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Referência Florestal 245 / Outubro 2022

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ENTREVISTA<br />

Evaldo Braz, pesquisador da EMBRAPA, trata da importância do manejo florestal<br />

MORE THAN HALF A<br />

CENTURY OF HISTORY<br />

FIND OUT HOW THE ANT BAIT<br />

CAME ABOUT IN BRAZIL<br />

MAIS DE MEIO<br />

SÉCULO DE HISTÓRIA<br />

SAIBA COMO SURGIU<br />

A ISCA FORMICIDA NO BRASIL


Período de chuva<br />

não é brincadeira.<br />

Assista agora o vídeo<br />

de demonstração do<br />

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Ela é a primeira isca formicida<br />

resistente à água.<br />

*Testada a eficácia com até 20mm de chuva.<br />

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ATENÇÃO: ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO AMBIENTE. USO AGRÍCOLA; CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO; INFORME-SE E REALIZE<br />

O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS; SIGA AS ORIENTAÇÕES DA BULA PARA O DESCARTE CORRETO DAS EMBALAGENS E RESTOS OU SOBRAS DE PRODUTOS; LEIA<br />

ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO E BULA OU FAÇA-O A QUEM NÃO SOUBER LER; UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.


ÀS 19 HORAS<br />

29 DE NOVEMBRO<br />

Transmissão ao vivo em nosso canal:<br />

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MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

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DERYCK PANTOJA MARTINS<br />

EVALDO MUÑOZ BRAZ<br />

PAULO PUPO<br />

RAFAEL MASON<br />

Diretor Técnico da AIMEX<br />

(Associação das Indústrias<br />

Esportadoras de Madeira<br />

do Estado do Pará)<br />

Pesquisador da<br />

EMBRAPA Florestas<br />

Superintendente da Abimci<br />

(Associação Brasileira da<br />

Indústria de Madeira Processada<br />

Mecanicamente)<br />

Presidente da CIPEM<br />

(Centro das Indústrias Produtoras<br />

e Exportadoras de Madeira do<br />

Estado de Mato Grosso)<br />

Gostaria de participar do jantar do PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2022</strong>?<br />

Compre seu ingresso antecipado pelo whats: (41) 99968-4617 ou<br />

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SUMÁRIO<br />

OUTUBRO <strong>2022</strong><br />

08 Editorial<br />

10 Cartas<br />

12 Bastidores<br />

14 Notas<br />

28 Coluna Cipem<br />

30 Frases<br />

32 Entrevista<br />

42 Coluna<br />

44 Principal<br />

50 Informe<br />

52 Minuto Floresta<br />

54 Especial<br />

60 Manejo<br />

62 Feira<br />

74 Pesquisa<br />

80 Agenda<br />

82 Espaço Aberto<br />

54<br />

62<br />

44<br />

O DESENVOLVIMENTO<br />

DA MARCA DE UMA<br />

PIONEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

11 Agroceres<br />

07 Bayer<br />

41 Beltz do Brasil<br />

09 BKT<br />

13 Carrocerias Bachiega<br />

59 Codornada <strong>Florestal</strong><br />

75 D’Antonio Equipamentos<br />

84 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

21 DRV Ferramentas<br />

39 Engeforest<br />

73 Expoforest<br />

37 Fex<br />

23 Ihara<br />

25 Ihara<br />

77 J de Souza<br />

79 Lion Equipamentos<br />

83 Log Max<br />

19 Lufer Forest<br />

17 Manos Implementos<br />

57 Mill Indústrias<br />

53 Planflora<br />

04 Prêmio REFERÊNCIA<br />

15 Rotary-Ax<br />

35 Rotor Equipamentos<br />

31 Tecmater<br />

27 Unibrás<br />

33 Vantec<br />

29 Watanabe<br />

43 WDS Pneumática<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


EDITORIAL<br />

Para além do<br />

que vemos<br />

Quem trabalha no setor de base florestal sabe que o trabalho<br />

realizado depende de ações que não poderiam vislumbrar com<br />

clareza como seria o futuro. Ao plantar uma muda, não sabemos o<br />

resultado que ela irá trazer, tudo fica entre o planejamento e a realização.<br />

Pequenos detalhes, excesso ou falta de um elemento no solo,<br />

efeito do clima e tantos outros fatores podem afetar o resultado do<br />

plantio. O trabalho com a floresta é, em sua essência, um esforço<br />

pensando no futuro, no que não se vê hoje, mas que certamente<br />

produz resultados expressivos no futuro. Nesta edição o Leitor<br />

confere a história da Dinagro, especialista na produção de iscas formicidas,<br />

a cobertura Lignum Latin América <strong>2022</strong>, os dados sobre a<br />

presença do Ipê em nossas florestas e uma entrevista exclusiva com<br />

o pesquisador da EMBRAPA Florestas, Evaldo Muñoz Braz, especialista<br />

em manejo de floresta natural brasileira. Excelente leitura!<br />

<br />

<br />

2<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

1<br />

Na capa dessa edição<br />

a Dinagro, tradicional<br />

indústria de iscas<br />

formicidas<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIV • Nº<strong>245</strong> • <strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong><br />

ENTREVISTA<br />

Evaldo Braz, pesquisador da EMBRAPA, trata da importância do manejo florestal<br />

MORE THAN HALF A<br />

CENTURY OF HISTORY<br />

FIND OUT HOW THE ANT BAIT<br />

CAME ABOUT IN BRAZIL<br />

MAIS DE MEIO<br />

SÉCULO DE HISTÓRIA<br />

SAIBA COMO SURGIU<br />

A ISCA FORMICIDA NO BRASIL<br />

BEYOND WHAT WE SEE<br />

Those who work in the Forest-based Sector know that the work<br />

done depends on actions that could not clearly envision what the<br />

future would look like. When planting a seedling, we do not know<br />

what the result will bring; everything depends on planning and realization.<br />

Small details, excess or lack of an element in the soil, climate<br />

effects, and so many other factors can affect the result of planting.<br />

Working with the forest is, in essence, an effort to think about the<br />

future, what is not seen today, but which can bring expressive results<br />

in the future. In this issue, the reader learns a little about the history<br />

of Dinagro, a specialist in the production of ant baits, coverage of<br />

the Lignum Latin America <strong>2022</strong>, data on the presence of Ipê in our<br />

forests, a project for the use of drones for pest monitoring, and an<br />

exclusive interview with Evaldo Muñoz Braz, a scientist at Embrapa<br />

Florestas and a specialist in forest management. Pleasant reading!<br />

Entrevista com<br />

Evaldo Muñoz Braz<br />

Importância da luva como<br />

utensílio de EPI no trabalho<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIV - EDIÇÃO <strong>245</strong> - OUTUBRO <strong>2022</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Me Hua Bernardi<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Midias Sociais / Social Media<br />

Andrew Holanda<br />

Cainan Lucas<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal - Carlos Felde<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


A LONG WAY<br />

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Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, FS 216 é o seu melhor aliado para<br />

todas as operações com autocarregadoras e máquinas de arrasto. Este pneu silvicultura<br />

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e mais larga, para potencializar a performance no campo da tração. FS 216 proporciona<br />

uma resistência excelente aos cortes e aos rasgos, bem como a máxima proteção contra<br />

possíveis danos em qualquer momento.<br />

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Balkrishna Industries Ltd, India<br />

Email: chetang@bkt-tires.com<br />

Mobile: +917021000031


CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

ENTREVISTA Jose Mario Ferreira, novo presidente da ACR, assume missão na entidade catarinense<br />

POTÊNCIA E<br />

VERSATILIDADE<br />

HARVESTER COM GUINCHO AUXILIAR<br />

OFERECE MAIS ESTABILIDADE NA<br />

OPERAÇÃO FLORESTAL<br />

Capa da Edição 244 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de setembro de <strong>2022</strong><br />

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Ano XXIV • Nº244 • Setembro <strong>2022</strong><br />

POWER AND<br />

VERSATILITY<br />

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IN FORESTRY OPERATIONS<br />

PRINCIPAL<br />

Por Márcio Rossini, Campinas (SP)<br />

Inovação é chave para o desenvolvimento do nosso setor e essas soluções<br />

são muito importantes para fortalecer a indústria de base florestal.<br />

ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Por Rosane Coutinho, Lages (SC)<br />

O trabalho das associações é muito importante para mostrar para a<br />

sociedade o potencial e a importância das florestas plantadas.<br />

ESPECIAL<br />

Por Mário Werner, Guaíba (RS)<br />

Levar o conhecimento acadêmico para o mercado de trabalho é uma<br />

combinação que só pode trazer bons frutos.<br />

Foto: divulgacão<br />

ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

10 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


Desde 2015 produzindo resultados e soluções<br />

nas operações do controle das formigas cortadeiras.<br />

1.170.000 ha realizados com monitoramento.<br />

440.000 ha de operações mecanizadas e georreferenciadas com emissão de<br />

relatórios gerenciais para análises entre realizado e recomendado<br />

17.500 profissionais capacitados em operações de controle das formigas cortadeiras.<br />

Acompanhamento por indicadores de resultado.<br />

Altos níveis de resultados pós controle, com redução da infestação e dos danos<br />

econômicos na área plantada.<br />

Otimização das doses recomendadas e dos custos operacionais.


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

PARCERIA<br />

Durante a Lignum Latin America, a parceria com a Komatsu<br />

Forest foi o maior sucesso. A grande marca mundial de<br />

máquinas e equipamentos do setor florestal participou da<br />

reportagem de capa da edição que circulou na feira. Na foto, o<br />

diretor comercial da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio<br />

Machado, junto com a marketing da Komatsu Forest, Rafaella<br />

Bonatti, e com o diretor comercial da empresa, Carlos Borba.<br />

FEIRA<br />

Durante a feira ABTCP, em São Paulo (SP),<br />

recebemos a visita da equipe DRV no stand<br />

da Revista CELULOSE & PAPEL.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

ALTA<br />

OUTUBRO <strong>2022</strong><br />

RECUPERAÇÃO FORTE<br />

A SPE/ME (Secretaria de Política Econômica do Ministério<br />

da Economia) elevou a estimativa de crescimento O número de pessoas ocupadas com alguma atividade<br />

DESEMPREGO CAI<br />

do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em <strong>2022</strong> de profissional, com ou sem registro em carteira de trabalho,<br />

