropicales.<br />

Jefe <strong>de</strong> la Sección <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong>.<br />

2<br />

Jefe <strong>de</strong> la Cátedra <strong>de</strong><br />

Dermatología Escuela J M Vargas,<br />

Universidad Central <strong>de</strong> Venezuela.<br />

Director <strong>de</strong>l Curso <strong>de</strong> Postgrado<br />

<strong>de</strong> Dermatología, Instituto <strong>de</strong><br />

Biomedicina, Universidad<br />

Central <strong>de</strong> Venezuela, Caracas.<br />

Rev Panam Infectol 2004;6(1):21-36.<br />

Recibido en 25/8/2003.<br />

Acepto para publicación en 9/12/2003.<br />

Resumen<br />

Los helmintos constituyen un grupo <strong>de</strong> patógenos multicelulares<br />

muy heterogéneo, altamente prevalente en las poblaciones humanas<br />

asentadas en las regiones tropicales y subtropicales <strong>de</strong>l mundo.<br />

Los autores realizan una revisión sistematizada <strong>de</strong> las presentaciones<br />

clínicas más características <strong>de</strong> las diversas infecciones helmínticas<br />

observadas en Latinoamérica, con especial énfasis en las<br />

manifestaciones cutáneas <strong>de</strong> las mismas. Igualmente, se hacen<br />

consi<strong>de</strong>raciones sobre los mecanismos patogénicos involucrados,<br />

los métodos <strong>de</strong> diagnóstico parasitológicos disponibles para cada<br />

una <strong>de</strong> ellas y los esquemas <strong>de</strong> tratamiento más efectivos.<br />

Palabras clave: Helmintos, Manifestaciones cutáneas, Latinoamérica.<br />

Abstract<br />

The helminths constitute a heterogenous group of multicellular<br />

pathogens, highly prevalent in human populations established in<br />

tropical and sub-tropical regions around the world. The authors make<br />

a systematized revision of the most characteristics clinical<br />

manifestations of the diverse helminthic infections observed in Latin<br />

America, with special emphasis on their cutaneous manifestations.<br />

The diverse pathogenic mechanisms involved, as well as the available<br />

diagnostic parasitologic methods, and the more effective schemes<br />

of treatment for each one of them, are also wi<strong>de</strong>ly discussed.<br />

Key words: Helminths, Cutaneous manifestations, Latin America.<br />

Los agentes etiológicos parasitarios capaces <strong>de</strong> afectar al<br />

hospe<strong>de</strong>ro humano (endoparásitos) pertenecen a un amplio rango<br />

<strong>de</strong> organismos que varían en tamaño, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> las pocas micras, hasta<br />

varios metros. Los helmintos o gusanos representan una clase heterogénea<br />

<strong>de</strong> agentes patógenos multicelulares que disponen <strong>de</strong><br />

sistemas reproductivos complejos y ciclos <strong>de</strong> vida que involucran<br />

hospe<strong>de</strong>ros intermediarios para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> los estadíos larvarios,<br />

y un hospe<strong>de</strong>ro <strong>de</strong>finitivo en el cual se <strong>de</strong>sarrollan las formas adultas.<br />

Muchos <strong>de</strong> estos agentes están presentes en el nuevo mundo, don<strong>de</strong><br />

son altamente prevalentes en las poblaciones humanas y juegan<br />

21


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

un importante papel en la patología cutánea regional.<br />

La respuesta <strong>de</strong>l huesped hacia los<br />

agentes parasitarios (1-3)<br />

Es muy importante recordar que la respuesta<br />

inflamatoria varía en relación al estado inmune <strong>de</strong>l<br />

hospe<strong>de</strong>ro. Otros factores que influencian la respuesta<br />

inflamatoria son el estado <strong>de</strong>l agente causal y el<br />

momento evolutivo <strong>de</strong> la infección en la que el tejido<br />

es obtenido.<br />

Muchos helmintos llevan a cabo migraciones<br />

extensas a través <strong>de</strong> los tejidos <strong>de</strong>l hospe<strong>de</strong>ro,<br />

ocasionando en algunos casos lesión tisular directa, y<br />

en otros, el inicio <strong>de</strong> reacciones <strong>de</strong> hipersensibilidad.<br />

La piel es uno <strong>de</strong> los órganos más afectados. Durante<br />

estas fases migratorias, las hemorragias petequiales,<br />

la eosinofilia, la urticaria, el prurito, y las lesiones<br />

granulomatosas están entre los signos y síntomas<br />

observados.<br />

Como ocurre con todos los organismos infecciosos,<br />

es imposible separar los efectos patógenos causados<br />

estrictamente por lesión tisular mecánica o química,<br />

<strong>de</strong> aquellas causadas por la respuesta inmune <strong>de</strong>l<br />

hospe<strong>de</strong>ro al parásito.<br />

Todos los helmintos son por <strong>de</strong>finición «cuerpos<br />

extraños» no solamente en el sentido <strong>de</strong> ser gran<strong>de</strong>s e<br />

invasores, sino también en el sentido inmunológico:<br />

son antigénicos y por lo tanto estimulan la inmunidad.<br />

Una ilustración excelente <strong>de</strong> esta interrelación entre<br />

las lesiones directas e indirectas es la patología<br />

asociada a las infecciones por Schistosoma,<br />

especialmente con el S. mansoni. Ha sido documentado<br />

que las respuestas granulomatosas asociadas<br />

con hipersensibilidad contra los huevos atrapados en<br />

la circulación portal intrahepática causan obstrucción<br />

<strong>de</strong>l flujo <strong>de</strong> sangre, lo cual induce a su vez lesión<br />

hepática. Cambios inflamatorios similares relacionados<br />

con mecanismos <strong>de</strong> hipersensibilidad probablemente<br />

contribuyen también a la obstrucción linfática y a los<br />

procesos inflamatorios crónicos cutáneos observados<br />

en las infecciones filarianas.<br />

Cambios inflamatorios mediados por la respuesta<br />

Inmune <strong>de</strong>l hospe<strong>de</strong>ro son apreciados en la piel en la<br />

medida en que los parásitos efectúan su migración<br />

por este tejido. Algunas alteraciones sistémicas, tales<br />

como la eosinofilia y el e<strong>de</strong>ma, reflejan respuestas<br />

locales alérgicas a los helmintos.<br />

La severidad <strong>de</strong> algunas lesiones indirectas es el<br />

resultado <strong>de</strong> la naturaleza crónica <strong>de</strong> la infección. El<br />

hecho que una parte importante <strong>de</strong> los helmintos<br />

patógenos son extremadamente longevos, significa que<br />

muchas alteraciones inflamatorias se vuelven<br />

irreversibles, produciendo cambios funcionales en los<br />

tejidos. Un ejemplo bien conocido <strong>de</strong> esta condición<br />

22<br />

es la atrofia cutánea asociada con la oncocercosis.<br />

No hay duda que la inmunidad específica es<br />

responsable <strong>de</strong> las formas más eficaces <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensa<br />

<strong>de</strong>l hospe<strong>de</strong>ro, aunque la línea divisoria entre<br />

mecanismos no específicos y específicos es difícil <strong>de</strong><br />

trazar con precisión.<br />

Todos los helmintos estimulan fuertes respuestas<br />

inmunes, que pue<strong>de</strong>n ser <strong>de</strong>tectadas fácilmente<br />

cuantificando el anticuerpo específico o la inmunidad<br />

celular. Aunque estas respuestas son útiles para<br />

diagnosticar la infección, parecen con frecuencia no<br />

ser protectoras. El alto predominio <strong>de</strong> infección por<br />

helmintos en las áreas endémicas (la cual se aproxima<br />

a veces al 100 por ciento), y el hecho que los individuos<br />

pue<strong>de</strong>n permanecer infectados por muchos años y<br />

pue<strong>de</strong>n fácilmente reinfectarse <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> ser curados<br />

con quimioterapia, sugieren que la inmunidad<br />

protectora contra helmintos es débil o ausente en los<br />

seres humanos. Sin embargo, un cierto grado <strong>de</strong><br />

inmunidad parece funcionar, porque la intensidad <strong>de</strong><br />

la infección <strong>de</strong>clina a menudo con la edad, y muchos<br />

individuos en áreas endémicas siguen siendo parasitologicamente<br />

negativos y/o asintomáticos.<br />

Los anticuerpos que se unen a los antígenos <strong>de</strong> la<br />

superficie parasitaria pue<strong>de</strong>n canalizar la acción <strong>de</strong><br />

los efectores <strong>de</strong>l sistema <strong>de</strong>l complemento o <strong>de</strong> la<br />

respuesta celular que pue<strong>de</strong>n dañar al helminto. Los<br />

macrófagos y los eosinófilos son las células efectoras<br />

citotóxicas primarias, y las IgM, IgG e IgE son las<br />

inmunoglobulinas más importantes. Los anticuerpos<br />

pue<strong>de</strong>n también bloquear las enzimas liberadas por el<br />

gusano, interfiriendo así con su capacidad <strong>de</strong> penetrar<br />

tejidos o alimentarse.<br />

Las alteraciones inflamatorias pue<strong>de</strong>n facilitar la<br />

concentración <strong>de</strong> las células efectoras alre<strong>de</strong>dor <strong>de</strong><br />

los gusanos, y la liberación ulterior <strong>de</strong> mediadores<br />

celulares pue<strong>de</strong> inhabilitar y matar al gusano. La<br />

encapsulación <strong>de</strong> los gusanos atrapados por las células<br />

inflamatorias pue<strong>de</strong> también dar lugar a la muerte <strong>de</strong>l<br />

gusano, aunque éste no es siempre el caso. Se ha<br />

sospechado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> hace mucho tiempo que las<br />

reacciones <strong>de</strong> hipersensibilidad mediadas por IgE,<br />

implicando mastócitos y los basófilos, contribuyen a<br />

este proceso, pero la evi<strong>de</strong>ncia sigue siendo circunstancial.<br />

En general, los parásitos representan microorganismos<br />

que han adquirido eficaces vías <strong>de</strong> evasión<br />

inmune y, por ello, su eliminación requiere la<br />

participación <strong>de</strong> diferentes mecanismos inmunológicos<br />

efectores y, con frecuencia, su evolución es crónica.<br />

Por lo que respecta a las infecciones originadas por<br />

helmintos, la producción <strong>de</strong> IgE promovida por<br />

citocinas como la IL-4, sintetizada por células Th2,<br />

<strong>de</strong>sempeña una acción muy relevante en la protección


contra estos parásitos, presumiblemente a través <strong>de</strong><br />

la inducción <strong>de</strong> una respuesta tipo ADCC44.<br />

En la actualidad, existen evi<strong>de</strong>ncias firmes que<br />

<strong>de</strong>muestran la importancia capital <strong>de</strong>l tipo <strong>de</strong> respuesta<br />

T helper en la evolución clínico-patológica <strong>de</strong> los<br />

pacientes con enfermeda<strong>de</strong>s originadas por agentes<br />

parasitarios. En este sentido, la mayor parte <strong>de</strong> los<br />

helmintos inducen una respuesta protectora Th2. Sin<br />

embargo, en algunos <strong>de</strong> estos organismos como<br />

Trichinella spiralis, la respuesta inmunorreguladora<br />

clínicamente a<strong>de</strong>cuada es <strong>de</strong> tipo preferentemente Th1.<br />

Paragonimiasis (4-8)<br />

Se conocen 10 o más especies <strong>de</strong> tremátodos <strong>de</strong>l<br />

género Paragonimus capaces <strong>de</strong> afectar al humano, el<br />

más común es el parásito asiático pulmonar<br />

Paragonimus westermani. El trematodo adulto es rojizo<br />

y ovoi<strong>de</strong>. Los adultos tienen 2 ventosas musculosas,<br />

una oral situada anteriormente y una ventral ubicada<br />

en la mitad <strong>de</strong>l cuerpo en la superficie ventral. Los<br />

huevos <strong>de</strong> forma ovoi<strong>de</strong>, color ocre y asimétricos, tienen<br />

una cáscara gruesa con un opérculo.<br />

El ciclo vital <strong>de</strong> estos tremátodos implica 2<br />

hospedadores intermedios y los seres humanos. Los<br />

gusanos adultos viven en los pulmones y <strong>de</strong>positan<br />

los huevos en los bronquios. Los huevos son expulsados<br />

tosiendo o al ser tragados y eliminados por las heces.<br />

Los huevos <strong>de</strong>spués se transforman en el agua y liberan<br />

los miracidios, los cuales inva<strong>de</strong>n el primer hospedador<br />

intermedio, una especie específica <strong>de</strong> caracol <strong>de</strong> agua<br />

dulce. Estos miracidios evolucionan en diversas etapas<br />

que incluyen esporoquistes y redias y cercarias. Las<br />

cercarias emergen e inva<strong>de</strong>n el segundo hospedador<br />

intermedio, crustáceos tales como cangrejos o<br />

langostinos <strong>de</strong> ríos, en los cuales se convierten en<br />

metacercarias.<br />

Cuando los seres humanos injieren los crustáceos<br />

infectados crudos, las larvas se transforman en el<br />

intestino <strong>de</strong>lgado, penetran la pared intestinal, cayendo<br />

en la cavidad peritoneal, y emigran a la pared abdominal<br />

o el hígado, don<strong>de</strong> experimentan un <strong>de</strong>sarrollo adicional.<br />

Aproximadamente 1 semana <strong>de</strong>spués, los parásitos<br />

adultos entran <strong>de</strong> nuevo <strong>de</strong> la cavidad abdominal y<br />

penetran el diafragma para alcanzar el espacio pleurales<br />

y los pulmones. Es posible también la ocurrencia <strong>de</strong><br />

transmisión <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> la ingestión <strong>de</strong> cerdo crudo, o<br />

cerdos salvajes que contengan las etapas juveniles <strong>de</strong><br />

Paragonimus. La infección también se pue<strong>de</strong> transmitir<br />

vía los utensilios contaminados <strong>de</strong> la cocina (por ejemplo,<br />

tableros, cuchillos) o los paños usados para exprimir y<br />

filtrar los jugos <strong>de</strong> cangrejos exprimidos para la<br />

preparación <strong>de</strong> sopas. Los gusanos maduran y comienzan<br />

a producir huevos <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 6 semanas,<br />

pudiendo sobrevivir hasta 20 años.<br />

Torres R., et al • Manifestaciones cutáneas <strong>de</strong> infecciones helmínticas en Latinoamérica<br />

El género Paragonimus incluye más <strong>de</strong> 40 especies.<br />

Distintas especies se encuentran en Asia, África, y<br />

América Latina. P. mexicanus es la especie predominantemente<br />

endémica en Latinoamérica, y P. kellicotti<br />

en Norte América. Ambas especies pue<strong>de</strong>n producir<br />

afección pleuropulmonar y subcutánea.<br />

Las complicaciones <strong>de</strong> la infección severa no<br />

tratada correspon<strong>de</strong>n a neumonía, bronquitis y<br />

bronquiectasias intersticiales. Otras complicaciones<br />

secundarias pue<strong>de</strong>n incluir bronconeumonía, absceso<br />

pulmonar, <strong>de</strong>rrame pleural, o empiema.<br />

Las infecciones ligeras son generalmente asintomáticas.<br />

Durante la fase aguda, que correspon<strong>de</strong> al<br />

período <strong>de</strong> la invasión y <strong>de</strong> migración <strong>de</strong> gusanos no<br />

maduros se observa diarrea, dolor, y urticaria <strong>de</strong><br />

localización abdominal. Estos síntomas iniciales son<br />

seguidos algunos días más tar<strong>de</strong> por fiebre, tos,<br />

dispnéa, dolor torácico, astenia, y sudoración. La fase<br />

aguda persiste generalmente durante varias semanas.<br />

Durante la fase crónica, las manifestaciones pue<strong>de</strong>n<br />

ser pulmonares o extrapulmonares. Los síntomas<br />

pulmonares crónicos consisten en tos seca seguida por<br />

una tos productiva con esputo grueso, color amarillento<br />

u ocre. Los síntomas pulmonares comienzan aproximadamente<br />

6 meses <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> la infección y se confun<strong>de</strong>n<br />

a menudo con las manifestaciones <strong>de</strong> la tuberculosis.<br />

Los pacientes se quejan con frecuencia <strong>de</strong>l malestar<br />

vago en el pecho, dispnéa con el esfuerzo, o sibilancias.<br />

Hemoptisis severas o masivas pue<strong>de</strong>n ocurrir en algunos<br />

casos. La paragonimiasis extrapulmonar se pue<strong>de</strong><br />

clasificar en formas cerebrales, abdominales, subcutáneas,<br />

y misceláneas <strong>de</strong> la enfermedad.<br />

En la paragonimiasis extrapulmonar pue<strong>de</strong> ocurrir<br />

migración <strong>de</strong> gusanos jóvenes o maduros a diversos<br />

órganos o los huevos alcanzan la circulación periférica<br />

y son transportados a distintos sitios.<br />

La paragonimiasis subcutánea, <strong>de</strong>scrita fundamentalmente<br />

en Asia, pue<strong>de</strong> manifestarse como e<strong>de</strong>ma<br />

migratorio o nódulos subcutáneos que contienen los<br />

gusanos no maduros. Estos nódulos subcutáneos<br />

firmes, móviles, y blandos se encuentran a menudo<br />

en la región abdominal e inguinal baja.<br />

Los exámenes <strong>de</strong> laboratorio muestran generalmente<br />

eosinofilia. Los gusanos o los huevos pue<strong>de</strong>n<br />

ser encontrados en biopsias <strong>de</strong> nódulos pulmonares,<br />

cerebrales, subcutáneos, o intrabdominales o <strong>de</strong> las<br />

lesiones enquistadas. Las tasas <strong>de</strong> <strong>de</strong>tección <strong>de</strong> huevos<br />

oscilan como promedio entre 25% y 35% para un solo<br />

espécimen <strong>de</strong> esputo, pero pue<strong>de</strong>n alcanzar hasta el<br />

50% con exámenes múltiples (hasta 7 muestras son<br />

recomendadas). Los exámenes <strong>de</strong> heces son muy útiles<br />

para diagnosticar paragonimiasis en niños porque los<br />

niños tien<strong>de</strong>n para tragar esputo.<br />

Las radiografías <strong>de</strong> tórax revelan anormalida<strong>de</strong>s en<br />

23


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

aproximadamente 80-90% <strong>de</strong> pacientes. Las<br />

anormalida<strong>de</strong>s pue<strong>de</strong>n incluir las sombras <strong>de</strong>l anillo,<br />

fibrosis, nódulos o infiltrados lineares con focos <strong>de</strong><br />

calcificación, <strong>de</strong>rrames pleurales tabicados, y<br />

engrosamiento pleural. Los estudios <strong>de</strong> tomografía<br />

computada o resonancia magnética <strong>de</strong> cráneo pue<strong>de</strong>n<br />

revelar calcificaciones cerebrales, lesiones enquistadas,<br />

o hidrocefalia.<br />

La serología para paragonimiasis es útil <strong>de</strong>bido a<br />

el porcentaje relativamente bajo <strong>de</strong> la <strong>de</strong>tección <strong>de</strong><br />

los huevo. La prueba <strong>de</strong> la fijación <strong>de</strong>l complemento<br />

es sensible y se pue<strong>de</strong> utilizar <strong>de</strong>spués <strong>de</strong>l tratamiento<br />

porque los niveles <strong>de</strong> anticuerpo caen 6-12 meses<br />

<strong>de</strong>spués <strong>de</strong> un tratamiento efectivo. Las dificulta<strong>de</strong>s<br />

técnicas inherentes en la prueba <strong>de</strong> la fijación <strong>de</strong>l<br />

complemento hacen el análisis inmunoenzimático<br />

(ELISA) la prueba serológica <strong>de</strong> elección. La técnica<br />

<strong>de</strong> ELISA tiene una sensibilidad <strong>de</strong>l 92% y es<br />

relativamente específica; sin embargo, los niveles <strong>de</strong>l<br />

anticuerpo se prolongan hasta 24 meses antes <strong>de</strong> volver<br />

a lo normal <strong>de</strong>spués <strong>de</strong>l tratamiento. Una prueba <strong>de</strong><br />

immunoblot recientemente <strong>de</strong>sarrollada es 96%<br />

sensible y tiene una específicidad <strong>de</strong>l 99%, pero no<br />

distingue entre infección activa o pasada.<br />

El tratamiento <strong>de</strong> elección actual <strong>de</strong> la paragonimiasis<br />

es con praziquantel, a la dosis <strong>de</strong> 25 mg/kg,<br />

VO, TID, durante 2 días. Las tabletas <strong>de</strong>ben ser<br />

tragadas enteras con algún líquido durante las comidas.<br />

Cisticercosis (9-11)<br />

La cisticercosis es una enfermedad sistémica<br />

causada por la diseminación <strong>de</strong> la forma larvaria o<br />

cisticerco, <strong>de</strong> la Taenia solium, cuyo hospe<strong>de</strong>ro<br />

<strong>de</strong>finitivo es el ser humano. Aunque las larvas pue<strong>de</strong>n<br />

alcanzar casi cualquier órgano o tejido y en ellos<br />

<strong>de</strong>sarrollan los quistes característicos, la afección <strong>de</strong>l<br />

sistema nervioso central, conocida como neurocisticercosis<br />

(NC), es la modalidad clínica más importante<br />

<strong>de</strong> la enfermedad y pue<strong>de</strong> presentarse con manifestaciones<br />

dramáticas. La inci<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong>l cisticercosis<br />

está aumentando en los países <strong>de</strong>sarrollados.<br />

Los seres humanos albergan los gusanos adultos<br />

<strong>de</strong> la T. solium en el intestino <strong>de</strong>lgado. Los segmentos<br />

o proglótidos <strong>de</strong>l parásito que contienen los huevos<br />

son eliminados por las heces en forma intermitente.<br />

Una vez liberados en el ambiente, los huevos <strong>de</strong> T.<br />

solium pue<strong>de</strong>n alcanzar al hospe<strong>de</strong>ro intermediario<br />

(normalmente el cerdo) mediante la ingestión <strong>de</strong> agua<br />

o alimentos contaminados. Los embriones u oncosferas<br />

son liberados en la luz intestinal y penetran la mucosa<br />

<strong>de</strong>l tracto GI <strong>de</strong>l cerdo, diseminándose por vía<br />

hematógena a los tejidos periféricos, con el <strong>de</strong>sarrollo<br />

resultante <strong>de</strong> las formas quísticas larvarias (cisticercos).<br />

Cuando se consume el cerdo poco cocinado, se<br />

24<br />

<strong>de</strong>sarrolla un gusano adulto intestinal, terminando así<br />

el ciclo vital <strong>de</strong>l parásito.<br />

La cisticercosis humana ocurre cuando los huevos<br />

<strong>de</strong> T. solium son injeridos mediante transmisión fecaloral<br />

a partir <strong>de</strong> un hospedador <strong>de</strong>l parásito adulto o<br />

solitaria. El ser humano entonces se comporta como un<br />

hospedador intermediario acci<strong>de</strong>ntal, con el <strong>de</strong>sarrollo<br />

<strong>de</strong> cisticercos en sus órganos. Los cisticercos se pue<strong>de</strong>n<br />

encontrar en casi cualquier tejido. Las localizaciones<br />

más frecuentemente reportadas son la piel o tejido<br />

subcutáneo, músculo esquelético, corazón, ojo y el SNC.<br />

Los cisticercos pue<strong>de</strong>n permanecer viables por muchos<br />

años y aparecer en el paciente con notable diferencia<br />

<strong>de</strong> tiempo, pues la maduración es irregular.<br />

La respuesta <strong>de</strong>l hospedador a los cisticercos<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> la capacidad <strong>de</strong>l parásito <strong>de</strong> evadir los<br />

mecanismos inmunes <strong>de</strong>l individuo afectado. La<br />

inflamación se restringe a los quistes en proceso <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>generación cuya capacidad <strong>de</strong> evadir las <strong>de</strong>fensas<br />

<strong>de</strong>l hospe<strong>de</strong>ro <strong>de</strong>jan <strong>de</strong> ser efectivas. Durante su<br />

involución, los quistes experimentan cambios<br />

granulomatosos y exhiben calcificación.<br />

Las lesiones subcutáneas son habitualmente<br />

asintomáticas. Ocasionalmente la siembra masiva <strong>de</strong><br />

músculos esqueléticos pue<strong>de</strong> ocasionar un proceso <strong>de</strong><br />

miositis aguda, con el hallazgo <strong>de</strong> leucocitosis y<br />

eosinofilia en sangre periférica.<br />

Figura 1. Cisticerco viable obtenido<br />

<strong>de</strong> lesión subcutánea.<br />

Las manifestaciones clínicas <strong>de</strong> la NC <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<br />

sobre todo <strong>de</strong>l número y la localización <strong>de</strong> los<br />

cisticercos en el CNS y <strong>de</strong> la respuesta inmune <strong>de</strong>l<br />

hospe<strong>de</strong>ro a la infección. Las alteraciones patológicas<br />

severas <strong>de</strong> la NC pue<strong>de</strong>n incluir convulsiones,<br />

hidrocefalia obstructiva, meningoencefalitis y<br />

acci<strong>de</strong>ntes cerebro-vasculares.<br />

La NC afecta a alre<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> 50 millones <strong>de</strong> personas<br />

en todo el mundo. Las áreas endémicas incluyen México<br />

y América Latina, África sub-Sahariana, la India, y


Su<strong>de</strong>ste Asiático. La cisticercosis es probablemente la<br />

infección parasitaria más común <strong>de</strong>l SNC en el humano.<br />

Igualmente, la NC es una importante causa <strong>de</strong><br />

convulsiones <strong>de</strong> inicio tardío (en individuos mayores <strong>de</strong><br />

25 años <strong>de</strong> edad) en todo el mundo.<br />

La mortalidad asociada a la cisticercosis es mínima<br />

y generalmente limitada a los casos complicados con<br />

encefalitis, hipertensión endocraneal secundaria a<br />

e<strong>de</strong>ma, y/o hidrocefalia y acci<strong>de</strong>ntes cerebrovasculares.<br />

Los estudios <strong>de</strong> laboratorio revelan en algunos<br />

pacientes una eosinofilia relativa (≥ 10-15%) en sangre<br />

periférica, si bien los niveles absolutos <strong>de</strong> eosinófilos<br />

raramente están elevados. La serología es útil. La<br />

técnica <strong>de</strong>l diagnóstico inmunoenzimático (ELISA)<br />

muestra una sensibilidad cercana al 75% y es<br />

altamente específica si se emplean los antígenos<br />

a<strong>de</strong>cuados. En los casos con manifestaciones<br />

neurológicas la sensitibilidad pue<strong>de</strong> incrementarse si<br />

la prueba se practica con el LCR. La más novedosa<br />

técnica <strong>de</strong>l blotting <strong>de</strong> inmunotransferencia (EITB)<br />

muestra sensibilida<strong>de</strong>s por encima <strong>de</strong>l 90% y<br />

especificidad <strong>de</strong> hasta <strong>de</strong>l 100%.<br />

Un porcentaje relativamente bajo <strong>de</strong> los pacientes<br />

presentan simultáneamente parasitismo intestinal con<br />

gusanos adultos.<br />

Las radiografías simples <strong>de</strong> partes blandas pue<strong>de</strong>n<br />

mostrar calcificaciones múltiples correspondientes a<br />

quistes <strong>de</strong>generados, las cuales adoptan con frecuencia<br />

aspecto fusiforme, o <strong>de</strong> granos <strong>de</strong> arroz.<br />

En los casos con compromiso neurológico, la<br />

tomografía axial computada (TAC) revela calcificaciones,<br />

correspondientes a lesiones quísticas<br />

parenquimatosas <strong>de</strong>generadas, en la mayor parte <strong>de</strong><br />

los pacientes. Algunos hallazgos pue<strong>de</strong>n mostrar la<br />

presencia <strong>de</strong> lesiones con efecto <strong>de</strong> masa o el <strong>de</strong>sarrollo<br />

<strong>de</strong> hidrocefalia. La administración <strong>de</strong> contraste EV<br />

muestra un reforzamiento perilesional en forma <strong>de</strong><br />

anillo en algunos quistes, que refleja la existencia <strong>de</strong><br />

una respuesta inflamatoria <strong>de</strong>l hospedador alre<strong>de</strong>dor<br />

<strong>de</strong> las lesiones en proceso <strong>de</strong> involución.<br />

La resonancia magnética nuclear (RMN) es<br />

recomendada como una técnica diagnóstica complementaria<br />

a la TAC. La RMN permite i<strong>de</strong>ntificar más<br />

fácilmente un nódulo o engrosamiento <strong>de</strong> la pared<br />

quística que representa el escolex larvario, un hallazgo<br />

consi<strong>de</strong>rado patognomónico para el diagnóstico <strong>de</strong><br />

cisticercosis. La RMN pue<strong>de</strong> revelar cisticercos<br />

intraentriculares, los cuales no son evi<strong>de</strong>nciables por<br />

la TAC <strong>de</strong>bido a la <strong>de</strong>nsidad similar <strong>de</strong>l LCR y el<br />

líquido contenido en el quiste. Igualmente, la RMN<br />

permite <strong>de</strong>tectar quistes subaracnoi<strong>de</strong>os que no son<br />

visibles con la TAC.<br />

La punción lumbar y el examen <strong>de</strong>l LCR es normal<br />

Torres R., et al • Manifestaciones cutáneas <strong>de</strong> infecciones helmínticas en Latinoamérica<br />

en muchos casos <strong>de</strong> NC. Cuando existe inflamación<br />

meníngea o <strong>de</strong>l espacio subaracnoi<strong>de</strong>o, el LCR pue<strong>de</strong><br />

mostrar linfocitosis, aumento <strong>de</strong>l nivel <strong>de</strong> proteínas,<br />

y/o disminución en el nivel <strong>de</strong> glucosa. Las coloraciones<br />

<strong>de</strong> Wright o Giemsa <strong>de</strong>l sedimento <strong>de</strong>l LCR pue<strong>de</strong>n<br />

mostrar eosinofilia.<br />

La <strong>de</strong>mostración <strong>de</strong> cisticercos en nódulos<br />

subcutáneos es diagnóstico <strong>de</strong> la afección.<br />

Tratamiento: El medicamento <strong>de</strong> elección <strong>de</strong> la<br />

cisticercosis es el albendazol, a la dosis <strong>de</strong> 15 mg/<br />

kg/día en tres tomas fraccionadas, durante 3-8 días.<br />

Los efectos colaterales más comunes incluyen<br />

síntomas gastrointestinales, rash y pruritus. Está<br />

contraindicado en la embarazada y en niños <strong>de</strong> 2<br />

años <strong>de</strong> edad.<br />

Una alternativa también efectiva es el praziquantel,<br />

a la dosis <strong>de</strong> 50 mg/kg for 15 days. Más recientemente<br />

ha sido utilizada con efectividad una dosis única <strong>de</strong><br />

100 mg/kg <strong>de</strong> praziquantel, fracionada en tres tomas,<br />

separadas por 2 horas cada una. Los efectos colaterales<br />

más comunes son cefalea, anorexia, nauseas, vómitos,<br />

parestesias y eritema cutáneo.<br />

En los pacientes con NC, los principales efectos<br />

adversos <strong>de</strong> ambos medicamentos son el potencial<br />

<strong>de</strong>terioro en el estatus neurológico <strong>de</strong>l paciente,<br />

exacerbación <strong>de</strong> las convulsiones y aumento en la<br />

presión intracraneana, <strong>de</strong>bido a la reacción inflamatoria<br />

<strong>de</strong>l hospedador a los productos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradación <strong>de</strong>l<br />

parásito. Un breve curso <strong>de</strong> esteroi<strong>de</strong>s pue<strong>de</strong> ser <strong>de</strong><br />

utilidad.<br />

Dermatitis cercariana (11-13)<br />

La <strong>de</strong>rmatitis cercariana, conocida también como<br />

“picazón <strong>de</strong>l nadador”, es una respuesta inflamatoria<br />

cutánea aguda asociada generalmente a la penetración<br />

<strong>de</strong> la piel por cercarias <strong>de</strong> schistosomas <strong>de</strong> aves.<br />

Los síntomas incluyen enrojecimiento y prurito <strong>de</strong><br />

la piel expuesta al agua durante el baño o inmediatamente<br />

<strong>de</strong>spués <strong>de</strong> emerger. Las lesiones iniciales<br />

son <strong>de</strong> tipo eritemato-macular y pruriginosas. Después<br />

<strong>de</strong> un período <strong>de</strong> aproximadamente 12 horas, se<br />

<strong>de</strong>sarrollan lesiones pápulares, papulovesiculares o<br />

urticarianas pruriginosas pue<strong>de</strong>n. El rascado <strong>de</strong> las<br />

áreas afectadas pue<strong>de</strong> dar lugar a infecciones<br />

bacterianas secundarias. Un aspecto interesante es<br />

el hecho que el contacto anterior con cercarias pue<strong>de</strong><br />

conducir a una inmunorespuesta más inmediata y más<br />

intensa.<br />

La <strong>de</strong>rmatitis cercariana pue<strong>de</strong> ocurrir en ambientes<br />

<strong>de</strong> agua dulce o salobre y es causada por cercarias <strong>de</strong><br />

ciertas especies <strong>de</strong> schistosomas entre cuyos<br />

hospedadores normales están los pájaros y los<br />

mamíferos, con excepción <strong>de</strong> los seres humanos. Estas<br />

cercarias parecen tener una reacción quimiotrópica a<br />

25


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

las secreciones <strong>de</strong> la piel y no son tan hospedadorespecíficas<br />

como otros tipos <strong>de</strong> schistosomas,<br />

procurando y a veces penetrando la piel humana. La<br />

penetración causa una <strong>de</strong>rmatitis que se acompaña<br />

generalmente <strong>de</strong> prurito intenso, pero el parásito no<br />

se <strong>de</strong>sarrolla a adulto en el cuerpo humano.<br />

Una especie <strong>de</strong> schistosoma implicada a menudo<br />

en casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>rmatitis cercariana es Austrobilharzia<br />

variglandis, cuyos hospedadores normales son los<br />

patos. El caracol Nassarius obsoletus es el hospedador<br />

intermedio <strong>de</strong> esta especie y pue<strong>de</strong> ser encontrado en<br />

playas marinas <strong>de</strong> climas templados. Otros géneros<br />

<strong>de</strong> parásitos causantes <strong>de</strong> la afección incluyen a:<br />

