Mujeres en el Brasil.pdf
Mujeres en el Brasil.pdf
Mujeres en el Brasil.pdf
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
- 347 -<br />
<strong>Mujeres</strong> <strong>en</strong> <strong>el</strong> <strong>Brasil</strong> colonial: <strong>el</strong> caso d<strong>el</strong>...<br />
Porem o supplicante antes de embarcar pêra esta Corte a buscar remédio a sua<br />
vida, e avechaçoez que esprem<strong>en</strong>tava no Real Poder, e Justiça de V. Magestade<br />
ajustou todas as suas contas pagando tudo quanto devia, e deyxando a sua casa<br />
negocio, e b<strong>en</strong>s no mesmo estado em que pesuhia com todos os Livros, escrituras,<br />
Créditos, escravos, faz<strong>en</strong>das em ser os Navios <strong>en</strong>tregues cayxeiros António<br />
M<strong>en</strong>des do Rego e mano<strong>el</strong> V<strong>en</strong>tura de Souza per tudo administrarem e regerem<br />
bem como o supplicante o fazia, e m<strong>el</strong>hor se fosse pociv<strong>el</strong> e nomeando pêra seos<br />
procuradores, a Furtuoso Vic<strong>en</strong>te Vianna Homem de negócios, e ao sarg<strong>en</strong>to<br />
mor José Ignacio Alvar<strong>en</strong>ga escrivão do Thezoureiro pêra tractarem das suas<br />
dep<strong>en</strong>d<strong>en</strong>ciads alem do advogado, e solicitador por ser o supplicante Homem de<br />
todo o Credito, e verdade p<strong>el</strong>a tratar sempre com todos e por tal he geralm<strong>en</strong>te<br />
de todos estimado, e havido tanto naqu<strong>el</strong>la Cidade da Bahia, e em todas as partes<br />
de América como nesta Corte onde tem negócios, e correspondências E por ser<br />
Igualm<strong>en</strong>te de génio pacifi co cortes e afab<strong>el</strong> pêra todos sem nunca off<strong>en</strong>der nem<br />
escandalizar a pessoa alguma e m<strong>en</strong>os Cometido d<strong>el</strong>ictos e contrario e g<strong>en</strong>ro<br />
sua mulher Joam Lopes Fiuzas, porque he de génio muyto orgulhoso, e muyto<br />
de mandista e de vida m<strong>en</strong>os ajustada, por haver gastado ilicitam<strong>en</strong>te não so<br />
o cabedal que tinha mais também set<strong>en</strong>ta mil cruzados que lhe derão em dote<br />
de sorte que se acha pobre, e vechado com muytas Execuco<strong>en</strong>s, e he insigne<br />
jugador, e esta mesma vida tem emsinado a seu cunhado Mano<strong>el</strong> Ferandes da<br />
Costa porque o segue em tudo, e por isso ambos capazes de todo excesso, e<br />
absurdo pêra serem s<strong>en</strong>hores de todos os b<strong>en</strong>s que há no Cazal que he todo o seo<br />
objeto. E porque todo o facto exposto consta da s<strong>en</strong>t<strong>en</strong>ça de justifi cação incluza,<br />
e do Real Poder Grandeza e Piedade de V. Magestade he valler e Amparar aos<br />
seos vaçallos que afl itos e prostados aos seos Reaes pés imploram, e supplicam a<br />
seo Remédio, e o seu sucego peret<strong>en</strong>de o supplicante que V. Magestade o protej<br />
pois que de tam Longe, e com tantos perigos vem procurão a sua soberanis e<br />
Regea Porteçam mandando por especial Decreto que Vice Rey daqu<strong>el</strong>le Estado<br />
obrigue aos ditos João Lopes Fiúza e a seo cunhado Mano<strong>el</strong> Fernandes da Costa<br />
e aos mais par<strong>en</strong>tes da dita sua mulher asegurar-lhe a vida com as mais Rigorosas<br />
p<strong>en</strong>as de direyto e que faça Recom<strong>en</strong>dar a dita sua molher no Recolhim<strong>en</strong>to em<br />
que se acha a ordem de V. Magestade e quando suceda estar já fora do mesmo<br />
Recolhim<strong>en</strong>to a faça recolher em contin<strong>en</strong>te pêra que d<strong>el</strong>le mais não saya sem<br />
especial ordem de V. Magestade ou pêra a Companhia do supplicante, e como os<br />
suplicantes por orgulhosas poderão individualm<strong>en</strong>te e por meyos iníquos remeter<br />
pêra esta corte alguma ordem pêra o supplicante ser prezo, pêra este meyo lhe<br />
inhibirem os meyos do seu recurso lhe perder o seu credito, e negocio…”