Tungíase: doença negligenciada causando patologia grave
Tungíase: doença negligenciada causando patologia grave
Tungíase: doença negligenciada causando patologia grave
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
1.1.3 – <strong>Tungíase</strong> no Presente<br />
Embora atualmente a situação epidemiológica da tungíase não seja tão<br />
extremada quanto no passado, ainda hoje há inúmeras comunidades sofrendo por<br />
infestação <strong>grave</strong>. Devido ao seu caráter de <strong>doença</strong> tropical <strong>negligenciada</strong> e constitui-<br />
se ainda como problema de saúde pública em comunidades carentes da América<br />
Latina (do México a Argentina), Caribe e da África (Figura 5) (ARENE, 1984;<br />
CHADEE, 1994; GIBBS, 1996; IBANEZ-BERNAL e VELASCO-CASTREJON,<br />
1996; HEUKELBACH et al., 2001; HEUKELBACH et al., 2002a; HEUKELBACH e<br />
FELDMEIER, 2004; HEUKELBACH, 2005).<br />
Figura 5: Distribuição global da T. penetrans ; distribuição de casos não<br />
confirmados T. penetrans ; e a distribuição da T. trimamillata (Equador e Peru;<br />
indicada também com seta preta). As setas brancas indicam a propagação<br />
transcontinental da T. penetrans (PAMPIGLIONE et al., 2009).<br />
Pampiglione et al., 2009<br />
No Brasil, estudos populacionais recentes demonstraram que a<br />
prevalência da tungíase pode atingir mais de 50% da população de favelas urbanas,<br />
vilas pesqueiras e comunidades rurais, e causa <strong>patologia</strong>s <strong>grave</strong>s, tais como, infecções<br />
secundárias, perda de dígitos e dificuldade de andar (WILCKE et al., 2002;<br />
CARVALHO et al., 2003; FELDMEIER et al., 2003; MUEHLEN et al., 2003;<br />
17