Trichobilharzia, Gigantobilharzia, Ornithobilharzia,<br />

Microbilharzia y Schistosomatium, siendo los<br />

hospedadores intermediarios involucrados caracoleas<br />

<strong>de</strong> los géneros Lymnaeidae y Physidae.<br />

La <strong>de</strong>rmatitis <strong>de</strong> cercariana no <strong>de</strong>be ser confundida<br />

con la erupción <strong>de</strong> los nadadores marinos, que es<br />

causada por el estadío larvario <strong>de</strong> medusas. Las áreas<br />

<strong>de</strong> la piel afectadas por la erupción <strong>de</strong> los nadadores<br />

marinos están generalmente <strong>de</strong>bajo <strong>de</strong> la ropa usada<br />

por los bañistas y los nadadores don<strong>de</strong> se atrapan los<br />

organismos <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> que la persona <strong>de</strong>je el agua.<br />

La <strong>de</strong>rmatitis cercariana, por el contrario, ocurre en la<br />

piel expuesta fuera <strong>de</strong> la ropa <strong>de</strong> baño apretada.<br />

Típicamente, los hospedadores <strong>de</strong> los schistosomas<br />

aviares son pájaros migratorios acuáticos, incluyendo<br />

pájaros costeros, patos, y gansos. Los gusanos adultos<br />

se encuentran en los vasos sanguíneos y producen<br />

huevos que son <strong>de</strong>glutidos y eliminados por las heces.<br />

En contacto con el agua, los huevos eclosionan y liberan<br />

al miracidio ciliado que infecta a un molusco<br />

susceptible que actua como hospedador intermediario.<br />

El parásito se <strong>de</strong>sarrolla en el hospedador intermediario,<br />

generalmente cierta especie <strong>de</strong> caracol, para<br />

producir las cercarias que nadan libremente en el agua<br />

bajo condiciones apropiadas y penetran la piel <strong>de</strong> los<br />

pájaros para culminar el ciclo. Los seres humanos son<br />

hospedadores acci<strong>de</strong>ntales e ina<strong>de</strong>cuados; las cercarias<br />

pue<strong>de</strong>n penetrar la piel pero no se evolucionan a<br />

estadios más avanzados. La exposición a cercarias<br />

presentes tanto en ambientes <strong>de</strong> agua dulce como <strong>de</strong><br />

agua salada pue<strong>de</strong>n sensibilizará a la persona expuesta<br />

a cualquiera <strong>de</strong> las otras.<br />

La <strong>de</strong>rmatitis <strong>de</strong> cercariana ocurre en todo el<br />

mundo, reportándose casos en cada continente,<br />

excepto la Antártica.<br />

Tratamiento: La mayoría <strong>de</strong> los casos no requieren<br />

atención médica. El uso tópico <strong>de</strong> la crema <strong>de</strong><br />

corticoesteroi<strong>de</strong>s se pue<strong>de</strong> utilizar como tratamiento<br />

sintomático. Igualmente, los síntomas pue<strong>de</strong>n mejorarse<br />

con la administración <strong>de</strong> antihistamínicos sistémicos.<br />

Adicionalmente, pue<strong>de</strong> intentarse el empleo <strong>de</strong><br />

26<br />

compresas refrescantes, baños con bicarbonato <strong>de</strong> sodio,<br />

la aplicación <strong>de</strong> crema <strong>de</strong> bicarbonato <strong>de</strong> sodio a la<br />

erupción, y loción antipruriginosa.<br />

Figura 2. Lesiones múltiples pápulonodulares<br />

eritematosas en tobillo,<br />

pruriginosas, asociadas con<br />

<strong>de</strong>rmatitis cercariana.<br />

Larva migrans cutánea (14-17)<br />

Este síndrome es conocido también larva<br />

cutánea migratoria, erupción reptante y erupción<br />

serpiginosa.<br />

Se consi<strong>de</strong>ra que la causa más común <strong>de</strong> estas<br />

lesiones cutáneas es la invasión por larvas <strong>de</strong><br />

Ancylostoma braziliense, un nematodo <strong>de</strong> gatos y<br />

menos frecuentemente <strong>de</strong> perros, que habita como<br />

parásito adulto en el intestino <strong>de</strong>lgado <strong>de</strong> estos<br />

animales, don<strong>de</strong> produce huevos que son eliminados<br />

con las materias fecales. Cuando éstas son<br />

<strong>de</strong>positadas por los animales en lugares arenosos<br />

calientes y húmedos preferiblemente sombreados, los<br />

huevos embrionan y dan lugar a larvas, las que<br />

permanecen en la arena hasta alcanzar su estado<br />

filariforme o infectante.<br />

La invasión <strong>de</strong> la piel <strong>de</strong> los hospedadores<br />

<strong>de</strong>finitivos produce en ellos la parasitosis intestinal,<br />

mientras que la invasión <strong>de</strong> la piel <strong>de</strong>l hombre,<br />

huésped acci<strong>de</strong>ntal para este parásito, hace que la<br />

larva migre por la piel y produzca lesiones locales,<br />

sin llegar a completar el ciclo <strong>de</strong> vida y por lo tanto<br />

sin alcanzar la etapa <strong>de</strong> parásito adulto.


Figura 3. Afección severa por Larva migrans,<br />

con múltiples trayectos serpiginosos<br />

característicos <strong>de</strong>l síndrome.<br />

Otras uncinarias <strong>de</strong> animales, principalmente<br />

Ancylostoma caninum <strong>de</strong>l perro, se consi<strong>de</strong>ran que<br />

pue<strong>de</strong>n producir las mismas lesiones en la piel<br />

humana. Menos frecuentemente, otras especies<br />

pue<strong>de</strong>n producir el mismo cuadro clínico: Uncinaria<br />

stenochepala, Bunostomun phlebotomun, o las larvas<br />

<strong>de</strong> las uncinarias humanas. A. duo<strong>de</strong>nale y N.<br />

americanus, pue<strong>de</strong>n, en ciertas ocasiones causar<br />

lesiones similares. Strongyloi<strong>de</strong>s stercoralis está<br />

catalogado también entre los que pue<strong>de</strong>n producir<br />

migración larvaria cutánea.<br />

El ciclo vital <strong>de</strong> los distintos nematodos es muy<br />

similar. Los huevos <strong>de</strong> los parásitos, expulsados con<br />

las heces <strong>de</strong> los animales infestados al suelo arenoso,<br />

allí pue<strong>de</strong> ocurrir hasta dos mudas don<strong>de</strong> la persona<br />

pisa o se sienta y por acción <strong>de</strong> proteasas penetran a<br />

la piel, casi siempre por la facilidad <strong>de</strong> pequeñas<br />

fisuras, folículos pilosos o piel sana; así el humano se<br />

convierte en un huésped acci<strong>de</strong>ntal. Las larvas pue<strong>de</strong>n<br />

incluso llegar a la <strong>de</strong>rmis, maduran formando larvas<br />

que inicialmente son rabditiformes y <strong>de</strong>spués, en 5-7<br />

días, se <strong>de</strong>sarrolla el tipo filariforme infectante.<br />

Después <strong>de</strong> un período <strong>de</strong> tiempo variable, avanzando<br />

aproximadamente 2-5 cm/día, comienzan a migrar a<br />

la epi<strong>de</strong>rmis, especialmente por la noche, dando lugar<br />

a una lesión inicial eritematosa, papular, inespecífica,<br />

con prurito que frecuentemente se localiza en los pies<br />

o nalgas y muslos.<br />

El cuadro clínico <strong>de</strong> la condición es muy característico<br />

y permite el diagnóstico por la sola<br />

Torres R., et al • Manifestaciones cutáneas <strong>de</strong> infecciones helmínticas en Latinoamérica<br />

observación. Se presenta como trayectos lineales<br />

ondulantes, muy pruriginosos, que aumentan uno a<br />

varios centímetros por día. Estos trayectos se ubican<br />

entre la <strong>de</strong>rmis y la epi<strong>de</strong>rmis. Se inician como una<br />

pápula o nódulo inflamatorio, luego aparece eritema y<br />

más tar<strong>de</strong> vesículas; algunas veces se observa una zona<br />

hemorrágica alre<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> los trayectos. Los cuales<br />

varían en 3 coloración <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el rosado a rojo oscuro y<br />

tienen un diámetro <strong>de</strong> 2-3 mm. A veces pue<strong>de</strong> coexistir<br />

síndrome <strong>de</strong> Loeffler. Las pruebas <strong>de</strong> laboratorio a<br />

veces muestran incremento en el nivel absoluto <strong>de</strong><br />

eosinófilos o aumento <strong>de</strong>l porcentaje <strong>de</strong>l inmunoglobulina<br />

E (IgE) sérica.<br />

Los lugares <strong>de</strong> la piel afectados son muy variados.<br />

Pue<strong>de</strong>n verse lesiones en plantas y palmas y en<br />

cualquier parte que haya sido expuesta a la arena<br />

contaminada con larvas. En ocasiones, los trayectos<br />

son múltiples, <strong>de</strong>pendiendo <strong>de</strong>l número <strong>de</strong> larvas que<br />

hayan penetrado a la piel. En la histopatología se<br />

observan eosinófilos, células mononucleares y rara vez<br />

pue<strong>de</strong> verse la larva, porque se encuentra más a<strong>de</strong>lante<br />

<strong>de</strong> la lesión visible, en cualquier dirección. Cuando<br />

hay infección secundaria, lo cual no es raro, se<br />

presentan pústulas y signos <strong>de</strong> inflamación local.<br />

Diagnóstico: El hallazgo <strong>de</strong> las larvas es difícil por su<br />

pequeño tamaño y la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> la especie a que<br />

pertenecen es más complicada. Por lo anterior se<br />

consi<strong>de</strong>ra suficiente para un diagnóstico correcto, la<br />

cuidadosa observación <strong>de</strong> las lesiones serpiginosas, que<br />

progresivamente aumentan <strong>de</strong> longitud, así como los<br />

antece<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> contacto con tierra arenosa contaminada<br />

con heces <strong>de</strong> perro o gato, principalmente en playas.<br />

El diagnóstico diferencial <strong>de</strong>be hacerse con:<br />

picadura <strong>de</strong> medusas, escabiosis (<strong>de</strong>pendiendo <strong>de</strong> la<br />

localización), foliculitis, herpes zoster al.<br />

Epi<strong>de</strong><strong>miolo</strong>gía y prevención: La enfermedad se<br />

adquiere por contacto directo <strong>de</strong> la piel con las larvas<br />

existentes en la tierra, don<strong>de</strong> ha habido materias fecales<br />

<strong>de</strong>l huésped portador <strong>de</strong> los parásitos adultos. Los<br />

lugares preferidos son aquellos con suelo arenoso,<br />

caliente y húmedo, principalmente playas, don<strong>de</strong> las<br />

larvas pue<strong>de</strong>n sobrevivir.<br />

Se han <strong>de</strong>scrito características climatológicas<br />

apropiadas para la presentación <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> migración<br />

larvaria cutánea, tales como temperatura alre<strong>de</strong>dor <strong>de</strong><br />

29 grados centígrados, humedad por encima <strong>de</strong> 87%,<br />

y épocas lluviosas. Estos factores hacen que en algunas<br />

localida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> América Latina se presente esta enfermedad<br />

solamente durante algunos meses <strong>de</strong>l año. Se<br />

observan estas lesiones predominantemente en las<br />

costas, don<strong>de</strong> la temperatura, humedad y suelo arenoso<br />

favorecen su diseminación.<br />

Algunas ocupaciones o costumbres hacen que ciertas<br />

personas estén expuestas con más frecuencia a<br />

27


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

esta invasión larvaria, tal es el caso <strong>de</strong> plomeros, que<br />

se contaminan con tierra húmeda, niños que juegan<br />

con arena, bañistas o pescadores que están en playas,<br />

etc. Los gatos suelen hacer sus <strong>de</strong>posiciones en estos<br />

puntos, por encontrar en ellos facilidad para enterrar<br />

superficialmente las materias fecales. Los perros<br />

pue<strong>de</strong>n contaminar la tierra con la <strong>de</strong>fecación en<br />

circunstancias muy variadas, lo cual hace difícil la<br />

prevención. En zonas endémicas podría ser <strong>de</strong> utilidad<br />

la <strong>de</strong>sparasitación <strong>de</strong> los animales, así como el cuidado<br />

para evitar que frecuenten los lugares que pue<strong>de</strong>n<br />

ponerse en contacto con la piel humana.<br />

El tratamiento tópico con tiabendazol, aunque<br />

efectivo, requiere varias dosis a lo largo <strong>de</strong>l día, que a<br />

veces originan reacciones irritantes locales, y sólo<br />

pue<strong>de</strong> aplicarse si las lesiones son poco numerosas y<br />

limitadas, pudiendo acompañarse <strong>de</strong> recaídas. La<br />

crioterapia, que es dolorosa para el paciente, sólo<br />

pue<strong>de</strong> aplicarse a un número limitado <strong>de</strong> lesiones y es<br />

poco probable que resuelva el problema <strong>de</strong>bido a la<br />

dificultad para i<strong>de</strong>ntificar la posición exacta <strong>de</strong>l<br />

parásito, que por otra parte pue<strong>de</strong> soportar bajas<br />

temperaturas.<br />

El uso sistémico <strong>de</strong> tiabendazol, 25-50 mg/kg QD o<br />

BID, durante 2-5 días, o en una sola dosis <strong>de</strong> 50 mg/<br />

kg, pue<strong>de</strong> ser eficaz en el caso <strong>de</strong> que haya lesiones<br />

extensas, pero pue<strong>de</strong> inducir efectos secundarios<br />

intolerables. El albendazol es altamente efectivo a dosis<br />

<strong>de</strong> 400 mg VO QD, durante 3 días o como dosis única.<br />

Otra posibilidad es dar una sola dosis <strong>de</strong> 150-200 mcg/<br />

kg <strong>de</strong> ivermectina.<br />

Gnathostomosis (18-20)<br />

Es una parasitosis causada por nematodos <strong>de</strong>l<br />

género Gnatosthoma (G. spinigerum, G. hispidum, G.<br />

nipponicum y G. doloresi). El parásito afecta diversas<br />

especies <strong>de</strong> mamíferos carnívoros, los cuales portan<br />

los vermes adultos en el intestino, eliminando los<br />

huevos en las heces. Los principales hospedadores<br />

intermediarios <strong>de</strong> Gnathostoma en la naturaleza son<br />

las aves que se alimentan <strong>de</strong> peces <strong>de</strong> agua dulce,<br />

como la garza blanca, el pelícano gris y el pelicano<br />

blanco. En el ser humano es una causa potencial <strong>de</strong>l<br />

síndrome <strong>de</strong> Larva Migratoria o Larva Migrans.<br />

Las manifestaciones <strong>de</strong> la infección pue<strong>de</strong>n ser<br />

diversas, <strong>de</strong>pendiendo <strong>de</strong> la localización <strong>de</strong> las larvas,<br />

las cuales pue<strong>de</strong>n producir lesiones en diversas vísceras<br />

(hígado, intestinos, pulmones, etc.), globo ocular, sistema<br />

nervioso central (cerebro, médula espinal) o piel.<br />

Aparentemente las manifestaciones en piel son las más<br />

frecuentes y los síntomas pue<strong>de</strong>n ser percibidos con<br />

mayor facilidad.<br />

La forma que parasita al humano es la larva <strong>de</strong> tercer<br />

estadio L3. Tales larvas pue<strong>de</strong>n encontrarse en la carne<br />

28<br />

cruda o poco cocida <strong>de</strong> los hospedadores intermediarios<br />

y raramente penetran la piel expuesta al agua contaminada<br />

o la carne <strong>de</strong> animales infectados.<br />

El hombre adquiere el pa<strong>de</strong>cimiento cuando come<br />

principalmente carne parasitada cruda o insuficientemente<br />

cocida <strong>de</strong> pescado <strong>de</strong> agua dulce en<br />

platillos como “ceviche”, “sushi”, “sashimi” o “callos”<br />

entre otros. La larva L3 que se encuentra viva en el<br />

musculo <strong>de</strong>l pescado, se libera por acción <strong>de</strong>l jugo<br />

gastrico, va hacia el higado, allí permanece un corto<br />

tiempo y <strong>de</strong>spués empieza a “caminar” hacia diferentes<br />

partes <strong>de</strong>l organismo. Por este motivo tambié se conoce<br />

como larva migrans o larva migratoria por Gnathostoma.<br />

Es importante señalar que la larva no se reproduce ni<br />

se multiplica en nuestro cuerpo (el hombre no es el<br />

hospe<strong>de</strong>ro <strong>de</strong>finitivo) y que a<strong>de</strong>más la enfermedad no<br />

es contagiosa.<br />

Cuando las larvas <strong>de</strong> Gnathostoma inva<strong>de</strong>n la piel,<br />

es posible observar en distintas partes <strong>de</strong>l cuerpo tales<br />

como cara, brazos, muslos y manos, lesiones diversas<br />

incluyendo: pápulas eritematosas, pruriginosas,<br />

migratorias, que aparecen nuevamente en lugares<br />

cercanos, generalmente en períodos <strong>de</strong> 5-10 días y<br />

<strong>de</strong>jan como secuela equímosis o máculas; trayectos<br />

eritematosos cutáneos, más anchos en un extremo,<br />

rojos y duros; nódulos inflamatorios, ocasionalmente<br />

dolorosos; lesiones acneiformes con un punto central<br />

<strong>de</strong> color café o negruzco, que generalmente aparecen<br />

cuando disminuye la inflamación. Típicamente, la<br />

infección se acompaña <strong>de</strong> eosinofilia en sangre<br />

periférica, <strong>de</strong> grado variable.<br />

El diagnóstico <strong>de</strong> la enfermedad pue<strong>de</strong> realizarse<br />

por biopsia o mediante la <strong>de</strong>mostración <strong>de</strong> anticuerpos<br />

por el método <strong>de</strong>l diagnóstico inmunoenzimático ELISA.<br />

La infección pue<strong>de</strong> ser prevenida evitando el<br />

consumo <strong>de</strong> carne cruda o insuficientemente cocida<br />

<strong>de</strong> pescado <strong>de</strong> agua dulce y evitando, en la medida<br />

que sea posible, la presencia <strong>de</strong> animales como perros,<br />

gatos, cerdos o mamíferos silvestres en las inmediaciones<br />

<strong>de</strong> presas, diques, ríos y lagunas, los cuales<br />

pue<strong>de</strong>n contaminar el agua con sus excretas que<br />

pue<strong>de</strong>n contener los huevos <strong>de</strong>l parásito.<br />

El tratamiento <strong>de</strong> elección es la escisión quirúrgica<br />

<strong>de</strong> la lesión asociada con el empleo <strong>de</strong> albendazol, a la<br />

dosis <strong>de</strong> 400 mg BID, por 14 días. Este medicamento<br />

es capaz <strong>de</strong> inducir la migración <strong>de</strong> las larvas <strong>de</strong>l parásito<br />

a las capas más superficiales <strong>de</strong> la piel y en ocasiones<br />

su expulsión espontánea. La ivermectina ha sido efectiva<br />

en el tratamiento <strong>de</strong> la infección en animales.<br />

Strongyloidiasis y otras<br />

helmintiasis intestinales (21-26)<br />

La infección con el nemátodo Strongyloi<strong>de</strong>s<br />

stercoralis es relativamente poco frecuente en


comparación con otras infecciones por nemátodos<br />

intestinales. Una vez que produce la infección en el<br />

ser humano esta pue<strong>de</strong> persistir por muchos años<br />

(incluso más <strong>de</strong> 35 años), a través <strong>de</strong> los mecanismos<br />

<strong>de</strong> autoinfestación interna (en el intestino) o externa<br />

(en piel <strong>de</strong> la región perineal o perianal. sin ocasionar<br />

síntomas. En presencia <strong>de</strong> inmunosupresión la<br />

autoinfección pue<strong>de</strong> ser masiva lo que ocasiona<br />

diseminación <strong>de</strong> las larvas a los pulmones y otros<br />

tejidos, originando lo que se conoce como síndrome<br />

<strong>de</strong> hiperinfección. Este síndrome es una condición<br />

clínica grave con una tasa <strong>de</strong> mortalidad alta (86%),<br />

por lo que se requiere un alto índice <strong>de</strong> sospecha y<br />

una intervención terapéutica temprana y agresiva. Los<br />

pacientes con una historia anterior <strong>de</strong> exposición a S.<br />

stercoralis <strong>de</strong>ben ser cuidadosamente examinados y<br />

tratados antes <strong>de</strong> ser sometidos a cualquier terapéutica<br />

inmunosupresora.<br />

Strongyloi<strong>de</strong>s stercoralis es un nemátodo cuyo<br />

principal hospedador es el hombre. La vía habitual <strong>de</strong><br />

infección es a través <strong>de</strong> la piel, la cual es penetrada por<br />

la larva filariforme para entrar a la circulación linfática<br />

o venosa y <strong>de</strong> aquí ser transportada pasivamente hacia<br />

la microcirculación <strong>de</strong> los pulmones. Posteriormente<br />

las larvas se escapan hacia los alveolos, ascien<strong>de</strong>n por<br />

los bronquios y la tráquea y subsecuentemente son<br />

tragadas logrando su hábitat <strong>final</strong> en el intestino <strong>de</strong>lgado.<br />

De cada huevo producido por las hembras adultas se<br />

<strong>de</strong>sarrollan larvas rabditoi<strong>de</strong>s que eclosionan en la<br />

mucosa y alcanzan la luz intestinal. En este ambiente<br />

pue<strong>de</strong> ocurrir dos cosas, que las larvas rabditoi<strong>de</strong>s sean<br />

eliminadas por las heces y diferencien en formas adultas,<br />

machos y hembras, <strong>de</strong> vida libre. Estos adultos <strong>de</strong> vida<br />

libre pue<strong>de</strong>n continuar sus ciclos vitales en el suelo y<br />

producir larvas filariforme infectantes (ciclo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo<br />

indirecto). Segundo, las larvas rabditoi<strong>de</strong>s pue<strong>de</strong>n sufrir<br />

metamorfosis hacia la forma filariforme infectante, que<br />

pue<strong>de</strong>n penetrar la pared colónica o la piel perianal y<br />

completar el ciclo interno y establecerse ellas mismas<br />

como adultos femeninos maduros en el intestino<br />

<strong>de</strong>lgado. Este proceso <strong>de</strong> autoinfección probablemente<br />

sea el responsable <strong>de</strong> perpetuar la infección en el<br />

hombre, el cual se ve favorecido por el estreñimiento y<br />

en trastornos que reducen la peristalsis intestinal. La<br />

autoinfección masiva pue<strong>de</strong> inducir el síndrome <strong>de</strong><br />

hiperinfección.<br />

La infección por S. stercoralis es frecuentemente<br />

asintomática, en el hospedador inmunocompetente<br />

aunque pue<strong>de</strong> asociarse con manifestaciones clínicas<br />

irregulares, con intervalos asintomáticos prolongados.<br />

Los hallazgos intestinales son inespecíficos e incluyen:<br />

dolores abdominales tipo cólico, más comúnmente<br />

localizados en la región epigástrica, nausea, vómitos,<br />

diarrea crónica, malabsorcón y pérdida <strong>de</strong> peso.<br />

Torres R., et al • Manifestaciones cutáneas <strong>de</strong> infecciones helmínticas en Latinoamérica<br />

Ocasionalmente los pacientes presentan tos y sibilantes<br />

y es posible <strong>de</strong>mostrar infiltrados pulmonares en la<br />

radiografía <strong>de</strong> torax.<br />

Pue<strong>de</strong>n presentarse síntomas cutáneos relacionados<br />

con diversos estadíos <strong>de</strong> la infección: invasión <strong>de</strong> la<br />

piel y migración <strong>de</strong> las larvas. La invasión <strong>de</strong> la piel<br />

produce un rash eritemato-papuloso pruriginoso. Otra<br />

manifestación cutánea es la larva currens, que se<br />

presenta como una erupción serpiginosa migratoria,<br />

que suele comenzar en la zona perianal y se extien<strong>de</strong><br />

a las nalgas, el abdomen y los muslos.<br />

En los pacientes inmunocomprometidos, los<br />

mecanismos <strong>de</strong> autoinfestación se incrementan y una<br />

gran cantidad <strong>de</strong> larvas son liberadas, facilitando la<br />

diseminación <strong>de</strong> la infección. La difusión masiva <strong>de</strong><br />

larvas filariformes invasoras a sitios como el pulmón,<br />

hígado, sistema nervioso central, o riñón, culmina con<br />

frecuencia en un resultado fatal. El transporte enterobacterias<br />

arrastradas por las larvas <strong>de</strong> Strongyloi<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> la luz intestinal produce a menudo sepsis,<br />

abscesos múltiples o meningitis.<br />

En algunos países suramericanos como Brasil y<br />

Venezuela, el predominio <strong>de</strong>l estrongiloidiasis en<br />

pacientes VIH-positivos es alre<strong>de</strong>dor 4 a el 15%, en<br />

comparación con menos <strong>de</strong>l 1.5% en la población<br />

general. Generalmente, la búsqueda <strong>de</strong> S. stercoralis<br />

en individuos inmunocomprometidos con SIDA, aun<br />

en muestras no seriadas, <strong>de</strong>muestra una alta tasa <strong>de</strong><br />

positividad, cercana al 30%. Cuando se toman tres o<br />

más muestras <strong>de</strong>l mismo paciente, los niveles <strong>de</strong> esta<br />

positividad pue<strong>de</strong>n ser tan altos como 80%.<br />

Los individuos infectados por el HTVL-1 tienen un<br />

mayor riesgo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollar manifestaciones severas<br />

<strong>de</strong> la estrongiloidiasis, incluyendo el síndrome <strong>de</strong><br />

hiperinfección, que aquellos no coinfectados.<br />

Adicionalmente, estos pacientes presentan una mayor<br />

tasa <strong>de</strong> fallas terapéutica.<br />

El paso más importante para el diagnóstico <strong>de</strong><br />

estrongiloidiasis es tener la alta sospecha clínica. La<br />

eosinofilia constituye un importante indicio. En los<br />

pacientes inmunocompetentes con una infección<br />

aguda, la eosinofilia pue<strong>de</strong> ser marcada (sensibilidad<br />

<strong>de</strong> 40% a 80%), mientras que en los casos crónicos<br />

es leve. En los pacientes con síndrome <strong>de</strong> hiperinfección<br />

la eosinofilia pue<strong>de</strong> faltar, constituyendo incluso<br />

un signo <strong>de</strong> mal pronóstico.<br />

El diagnóstico <strong>de</strong>finitivo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> la <strong>de</strong>mostración<br />

<strong>de</strong> larvas <strong>de</strong> S. stercolaris, en las heces o en<br />

líquido duo<strong>de</strong>nal. Debe efectuarse examen repetido<br />

<strong>de</strong> las heces por métodos especiales tales como las<br />

técnicas <strong>de</strong> Baerman-Moraes o <strong>de</strong> Rugai-Mattos-<br />

Brisola, las cuales están basadas en las propieda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> termo e hidrotropismo <strong>de</strong> las larvas <strong>de</strong> las larvas <strong>de</strong><br />

S. stercoralis presentes en las muestras <strong>de</strong> heces. En<br />

29


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

los pacientes inmunocompetentes la sensibilidad <strong>de</strong><br />

ésta técnica con tres o más especímenes es <strong>de</strong> 60-<br />

70%. Para mejorar la <strong>de</strong>tección, también pue<strong>de</strong><br />

utilizarse la técnica <strong>de</strong> Baerman o alguna <strong>de</strong> sus<br />

modificaciones para la concentración <strong>de</strong> larvas, con<br />

las cuales se obtiene una sensibilidad mayor <strong>de</strong>l 80%.<br />

La utilidad <strong>de</strong>l muestreo <strong>de</strong>l contenido duo<strong>de</strong>nal pue<strong>de</strong><br />

ser limitada por su naturaleza invasiva, aunque es 40%<br />

a 90% sensible. La técnica <strong>de</strong> concentración <strong>de</strong>l esputo<br />

<strong>de</strong>be ser realizada en los pacientes inmunocomprometidos<br />

con neumonía.<br />

Las pruebas serológicas con el método <strong>de</strong> ELISA<br />

(enzyme-liked inmunosorbent assay) son altamente<br />

sensibles (80-90%) y específicas para medir títulos <strong>de</strong><br />

IgG contra S. stercoralis; sin embargo, no permiten<br />

distinguir entre una infección aguda y crónica.<br />

Figura 4. Lesiones <strong>de</strong> larva currens en región<br />

glútea <strong>de</strong> paciente con strongyloidiasis crónica.<br />

Tratamiento: Actualmente se disponen <strong>de</strong> dos<br />

agentes quimoterapéuticos efectivos para el tratamiento<br />

<strong>de</strong> la estrongiloidiasis. El tiabendazol es un compuesto<br />

bencimidazólico relacionado con el mebendazol, que<br />

es eficaz en un 75-90% para erradicar el estrongiloi<strong>de</strong>s<br />

en pacientes inmunocompetentes. Debe administrarse<br />

a dosis <strong>de</strong> 25 mg/kg <strong>de</strong> peso BID, por 2 ó 3 días, en la<br />

estrongiloidiasis gastrointestinal. Para pacientes con<br />

hiperinfección la terapia <strong>de</strong>be ser dada por 5 a 14 días.<br />

Esta droga se absorbe con rapi<strong>de</strong>z, y alcanza<br />

concentraciones plasmáticas máximas entre 1 hora y<br />

dos horas <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> la dosis oral. Aproximadamente<br />

el 80% <strong>de</strong> la droga se excreta en la orina, <strong>de</strong> manera tal<br />

30<br />

que en los pacientes con insuficiencia renal <strong>de</strong>be ser<br />

estrechamente monitoreada. Los efectos colaterales <strong>de</strong>l<br />

tiabendazol incluyen anorexia, náuseas, vómitos, mareo,<br />

dolor abdominal epigástrico, prurito, cefalea,<br />

somnolencia, vértigos, síntomas neurosiquiátricos,<br />

hipotensión, reacción <strong>de</strong> hipersensibilidad, leucopenia<br />

y elevación transitoria <strong>de</strong> la aspartato aminotransferasa.<br />

Esto pue<strong>de</strong> ocurrir hasta en el 30% <strong>de</strong> los casos.<br />

La ivermectina, una lactona macrocíclica <strong>de</strong> amplio<br />

actividad contra nematodos y ácaros, también es<br />

altamente efectiva y presenta pocos efectos adversos.<br />

El medicamento induce en diversos nematodos la<br />

liberación <strong>de</strong> GABA (ácido gamma amino butírico) un<br />

neurotransmisor inhibidor, el cual en cambio causa la<br />

parálisis y muerte <strong>de</strong> los parásitos inmaduros y maduros<br />

Aunque en el caso específico <strong>de</strong> Strongyloi<strong>de</strong>s el<br />

mecanismo específico <strong>de</strong> acción <strong>de</strong>l compuesto<br />

permanece <strong>de</strong>sconocido, se cree que actúa por un<br />

aumento a la permeabilidad <strong>de</strong>l parásito al cloro.<br />

La dosis recomendada <strong>de</strong> ivermectina es <strong>de</strong> 150 a<br />

200 mcg/kg <strong>de</strong> peso una vez al día por 1 ó 2 días, y sus<br />

efectos adversos, aunque raros, incluyen náuseas,<br />

diarrea, anorexia, constipación, fiebre, prurito y fosfenos.<br />

En algunas ocasiones se pue<strong>de</strong> presentar rash,<br />

distensión abdominal y dolor torácico. Pue<strong>de</strong> elevar<br />

transitoriamente hasta dos veces los niveles séricos <strong>de</strong><br />

transaminasas y fosfatasa alcalina. En la actualidad, la<br />

ivermectina representa la droga <strong>de</strong> elección en el<br />

tratamiento <strong>de</strong> pacientes inmunocomprometidos,<br />

mostrando tasas <strong>de</strong> curación parasitológica superiores<br />

al 90%, con el esquema <strong>de</strong> 2 días <strong>de</strong> duración, el cual<br />

pue<strong>de</strong> ser repetido al cabo <strong>de</strong> 2 semanas.<br />

Uncinariasis (27,28)<br />

La afección por uncinarias humanas es indistintamente<br />

conocida también como necatoriasis (en sitios<br />

como Sur América, don<strong>de</strong> predomina el Necator<br />

americanus), o anquilostomiasis (en Asia, Europa y<br />

Norte <strong>de</strong> América, don<strong>de</strong> predomina Ancylostoma<br />

duo<strong>de</strong>nale). Ambos parásitos pue<strong>de</strong>n ocasionalmente<br />

asociarse con el síndrome <strong>de</strong> larva migrans cutánea.<br />

Ambos parásitos penetran al organismo por la piel o<br />

mucosas através <strong>de</strong> larvas infectantes presentes en el<br />

suelo contaminado con heces humanas o vehiculizadas<br />

por vegetales frescos. El hábito <strong>de</strong> caminar <strong>de</strong>scalzo en<br />

sitios con ausencia <strong>de</strong> un sistema a<strong>de</strong>cuado <strong>de</strong><br />

disposición <strong>de</strong> excretas representa el factor <strong>de</strong> riesgo<br />

más comúnmente asociado con la afección. Las larvas<br />

penetran la piel y alcanzan las vénulas superficiales,<br />

entrando <strong>de</strong> esta manera en la circulación sistémica.<br />

Luego <strong>de</strong> una migración similar al <strong>de</strong>scrita para<br />

