Entrevista Vida Judiciária

O Porto não se confunde
com Lisboa. A cidade tem uma lógica
própria e se reparar, e não é por acaso, os
maiores escritórios de advogados localizam-se
na proximidade da Avenida da Boavista. Nesse
sentido viemos para onde devemos estar.
A RSA como projeto, logo a RSA no Norte também,
não são um projeto novo, são sim projetos
que se renovam. O pressuposto da renovação é
a dinâmica permanente. Na advocacia essa dinâmica
passa por reforçar a nossa ligação com
os nossos clientes tradicionais; cativar novos
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clientes através das boas referências dos
nossos clientes tradicionais. Para isso temos
de estar no seu percurso, quando
vão para casa ou para o trabalho, quando
acedem às suas redes sociais, quando
procuram informação. Estar onde se
tem de estar e reforçar permanentemente
competências é o que nos aproxima dos
nossos clientes e induz novos clientes. No
final queremos que o cliente sinta que estamos
iguais, mas melhores e que a sua
confiança em nós saia reforçada.
Primeiro crescer sempre em volume
de negócio. Não existe projeto se
não existem resultados. Em segundo lugar
crescer em estrutura, mas de forma
sustentada. Em terceiro crescer em integração,
para que a imagem da RSA seja
una e constante. O nosso novo espaço na
Avenida da Boavista, foi pensado com
um objetivo claro de crescimento e coerência
com a própria imagem do edifício
sede em Lisboa. Hoje podemos quase duplicar
sem termos de pensar em novas localizações,
o que é ótimo e não sucedia
no passado.
Prefiro falar de oportunidades
para a advocacia no Norte. O Norte é
zona da pequena e micro-empresa, na
qual o empresário decide quase sem estrutura
de apoio e onde o TOC é tantas
vezes, o fiscalista, o consultor e o especialista
em quase tudo. Cada oportunidade
para nos tornarmos uma mais-valia
para o cliente tem de ser aproveitada,
porque uma vez estabelecida a ponte com
o cliente e merecida a sua confiança não
nos trocará facilmente. Para ter é preciso
merecer.
O bom de estar num mercado
concorrencial é que de facto ou o tratamento
dado ao cliente é o adequado ou
não há clientes. Por isso a questão é antes
como é que pretendemos ser ainda mais
adequados. Se pretendemos crescer sem
aumentar a estrutura de forma desproporcionada
à receitas que se geram no
Porto, então a solução é crescer em integração,
para que o cliente sinta que quando
está no escritório da RSA no Porto,
não está receber o serviço que a RSA Porto
lhe pode dar, mas o serviço que a RSA
no seu todo lhe pode proporcionar. Por
isso na minha conceção, não existe a RSA
Porto e o serviço que temos de conseguir
dar a cada cliente tem de ser um serviço
de máxima qualidade, competitivo e ao
nível do serviço dos melhores escritórios.
É este o desafio.. e o caminho.
O objetivo é oferecer um serviço
global, e crescer globalmente. Sendo
certo que áreas como o imobiliário ou o
societário tiveram no passado um relevância
acrescida, hoje pretendemos horizontalizar
os nossos serviços. O contencioso
em si tem crescido de forma
substancial, o laboral também, enfim
hoje, até pela integração crescente faz-se
muita coisa no Porto.
A RSA no Porto não tem valores
distintos dos de toda a RSA. Ética profissional,
sempre; respeito pelos colegas
como pelos clientes; empenhamento
constante para servir bem.
O que espero que distinga a RSA
é a convicção dos seus Clientes de que
a RSA se empenha para os servir bem e
para lhe prestar um serviço de qualidade
que, à luz dos seus próprios critérios, lhe
aporta uma mais-valia efetiva. Se nos distinguirmos
por isso estamos no percurso
certo.
Qualquer parceria para ser duradoura
e verdadeira, tem de se suportar na
confiança. E a confiança tem construir-se
com apelo aos nossos valores: ética, respeito
mútuo, e trabalho.
Os desafios permanentes e imprevisíveis
não são uma característica dos
tempos atuais; são uma característica do
futuro e o futuro é o que se enfrenta em
todos os “hoje”. O ritmo da mudança é,
porventura, mais rápido, mas a mudança
é precisamente o que torna aliciante esta
profissão. Observar e estar atento e em
diálogo permanente com os stakeholders
é essencial. Não recusar trabalhos que
podem parecer não ter no sentido no seu
dia e não desistir de investir na procura
de soluções mais e mais ajustadas. A investigação
e desenvolvimento não é apenas
apanágio das empresas industriais ou
de novas tecnologias, e na área das ciências
sociais a experimentação faz-se no
laboratório chamado vida real, criticar o
que existe e continuamente buscar soluções
que vão de encontro às novas ideias,
aos novos conceitos ou aos novos problemas
dos clientes, será sempre um requisito
do sucesso em qualquer amanhã. O
direito é, nesse sentido uma ferramenta
permanentemente incompleta e desajustada,
cujo desenvolvimento o futuro, e até
o presente, sempre reclama. A RSA, pela
mão do Dr Raposo Subtil, incutiu desde
sempre esse momento especulativo na
sua atuação e isso pode fazer a diferença.
Não importa o que o futuro nos
traga, nem os desafios que entretanto surjam
aos advogados, apenas espero que ao
advogado e em especial ao advogado da
RSA em 2030, os clientes associem alguém
que atua de acordo com padrões
éticos claros, que procura soluções inteligentes
e que se esforça, continuando
a acreditar que o que é importante para
o cliente é muito importante para o advogado.
Será esse o sinal de que fizemos
bem o nosso trabalho hoje.
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