2% para 2,7%. No curto prazo, para o terceiro trimestre, avançou 7,5% em julho deste ano, na comparação com<br />

a SPE estima um PIB de 0,4%. Para 2023, a estimativa o mesmo período de 2021. Esse grupo totaliza cerca de<br />

permanece em 2,5%. De acordo com os documentos, a 100,2 milhões de trabalhadores, um recorde da série iniciada<br />

em janeiro de 2012, segundo nota elaborada pelo<br />

expectativa para a taxa de inflação IPCA (Índice Nacional<br />

de Preços ao Consumidor Amplo) em <strong>2022</strong> recuou<br />

IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a partir<br />

de 7,2% para 6,3%. A previsão considera a inflação<br />

da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios<br />

abaixo das estimativas nos últimos meses, que reflete Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e<br />

a redução dos preços dos itens monitorados – como<br />

Estatística). A pesquisa divulgada recentemente aponta<br />

os combustíveis – e uma estabilização da inflação de<br />

em 8,9% a taxa de desemprego no mês de julho, uma<br />

serviços e de alimentos. Segundo a SPE, a revisão de<br />

queda de 3,9 pontos porcentuais em relação ao ano<br />

alta para a atividade econômica se deve principalmente anterior, e a menor desde julho de 2015. Em julho de<br />

ao resultado do PIB do segundo trimestre deste ano,<br />

2021, a taxa de desemprego estava em 12,8%, segundo<br />

que apresentou crescimento de 1,2% na margem e foi números do IPEA.<br />

superior ao estimado anteriormente, além da tendência<br />

positiva dos indicadores já divulgados para o<br />

terceiro trimestre.<br />

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NOTAS<br />

Evento trade<br />

A IV edição do Woodtrade Brazil reuniu<br />

na sede da FIEP (Federação das Indústrias do<br />

Estado do Paraná), em Curitiba (PR), empresários,<br />

diretores, CEOs das empresas do segmento<br />

madeireiro e florestal, representantes de<br />

empresas logísticas, traders, entre outros. Eles<br />

acompanharam as abordagens e avaliações<br />

sobre o mercado madeireiro, as questões de<br />

suprimento florestal, os entraves e desafios<br />

logísticos, bem como, cenários econômicos<br />

e políticos. O principal objetivo do evento,<br />

dividido em quatro blocos, foi de estimular a<br />

discussão sobre as condições de competitividade,<br />

as perspectivas, o potencial e os desafios do mercado para os diversos produtos madeireiros e florestal. As abordagens foram<br />

em torno da profunda mudança na dinâmica da logística marítima ao redor do mundo, em especial nos últimos 2 anos de pandemia,<br />

com novos patamares sendo praticados nos valores dos fretes, congestionamentos em portos, falta de contêineres, concentração<br />

de mercado, assim como, os custos extras, incidentes nos bookings, detention, demurrage, armazenagem e a operacionalização<br />

e burocracia dos órgãos anuentes nos processos de exportações. Encerrando a programação do dia, o jornalista Augusto Nunes,<br />

trouxe percepções econômicas e políticas, como o Brasil está situado junto a investimentos nacionais e internacionais, segurança<br />

jurídica, o atual quadro político, entre outras abordagens de reflexão.<br />

Foto: Malinosvski<br />

Sustentabilidade recorde<br />

Foto: divulgação<br />

As emissões de papéis ligados a projetos<br />

de sustentabilidade ou a metas de governança<br />

ambiental e social bateram recorde no<br />

Brasil. Segundo estimativas divulgadas pelo<br />

BC (Banco Central), em 2020 e 2021 foram<br />

lançados US$ 20 bilhões por meio desses<br />

títulos sustentáveis. Os números constam de<br />

um trecho do Relatório de Economia Bancária,<br />

que será completamente divulgado nos<br />

próximos dias. Na segunda, a autoridade<br />

monetária divulgou apenas dados sobre as<br />

emissões de títulos relacionados à sustentabilidade<br />

por empresas brasileiras, no mercado<br />

doméstico e internacional. O volume de<br />

emissões foi estimado com base em dados da<br />

empresa de consultoria NINT (Natural Intelligence),<br />

que compila operações de crédito sustentáveis realizadas por empresas brasileiras. Com base nos dados da empresa,<br />

o BC constatou que o crescimento é exponencial. De 2015 a 2019, a emissão de títulos sustentáveis somou cerca de US$ 6<br />

bilhões, um terço do registrado nos 2 anos seguintes. De acordo com o Banco Central, o Brasil responde por pouco mais de<br />

1% das emissões de títulos sustentáveis do mundo, que somaram US$ 1,6 trilhão em 2020 e 2021. Na América Latina, o país<br />

está em segundo lugar no volume de títulos, atrás do Chile.<br />

14 www.referenciaflorestal.com.br


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NOTAS<br />

Impostos reduzidos<br />

Os produtores que plantarem florestas fora de áreas de preservação<br />

permanente poderão ganhar deduções no imposto de renda, isenção do<br />

IRT (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural) e taxas de juros diferenciadas,<br />

é o que diz o projeto de lei que está pronto para ser votado<br />

na comissão de assuntos econômicos. O autor da proposta, senador Acir<br />

Gurgacz (PDT-RO), diz que a medida preenche uma lacuna do Código<br />

<strong>Florestal</strong>, que previu a recomposição de áreas de preservação permanente<br />

e de reserva legal, mas não contemplou o cultivo de florestas<br />

como um mecanismo de preservação ambiental.<br />

As florestas plantadas servem à indústria de papel e celulose e à<br />

indústria moveleira, entre outras. E ainda colaboram para recuperar áreas<br />

degradadas e manter a fertilidade dos solos. Os incentivos já foram<br />

aprovados pela Comissão de Meio Ambiente, onde foram detalhados<br />

pelo relator, Wellington Fagundes, do PL, de Mato Grosso.<br />

Isenção do IRT sobre a área do mesmo imóvel rural equivalente ao<br />

quádruplo da área explorada com florestas plantadas, além disso, há a<br />

possibilidade de dedução da base de cálculo do Imposto de Renda, limitada<br />

a 20% do valor devido e às taxas de juros e demais encargos financeiros<br />

incidentes sobre os financiamentos serão diferenciados, de forma<br />

a favorecer a expansão da preservação ambiental.<br />

Foto: divulgação<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Madeira cadastrada<br />

O LPF (Laboratório de Produtos Florestais) lança nova versão da chave eletrônica de Madeiras Comerciais do Brasil em<br />

português e inglês com acesso livre. A versão anterior da chave rodava no programa Delta, que tinha que ser instalado em<br />

cada máquina, e dispunha de 157 espécies. A nova chave é bilíngue (português e inglês) e possui 275 espécies cadastradas e<br />

pode ser acessada de qualquer lugar pelo link https://keys.lucidcentral.org/keys/v4/madeiras_comerciais_do_brasil/<br />

A ferramenta consiste em um aplicativo onde o usuário pode encontrar dados taxonômicos de 275 espécies de madeiras<br />

tropicais, dentre as mais comercializadas e as mais ameaçadas do Brasil. A partir da seleção de certas características disponíveis<br />

na chave, o programa irá filtrar apenas as espécies que se encaixam na descrição selecionada. Dessa forma, a partir da<br />

observação de uma amostra de madeira usando uma lupa de mão com aumento de pelo menos 10 vezes, o usuário poderá<br />

chegar até a espécie que está observando. Esse conjunto de informações visuais (imagens) e técnicas (caracterização anatômica<br />

da madeira) é de extrema ajuda na tomada de decisão quando se quer saber de fato a qual espécie de árvore pertence<br />

um pedaço de madeira.<br />

O principal público alvo são agentes de controle e fiscalização da exploração, transporte e comércio de madeira, sendo<br />

uma importante ajuda no combate ao desmatamento ilegal. Mas também é uma ferramenta muito útil para o setor madeireiro<br />

legal, permitindo com que produtores, vendedores e compradores possam ter certeza a respeito da legalidade dos produtos<br />

que movimentam. Além disso, fornece uma ótima fonte de informação para alunos e pesquisadores da área florestal.<br />

Com o auxílio da chave, os agentes de fiscalização podem coibir crimes ambientais ao identificar espécies ameaçadas<br />

sendo exploradas. Também permite que os fiscais observem inconsistências na identificação das espécies constantes na<br />

documentação de produtos florestais, já que é muito comum os criminosos ambientais esquentarem madeiras ilegais com<br />

documentos de outras madeiras.<br />

Foto: divulgação<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Preservação<br />

recompensada<br />

Foto: divulgação<br />

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social) irá realizar<br />

estudos para avaliar a viabilidade de um novo<br />

modelo de concessão ambiental baseado na<br />

remuneração para conservação e recuperação<br />

de florestas públicas. A ideia é utilizar o<br />

PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) e o<br />

mercado de créditos de carbono para tornar a<br />

preservação uma atividade lucrativa, levando<br />

investimentos aos territórios e garantindo alternativa<br />

de renda para quem protege o meio<br />

ambiente na Amazônia e em outros biomas.<br />

Para a realização dos estudos, a instituição<br />

financeira assinou um contrato com o Consórcio<br />

PSA e Créditos de Carbono, liderado pela<br />

Tauil e Chequer Sociedade de Advogados e<br />

composto pela empresa Biofílica Ambipar Environmental<br />

Investments. O consórcio foi selecionado<br />

em um processo público que contou<br />

com quatro participantes.<br />

Segundo o BNDES, as concessões ambientais<br />

existentes costumam se basear na<br />

exploração turística ou no manejo sustentável<br />

de produtos florestais. Os estudos irão avaliar<br />

um modelo diferente, que deverá apresentar<br />

soluções técnicas e jurídicas levando em conta<br />

o arcabouço legal existente no Brasil. “Ele está<br />

alinhado à missão ambiental do planejamento<br />

estratégico do BNDES, que consiste em apoiar<br />

o desenvolvimento dos mercados de carbono<br />

e pagamentos de serviços ambientais”, informa<br />

a instituição.<br />

Com cada vez mais visibilidade na pauta<br />

ambiental internacional, o PSA é um mecanismo<br />

que vem sendo usado em diversos países<br />

para remunerar empreendedores, produtores<br />

rurais, agricultores familiares, assentados,<br />

comunidades tradicionais e povos indígenas<br />

pelos serviços de conservação que beneficiam<br />

toda a sociedade, que vão desde a preservação<br />

de florestas nativas até a restauração<br />

de áreas degradadas. Na prática, trata-se de<br />

um incentivo para as boas práticas no campo,<br />

contribuindo também para o combate ao desmatamento<br />

ilegal.<br />

20 www.referenciaflorestal.com.br


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NOTAS<br />

Florestas Plantadas<br />

Foto: divulgação<br />

Em reunião realizada no mês de setembro, representante da SFA/PR (Superintendência Federal de Agricultura do<br />

Estado do Paraná) e do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Cleverson Freitas, e a Diretora de Desenvolvimento<br />

<strong>Florestal</strong>, do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), Lizane Ferreira, estiveram na EMBRAPA Florestas (Empresa<br />

Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em Colombo (PR), para uma reunião com o chefe-geral da unidade, Erich Schaitza.<br />

A reunião teve como objetivo discutir sobre as estratégias setoriais do Plano Nacional de Desenvolvimento das Florestas<br />