Strongyloi<strong>de</strong>s, los parásitos adultos se localizan en<br />

mayormente en el yeyuno y al adherirse a las vellosida<strong>de</strong>s<br />

intestinales por su extremidad anterior, causan lesiones


inflamatorias y pequeñas ulceraciones <strong>de</strong> la mucosa.<br />

La mayoría <strong>de</strong> las infecciones son asintomáticas o<br />

leves. Los cambios en la piel usualmente son<br />

apreciables 1-2 días <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> la exposición<br />

infectante y los huevos <strong>de</strong>l parásito son <strong>de</strong>mostrables<br />

en las heces 4-6 semanas más tar<strong>de</strong>.<br />

Las manifestaciones cutáneas ocurren en la<br />

infección aguda y se caracterizan por la aparición <strong>de</strong><br />

eritema localizado, e<strong>de</strong>ma y pápulas o lesiones pápulovesiculares<br />

pruriginosas en los sitios <strong>de</strong> penetración<br />

<strong>de</strong> las larvas. Tales hallazgos, conocidos coloquialmente<br />

con diversos nombres (“mazamorras”, “ground<br />

itching”, etc.) se localizan comúnmente en los pies,<br />

en especial en los pliegues interdigitales y duran<br />

aproximadamente 1-2 semanas. Pue<strong>de</strong> ocurrir<br />

simultáneamente en forma ocasional una urticaria<br />

generalizada. En algunos pacientes es posible observar<br />

manifestaciones respiratorias en la fase migratoria<br />

pulmonar <strong>de</strong> las larvas, similares a las <strong>de</strong>scritas para<br />

Strongyloi<strong>de</strong>s. Los casos con alta carga parasitaria se<br />

asocian con dolor abdominal, diarrea y hematemesis<br />

o melena. La infección crónica se asocia ocasionalmente<br />

con manisfestaciones <strong>de</strong> anemia e hipoproteinemia,<br />

tales como e<strong>de</strong>ma, pali<strong>de</strong>z, astenia,<br />

<strong>de</strong>bilidad, tinitus, dispnea y taquicardia.<br />

El diagnóstico presuntivo <strong>de</strong> las lesiones cutáneas<br />

iniciales <strong>de</strong> la uncinariasis se basa en el aspecto clínico<br />

<strong>de</strong> las lesiones en una persona con antece<strong>de</strong>ntes<br />

epi<strong>de</strong>miológicos <strong>de</strong> exposición a la infección, asociado<br />

en ocasiones a la presencia <strong>de</strong> infiltrados pulmonares<br />

y síntomas respiratorios. En esta fase los exámenes <strong>de</strong><br />

heces son aun negativos, pues los huevos <strong>de</strong>l parásito<br />

solo son <strong>de</strong>mostrables 4-6 semanas <strong>de</strong>spués <strong>de</strong><br />

iniciada la infección.<br />

El tratamiento <strong>de</strong> elección es el albendazol, a la<br />

dosis <strong>de</strong> 400 mg VO, durante 1-3 días en adultos y<br />

niños mayores <strong>de</strong> 2 años. En niños menores, la dosis<br />

recomendada es <strong>de</strong> 200 mg VO. En pacientes que<br />

respon<strong>de</strong>n satisfactoriamente, se recomienda un nuevo<br />

curso <strong>de</strong>l medicamento a las 2-3 semanas.<br />

Asparganosis (29-31)<br />

La asparganosis correspon<strong>de</strong> a la infección producida<br />

por la larva plerocercoi<strong>de</strong> (aspargano) <strong>de</strong> cesto<strong>de</strong>s<br />

pseudophylli<strong>de</strong>os <strong>de</strong> la Familia Diphyllobothriidae, tales<br />

como Spirometra spp, un cesto<strong>de</strong> intestinal <strong>de</strong> gatos y<br />

<strong>de</strong> perros. Sin embargo, la asparganosis es endémica<br />

principalmente en los países don<strong>de</strong> existe el hábito <strong>de</strong><br />

comer serpientes o ranas crudas, o aplicar apósitos con<br />

piel <strong>de</strong> serpientes. La asparganosis pue<strong>de</strong> ocasionar<br />

complicaciones serias, a veces fatales, cuando el cerebro<br />

o la médula espinal son afectadas. En casos raros, el<br />

parásito adulto pue<strong>de</strong> estar presente en el intestino <strong>de</strong>l<br />

ser humano.<br />

Torres R., et al • Manifestaciones cutáneas <strong>de</strong> infecciones helmínticas en Latinoamérica<br />

El tamaño <strong>de</strong> la larva es muy variable pero es<br />

generalmente larga (1,0-20,0 cm) y <strong>de</strong>lgada (0,2-0,5<br />

cm <strong>de</strong> diámetro). Consiste <strong>de</strong> un scolex con su parte<br />

anterior invaginada, un cuello y un estrobilo. Se<br />

<strong>de</strong>scriben 2 especies en el género Spirometra,<br />

Spirometra erinacei (S. erinaceieuropaei, S. mansoni)<br />

y S. mansonoi<strong>de</strong>s.<br />

Spirometra es un parásito intestinal <strong>de</strong> gatos, perros,<br />

u otros mamíferos carnívoros (Cerdocyon thous, conocido<br />

vulgarmente como “zorro cangrejero”). Los huevos son<br />

eliminados en las heces <strong>de</strong> los hospedadores <strong>de</strong>finitivos,<br />

los coracidios son liberados en el agua y posteriormente<br />

entran al primer hospedador intermedio (Cyclop), y se<br />

convierten en procercoi<strong>de</strong>s. Cuando renacuajos, que<br />

actuan como segundo hospedador, injieren los Cyclops<br />

infectados, las formas plerocercoi<strong>de</strong>s se transforman. Los<br />

renacuajos y las ranas pue<strong>de</strong>n ser presa <strong>de</strong> serpientes o<br />

<strong>de</strong> otros mamíferos carnívoros y en estos últimos, las<br />

lavas plerocercoidse se convierten en adultos solamente<br />

cuando son ingeridas por gatos, perros o cánidos<br />

silvestres. En hospedadores paraténicos, el plerocercoi<strong>de</strong><br />

no se transforma. Las serpientes son un importante<br />

hospedador paraténico, porque sirven <strong>de</strong> vehículo <strong>de</strong> la<br />

infección a los seres humanos. (Lee et al., 1984).<br />

Tomando en cuenta el período <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> cada<br />

estadío, el ciclo <strong>de</strong> vida completo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la etapa <strong>de</strong> huevo<br />

a adulto toma <strong>de</strong> 48 a 67 días (Lee et al., 1990).<br />

El área con mayor en<strong>de</strong>micidad <strong>de</strong> la infección<br />

correspon<strong>de</strong> a Corea y Japón, <strong>de</strong>bido al hábito <strong>de</strong> comer<br />

serpientes crudas. También es encontrada con cierta<br />

frecuencia en China, y otros países <strong>de</strong>l su<strong>de</strong>ste asiático.<br />

En América, ha sido reportada en Guyana, México,<br />

Puerto Rico, Panamá, Ecuador, Belice, Uruguay,<br />

Colombia, Paraguay, Brazil, Venezuela, Argentina, Perú,<br />

Chile, EEUU y Canadá.<br />

Los hospedadores <strong>de</strong>finitivos <strong>de</strong> Spirometra spp son<br />

los gatos, perros y otros mamíferos carnívoros tales<br />

como felinos y cánidos silvestres.<br />

El ser humano pue<strong>de</strong> ser infectado con asparganos<br />

mediante:<br />

1. ingestión <strong>de</strong> carne cruda o poco cocinada <strong>de</strong><br />

serpientes, ranas u otros animales que abrigan las larvas<br />

plerocercoi<strong>de</strong>s;<br />

2. ingestión <strong>de</strong>l cyclops en el agua que contengan<br />

larvas procercoi<strong>de</strong>s;<br />

3. aplicación tópica <strong>de</strong> carne infectada <strong>de</strong><br />

hospedadores reservorios tales como serpientes o ranas,<br />

en ojo, piel o vagina, con fines medicinales.<br />

Generalmente, la ingestión <strong>de</strong> carne cruda <strong>de</strong><br />

serpiente o rana es la fuente más común <strong>de</strong> la infección<br />

en el medio oriente. En América, Europa, y Australia,<br />

la ingestión <strong>de</strong> cyclops presentes en el agua es la fuente<br />

más común <strong>de</strong> infección.<br />

De acuerdo con la historia natural <strong>de</strong> la infección,<br />

31


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

los asparganos pue<strong>de</strong>n sobrevivir por períodos <strong>de</strong> hasta<br />

más <strong>de</strong> 20 años, quizás, por toda la vida <strong>de</strong>l individuo<br />

afectado.<br />

Manifestaciones clínicas, patología y patogénesis:<br />

Las manifestaciones clínicas <strong>de</strong> la asparganosis<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n <strong>de</strong> la ubicación anatómica <strong>de</strong> la infección.<br />

El sitio más común es el tejido subcutáneo o las fascies<br />

musculares <strong>de</strong> la pared abdominal, pared torácica,<br />

miembros inferiores, cuello y escroto. Otros sitios menos<br />

frecuentemente afectados son la cavidad abdominal,<br />

ojo, sistema nervioso central, canal espinal, la vejiga,<br />

el tracto urinario superior, y la submucosa <strong>de</strong> la pared<br />

intestinal. La manifestación clínica habitual <strong>de</strong> la<br />

infección subcutánea o <strong>de</strong> las fascies es el <strong>de</strong>sarrollo<br />

<strong>de</strong> una masa palpable migratoria o fija, indolente o con<br />

signos <strong>de</strong> flogosis. El prurito es otra manifestación. La<br />

asparganosis subcutánea pue<strong>de</strong> complicarse con la<br />

formación <strong>de</strong> abscesos o hemorragias subcutáneas.<br />

En la asparganosis ocular, las manifestaciones<br />

clínicas se presentan como una masa migratoria en el<br />

campo <strong>de</strong> la visión, conjuntivitis, masa párpebral,<br />

ptosis, exoftalmo, parálisis o dolor ocular.<br />

Los hallazgos histopatológicos <strong>de</strong> la asparganosis<br />

subcutánea son bastante característicos. En general, la<br />

lesión se compone <strong>de</strong> un trayecto alargado tipo cavidad,<br />

con o sin un gusano en su interior y reacción tisular<br />

alre<strong>de</strong>dor <strong>de</strong>l gusano. La cavidad formada por el gusano<br />

móvil es absolutamente característica. La pared <strong>de</strong> la<br />

cavidad consta <strong>de</strong> 3 zonas claramente diferenciables,<br />

una capa interna fina integrada por fibrina, restos<br />

necróticas y eosinofílos. La capa siguiente se compone<br />

<strong>de</strong> un cúmulo <strong>de</strong> macrófago y fibroblastos. Es posible<br />

encontrar linfocitos en esta capa. La cubierta externa<br />

es una amplia zona <strong>de</strong> tejido <strong>de</strong> granulación e infiltración<br />

linfocítica, que se extien<strong>de</strong> al tejido fibroadiposo<br />

muscular circundante. En el citoplasma <strong>de</strong> los macrófagos<br />

es posible distinguir ocasionalmente corpúsculos<br />

<strong>de</strong> calcio <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong>l gusano.<br />

32<br />

Figura 5. Larva <strong>de</strong> aspargano en<br />

tejido subcutáneo.<br />

Asparganosis proliferativa (32-34)<br />

Sparganum proliferum es una forma proliferante e<br />

invasiva <strong>de</strong> aspargano raramente reconocido. Las larvas<br />

tisulares presentan múltiples gemaciones y ramificaciones,<br />

las cuales al separarse originan nuevas larvas.<br />

En los estudios <strong>de</strong> autopsia, se encuentran varios miles<br />

<strong>de</strong> lavas invadiendo piel, tejidos blandos y vísceras.<br />

Todavía es incierto si esta forma <strong>de</strong> la proliferación<br />

correspon<strong>de</strong> a una forma aberrante <strong>de</strong> aspargano o a<br />

la larva <strong>de</strong> una especie totalmente nueva <strong>de</strong> céstodo<br />

pseudophylli<strong>de</strong>o.<br />

El diagnóstico <strong>de</strong>finitivo <strong>de</strong> asparganosis proliferativa<br />

es confirmado por biopsia o cirugía <strong>de</strong>l tejido<br />

implicado, mediante la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong>l gusano o las<br />

lesiones histopatológicas características antes<br />

<strong>de</strong>scritas. La historia <strong>de</strong> ingestión <strong>de</strong> carne cruda <strong>de</strong><br />

serpientes o ranas, o la aplicación medicinal <strong>de</strong> ella,<br />

pue<strong>de</strong> ayudar al diagnóstico.<br />

Figura 6. Asparganosis proliferativa.<br />

Se observan numerosas larvas<br />

subcutáneas, algunas revelando la<br />

forma <strong>de</strong>l parásito subyacente.<br />

En algunos países se dispone <strong>de</strong> una prueba <strong>de</strong><br />

ELISA (enzyme-linked immunosorbent assay) para la<br />

<strong>de</strong>tección <strong>de</strong> IgG específica <strong>de</strong> aspargano. La<br />

sensibilidad y especificidad utilizando un antígeno<br />

protéico purificado <strong>de</strong>l parásito están en el or<strong>de</strong>n <strong>de</strong><br />

95,6 % y 89,0 % respectivamente. En la interpretación


<strong>de</strong> los resultados, <strong>de</strong>be tomarse en cuenta la<br />

posibilidad <strong>de</strong> reacciones cruzadas con teniasis,<br />

cisticercosis y paragonimiasis.<br />

No existe tratamiento para la asparganosis<br />

excepto la remoción <strong>de</strong>l gusano o la excisión<br />

quirúrgica <strong>de</strong> la lesión. Aunque el praziquantel in<br />

vitro es altamente efectivo en inducir lesiones<br />

tegumentarias severas a los asparganos, las larvas<br />

dañadas aun son infectantes para los ratones.<br />

Igualmente, el compuesto no es efectivo en ratones<br />

infectados y no ha dado resultados favorables en<br />

casos <strong>de</strong> asparganosis proliferativa.<br />

Oncocercosis (35,36)<br />

Llamada también “ceguera <strong>de</strong> los ríos” es una<br />

parasitosis producida por el nemátodo Onchocerca<br />

volvulus, y transmitida por mosquitos <strong>de</strong>l género<br />

Simulium.<br />

Epi<strong>de</strong><strong>miolo</strong>gía: Ha sido <strong>de</strong>mostrada en 6 países <strong>de</strong><br />

América Latina. Según la OMS, aproximadamente 125<br />

millones <strong>de</strong> personas en el mundo viven en áreas don<strong>de</strong><br />

está presente la enfermedad; 17.7 millones están<br />

infectadas, <strong>de</strong> ellos 270.000 están ciegos, es la<br />

segunda causa <strong>de</strong> ceguera en el mundo y 500.000<br />

tienen graves problemas visuales.<br />

Los vermes adultos pue<strong>de</strong>n tener <strong>de</strong> 20 a 40 cm<br />

<strong>de</strong> largo y el grueso como <strong>de</strong> un cabello, alojándose en<br />

el tejido subcutáneo o en nódulos fibrosos, viven hasta<br />

15 años; en caso <strong>de</strong> haber machos y hembras, se<br />

reproducen a los 7 meses comienza la reproducción<br />

<strong>de</strong> microfilarias (200-300 micras) que viven en<br />

promedio 2 a 3 años y que se diseminan por la piel y<br />

van al sistema ocular.<br />

El gusano entra a la piel atraves <strong>de</strong> una picadura<br />

<strong>de</strong> un mosquito <strong>de</strong>l género Simulium, la cual <strong>de</strong>sarrolla<br />

su etapa larvaria en las márgenes <strong>de</strong> los ríos, son<br />

mosquitos pequeños (1-5 mm) llamados comúnmente<br />

jejenes, moscas negras o alazanes, la mosca hembra<br />

al picar a una persona infectada ingiere microfilarias,<br />

ya <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l hospe<strong>de</strong>ro, evolucionan hasta transformarse<br />

en larvas infectantes, que son inoculadas a<br />

un nuevo huésped; hasta ahora solo el hombre es<br />

conocido como reservorio.<br />

Manifestaciones clínicas: En la piel pue<strong>de</strong> haber<br />

manifestaciones agudas, conocidas como: erisipela<br />

<strong>de</strong> la costa, que se caracteriza por eritema, e<strong>de</strong>ma y<br />

cierto malestar que simula en cierto grado una<br />

erisipela, pero la magnitud es menor, es <strong>de</strong>cir no es<br />

tan aguda, ni tan eritematosa. Al tornarse crónica la<br />

piel está liquenificada, y toma un aspecto <strong>de</strong> lívido,<br />

que ha sido <strong>de</strong>nominado ”mal Morado” por Robles<br />

en Guatemala.<br />

Es común observar la <strong>de</strong>rmatitis crónica o prurigo<br />

filariano, con liquenificación, pápulas y mucho prurito.<br />

Torres R., et al • Manifestaciones cutáneas <strong>de</strong> infecciones helmínticas en Latinoamérica<br />

Las lesiones pue<strong>de</strong>n localizarse en miembros y en<br />

regiones glúteas, confundiéndose con el prurigo común<br />

por picaduras <strong>de</strong> insectos.<br />

Los nódulos son una manifestación común, que<br />

se palpan en diferentes zonas <strong>de</strong>l cuerpo, incluso hay<br />

diferencia en su localización <strong>de</strong>pendiendo <strong>de</strong> las<br />

zonas geográficas, pero se <strong>de</strong>ben buscar en cuero<br />

cabelludo, principalmente en la región occipital,<br />

región escapular, prominencias óseas <strong>de</strong> tronco y<br />

miembros. No son dolorosos.<br />

Otra manifestación cutánea observada en África y en<br />

el foco <strong>de</strong> la selva Amazónica al sur <strong>de</strong> Venezuela y<br />

norte <strong>de</strong> Brasil son cuadros agudos caracterizados por<br />

placas eritematosas <strong>de</strong> bor<strong>de</strong>s precisos y figurados con<br />

linfa<strong>de</strong>nopatías regionales. En los casos crónicos hay<br />

una atrofia cutánea importante que es el reflejo <strong>de</strong> la<br />

<strong>de</strong>strucción <strong>de</strong> las fibras elásticas; el aspecto que toma<br />

la piel es <strong>de</strong> “piel <strong>de</strong> elefante”; las a<strong>de</strong>nopatías aumentan<br />

<strong>de</strong> tamaño y progresa la atrofia dando el aspecto <strong>de</strong> piel<br />

colgante. En otras regiones la piel pue<strong>de</strong> tomar aspecto<br />

moteado por <strong>de</strong>spigmentaciones.<br />

Figura 7. Microfilarias cutáneas en fresco y<br />

coloreadas con HE, obtenidas por biopsia<br />

<strong>de</strong> piel en un paciente con oncocercosis.<br />

33


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

Figura 8. Lesiones crónicas atróficas <strong>de</strong><br />

piel en paciente con Oncocercosis.<br />

(Foto cortesía Dr. E. Rasi)<br />

Diagnóstico: La epi<strong>de</strong><strong>miolo</strong>gía es importante, así<br />

como la clínica, con la presencia <strong>de</strong> lesiones cutáneas<br />

y oculares.<br />

La toma <strong>de</strong> la biopsia superficial epidérmica es<br />

fácil y rápida. Es conveniente previa a la toma <strong>de</strong> la<br />

muestra que el paciente haga ciertos ejercicios físicos<br />

como caminar y si es posible se exponga al sol, se<br />

levanta un pliegue <strong>de</strong> la piel con los <strong>de</strong>dos índice y<br />

pulgar y se hace una especie <strong>de</strong> afeitado superficial,<br />

no es muy sangrante, el material se coloca en una<br />

lámina portaobjeto con una gota <strong>de</strong> agua o suero<br />

fisiológico, se dilacera la muestra y se espera media<br />

hora, se observa en el microscopio con pequeño<br />

aumento, en caso <strong>de</strong> positividad: las microfilarias son<br />

reconocidas por sus rápidos movimientos y por su<br />

aspecto.<br />

Otro método diagnóstico consiste en la extirpación<br />

y estudio histológico <strong>de</strong> los nódulos, don<strong>de</strong> se observan<br />

los vermes adultos.<br />

El test <strong>de</strong> Mazzotti-Burch, ya poco empleado,<br />

consistía en administrar en una comunidad 50 mg <strong>de</strong><br />

Dietilcarbamacina (hetrazan) y a las 24 horas las<br />

personas infectadas presentaban prurito intenso,<br />

e<strong>de</strong>ma y enrojecimiento ocular e incluso e<strong>de</strong>ma <strong>de</strong> la<br />

cara y cuello.<br />

Diagnóstico diferencial: la “erisipela <strong>de</strong> la costa”<br />

<strong>de</strong>be diferenciarse <strong>de</strong> los cuadros infecciosos <strong>de</strong><br />

celulitis, los cuadros agudos <strong>de</strong>l África y el Amazona<br />

semejan lepra bor<strong>de</strong>rline. Los cuadros crónicos<br />

distinguirlos <strong>de</strong> escabiosis, prurigo, <strong>de</strong>rmatitis atópica.<br />

Los nódulos <strong>de</strong>ben ser diferenciados <strong>de</strong> lipomas,<br />

quistes epidérmicos.<br />

Afectación ocular: es frecuente <strong>de</strong> allí que también<br />

34<br />

a la enfermedad se le conoce como “ceguera <strong>de</strong> los<br />

rios”, los síntomas y lesiones son producidos por la<br />

presencia <strong>de</strong> microfilarias en la cámara anterior y<br />

posterior <strong>de</strong>l ojo, que pue<strong>de</strong>n ser visualizadas por<br />

examen oftalmológico con la lámpara <strong>de</strong> hendidura y<br />

otros procedimientos. los pacientes se quejan <strong>de</strong><br />

fotofobia, lagrimeo, disminución <strong>de</strong> la visión hasta<br />

per<strong>de</strong>rla y se observan lesiones <strong>de</strong> queratitis, iritis,<br />

conjuntivitis y leucoma.<br />

Tratamiento: Actualmente el tratamiento es con la<br />

ivermectina, medicamento que actúa exclusivamente<br />

sobre las microfilarias. La presentación es en tabletas<br />

<strong>de</strong> 3 y 6 miligramos, se administra en forma práctica<br />

<strong>de</strong> acuerdo al peso, en una sola toma. No se<br />

recomienda administrar en menores <strong>de</strong> tres años.<br />

Hasta 15 kg se administra 1 tableta <strong>de</strong> 3 mg<br />

30 kg = 6 mg<br />

45 kg = 9 mg<br />

60 kg = 12 mg<br />

Se pue<strong>de</strong> repetir cada 6 meses, a nivel mundial la<br />

OMS lleva un programa controlado para realizarlo por<br />

12 años continuos, ya que no mata los vermes adultos.<br />

En casos seleccionados se recomienda <strong>de</strong>snodularizar,<br />

es <strong>de</strong>cir extirpación <strong>de</strong> los nódulos.<br />

Control <strong>de</strong> vectores: es importante pero muy difícil<br />

<strong>de</strong> aplicar, hasta la fecha a fracasado y se recomiendan<br />

medidas higiénicas, uso <strong>de</strong> repelentes para insectos,<br />

mosquiteros, tela metálicas en las viviendas, incluso<br />

impregnadas con repelentes <strong>de</strong> insectos.<br />

Filariasis (37-39)<br />

Alre<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> 120 millones <strong>de</strong> personas están<br />

afectados en el mundo por esta enfermedad y cerca<br />

<strong>de</strong> 900 millones tienen riesgo directo <strong>de</strong> contraerla,<br />

los grupos humanos expuestos naturalmente a la<br />

infección están localizados en África sub-Sahariana,<br />

Egipto, Asia, islas <strong>de</strong>l Pacífico, Nor<strong>de</strong>ste <strong>de</strong> América<br />

<strong>de</strong>l Sur y Central, y en algunas islas <strong>de</strong>l Caribe.<br />

Los nemátodos más frecuentemente involucrados<br />

en la infección humana son: Wuchereria bancrofti,<br />

Brugia malawi, y Brugia timori.<br />

Los gusanos adultos viven en los conductos<br />

linfáticos, las hembras <strong>de</strong>positan las microfilarias que<br />

van a la sangre periférica.<br />

La manifestación clínica mas frecuente observada<br />

es la elefantiasis, que <strong>de</strong>be ser diferenciada <strong>de</strong> otras<br />

posibles causas <strong>de</strong>l mismo síndrome.<br />

La filariasis representa la primera enfermedad<br />

don<strong>de</strong> se comprobó transmisión por insectos. Las larvas<br />

infectadas se transmiten al hombre a través <strong>de</strong><br />

picaduras <strong>de</strong> mosquitos infectados, luego se<br />

<strong>de</strong>sarrollan las formas adultas en los conductos<br />

linfáticos.<br />

Progresivamente se presenta e<strong>de</strong>ma y elefantiasis


<strong>de</strong> la zona afecta, generalmente miembros inferiores,<br />

escroto, pene, vulva, mamas, brazos. La piel se ve<br />

engrosada, con fibrosis, rugosa, y pue<strong>de</strong>n sobrevenir<br />

episodios <strong>de</strong> inflamación, supuración e incluso<br />

gangrena.<br />

La presencia <strong>de</strong> microfilarias, y/o las formas adultas<br />

<strong>de</strong>l parásito, el estado nutricional <strong>de</strong>l hospe<strong>de</strong>ro, y las<br />

alteraciones <strong>de</strong> los vasos linfáticos, son factores que<br />

se han invocado para explicar la progresión <strong>de</strong> la<br />

enfermedad.<br />

El diagnóstico se realiza por la epi<strong>de</strong><strong>miolo</strong>gía, los<br />

hallazgos clínicos, y los exámenes <strong>de</strong> laboratorio, don<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>staca la eosinofilia en sangre, y la <strong>de</strong>mostración <strong>de</strong><br />

microfilarias en sangre periferica utilizando la<br />

coloración <strong>de</strong> giemsa o sus <strong>de</strong>rivados.<br />

Se han empleado métodos serológicos tales como<br />

la reacción <strong>de</strong> fijación <strong>de</strong>l complemento y la técnica<br />

<strong>de</strong> ELISA con anticuerpos monoclonales. Más recientemente,<br />

se han incorporado técnicas <strong>de</strong> biología<br />

molecular como la reacción en ca<strong>de</strong>na <strong>de</strong> la<br />

polimerasa (PCR).<br />

El diagnóstico diferencial <strong>de</strong>be hacerse con la<br />

“elefantiasis nostra” producida generalmente por<br />

procesos infecciosos bacterianos a repetición, o<br />

procesos recurrentes <strong>de</strong> insuficiencia venosa superficial<br />

y profunda, ayudados muchas veces por mala higiene<br />

personal y tratamiento ina<strong>de</strong>cuado.<br />

Tratamiento: Dietilcarbacina era la droga <strong>de</strong><br />

elección, a la dosis <strong>de</strong> 6 mg/kg por día, durante 12<br />

dias, Hoy en día, el empleo <strong>de</strong> ivermectina ofrece<br />

excelentes resultados, con pocos efectos secundarios.<br />

Las dosis utilizadas en individuos menores <strong>de</strong> 15 kg<br />

<strong>de</strong> peso es <strong>de</strong> 1 tableta <strong>de</strong> 3 mg, en aquellos entre 15<br />

y 30 kg se emplean dosis <strong>de</strong> 6 mg, en los que pesan<br />

entre 30 y 45 kg, la dosis es <strong>de</strong> 9 mg y en los <strong>de</strong> más<br />

<strong>de</strong> 45 kg m <strong>de</strong> 12 mg.<br />

A veces es necesario utilizar tratamiento quirúrgico,<br />

en tales casos los cirujanos cardiovasculares <strong>de</strong>ben<br />

ser consultados.<br />

Referencias<br />

1. Espinosa LM, Zapata MR, Álvarez-Mon M. Respuesta<br />

inmunitaria frente a microorganismos. Med Clin (Barc)<br />

1999;113:505-511.<br />

2. Bogdan C, Rollinghoff M. The immune response to<br />

Leishmania: mechanisms of parasite control and evasion.<br />

Int J Parasitol 1998;28:121-134.<br />

3. Else KJ, Finkelman FD. Intestinal nemato<strong>de</strong> paradites,<br />

cytokines and effector mechanisms. Int J Parasitol<br />

1998;28:1145-1158.<br />

4. Anonymous. Drugs for parasitic infections. Med Lett<br />

Drugs Ther 1998 Jan 2;40(1017): 1-12.<br />

5. Blair D, Xu ZB, Agatsuma T. Paragonimiasis and the<br />

genus Paragonimus. Adv Parasitol 1999;42:113-222.<br />

6. Hawn TR, Jong EC. Update on hepatobiliary and<br />

Torres R., et al • Manifestaciones cutáneas <strong>de</strong> infecciones helmínticas en Latinoamérica<br />

pulmonary flukes. Curr Infect Dis Rep 1999-Dec;1(5):<br />

427-433.<br />

7. Kagawa FT. Pulmonary paragonimiasis. Semin Respir<br />

Infect 1997-Jun;12(2):149-58.<br />

8. Mahmoud AA. Paragonimiasis. Man<strong>de</strong>ll, Douglas, and<br />

Bennett’s Principles and Practice of Infectious Diseases<br />

2000;2:2950-6.<br />

9. Garcia H, Del Bruto O. Taenia solium cisticercosis. Infect<br />

Dis Clin of North Am 2000;14:97-119.<br />

10.Del Brutto OH, Campos X, Sanchez J, Mosquera A.<br />

Single-day praziquantel versus 1-week albendazole for<br />

neurocysticercosis. Neurology 1999;52:1079-81.<br />

11.Evans C, Garcia HH, Gilman RH, Friedland JS.<br />

Controversies in the management of cysticercosis. Emerg<br />

Infect Dis 1997;3:403-5.<br />

12.Connor DH, Chandler FW, Schwartz DA, Manz HJ, Lack<br />

EE. Pathology of infectious diseases. Appleton & Lange,<br />

Stanford, Connecticut (USA), 1997.<br />

13.García LS, Bruckner DA. Diagnostic Medical Parasitology.<br />

ASM Press, Washington, DC, USA. 1997.<br />

14.Torres JR, Orihuela AR, Garcia D, Abdul-Hadi S.<br />

Treatment of cutaneous larva migrans with albendazole.<br />

Preliminary report. Rev Inst Med Trop Sao Paulo<br />

1989;31:56-58.<br />

15.Orihuela AR, Torres JR. Single dose of albendazole in<br />

the treatment of cutaneous larva migrans. Arch Dermatol<br />

1990;126(3):398-399.<br />

16.Bouchaud O, Houze S, Schiemann R, Durand R,<br />

Ralaimazava P, Ruggeri C, Coulaud JP. Cutaneous larva<br />

migrans in travelers: a prospective study, with assessment<br />

of therapy with ivermectin. Clin Infect Dis<br />

2000;31:493-8.<br />

17.E<strong>de</strong>lgless JW. Cutaneous larva migrans in nothem<br />

climates: a souvenir of your dream vacation. J Am Acad<br />

Dermatol 1982;7:353-358.<br />

18.Pelaez D. y Perez-Reyes R. Gnathostomiasis humana<br />

en America. Rev Latinoamer Microbiol 1970;12:83-91.<br />

19.Rojas-Molina N, Pedraza-Sanchez S, Torres-Bibiano B,<br />

Meza-Martinez Hector, Escobar-Gutierrez A. Gnathostomosis,<br />

an Emerging Foodborne Zoonotic Disease<br />

in Acapulco, México. Emerging Infectious Diseases<br />

1999;5:264-266.<br />

20.Rusnak JM, Lucey DR. Clinical gnathostomiasis: case<br />

report and review of the English-language literature. Clin<br />

Infec Dis 1993;16:33-50.<br />

21.Torres JR, Isturiz R, Murillo J, Guzman M, Contreras R.<br />

Efficacy of ivermectin in the treatment of strongyloidiasis<br />

complicating AIDS. Clin Infect Dis 1993;17:900-902.<br />

22.Gann PH, Neva FA, Gam AA. A randomized trial of singleand<br />

two-dose ivermectin versus thiabendazole for treatment<br />

of strongyloidiasis. J Infect Dis 1994;169:1076-1079.<br />

23.Arthur RP, Shelley WB. Larva currens, a distinct variant<br />

of cutaneos larva migrans due to Strongyloi<strong>de</strong>s<br />

stercoralis. Arch Dermatol 1958;78:186-90.<br />

24.Smith JD, Goette DK, Odom RB. Larva currens.<br />

Cutaneous strongyloidiasis. Arch Dermatol 1976;112:<br />

1161-1163.<br />

35


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

25.Cimerman S, Cimerman B, Salomão D. Enteric parasites<br />

and Aids. Sao Paulo. Med J 1999;117:266-73.<br />

26. Gotuzzo E, Terashima A, Alvarez H, Tello R, Infante R,<br />

Watts DM, Freedman DO. Strongyloi<strong>de</strong>s stercoralis<br />

hyperinfection associated with human t cell lymphotropic<br />

virus type-1 infection in Peru. Am J Trop Med<br />

Hyg 1999;60:146-149.<br />

27.Long SS, Pickering LK, Prober CG. Hookworm. Principles<br />

and Practice of Pediatric Infectious Diseases 1997;<br />

1462-1464.<br />

28.Man<strong>de</strong>ll GL, Bennett JE, Dolin R. Hookworm.<br />

Principles and Practice of Infectious Diseases 2000;<br />

2941-1942.<br />

29.Kim SH, Park K, Lee ES. Three cases of cutaneous<br />

sparganosis. Int J Dermatol 2001;40:656-8.<br />

30.Fukushima T, Yamane Y. How does the sparganosis<br />

occur? Parasitol Today 1999;15:124.<br />

31. Griffin MP, Tompkins KJ, Ryan MT. Cutaneous sparganosis.<br />

Am J Dermatopathol 1996;18:70-2.<br />

32.Noya BA, Torres JR, Noya O. Maintenance of sparganum<br />

proliferum in vitro and in experimental animals. Intern J<br />

Parasitol 1992;22: 835-838.<br />

33.Moulinier R, Martinez E, Torres JR, Noya O, <strong>de</strong> Noya<br />

BA, Reyes O. Human proliferative sparganosis in<br />

36<br />

Venezuela: report of a case. Am J Trop Med Hyg<br />

1982;31:358-63.<br />

34.Torres JR, Noya O, <strong>de</strong> Noya BA, Moulinier R, Martinez E.<br />

Treatment of Proliferative Sparganosis with Mebendazole<br />

and Praziquantel. Trans Roy Soc Trop Med & Hyg<br />

1981;75:6:846.<br />

35.Moraes MAP, C Fraiha H, Chavez GM. Onchocerciasis in<br />

Brazil. Bull Pan Am Health Org 1973;7:50-56.<br />

36.Rassi E. Oncocercosis, Ceguera <strong>de</strong> los Ríos. Capítulo 54.<br />

