Untitled - Universidade do Porto
Untitled - Universidade do Porto
Untitled - Universidade do Porto
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
EJERCICIOS Y PENITENCIA EN LA OBRA DE TOMÉ DE JESUS<br />
«Outra aspereza da vida soberana é a continuação <strong>do</strong> recolhimento<br />
interior e contínua oração [...]; para ela se devem poupar as forças corporais.<br />
Averigua<strong>do</strong> é por to<strong>do</strong>s os Santos e experimenta<strong>do</strong>s, que a contínua oração<br />
é a mais rigorosa e áspera penitência que se dá ao corpo. Tanto, que aquele<br />
grande servo de Deus Frei Luís de Montóia, que me criou, dava por remédios<br />
a seus súbditos para fazer facilmente e sem trabalho todas as obras de virtude<br />
e todas as obras da religião, que quan<strong>do</strong> o corpo ou a vontade recusasse<br />
cumprir algumas delas, lhe desse por parti<strong>do</strong> que havia de estar em oração<br />
to<strong>do</strong> o tempo que havia de gastar naquela obra; porque sente tanto o freio da<br />
oração, que pelo escusar, aceitará to<strong>do</strong> outro trabalho» (I, 269-270).<br />
Esto es, la práctica oracional puede resultar en sí misma ardua y difícil.<br />
Y la razón de ello es que exige una total atención: «na oração cativam-lhe<br />
os pensamentos, que é a coisa em que a natureza mais se desenfada e alarga<br />
toman<strong>do</strong>-lhe residência de seus apetites e desordens, prendem-lhe a vontade<br />
que se não afeiçoe ao que deseja» (I, 270) 72 .<br />
Sin embargo, la oración tiene la gran ventaja de que puede ser hecha por<br />
to<strong>do</strong>s, independientemente de sus circunstancias particulares: «Prouvesse a<br />
Deus que quisessem to<strong>do</strong>s os amigos de fazer penitência, seguir esta; porque<br />
tirariam to<strong>do</strong>s os proveitos que desejam. Seguramente aconselho a to<strong>do</strong>s os que,<br />
por obrigação de esta<strong>do</strong>, ou achaques de fraqueza natural, não podem com<br />
outras corporais asperezas, que se dêem ao exercício da oração» (I, 270).<br />
A continuación habla de algo análogo a las mociones de desolación y<br />
consolación – por seguir con la terminología ignaciana –. Fr. Tomé sabe, como<br />
Ignacio, que el enemigo trabaja para que acortemos la oración 73 : «Quan<strong>do</strong> se<br />
achar duro e seco no exercício, leve o exercício ao cabo o melhor que puder,<br />
porque não sairá sem fruto, ainda que o não sinta». Otras veces, en cambio,<br />
el camino se recorre con facilidad: «Mas quan<strong>do</strong> sentir que lhe dá o Senhor<br />
brandura de coração, e que tem disposição para se deter nas coisas, não passe<br />
<strong>do</strong> que o inflamar e enternecer, enquanto lhe dura aquela faísca [...]: porque<br />
assopran<strong>do</strong>-a, pode vir a ser viva brasa, e crescer em chama de amor, com que<br />
faça Deus na alma a mudança desejada e a obra que se pretende» (I, 54) 74 .<br />
72 Es sugestivo comparar estas palabras con la de Teresa de Jesús: Moradas primeras, 1, 6-7. Desde la<br />
perspectiva ignaciana véase Pascual Cebollada, Venir al medio. La Adición décima y la ascesis en los<br />
Ejercicios espirituales [82-90], in Manresa, 69 (1997), 137: «La oración contiene una <strong>do</strong>sis de lucha, de<br />
incomunicación, de aburrimiento, de dispersión y distracción, de sensación de pérdida de tiempo... que invita<br />
a aban<strong>do</strong>narla. Sin embargo, la permanencia en esas situaciones, con la confianza previa en que ese es un<br />
medio capital de encuentro con Dios, es algo que requiere una ascesis».<br />
73 En ese caso el ejercitante ha de sobrepasar ligeramente el tiempo marca<strong>do</strong>, «porque no sólo se avece a<br />
resistir al adversario, más aun a derrocalle»; EE, n.º 13, 2.<br />
74 EE, n.º 76, 3: «en el punto en el cual hallare lo que quiero, ahí me reposaré, sin tener ansia de pasar adelante<br />
101