Plantadas, que tem como grande meta nacional ampliar a área de florestas plantadas em 2 milhões de ha (hectares)<br />

até 2030. Neste primeiro encontro, foram tratados os detalhes do TED (Termo de Execução Descentralizada) de cooperação<br />

entre as instituições, com quatro metas: dimensionar a demanda por produtos florestais oriundos de florestas plantadas;<br />

identificar potencial de mercado para os principais produtos florestais oriundos de florestas plantadas; disponibilizar<br />

e disseminar tecnologias e práticas para plantio de florestas e beneficiamento de produtos para instituições, empresas<br />

e sociedade, incluindo a produção de material técnico na forma de EAD (Educação à Distância) direcionado ao produtor<br />

rural e definir estratégias para alcance dos Objetivos Nacionais Florestais.<br />

O Chefe-Geral da EMBRAPA Florestas, Erich Schaitza, ressaltou: “A ideia é analisar as perspectivas de área florestal e<br />

traçar caminhos para o futuro. Vamos analisar e discutir o Plano Nacional de Florestas Plantadas, de forma a permitir um<br />

posicionamento assertivo da EMBRAPA, do MAPA e do SFB”, afirmou Erich.<br />

Na ocasião, também foi discutida a possibilidade de novos projetos e parcerias entre as instituições. Cleverson Freitas,<br />

considerou a visita à EMBRAPA Florestas uma excelente oportunidade para conhecer as pesquisas desenvolvidas pela<br />

unidade, e também para estreitar as relações entre a EMBRAPA e a Superintendência do MAPA aqui no estado do Paraná,<br />

visando futuras parcerias e novos projetos. “Um dos projetos discutidos foi a utilização de iscas com feromônios no Aeroporto<br />

Internacional Afonso Pena, para monitorar a possível entrada de pragas que possam ser prejudiciais à agropecuária<br />

e às florestas brasileiras”, destacou Cleverson.<br />

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fáceis Nas garras do FALCON<br />

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NOTAS<br />

Conectada e protegida<br />

A integração logística e de comunicação são fundamentais para o desenvolvimento e a proteção da região da Amazônia e<br />

o 5G possibilitará ações no meio da floresta, fazendo com que a área deixe de ser um deserto digital. Essas são as principais<br />

conclusões do painel do dia: A tecnologia como instrumento de proteção e desenvolvimento da nação; durante o seminário<br />

5G.BR, promovido pelo MC (Ministério das Comunicações), na capital do Amazonas. Na conversa moderada pelo CEO da FS<br />

Security, Alberto Leite, os painelistas destacaram que a tecnologia vai permitir vencer o desafio de atuar, de forma sustentável,<br />

seja com tecnologia, seja com a agricultura, preservando o bioma e valorizando o território. O painel, teve participação<br />

do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, do diretor de Produtos do CENSIPAM (Centro Gestor e Operacional do Sistema<br />

de Proteção da Amazônia), Hélcio Vieira Júnior, e do comandante do 1º Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica de<br />

Selva (Comando da Amazônia), Walace Paysan Gomes.<br />

Segundo o comandante, a tecnologia 5G vai complementar os meios de comunicação já existentes no monitoramento de<br />

fronteiras, para aumentar a fiscalização e o combate aos ilícitos. “A possibilidade de trazer a informação na faixa de fronteira<br />

com maior velocidade é uma enorme colaboração”, declarou Walace.<br />

Segundo Vieira Júnior, do Censipam, a proteção da região amazônica e a promoção do desenvolvimento sustentável é<br />

feita baseada em dados. E para tomar decisões é preciso que o tráfego de dados seja rápido. “Vamos poder tomar melhores<br />

decisões com base em dados confiáveis, para prover a proteção da Amazônia”, afirmou.<br />

O ministro Joaquim Leite lembrou que a tecnologia também pode contribuir no combate ao desmatamento e aos incêndios,<br />

com possibilidade de atuação em tempo real.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Foto: Emanuel Caldeira<br />

O Prêmio REFERÊNCIA <strong>2022</strong> está chegando e conforme foi destacado na última edição, o último participante do<br />

Painel Sustentabilidade desse ano foi confirmado. Esse novo painelista se junta a Rafael Mason, presidente do CIPEM<br />

(Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), Evaldo Muñoz Braz, pesquisador<br />

da EMBRAPA Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Deryck Pantoja Martins, diretor técnico<br />

da AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará).<br />

O integrante que completa o elenco do painel é Paulo Pupo, superintendente da Abimci (Associação Brasileira da<br />

Indústria de Madeira Processada Mecanicamente). Paulo será responsável por apresentar o tema: Mercado e tendências<br />

para a madeira processada. Além do cargo na Abimci, Paulo é vice-presidente da FIEP (Federação das Indústrias<br />

do Estado do Paraná) e Coordenador do Comitê Brasileiro de Madeira ABNT-CB31 (Associação Brasileira de Normas<br />

Técnicas). A presença de Paulo no painel reforça o papel do prêmio, que além de celebrar os grandes destaques do<br />

setor, serve também como fonte de informação para vários focos de atuação no mercado, passando pela madeira<br />

manejada, as exportações, a pesquisa e também a madeira de reflorestamento.<br />

O Prêmio REFERÊNCIA <strong>2022</strong> é organizado pela JOTA EDITORA, responsável pelas revistas REFERÊNCIA FLORES-<br />

TAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL DA MADEIRA, REFERÊNCIA CELULOSE&PAPEL, REFERÊNCIA PRODUTOS DE MADEIRA e<br />

REFERÊNCIA BIOMAIS. A edição deste ano conta com os patrocínios de: ACIMDERJ, AIMEX, CIPEM , DRV FERRAMEN-<br />

TAS, EFFISA, INOX CONEXÕES, MONTANA QUÍMICA, MSM QUÍMICA e REMSOFT. A premiação será realizada no dia<br />

29 de novembro, a partir das 19h (horas), em Curitiba (PR). Além dos vencedores, e convidados, esse ano o evento é<br />

aberto para o público geral. Estão disponíveis alguns ingressos de um lote limitado de convites para os interessados<br />

em participar do evento que dará direito a participar de toda a programação da noite: Painel Sustentabilidade, Prêmio<br />

REFERÊNCIA e do jantar que acontece logo após o término da cerimônia, com cardápio de massas especiais e bebidas<br />

não alcoólicas liberadas.<br />

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COLUNA<br />

Foto: divulgação<br />

CIPEM É ASSOCIADO<br />

DA REDE MULHER<br />

FLORESTAL<br />

Por meio do apoio<br />

técnico e financeiro<br />

do CIPEM, nosso<br />

objetivo é o de<br />

romper com antigos e<br />

errôneos paradigmas<br />

relacionados com<br />

a exploração legal<br />

e sustentável de<br />

madeira<br />

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Parceria nasce para fortalecer e valorizar as<br />

mulheres que atuam no setor florestal<br />

D<br />

iante à crescente presença feminina nas diversas atividades<br />

desenvolvidas no contexto do setor florestal, o CIPEM (Centro<br />

das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira)<br />

entende que a equidade de gênero é uma pauta muito importante<br />

do tripé da sustentabilidade no quesito Social, que<br />

deve ser amplamente discutida, com o fim de se promover significativas<br />

transformações na sociedade brasileira.<br />

Dessa forma, enquanto entidade representativa do setor de base florestal<br />

do Estado de Mato Grosso e, por meio da associação à RMF (Rede<br />

Mulher <strong>Florestal</strong>), o CIPEM reitera seu reconhecimento e apoio voluntário<br />

à organização não-governamental e sem fins lucrativos dedicada à causa.<br />

Fundada em Curitiba, em novembro de 2018, a RMF tem enquanto<br />

missão a discussão sobre gênero, promovendo o respeito à diversidade e<br />

igualdade de oportunidades para as mulheres no setor florestal.<br />

CULTURA E FLORESTA<br />

Em reunião realizada pela diretoria do CIPEM foi lançado o livro: Um<br />

dia de Floresta – o magnífico manejo florestal, da professora Mariana Peres,<br />

engenheira florestal. A autora participou da agenda e explanou sobre<br />

a série literária, que tem como proposta promover ampla discussão em<br />

torno dos benefícios proporcionados pelo manejo florestal sustentável no<br />

contexto escolar.<br />

“Por meio do apoio técnico e financeiro do CIPEM, nosso objetivo<br />

é o de romper com antigos e errôneos paradigmas relacionados com a<br />

exploração legal e sustentável de madeira”, esclareceu Rafael Mason, presidente<br />

do CIPEM.<br />

Durante a reunião também foi pautada a demanda existente por<br />

alternativas de armazenamento e transporte de madeiras produzidas no<br />

Estado. Essa pauta trouxe à discussão novos focos logísticos e como o Porto<br />

Seco de Cuiabá, poderá servir como um facilitador dos processos burocráticos,<br />

como vistoria do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e<br />

dos Recursos Naturais Renováveis) e Receita Federal.<br />

28 www.referenciaflorestal.com.br


FRASES<br />

Foto: divulgação<br />

Somos uma indústria que<br />

tem o compromisso com o<br />

desenvolvimento sustentável,<br />

por meio de ações focadas<br />

nas pessoas, no meio<br />

ambiente e na prosperidade<br />

das comunidades<br />

Zaid Ahmad Nasser é presidente da APRE<br />

(Associação Paranaense de Empresas de Base<br />

<strong>Florestal</strong>), em artigo publicado no site da<br />

associação<br />

“O que precisamos agora é<br />

trabalhar as demais atividades de<br />

base florestal, dar importância<br />

também à madeira sólida, à<br />

produção de carvão vegetal,<br />

estimular a indústria de MDF e<br />

móveis, indústria da energia, de<br />

fonte térmica, siderurgia, que são<br />

grande geradores de empregos.<br />

Então precisa de diversificação<br />

industrial e que a árvore seja<br />

seccionada em partes menores,<br />

dando mais oportunidades para o<br />

silvicultor”<br />

“O Brasil tem uma<br />

característica de aproveitar e<br />

poder ser exportador desse<br />

crédito. Então para nós foi<br />

bastante importante a gente<br />

começar a desenhar esse<br />

mercado global”<br />

Joaquim Leite, Ministro do Meio Ambiente, sobre<br />

o mercado de créditos de carbono<br />

Junior Ramires, presidente da REFLORE-MS<br />

(Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores<br />

e Consumidores de Florestas Plantadas) em<br />

entrevista ao Correio do Estado<br />

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ENTREVISTA<br />

O manejo é a<br />

RESPOSTA<br />

Forest management<br />

is the answer<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

O<br />

Brasil é um gigante em riquezas naturais<br />

e quando se trata de espécies de árvores,<br />

quase que diariamente surgem novas opções<br />

comerciais de tipos de madeira. O potencial<br />

de aproveitamento dessas espécies para a realização<br />

de manejo florestal sustentável é o trabalho do pesquisador<br />

Evaldo Muñoz Braz. Evaldo se dedica há mais de três décadas<br />

no desenvolvimento e aplicação de adequadas práticas<br />

de manejo florestal e comenta sobre a evolução do segmento,<br />

a importância da pesquisa e as mudanças vistas na<br />

atividade ao longo dos anos.<br />

Evaldo<br />

Muñoz Braz<br />

B<br />

razil is a giant in natural riches, and when<br />

it comes to tree species, new commercial<br />

options for timber types appear almost daily.<br />

However, the potential to use these species<br />

for Sustainable Forest Management is the work of scientist<br />

Evaldo Muñoz Braz. He has dedicated more than three<br />

decades to developing and applying appropriate Forest<br />

Management practices and comments on the evolution of<br />

the segment, the importance of research, and the changes<br />

seen in the activity over the years.<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Mestre e doutor em engenharia florestal pela UFSM<br />