En: Dermatología. Rondón Lugo Ed., Tomo I, 1995;583-<br />

589.<br />

37.Irak B. Elephantiasis. Int J Dermatol 1992; 31:845-852.<br />

38.Rowley M, Rapini RP. Elephantiasis Nostras. Cutis<br />

1992;49:91-96.<br />

39.Angulo J, Rondón Lugo AJ. Elefantiasis. Capítulo 58. En:<br />

Dermatología, Tomo I, Rondón Lugo (Ed.), 1995;629-634.<br />

Correspon<strong>de</strong>ncia:<br />

Dr. Jaime R. Torres R.<br />

Instituto <strong>de</strong> Medicina Tropical,<br />

Universidad Central <strong>de</strong> Venezuela, Caracas.<br />

e-mail: torresj@email.com


Henrique Lecour<br />

Professor Catedrático Jubilado<br />

da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

do Porto, Portugal.<br />

Dinâmica e atualida<strong>de</strong> da<br />

patologia infecciosa<br />

Lecour• Dinâmica e actualida<strong>de</strong> da patologia infecciosa<br />

Dynamics and present situation of infectious diseases<br />

Rev Panam Infectol 2004;6(1):37-45.<br />

Recibido en 12/11/2003.<br />

Acepto para publicación en 12/12/2003.<br />

Resumo<br />

A melhoria das condições sanitárias das populações,<br />

juntamente com os programas <strong>de</strong> imunização e a disponibilida<strong>de</strong><br />

da quimioterapia antibiótica, fizeram com que as doenças<br />

infecciosas <strong>de</strong>ixassem <strong>de</strong> ter o seu cariz tradicional e assumissem<br />

uma nova feição. Um novo capítulo da patologia infecciosa se<br />

abriu, o das doenças infecciosas emergentes, abrangendo não<br />

apenas as novas doenças, como também aquelas, que embora já<br />

conhecidas, só recentemente tiveram a sua etiologia <strong>de</strong>finida,<br />

dados os avanços do diagnóstico laboratorial. Neste conceito são<br />

ainda consi<strong>de</strong>radas certas doenças infecciosas endémicas que<br />

se esten<strong>de</strong>ram a áreas geográficas tradicionalmente in<strong>de</strong>mnes,<br />

bem como o ressurgimento <strong>de</strong> outras doenças consi<strong>de</strong>radas em<br />

<strong>de</strong>clínio, como a tuberculose e as doenças sexualmente<br />

transmissíveis, e a epi<strong>de</strong>mia das resistências microbianas. Entre<br />

os múltiplos factores que po<strong>de</strong>m ter favorecido o aparecimento<br />

<strong>de</strong> novos agentes e <strong>de</strong> novas doenças, ou a sua disseminação,<br />

<strong>de</strong>vem realçar-se as alterações ecológicas e socio<strong>de</strong>mográficas,<br />

as alterações do comportamento social, assim como a adaptação<br />

dos agentes microbianos à quimioterapia antiinfecciosa e a<br />

frequência crescente das situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão imunitária,<br />

permitindo que agentes <strong>de</strong> reduzida patogenicida<strong>de</strong> aproveitassem<br />

a oportunida<strong>de</strong> para assumir uma gravida<strong>de</strong> relevante. Tudo<br />

isto levou a que nas últimas décadas cerca <strong>de</strong> uma meia centena<br />

<strong>de</strong> agentes tivesse sido i<strong>de</strong>ntificada. Referem-se <strong>final</strong>mente a<br />

utilização dos agentes microbianos ou das suas toxinas com<br />

objectivos terroristas, que constitui na actualida<strong>de</strong> uma ameaça<br />

que urge enfrentar, assim como as repercussões que as alterações<br />

climáticas po<strong>de</strong>m ter na patologia infecciosa.<br />

Palavras-chave: Doenças infecciosas emergentes, Resistências<br />

microbianas, Bioterrorismo, Alterações climáticas e Doenças<br />

infecciosas.<br />

Abstract<br />

Due to the improvement of sanitary conditions, in addition to<br />

immunization programmes and availability of antibiotic<br />

chemotherapy, infectious diseases have abandoned its traditional<br />

character and assumed a new expression. A new area in infectious<br />

37


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

pathology has begun - the emerging infectious diseases -,<br />

including not only new diseases, but also all of which,<br />

although already known, just recently had their aetiology<br />

<strong>de</strong>fined in result of advances in laboratorial diagnosis.<br />

Due to this, about fifty new agents were i<strong>de</strong>ntified in<br />

the last few <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s. The concept of emerging infectious<br />

diseases still covers certain en<strong>de</strong>mic infectious diseases<br />

that exten<strong>de</strong>d to geographical regions traditionally<br />

unharmed, and the resurgence of diseases seen in<br />

<strong>de</strong>cline, as tuberculosis and sexually transmitted<br />

diseases, and the global epi<strong>de</strong>mic of microbial<br />

resistances. Among the multiple factors that might have<br />

contributed towards the appearance or dissemination<br />

of new agents and new diseases, we should highlight<br />

the ecological and socio-<strong>de</strong>mographical alterations, and<br />

the changes in social behaviour. We should also<br />

emphasize the microbial agents’ adaptation to antibiotic<br />

chemotherapy and the increasing frequency of cases of<br />

immunity <strong>de</strong>pression, allowing agents of reduced<br />

pathogenicity to grasp the opportunity to assume a<br />

relevant severity. Finally, we refer the use of microbial<br />

agents or its toxins with terrorist purposes, a threat to<br />

face in the present time, and the repercussions of<br />

climate changes on infectious diseases.<br />

Key words: Emergent infectious diseases, Microbial<br />

resistances, Bioterrorism, Climatic changes and<br />

infectious diseases.<br />

Com a introdução da mo<strong>de</strong>rna quimioterapia<br />

antiinfecciosa julgou-se que a patologia infecciosa cedo<br />

<strong>de</strong>ixaria <strong>de</strong> ser um dos problemas maiores com que a<br />

Humanida<strong>de</strong> sempre se <strong>de</strong>bateu, causa gran<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mortalida<strong>de</strong>, com a peculiar gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong> afectar<br />

predominantemente as ida<strong>de</strong>s mais baixas, encurtando<br />

assim a esperança <strong>de</strong> vida. Se a melhoria das condições<br />

<strong>de</strong> vida das populações dos países industrializados, em<br />

particular da sua situação sanitária, e a implementação<br />

<strong>de</strong> programas <strong>de</strong> vacinação nos primeiros anos <strong>de</strong> vida,<br />

<strong>de</strong>ram enorme contributo para o <strong>de</strong>clínio da incidência<br />

<strong>de</strong> muitas doenças infecciosas, é reconhecido que a<br />

disponibilida<strong>de</strong> da penicilina e dos antibióticos que<br />

progressivamente foram sendo introduzidos no arsenal<br />

terapêutico permitiu vencer <strong>de</strong> modo espectacular e<br />

dramático muitos dos quadros infecciosos até então<br />

inexoravelmente fatais, criando assim uma falsa<br />

segurança, que pouco a pouco se foi <strong>de</strong>svanecendo. A<br />

afirmação produzida em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1967 por William<br />

Stewart, ao tempo Surgeon General dos EUA, <strong>de</strong> que<br />

era altura <strong>de</strong> encerrar o livro das doenças infecciosas,<br />

pois a batalha tinha sido ganha, espelha bem o clima<br />

triunfante que nessa época se vivia (1)<br />

.<br />

Embora com um perfil mudado, as doenças<br />

infecciosas continuam a assumir lugar relevante na<br />

patologia humana, com elevados custos humanos, sociais<br />

38<br />

Tabela 1. Principais causas infecciosas <strong>de</strong> morte<br />

a nível mundial, em 2000<br />

Causa N. estimado <strong>de</strong> óbitos<br />

(em milhões)<br />

Infecções respiratórias 3,9<br />

VIH/SIDA 2,9<br />

Gastroenterites 2,1<br />

Tuberculose 1,7<br />

Malária 1,1<br />

Sarampo 0,8<br />

Adaptado <strong>de</strong> The World Health Report, 2001 (referência 2)<br />

e económicos. A circunstância da Lista Internacional<br />

das Doenças não incluir as infecções respiratórias na<br />

rubrica das doenças infecciosas e parasitárias diminui<br />

aparentemente a sua importância global. Para obviar<br />

essa limitação, <strong>de</strong>vem acrescentar-se à rubrica das<br />

doenças infecciosas e parasitárias as infecções<br />

respiratórias. Assim consi<strong>de</strong>rando, a patologia infecciosa<br />

e parasitária foi em 2000 a segunda causa <strong>de</strong> morte a<br />

nível mundial, responsável por quase 14 milhões e meio<br />

<strong>de</strong> mortes, número que correspon<strong>de</strong> a 25,9% do total<br />

<strong>de</strong> óbitos (2) . Importa ainda referir que nos países em<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, on<strong>de</strong> vive a maior parte da população<br />

mundial, as pneumonias, a Sida, as diarreias, a<br />

tuberculose, a malária e o sarampo, continuam a<br />

contribuir para que a patologia infecciosa se mantenha<br />

aí como a principal causa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> (tabela 1).<br />

A permanente luta entre o homem e os microrganismos<br />

que o ro<strong>de</strong>iam está pois, longe <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r ser<br />

consi<strong>de</strong>rada finda. As resistências bacterianas, que<br />

progressivamente foram surgindo e rapidamente se<br />

disseminaram, constituíram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo uma preocupação<br />

crescente. De igual modo, o envelhecimento das<br />

populações e a ocorrência cada vez mais frequente <strong>de</strong><br />

situações que tornam as <strong>de</strong>fesas do organismo menos<br />

capazes, como seja o recurso a fármacos imunossupressores<br />

e a utilização cada vez mais frequente <strong>de</strong><br />

técnicas invasivas <strong>de</strong> diagnóstico e tratamento,<br />

naturalmente que favoreceram a eclosão <strong>de</strong> agentes<br />

anteriormente consi<strong>de</strong>rados como tendo escassa<br />

agressivida<strong>de</strong> e que, aproveitando a oportunida<strong>de</strong><br />

biológica, passaram a assumir um papel <strong>de</strong> relevo,<br />

alargando <strong>de</strong> modo notório o leque dos agentes<br />

patogénicos. A estimativa que cerca <strong>de</strong> 20% da<br />

população européia sofre <strong>de</strong> algum grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão<br />

imunitária, com tendência a aumentar, permite realçar<br />

a importância que as infecções oportunistas<br />

actualmente se arrogam (3) .<br />

Focaremos no nosso trabalho alguns aspectos da


patologia infecciosa cujo panorama é hoje bem<br />

diferentes do que se vivia na primeira meta<strong>de</strong> do século<br />

passado. Assim, consi<strong>de</strong>raremos <strong>de</strong> uma maneira breve<br />

as novas doenças infecciosas, as resistências<br />

microbianas, o bioterrorismo e a influência que as<br />

alterações climáticas po<strong>de</strong>m ter na patologia<br />

infecciosa, questões fulcrais que provam bem o<br />

dinamismo e importância <strong>de</strong>sta patologia.<br />

Novas doenças infecciosas<br />

Na maioria das vezes a emergência das <strong>de</strong>signadas<br />

novas doenças infecciosas não correspon<strong>de</strong> ao<br />

aparecimento <strong>de</strong> novos agentes, pois não só estavam<br />

já presentes na Natureza como não sofreram qualquer<br />

mudança na sua estrutura genética. Apenas se<br />

tornaram relevantes por se registarem alterações <strong>de</strong><br />

factores ambientais e <strong>de</strong>mográficos, que permitiram a<br />

exposição das populações a esses agentes, ou porque<br />

os avanços científicos tornaram possível o conhecimento<br />

etiológico <strong>de</strong> muitos quadros clínicos cuja causa<br />

não tinha sido ainda <strong>de</strong>finida. A exposição a que os<br />

nichos ecológicos tropicais têm sido submetidos, com<br />

o <strong>de</strong>sbaste <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s áreas das florestas<br />

tropicais e sua substituição por explorações agrícolas<br />

intensivas e por urbanizações sem regras, constitui<br />

exemplo da primeira situação, <strong>de</strong> que merece<br />

referência a eclosão dos surtos <strong>de</strong> febres hemorrágicas<br />

registados na África Central. Por outro lado, certos<br />

grupos humanos, pelas suas características socio<strong>de</strong>mográficas,<br />

são mais susceptíveis, em consequência<br />

da <strong>de</strong>gradação ambiental urbana, da ausência <strong>de</strong> infraestruturas<br />

sanitárias, da exclusão social, da<br />

toxico<strong>de</strong>pendência e da promiscuida<strong>de</strong> sexual,<br />

condicionantes que favorecem o ressurgimento <strong>de</strong><br />

muitas doenças infecciosas, como sejam a tuberculose<br />

e as doenças sexualmente transmissíveis<br />

Outro aspecto a realçar é o <strong>de</strong>sequilíbrio biológico<br />

que o uso intensivo <strong>de</strong> insecticidas na luta contra os<br />

vectores <strong>de</strong> agentes patogénicos po<strong>de</strong> provocar, levando<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> espécies mais resistentes, óbice<br />

cujas consequências só são ultrapassáveis se essa<br />

utilização for acompanhada <strong>de</strong> medidas que eliminem<br />

o habitat natural <strong>de</strong>sses vectores.<br />

As razões da emergência <strong>de</strong> novas doenças<br />

infecciosas po<strong>de</strong>m contudo ser outras. Agentes <strong>de</strong> baixa<br />

agressivida<strong>de</strong>, que nunca ou só ocasionalmente tinham<br />

provocado doença humana, tornaram-se <strong>de</strong> um<br />

momento para outro causa frequente, aproveitandose<br />

do aumento das situações clínicas que se<br />

acompanham <strong>de</strong> grave défice imunitário. Surgiu assim<br />

o conceito <strong>de</strong> infecção oportunista, que o aparecimento<br />

da infecção pelo vírus da imuno<strong>de</strong>ficiência humana<br />

veio sublinhar, ao permitir que doenças provocadas<br />

por esses agentes <strong>de</strong> reduzida virulência passassem a<br />

Lecour• Dinâmica e actualida<strong>de</strong> da patologia infecciosa<br />

<strong>de</strong>sempenhar um papel dominante. Citem-se, entre<br />

tantas outras, a pneumocistose, as micobacterioses<br />

atípicas e a criptosporidiose.<br />

Nos últimos 30 anos cerca <strong>de</strong> uma meia centena<br />

<strong>de</strong> novos microrganismos foram i<strong>de</strong>ntificados, a maioria<br />

<strong>de</strong>les responsáveis por doenças há muito reconhecidas,<br />

<strong>de</strong> que são exemplo o exantema súbito e o eritema<br />

infeccioso, afecções banais da infância e <strong>de</strong> evolução<br />

habitualmente benigna, várias febres hemorrágicas<br />

víricas, as hepatites C, E e G, discriminando-se <strong>de</strong>sse<br />

modo a etiologia do que até então se incluía na<br />

<strong>de</strong>signação <strong>de</strong> hepatites não-A, não-B. A <strong>de</strong>scrição da<br />

doença do legionário, da doença <strong>de</strong> Lyme, da infecção<br />

pelo Helicobacter pylori, das doenças causadas por<br />

hantavírus, da nova variante da doença <strong>de</strong> Creutzfeld-<br />

Jacob, <strong>de</strong> novos vírus influenza, o esclarecimento da<br />

etiologia da angiomatose bacilar e do sarcoma <strong>de</strong><br />

Kaposi, e a eclosão da infecção pelo vírus da imuno<strong>de</strong>ficiência<br />

humana, <strong>de</strong>safio maior que o homem hoje<br />

enfrenta, constituem mais alguns exemplos <strong>de</strong> doenças<br />

infecciosas emergentes, tema elegantemente revisto<br />

na monografia que Gestal Otero escreveu em 1997,<br />

sobre este capítulo aliciante da patologia humana (4) .<br />

O conceito <strong>de</strong> doenças infecciosas emergentes,<br />

<strong>de</strong>finido pelo Institute of Medicine em 1992, abrange<br />

não só as novas doenças infecciosas, como também<br />

as doenças cuja incidência aumentou nas últimas<br />

décadas ou que se esten<strong>de</strong>ram a novas áreas geográficas,<br />

bem como aquelas cuja etiologia só<br />

recentemente foi conhecida ou cuja resistência à<br />

quimioterapia assumiu preocupante relevo (5)<br />

.<br />

Alguns dos exemplos citados merecem ser<br />

comentados pelas circunstâncias em que surgiram.<br />

Assim, a encefalopatia espongiforme bovina, bem como<br />

a nova variante da doença <strong>de</strong> Creutzfeldt-Jacob, foram<br />

consequência da mudança da alimentação do gado<br />

bovino, com utilização <strong>de</strong> farinhas produzidas a partir<br />

das carcaças e outros tecidos animais, po<strong>de</strong>ndo<br />

consi<strong>de</strong>rar-se não só exemplo <strong>de</strong> um caso em que o<br />

agente saltou a barreira da espécie, dado que é aceite<br />

ter como seu ancestral o agente do “scrapie”, doença<br />

do gado ovino conhecida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os finais do século XVIII,<br />

como também <strong>de</strong> uma alteração na produção dos<br />

alimentos para o gado, com omissão ou substituição <strong>de</strong><br />

certos procedimentos técnicos até então usados (6)<br />

.<br />

A <strong>de</strong>scoberta do H. pylori em 1983 é igualmente<br />

outro exemplo do interesse da patologia infecciosa, já<br />

que a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>sta bactéria que se <strong>de</strong>senvolve<br />

no muco gástrico, consi<strong>de</strong>rado muito tempo um meio<br />

estéril, contribuiu para o esclarecimento da patogenia<br />

da gastrite crónica e da úlcera péptica, e veio<br />

revolucionar o tratamento <strong>de</strong>sta doença, agora<br />

susceptível <strong>de</strong> ser curada em poucas semanas com<br />

uma terapêutica antibiótica.<br />

39


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

Também, a i<strong>de</strong>ntificação do HTLV-I e do HTLV-II,<br />

no início da década <strong>de</strong> 80, veio chamar a atenção<br />

para o papel dos vírus na patogenia <strong>de</strong> certas neoplasias<br />

(figura 1). Aceita-se hoje que cerca <strong>de</strong> 16% dos<br />

tumores têm etiologia infecciosa, com particular realce<br />

para o papel <strong>de</strong>sempenhado pelos vírus das hepatites<br />

B e C, e do papiloma humano, e pelo H. pylori (7) .<br />

A <strong>de</strong>scoberta dos vírus Hantaan, exemplo <strong>de</strong> uma<br />

zoonose que infecta várias espécies <strong>de</strong> roedores, sem<br />

lhes causar doença, e com especial incidência na Ásia,<br />

leste e centro da Europa e continente americano (figura<br />

2), permitiu explicar uma série <strong>de</strong> quadros clínicos <strong>de</strong><br />

gravida<strong>de</strong> variável, muitas vezes fatais, traduzidos por<br />

febre hemorrágica com atingimento renal ou por doença<br />

pulmonar, que até então não tinham tido esclarecimento.<br />

A contaminação humana é resultado do<br />

contacto com esses roedores, prova da importância <strong>de</strong><br />

que se reveste a penetração do homem nesses nichos<br />

ecológicos (8) . Idêntica situação se verifica com a doença<br />

<strong>de</strong> Lyme, cujo agente só foi i<strong>de</strong>ntificado em 1982,<br />

apesar <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do século passado terem sido<br />

<strong>de</strong>scritas as manifestações cutâneas da doença (9) . O<br />

aumento da incidência da doença registado a partir<br />

dos anos setenta em certos Estados americanos da<br />

Nova Inglaterra resultou da reflorestação aí verificada,<br />

que teve como consequência o acréscimo local <strong>de</strong><br />

veados e <strong>de</strong> roedores selvagens, animais reservatórios<br />

da Borrelia, bem como a sua proximida<strong>de</strong> com áreas<br />

habitadas, o que facilitou a ocorrência da doença<br />

humana, transmitida pela mor<strong>de</strong>dura da carraça.<br />

O aparecimento <strong>de</strong> surtos <strong>de</strong> febre <strong>de</strong> Ebola em<br />

áreas rurais africanas, causados por um filovírus cujo<br />

reservatório não foi ainda i<strong>de</strong>ntificado, levanta também<br />

preocupação, dada a sua elevada mortalida<strong>de</strong> e<br />

ausência <strong>de</strong> tratamento etiológico. É também uma<br />

potencial ameaça que po<strong>de</strong> surgir em qualquer país,<br />

dada a frequência crescente <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocações para áreas<br />

tropicais por razões profissionais ou <strong>de</strong> lazer.<br />

A eclosão da pan<strong>de</strong>mia da infecção pelo vírus da<br />

imuno<strong>de</strong>ficiência humana, questão que presentemente<br />

aflige a Humanida<strong>de</strong>, dadas a sua extensão e repercussões,<br />

com mais <strong>de</strong> 42 milhões <strong>de</strong> casos estimados<br />

a nível mundial e com cerca <strong>de</strong> três milhões <strong>de</strong> mortes<br />

registadas em 2002 (10)<br />

, é outro exemplo <strong>de</strong> como as<br />

alterações dos comportamentos humanos e sociais<br />

favorecem a rápida difusão <strong>de</strong> uma doença. Também o<br />

estudo da origem <strong>de</strong>sta infecção mostra mais uma<br />

patologia que do animal passou para o Homem (11)<br />

.<br />

A ocorrência do surto <strong>de</strong> doença do legionário que<br />

em 1976 se verificou em Filadélfia, durante uma<br />

convenção da Legião Americana e que afectou 182<br />

participantes, 29 dos quais tiveram evolução fatal,<br />

levou a uma exaustiva investigação até à i<strong>de</strong>ntificação<br />

da Legionella, bactéria Gram-negativa <strong>de</strong> crescimento<br />

40<br />

Figura 1. Neoplasias <strong>de</strong> causa infecciosa.<br />

HIV – Vírus da imuno<strong>de</strong>ficiência humana;<br />

HHV-8 – Vírus herpes 8; EBV - Vírus Epstein-Barr;<br />

HTLV-1 – Vírus linfotrópico T humano.<br />

(adaptado da referência 7)<br />

fastidioso, encontrada nos sistemas <strong>de</strong> canalização e<br />

<strong>de</strong> refrigeração do ar <strong>de</strong> hotéis, centros <strong>de</strong> congressos<br />

e hospitais, <strong>de</strong>sse modo po<strong>de</strong>ndo causar surtos locais,<br />

sendo pois, uma patologia cujo aparecimento foi<br />

favorecido pelo <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico (12) .<br />

Outras doenças cuja contaminação se <strong>de</strong>veu ao<br />

contacto intímo com animais po<strong>de</strong>m ser referidas,<br />

como o surto <strong>de</strong> encefalite provocado pelo vírus Nipah,<br />

que surgiu em 1998 na Malásia e em Singapura, tendo<br />

sido registados 265 casos humanos e 105 óbitos; a<br />

quase totalida<strong>de</strong> dos doentes trabalhava em explorações<br />

suínas ou em matadouros, só tendo terminado<br />

o surto após o abate <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> suínos,<br />

conquanto outros mamíferos domésticos fossem<br />

também afectados (13,14) . Admite-se que o reservatório<br />

<strong>de</strong>ste vírus, i<strong>de</strong>ntificado como um novo paramixovírus,<br />

seja um morcego, ocorrendo a transmissão da doença<br />

por via respiratória. Poucos anos antes, em 1994, tinha<br />

sido já registado na Austrália um outro surto <strong>de</strong> doença<br />

respiratória grave, que afectou 20 cavalos <strong>de</strong> raça e<br />

dois dos seus tratadores: 13 dos cavalos e um dos<br />

tratadores morreram, sendo isolado um outro<br />

paramixovírus, <strong>de</strong>nominado vírus Hendra, cujo<br />

reservatório parece ser também um morcego (13) .<br />

Um outro exemplo <strong>de</strong> zoonose que <strong>de</strong> um momento<br />

para outro assumiu relevo preocupante é a febre do<br />

Nilo Oci<strong>de</strong>ntal. Causada por um flavírus i<strong>de</strong>ntificado<br />

no Uganda em 1937, a ocorrência <strong>de</strong> surtos nos<br />

últimos anos na Europa, <strong>de</strong> que se cita o registado na<br />

Roménia em 1996, que obrigou a mais <strong>de</strong> 500<br />

internamentos hospitalares e teve uma mortalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> cinco por cento, e mais recentemente, o que<br />

se verificou em Nova Iorque no verão <strong>de</strong> 1999,<br />

causando 62 casos <strong>de</strong> encefalite, sete dos quais fatais,


é paradigma <strong>de</strong> uma doença emergente (15,16) . Tendo<br />

como vector o mosquito, particularmente das espécies<br />

Culex, Ae<strong>de</strong>s e Anopheles, esta arbovirose afecta não<br />

só o Homem, como outros mamíferos e aves. O surto<br />

<strong>de</strong> Nova Iorque foi precedido <strong>de</strong> uma epizootia que<br />

atingiu particularmente corvos e aves dos parques<br />

zoológicos da cida<strong>de</strong>. Uma colaboração íntima com os<br />

serviços veterinários permitiu a i<strong>de</strong>ntificação do agente<br />

responsável, tanto mais que a sua presença não era<br />

até então conhecida na América do Norte. Julga-se<br />

por isso que a introdução no continente americano foi<br />

feita através <strong>de</strong> aves migratórias provenientes <strong>de</strong> áreas<br />

endémicas (17) . O facto do vírus se ter disseminado por<br />

quase todo o território americano, tendo sido registados<br />

nos Estados Unidos 3389 casos humanos, entre janeiro<br />

e novembro <strong>de</strong> 2002, número muito superior ao<br />

observado no ano anterior, é motivo <strong>de</strong> séria<br />

preocupação, mostrando como uma arbovirose,<br />

introduzida numa área até então in<strong>de</strong>mne, se po<strong>de</strong><br />

facilmente propagar (18) .<br />

A segunda causa que favorece a eclosão <strong>de</strong> novas<br />

epi<strong>de</strong>mias é o aparecimento <strong>de</strong> mutações, dado o<br />

dinamismo e plasticida<strong>de</strong> dos agentes patogénicos. O<br />

exemplo mais notório das consequências <strong>de</strong>ssas<br />

alterações suce<strong>de</strong> com o vírus da gripe, em que gran<strong>de</strong>s<br />

mutações po<strong>de</strong>m provocar pan<strong>de</strong>mias, dado o seu fácil<br />

contágio e a rapi<strong>de</strong>z das viagens intercontinentais. As<br />

duas últimas pan<strong>de</strong>mias ocorreram em 1956 e em<br />

1967, conquanto não tivessem alcançado a letalida<strong>de</strong><br />

da gripe pneumónica, que assolou o mundo entre 1918<br />

e 1920 e foi responsável por mais <strong>de</strong> 20 milhões <strong>de</strong><br />

mortes, mais do que a 1ª Guerra Mundial causou. Mais<br />

recentemente, em 1997, surgiu em Hong-Kong um<br />

subtipo do vírus A, com uma constituição antigénica<br />

nova (H5N1), que foi responsável por um surto humano<br />

<strong>de</strong> incidência local, mas com elevada mortalida<strong>de</strong>, já<br />

que faleceram quatro dos 17 casos confirmados; o<br />

surto, <strong>de</strong>nominado gripe das galinhas, por ter sido<br />

precedido por uma epizootia que afectou a área <strong>de</strong><br />

Hong-Kong e o su<strong>de</strong>ste da China, terminou com o abate<br />

<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> milhão e meio <strong>de</strong> aves, já que não se<br />

verificou a adaptação <strong>de</strong>sse subtipo ao homem (19)<br />

. Em<br />

1999 e uma vez mais em Hong-Kong, foi isolado em<br />

duas crianças um novo subtipo do vírus da gripe<br />

(H9N2), também i<strong>de</strong>ntificado localmente em aves e<br />

em porcos (20)<br />

. A existência <strong>de</strong>sses reservatórios animais<br />

e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aparecimento <strong>de</strong> outros subtipos<br />

do vírus da gripe por rearranjos do seu genoma com o<br />

dos vírus da gripe das aves e <strong>de</strong> mamíferos nãohumanos,<br />

são razão <strong>de</strong> séria preocupação, que<br />

necessariamente obriga a uma permanente vigilância<br />

epi<strong>de</strong>miológica à escala mundial para a <strong>de</strong>tecção<br />

imediata <strong>de</strong> qualquer novo surto.<br />

A recente epi<strong>de</strong>mia do <strong>de</strong>nominado síndrome<br />

Lecour• Dinâmica e actualida<strong>de</strong> da patologia infecciosa<br />

Figura 2. Distribuição mundial das infecções por<br />

Hantavírus - cortesia <strong>de</strong> Eduardo Gotuzzo (CD-ROM<br />

Medicina Tropical – versão 2002, editores Van <strong>de</strong>n<br />

En<strong>de</strong>n, Eduardo Gotuzzo, Faustino Torrico. Instituto<br />

<strong>de</strong> Medicina Tropical <strong>de</strong> Antuérpia, Bélgica, Instituto<br />

<strong>de</strong> Medicina Tropical Alexan<strong>de</strong>r von Humboldt,<br />

Universida<strong>de</strong> Peruana Caetano Herédia, Lima, Peru,<br />

e Universida<strong>de</strong> Mayor <strong>de</strong> Cochabamba, Bolívia).<br />

respiratório agudo grave, cuja extensão e gravida<strong>de</strong><br />

levantou gran<strong>de</strong>s preocupações às autorida<strong>de</strong>s sanitárias<br />

mundiais, é prova evi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> que em patologia<br />

infecciosa se <strong>de</strong>ve sempre esperar o inesperado. Embora<br />

esteja agora quiescente, após ter afectado 8.422<br />

doentes e causado 916 mortes (21)<br />

, admite-se a sua<br />

recorrência no próximo inverno. A causa do SARS é um<br />

novo coronavírus, com uma sequência genética inédita<br />

e patogenicida<strong>de</strong> acrescida, pois estes vírus eram apenas<br />

consi<strong>de</strong>rados uma das causas do banal resfriado comum.<br />

Além <strong>de</strong> se ter verificado uma notável e pronta resposta<br />

das estruturas internacionais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, é <strong>de</strong> sublinhar<br />

que em escassas semanas foi possível i<strong>de</strong>ntificar o<br />

agente, conhecer o seu genoma e dispor <strong>de</strong> testes <strong>de</strong><br />

diagnóstico. No entanto, alguns aspectos epi<strong>de</strong>miológicos<br />

do SARS não estão totalmente esclarecidos,<br />

particularmente qual o reservatório do agente, bem como<br />

a melhor terapêutica, e não se dispõe <strong>de</strong> uma vacina.<br />

Como exemplos <strong>de</strong> doenças reemergentes po<strong>de</strong>m<br />

citar-se a tuberculose, as doenças sexualmente<br />

transmissíveis e a difteria. A pobreza e a promiscuida<strong>de</strong><br />

sexual explicam esse reaparecimento, com particular<br />

incidência nos grupos <strong>de</strong>sprotegidos ou marginais da<br />

comunida<strong>de</strong>. Os emigrantes <strong>de</strong> países sub<strong>de</strong>senvolvidos,<br />

os toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, os trabalhadores do sexo, os<br />

presos, os doentes infectados pelo vírus da imuno<strong>de</strong>ficiência,<br />

são os mais afectados, a que muitas vezes<br />

acresce a circunstância <strong>de</strong> não terem acesso a cuidados<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, dada a sua marginalida<strong>de</strong>. O ressurgimento<br />

da difteria na Fe<strong>de</strong>ração Russa e na Ucrânia nos<br />

41


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

primeiros anos da década <strong>de</strong> 90, com <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong><br />

milhares <strong>de</strong> casos registados, em consequência do<br />

abandono dos programas <strong>de</strong> vacinação e vigilância<br />

epi<strong>de</strong>miológica que se verificou após o <strong>de</strong>smembramento<br />

político da União Soviética, é outro exemplo a recordar (22) .<br />

A propósito do novo perfil das doenças infecciosas<br />

merece ser ainda referida a parceria <strong>de</strong> certas patologias,<br />

facto que condiciona novos aspectos clínicos ou novos<br />

dilemas terapêuticos. Salienta-se, entre outras situações,<br />

a associação da tuberculose com a infecção pelo vírus<br />

da imuno<strong>de</strong>ficiência humana, circunstância frequente<br />

em Portugal, pois não só a tuberculose é nesses doentes<br />

a infecção oportunista mais comum, aparecendo em<br />

cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> dos casos <strong>de</strong> Sida (23) , o que também<br />

reflecte a sua elevada incidência em Portugal, como<br />

ainda é cada vez mais frequente que um doente com<br />

tuberculose tenha concomitantemente infecção pelo<br />

vírus da imuno<strong>de</strong>ficiência humana: se em 1994, em<br />

Portugal, só 6,1% dos doentes com tuberculose estavam<br />

co-infectados, já em 2002 esse valor se elevava para<br />

15,1%, tornando assim aconselhável que todo doente<br />

com tuberculose seja investigado no sentido <strong>de</strong> se<br />

<strong>de</strong>tectar a eventualida<strong>de</strong> da co-infecção (24) . Essa<br />

parceria, que favorece uma evolução mais rápida,<br />

condiciona ainda, um quadro clínico atípico, com um<br />

padrão radiográfico diferente do tradicional, e implica<br />

uma prescrição terapêutica cuidada, já que há<br />

incompatibilida<strong>de</strong>s entre alguns dos fármacos<br />

habitualmente usados no tratamento das duas situações.<br />

Também a frequente associação entre hepatite C e<br />

infecção pelo vírus da imuno<strong>de</strong>ficiência humana é outra<br />

situação a realçar, pois a circunstância <strong>de</strong>stes doentes<br />

terem actualmente uma sobrevida mais longa, fruto do<br />

tratamento anti-retrovírico potente e do <strong>de</strong>clínio da<br />

incidência <strong>de</strong> muitas das infecções oportunistas, faz<br />

com que a hepatite C crónica tenha emergido como<br />

uma causa importante <strong>de</strong> morbilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong><br />

nesses doentes, obrigando a encarar o seu tratamento e<br />

a não utilizar certos anti-retrovíricos, pelo risco <strong>de</strong><br />

toxicida<strong>de</strong> hepática e <strong>de</strong> interacções farmacológicas (25)<br />

.<br />

De sublinhar que não só a hepatite C po<strong>de</strong> acelerar a<br />

progressão da infecção pelo VIH, como esta infecção<br />

favorece a progressão da hepatite para fibrose.<br />

Resistências microbianas<br />

Outro aspecto relevante que traduz bem o<br />

dinamismo da patologia infecciosa é o aparecimento<br />

<strong>de</strong> resistências à quimioterapia antiinfecciosa, questão<br />

complexa que constitui actualmente um sério<br />

problema, que não abrange apenas as resistências<br />

bacterianas, mas igualmente as resistências aos<br />

antivíricos, e aos antimaláricos e antifúngicos.<br />

Embora resistências aos antibióticos tivessem ocorrido<br />

logo após a sua introdução no arsenal terapêutico, a<br />

42<br />

circunstância <strong>de</strong> rápida e sucessivamente terem sido<br />

<strong>de</strong>scobertos novos antibióticos <strong>de</strong> classes diferentes e<br />

com potente activida<strong>de</strong> antiinfecciosa fez com que esse<br />

facto não suscitasse inicialmente gran<strong>de</strong> preocupação,<br />

em marcado contraste com o que hoje se verifica, em<br />

que é consi<strong>de</strong>rado um peocupante problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

pública e uma grave ameaça à escala mundial, pesem<br />

embora as diferenças <strong>de</strong> prevalência regional que as<br />

resistências assumem, resultado <strong>de</strong> condicionalismos <strong>de</strong><br />

natureza diversa. O abuso na prescrição <strong>de</strong> antibióticos,<br />

muitas vezes em situações clínicas não justificadas, ao<br />

exercer uma pressão electiva sobre as espécies<br />

bacterianas em causa, vai favorecer o aparecimento <strong>de</strong><br />

estirpes resistentes que rapidamente se disseminam.<br />

Entre tantos outros, são disso exemplo observado<br />

no quotidiano clínico, particularmente em meio<br />

hospitalar, a ocorrência <strong>de</strong> infecções por estafilococos<br />

áureos meticilino-resistentes, por pneumococos<br />

resistentes à penicilina e mais recentemente à<br />

levofloxacina, por bacilos Gram-negativos multirresistentes,<br />

e por enterococos resistentes à vancomicina.<br />

A eventual transferência <strong>de</strong> genes <strong>de</strong> resistência entre<br />

espécies bacterianas diferentes mais favorece a eclosão<br />

<strong>de</strong> resistências.<br />

O aparecimento <strong>de</strong> tuberculose multirresistente aos<br />

tuberculostáticos <strong>de</strong> 1ª linha, criando sérias dificulda<strong>de</strong>s<br />

no tratamento da doença, já que as alternativas<br />

terapêuticas são limitadas e <strong>de</strong> menor eficácia, constitui<br />

igualmente um grave problema pela sua crescente<br />

generalização. De igual modo, o aparecimento <strong>de</strong><br />

resistências aos anti-retrovíricos é óbice que em muito<br />

limita as possibilida<strong>de</strong>s actuais do tratamento da Sida,<br />

facto agravado ainda pelo risco <strong>de</strong> disseminação das<br />

estirpes resistentes na comunida<strong>de</strong>.<br />

A pressão selectiva dos antibióticos, bem como a<br />

não-a<strong>de</strong>são aos tratamentos prescritos, constituem no<br />

seu todo factores que em muito favorecem o<br />

aparecimento das resistências microbianas. Também a<br />

utilização <strong>de</strong> antibióticos na activida<strong>de</strong> agropecuária<br />

<strong>de</strong>ve ser restringida, como é <strong>de</strong> resto entendido pela<br />

União Européia, dada a ameaça que representa (26)<br />

.<br />

Refira-se a propósito que mais <strong>de</strong> 40% da produção<br />

mundial <strong>de</strong> antibióticos se <strong>de</strong>stina a uma utilização nãohumana,<br />

na sua gran<strong>de</strong> maioria sendo usados como<br />

promotores <strong>de</strong> crescimento animal, <strong>de</strong>sse modo po<strong>de</strong>ndo<br />

entrar na ca<strong>de</strong>ia alimentar humana (27,28)<br />

. O impacto <strong>de</strong>sta<br />

utilização dos antibióticos na eclosão das resistências<br />

é, no entanto, ainda objecto <strong>de</strong> controvérsia (29)<br />

.<br />

O controlo da infecção nosocomial, a criação <strong>de</strong><br />

re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica, quer a nível<br />

hospitalar, quer ao nível da comunida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> modo a<br />

permitir um permanente conhecimento da situação,<br />

bem como a avaliação das medidas <strong>de</strong> prevenção<br />

tomadas, a elaboração <strong>de</strong> recomendações terapêuticas


para as patologias infecciosas mais comuns e uma<br />

informação a<strong>de</strong>quada à comunida<strong>de</strong> sobre os riscos<br />

da má utilização dos antibióticos, são um conjunto <strong>de</strong><br />

medidas que, a paralelo com a limitação do seu uso<br />

com <strong>final</strong>ida<strong>de</strong> não-terapêutica, po<strong>de</strong>rão contribuir<br />

para obstar ou pelo menos protelar o aparecimento<br />

das resistências (30) . É evi<strong>de</strong>nte que a procura <strong>de</strong> novas<br />

classes <strong>de</strong> antimicrobianos, muito particularmente a<br />

investigação <strong>de</strong> novos alvos terapêuticos, constitui uma<br />

preciosa ajuda na luta contra esta dificulda<strong>de</strong> com<br />

que actualmente nos <strong>de</strong>batemos na prática clínica.<br />

Sublinhe-se por fim que a gravida<strong>de</strong> assumida pelas<br />

resistências microbianas torna urgente a elaboração<br />

<strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>ira política <strong>de</strong> antibióticos.<br />

Bioterrorismo<br />

Embora os agentes patogénicos e as suas toxinas<br />

fizessem já parte dos arsenais bélicos <strong>de</strong> vários países,<br />

pelo seu elevado potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição, só nos últimos<br />

tempos foi chamada a atenção para os riscos da utilização<br />

das armas biológicas. A única situação conhecida em<br />

que essas armas foram até hoje utilizadas foi registada<br />

na guerra sino-japonesa, quando na segunda meta<strong>de</strong><br />

dos anos trinta a aviação japonesa lançou bombas<br />

contendo diversos agentes patogénicos sobre mais <strong>de</strong><br />

uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s chinesas (31) . O Japão tinha nessa<br />

época um importante programa <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> armas<br />

biológicas, a que a sua <strong>de</strong>rrota na Segunda Guerra<br />

Mundial pôs cobro. Posteriormente, durante a segunda<br />

meta<strong>de</strong> do século passado, a União Soviética <strong>de</strong>senvolveu<br />

igualmente um ambicioso programa <strong>de</strong> investigação e<br />

produção <strong>de</strong> armas biológicas que cessou com o seu<br />

<strong>de</strong>smembramento político. Apoiado nos avanços da<br />

engenharia genética, esse programa compreendia a<br />

manipulação <strong>de</strong> agentes patogénicos, com intuito <strong>de</strong><br />

produzir microrganismos <strong>de</strong> maior patogenicida<strong>de</strong> ou<br />

com elevada resistência aos antibióticos.<br />

Também no domínio do que se passou a chamar<br />

bioterrorismo, os acontecimentos registados nos<br />

Estados Unidos nos finais <strong>de</strong> 2001, quando esporos<br />

<strong>de</strong> carbúnculo foram dispersos através <strong>de</strong> cartas,<br />

causando 22 casos <strong>de</strong> doença, cinco dos quais fatais,<br />

e gerando um clima <strong>de</strong> temor na população (32)<br />

, tinham<br />

já tido um prece<strong>de</strong>nte que passou sem relevo nos meios<br />

<strong>de</strong> comunicação, quando a seita japonesa Aum<br />

Shinriky, responsável pelo ataque com gás sarin no<br />

metropolitano <strong>de</strong> Tóquio em março <strong>de</strong> 1995, tinha<br />

dois anos antes espalhado toxina botulínica e esporos<br />

<strong>de</strong> carbúnculo nas ruas do centro da cida<strong>de</strong>, atentado<br />

que contudo não teve consequências (33)<br />

.<br />

As armas biológicas po<strong>de</strong>m afectar o homem não só<br />

directamente, mas também através da contaminação<br />

das ca<strong>de</strong>ias alimentar e hídrica, e geram um clima <strong>de</strong><br />

medo, paralisando toda o dia-a-dia da comunida<strong>de</strong> que<br />

Lecour• Dinâmica e actualida<strong>de</strong> da patologia infecciosa<br />

enfrenta essa ameaça. Muitas <strong>de</strong>ssas armas são <strong>de</strong><br />

produção relativamente fácil e baixo custo, o que as<br />

torna acessíveis para acções <strong>de</strong> terrorismo. O seu<br />

potencial é tanto maior quanto maior for a sua<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar uma epi<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> fácil<br />

contágio e elevada mortalida<strong>de</strong>, e para a qual sejam<br />

escassos ou nulos os recursos terapêuticos. Um manual<br />

da OTAN consi<strong>de</strong>ra uma lista <strong>de</strong> 39 agentes patogénicos,<br />

incluindo bactérias, rickétsias, vírus e toxinas, que<br />

po<strong>de</strong>m ser usados como armas biológicas (34) .<br />

Entre as doenças com maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa<br />

utilização contam-se a varíola (figura 3), o carbúnculo,<br />

o botulismo, a peste, a tularemia e as febres<br />

hemorrágicas víricas. A transmissão <strong>de</strong>ssas doenças<br />

no âmbito da guerra biológica ocorre fundamentalmente<br />

por via inalatória, o que obriga ao recurso a<br />

tecnologias <strong>de</strong>licadas para a preparação <strong>de</strong>sses agentes<br />

e sua dispersão.<br />

Constituem medidas fundamentais na luta contra a<br />

ameaça das armas biológicas a investigação <strong>de</strong> meios<br />

<strong>de</strong> diagnóstico rápidos e fiáveis, <strong>de</strong> novos antibióticos e<br />

vacinas para o tratamento e prevenção das afecções<br />

com maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem utilizadas, bem como<br />

a preparação e treino do pessoal cujas funções sejam<br />

enfrentar situações <strong>de</strong>sta natureza. Com este objectivo,<br />

urge ainda que o emprego <strong>de</strong> armas biológicas seja<br />

consi<strong>de</strong>rado crime contra a humanida<strong>de</strong>.<br />

Alterações climáticas<br />

É sabido que muitas doenças infecciosas têm<br />

como característica a sua variação sazonal.<br />

Compreen<strong>de</strong>-se pois facilmente que as mudanças<br />

climáticas possam provocar marcadas alterações na<br />

incidência da patologia infecciosa, bem como na sua<br />

distribuição geográfica. Prevê-se que em 2100 a<br />

temperatura média da Terra, que é actualmente <strong>de</strong><br />

15°C, registe o aumento sem prece<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> cerca<br />

<strong>de</strong> 2°C (35)<br />

. O chamado efeito <strong>de</strong> estufa, a par das<br />

alterações <strong>de</strong> outras variáveis meteorológicas que no<br />

seu todo caracterizam o clima, agravado ainda pela<br />

poluição química, repercute-se <strong>de</strong> modo notório na<br />

saú<strong>de</strong> humana. A alteração dos ecossistemas naturais<br />

favorece o aumento da incidência <strong>de</strong> certas doenças<br />

infecciosas ou a sua ocorrência em novas áreas,<br />

po<strong>de</strong>ndo afirmar-se que um mundo mais quente será<br />

seguramente um mundo mais doente, já que essa<br />

consequência se reflecte não apenas no homem, mas<br />

também na vida animal e vegetal, que igualmente<br />

são perturbadas.<br />

O aumento da temperatura condiciona <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo<br />

maior incidência das doenças <strong>de</strong> transmissão hídrica e<br />

alimentar. Temperaturas mais elevadas promovem o<br />

crescimento e a sobrevivência dos agentes patogénicos,<br />

bem como o <strong>de</strong>senvolvimento dos seus reservatórios<br />

43


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

Figura 3. Varíola em fase pustulosa. Observação<br />

pessoal, Moçambique, 1968.<br />

animais e vectores, criando assim condições para o<br />

aumento das doenças transmitidas por carraças,<br />

mosquitos ou outros insectos, afecções cuja maior<br />

incidência suce<strong>de</strong> no tempo estival. Um interessante<br />

trabalho publicado na Lancet relaciona o aumento do<br />

número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> encefalite vírica transmitida por<br />

carraças, observado na região <strong>de</strong> Estocolmo na década<br />

<strong>de</strong> 90, com as temperaturas registadas nesses anos, em<br />

que os invernos foram mais amenos e as primaveras<br />

surgiram mais cedo (36) . Desse modo estão reunidas<br />

condições para que doenças como a doença <strong>de</strong> Lyme, a<br />

febre da carraça, a erlichiose, a leptospirose e a leishmaniose<br />

possam assumir maior incidência. Também doenças<br />

tropicais, como o <strong>de</strong>ngue, a malária, a febre amarela e a<br />

tripanossomíase po<strong>de</strong>rão vir a esten<strong>de</strong>r-se às regiões<br />

subtropicais e mesmo às temperadas, já que o<br />

aquecimento global favorece a migração dos vectores para<br />

essas áreas. De citar a propósito a recente eclosão no<br />

Brasil <strong>de</strong> um surto <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue que afectou milhares <strong>de</strong><br />

pessoas vivendo em zonas urbanas. A malária,<br />

anualmente responsável por 300 a 500 milhões <strong>de</strong> casos<br />

e até três milhões <strong>de</strong> mortes, é outra das doenças em<br />

que a elevação da temperatura po<strong>de</strong> propiciar o<br />

alargamento das suas áreas <strong>de</strong> incidência, sabido que o<br />

Plasmodium falciparum só se <strong>de</strong>senvolve a temperaturas<br />

superiores a 16°C e o Pl. vivax a temperaturas superiores<br />

a 14,5°C, e que a reprodução, crescimento e número <strong>de</strong><br />

picadas do mosquito são facilitados pelo aumento da<br />

temperatura, não sobrevivendo o vector a temperaturas<br />

inferiores a 10°C (37) .<br />

O aquecimento global provoca também o <strong>de</strong>gelo<br />

polar e o consequente aumento do nível das águas do<br />

mar, <strong>de</strong>sse modo causando inundações nas zonas<br />

costeiras baixas, o que nos países do Terceiro Mundo,<br />

com baixas condições sanitárias, cria condições para<br />

44<br />

a eclosão <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> cólera e <strong>de</strong> disenteria. O<br />

fenómeno meteorológico El Niño po<strong>de</strong> ser um exemplo<br />

disso, já que parece ter favorecido as epi<strong>de</strong>mias <strong>de</strong><br />

cólera registadas na década <strong>de</strong> 90 (38) em que pela<br />

primeira vez se observou a simultaneida<strong>de</strong> <strong>de</strong> duas<br />

epi<strong>de</strong>mias com diferente etiologia: uma epi<strong>de</strong>mia<br />

afectando a América Latina, que se iniciou nas costas<br />

do Peru e do Equador, provocada pelo V. cholera 01, e<br />

uma outra que a partir do subcontinente indiano<br />

alastrou pela Ásia, tendo como agente o V. cholera<br />

0139, estirpe até então não conhecida (39) .<br />

Os aspectos focados, se permitem evi<strong>de</strong>nciar o<br />

dinamismo e a importância actual da patologia infecciosa,<br />

não esgotam este aliciante tema. Muito ficou por dizer,<br />

bastando citar, a título <strong>de</strong> exemplo, os problemas<br />

infecciosos que po<strong>de</strong>m advir <strong>de</strong> um crescente recurso à<br />

xenotransplantação, a eventual etiologia infecciosa <strong>de</strong><br />

muitas doenças <strong>de</strong>generativas crónicas, a procura <strong>de</strong><br />

novas e mais eficazes vacinas, e as consequências da<br />

manipulação genética dos agentes microbianos.<br />

De salientar também a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma vigilância<br />

internacional permanente. A recente eclosão <strong>de</strong> um surto<br />

<strong>de</strong> varíola do macaco nos EUA, doença que pela primeira<br />

vez se exteriorizou do continente africano, afectando<br />

71 casos humanos em seis Estados americanos (40) é bem<br />

exemplo das ameaças que inopinadamente po<strong>de</strong>m<br />

surgir. Isso mesmo foi entendido pela União Europeia,<br />

que <strong>de</strong>cidiu criar um centro europeu <strong>de</strong> vigilância e<br />

investigação, nos mol<strong>de</strong>s dos Centers for Disease Control<br />

and Prevention, a entrar em funcionamento em 2005 (41)<br />

.<br />

Todas estas questões que a patologia infecciosa hoje<br />

nos põem são um <strong>de</strong>safio aliciante que o homem sempre<br />

saberá ultrapassar, conquanto o obrigue a uma<br />

permanente luta, que só po<strong>de</strong>rá findar se a Vida um dia<br />

se extinguir na Terra.<br />

Referências<br />

1. Fauci AS. Infectious Diseases: Consi<strong>de</strong>rations for the 21st<br />

Century. Clin Inf Dis 2001;32(3):675-685.<br />

2. World Health Organization. The World Health Report<br />

2001. World Health Organization, Geneva, 2002.<br />

3. Privitera G, Porreta A, Panceri ML Pandora’s box: Old<br />

and new emerging infections in at-risk populations. Am<br />

J Infect Control 2001;29:222-224.<br />

4. Gestal-Otero JJ. Enfermida<strong>de</strong>s infecciosas emergentes.<br />

Documentos Técnicos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública. Série B. N. 12<br />

Dirección Geral <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, Junta <strong>de</strong> Galicia,<br />

España;1997.<br />

5. Le<strong>de</strong>rberg J, Shope RE, Oaks SC. Emerging Infections –<br />

microbial threats to health in the United States. Institute<br />

of Medicine, National Aca<strong>de</strong>mic Press, 1992.<br />

6. Prusiner SB. Prions of humans and animals. In: Collier<br />

L, Balows A, Sussman M (eds). Topley&Wilson’s<br />

Microbiology and Microbial Infections. 9 th<br />

edition, vol. I,<br />

London: E. Arnold 1998; p.805-831.


7. Pisani P, Parkin DM, Munoz N, Ferlay J. Cancer and<br />

infection: estimates of the attributable fraction in 1990.<br />

Cancer Epi<strong>de</strong>miol Biomarkers Prev 1997;6:387-400.<br />

8. Schmaljohn C, Hjelle B. Hantavirus: a global disease<br />

problem. Emerg Infect Dis 1997;3(2):95-104.<br />

9. Burgorferi W, Barbour AG, Hayes SF. Lyme disease – a tickborne<br />

spirochetosis? Science 1982;216:1317-1319.<br />

10.World Health Organization. Global situation of the AIDS<br />

pan<strong>de</strong>mic, end 2002. Weekly Epi<strong>de</strong>m Record 2002;77<br />

(49):417-424.<br />

11. Hahn BH, Shaw GM, De Cock KM, Sharp PM. AIDS as a<br />

zoonosis: scientific and public health implications. Science<br />

2000;287 (5453):607-614.<br />

12.Fraser DW, Tsai TR, Orenstein W, Parkin WE, Beecham<br />

HJ, Sharrar RG. Legionnaires’ disease: <strong>de</strong>scription of an<br />

epi<strong>de</strong>mic of pneumonia. N Engl J Med 1977;297<br />

(22):1189-1197.<br />

13.Field H, Young P, Yob JM, Mills J, Hall L, Mackenzie J.<br />

The natural history of Hendra and Nipah viruses. Microbes<br />

and infection 2001;3:307-314.<br />

14.Lam S-K. Nipah virus: lessons from Malaysian outbreak.<br />

Antibiotics Chemotherapy 2002;6(2):1 and 3.<br />

15.Hubalek Z, Halouzka J. West Nile fever: a reemerging<br />

mosquito-borne viral disease in Europe. Emerg Infec Dis<br />

1999;5(5):643-650.<br />

16.Fine A, Layton M. Lessons from the West Nile Viral<br />

Encephalitis Outbreak in New York City, 1999:<br />

Implications for Bioterrorism Preparedness. CID<br />

2001;32(2):277-282.<br />

17.Lanciotti RS, Roerhig JT, Deubel V, Smith J, Parker M,<br />

Steele K et al. Origin of the West Nile virus responsible<br />

for an outbreak of encephalitis in the northeastern United<br />

States. Science 1999;286:2333-2337.<br />

18.Centers for Disease Control and Prevention. Provisional<br />

Surveillance Summary of the West Nile Virus Epi<strong>de</strong>mic<br />

– United States, January – November 2002. MMWR Morb<br />

Mortal Wkly Rep 2002;51(50):1129-1133.<br />

19.Claas EC, <strong>de</strong> Jong JC, van Beek R, Rimmelzwaan GF,<br />

Osterhaus AD. Human influenza virus A/Hong-Kong/156/<br />

97(H5N1) infection. Vaccine 1998;16(9-10):977-978.<br />

20.Peiris M, Yuen KI, Leung CW, Chan KH, Ip PL, Lai RW et<br />

al. Human infection with influenza H9N2. Lancet<br />

1999;354(9182):916-917.<br />

21.Health World Organization. Summary Table of SARS Cases<br />

by Country – 1 November 2002 – 7 August 2003.<br />

Weekly epi<strong>de</strong>m record 2003;78(35):310-311.<br />

22.Centers for Disease Control and Prevention. Diphtheria<br />

epi<strong>de</strong>mic - New In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt States of the former Sovietic<br />

Union, 1990-1994. MMWR Morb Mortal Wkly Rep<br />

1995;44(10):177-181.<br />

23.Comissão Nacional <strong>de</strong> Luta Contra a Sida. Infecção VIH/<br />

SIDA. A situação em Portugal em 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2002.<br />

Documento 129. Centro <strong>de</strong> Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica das<br />

Doenças Transmissíveis. Instituto Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

24.Direcção-geral da Saú<strong>de</strong>. Programa Nacional <strong>de</strong> Luta<br />

Contra a Tuberculose. Ano 2002. Lisboa, Portugal. Disponível<br />

em: http://www2.dgsau<strong>de</strong>.pt/ Março <strong>de</strong> 2003.<br />

25.Sulkowski MS, Thomas DL. Hepatitis C in the HIV-Infected<br />

Person. Ann Intern Med 2003;138(3):197-207.<br />

Lecour• Dinâmica e actualida<strong>de</strong> da patologia infecciosa<br />

26.Ministry of Health, Ministry of Food, Agriculture and<br />

Fisheries. Denmark. The Copenhagen Recommendations.<br />

Report from the Invitational EU Conference on The<br />

Microbial Threat. Copenhagen, Denmark, September<br />

1998. Health of the populations: Strategies to prevent<br />

and control the emergence and spread of antimicrobialresistant<br />

micro-organisms.<br />

27.Levy SB. Multi-drug resistance – a sign of the times. N<br />

Engl J Med 1998;338(19):1376-1378.<br />

28.Wenzel RP, Edmond MB. Managing antibiotic resistance.<br />

N Engl J Med 2000;343(26):1961-1963.<br />

29.Singer R, Finch R, Wegener H, Bywater R, Walters J,<br />

Lipsitch M. Antibiotic resistance-the interplay between<br />

antibiotic use in animals and human beings. Lancet<br />

Infectious Diseases 2003;3(1):47-51.<br />

30.Daw MA, Drah AM. Antibiotic resistance: Prospects for the<br />

new millenium. J of Chemotherapy 2001;13(6):587-594.<br />

31.Christopher GH, Cieslak TJ, Pavlin JÁ, Eitzen Jr EM.<br />

Biological Warfare. A historical perspective. JAMA<br />

1997;278(5):412-417.<br />

32.Bell DM, Kozarsky PE, Stephens DS. Conference Summary.<br />

Clinical issues in the prophylaxis, diagnosis, and treatment<br />

of anthrax. Emerg Infect Dis 2002;8(2):222-225.<br />

33.Olson KB. Aum Shinrikyo: Once and future threat? Emerg<br />

Infect Dis 1999;5(4):513-516.<br />

34.Kortepeter MG, Parker GW. Potential biological weapons<br />

threats. Emerg Infect Dis 1999;5(4):523-527.<br />

35.Patz JA, Epstein PR, Burke TA, Balbus JM. Global climate<br />

change and emerging infectious diseases. JAMA<br />

1996;275(3);217-223.<br />

36.Lindgren E, Gustafson R. Tick-borne encephalitis in Swee<strong>de</strong>n<br />

and climate change. Lancet 2001;358(9275):16-18.<br />

37.Calheiros JM, Casimiro E. Human Health. In: Santos FD,<br />

Forbes K, Moita R editors. Climate Change in Portugal.<br />

Scenarios, Impacts and Adaptation Measures. SIAM Project.<br />

Gradiva Publicações Lda, Lisboa; 2002. p. 241-300.<br />

38.Colwell RR. Global climate and infectious disease: the<br />

cholera paradigm. Science 1996;274(5295):2025-2031.<br />

39.Ramamurty T, Garg S, Sharma R, Bhattacharya SK, Nair<br />

GB, Shimada T et al. Emergence of novel strain of Vibrio<br />

cholerae with epi<strong>de</strong>mic potential in southern and eastern<br />

India. Lancet 1993;341(8846):703-704.<br />

40.Centers for Disease Control and Prevention. Update:<br />

Multistate Outbreak of Monkeypox – Illinois, Indiana,<br />

Kansas, Missouri, Ohio, and Wisconsin, 2003. MMWR<br />

Morb Mortal Wkly Rep 2003;52(27):642-646.<br />

41.Van Loock F, Gill ON, Wallyn S, Nicoll A, Deseclos J-C,<br />

Leinikki P. Roles and functions of a European Union<br />

Public Health Centre for Communicable Diseases.<br />

Eurosurveillance Montly 2002;7(5):78-84.<br />

Correspondência:<br />

Dr. Henrique Lecour<br />

Instituto <strong>de</strong> Anatomia.<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina. 4200 Porto, Portugal.<br />

e-mail: henrique.lecour@netcabo.pt<br />

45


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

46<br />

Dengue y fiebre hemorrágica <strong>de</strong>l <strong>de</strong>ngue<br />

en las Américas<br />

Gustavo Kourí 1<br />

José Luis Pelegrino 2<br />

María Guadalupe Guzmán 3<br />

1<br />

Dengue and <strong>de</strong>ngue haemorrhagic fever in the Americas<br />

Director General. Instituto <strong>de</strong> Medicina<br />

Tropical Pedro Kourí. Ministerio <strong>de</strong><br />

Salud Pública.<br />

2<br />

MSc. Virólogo. Instituto <strong>de</strong> Medicina<br />

Tropical Pedro Kourí. Ministerio <strong>de</strong><br />

Salud Pública.<br />

3<br />

PhD. Director Centro Colaborador<br />

para el Diagnóstico <strong>de</strong><br />

Enfermeda<strong>de</strong>s Víricas. OPS/OMS.<br />

Instituto <strong>de</strong> Medicina Tropical Pedro<br />

Kourí. Ministerio <strong>de</strong> Salud Pública.<br />

Rev Panam Infectol 2004;6(1):46-50.<br />

Recibido en 21/8/2003.<br />

Acepto para publicación en 28/8/2003.<br />

Resumen<br />

Dengue es la arbovirosis más importante en términos <strong>de</strong><br />

morbilidad y mortalidad en las Américas. Después <strong>de</strong> la primera<br />

epi<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> fiebre hemorrágica <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue/síndrome <strong>de</strong> choque<br />

por <strong>de</strong>ngue (FHD/SCD) ocurrida en Cuba <strong>de</strong> 1981, se observó una<br />

ten<strong>de</strong>ncia creciente <strong>de</strong> la enfermedad en la región. Por lo menos<br />

en el año 2002, 37 países informaron circulación y la mitad <strong>de</strong><br />

ellos tiene hiperen<strong>de</strong>micidad con más <strong>de</strong> uno <strong>de</strong> los serotipos. El<br />

<strong>de</strong>terioro <strong>de</strong> los sistemas <strong>de</strong> Salud Publica en muchos <strong>de</strong> los países,<br />

índices elevados <strong>de</strong> presencia <strong>de</strong>l vector, la presencia <strong>de</strong> los 4<br />

serotipos así como otros macrofactores <strong>de</strong>terminantes para la<br />

transmisión, ha acrecentado el riesgo <strong>de</strong> la enfermedad. Describimos<br />

la situación <strong>de</strong>l <strong>de</strong>ngue en las Américas y se hace énfasis<br />

en el control <strong>de</strong>l vector como la única alternativa actual para<br />

prevenir la enfermedad.<br />

Palabras clave: Dengue, Situación actual, Región panamericana,<br />

Epi<strong>de</strong><strong>miolo</strong>gía, Factores <strong>de</strong> riesgo, Control.<br />

Abstract<br />

Dengue is the most important arbovirus in terms of morbidity<br />

and mortality in the Americas. Some years after 1981, when<br />

occurred the first DHF/DSS epi<strong>de</strong>mic in Cuba, a growing ten<strong>de</strong>ncy<br />

of the disease is observed in the region. At least in the year<br />

2002, 37 countries reported <strong>de</strong>ngue circulation and already half<br />

of them have hiperen<strong>de</strong>micity with more than one circulating<br />

serotype. The breakdown of the Public Health system in many of<br />

the countries, with a high inci<strong>de</strong>nce of the vector, the presence<br />

of the 4 serotypes and other macro <strong>de</strong>terminant factors for <strong>de</strong>ngue<br />

transmission, increase the risk for a biggest circulation of the<br />

viruses. We <strong>de</strong>scribe the status of <strong>de</strong>ngue in the Americas and<br />

make emphasis in the vector control as the only alternative at<br />

the moment to prevent the disease.<br />

Key words: Dengue, Current situation, Risk factors, Panamerican<br />

region, Epi<strong>de</strong><strong>miolo</strong>gy, Control.<br />

Antece<strong>de</strong>ntes en Latinoamérica y el Caribe<br />

Dengue (DEN) es actualmente la más común y extendida<br />

enfermedad viral transmitida por artrópodos en humanos. La


Figura 1. Número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> FHD en Región <strong>de</strong><br />

Las Américas. 1981-2002.<br />

infección es producida por cuatro serotipos <strong>de</strong>l virus<br />

<strong>de</strong>ngue (DEN-1, 2, 3, 4), y se ha reportado en más <strong>de</strong><br />

100 países y <strong>de</strong> los cuales 60 han informado su<br />

variante más peligrosa la Fiebre Hemorrágica <strong>de</strong>l<br />

<strong>de</strong>ngue Síndrome <strong>de</strong> Choque por Dengue (FHD/SCD).<br />

La enfermedad es endémica en el Su<strong>de</strong>ste <strong>de</strong> Asia<br />

(SEA), Pacífico Occi<strong>de</strong>ntal (WPR), Mediterráneo<br />

Oriental (EMR) y América Latina y las regiones<br />

caribeñas (LACR), afectando a millones <strong>de</strong> personas (1) .<br />

El vector <strong>de</strong>l <strong>de</strong>ngue en la región <strong>de</strong> las Américas<br />

es el mosquito Ae<strong>de</strong>s aegypti y aunque también está<br />

presente en el continente el <strong>de</strong>nominado tigre asiático,<br />

Ae<strong>de</strong>s albopictus, éste hasta el momento no se ha<br />

reportado como una especie involucrada en la<br />

transmisión <strong>de</strong>l <strong>de</strong>ngue.<br />

Evi<strong>de</strong>ncias <strong>de</strong> circulación <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue en la América<br />

durante el pasado siglo se reportó a <strong>final</strong>es <strong>de</strong> la década<br />

<strong>de</strong> 1960 con una creciente actividad epidémica. Pero<br />

el aumento en la distribución <strong>de</strong> Ae<strong>de</strong>s aegypti en los<br />

años 1970-1980 <strong>de</strong>spués <strong>de</strong>l <strong>de</strong>terioro <strong>de</strong>l programa<br />

<strong>de</strong> erradicación regional, influenció el crecimiento <strong>de</strong><br />

la circulación viral.<br />

Aunque el DEN 3 y DEN 2 circuló en los 60s, la<br />

primera pan<strong>de</strong>mia regional suce<strong>de</strong> en 1977 cuando<br />

DEN 1 se reportó primeramente en Jamaica (2) . Este<br />

virus tuvo una amplia circulación en la región y abarcó<br />

las Islas caribeñas, Texas, Centroamérica y el Norte<br />

<strong>de</strong> América <strong>de</strong>l Sur. Esta epi<strong>de</strong>mia se caracterizó por<br />

fiebre <strong>de</strong>l <strong>de</strong>ngue con muy raros casos <strong>de</strong> FHD/SCD (2,3) .<br />

La emergencia <strong>de</strong> FHD/SCD en forma epi<strong>de</strong>mica<br />

en la región americana comenzó con la epi<strong>de</strong>mia<br />

cubana <strong>de</strong> DEN-2 en 1981 (4) . Esta epi<strong>de</strong>mia fue<br />

Kourí et al• Dengue y fiebre hemorrágica <strong>de</strong>l <strong>de</strong>ngue en las Américas<br />

extemporánea en el contexto epi<strong>de</strong>miológico, (ver figura<br />

1) pues no había en ese momento circulación <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ngue 2, y la cepa aislada (relacionada con Nueva<br />

Guinea 1945) (5) no tenía antece<strong>de</strong>ntes en la región.<br />

Por otro lado por casi 9 años <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> la epi<strong>de</strong>mia<br />

cubana sólo ocurrieron pocos casos <strong>de</strong> FHD/SCD.<br />

Aunque se presenciaron miles <strong>de</strong> casos severos<br />

hemorrágicos, la epi<strong>de</strong>mia cubana tuvo una letalidad<br />

baja (1.5 por cada 100 casos <strong>de</strong> FHD) al llevarse a<br />

cabo una política <strong>de</strong> hospitalización masiva <strong>de</strong> casos<br />

sospechosos con más <strong>de</strong> 116 000 personas ingresadas<br />

y tratadas. Hubo 158 casos fatales (<strong>de</strong> ellos 101 niños).<br />

La epi<strong>de</strong>mia se controló en 4 meses al costo total <strong>de</strong><br />