(Universidade Federal de Santa Maria), já participou de<br />

levantamentos florestais nos Estados do Amazonas, Acre<br />

e Roraima. Suas principais experiências são nas áreas de<br />

recursos florestais e engenharia florestal, com ênfase no<br />

manejo de florestas naturais na Floresta Amazônica.<br />

Graduate, Masters, and Doctorate Degrees in Forestry<br />

Engineering from the Federal University of Santa Maria<br />

(UFSM). He has participated in forest surveys in the States<br />

of Amazonas, Acre, and Roraima. His main experiences are<br />

in forest resources and forest engineering, emphasizing<br />

natural Forest Management in the Amazon Forest.<br />

32 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

>> Como surgiu seu interesse pela engenharia florestal?<br />

Desde jovem tenho interesse pelo conhecimento sobre<br />

florestas. Em uma visita de divulgação do então curso<br />

científico, que antecederam às faculdades, houve a divulgação<br />

do curso de engenharia florestal em Santa Maria<br />

(RS). Essa divulgação foi feita por um dos fundadores do<br />

curso na cidade, o professor José Sales Mariano da Rocha.<br />

Através da apresentação, o interesse que já tinha aumentou<br />

e tomei a decisão de seguir na área.<br />

>> Quais suas principais áreas de pesquisa?<br />

Há muitos anos me dedico a pesquisa de manejo de florestas<br />

naturais. No início trabalhei com a pesquisa em<br />

exploração florestal, que hoje é chamado de colheita<br />

florestal. Atuei no Acre, na EMBRAPA (Empresa Brasileira<br />

de Pesquisa Agropecuária), junto ao pesquisador Marcos<br />

Vinicius para realizar o planejamento de redes de estradas<br />

no Estado. Além disso, trabalhei por muito tempo com inventários<br />

florestais. Hoje, posso dizer que minha área de<br />

pesquisa está muito fortalecida, principalmente pela parceria<br />

com a doutora Patrícia Póvoa de Matos, especialista<br />

em dendrocronologia. Essa parceria ajudou a desenvolver<br />

mais conceitos de manejo de florestas naturais e interpretar<br />

melhor os dados colhidos na floresta.<br />

>> Com foi sua experiência lecionando em Moçambique?<br />

Extremamente interessante. Antes de lecionar, trabalhei<br />

em uma empresa florestal do país, identificando as áreas<br />

para exploração florestal, que me ajudou a conhecer a<br />

realidade de Moçambique. Quando lecionei, pude ajudar<br />

na formação do curso de engenharia florestal em Moçambique.<br />

Eventualmente recebemos visitantes na EMBRAPA<br />

e há algum tempo tive a surpresa de receber um engenheiro<br />

florestal moçambicano formado na Universidade<br />

Eduardo Mondlane e que tinha sido meu aluno. É extremamente<br />

gratificante poder passar informações e ajudar<br />

na formação de profissionais de países que passam por<br />

algumas dificuldades.<br />

>> Conte-nos sobre a realização dos levantamentos florestais<br />

no Acre e Roraima?<br />

Essa experiência me ajudou a ter uma visão mais geral<br />

sobre a Floresta Amazônica. Trabalhei no inventário da<br />

BR 364, no Estado do Acre, junto a FUNTAC (Fundação de<br />

Tecnologia do Estado do Acre), onde fizemos um levantamento<br />

ao longo de todo o caminho das subtipologias<br />

florestais, que lá existiam. As informações levantadas<br />

no trabalho foram publicadas ainda no ano de 1994. Em<br />

Roraima, foi feito um levantamento ao longo de um dos<br />

maiores rios do Estado. Esses levantamentos deram embasamento<br />

para o que faço até hoje, muito conhecimento<br />

sobre a floresta e aumentou ainda mais o desejo de trabalhar<br />

nas florestas naturais brasileiras.<br />

>> Qual a importância do manejo sustentável para as<br />

florestas e para a economia?<br />

How did you become interested in Forest Engineering?<br />

Ever since I was young, I’ve been interested in forest<br />

knowledge. On a visit to the then-scientific courses,<br />

which preceded the forest departments, there was the<br />

announcement of the forestry engineering course in<br />

Santa Maria (RS). This disclosure was made by Professor<br />

José Sales Mariano da Rocha, one of the founders of the<br />

course. From his presentation, my interest increased,<br />

and I decided to follow in the area.<br />

What are your main areas of research?<br />

For many years, I have been dedicated to research in the<br />

Forest Management of natural forests. In the beginning,<br />

I worked with research in forest exploration, which today<br />

is called forest harvesting. Then, I worked in the State<br />

of Acre, at the Brazilian Agricultural Research Company<br />

(Embrapa), with scientist Marcos Vinicius to plan road<br />

networks in the State. In addition, I worked for a long<br />

time with forest inventories. Today, I can say that my<br />

research area is very much influenced by the partnership<br />

with Dr. Patricia Póvoa de Matos, a specialist in<br />

dendrochronology. This partnership helped to develop<br />

more concepts of natural Forest Management and better<br />

interpret the data collected in the forest.<br />

You taught in Mozambique. What was your experience<br />

like?<br />

Extremely interesting. Before teaching, I worked for a<br />

forestry company in the Country, identifying the areas<br />

for forest exploration, which helped me to know the<br />

reality of Mozambique. Then, when I taught, I was able<br />

to help in creating the forest engineering course in Mozambique.<br />

Later, we received visitors at Embrapa. Some<br />

time ago, I had the surprise visit of a Mozambican forest<br />

engineer who had graduated from Eduardo Mondlane<br />

University and had been my student. It is very gratifying<br />

to have been able to pass on knowledge and help train<br />

professionals from countries that are going through<br />

difficulties.<br />

Can you tell us about the forest surveys in the States of<br />

Acre and Roraima?<br />

BRAZ: This experience helped me to get a more general<br />

view of the Amazon Rainforest. I worked in the inventory<br />

along BR 364, in the State of Acre, with the Acre<br />

Technology Foundation (Funtac), where we conducted a<br />

survey along the entire highway for each forest subtype.<br />

The information gathered in the survey was published in<br />

1994. In Roraima, a survey was carried out along one of<br />

the largest rivers in the State. These surveys supported<br />

what I do today, collecting further knowledge about the<br />

forest and increasing my desire to work with Brazilian<br />

natural forests.<br />

What is the importance of sustainable Forest Management<br />

for forests and the economy?<br />

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ENTREVISTA<br />

O manejo tem grande importância para os Estados que<br />

pertencem à Floresta Amazônica. Para economias microrregionais<br />

dentro desses Estados como gerador de renda<br />

para os municípios e é um grande gerador de emprego<br />

também. Mas acima de tudo, o manejo florestal é o único<br />

uso do solo que mantém a cobertura florestal praticamente<br />

intacta e a única proposta de uso econômico, que<br />

mantém a floresta em pé. É o único uso plenamente sustentável<br />

para o bioma.<br />

>> Como a pesquisa florestal pode trazer novas soluções<br />

para o setor florestal?<br />

A pesquisa sobre o manejo florestal contribui de forma<br />

essencial. Atualmente temos uma legislação que permite<br />

uma taxa padrão de extração para todos os diferentes locais<br />

na Região Amazônia. A Amazônia é gigantesca e tem<br />

diferentes potencialidades, dependendo das condições<br />

locais ou distribuição das espécies. A pesquisa surge como<br />

uma possibilidade de desenvolver novos procedimentos<br />

para manejar espécies. Primeiro, conhecendo melhor as<br />

espécies, pois quanto mais informações temos sobre a árvore,<br />

melhor a forma de usufruir da madeira e preservar<br />

a continuidade daquela espécie. Por isso, a pesquisa serve<br />

para informar sobre as árvores de cada região, sobre a<br />

maturidade dos indivíduos ali presentes, isso faz com que<br />

a intervenção nessa floresta seja muito mais assertiva e<br />

produtiva. Utilizar uma mesma norma geral é um empecilho<br />

para o desenvolvimento do trabalho do manejo, pois<br />

as espécies apresentam comportamentos, ciclos e resultados<br />

diferentes. A pesquisa sobre manejo abre as possibilidades<br />

para que a legislação possa ser alterada e aplicada<br />

da melhor maneira possível.<br />

>> Como mostrar a importância do manejo sustentável<br />

da floresta para a sociedade?<br />

Na verdade existe uma grande confusão entre manejo,<br />

exploração florestal e desmatamento. A grande mídia<br />

também acaba fazendo confusão entre os termos e isso<br />

prejudica a visão da sociedade sobre manejo. O manejo<br />

precisa ser mais divulgado, mais explicado para sociedade<br />

civil, para que a importância e seriedade do manejo<br />

Forest Management is essential for States making up<br />

the Amazon Forest. For microregional economies within<br />

these States, the forest is an income generator for municipalities<br />

and a significant generator of employment.<br />

But above all, Forest Management is the only land use<br />

that keeps forest cover virtually intact and the only proposal<br />

for economic use that keeps the forest standing. It<br />

is the only fully sustainable use for the biome.<br />

How can forest research lead to new solutions for the<br />

Forestry Sector?<br />

Research on Forest Management is essential to forest<br />

well-being. Currently, the legislation calls for a standard<br />

harvest rate for all locations in the Amazon Region.<br />

The Region is gigantic and has different potentialities<br />

depending on local conditions or species distribution.<br />

Research emerges as a possibility to develop new procedures<br />

for handling species. Knowing the species better<br />

because the more information we have about the tree,<br />

the better is the way to enjoy the forest products and<br />

preserve the continuity of that species. Therefore, research<br />

informs us about the trees in each region and the<br />

maturity of the individuals present there. This helps the<br />

intervention in this forest be much more assertive and<br />

productive. Using the same general standard hinders<br />

the development of Forest Management work because<br />

the species have different behaviors, cycles, and results.<br />

Forest Management research allows legislation to be<br />

amended and applied in the best possible way.<br />

How can you show the importance of Sustainable Forest<br />

Management for society?<br />

There is much confusion between Forest Management,<br />

forest exploitation, and deforestation. The mainstream<br />

media also creates this confusion between the terms,<br />

undermining society’s view of Forest Management.<br />

Forest Management needs to be more disseminated and<br />

better explained to civil society so that the importance<br />

and seriousness of Forest Management can be understood.<br />

Forest Management respects the forest, has standards<br />

to be followed, and preserves local fauna and flora<br />

O manejo é a chave para manter a floresta<br />

em pé para sempre<br />

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ENTREVISTA<br />

possam ser entendidas. O manejo respeita a floresta, tem<br />

padrões para ser realizado e preserva fauna e flora local<br />

como nenhuma outra atividade. O manejo é uma garantia<br />

de preservação para a floresta. É importante mostrar<br />

para a sociedade e para produtores rurais, que tenham<br />

interesse, que o manejo é a única atividade que não altera<br />

ambiente, pois remove algumas árvores e mantém a<br />

maioria intacta.<br />

>> O manejo é a chave para manter a floresta em pé?<br />

O manejo é a chave para manter a floresta em pé para<br />

sempre. Perenemente, porque o princípio do manejo é<br />

só cortar árvores depois que ela atingir um determinado<br />