103 millones USD (6) .<br />

La segunda epi<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> FHD/SCD en la región<br />

ocurrió en Venezuela en 1989-90 con más <strong>de</strong> 6 000<br />

casos y 79 fallecidos (7) . Después el número <strong>de</strong> países<br />

con informes <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue y DHF mostró una persistente<br />

ten<strong>de</strong>ncia al aumento.<br />

Los eventos asociados con la transmisión <strong>de</strong>l<br />

<strong>de</strong>ngue en las Américas siguió el mismo patrón que se<br />

observó durante los años 1950-60s en la región <strong>de</strong>l<br />

Su<strong>de</strong>ste <strong>de</strong> Asia y la región <strong>de</strong>l Pacífico Occi<strong>de</strong>ntal.<br />

Situación actual<br />

En el año <strong>de</strong> 2001, 37 países en la región<br />

informaron casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue, <strong>de</strong> ellos 21 informaron<br />

FHD con 143 casos fatales. En el 2002 en la región<br />

36 países reportan casos con un incremento<br />

fundamentalmente a expensas <strong>de</strong> Brasil. Los cuatro<br />

serotipos se mantienen circulando en la región y en<br />

18 países hay hiperen<strong>de</strong>mia con más <strong>de</strong> uno serotipo<br />

circulando.<br />

De 1989 a 1997, la inci<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong>l <strong>de</strong>ngue presento<br />

ciclos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scenso cada 2-3 años pero con una<br />

ten<strong>de</strong>ncia siempre al crecimiento. Después <strong>de</strong> 1995<br />

se observa que los ciclos se hacen mas cortos con picos<br />

máximos en la pan<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> 1998 y superada en el<br />

2002 (figura 2).<br />

En el año 2002, Honduras, Brasil, Costa Rica, El<br />

Salvador, Barbados y Granada reportaron la mayor tasa<br />

<strong>de</strong> morbilidad, que fluctuó en estos países entre un<br />

286 a 490 casos por 100 000 habitantes (tabla 1). El<br />

número <strong>de</strong> casos fatales es mayor que en el 2001 y se<br />

muestra claramente que las cifras superaron la<br />

pan<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> 1998 como se había pronosticado a<br />

mediados <strong>de</strong>l año.<br />

Situación especial mostró Centro América, con una<br />

emergencia <strong>de</strong>clarada en El Salvador y número<br />

importante <strong>de</strong> casos en Guatemala, Honduras,<br />

Nicaragua, Costa Rica y México.<br />

Cuba, aún contando con un programa sostenido <strong>de</strong><br />

control <strong>de</strong>l vector y una vigilancia sistemática<br />

(epi<strong>de</strong>miológica clínica y con soporte <strong>de</strong> laboratorio)<br />

47


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

Figura 2. Número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue y fiebre<br />

hemorrágica <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue en las Américas. 1980-2002.<br />

se había mantenido en los últimos 20 años libre <strong>de</strong><br />

casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue. En 1997 reportó un brote en la<br />

Municipalidad <strong>de</strong> Santiago <strong>de</strong> Cuba (8)<br />

y mas recientemente<br />

(2001-2002) una epi<strong>de</strong>mia ya controlada en<br />

Ciudad <strong>de</strong> la Habana (2.2 millones <strong>de</strong> habitantes),<br />

con un reporte <strong>final</strong> <strong>de</strong> 14 443 casos, 81 casos <strong>de</strong><br />

FHD y 3 fallecidos.<br />

Factores <strong>de</strong>l riesgo para la transmisión<br />

<strong>de</strong>l <strong>de</strong>ngue<br />

La dinámica <strong>de</strong> la transmisión <strong>de</strong>l virus <strong>de</strong>ngue es<br />

un proceso complejo y <strong>de</strong>terminado por la interacción<br />

<strong>de</strong>l ambiente, el agente, la población y el vector que<br />

coexisten juntos en un habitat <strong>de</strong>terminado (9)<br />

. La<br />

magnitud e intensidad <strong>de</strong> esa interacción <strong>de</strong>finirá la<br />

transmisión <strong>de</strong> la enfermedad en una comunidad, país<br />

o región.<br />

Macrofactores <strong>de</strong>terminantes <strong>de</strong>l riesgo<br />

Los macrofactores <strong>de</strong>terminantes juegan un papel<br />

transcen<strong>de</strong>ntal para la ocurrencia <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>mias <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ngue. Dentro <strong>de</strong> estos factores las condiciones<br />

medioambientales y climáticas: temperatura, humedad<br />

relativa y latitud podrían aumentar la <strong>de</strong>nsidad <strong>de</strong><br />

vectores o disminución el período <strong>de</strong> la incubación<br />

extrínseco <strong>de</strong>l virus en los mosquitos. El calentamiento<br />

global es un factor que podría incidir en un aumento<br />

<strong>de</strong> la población <strong>de</strong>l vector y potenciar su eficacia en la<br />

transmisión <strong>de</strong> la enfermedad (10)<br />

. Se ha <strong>de</strong>scrito que<br />

un aumento <strong>de</strong> la temperatura en 1-2°C podría resultar<br />

48<br />

en un incremento <strong>de</strong> la inci<strong>de</strong>ncia en varios millones<br />

<strong>de</strong> casos y con más <strong>de</strong> 20 000 casos fatales adicionales<br />

anualmente.<br />

Otro factor es el contexto social y económico <strong>de</strong> la<br />

población. En nuestra opinión éstos son los factores<br />

principales que <strong>de</strong>terminan la crisis <strong>de</strong>l <strong>de</strong>ngue en la<br />

región <strong>de</strong> las Américas y el Caribe, ya que el <strong>de</strong>ngue<br />

más que una enfermedad tropical es sin dudas una<br />

enfermedad afianzada por las condiciones socioeconómicas<br />

como:<br />

• Pobreza;<br />

• Analfabetismo;<br />

• Baja nivel <strong>de</strong> educación y cultura;<br />

• Crecimiento <strong>de</strong>mográfico;<br />

• Migración no planificada;<br />

• Bajo standard <strong>de</strong> vivienda;<br />

• Suministro ina<strong>de</strong>cuado <strong>de</strong> agua;<br />

• Disposición ina<strong>de</strong>cuada <strong>de</strong> residuales sólidos<br />

y líquidos;<br />

• Neumáticos y otros <strong>de</strong>pósitos no<br />

bio<strong>de</strong>gradables en el medio.<br />

Un ejemplo que ilustra estos factores ocurrió en<br />

1995, en la frontera entre México y EE.UU: en el<br />

Estado <strong>de</strong> Tamaulipas se informaron 4 479 casos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ngue y en Reynosa se notificaron 2 000 pacientes.<br />

En el lado <strong>de</strong> EU, en todo el Estado <strong>de</strong> Texas, se<br />

reportaron sólo 7 casos. ¿Porqué ambas comunida<strong>de</strong>s<br />

localizadas en la misma región, con el mismo clima,<br />

el mismo vector, etnicidad similar, tiene tantas<br />

diferencias en el número <strong>de</strong> casos? Obviamente, solo<br />

las diferencias en las condiciones <strong>de</strong> vida a ambos<br />

lados podrían explicar esta situación. El <strong>de</strong>ngue como<br />

otras enfermeda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>nominadas “tropicales” <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

en muchos aspectos <strong>de</strong>l estado socio-económico <strong>de</strong><br />

las personas en el mundo sub<strong>de</strong>sarrollo.<br />

En 1950-60s se lanzó un plan continental con<br />

buen éxito para erradicar Ae<strong>de</strong>s aegypti y fiebre<br />

amarilla. Este programa fue <strong>de</strong>teriorándose y<br />

<strong>final</strong>mente abandonado y actualmente la distribución<br />

<strong>de</strong>l vector es similar a la que existía antes <strong>de</strong>l<br />

comienzo <strong>de</strong>l programa. La mayoría <strong>de</strong> los países<br />

tienen <strong>de</strong>terioro en los sistemas <strong>de</strong> Salud y existe en<br />

mucho <strong>de</strong> ellos la ten<strong>de</strong>ncia a transferir el problema<br />

a la comunidad con una pequeña participación <strong>de</strong>l<br />

estado. Los gobiernos reaccionan generalmente sólo<br />

cuando hay muchos casos y fallecidos bajo la presión<br />

<strong>de</strong> los medios <strong>de</strong> comunicación y la comunidad,<br />

empleándose métodos muy visibles (gran<strong>de</strong>s<br />

fumigaciones espaciales) que <strong>de</strong>muestran acciones<br />

por parte <strong>de</strong>l estado, pero no son eficaces en el control<br />

sostenido <strong>de</strong>l vector y por consiguiente en controlar<br />

la epi<strong>de</strong>mia (11,12)<br />

. Una vez que ocurre el <strong>de</strong>clive <strong>de</strong> la<br />

epi<strong>de</strong>mia se <strong>de</strong>tienen las acciones, lo que justifica el<br />

en<strong>de</strong>mismo en la región.


Tabla 1. Número <strong>de</strong> casos reportados <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue y <strong>de</strong>ngue<br />

hemorrágico en las Américas (hasta semana 52) 2002<br />

Fuente OPS<br />

* Población en miles <strong>de</strong> habitantes<br />

** Se excluye el territorio <strong>de</strong> Hawai perteneciente a EU y la Isla <strong>de</strong> Pascua Chile<br />

Los principios para el control<br />

La nueva generación <strong>de</strong> programas como estrategia<br />

para prevenir epi<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue tienen como punto<br />

sinérgico un programa integral (13) .<br />

El 43er Consejo Directivo y 53ª Sesión <strong>de</strong> la<br />

Asamblea <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> Salud en las Américas<br />

aprobaron la Resolución CD43R4 reconoció la ten<strong>de</strong>ncia<br />

al aumento <strong>de</strong>l número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue y <strong>de</strong> la<br />

fiebre hemorrágica <strong>de</strong>l <strong>de</strong>ngue en la región y la posible<br />

urbanización <strong>de</strong> la fiebre amarilla, instándose a los<br />

gobiernos a tomar medidas para <strong>de</strong>tener el progreso <strong>de</strong><br />

la enfermedad basados en principios fundamentales<br />

para el control como son:<br />

1. La Voluntad Política: Esta <strong>de</strong>berá ser acompaña<br />

Kourí et al• Dengue y fiebre hemorrágica <strong>de</strong>l <strong>de</strong>ngue en las Américas<br />

por <strong>de</strong>cisiones encaminadas a<br />

otorgar fondos y personal. El estado<br />

también <strong>de</strong>be jugar su papel en la<br />

coordinación entre todos los sectores.<br />

2. Coordinación intersectorial:<br />

Bajo el control <strong>de</strong>l Nivel Central <strong>de</strong>l<br />

Estado y la asesoría técnica <strong>de</strong>l<br />

Sistema Nacional <strong>de</strong> Salud Pública,<br />

todos los sectores involucrados en<br />

los macrofactores <strong>de</strong>terminantes<br />

arriba expresados <strong>de</strong>ben tener una<br />

participación activa en el control <strong>de</strong><br />

la enfermedad. Es una buena<br />

experiencia práctica crear una<br />

comisión nacional por la emergencia<br />

que incluya a<strong>de</strong>más ONGs, iglesias<br />

y en general todos los actores <strong>de</strong>l<br />

sector social y privado.<br />

3. Participación <strong>de</strong> la Comunidad:<br />

Es <strong>de</strong>terminante la participación<br />

activa <strong>de</strong> la comunidad en el control<br />

<strong>de</strong>l vector. Se <strong>de</strong>be educar la<br />

comunidad en el control sostenible<br />

intra y peridomiciliario, y al igual que<br />

en períodos epidémicos, es necesario<br />

el cambio <strong>de</strong> actitud para que la<br />

percepción <strong>de</strong>l riesgo sea lograda. Investigaciones<br />

sociales se requieren<br />

<strong>de</strong> forma urgente que permitan alcanzar<br />

el cambio <strong>de</strong> conducta requerida.<br />

4. Refuerzo <strong>de</strong> la legislación<br />

sanitaria: Es un factor importante y<br />

se <strong>de</strong>ben usar multas principalmente<br />

en las fábricas y centros<br />

laborales así como también en los<br />

domicilios que no contribuyan a la<br />

higiene ambiental.<br />

Hasta que una vacuna contra el<br />

<strong>de</strong>ngue esté disponible, es necesario<br />

concentrar los esfuerzos en el mejor uso <strong>de</strong> las<br />

herramientas que hoy tenemos: la vigilancia integrada<br />

(incluyendo riesgo ambiental, vectorial y la vigilancia<br />

clínico epi<strong>de</strong>miológica con soporte <strong>de</strong> laboratorio), la<br />

preparación <strong>de</strong>l Estado para las epi<strong>de</strong>mias y la<br />

respuesta correcta ante las mismas, y el control <strong>de</strong>l<br />

vector (14,15) . Ésta es la única vía actual <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />

disminuir al mínimo la presencia <strong>de</strong>l vector y <strong>de</strong>tener<br />

la ten<strong>de</strong>ncia creciente <strong>de</strong> la enfermedad en la región.<br />

Referencias<br />

1. Gubler DJ, Clark CG. Dengue/<strong>de</strong>ngue hemorrhagic fever:<br />

the emergence of a global health problem. Emerg Infec<br />

Dis. Atlanta USA. 1995;1:55-57.<br />

49


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

2. Pan American Health Organization. Dengue in the<br />

Caribbean, 1977 PAHO Scientific publication 375 Washington<br />

DC, USA. 1979.<br />

3. Mas P. Dengue fever in Cuba in 1977: some laboratory aspects.<br />

Pan Am Health Organ. Dengue in the Caribbean, Washington<br />

DC: PAHO Scientific Publication. 1979;375:40-43.<br />

4. Kouri G, Mas P, Guzman MG, Soler M, Goyenechea A,<br />

Morier L. Dengue hemorrhagic fever in Cuba, 1981: Rapid<br />

diagnosis of the etiologic agent. Bulletin Pan American<br />

Health Organization. Washington DC, USA. 1983;17<br />

(2):126-132.<br />

5. Guzmán MG, Deubel V, Pelegrino JL, Rosario D, Marrero<br />

M, Sariol C et al. Partial nucleoti<strong>de</strong> and amino acid<br />

sequences of the envelope and the envelope/nonstructural<br />

protein-1 gene junction of the four <strong>de</strong>ngue 2 virus strains<br />

isolated during the 1981 Cuban epi<strong>de</strong>mic. Am J of Trop<br />

Med and Hyg. USA. 1995;52:241-256.<br />

6. Kourí G, Guzmán MG, Bravo JR, Triana C. Dengue<br />

haemorrhagic fever/ <strong>de</strong>ngue shock syndrome: lessons from<br />

the Cuban epi<strong>de</strong>mic, 1981. Bulletin of the World Health<br />

Organization, Washington USA. 1989;67:375-380.<br />

7. Pan American Health Organization. Dengue hemorrhagic<br />

fever in Venezuela. Epi<strong>de</strong><strong>miolo</strong>gical Bulletin. Washington<br />

USA. 1990;11:7-9.<br />

8. Kouri G, Guzmán MG, Val<strong>de</strong>z L, Carbonel I, Rosario D,<br />

Vazquez S et al. Reemergence of <strong>de</strong>ngue in Cuba: a 1977<br />

epi<strong>de</strong>mic in Santiago <strong>de</strong> Cuba. Emerg Infect Dis. Atlanta<br />

USA. 1998;4:89-92.<br />

9. Organización <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> la Salud. Dengue y <strong>de</strong>ngue<br />

hemorrágico en las Américas: Guías para su<br />

prevención y control. Publicación científica No 548.<br />

Washington DC, USA. 1995. Capítulo 2:3-22.<br />

10.Watts DM, Burke DS, Harrison BA, Whitmire RE, Nisalak<br />

A. Effect of temperature on the vector efficiency of Ae<strong>de</strong>s<br />

aegyti for <strong>de</strong>ngue 2 virus. Am J of Trop Med and Hyg.<br />

USA. 1987;36:143-152.<br />

50<br />

11.Newton EAC, Reiter P. A mo<strong>de</strong>l of the transmission of<br />

<strong>de</strong>ngue fever with an evaluation of the impact of ultra<br />

low volume (ULV) insectici<strong>de</strong> applications on <strong>de</strong>ngue<br />

epi<strong>de</strong>mics. Am J of Trop Med and Hyg. USA. 1992;47:<br />

709-720.<br />

12. Gubler DJ. Epi<strong>de</strong>mic <strong>de</strong>ngue/<strong>de</strong>ngue hemorrhagic fever<br />

as a public health, social and economic problem in the<br />

21 st<br />

Century. TRENDS in Microbiology. USA. 2002;<br />

10(2):100-103.<br />

13.Pan American Health Organization. Marco <strong>de</strong> Referencia.<br />

Nueva Generación <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Prevención<br />

y Control <strong>de</strong>l Dengue en Las Américas. Oficina<br />

Sanitaria <strong>Panamericana</strong> Washington USA. 2002.<br />

OPS/HCT/206/02.<br />

14.Guzmán MG, Kourí G. Dengue: an update. Lancet<br />

Infectious Diseases. Great Britain. January 2002. Review.<br />

Vol 2:33-42.<br />

15.World Health Organization. Communicable Diseases<br />

2002. Global <strong>de</strong>fence against the microbial threat.<br />

Geneva 2002.<br />

16. Halstead SB, Streit TG, Lafontant JG, Putvatana R,<br />

Russell K, Sun W et al. Haiti; absence of <strong>de</strong>ngue<br />

hemorrhagic fever <strong>de</strong>spite hyperen<strong>de</strong>mic <strong>de</strong>ngue virus<br />

transmission. Am J of Trop Med and Hyg. USA.<br />

2001;65(3):180-183.<br />

Correspon<strong>de</strong>ncia:<br />

Dr. Gustavo Kourí<br />

Autopista Novia <strong>de</strong>l Mediodía km 6,1/2,<br />

Ciudad Habana, Cuba<br />

Teléf.: (537) 202-06-33. Fax (537) 204-6051<br />

e-mail: gkouri@ipk.sld.cu


Carvalho et al • Pasteurella multocida após mor<strong>de</strong>dura <strong>de</strong> cão...<br />

Pasteurella multocida após mor<strong>de</strong>dura <strong>de</strong> cão:<br />

Relato <strong>de</strong> caso e atualização da literatura<br />

Pasteurella multocida after a dog bite: Case report and update of literature<br />

Ana Lúcia Innaco <strong>de</strong> Carvalho<br />

Jane Harumi Atobe<br />

Instituições: Laboratório Clínico<br />

do Instituto <strong>de</strong> Infectologia<br />

Emílio Ribas. Seção <strong>de</strong> Bacteriologia.<br />

Rev Panam Infectol 2004;6(1):51-55.<br />

Recibido en 22/8/2003.<br />

Acepto para publicación en 18/9/2003.<br />

Resumo<br />

Este relato <strong>de</strong>screve o caso <strong>de</strong> um homem <strong>de</strong> 46 anos que foi<br />

mordido por um cachorro na perna esquerda. Inicialmente, a ferida<br />

foi limpa, a lesão suturada e foi introduzida antibioticoterapia<br />

profilática com tetraciclina. Apesar do tratamento, após três dias o<br />

paciente <strong>de</strong>senvolveu um abscesso e celulite na região da ferida,<br />

sendo então atendido no pronto-socorro do Instituto <strong>de</strong> Infectologia<br />

Emílio Ribas. A sutura foi aberta e houve saída <strong>de</strong> secreção com<br />

odor fétido, que foi imediatamente enviada ao laboratório para<br />

realização <strong>de</strong> cultura. Houve crescimento <strong>de</strong> Pasteurella multocida.<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste relato é utilizar este caso para discorrer sobre a<br />

microbiologia, técnicas <strong>de</strong> isolamento e sensibilida<strong>de</strong> antimicrobiana<br />

da Pasteurella multocida, além <strong>de</strong> rever e discutir as condutas que<br />

<strong>de</strong>vem ser tomadas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> mordidas <strong>de</strong> animais (em especial,<br />

cães e gatos).<br />

Palavras-chave: Pasteurella multocida, Mordida, Tratamento.<br />

Abstract<br />

A 46 years old male, was bitten by a dog on his lower leg. Initially<br />

the wound was cleaned, the lesion sutured, and prophylactic antibiotic<br />

therapy with tetracycline initiated. However, three days afterwards<br />

servere cellulitis and subcutaneous abscess of the originally affected<br />

area were notice. He was atten<strong>de</strong>d at Instituto <strong>de</strong> Infectologia Emílio<br />

Ribas. The wound was surgically opened and the purulent foulsmelling<br />

secretion obtained was sent immediately to the laboratory<br />

for culturing. A Pasteurella multocida strain was grown. The current<br />

report is aimed to illustrate and discuss the microbiology, isolation<br />

techniques and the sensitivity profile of the microorganism, as well<br />

as to review the most appropriate medical approach to handle patients<br />

recently bitten by an animal, especially by a dog or cat.<br />

Key words: Pasteurella multocida, Bite, Treatment.<br />

Relato <strong>de</strong> caso<br />

A. P., <strong>de</strong> 46 anos, sexo masculino, foi atendido no pronto-socorro<br />

do Instituto <strong>de</strong> Infectologia Emílio Ribas (I.I.E.R.), em 22 <strong>de</strong><br />

novembro <strong>de</strong> 2002, com um quadro <strong>de</strong> febre, calafrios, sudorese,<br />

dor, e<strong>de</strong>ma e eritema em panturrilha esquerda há um dia da<br />

internação.<br />

51


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

Havia três dias que o paciente fora mordido por<br />

um cão <strong>de</strong> origem conhecida e procurou um serviço<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> a lesão foi suturada, <strong>de</strong>u-se início à<br />

antibioticoterapia profilática com tetraciclina, sendo<br />

orientado a tomar vacina anti-rábica, que foi aplicada<br />

no dia seguinte.<br />

Até o atendimento no I.I.E.R., o paciente havia feito<br />

uso <strong>de</strong> apenas quatro comprimidos <strong>de</strong> tetraciclina.<br />

O exame físico mostrou sinais flogísticos na perna<br />

esquerda, com e<strong>de</strong>ma e eritema que estendiam-se até<br />

a região do tornozelo e um abscesso flutuante, abaixo<br />

da ferida suturada <strong>de</strong> aproximadamente cinco<br />

centímetros.<br />

Dois pontos da sutura foram removidos e houve<br />

saída <strong>de</strong> secreção serossanguinolenta <strong>de</strong> odor fétido,<br />

que foi encaminhada ao laboratório <strong>de</strong> bacteriologia<br />

para realização <strong>de</strong> cultura para bactérias aeróbia e<br />

anaeróbia. Coletaram-se também hemocultura e<br />

exames laboratoriais gerais.<br />

O paciente foi internado na enfermaria e medicado<br />

empiricamente com clindamicina (300 mg a cada 6<br />

horas) e ciprofloxacina (500 mg a cada 12 horas).<br />

A hemocultura foi negativa, mas houve crescimento<br />

<strong>de</strong> Pasteurella multocida na cultura da secreção do<br />

abscesso. A cepa era sensível aos seguintes<br />

antimicrobianos testados: amicacina, ampicilina,<br />

ampicilina/sulbactam, aztreonam, cefazolina, cefpima,<br />

cefotaxima, ceftriaxona, cefuroxima, cefalotina,<br />

ciprofloxacina, gentamicina, imipenem, piperacilina,<br />

piperacilina/tazobactam, tobramicina e sulfametoxazol/<br />

trimetoprima.<br />

O paciente ficou hospitalizado por sete dias e<br />

recebeu alta após a resolução do quadro infeccioso.<br />

Ele não compareceu ao retorno ambulatorial para<br />

seguimento.<br />

52<br />

A B<br />

C<br />

Discussão e revisão da literatura<br />

Pasteurella multocida não é uma bactéria <strong>de</strong><br />

Figura 1.<br />

a. Colônias <strong>de</strong> P. multocida em ágar<br />

sangue <strong>de</strong> carneiro;<br />

b. Acidificação do meio <strong>de</strong> Rugai-Araújo;<br />

c. Halo <strong>de</strong> inibição <strong>de</strong> crescimento com<br />

disco <strong>de</strong> penicilina (10U).<br />

isolamento ou i<strong>de</strong>ntificação difíceis, já que a história<br />

<strong>de</strong> exposição ou contato com animais aumenta a<br />

suspeita da presença <strong>de</strong>sse microrganismo.<br />

Atualmente, cerca <strong>de</strong> 20 espécies estão incluídas<br />

no gênero Pasteurella, sendo que várias <strong>de</strong>las<br />

indicadas no texto por [P.] não são membros<br />

verda<strong>de</strong>iros do gênero. Estas 20 espécies são: P.<br />

multocida (espécie e subespécie), [P.] aerogenes, P.<br />

bettyae, P. canis, P. dagmatis, [P.] haemolytica, [P.]<br />

pneumotrophica, P. stomatis, e [Pasteurella] do grupo<br />

“sp”, todas já encontradas em espécimes humanos<br />

ou associadas a doenças humanas, além <strong>de</strong> outras<br />

espécies que sempre foram isoladas ou isoladas com<br />

alguma regularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material clínico humano: P.<br />

anatis, P. caballi, P. gallinarum, P. granulomatis, P.<br />

langaa, P lymphangitidis, P. mairi, P. testudinis, P.<br />

trehalosi e P. volantum (1) .<br />

Este microrganismo cresce bem em ágar sangue<br />

e em ágar chocolate (figura 1a), on<strong>de</strong> forma colônias<br />

cinzas, cremosas, <strong>de</strong> 0,5 a 2,0 mm após 24 horas <strong>de</strong><br />

incubação em aerobiose. São cocobacilos ou<br />

bastonetes <strong>de</strong> 1,0 a 2,0 m <strong>de</strong> comprimento, imóveis,<br />

anaeróbios facultativos e sacarolíticos. Não são<br />

hemolíticas e não crescem em ágar MacConkey, ágar<br />

EMB ou outros tipos <strong>de</strong> meios seletivos ou diferenciais<br />

entéricos. O odor característico (próximo ao da E. coli,<br />

porém mais pungente) é freqüentemente notado. Este<br />

microrganismo apresenta oxidase, catalase, ornitina<br />

<strong>de</strong>carboxilase e indol positivos. Produz ácido, mas<br />

não gás, <strong>de</strong> glicose, sacarose e manitol, mas não <strong>de</strong><br />

maltose ou lactose. P. multocida acidifica o meio <strong>de</strong><br />

Rugai-Araújo (1,2,3) (figura 1 b).<br />

Um disco <strong>de</strong> 10 U <strong>de</strong> penicilina <strong>de</strong>ve ser usado<br />

para ajudar na i<strong>de</strong>ntificação. As espécies <strong>de</strong> Pasteurella<br />

são sensíveis à penicilina, formando um halo <strong>de</strong><br />

inibição <strong>de</strong> crescimento ≥ 15 mm quando é testada<br />

uma suspensão do inóculo <strong>de</strong> 0,5 na escala <strong>de</strong><br />

McFarland em ágar Mueller Hinton (figura 1 c).


Foram i<strong>de</strong>ntificados quatro antígenos capsulares<br />

(A-D) em cepas produtoras <strong>de</strong> doença em animais. A<br />

cápsula mucói<strong>de</strong> (<strong>de</strong> ácido hialurônico tipo A) é<br />

importante para a virulência e parece ser um antígeno<br />

protetor que inibe a fagocitose e a halogenação<br />

intracelular envolvida na ação bactericida dos<br />

neutrófilos; ela se per<strong>de</strong> nos subcultivos (2) .<br />

Pasteurella multocida é um patógeno comum nas<br />

infecções humanas precedidas <strong>de</strong> mordida <strong>de</strong> cães ou<br />

gatos e suas manifestações mais comuns são como<br />

uma ferida infectada e/ou celulite.<br />

Meningite, artrite séptica, septicemia, peritonite<br />

causadas por P. multocida são mais comumente<br />

relatadas em pacientes imunocomprometidos com<br />

cirrose hepática (4,5) , gravi<strong>de</strong>z (7) , neoplasias (7) , e Aids (8) .<br />

Também já foi relatado um caso <strong>de</strong> abscesso cerebral,<br />

em um menino <strong>de</strong> 21 meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, mordido na<br />

cabeça por um cão (9) .<br />

Uma investigação multicêntrica recente (10)<br />

<strong>de</strong>monstrou que em feridas infectadas <strong>de</strong> 50 pacientes<br />

que foram mordidos por cães e <strong>de</strong> 57 pacientes<br />

mordidos por gatos, foram isolados, em média, 5 tipos<br />

<strong>de</strong> bactérias por cultura (entre 0 a 16 tipos) em um<br />

laboratório <strong>de</strong> referência. Pasteurella canis foi o isolado<br />

mais comum nas mordidas <strong>de</strong> cão e a Pasteurella<br />

multocida subespécie multocida e séptica foram as<br />

mais comuns nas mordidas <strong>de</strong> gatos. Além <strong>de</strong> Pasteurella,<br />

os aeróbios mais comumente encontrados foram:<br />

Streptococcus, Staphylococcus, Moraxella e Neisseria.<br />

Os anaeróbios mais comuns foram Fusobacterium,<br />

Bacteroi<strong>de</strong>s, Porphyromonas e Prevotella.<br />

Quando, após uma mordida <strong>de</strong> cão, um paciente<br />

imunocomprometido tem febre, <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infecção por Capnocytophaga<br />

canimorsus (11)<br />

, um patógeno invasivo e oportunista<br />

que vive na boca canina e que é associado à septicemia<br />

severa.<br />

Pasteurella multocida spp e séptica são mais<br />

associadas à infecção sistêmica, sendo que, esta<br />

última, tem uma gran<strong>de</strong> afinida<strong>de</strong> pelo sistema<br />

nervoso central (12)<br />

.<br />

A apresentação típica da infecção <strong>de</strong> pele por P.<br />

multocida é <strong>de</strong> dor aguda, eritema e e<strong>de</strong>ma,<br />

freqüentemente horas após a mordida. A pouca <strong>de</strong>mora<br />

no início dos sintomas (3 a 6 horas) é altamente<br />

sugestiva <strong>de</strong> infecção por P. multocida (13)<br />

. Em 24-48<br />

horas após o início dos sintomas, nota-se a formação<br />

<strong>de</strong> secreção serossanguinolenta ou purulenta (13)<br />

.<br />

Quando o período <strong>de</strong> incubação é maior que 24 horas,<br />

o diagnóstico diferencial <strong>de</strong>ve incluir infecção por<br />

Streptococcus ou Staphylococcus.<br />

O tratamento <strong>de</strong>ve ser iniciado pela limpeza da<br />

ferida com água e sabão. Este passo inicial po<strong>de</strong> não<br />

remover as partículas superficiais estranhas e os<br />

Carvalho et al • Pasteurella multocida após mor<strong>de</strong>dura <strong>de</strong> cão...<br />

coágulos <strong>de</strong> sangue, mas ajuda na prevenção da raiva<br />

e reduz a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> organismos potencialmente<br />

patogênicos (14,15) . Nos casos <strong>de</strong> abscessos, a incisão e<br />

drenagem da secreção é a forma mais importante <strong>de</strong><br />

tratamento.<br />

O próximo passo é fazer uma irrigação com alta<br />

pressão na ferida para reduzir mais a concentração <strong>de</strong><br />

microrganismos e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infecção (16,17) . O<br />

<strong>de</strong>bridamento <strong>de</strong> todas as áreas necróticas e tecidos<br />

<strong>de</strong>svitalizados, quando presentes, também é muito<br />

importante (14,17) .<br />

Na maioria dos casos, o médico <strong>de</strong>ve julgar<br />

rapidamente a serieda<strong>de</strong> da lesão e então <strong>de</strong>cidir pelo<br />

fechamento da ferida ou não, pesando os benefícios<br />

estéticos contra o aumento do risco <strong>de</strong> infecção.<br />

A sutura da lesão é uma atitu<strong>de</strong> controversa e não<br />

há dados prospectivos suficientes para padronizar uma<br />

conduta apenas.<br />

Atualmente é recomendado que (18) , como regra<br />

geral, as mordidas <strong>de</strong> cão <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>ixadas abertas<br />

e reavaliadas em 48-72 horas. Recomenda-se<br />

também não suturar feridas feitas há mais <strong>de</strong> 24 horas<br />

ou extremida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> feridas abertas há mais <strong>de</strong> 12<br />

horas. Evitar fechamento primário <strong>de</strong> feridas<br />

infeccionadas, feridas punctuais e lesões com<br />

esmagamento.<br />

O passo seguinte no tratamento das mordidas <strong>de</strong><br />

cão envolve a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> administrar antibióticos,<br />

selecionando o mais apropriado e <strong>de</strong>cidir o tempo <strong>de</strong><br />

duração da terapia.<br />

Atualmente não há um consenso quanto à dosagem<br />

e a duração do tratamento, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> vários<br />

fatores, como extensão da lesão, complicações, comorbida<strong>de</strong>s<br />

e o tempo <strong>de</strong>corrido após a mordida. A<br />

duração da terapia varia entre 7 a 14 dias. Para lesões<br />

complicadas com artrite séptica ou osteomielite, está<br />

indicada terapia <strong>de</strong> longa duração (3 a 6 sema-<br />

nas) (14,16)<br />

.<br />

Geralmente, os antibióticos não são recomendados<br />

profilaticamente <strong>de</strong> rotina, mas são sempre indicados<br />

na evidência clínica <strong>de</strong> infecção, ou em pacientes que<br />

têm um alto risco <strong>de</strong> adquirir infecção, mesmo antes<br />

<strong>de</strong> aparecerem os sinais clínicos (12,16,17)<br />

.<br />

Os fatores predisponentes que favorecem o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> infecção são: ida<strong>de</strong> abaixo <strong>de</strong> 2<br />

anos e acima <strong>de</strong> 50; diabetes; neoplasias; doenças<br />

hepáticas; esplenectomia; e<strong>de</strong>ma preexistente sob a<br />

mordida; uso <strong>de</strong> álcool; feridas punctuais; lesões com<br />

esmagamento; presença <strong>de</strong> corpo estranho; localização<br />

da mordida (mão, pé, couro cabeludo ou face);<br />

penetração <strong>de</strong> osso, articulações ou tendões; <strong>de</strong>mora<br />

<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 24 horas para iniciar o tratamento; limpeza<br />

ou <strong>de</strong>bridamento da ferida malfeitos; antibioticoterapia<br />

errada (14,16)<br />

.<br />

53


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

Não está claro também se a sutura (feita apenas<br />

quando há condições <strong>de</strong> baixo risco <strong>de</strong> infecção)<br />

aumenta o risco <strong>de</strong> infecção justificando o uso <strong>de</strong><br />

antibiótico profilático (19) .<br />

A terapia empírica e profilática inicial <strong>de</strong>ve ser<br />

direcionada contra Pasteurella multocida, Streptococcus,<br />

Staphylococcus e organismos anaeróbios (10) .<br />

Os agentes que po<strong>de</strong>m ser usados isoladamente<br />

são: amoxacilina com clavulanato <strong>de</strong> potássio;<br />

ampicilina com sulbactam; cefalosporinas <strong>de</strong> segunda<br />

geração com ativida<strong>de</strong> anaeróbia, como a cefoxitina<br />

e o cefotetam, e cefalosporinas <strong>de</strong> terceira geração,<br />

como o ceftriaxona. A combinação antimicrobiana<br />

po<strong>de</strong> ser feita com penicilina e uma cefalosporina <strong>de</strong><br />

primeira geração ou clindamicina com uma fluoroquinolona<br />

(para pacientes alérgicos a penicilinas)<br />

(10,14,16) . A doxicilina também é um bom agente<br />

para pacientes alérgicos a penicilina, mas o seu uso<br />

é contra-indicado para gestantes e crianças menores<br />

<strong>de</strong> 8 anos. Nestes casos, a azitromicina po<strong>de</strong> ser uma<br />

substituição alternativa.<br />

Os antibióticos tipicamente usados para infecções<br />

<strong>de</strong> pele e partes moles, como as penicilinas<br />

antiestafilococos, as cefalosporinas <strong>de</strong> primeira<br />

geração, eritromicina, dicloxacilina e clindamicina são<br />

menos ativas contra as espécies <strong>de</strong> Pasteurella e,<br />

portanto, o seu uso isolado <strong>de</strong>ve ser evitado (10,20,21)<br />

. A<br />

maioria dos isolados <strong>de</strong> Pasteurella parece ser sensível<br />

à tetraciclina, mas alguns autores relatam ter<br />

encontrado uma menor sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses isolados<br />

tanto para sulfametoxazol/trimetoprima como para<br />

tetraciclinas (21,22)<br />

.<br />

Os antimicrobianos mais recentes, como os<br />

cetolí<strong>de</strong>os e as novas fluoroquinolonas, têm uma boa<br />

ativida<strong>de</strong> “in vitro” (10,11)<br />

.<br />

Devido ao risco <strong>de</strong> tétano <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> mordidas <strong>de</strong><br />

animais <strong>de</strong> toda espécie, é necessário fazer profilaxia<br />

antitetânica com imunoglobulina e/ou toxói<strong>de</strong> tetânico.<br />

Como toda mordida <strong>de</strong> mamíferos po<strong>de</strong> transmitir raiva,<br />

também se faz necessária profilaxia a<strong>de</strong>quada para<br />

esta doença.<br />

O paciente envolvido neste relato <strong>de</strong> caso parece<br />

ter recebido inicialmente o tratamento a<strong>de</strong>quado.<br />

Entretanto, três dias após o inci<strong>de</strong>nte foi recuperada<br />

na cultura da secreção do abscesso uma cepa <strong>de</strong><br />

Pasteurella multocida. A razão da progressão para<br />

um quadro infeccioso, com a presença do agente na<br />

lesão apesar do tratamento, levanta as seguintes<br />

hipóteses: será que houve uma limpeza a<strong>de</strong>quada da<br />

ferida antes <strong>de</strong> se fazer a sutura? A sutura aumentou<br />

o risco <strong>de</strong> infecção? Houve falha clínica no tratamento<br />

com tetraciclina? O paciente não usou a dose<br />

a<strong>de</strong>quada do antibiótico? (4 comprimidos tomados<br />

em 3 dias. Quantos miligramas?)<br />

54<br />

A microbiologia das mordidas que se transformam<br />

em feridas infectadas envolve uma mistura <strong>de</strong><br />

microrganismos aeróbios e anaeróbios. Todos os<br />

fatores predisponentes para infecção <strong>de</strong>vem ser<br />

i<strong>de</strong>ntificados.<br />

Pasteurella multocida é um patógeno importante<br />

que po<strong>de</strong> invadir a corrente sangüínea e resultar em<br />

complicações potencialmente severas. Os clínicos e<br />

microbiologistas <strong>de</strong>vem permanecer atentos para todas<br />

as condições <strong>de</strong> doença que esse microrganismo po<strong>de</strong><br />

causar e suspeitar sempre <strong>de</strong>sse agente quando se<br />

estiver diante <strong>de</strong> casos on<strong>de</strong> o paciente teve contato<br />

próximo com animais.<br />

Referências<br />

1. Holmes B, Pickett MJ, Hollis DG. Pasteurella. In: Murray<br />

PR, Baron EJ, Pfaller MA, Tenover FC, Yolken RH. Ed.<br />

Manual of Clinical Microbiology. 7th ed. Washington DC:<br />

ASM Press, 1999. p. 632-637.<br />

2. Swartz MN. Yersinia, Francisella, Pasteurella and<br />

Brucella. In: Davis, BD, Dulbecco R, Eisen HN, Ginsberg<br />

HS. Ed. Microbiology. 4th ed. Phila<strong>de</strong>lphia: J. B.<br />

Lippincott Company, 1990. p. 601-614.<br />

3. Koneman EW, Allen SD, Janda WM, Schreckenberger<br />

PC, Winn Jr WC. Color atlas and textbook of diagnostic<br />

microbiology. 4th ed. Phila<strong>de</strong>lphia: J B Lippincott<br />

Company, 1992. p. 324-327.<br />

4. Koch CA, Mabee CL, Robyn JA, Koletar SL, Metz EN.<br />

Exposure to domestic cats: risk factor for Pasteurella<br />

multocida peritonitis in liver cirrhosis? Am J Gastroenterol<br />

1996;91:1447-1449.<br />

5. Brivet F, Gilbert M, Barthelemy P, et al. Pasteurella<br />

multocida sepsis after hemorrhagic shock in a cirrotic<br />

patient: possible role of endoscopic procedures and gastrointestinal<br />

translocation (letter). Clin Infect Dis<br />

1994;18: 842-843.<br />

6. Rollof F, Johansson PJ, Holst E. Severe Pasteurella<br />

multocida infections in pregnant woman. Scand Infec<br />

Dis 1992;24:453-456.<br />

7. Layton CT. Pasteurella multocida meningitis and septic<br />

arthritis secondary to a cat bite. J Emerg Medicine<br />

1999;17(3):445-448.<br />

8. Guerin JM, Mofredj A, Raskine L, Leibinger F. Septicemie<br />

et meningite purulente a Pasteurella multocida chez um<br />

patiente VIH+. La Presse Medicale 1994;23:631.<br />

9. Jones N, Manikhant K. Infect dogs and cats bitten (letter).<br />

N Engl J Med 1999;340:1841.<br />

10.Talan DA, Citron DM, Abrahamian FM et al. Bacteriologic<br />

analysis of infect dog and cats bites. N Engl J Med<br />

1999;340:85-92.<br />

11.Dutta, JK. Fulminant infection by uncommon organisms<br />

in animal bite wounds. Postgrad Med J 1998;74<br />

(876):611-612.<br />

12.Goldstein EJC. Current concepts on animal bites:<br />

bacteriology and therapy. Curr Clin Top Infect Dis<br />

1999;19:99-111.<br />

13.Brue C, Chosidow O. Pasteurella multocida wound<br />

infection and cellulitis. Int Dermatol 1994;33:471-473.


14.Goldstein EJC. Outpatient management of dog and cat<br />

bite wounds. Fam Pract Recerfication 2000;22:67-86.<br />

15.Centers for Disease Control and Prevention. Human<br />

Rabies Prevention - United States, 1999. Recommendations<br />

of the Advisory Committee on Immunization<br />

Practices (ACIP). MMWR Morb Mortal Wkly Rep<br />

1999;48(RR-1):1-21.<br />

16.Lewis KT, Stiles M. Management of cat and dog bites. Am<br />

Fam Physician 1995;52:479-485.<br />

17.Fleisher GR. Management of bite wounds. N Engl J Med<br />

1999;341:138-140.<br />

18.Abrahamian FM. Dog Bites: Bacteriology, Management,<br />

and Prevention. Curr Infect Dis Rep 2000;2(5):446-453.<br />

19.Callaham ML. Prophylactic antibiotics in dog bite wounds:<br />

Nipping at the heels of progress. Ann Emerg Med<br />

1994;23:577-579.<br />

20.Callahan ML. Treatment of common dog bites: Infection<br />

risk factors. JACEP (J of the American College of<br />

Emergency Physicians) 1978;7:83-87.<br />

Carvalho et al • Pasteurella multocida após mor<strong>de</strong>dura <strong>de</strong> cão...<br />

21.Weber DJ, Wolfson JS, Swartz MN, Hooper, DC. Pasteurella<br />

multocida infections: Report of 34 cases and review of<br />

the literature. Medicine (Baltimore) 1984; 63:133-154.<br />

22.Goldstein EJC, Citron DM. Comparative activities of<br />

cefuroxime, amoxicillin-clavulanic acid, ciprofloxacin,<br />

enoxacin and ofloxacin against aerobic and anaerobic<br />

bacteria isolated from bite wounds. Antimicrob Agents<br />

Chemother 1998;32:1143-1148.<br />

Correspondência:<br />

Dra. Ana Lúcia Innaco <strong>de</strong> Carvalho<br />

Instituto <strong>de</strong> Infectologia Emílio Ribas -<br />

Laboratório Clínico - Av. Dr. Arnaldo, 165, 1º andar,<br />

São Paulo, Brasil, CEP 01246-910.<br />

Tel.: +55 11 3896-1253<br />

e-mail: analuic@uol.com.br<br />

55


<strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> • Volumen 6 • Nº 1 • Ene-Mar/2004<br />

56<br />

Lesão em face e couro cabeludo pelo<br />

papilomavírus humano (HPV) em paciente<br />

com Aids: Relato <strong>de</strong> caso<br />

Facial and scalp lesion from HPV in an AIDS’s patient: Case report<br />

Érika Ferrari Rafael da Silva<br />

Marco Antonio Paschoalin<br />

Luiza Keiko Oyafuso<br />

Sérgio Cimerman<br />

Instituto <strong>de</strong> Infectologia<br />

Emilio Ribas <strong>de</strong> São Paulo, SP.<br />

Rev Panam Infectol 2004;6(1):56-58.<br />

Recibido en 3/10/2003.<br />

Acepto para publicación en 2/12/2003.<br />

Resumo<br />

Os autores <strong>de</strong>screvem um caso <strong>de</strong> paciente com Aids e lesões<br />

verrucosas em face e couro cabeludo por papilomavírus humano<br />

(HPV) <strong>de</strong> evolução não habitual. As lesões foram submetidas a<br />

tratamento tópico convencional não respon<strong>de</strong>ndo conforme o<br />

esperado. O paciente não se mostrava a<strong>de</strong>rente ao tratamento antiretroviral,<br />

além <strong>de</strong> evoluir para um quadro <strong>de</strong> insuficiência hepática<br />

à custa <strong>de</strong> hepatite C. É necessário que ocorra a reconstituição<br />

imune para que as infecções <strong>de</strong>correntes da imunossupressão<br />

causada pela infecção pelo vírus da imuno<strong>de</strong>ficiência humana (HIV)<br />

respondam ao tratamento habitual.<br />

Palavras-chave: Aids, Lesões <strong>de</strong> pele, HPV.<br />

Abstract<br />

The authors report a case of an AIDS’s patient with wart lesions<br />

in the face caused by Human Papillomavirus (HPV), with no usual<br />

evolution. The lesions were submited to the usual topic treatment<br />

and did not reply accordingly. The patient was not adherent to<br />

antiretroviral therapy and <strong>de</strong>veloped hepatic failure due to hepatitis<br />

C. In or<strong>de</strong>r to respond to the usual treatment, the immune<br />

reconstitution is expected for the infections caused by the<br />

immunosuppression of the human immuno<strong>de</strong>ficiency virus (HIV).<br />

Key words: Aids, Skin lesions and HPV.<br />

Introdução<br />

Pacientes imunossuprimidos estão sob risco <strong>de</strong> infecção pelo<br />

papilomavírus humano (HPV); <strong>de</strong>ntre estes merecem atenção os<br />

portadores do vírus da imuno<strong>de</strong>ficiência adquirida humana (HIV).<br />

Indivíduos HIV positivos apresentam mais lesões na face e mãos<br />

quando comparados a pacientes HIV negativos (1-3)<br />

. A prevalência<br />

das lesões verrucosas é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da intensida<strong>de</strong> e duração da<br />

imunossupressão (4)<br />

. Os autores <strong>de</strong>screvem um caso <strong>de</strong> paciente com<br />

Aids e lesões verrucosas <strong>de</strong> evolução não convencional em face e<br />

couro cabeludo.


Relato do caso<br />

G.F., masculino, 35 anos, natural <strong>de</strong> Ipanema (MG),<br />

proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> São Paulo há 35 anos, branco, solteiro<br />

e auxiliar <strong>de</strong> escritório. Paciente HIV positivo há seis<br />

anos com queixa <strong>de</strong> verrugas na face há dois anos. As<br />

lesões iniciaram-se na face em região malar direita e<br />

lábios acompanhadas apenas <strong>de</strong> prurido (figura 1).<br />

Paciente foi submetido a tratamento clássico com<br />

cauterização química e terapia anti-retroviral (TARV)<br />

com estavudina, lamivudina e efavirenz, verificandose<br />

melhora das lesões conforme se evi<strong>de</strong>ncia<br />

claramente na figura 2. Um ano após este tratamento,<br />

o paciente volta a apresentar lesões semelhantes,<br />

porém em caráter disseminado, comprometendo toda<br />

a face e o couro cabeludo. Foi proposto um novo ciclo<br />

<strong>de</strong> terapia tópica com ácido tricloroacético em várias<br />

porcentagens com regressão parcial do quadro. Após<br />

três meses apresentou recru<strong>de</strong>scência das lesões, com<br />

acometimento também <strong>de</strong> genitália e cavida<strong>de</strong> oral.<br />

Devido ao exposto, optou-se pela realização <strong>de</strong> biópsia<br />

<strong>de</strong> pele em face que revelou processo inflamatório<br />

crônico com acantose e papilomatose. Como alicerce<br />

diagnóstico proce<strong>de</strong>mos a feitura da reação <strong>de</strong><br />

imunoperoxidase do material para HPV com resultado<br />

policlonal (HPV genérico VASP positivo) e à pesquisa<br />

com reação <strong>de</strong> hibridização in situ para os papilomavírus<br />

6, 11, 16 e 18 resultou negativa. O<br />

paciente estava em acompanhamento ambulatorial<br />

com resistência aos tratamentos convencionais para o<br />

HPV e como ressalva não era a<strong>de</strong>rente à TARV.<br />

Apresentava contagem <strong>de</strong> células CD4 <strong>de</strong> 28 céls./<br />

mm 3<br />

e carga viral <strong>de</strong> 139.000 cópias/ml em maio <strong>de</strong><br />

2003. Foi internado em julho <strong>de</strong> 2003 por quadro <strong>de</strong><br />

insuficiência hepática pelo vírus da hepatite C,<br />

evoluindo para óbito nesta internação por quadro <strong>de</strong><br />

sepse e <strong>de</strong> falência hepática.<br />

Discussão<br />

As lesões cutâneas induzidas pelo HPV ocorrem<br />

com maior freqüência, gravida<strong>de</strong> e recidivas em<br />

portadores <strong>de</strong> HIV, sendo comum a presença <strong>de</strong><br />

verrugas <strong>de</strong> difícil tratamento. Pacientes imunossuprimidos<br />

<strong>de</strong> alguma forma permitem a expressão <strong>de</strong><br />

vírus <strong>de</strong> formas mais agressivas, como no caso do HPV<br />

<strong>de</strong>scrito acima. O diagnóstico <strong>de</strong>rmatológico da<br />

infecção pelo HPV é fundamentalmente clínico,<br />

baseado nas características morfológicas e topográficas<br />

das lesões. Quando há dúvidas po<strong>de</strong>-se recorrer à<br />

biópsia para estudo anatomopatológico. Chama a<br />

atenção o fato <strong>de</strong> não conseguirmos isolar nas lesões<br />

os subtipos mais freqüentes <strong>de</strong> HPV (6, 11, 16, 18),<br />

o que reafirma o fato da imunossupressão permitir a<br />

invasão e disseminação <strong>de</strong> outros subtipos habitualmente<br />

não encontrados. A imunossupressão é tão<br />

Silva et al • Lesão em face e couro cabeludo pelo papilomavírus humano...<br />

Figura 1. Foto do paciente antes do tratamento.<br />

Figura 2. Foto do paciente após o tratamento com<br />

cauterização química e terapia anti-retroviral.<br />

importante para a disseminação <strong>de</strong> infecções que após<br />

a TARV iniciada e queda da carga viral, o paciente<br />

apresentou melhora clínica com diminuição das lesões.<br />

A ação combinada <strong>de</strong> TARV com o ácido tricloroacético<br />

mostrou ser muito eficaz para tais casos e provavelmente<br />

se o nosso paciente tivesse sido mais<br />

a<strong>de</strong>rente aos esquemas anti-retrovirais propostos e sem<br />

as alterações <strong>de</strong> cunho, hepático po<strong>de</strong>ríamos ter<br />

observado resultados mais satisfatórios.<br />

Conclusão<br />

Após a introdução da TARV houve diminuição da<br />

mortalida<strong>de</strong> pelo HIV <strong>de</strong>vido à melhora da imunida<strong>de</strong><br />

e redução notável <strong>de</strong> doenças oportunistas. A<br />

imuno<strong>de</strong>pressão induzida pelo HIV está relacionada<br />

com altos índices <strong>de</strong> prevalência <strong>de</strong> infecções<br />

oportunistas, tais como a infecção pelo HPV.<br />

57


Consi<strong>de</strong>rando que exista um efeito direto da TARV na<br />

imunida<strong>de</strong> e na ocorrência <strong>de</strong> doenças oportunistas,<br />

é mandatório que ocorra a reconstituição imune para<br />

que se obtenha melhora com o tratamento convencional<br />

contra o HPV, que nos pacientes com Aids<br />

apresenta-se como um quadro disseminado e refratário<br />

ao tratamento clássico utilizado habitualmente.<br />

Referências<br />

1. Cobb MW. Human papillomavirus infection. J Am Acad<br />

Dermatol 1990;22:547-566.<br />

2. Del Mistro A, Bianchi LC. HPV-related neoplasias in<br />

HIV-infected individual. Eur J of Cancer 2001;37:1227-<br />

1235.<br />

3. King DM, Reznik DA et al. Human papillomavirus-<br />

58<br />

associated oral warts among human immuno<strong>de</strong>ficiency<br />

virus seropositive in the era of the highly active<br />

antiretroviral therapy: Emerging infection. Clin Infect<br />

Dis 2002;34:641-648.<br />

4. Majewski S, Jablonska S. Human papillomavirusassociated<br />

tumors of the skin and mucosa. J Am Acad<br />

Dermatol 1997;36:659-685.<br />

Correspondência:<br />

Dra. Érika Ferrari Rafael da Silva<br />

Tel.: +55 11 3681-4249<br />

Fax: +55 11 3681-6354<br />

e-mail: erikaferrari@uol.com.br


Homenagem: Ivan <strong>de</strong> Oliveira Castro<br />

Goiano <strong>de</strong> Ipameri, nasceu em 12 <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 1939, veio a São Paulo com seus pais em 1946,<br />

on<strong>de</strong> seu pai, um gran<strong>de</strong> artífice <strong>de</strong> roupas<br />

masculinas, alfaiate na verda<strong>de</strong>ira acepção da palavra,<br />

estabeleceu-se com suas áreas <strong>de</strong> produção e vendas,<br />

educando-o nos caminhos da religião Batista. Des<strong>de</strong><br />

a juventu<strong>de</strong> conheceu a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

estruturar na situação <strong>de</strong> filho único e avi<strong>de</strong>z na busca<br />

<strong>de</strong> conhecimento que pu<strong>de</strong>sse fundamentar a razão<br />

da vida e o respeito pelo universo.<br />

Neste enfoque, concluiu a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filosofia<br />

e Letras da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, formando-se<br />

em Biologia e Botânica em 1963, ingressando nesse<br />

ano na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Santa Casa<br />

<strong>de</strong> São Paulo. Seus conhecimentos em biologia e<br />

botânica sempre permearam todas as ativida<strong>de</strong>s no<br />

estudo da medicina, diferenciando-o entre os colegas<br />

pela sua seqüência i<strong>de</strong>atória lógica e clara. Estudioso<br />

da filosofia grega clássica, possuía um raciocínio claro,<br />

conseqüente e um tirocínio brilhante. Sempre<br />

evi<strong>de</strong>nciou um espírito <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> e carisma,<br />

tornando-se um professor com didática exuberante,<br />

aplicando os princípios socráticos <strong>de</strong> crítica e<br />

maiêutica, angariando alta respeitabilida<strong>de</strong> e<br />

admiração <strong>de</strong> seus alunos. Lecionou em gran<strong>de</strong>s e<br />

respeitadas instituições <strong>de</strong> ensino, como a Escola<br />

Paulista <strong>de</strong> Medicina, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong><br />

Taubaté, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Mogi das Cruzes<br />

e Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Santo Amaro.<br />

Foi um dos alicerces da Residência Médica em<br />

Infectologia no Hospital Emílio Ribas. Sempre se<br />

<strong>de</strong>stacou pela sua <strong>de</strong>dicação aos doentes e à<br />

instituição, exercendo os preceitos médicos com<br />

brilhantismo, seja na ciência, seja no aspecto ético e<br />

humano. Foi um gran<strong>de</strong> amigo, colega e médico<br />

excepcional. Faleceu em 25 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2003,<br />

em plena ativida<strong>de</strong> profissional e produção científica.<br />

George Schulte<br />

Médico Titular, Neurocirurgião e Infectologista do<br />

Instituto <strong>de</strong> Infectologia Emílio Ribas, São Paulo, SP, Brasil.<br />

Nova Diretoria Hospital no México<br />

Foi recentemente nomeado novo diretor do<br />

Hospital Infantil do México “Fre<strong>de</strong>rico Gómez”, o Dr.<br />

José Ignacio Santos Preciato (ex-presi<strong>de</strong>nte da API).<br />

II Congresso Internacional <strong>de</strong><br />

Dengue e Febre Amarela<br />

31 <strong>de</strong> maio a 3 <strong>de</strong> junho/2004<br />

Havana, Cuba<br />

e-mail: Gkouri@ipk.sld.cu<br />

www.cidfa2004.cu<br />

III Congresso Internacional <strong>de</strong> Infectologia<br />

15 a 17 <strong>de</strong> julho/2004<br />

Guaiaquil, Equador<br />

e-mail: aleman@telconet.net<br />

III Congresso Centro-Americano e do Caribe<br />

25 a 29 <strong>de</strong> agosto/2004<br />

Santo Domingo, República Dominicana<br />

e-mail: jferis@cerss.gov.do<br />

IDSA 2004 Annual Meeting<br />

Infectious Diseases Society of America<br />

30 <strong>de</strong> setembro a 3 <strong>de</strong> outubro/2004<br />

Boston, EUA<br />

Tel.: (703) 299-0200<br />

e-mail: info@idsociety.org<br />

www.idsociety.org<br />

17º Congresso Latino-Americano<br />

<strong>de</strong> Microbiologia<br />

10° Congresso Argentino <strong>de</strong> Microbiologia<br />

18 a 21 <strong>de</strong> outubro/2004<br />

Buenos Aires, Argentina<br />

e-mail: jmcasellas@arnet.com.ar<br />

44 th Annual ICAAC<br />

American Society for Microbiology<br />

30 <strong>de</strong> outubro a 2 <strong>de</strong> novembro/2004<br />

Washington, EUA<br />

e-mail: ICAAC@asmusa.org<br />

www.icaac.org<br />

II Congresso Internacional <strong>de</strong><br />

Infectologia do Cone Sul<br />

Associação Pan-Americana <strong>de</strong> Infectologia<br />

2 a 4 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro/2004<br />

São Paulo, Brasil<br />

Tel.: (11) 3141-0707<br />

e-mail: planetevents@planetevents.com.br<br />

59


La <strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> es el órgano oficial<br />

<strong>de</strong> divulgación <strong>de</strong> la Asociación <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> (API)<br />

y tiene como principal objetivo establecer un eje <strong>de</strong> comunicación<br />

e integración entre los infectólogos <strong>de</strong> las Américas. La publicación<br />

es trimestral y es distribuída en hospitales, clínicas, instituciones<br />

educadoras y <strong>de</strong> investigación. Nuestros principales lectores son<br />

especialistas en enfermeda<strong>de</strong>s infecciosas y otros profesionales<br />

<strong>de</strong> áreas afines. El contenido <strong>de</strong> la revista pue<strong>de</strong> ser consultado<br />

vía internet, en el sitio www.revista.api.com<br />

La revista recibe trabajos en español y portugués, y está<br />

constituida por secciones <strong>de</strong> editorial, artículos originales, artículos<br />

<strong>de</strong> revisión (atualizacción), notas previas/cartas al editor y relatos<br />

<strong>de</strong> casos. Asimismo, la revista ofrece cobertura e información sobre<br />

los principales eventos científicos relacionados a la especialidad.<br />

En situaciones especiales, el Editor-Jefe podrá aceptar artículos<br />

escritos en inglés; artículos <strong>de</strong> revisión (atualizacción) serán<br />

solicitados según criterio <strong>de</strong>l Editor-Jefe.<br />

Los manuscritos serán dirigidos al Prof. Dr. Sérgio Cimerman,<br />

Editor <strong>de</strong> la <strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong>. El texto pue<strong>de</strong><br />

remitirse por vía electrónica a la dirección office.editora@<br />

uol.com.br, o por correo postal, en triplicado, a la dirección Office<br />

Editora e Publicida<strong>de</strong> Ltda., R. Gen. Eloy Alfaro, 239 - CEP 04139-<br />

060, Chácara Inglesa, São Paulo - SP - Brasil. Tel.: 55 -11-<br />

5594.1770 / 5594.5455. Fax: 55 -11-275.6813.<br />

El texto se remitirá en hojas DIN-A4 por una sola cara, con un<br />

margen no inferior a 25 mm, a doble espacio y un tamaño <strong>de</strong> letra<br />

<strong>de</strong> 12 cpi (arial). Se numerarán las hojas consecutivamente.<br />

Siempre <strong>de</strong>berá acompañar a las versiones escritas, una versión<br />

en soporte informático. Debe utilizarse un computador <strong>de</strong> textos<br />

habitual (Word o Wordperfect). El disquete <strong>de</strong>be ser <strong>de</strong>bidamente<br />

i<strong>de</strong>ntificado, indicándose el título <strong>de</strong>l trabajo y el nombre <strong>de</strong>l autor<br />

principal.<br />

La extensión recomendada para los artículos originales y <strong>de</strong><br />

revisión será <strong>de</strong> 12 páginas (DIN-A4). Se aceptará un máximo <strong>de</strong><br />

30 referencias bibliográficas y hasta 6 figuras y tablas. Las unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> medida en cualquier sección se expresarán en el sistema<br />

internacional (SI). La extensión máxima recomendada para las notas<br />

previas, relatos <strong>de</strong> casos y cartas al editor será <strong>de</strong> 4 páginas (DIN-<br />

A4). Se aceptará un máximo <strong>de</strong> 15 referencias bibliográficas y<br />

hasta 2 figuras y/o tablas.<br />

Los trabajos serán evaluados por el Editor y por dos especialistas<br />

anónimos elegidos entre los miembros <strong>de</strong>l Comité Editorial y entre<br />

los afiliados <strong>de</strong> la Asociación <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> con<br />

reconocida experiencia en el asunto. El Comité Editorial tiene la<br />

facultad <strong>de</strong> rechazar aquellos trabajos que no juzgue apropiados,<br />

así como <strong>de</strong> proponer modificaciones cuando lo consi<strong>de</strong>re<br />

necesario. La correspon<strong>de</strong>ncia con los autores será realizada,<br />

siempre que sea posible, por correo electrónico.<br />

Los manuscritos <strong>de</strong>ben <strong>de</strong> seguir la siguiente estructura:<br />

60<br />

1. Carta <strong>de</strong> presentación<br />

Los trabajos <strong>de</strong>berán ser precedidos <strong>de</strong> una carta <strong>de</strong> presentación<br />

dirigida al Editor <strong>de</strong> la <strong>Revista</strong>, en la que se incluya el título <strong>de</strong>l<br />

trabajo, un párrafo <strong>de</strong>stacando la importancia <strong>de</strong>l artículo y la sección<br />

en la que se solicita la publicación. Los autores <strong>de</strong>ben explicitar<br />

que el trabajo no ha sido publicado con anterioridad ni ha sido<br />

enviado simultáneamente a otra revista. Asimismo, se indicará que<br />

todos los autores están <strong>de</strong> acuerdo con el contenido <strong>de</strong>l trabajo, que<br />

ce<strong>de</strong>n los <strong>de</strong>rechos <strong>de</strong> publicación a la <strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Infectología</strong> y que no existen conflicto <strong>de</strong> intereses.<br />

2. Primera página<br />

La primera página <strong>de</strong>l trabajo incluirá obligatoriamente los<br />

siguientes puntos:<br />

Título <strong>de</strong>l trabajo en el idioma original (español o portugués) y<br />

en inglés.<br />

Nombre completo <strong>de</strong> los autores, sin abreviaciones. Los autores<br />

<strong>de</strong>berán indicar la forma en que <strong>de</strong>seen que sean citados.<br />

Nombre completo <strong>de</strong> la unidad y <strong>de</strong>l centro <strong>de</strong> trabajo.<br />

Información <strong>de</strong>tallada sobre el apoyo financiero, si fuera el caso.<br />

Nombre, dirección, e-mail y número <strong>de</strong> tel./fax <strong>de</strong>l autor<br />

<strong>de</strong>signado para la correspon<strong>de</strong>ncia.<br />

3. Resumen<br />

El resumen <strong>de</strong>be presentar los siguientes puntos:<br />

Ser enviado en el idioma original (español o portugués) y en inglés.<br />

Extensión máxima <strong>de</strong> 250 palabras para los artículos originales y<br />

revisiones, y <strong>de</strong> 100 palabras para las notas previas y relatos <strong>de</strong> casos.<br />

Ser informativos y no indicativos, explicando <strong>de</strong> forma clara los<br />

objetivos, métodos, resultados y conclusiones <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong>l estudio.<br />

Incluirán un mínimo <strong>de</strong> 3 y hasta un máximo <strong>de</strong> 10 palabras<br />

clave, en el idioma original y en inglés, empleadas en el In<strong>de</strong>x<br />

Medicus (Medical Subject Headings). Disponible en: http://<br />

www.ncbi.nlm.gov/entrez/meshbrowser.cgi<br />

4. Cuerpo <strong>de</strong>l texto<br />

El manuscrito <strong>de</strong>be <strong>de</strong> ser dividido en las siguientes partes:<br />

Introducción: Debe <strong>de</strong> ser sucinta, proporcionando únicamente<br />

la información necesaria para compren<strong>de</strong>r el trabajo que será<br />

presentado posteriormente. No se <strong>de</strong>ben incluir datos ni<br />

conclusiones. El último párrafo <strong>de</strong>berá exponer <strong>de</strong> forma clara los<br />

objetivos <strong>de</strong>l trabajo.<br />

Materiales (o Pacientes) y Métodos: Debe explicar la metodología<br />

utilizada, los criterios <strong>de</strong> selección empleados, información sobre la<br />

población estudiada, datos sobre los análisis estadísticos e<br />

información concerniente a los aspectos éticos <strong>de</strong>l estudio. En caso<br />

<strong>de</strong> experimentación con seres humanos, es obligatorio el<br />

cumplimiento <strong>de</strong> los acuerdos <strong>de</strong> la Declaración <strong>de</strong> Helsinki (revisión<br />

<strong>de</strong>l año 2000). Los nombres comerciales <strong>de</strong> los medicamentos <strong>de</strong>ben<br />

ser acompañados <strong>de</strong>l nombre genérico correspondiente,<br />

esclareciendo siempre las dosis y la vías <strong>de</strong> administración.<br />

Resultados: Deben <strong>de</strong> exponerse exclusivamente la <strong>de</strong>scripción<br />

y no la interpretación <strong>de</strong> los datos obtenidos con la metodología<br />

utilizada en el trabajo. Deben <strong>de</strong> resumir las observaciones más


importantes, con cuidado <strong>de</strong> no repetir las informaciones mostradas<br />

en tablas, figuras o gráficos. En caso que se requiera presentar un<br />

volumen gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> datos, <strong>de</strong>berá preferirse los gráficos en lugar<br />

<strong>de</strong> las tablas.<br />

Discusión: Deben <strong>de</strong> resaltarse las conclusiones y los aspectos<br />

más importantes <strong>de</strong>l trabajo. Deberá evitarse repetir las informaciones<br />

ya presentadas. Se resaltarán las inferencias <strong>de</strong> los resultados, las<br />

<strong>de</strong>ducciones elaboradas y también las limitaciones <strong>de</strong>l estudio.<br />

Deberá <strong>de</strong> comparase los resultados con los <strong>de</strong> otros estudios y<br />

confrontar las observaciones <strong>final</strong>es con los objetivos <strong>de</strong>l trabajo.<br />