ponto de maturação e toda parte estrutural de baixo mais<br />

jovem, mais saudável, fica em pé. Ou seja, após a remoção<br />

das árvores mais velhas, só podemos voltar na mesma<br />

área em 25 ou 30 anos. Assim, teremos novas árvores<br />

para realizar um novo corte, mas a estrutura da floresta<br />

fica mantida.<br />

>> Qual a importância da EMBRAPA Florestas para a pesquisa<br />

e desenvolvimento das culturas florestais e manejo<br />

no Brasil?<br />

A EMBRAPA foi criada para aliar a questão ambiental e<br />

produtiva, temos essa pegada de produção florestal como<br />

um norte no trabalho. Trabalhamos com florestas nativas<br />

e também nas melhorias para o desenvolvimento de<br />

espécies de reflorestamento. Na minha área, de manejo<br />

de espécies nativas, temos nossa maior área de pesquisa<br />

no Mato Grosso, onde existem grandes áreas de manejo<br />

sendo exploradas. Nossa área de pesquisa, por exemplo,<br />

da EMBRAPA Florestas é no Mato Grosso. Temos parceria,<br />

também com a EMBRAPA do Acre e buscamos, como pesquisadores,<br />

oferecer soluções melhores para a produção.<br />

>> Existem parcerias público privadas no desenvolvimento<br />

das pesquisas?<br />

A EMBRAPA têm várias parcerias. No manejo trabalhamos<br />

junto com o CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e<br />

Exportadoras de Madeira do Estado do Mato Grosso) e<br />

com o SINDUSMAD/Norte (Sindicato da Indústria Madei-<br />

like no other activity. Forest Management is a guarantee<br />

of the preservation of the forest. It is essential to show<br />

this to society and rural producers who are interested<br />

that Forest Management is the only activity that does<br />

not alter the environment, as it removes some trees and<br />

keeps the majority intact.<br />

Is Forest Management the key to maintaining the<br />

forest standing?<br />

Forest Management is the key to maintaining the forest<br />

standing forever. Perennially, the Forest Management<br />

principle is only to cut down trees after they reach a certain<br />

maturation point. Thus, the younger, healthier trees<br />

remain standing in every part of the forest structure.<br />

That is, after the removal of the older trees, we can only<br />

return to the same area in 25 or 30 years. Thus, we will<br />

have new trees to make new cuts, and therefore, the<br />

structure of the forest is maintained.<br />

What is the importance of Embrapa Florestas for the<br />

research and development of planted forests and Forest<br />

Management in Brazil?<br />

Embrapa was created to study the environmental<br />

and productive issues combined. We have this forest<br />

production footprint as an objective of our work. We<br />

work with native forests, species improvements, and the<br />

development of reforestation. In my area, native species<br />

Forest Management, we have our largest research area<br />

in Mato Grosso, where many Forest Management areas<br />

are being explored. Our Embrapa research area, for<br />

example, is in Mato Grosso. We also have a partnership<br />

with Embrapa in Acre and seek, as scientists, to offer<br />

better solutions for production.<br />

Are there Public Private Partnerships in the development<br />

of research?<br />

Embrapa has several partnerships. In the Forest Management<br />

area, we work with the State of Mato Grosso<br />

Center of Wood Producing and Exporting Industries (CI-<br />

PEM) and the North of the State of Mato Grosso Timber<br />

Industry Union (Sindusmad/Norte). These partnerships<br />

A pesquisa sobre manejo abre as possibilidades para<br />

que a legislação possa ser alterada e aplicada da<br />

melhor maneira<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

reira do Norte do Estado do Mato Grosso). Essas pesquisas<br />

funcionam em uma rota de mão dupla. As associações<br />

nos apoiam e em contrapartida recebem informações de<br />

interesse para suas atividades. Trabalhamos para expandir<br />

essas parcerias em outros Estados e atividades.<br />

>> O Brasil pode ser uma potência no manejo e exportação<br />

de madeira nativa?<br />

Acredito que sim. Vemos alguns trabalhos que consideram<br />

que não, que não seria sustentável para suprir uma<br />

demanda mundial. Entretanto são poucas áreas até agora<br />

que estão sendo destinadas ao manejo florestal e nessa<br />

lacuna temos um potencial enorme, com a Floresta Amazônica,<br />

mas também se tivermos expansão para outras<br />

florestas nacionais. Precisamos trabalhar para diminuir o<br />

preconceito com o manejo e mostrar que quanto mais florestas<br />

manejadas, mais florestas teremos em pé e menos<br />

áreas serão destinadas à culturas que afetem o bioma de<br />

forma mais pesada.<br />

>> Quais as principais mudanças que observa em relação<br />

ao manejo realizado quando começou nessa área de<br />

atualmente?<br />

Antigamente o manejo era feito de exploração sem o adequado<br />

planejamento. Havia muita destruição da floresta<br />

que permanecia e isso afetava também a regeneração da<br />

área de manejo. A legislação e as pesquisas foram grandes<br />

aliadas no desenvolvimento do manejo florestal. A<br />

evolução da exploração madeireira saiu de um extrativismo<br />

simples, onde a pessoa ia lá e tirava a árvore, para um<br />

sistema planejado, onde toda extração é controlada pelos<br />

órgãos fiscalizadores. Hoje há um controle muito maior<br />

sobre a atividade, sistemas de rastreamento da madeira<br />

desde seu corte, até o destino final do produto.<br />

>> Qual é seu maior objetivo como pesquisador?<br />

O objetivo como pesquisador é dar respostas para a sociedade.<br />

Respostas que contribuam para a sociedade e,<br />

especificamente para mim, é diminuir o preconceito que<br />

existe em relação ao manejo e contribuir para que a legislação<br />

e os métodos de manejo se aperfeiçoem.<br />

work both ways. The associations support us; on the other<br />

hand, they receive information of interest regarding<br />

their activities. We work to expand these partnerships in<br />

other states and actions.<br />

Can Brazil participate significantly in the Forest Management<br />

and export of native timber?<br />

I believe so. We see some publications where people<br />

don’t think so, that it would not be sustainable to meet<br />

global demand. However, up to now, there is only a minimal<br />

area destined for Forest Management. Therefore,<br />

we have enormous potential with the Amazon Forest,<br />

but also if we expand to other national forests. We need<br />

to work to reduce prejudice against Forest Management<br />

and show that the more Forest Management forests, the<br />

more forests we will have standing, and the fewer areas<br />

will be destined for other crops that negatively impact<br />

the biome.<br />

What are the main changes observed concerning how<br />

Forest Management is being carried out from when it<br />

started in the Amazon area and now?<br />

In the past, Forest Management was carried out by<br />

exploitation without proper planning. There was a lot of<br />

destruction of the remaining forest, which also affected<br />

the Forest Management area’s regeneration. Legislation<br />

and research were significant allies in the development<br />

of Forest Management. Forest harvesting evolved from a<br />

simple extraction, where the person went into the forest<br />

and took a tree, to a planned system, where inspection<br />

agencies monitor all extractions. Today, there is much<br />

greater control over the activity, and timber tracking<br />

systems from its cutting, to the final destination of the<br />

product.<br />

What is your primary goal as a scientist?<br />

My objective as a scientist is to give answers to society.<br />

For me, it is to find solutions that contribute to society<br />

and reduce the prejudice concerning Forest Management,<br />

contribute to the legislation, and improve Forest<br />

Management methods.<br />

O manejo respeita a floresta, tem padrões para<br />

ser realizado e preserva fauna e flora local como<br />

nenhuma outra atividade<br />

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Importância da<br />

luva no trabalho<br />

com motosserra<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Eng. <strong>Florestal</strong> e Seg. do Trabalho<br />

Doutorando em Eng. Agrícola<br />

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Foto: divulgação<br />

O importante é fazer uso de uma luva adequada que atenda as<br />

necessidades e que tenha o CA (Certificado de Aprovação)<br />

O<br />

trabalho com motosserras é potencialmente<br />

muito perigoso e exige uma série de cuidados por<br />

parte dos envolvidos na atividade, principalmente<br />

o operador da máquina. Queda de árvore em<br />

função de um mal planejamento, bem como, um<br />

ferimento resultante do contato do conjunto de corte no corpo<br />

do operador, são apenas dois exemplos.<br />

Para mitigar, e diminuir drasticamente qualquer evento que<br />

possa trazer algum prejuízo físico e danos à saúde do operador é<br />

muito importante que se faça um correto planejamento das atividades<br />

que serão executadas para que a partir desse momento se<br />

estabeleça as medidas de proteção do trabalho. E dentro dessas<br />

medidas tem-se o uso dos equipamentos de proteção individual,<br />

o qual a luva de proteção das mãos é indispensável.<br />

A luva para a atividade de corte florestal é fundamental, pois<br />

é ela que vai proteger a mão do contato em qualquer objeto e<br />

proporcionar a pega adequada tanto no cabo dianteiro, quanto<br />

no cabo traseiro, mantendo assim, a motosserra estável e firme<br />

junto ao corpo.<br />

De 10% a 15% dos ferimentos no corpo do operador ocorrem<br />

nas mãos. Posso afirmar que a maioria ocorre em função do não<br />

uso das luvas, e quase todos os danos poderiam ser minimizados<br />

se o operador estivesse fazendo uso do EPI.<br />

Os ferimentos mais comuns nas mãos dos operador são:<br />

- corte ocasionado pelo conjunto de corte no momento da<br />

atividade;<br />

- corte e queimaduras no momento da manutenção da máquina,<br />

afiação, por exemplo, e silenciador quente;<br />

- espinhos e picadas de animais.<br />

Existem no mercado vários tipos de luvas para trabalho<br />

com motosserras, onde predomina luvas de cinco dedos. Nesta<br />

configuração tem-se um modelo que apresenta uma proteção<br />

anticorte no dorso da mão. Dessa forma a atividade se torna mais<br />

segura ainda, principalmente quando vai ocorrer o travamento da<br />

corrente pela mão esquerda do operador.<br />

Outro modelo muito bacana é a luva de gato ou de 3 dedos.<br />

Essa luva em questão é específica para a atividade com motosserra,<br />

e ela tem como característica na mão direita a facilidade em<br />

usar o acelerador com o dedo indicador na atividade de seccionamento<br />

ou desgalhamento, bem como, o uso do polegar quando<br />

da atividade de supressão da árvore.<br />

Independente do modelo a ser utilizado, o importante é fazer<br />

uso de uma luva adequada que atenda as necessidades e que tenha<br />

o CA (certificado de aprovação).<br />

É importante sempre dar preferência para que a palma da<br />

luva seja constituída de vaqueta ao invés de raspa, pelo motivo de<br />

ser mais maleável ao usar, principalmente se molhar. Outro ponto<br />

a ser levado em consideração é que o dorso da mão seja constituído<br />

de um material que ajude na transpiração, seja resistente<br />

ao rasgo e absorva o suor durante a execução da atividade. Toda e<br />

qualquer luva deve ainda ser resistente a abrasão e escoriação.<br />

De 10% a 15% dos ferimentos<br />

no corpo do operador ocorrem<br />

nas mãos<br />

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PRINCIPAL<br />

O DESENVOLVIMENTO<br />

DA MARCA DE UMA<br />

PIONEIRA<br />

Fotos: divulgação<br />

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Indústria de iscas formicidas<br />

celebra sua tradição de<br />

vanguarda tecnológica,<br />

alto padrão de qualidade e<br />

reconhecimento dos clientes<br />

Ao final da década de 1960 a industrialização do<br />

mundo pós-guerra havia dado ao Brasil, então<br />

integrante do grupo de países chamado terceiro<br />

mundo, uma melhor condição de crescimento e<br />

iniciava-se um ciclo de desenvolvimento inédito. O<br />

cenário desse período foi caracterizado pela entrada de capital<br />

estrangeiro, motivado pelo crescimento das exportações e por<br />

investimentos internos.<br />

O Brasil vinha desenvolvendo técnicas aplicadas em todas<br />

as formas de cultivo, visando mais produtividade e colaborando<br />

para o incremento dos números da economia nacional. Das<br />

ameaças existentes nas lavouras desse imenso Brasil, a formiga<br />

representava um grande problema ainda sem soluções eficazes.<br />

Foi nesse contexto que a Dinagro iniciou suas atividades no<br />

comércio de inseticidas e produtos pecuários. Em 1969, Izidro<br />

Pedro de Freitas e Salvatore Romano fundavam a primeira fábrica<br />

de iscas formicidas do Brasil, no interior, em Ribeirão Preto (SP).<br />

O pioneirismo da Dinagro rapidamente gerou frutos e logo outros<br />

brasileiros também perceberam que poderiam fabricar iscas<br />

formicidas, que até então eram importadas.<br />

Naquela época, uma das tarefas mais difíceis enfrentadas pelos<br />

agricultores era o controle das pragas. A visão empreendedora<br />

da Dinagro atuou com foco nessa dificuldade que se apresentava<br />

silenciosa e quase invisível, mas de consequências desastrosas<br />

para o produtor rural. Foi dessa maneira que a Isca Formicida se<br />

tornou uma forte aliada do agronegócio nacional, contribuindo<br />

substancialmente para que a agricultura brasileira pudesse ter a<br />

sua primeira grande alavancagem.<br />

É fato que sem o controle desta praga e muitas outras, o<br />

Brasil não seria hoje a promessa de celeiro do mundo. O olhar<br />

disruptivo dos fundadores da Dinagro em nacionalizar esta tecnologia,<br />

é considerado um marco de grande feito para o setor do<br />

agronegócio do nosso país.<br />

The Growth of a<br />

Pioneering Brand<br />

An ant bait producer celebrates its<br />

tradition of cutting-edge technology,<br />

high-quality standards, and<br />

customer recognition<br />

B<br />

y the end of the 1960s, the industrialization of<br />

the post-war world led Brazil, then a member<br />

of the group of countries known as the third<br />

world, to better growth conditions, and an<br />

unprecedented development cycle began.<br />

This period was characterized by the entry of foreign capital,<br />

motivated by the growth of exports and internal investments.<br />

Brazil had been developing techniques applied in all forms<br />

of crop cultivation, aiming at more productivity and contributing<br />

to the increase in domestic economy numbers. However,<br />

of the threats existing in the crops of this immense Brazil,<br />

the ant represented a significant problem still without great<br />

effective solutions.<br />

It was in this context that Dinagro began its activities in the<br />

sale of insecticides and livestock products. In 1969, Izidro Pedro<br />

de Freitas and Salvatore Romano (in Memorium) founded the<br />

first ant bait factory in Brazil, in the interior, in Ribeirão Preto<br />

(SP). Dinagro’s pioneering role quickly produced fruit, and soon<br />

other Brazilians also realized that they could manufacture ant<br />

baits, which up to then had been imported.<br />

At that time, rural producers faced one of the most challenging<br />

tasks, pest control. Dinagro’s entrepreneurial vision<br />

focused on this silent and almost invisible difficulty, but with<br />

disastrous consequences for the rural producer. In this way,<br />

ant baits became a strong ally of domestic agribusiness, contributing<br />

substantially so Brazilian agriculture could achieve<br />

its first significant leverage.<br />

It is a fact that without controlling this plague and many<br />

others, Brazil would not be the promise of the world’s food silo<br />

today. Therefore, the Dinagro founders’ groundbreaking look in<br />

domesticating this technology is considered a milestone and an<br />

outstanding achievement for the Agribusiness Sector in Brazil.<br />

<strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong><br />

45


PRINCIPAL<br />

O PRESENTE TEXTO É UM CONVITE A<br />

CONHECER CADA ETAPA DESSA HISTÓRIA, E<br />

MAIS DO QUE O REGISTRO DE UMA TRAJETÓRIA<br />

EMPRESARIAL, PRETENDE SER UMA FONTE DE<br />

INSPIRAÇÃO PARA NOVOS EMPREENDIMENTOS,<br />

PARA NOVOS VISIONÁRIOS E NOVAS HISTÓRIAS<br />

DE SUCESSO. ADENTRAMOS UMA CASA DE<br />

FAMÍLIA, A FAMÍLIA DINAGRO.<br />

THIS TEXT IS AN INVITATION TO GET TO<br />

KNOW EACH STAGE OF THE COMPANY’S<br />

HISTORY. MORE THAN THE RECORD OF A<br />

BUSINESS TRAJECTORY, THE COMPANY AIMS<br />

TO BE A SOURCE OF INSPIRATION FOR NEW<br />

VENTURES, NEW VISIONARIES, AND NEW<br />

SUCCESS STORIES. WE’VE ENTERED A FAMILY<br />

HOME, THE DINAGRO FAMILY.<br />

COMO TUDO COMEÇOU<br />

Atrás de um balcão, o visionário Izidro Pedro de Freitas enxergou<br />

o horizonte intocado das iscas formicidas no Brasil e, junto do<br />

seu amigo e sócio Salvatore Romano (in memorian), deu início a<br />

um empreendimento de sucesso. Dessa união nasceu a Dinagro<br />

– Distribuidora Nacional Agropecuária, em 13 de agosto de 1968.<br />

Durante essa década, a isca era um produto recém importado<br />

dos EUA (Estados Unidos da América) pela Secretaria do Estado<br />

da Agricultura em quantidades reduzidas. Então, Izidro com seu<br />

espírito empreendedor e sua paixão pela agropecuária, resolveu<br />

desenvolver uma isca similar, testando sozinho e sem grandes<br />

conhecimentos, uma maneira de fabricá-la.<br />

Primeiro providenciou um atrativo para as formigas, algo que<br />

fizesse com que elas trocassem as folhas pela isca. Na região de<br />

Ribeirão Preto, o setor cítrico estava em expansão, implementando<br />

grandes fábricas de suco com vistas à exportação. O bagaço<br />

da laranja, que era despejado por essas indústrias, logo foi descoberto<br />

por Izidro como uma ótima matéria-prima para uso em<br />

sua isca formicida.<br />

No início de 1969, a polpa cítrica já estava regulamentada<br />

para o formicida e agora restava encontrar um princípio ativo.<br />

Izidro testou vários compostos, como Aldrim e outros clorados<br />

até, finalmente, chegar ao Dodecacloro. Assim, em junho do<br />

HOW IT ALL STARTED<br />

Behind a counter, the visionary Izidro de Freitas saw the<br />

new horizon for baits in Brazil and began a successful venture<br />

with his friend and partner, Salvatore Romano. From this<br />

union, Dinagro (Distribuidora Nacional Agropecuária) was<br />

born on August 13, 1968. During this decade, ant bait was a<br />

product imported from the U.S. by the Secretary of State for<br />

Agriculture in reduced quantities. So, Izidro de Freitas, with<br />

his entrepreneurial spirit and passion for animal farming,<br />

decided to develop a similar bait, testing, and, without much<br />

knowledge, a way to manufacture it.<br />

First, an attraction for the ants was found, something that<br />

would make them exchange the leaves for the bait. In the Ribeirão<br />

Preto Region, the Citrus Sector was expanding, installing<br />

large juicing factories with a view to export. Izidro de Freitas<br />

soon discovered that the orange bagasse waste from these<br />

factories was an excellent raw material source for his ant bait.<br />

By the beginning of 1969, the citrus pulp was already regulated<br />

for use in ant baits, and now an active ingredient was left<br />

to be found. Izidro de Freitas tested several compounds, such<br />

as aldrin and other chlorinated material, until finally deciding<br />

upon dodecachlor. Thus, in June of the same year, Dinagro<br />

made its first sale of a domestically produced ant bait. Sales<br />

SEDE DA FÁBRICA<br />

DA DINAGRO<br />

EQUIPE REUNIDA NA<br />

DINAGRO AGROPECUÁRIA<br />

IZIDRO E SALVATORE<br />

INSPECIONAM PRODUÇÃO NA<br />

FÁBRICA EM JURUCÊ<br />

INSTALAÇÃO DE REATOR<br />

VITRIFICADO DA FÁBRICA DO ÁCIDO<br />

PERFLUOROOCTANO SULFÔNICO<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br