Agra<strong>de</strong>cimientos: Deben ser limitados a los individuos e<br />

instituciones que efectivamente contribuyeron para la realización<br />

<strong>de</strong>l estudio.<br />

5. Material ilustrativo<br />

Cualquier material utilizado para ilustrar el trabajo (tablas,<br />

figuras o fotografías) <strong>de</strong>be ser presentado en hojas aparte, al <strong>final</strong><br />

<strong>de</strong>l texto, cada una en una página diferente.<br />

Tablas: Deben ser numeradas conforme el or<strong>de</strong>n <strong>de</strong><br />

aparecimiento en el texto, utilizando número arábigos y <strong>de</strong>ben ser<br />

autoexplicativas. El título <strong>de</strong>be ser sucinto e informativo. Las<br />

observaciones necesarias para esclarecer abreviaturas u otros serán<br />

colocadas al pié <strong>de</strong> la tabla. El formato <strong>de</strong> la misma <strong>de</strong>be <strong>de</strong> utilizar<br />

los comandos <strong>de</strong> tabulación (tab) y nueva línea (enter).<br />

Figuras: Deben <strong>de</strong> ser numeradas conforme or<strong>de</strong>n <strong>de</strong><br />

aparecimiento en el texto, en números arábigos. Todas las<br />

explicaciones <strong>de</strong>ben <strong>de</strong> ser presentadas en las legendas. Los<br />

gráficos y figuras <strong>de</strong>ben <strong>de</strong> ser enviados en ”power point”. En el<br />

caso <strong>de</strong> figuras y fotografías, se <strong>de</strong>berá colocar en el dorso una<br />

etiqueta adhesiva en la que se indique el nombre <strong>de</strong>l primer autor<br />

y una flecha señalando el margen superior. Las fotografías digitales<br />

<strong>de</strong>ben <strong>de</strong> ser enviadas con buena <strong>de</strong>finición (mínimo 300 DPI).<br />

De ser necesario, utilizar siempre imágenes producidas por<br />

impresoras <strong>de</strong> alta resolución y en blanco y negro.<br />

6. Referencias bibliográficas<br />

Las referencias <strong>de</strong>ben ser numeradas consecutivamente en el<br />

or<strong>de</strong>n en que fueron mencionadas en el texto, <strong>de</strong>biendo ser<br />

i<strong>de</strong>ntificadas en números arábigos colocados como exponentes.<br />

Los nombres <strong>de</strong> las revistas <strong>de</strong>ben ser abreviados <strong>de</strong> acuerdo con<br />

el “In<strong>de</strong>x Medicus”, disponible en: http:// www.ncbi. nlm.gov/entrez/<br />

jrbrowser.cgi. Las citas <strong>de</strong>berán comprobarse sobre los artículos<br />

originales y se or<strong>de</strong>narán según las normas <strong>de</strong> Vancouver (1997,<br />

edición revisada <strong>de</strong> Octubre <strong>de</strong> 2001), disponible en: http://<br />

www.icmje.org. Si los autores son 6 o menos, todos <strong>de</strong>berán ser<br />

citados. Si son 7 o más, se citarán los 6 primeros y se añadirá la<br />

expresión et al. No se emplearán frases como “comunicaciones<br />

personales”. Los trabajos aceptados y no publicados en el momento<br />

<strong>de</strong> ser citados pue<strong>de</strong>n ser incluidos en las referencias, especificando<br />

el nombre <strong>de</strong> la revista, seguido <strong>de</strong> la expresión “en prensa” entre<br />

paréntesis. A continuación se citan algunos ejemplos <strong>de</strong> los<br />

principales tipos <strong>de</strong> referencias utilizadas.<br />

a) Artículo <strong>de</strong> revista:<br />

1. Bryan CS, Reynolds KL. Bacteremic nosocomial pneumonia.<br />

Am Respir Dis 1984;129:668-671.<br />

2. Carratala J, Gudiol R, Pallares R, Dorca J, Verdaguer R,<br />

Ariza J, et al. Risk factors for nosocomial Legionella pneumophila<br />

pneumonia. Am Rev Respir 1994;149:625-629.<br />

b) Trabajo publicado por una institución o corporación:<br />

Ministerio <strong>de</strong> Sanidad y Consumo. Liga Española Para la Lucha<br />

Contra la Hipertensión. Sociedad Española <strong>de</strong> Hipertensión. Control<br />

<strong>de</strong> la hipertensión arterial en España. Rev Esp Salud Pública<br />

1996;70:139-210.<br />

c) Volumen con supplemento:<br />

Vogel F. Sequential therapy in the hospital management of lower<br />

respiratory infections. Am J Med 1995;99 (Supl 6B):13S-19S.<br />

d) Libros, tesis y monografías:<br />

1. Hawe P, Degeling D, Hall J. Evaluación en promoción <strong>de</strong> la<br />

salud. Guía para trabajadores <strong>de</strong> la salud. 1st ed. Barcelona:<br />

Masson; 1993.<br />

2. World Health Organization. International drug monitoring<br />

the role of national centers. Technical Report Series Nº 498.<br />

Geneva: 1972.<br />

3. Kaplan SJ. Post-hospital home health care: the el<strong>de</strong>rly`s<br />

access and utilization [dissertation]. St. Louis (MO): Washington<br />

Univ.; 1995.<br />

4. Núñes L. Aspectos clínicos, hematológicos e inmunológicos<br />

en la Estrongyloidiasis. Tesis. Universidad Central <strong>de</strong><br />

Venezuela; 1993.<br />

e) Capítulo <strong>de</strong> libro:<br />

Rawlins MD, Thompson JW. Mechanisms of adverse drugs reactions.<br />

En: Davies DM, editor. Textbook of Adverse Drug Reactions.<br />

4th ed. Oxford: Oxford University Press; 1991. p. 18-45.<br />

f) Resumen <strong>de</strong> congreso:<br />

Vettorello ML. A influência <strong>de</strong> fatores climáticos na incidência<br />

dos aci<strong>de</strong>ntes loxoscélicos no Município <strong>de</strong> Curitiba, no período<br />

<strong>de</strong> 1998 a 2001. XXXIX Congresso da Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong><br />

Medicina Tropical. 008 TL. Belém, 2003.<br />

g) Artículo <strong>de</strong> fuente o revista electrónica:<br />

1. The Counter Bioterrorism Research Agenda of the National<br />

Institute of Allergy and Infectious Diseases for CDC Category A<br />

Agents. Washington, DC: National Institute of Allergy and Infectious<br />

Diseases; February 2002. Disponible en: http://www.nih.gov/<br />

dmid/pdf/bioresearchagenda.pdf.<br />

2. Carucci JA, McGovern TW, Norton SA. Cutaneous anthrax<br />

management algorithm. J Am Acad Dermatol 2001; Nov 21.<br />

Disponible en: http://www.harcourthealth.com/scripts/ om.dll/<br />

serve?arttype=full&article=a121613.<br />

61


A <strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> é o órgão oficial <strong>de</strong><br />

divulgação da Asociación <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> (API) e<br />

tem como principal objetivo estabelecer um elo <strong>de</strong> comunicação e<br />

integração entre os infectologistas das Américas. A publicação é<br />

trimestral e é distribuída em hospitais, clínicas, instituições <strong>de</strong><br />

ensino e pesquisa. Nossos principais leitores são especialistas em<br />

doenças infecciosas e outros profissionais <strong>de</strong> áreas afins. O conteúdo<br />

da revista po<strong>de</strong> ser consultado via internet, no site<br />

www.revista.api.com<br />

A publicação aceita trabalhos em português e espanhol e abrange<br />

seções com editorial, artigos originais, artigos <strong>de</strong> revisão (atualização),<br />

notas prévias/cartas ao editor e relatos <strong>de</strong> casos. Além disso, a revista<br />

traz coberturas e informes sobre os principais eventos científicos relacionados<br />

à especialida<strong>de</strong>. Em situações especiais, po<strong>de</strong>rão ser aceitos<br />

artigos em língua inglesa a critério do Editor-Chefe; os artigos <strong>de</strong> revisão<br />

(atualização) serão solicitados a critério do Editor-Chefe.<br />

Os originais <strong>de</strong>vem ser encaminhados para o Prof. Dr. Sérgio<br />

Cimerman, Editor-Chefe da <strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong>.<br />

O texto po<strong>de</strong> ser remetido eletronicamente para o en<strong>de</strong>reço<br />

office.editora@uol.com.br, ou pelo correio, em três vias, para Office<br />

Editora e Publicida<strong>de</strong> Ltda., R. Gen. Eloy Alfaro, 239 - CEP 04139-<br />

060, Chácara Inglesa, São Paulo - SP - Brasil. Tel.: 55 - 11-<br />

5594.1770/5594.5455. Fax: 55 - 11-275.6813.<br />

O texto <strong>de</strong>ve ser enviado em folhas formato A4, somente frente,<br />

com margem mínima <strong>de</strong> 25 mm, em espaço duplo e em letras corpo<br />

12 e arial. As páginas <strong>de</strong>vem ser numeradas consecutivamente. As<br />

versões escritas sempre <strong>de</strong>vem vir acompanhadas <strong>de</strong> uma versão com<br />

suporte informatizado. Utilizar um processador <strong>de</strong> textos comum (Word<br />

ou Wordperfect). O disquete <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificado, indicando-se<br />

o título do trabalho e o nome do principal autor.<br />

A extensão recomendada para os artigos originais e <strong>de</strong> revisão<br />

é <strong>de</strong> 12 páginas (A4). Será aceito um máximo <strong>de</strong> 30 referências<br />

bibliográficas e até 6 figuras e tabelas. As unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medida<br />

para qualquer seção <strong>de</strong>vem basear-se no sistema internacional (SI).<br />

A extensão máxima recomendada para notas prévias/cartas ao editor<br />

e relatos <strong>de</strong> casos é <strong>de</strong> 4 páginas (A4). Será aceito um máximo<br />

<strong>de</strong> 15 referências bibliográficas e até 2 figuras e/ou tabelas.<br />

Os trabalhos serão avaliados pelo Editor e por dois especialistas<br />

anônimos selecionados entre os membros do Comitê Editorial,<br />

entre os afiliados da Asociación <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> e<br />

profissionais da área da saú<strong>de</strong> com respeitabilida<strong>de</strong> no tema <strong>de</strong>signado.<br />

O Comitê Editorial tem a prerrogativa <strong>de</strong> rejeitar trabalhos<br />

que julgar inapropriados, assim como propor alterações que<br />

consi<strong>de</strong>rar necessárias. A correspondência com os autores será<br />

realizada, sempre que possível, por correio eletrônico.<br />

Os manuscritos <strong>de</strong>vem acompanhar a seguinte estrutura:<br />

1. Carta <strong>de</strong> apresentação<br />

Os trabalhos <strong>de</strong>verão ser precedidos <strong>de</strong> uma carta <strong>de</strong> apresentação<br />

dirigida ao Editor da <strong>Revista</strong>, contendo o título do trabalho,<br />

um parágrafo <strong>de</strong>stacando a importância do artigo e a seção pretendida<br />

para a publicação. Os autores <strong>de</strong>vem explicitar que o tra-<br />

62<br />

balho não tenha sido publicado anteriormente e nem que tenha<br />

sido enviado simultaneamente para outra revista. Além disso, <strong>de</strong>vese<br />

indicar que todos os autores estão <strong>de</strong> acordo com o conteúdo<br />

do trabalho, que ce<strong>de</strong>m os direitos <strong>de</strong> publicação para a <strong>Revista</strong><br />

<strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong> e que não há conflito <strong>de</strong> interesses.<br />

2. Primeira página<br />

A primeira página do trabalho obrigatoriamente <strong>de</strong>ve conter os<br />

seguintes itens:<br />

Título do trabalho no idioma original (português ou espanhol)<br />

e em inglês.<br />

Nome completo dos autores, sem abreviações. Os autores <strong>de</strong>verão<br />

indicar a forma pela qual <strong>de</strong>sejam ser citados.<br />

Nome completo da unida<strong>de</strong> e do centro <strong>de</strong> trabalho.<br />

Informação <strong>de</strong>talhada sobre eventual suporte financeiro.<br />

Nome, en<strong>de</strong>reço, e-mail e número <strong>de</strong> telefone/fax do autor<br />

encarregado da correspondência.<br />

3. Resumo<br />

O resumo <strong>de</strong>ve apresentar as seguintes características:<br />

Deve ser enviado no idioma original (português ou espanhol) e<br />

em inglês.<br />

A extensão máxima é <strong>de</strong> 250 palavras para artigos originais e<br />

revisões, e <strong>de</strong> 100 palavras para notas prévias e relatos <strong>de</strong> casos.<br />

Deve ser informativo e não indicativo, explicando claramente<br />

os objetivos, os métodos, os resultados e as conclusões <strong>de</strong>rivadas<br />

do estudo.<br />

Incluir um mínimo <strong>de</strong> 3 e até um máximo <strong>de</strong> 10 palavraschave,<br />

no idioma original e em inglês, empregadas no In<strong>de</strong>x Medicus<br />

(Medical Subject Headings). Disponível em http://www.<br />

ncbi.nlm.gov/entrez/meshbrowser.cgi<br />

4. Corpo do texto<br />

O manuscrito <strong>de</strong>ve ser dividido nas seguintes partes:<br />

Introdução: Deve ser sucinta, contendo unicamente a informação<br />

necessária para compreen<strong>de</strong>r o trabalho que será apresentado.<br />

Não <strong>de</strong>ve incluir dados nem conclusões. O último parágrafo<br />

<strong>de</strong>verá expor <strong>de</strong> forma clara os objetivos do trabalho.<br />

Materiais (ou Pacientes) e Métodos: Deve explicar a metodologia<br />

utilizada e os critérios <strong>de</strong> seleção empregados; conter informes sobre<br />

a população estudada, dados sobre análises estatísticas e sobre os<br />

aspectos éticos do estudo. Em caso <strong>de</strong> experimentos com seres humanos,<br />

é obrigatório o cumprimento dos acordos da Declaração <strong>de</strong><br />

Helsinque (revisão <strong>de</strong> 2000). Os nomes comerciais dos medicamentos<br />

<strong>de</strong>vem ser acompanhados do nome genérico correspon<strong>de</strong>nte, esclarecendo<br />

sempre as dosagens e as vias <strong>de</strong> administração.<br />

Resultados: Devem expor exclusivamente a <strong>de</strong>scrição e não a<br />

interpretação dos dados obtidos com a metodologia utilizada. Devem<br />

resumir as observações mais importantes, tomando-se o cuidado<br />

<strong>de</strong> não repetir as informações fornecidas por tabelas, figuras<br />

ou gráficos. Quando for necessário apresentar gran<strong>de</strong>s volumes <strong>de</strong><br />

dados, <strong>de</strong>ve-se dar preferência a gráficos em vez <strong>de</strong> tabelas.


Discussão: Deve ressaltar as conclusões e os aspectos mais<br />

importantes do trabalho e evitar a repetição <strong>de</strong> informações. Destacar<br />

as inferências dos resultados, as <strong>de</strong>duções efetuadas e também<br />

as limitações do estudo. Deve comparar os resultados com os<br />

obtidos por outros estudos e confrontar as observações finais com<br />

os objetivos propostos.<br />

Agra<strong>de</strong>cimentos: Devem ser limitados a indivíduos e instituições<br />

que efetivamente tenham contribuído para a realização do estudo.<br />

5. Material ilustrativo<br />

Todo material utilizado para ilustrar o trabalho (tabelas, figuras<br />

ou fotografias) <strong>de</strong>ve ser encaminhado em folhas à parte, no<br />

<strong>final</strong> do texto, utilizando-se uma página diferente para cada material<br />

apresentado.<br />

Tabelas: Devem ser numeradas conforme a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> aparecimento<br />

no texto, utilizando números arábicos e <strong>de</strong>vendo ser autoexplicativas.<br />

O título <strong>de</strong>ve ser sucinto e informativo. As observações<br />

necessárias para esclarecer abreviações ou outros <strong>de</strong>vem ser<br />

colocadas no pé da tabela. Para a formatação, utilizar os comandos<br />

<strong>de</strong> tabulação (tab) e nova linha (enter).<br />

Figuras: Devem ser numeradas conforme a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> aparecimento<br />

no texto, em números arábicos. Todas as explicações <strong>de</strong>vem<br />

ser apresentadas nas legendas. Os gráficos e figuras <strong>de</strong>vem ser enviados<br />

em “power point”. No caso <strong>de</strong> figuras e fotografias, colar no<br />

verso <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>las uma etiqueta a<strong>de</strong>siva i<strong>de</strong>ntificando o nome<br />

do primeiro autor e uma seta indicando a margem superior. Fotografias<br />

digitais <strong>de</strong>vem ser enviadas com boa <strong>de</strong>finição (mínimo <strong>de</strong> 300<br />

DPI). Quando necessário, utilizar sempre imagens produzidas por<br />

impressoras <strong>de</strong> alta resolução e em preto-e-branco.<br />

6. Referências bibliográficas<br />

As referências <strong>de</strong>vem ser numeradas consecutivamente na or<strong>de</strong>m<br />

em que foram mencionadas no texto, <strong>de</strong>vendo ser i<strong>de</strong>ntificadas<br />

em números arábicos colocados como expoentes. Os nomes das publicações<br />

<strong>de</strong>vem ser abreviados <strong>de</strong> acordo com a “List of Journals<br />

In<strong>de</strong>xed and In<strong>de</strong>x Medicus”. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.gov/<br />

entrez/jrbrowser.cgi. As citações sobre artigos originais <strong>de</strong>verão ser<br />

comprovadas e <strong>de</strong>vem ser or<strong>de</strong>nadas segundo as normas <strong>de</strong> Vancouver<br />

(1997, edição revisada <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2001), disponível em: http:/<br />

/www.icmje.org. Quando houver 6 autores ou menos, todos <strong>de</strong>verão<br />

ser citados. Em caso <strong>de</strong> 7 ou mais autores, citar os 6 primeiros seguidos<br />

da expressão et al. Não <strong>de</strong>verão ser utilizados informes como<br />

“comunicações pessoais”. Trabalhos aceitos e ainda não publicados<br />

no momento da citação po<strong>de</strong>m ser incluídos nas referências, especificando<br />

o nome da revista, seguido da expressão “no prelo” entre<br />

parênteses. A seguir, são fornecidos alguns exemplos dos principais<br />

tipos <strong>de</strong> referências utilizadas.<br />

a) Artigo <strong>de</strong> periódico:<br />

1. Bryan CS, Reynolds KL. Bacteremic nosocomial pneumonia.<br />

Analysis of 172 episo<strong>de</strong>s from a single metropolitan area. Am<br />

Rev Respir Dis 1984;129:668-671.<br />

2. Carratala J, Gudiol R, Pallares R, Dorca J, Verdaguer R,<br />

Ariza J, et al. Risk factors for nosocomial Legionella pneumophila<br />

pneumonia. Am J Rev Respir Crit Care Med 1994;149: 625-629.<br />

b) Trabalho publicado por instituição ou corporação:<br />

1. Ministerio <strong>de</strong> Sanidad y Consumo. Liga Española Para la<br />

Lucha Contra la Hipertensión. Sociedad Española <strong>de</strong> Hipertensión.<br />

Control <strong>de</strong> la hipertensión arterial en España. Rev Esp Salud Pública<br />

1996;70:139-210.<br />

c) Volume com suplemento:<br />

1. Vogel F. Sequential therapy in the hospital management<br />

of lower respiratory infections. Am J Med 1995;99 (Suppl 6B):<br />

13S-19S.<br />

d) Livros, teses e monografias:<br />

1. Hawe P, Degeling D, Hall J. Evaluación en promoción <strong>de</strong> la<br />

salud. Guía para trabajadores <strong>de</strong> la salud. 1st ed. Barcelona:<br />

Masson; 1993.<br />

2. World Health Organization. International drug monitoring<br />

the role of national centers. Technical Report Series Nº 498.<br />

Geneva: 1972.<br />

3. Kaplan SJ. Post-hospital home health care: the el<strong>de</strong>rly`s<br />

access and utilization [dissertation]. St. Louis (MO): Washington<br />

Univ.; 1995.<br />

4. Núñes L. Aspectos clínicos, hematológicos e inmunológicos<br />

en la Estrongyloidiasis. Tesis. Universidad Central <strong>de</strong> Venezuela;<br />

1993.<br />

e) Capítulo <strong>de</strong> livro:<br />

1. Rawlins MD, Thompson JW. Mechanisms of adverse drugs<br />

reactions. Em: Davies DM, editor. Textbook of Adverse Drug<br />

Reactions. 4th ed. Oxford: Oxford University Press; 1991. p.<br />

18-45.<br />

f) Resumo <strong>de</strong> congresso:<br />

1. Vettorello ML. A influência <strong>de</strong> fatores climáticos na incidência<br />

dos aci<strong>de</strong>ntes loxoscélicos no Município <strong>de</strong> Curitiba, no<br />

período <strong>de</strong> 1998 a 2001. XXXIX Congresso da Socieda<strong>de</strong> Brasileira<br />

<strong>de</strong> Medicina Tropical. 008 TL. Belém, Brasil. 2003.<br />

g) Artigo <strong>de</strong> fonte ou periódico eletrônicos:<br />

1. The Counter Bioterrorism Research Agenda of the National<br />

Institute of Allergy and Infectious Diseases for CDC Category A<br />

Agents. Washington, DC: National Institute of Allergy and Infectious<br />

Diseases; February 2002. Disponível em: URL: http://www.nih.gov/<br />

dmid/pdf/bioresearchagenda.pdf.<br />

2. Carucci JA, McGovern TW, Norton ASA, Daniel CR, Elewski<br />

BE, Fallon-Friedlan<strong>de</strong>r S, et al. Cutaneous anthrax management<br />

algorithm. J Am Acad Dermatol 2001; Nov 21. Disponível em:<br />

URL:http://www.harcourthealth.com/scripts/om.dll/serve?arttype=<br />

full&article=a121613.<br />

63


Cada autor <strong>de</strong>ve ler e assinar os documentos: (1) Declaração <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> e (2) Transferência <strong>de</strong> Direitos Autorais.<br />

Cada autor <strong>de</strong>be leer y firmar los siguientes documentos: 1) Declaración <strong>de</strong> Responsabilidad y 2) Transferencia <strong>de</strong> los Derechos Autorales.<br />

Autor principal:<br />

Título <strong>de</strong>l artículo:<br />

1. Declaración <strong>de</strong> Responsabilidad<br />

Todas las personas i<strong>de</strong>ntificadas como autores <strong>de</strong>ben <strong>de</strong> firmar la <strong>de</strong>claración <strong>de</strong> responsabilidad en los siguientes términos:<br />

Certifico que mi participación en la realización <strong>de</strong>l artículo fue suficiente para justificar pública mi responsabilidad por el contenido <strong>de</strong>l mismo.<br />

Certifico que este artículo representa un trabajo original y que no ha sido enviado en forma completa ni parcial a cualquier otra revista, sea impresa o electrónica.<br />

Certifico que, <strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado necesario por los editores, ofreceré los datos que permitieron realizar este trabajo.<br />

En el caso <strong>de</strong> los artículos con más <strong>de</strong> seis autores, la <strong>de</strong>claración <strong>de</strong>be especificar el tipo <strong>de</strong> participación <strong>de</strong> cada autor:<br />

Certifico que (1) Contribuí significativamente en la concepción y planeamiento <strong>de</strong>l trabajo, obtención <strong>de</strong> datos y análisis e interpretación <strong>de</strong> datos;<br />

(2) Contribuí significativamente en la elaboración <strong>de</strong>l proyecto o en la revisión crítica <strong>de</strong>l contenido; (3) Participé en la aprobación <strong>de</strong> la versión <strong>final</strong> <strong>de</strong>l manuscrito.<br />

Firma <strong>de</strong>l(os) autor(es):<br />

Lugar y fecha:<br />

2. Transferencia <strong>de</strong> los Derechos Autorales<br />

Declaro que, en caso <strong>de</strong> ser aceptado el artículo, los <strong>de</strong>rechos <strong>de</strong> publicación se tornarán propiedad exclusiva <strong>de</strong> la <strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong> <strong>Infectología</strong>,<br />

estando prohibida cualquier forma <strong>de</strong> reproducción, total o parcial, en cualquier otro medio <strong>de</strong> divulgación (impresa o electrónica), sin la autorización previa<br />

<strong>de</strong> los editores.<br />

Firma <strong>de</strong>l(os) autor(es):<br />

Lugar y fecha:<br />

Cada autor <strong>de</strong>ve ler e assinar os documentos: (1) Declaração <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> e (2) Transferência <strong>de</strong> Direitos Autorais.<br />

Primeiro autor:<br />

Título do manuscrito:<br />

1. Declaração <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong><br />

Todas as pessoas relacionadas como autores <strong>de</strong>vem assinar <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> nos termos abaixo:<br />

Certifico que participei suficientemente do trabalho para tornar pública minha responsabilida<strong>de</strong> pelo conteúdo.<br />

Certifico que o artigo representa um trabalho original e que este manuscrito, nem em parte, nem na íntegra, não foi enviado para publicação em outra revista, seja<br />

no formato impresso ou eletrônico.<br />

Atesto que, se solicitado, fornecerei ou cooperarei na obtenção e fornecimento <strong>de</strong> dados sobre os quais o artigo está baseado, para exame dos editores. No caso<br />

<strong>de</strong> artigos com mais <strong>de</strong> seis autores, a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong>ve especificar o(s) tipo(s) <strong>de</strong> participação <strong>de</strong> cada autor, conforme abaixo especificado:<br />

Certifico que (1) Contribuí substancialmente para a concepção e planejamento do projeto, obtenção <strong>de</strong> dados ou análise e interpretação dos dados;<br />

(2) Contribuí significativamente na elaboração do rascunho ou na revisão crítica do conteúdo; (3) Participei da aprovação da versão <strong>final</strong> do manuscrito.<br />

Assinatura do(s) autor(es):<br />

Lugar e data:<br />

2. Transferência <strong>de</strong> Direitos Autorais<br />

Declaro que em caso <strong>de</strong> aceitação do artigo, concordo que os direitos autorais a ele referentes se tornarão proprieda<strong>de</strong> exclusiva da <strong>Revista</strong> <strong>Panamericana</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Infectología</strong>, vedada qualquer reprodução, total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio <strong>de</strong> divulgação, impressa ou eletrônica, sem a prévia autorização<br />

dos editores.<br />

Assinatura do(s) autor(es):<br />

Lugar e data:<br />

64


VFEND® e VFEND® IV (voriconazol) - Documento Resumido do Produto<br />

Documento Resumido do Produto VFEND® e VFEND® IV (voriconazol) VFEND® é um agente antifúngico triazólico <strong>de</strong> amplo espectro para uso sistêmico. Indicações: tratamento <strong>de</strong> aspergilose invasiva; infecções invasivas graves<br />

por Candida resistentes ao fluconazol (incluindo C. krusei); infecções fúngicas graves causadas por Scedosporium spp. e Fusarium spp. Deverá ser administrado principalmente a pacientes imunocomprometidos com infecções<br />

progressivas e passíveis <strong>de</strong> causar a morte. Contra-indicações: pacientes com conhecida hipersensibilida<strong>de</strong> ao voriconazol ou a qualquer um dos componentes da fórmula; co-administração <strong>de</strong> substratos do CYP3A4, tais como<br />

terfenadina, astemizol, cisaprida, pimozida ou quinidina; co-administração com rifampicina, carbamazepina, fenobarbital, alcalói<strong>de</strong>s do ergot e sirolimus. Advertências e precauções: prescrição a pacientes com hipersensibilida<strong>de</strong> a<br />

outros agentes azólicos <strong>de</strong>ve ser feita com cautela. Toxicida<strong>de</strong> hepática: ocorreram reações hepáticas transitórias, incluindo hepatite e icterícia em pacientes sem outros fatores <strong>de</strong> risco i<strong>de</strong>ntificáveis. A disfunção hepática foi<br />

normalmente reversível com a <strong>de</strong>scontinuação do tratamento. Pacientes no início do tratamento e pacientes que apresentam teste <strong>de</strong> função hepática alterado durante o tratamento <strong>de</strong>vem ser monitorados com regularida<strong>de</strong> quanto<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> lesões hepáticas mais graves. Eventos adversos renais: foi observada insuficiência renal aguda em pacientes em estado grave submetidos ao tratamento. Os pacientes <strong>de</strong>vem ser monitorados quanto ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> alterações na função renal. Reações <strong>de</strong>rmatológicas: caso haja <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> rash, os pacientes <strong>de</strong>vem ser monitorados cuidadosamente e VFEND® <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scontinuado no caso das lesões<br />

progredirem. VFEND® foi associado com reações <strong>de</strong> fotossensibilida<strong>de</strong> cutânea, especialmente durante tratamento prolongado. Recomenda-se que os pacientes sejam informados a evitarem a luz solar durante o tratamento. Uso<br />

durante a gravi<strong>de</strong>z: não <strong>de</strong>ve ser utilizado durante a gravi<strong>de</strong>z, a menos que o benefício para a mãe supere claramente o risco potencial para o feto. As mulheres com potencial para engravidar <strong>de</strong>vem sempre utilizar um método<br />

contraceptivo eficaz durante o tratamento. Uso durante a lactação: a amamentação <strong>de</strong>ve ser interrompida ao iniciar o tratamento. Efeitos na habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dirigir e operar máquinas: o voriconazol po<strong>de</strong> causar alterações transitórias<br />

e reversíveis na visão, incluindo visão embaçada, aumento ou alteração da percepção visual e/ou fotofobia, por isso <strong>de</strong>ve-se evitar tarefas potencialmente perigosas, como dirigir ou operar máquinas, enquanto estiverem<br />

apresentando estes sintomas. Interações medicamentosas: quando o tratamento for iniciado em pacientes que já estejam recebendo ciclosporina, recomenda-se que a dose <strong>de</strong> ciclosporina seja reduzida pela meta<strong>de</strong> e que o nível<br />

<strong>de</strong> ciclosporina seja cuidadosamente monitorado. Quando o tratamento for iniciado em pacientes que já estejam recebendo tacrolimus, recomenda-se que a dose <strong>de</strong> tacrolimus seja reduzida para 1/3 da dose original e que o nível<br />

<strong>de</strong> tacrolimus seja cuidadosamente monitorado. Quando o voriconazol for <strong>de</strong>scontinuado, os níveis <strong>de</strong> tacrolimus ou ciclosporina <strong>de</strong>vem ser cuidadosamente monitorados e a dose <strong>de</strong>ve ser aumentada, conforme a necessida<strong>de</strong>.<br />

Recomenda-se cuidadosa monitoração do tempo <strong>de</strong> protrombina, quando a varfarina e o voriconazol forem co-administrados. Se pacientes recebendo <strong>de</strong>rivados cumarínicos forem tratados simultaneamente com voriconazol, o tempo<br />

<strong>de</strong> protrombina <strong>de</strong>ve ser monitorado em curtos intervalos <strong>de</strong> tempo e o regime posológico dos anticoagulantes <strong>de</strong>ve ser ajustado apropriadamente. Recomenda-se cuidadosa monitoração da glicose sanguínea, durante a coadministração<br />

<strong>de</strong> voriconazol e sulfoniluréias. Recomenda-se que um ajuste da dose <strong>de</strong> estatinas e benzodiazepínicos seja consi<strong>de</strong>rado, durante a co-administração com voriconazol. O voriconazol po<strong>de</strong> aumentar as concentrações<br />

plasmáticas <strong>de</strong> alcalói<strong>de</strong>s da vinca e levar a neurotoxicida<strong>de</strong>. O uso concomitante <strong>de</strong> voriconazol e fenitoína ou com rifabutina <strong>de</strong>ve ser evitado, a menos que o benefício supere o risco. Quando o tratamento com voriconazol for iniciado<br />

em pacientes que já estejam recebendo o omeprazol, recomenda-se que a dose <strong>de</strong> omeprazol seja reduzida à meta<strong>de</strong>. Os pacientes <strong>de</strong>vem ser cuidadosamente monitorados quanto à qualquer ocorrência <strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong> ao fármaco<br />

e/ou perda <strong>de</strong> eficácia durante a co-administração do voriconazol e <strong>de</strong> inibidores da protease do HIV ou voriconazol e INNTRs (inibidores não-nucleosí<strong>de</strong>os da transcriptase reversa). Reações adversas: febre, cefaléia, dor abdominal,<br />

hipotensão, tromboflebite, flebite, náusea, vômitos, diarréia, trombocitopenia, anemia, leucopenia, pancitopenia, púrpura, e<strong>de</strong>ma periférico, tontura, alucinações, confusão, <strong>de</strong>pressão, ansieda<strong>de</strong>, tremor, agitação, parestesia,<br />

síndrome <strong>de</strong> angústia respiratória, e<strong>de</strong>ma pulmonar, sinusite, rash, distúrbios visuais, insuficiência renal aguda, hematúria. Os distúrbios oculares relacionados com o tratamento com voriconazol são freqüentes. Caso os pacientes<br />

<strong>de</strong>senvolvam rash, eles <strong>de</strong>vem ser monitorados cuidadosamente e VFEND® <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scontinuado se as lesões progredirem. Foram relatadas reações <strong>de</strong> fotossensibilida<strong>de</strong> especialmente em tratamentos <strong>de</strong> longo prazo. O<br />

voriconazol tem sido associado esporadicamente a casos <strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong> hepática grave em pacientes com outras condições graves <strong>de</strong> base. Isto inclui casos <strong>de</strong> icterícia e casos raros <strong>de</strong> hepatite e insuficiência hepática que<br />

ocasionaram óbito. Reações relacionadas com a infusão: durante a infusão em indivíduos sadios ocorreram reações do tipo anafilactói<strong>de</strong>, incluindo rubor, febre, transpiração, taquicardia, opressão torácica, dispnéia, <strong>de</strong>smaios,<br />

náuseas, prurido e rash, imediatamente após a infusão. Posologia: VFEND® IV - <strong>de</strong>ve ser reconstituído e diluído antes da administração por infusão intravenosa (vi<strong>de</strong> bula completa do produto). Não administrar por injeção em ?bolus?.<br />

Adultos e Crianças <strong>de</strong> 2 a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!