mesmo ano, a Dinagro fez sua primeira venda de Isca Formicida<br />

Nacional. As vendas cresceram e a produção passou a ser em<br />

escala industrial/artesanal.<br />

Apesar de diversificar-se durante alguns anos em outras atividades,<br />

como produção e comércio de sementes, produção de<br />

fertilizantes foliares e orgânicos, é na produção de iscas formicidas<br />

de alto padrão que a Dinagro solidificou a sua marca. Dessa forma,<br />

em 1972 a Dinagro adquiriu uma máquina suíça, rápida, eficiente<br />

e inovadora. Ela possibilitava um novo modo de fazer o produto,<br />

de granulado para peletizado. A máquina peletizadora dobrou<br />

a produção e deu início à famosa marca do Formicida Dinagro.<br />

A PROVA DE FOGO<br />

Inesperadamente em 1992, o governo brasileiro, em conformidade<br />

com resoluções internacionais de saúde, anunciou a<br />

proibição do princípio ativo mais comum na produção de formicida<br />

até então, o Dodecacloro. Além disso, tornava obrigatório<br />

o registro de qualquer novo princípio ativo que fosse utilizado.<br />

Foi necessária a aprovação de inúmeros testes que comprovavam<br />

a eficiência, a qualidade, a toxicidade, e vários outros<br />

itens dos princípios ativos, sendo a Sulfluramida o composto de<br />

melhor desempenho para essa substituição. Assim, o processo de<br />

registro se deu com a apresentação dos dados ao Ministério da<br />

grew, and production became industrial/artisanal.<br />

Despite diversifying for a few years into other activities,<br />

such as seed and foliar and organic fertilizer production and<br />

sales, it is in the production of high-standard formicide baits<br />

that Dinagro has solidified its name. Thus, in 1972, Dinagro acquired<br />

a Swiss machine that was fast, efficient, and innovative.<br />

As a result, it became possible to create a new way of making<br />

the product, going from granulated to pellets. The pelletizing<br />

machine doubled production, and so began the famous Dinagro<br />

brand of ant baits.<br />

FIREPROOF<br />

Unexpectedly in 1992, the Brazilian Government, following<br />

international health resolutions, announced a ban on the<br />

most common active ingredient in the production of ant bait,<br />

dodecachlor. In addition, it made it mandatory to register any<br />

new active ingredient to be used.<br />

It was necessary to approve numerous tests that proved<br />

the efficiency, quality, clarity, and several other items of the<br />

active ingredients, and Sulfluramide was the best performing<br />

compound for this substitution. Thus, the registration process<br />

took place with the presentation of the data to the Ministry<br />

of Agriculture, the Brazilian Institute of the Environment and<br />

FOLDER DE 1996, ÉPOCA EM<br />

QUE COMEÇOU A VENDA<br />

DO DINAGRO-S, JÁ COM<br />

SULFLURAMIDA<br />

TRABALHO<br />

EM CAMPO<br />

PRODUÇÃO DAS ISCAS<br />

FORMICIDAS NA FÁBRICA<br />

DEMONSTRAÇÃO DA<br />

EFICIÊNCIA DA ISCA<br />

<strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong><br />

47


PRINCIPAL<br />

Agricultura, ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e<br />

dos Recursos Naturais Renováveis) e a ANVISA (Agência Nacional<br />

de Vigilância Sanitária), para posterior aprovação.<br />

Apenas em 1996 a documentação foi aprovada e finalmente<br />

com o registro do Ministério da Agricultura em mãos, a Dinagro<br />

passou a produzir a Isca com o princípio ativo Sulfluramida. Depois<br />

do longo processo do registro do novo princípio ativo a produção<br />

se restabeleceu e iniciou-se o planejamento para investir nas<br />

vendas do setor florestal.<br />

UMA PEDRA NO SAPATO<br />

No final de 1997, adquirir a matéria-prima para a fabricação<br />

da Sulfluramida ficou mais complicada. Foi então que, em uma das<br />

reuniões decisivas da empresa a administração tomou mais uma<br />

importante decisão, sintetizar a própria Sulfluramida. De posse de<br />

um grande espírito empreendedor, a Dinagro seria a primeira e a<br />

única no Brasil, a fabricar a Sulfluramida de maneira verticalizada,<br />

não dependendo da matéria-prima original. A Dinagro se orgulha<br />

de ser portadora desse processo e de levar, com sua iniciativa, o<br />

nome do Brasil para o mundo.<br />

Em 1999 surgiu a parceria com a multinacional Basf, uma<br />

associação que foi de grande importância para ambas empresas.<br />

Renewable Natural Resources (Ibama), and the National Health<br />

Surveillance Agency (Anvisa) for approval.<br />

Only in 1996 was the documentation approved, and, finally,<br />

with the registration of the Ministry of Agriculture in hand,<br />

Dinagro began to produce a bait with the active ingredient<br />

Sulfluramide. After the long process of registering the new<br />

active ingredient, production was reestablished, and plans to<br />

invest in Forestry Sector sales began.<br />

A PEBBLE IN THE SHOE<br />

At the end of 1997, acquiring the raw material for the<br />

manufacture of Sulfluramide became more complicated. It<br />

was then that, in one of the decisive management meetings<br />

of the Company, another critical decision was made, synthesizing<br />

the Sulfluramide itself. Possessed by a tremendous<br />

entrepreneurial spirit, Dinagro would be the first and only one<br />

in Brazil to manufacture Sulfluramide from the start, no longer<br />

depending on the original raw material. Dinagro is proud to<br />

be the holder of this process and to take Brazil’s name to the<br />

world with its initiative.<br />

In 1999, a partnership was created with the multinational<br />

Basf, an association that became important to both companies.<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


Foi dessa maneira que a Isca Formicida se tornou uma<br />

forte aliada do agronegócio nacional, contribuindo<br />

fortemente para que a agricultura brasileira pudesse<br />

ter a sua primeira grande alavancagem<br />

A DINAGRO DO TERCEIRO MILÊNIO<br />

Em 2005, a Dinagro deu mais um passo para o futuro. Contactados<br />

por uma empresa chinesa os atuais diretores, filhos de<br />

Izidro e Salvatore, Luiz Eugênio (atual Diretor Presidente) e Maurício<br />

Romano (atual Diretor Comercial) decidiram ir pessoalmente<br />

conhecer esse novo mundo.<br />

Lá conheceram o Matrine, um inseticida-acaricida de origem<br />

natural, extrato de planta, que foi registrado e que está se apresentando<br />

como excelente ferramenta de manejo de pragas no Brasil,<br />

tendo obtido extensão de uso para 56 culturas e 13 pragas, entre<br />

elas a cultura do eucalipto para controle da Glena bipennaria.<br />

Acreditando no apoio ao desenvolvimento das aplicações de<br />

isca formicida, a Dinagro é a única empresa do mercado que investiu<br />

no desenvolvimento da aplicação mecanizada das microembalagens<br />

biodegradáveis, o Mebio – T. No novo formato, os sachês<br />

que antes só eram usados no controle manual, ganharam também<br />

o uso mecanizado, que garante alto rendimento da operação.<br />

Nos últimos 2 anos a Dinagro investiu nas suas instalações,<br />

ampliando a fábrica de Sulfluramida e da Isca Resistente a umidade,<br />

esta última um velho sonho do mercado. Uma Isca que pode<br />

ser aplicada em período chuvoso ou em locais de alta umidade. A<br />

Isca Dinagro – S Resistente oferece uma tecnologia disruptiva que<br />

rompe com o modelo anteriormente definido e propõe algo nunca<br />

visto: o controle de formigas em condições de solos molhados,<br />

dias chuvosos ou com prenúncio de chuvas.<br />

Luiz Eugênio, assume hoje o cargo de presidência da ABRAIS-<br />

CA (Associação Brasileira das Empresas Fabricantes de Iscas<br />

Inseticidas), que defende o uso dos produtos de suas associadas<br />

em consonância com a legislação vigente e com as melhores<br />

tecnologias disponíveis. Assim como, a presidência da AENDA<br />

(Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos), que trata de<br />

questões regulatórias de registro de defensivos agrícolas no Brasil.<br />

Há 54 anos, a Dinagro é líder absoluta no mercado de iscas<br />

formicidas, investe constantemente em tecnologia para oferecer<br />

aos produtores de todo o país soluções únicas e eficientes no<br />

controle de pragas.<br />

DINAGRO IN THE THIRD MILLENNIUM<br />

In 2005, Dinagro took another step toward the future.<br />

Contacted by a Chinese company, the current directors, sons<br />

of de Izidro de Freitas and Salvatore Romano, Luiz Eugênio<br />

(current Managing Director) and Maurício Romano (current<br />

Sales Director), decided personally to enter this new world.<br />

They met Matrine, a natural origin insecticide-acaricide, a<br />

plant extract patented. It presented itself as an excellent pest<br />

management tool in Brazil, used for 56 crops and 13 pests,<br />

including for Glena bipinnaria control in eucalyptus planted<br />

forests.<br />

Believing in supporting the development of ant bait applications,<br />

Dinagro is the only company in the market that has<br />

invested in developing the mechanized application of biodegradable<br />

micro-packaging, Mebio-T. In the new format, the<br />

sachets previously only used in manual control have also gained<br />

mechanized use that guarantees high operating performance.<br />

In the last two years, Dinagro has invested in its facilities,<br />

expanding the sulfluramide and the Moisture Resistant Bait<br />

plants, the latter an old market dream, where an ant bait can<br />

be applied in the rainy season or in high humidity locations.<br />

The Dinagro Isca-S Resistente offers a disruptive technology<br />

that breaks with the previously defined model and proposes<br />

something never seen before: the control of ants in wet soil<br />

conditions, rainy days, or with forecasted rains.<br />

Today, Luiz de Freitas is the president of the Brazilian Association<br />

of Insecticide Bait Manufacturers (Abraisca), which<br />

advocates using member products in line with current legislation<br />

and the best available technologies. He is also president<br />

of the Brazilian Association of Generic Pesticides (Aenda),<br />

which deals with regulatory issues of agricultural pesticide<br />

registration in Brazil.<br />

For 54 years, Dinagro has been an absolute leader in the<br />

ant bait market, constantly investing in technology to offer<br />

unique and efficient pest control solutions throughout Brazil.<br />

<strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong><br />

49


INFORME<br />

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA<br />

NO CONTROLE DE<br />

PLANTAS DANINHAS<br />

Foto: divulgação<br />

Asilvicultura é uma indústria a céu aberto e, portanto,<br />

está exposta as mais variadas condições<br />

ambientais que podem comprometer a viabilidade<br />

da atividade.<br />

Os diversos fatores que podem afetar a produtividade<br />

estão assim classificados: Fatores Determinantes, aqueles<br />

inerentes a espécie, clone cultivado, qualidade do solo, stand de<br />

plantio; Fatores Indutores, aqueles que podem incrementar o<br />

potencial produtivo como fertilizantes, irrigação e; Fatores Redutores,<br />

aqueles relacionados a pragas, doenças e plantas daninhas<br />

que podem comprometer o potencial de produção do cultivo. O<br />

bom manejo cultural atua de forma ativa sobre estes três fatores<br />

buscando a máxima produtividade, entretanto para isso são necessárias<br />

ferramentas especificamente desenvolvidas para atender<br />

cada necessidade.<br />

Um sistema de produção é como uma máquina em que<br />

aportamos insumos e após o seu processamento colhemos o<br />

produto desejado, mas também colhemos resíduos indesejáveis<br />

do processo. O grande desafio é engenhar sistemas de produção<br />

cada vez mais eficientes que possam reduzir os impactos negativos<br />

(resíduos) e aumentar a produção desejada. No sistema de<br />

produção florestal, especialmente na etapa de implantação, um<br />

produto indesejável presente são as plantas daninhas em níveis<br />

populacionais crescentes e apresentando resistência à alguns<br />

herbicidas.<br />

Como a Silvicultura não contava com muitas opções para o<br />

controle de plantas daninhas, herbicidas de ação pós emergente<br />

sempre foram as opções mais utilizadas e nesta modalidade se<br />

permite o aumento do banco de sementes, devido a possibilidade<br />

das plantas presentes, entrarem em fase reprodutiva antes de<br />

serem controladas. Além disso o uso de agroquímicos de curto<br />

residual associado a inúmeras aplicações aumentam a pressão<br />

de seleção e o risco de resistência, tornando o manejo cada vez<br />

mais caro e ineficiente.<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br


Este problema já tem os dias contados, já que através da<br />

parceria entre indústria florestal e IHARA, foi possível desenvolver<br />

ferramentas que poderão suprir a demanda de controle de<br />

plantas daninhas durante a implantação, com um número 50%<br />

menor de aplicações e uma eficiência de controle acima de 90%.<br />

Esta parceria, traz para o sistema florestal, herbicidas de ação<br />

pré-emergente no controle das principais plantas daninhas presentes<br />

na produção florestal com uma boa seletividade de posição<br />

para o eucalipto e um período de controle que pode variar<br />

de 90 a 120 dias. Esta inovação substitui 4 operações de controle<br />

de plantas daninhas por apenas duas e mantém a cultura em<br />

condições de crescimento e expressão de seu máximo potencial<br />

produtivo.<br />

A inovação tecnológica desenvolvida partiu do envolvimento<br />

com pesquisadores e consultores atuantes na área florestal e os<br />

setores de pesquisa e desenvolvimento das empresas produtoras<br />

de Eucalipto no Brasil. A partir da identificação do problema da<br />

falta de alternativas para o controle das plantas daninhas, iniciou-se<br />

uma intensa etapa de pesquisa para avaliar a dosagem<br />

adequada, época de aplicação mais favorável, principais plantas<br />

controladas e seletividade a cultura. Os resultados foram catalogados,<br />

analisados cuidadosamente para se obter uma conclusão<br />

do posicionamento de manejo de plantas daninhas. Através do<br />

ingrediente ativo Pyroxasulfone para o controle pré-emergente<br />

das plantas daninhas, ocorrerá, gradativamente, uma diminuição<br />

no banco de sementes do solo e reduzirá a pressão de seleção e<br />

o surgimento de espécies resistentes, além de assegurar uma floresta<br />

sem mato-competição e com menores riscos de incêndio,<br />

portanto mais competitividade.<br />

Assim a produção continuará dando passos consistentes<br />

na questão de competitividade internacional e no equilíbrio<br />

ambiental.<br />

“Acreditamos que através de uma conduta ética,<br />

humilde e engajada podemos superar e surpreender as<br />

expectativas das partes interessadas”<br />

Rodrigo Naime Salvador, Consultor de Desenvolvimento de Produto<br />

<strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong><br />

51


MINUTO FLORESTA<br />

Estação Experimental Da<br />

ENVIRONMENTAL<br />

SCIENCE<br />

Centro de pesquisa centraliza o<br />

desenvolvimento de soluções de<br />

herbicidas específicos para o setor<br />

florestal<br />

AEnvironmental Science possui instalações exclusivas<br />

de pesquisa e desenvolvimento para florestas<br />

plantadas, nativas e manejo de vegetação não<br />

agrícolas. O Centro de Pesquisa da Bayer está localizado<br />

estrategicamente em Paulínia (SP), sendo<br />

uma das quatro unidades de Pesquisa e Desenvolvimento da<br />

Environmental Science no mundo dedicada à inovação e pesquisa<br />

de defensivos agrícolas. Dispõe de uma estrutura tecnológica de<br />

70 ha (hectares) de áreas experimentais e 20 ha de escritórios,<br />

estufas, laboratórios e áreas restauradas que são credenciadas<br />

pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).<br />

Neste site são conduzidos protocolos de pesquisa para atividades<br />

iniciais de desenvolvimento de um produto, podendo ser fungicidas,<br />

inseticidas, adjuvantes, herbicidas e herbicidas não agrícolas,<br />

sob a responsabilidade do time de Solution Development.<br />

Para trazer uma solução inovadora para o mercado, é necessário<br />

entender a demanda florestal através das necessidades<br />

dos clientes, que é entendida a partir de um estudo de mercado,<br />

realizado pelo nosso time de marketing, que está em nossa linha<br />

de frente com o cliente.<br />

O processo de desenvolvimento inicial de um produto, inicia-se<br />

em nosso laboratório de Monheim, Alemanha. Mais de<br />

100 mil ingredientes ativos e novas formulações são testados<br />

em pequenas escalas para a escolha de uma potencial molécula,<br />

a qual é apresentada para o time de Solution Development, que<br />

fica responsável por desenvolver o produto na casa de vegetação<br />

e nas condições de campo.<br />

Além de novos produtos com moléculas e formulações inovadoras,<br />

há também um processo de geração contínua de soluções,<br />

que suprem a continuidade do negócio atrelado sempre as necessidades<br />

do cliente. E, para isso, os estudos iniciais e avançados<br />

são realizados a partir da criação de protocolos, com o objetivo<br />

de elaborar ensaios para analisar o comportamento da molécula<br />

no ambiente e verificar a sua eficácia, seletividade, validar seu<br />

melhor posicionamento, momento de aplicação e doses.<br />

Para a execução destes ensaios, a área experimental é preparada<br />

de maneira convencional para se assimilar ao manejo de<br />

campo. Os tratamentos listados no protocolo são dispostos em<br />

blocos ao acaso, com o intuito de mitigar possíveis fatores externos.<br />

Na aplicação, que é feita em pequenos volumes, realiza-se<br />

um check-list da calibração do equipamento e checa-se também as<br />

condições climáticas, para além de simular a situação real de campo<br />

e garantir uma aplicação de boa qualidade. Durante o período<br />

que o ensaio será conduzido, deve se ter um acompanhamento<br />

frequente e realizar avaliações que auxiliem no entendimento da<br />

eficácia e seletividade do produto.<br />

Com a posterior análise de dados, é possível entender se é um<br />

produto eficaz e seguro para a necessidade do cliente mapeada<br />

inicialmente. O entendimento do produto deve ser feito de forma<br />

interna e através de ensaios de desenvolvimento avançados<br />

em áreas externas semi-operacional. Entendendo a viabilidade<br />

do produto, são gerados laudos, que suportam a construção do<br />

parecer técnico, que será submetido para as autoridades, para<br />

posteriormente obter o registro para comercialização.<br />

O tempo para a descoberta de um ingrediente ativo até o<br />

lançamento do produto levam-se alguns anos. Sua disponibilização<br />

no mercado é fruto de iniciativas e colaborações entre times,<br />

práticas sustentáveis, tecnologias inovadoras, juntando a estratégia<br />

comercial e o entendimento técnico do produto para melhor<br />

posicioná-lo. Hoje temos um portifólio completo de soluções para<br />

o manejo de plantas daninhas, controle de pragas e doenças para<br />

as culturas de eucalipto, pinus, nativas e áreas não agrícolas, que<br />

permitirá ao cliente final atingir altas taxas de produtividade, ao<br />

mesmo tempo em que reduz o impacto ambiental.<br />

Foto: divulgação<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


+tecnologia<br />

+genética<br />

+ciência<br />

NA PRODUÇÃO DE MUDAS<br />

A Planflora Mudas Florestais está permanentemente<br />

empenhada em buscar inovações tecnológicas e<br />

desenvolver mudas com desempenho genético<br />

diferenciado para cada finalidade de uso do<br />

florestamento.<br />

planflora.com.br<br />

(49) 3442-5433<br />

(49) 9 9995-2069<br />

atendimento@planflora.com.br<br />

/planflora


ESPECIAL<br />

IPÊ EM FOCO<br />

O estudo mostra que os ipês estão protegidos<br />

de extinção e ressalta a importância do<br />

manejo sustentável das florestas<br />

Fotos: divulgação<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


<strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong> 55


ESPECIAL<br />

E<br />

xtenso estudo, realizado em áreas florestais sob<br />

manejo sustentável nos Estados do Acre e de<br />

Mato Grosso, mapeou mais de 40 milhões de<br />

árvores adultas das espécies Handroanthus serratifolius<br />

(ipê amarelo) e Handroanthus impetiginosus<br />

(ipê roxo). A ampla incidência registrada mostra que os<br />

ipês estão protegidos de extinção e ressalta a importância do<br />

manejo sustentável das florestas.<br />

Os resultados estão apresentados na publicação: Ocorrência<br />

e crescimento de Handroanthus spp. na Amazônia como<br />

subsídio para a elaboração de normativas de manejo florestal<br />

e avaliação de risco de extinção. A obra traz dados e informações<br />

fundamentais que colaboram em recentes debates no<br />

setor florestal sobre a inserção dos ipês na lista de espécies<br />

da flora ameaçadas de extinção.<br />

Durante o ano de 2020, os pesquisadores estiveram em<br />

campo em áreas de florestas nativas remanescentes, onde já<br />

desenvolvem outros projetos de pesquisa sobre manejo florestal<br />

sustentável, com o objetivo de levantar a atual situação<br />

de ocorrência e crescimento do ipê.<br />

Além do trabalho de campo, a pesquisa fez também comparações<br />

da estrutura das florestas entre amostragens atuais<br />

e de registros antigos do Radam (Radar da Amazônia) Brasil<br />

(base do conhecimento de florestas brasileiras, implementada<br />

na década de 1970), buscando levantar o número de árvores<br />

e conhecer a estrutura total da floresta.<br />

No Acre, foram avaliados 41 mil ha (hectares) e, em Mato<br />

Grosso, 54 mil ha; todas as áreas submetidas a planos de<br />

manejo florestal. Nelas, foram realizados o mapeamento da<br />

ocorrência das espécies, a identificação, a descrição das árvores<br />

e a avaliação do crescimento de seus diâmetros. “Quando<br />

extrapolamos a representação de ipê encontrada na pesquisa<br />

para as áreas disponíveis para manejo nesses Estados, é possível<br />

assegurar sua ampla ocorrência”, afirma Braz.<br />

Somente no Acre, dados do MMA (Ministério do Meio<br />

Ambiente) e da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) de 2020<br />

apontam 8,8 milhões de ha de áreas passíveis de manejo dentro<br />

dos 12,5 milhões de ha de florestas nativas. Isso sem contar<br />

com o que está protegido em 3,5 milhões de ha em reservas<br />

indígenas, Unidades de Conservação de Proteção Integral,<br />

e também excluindo as áreas de preservação permanente.<br />

Já em Mato Grosso, dados de 2019 registram 17,6 milhões<br />

de ha em áreas passíveis de manejo dos 25 milhões de<br />

ha de Floresta Amazônica no Estado e com áreas protegidas<br />

em mais 8 milhões de ha em reservas indígenas e Unidades<br />

de Conservação de Proteção Integral.<br />

NOVA METODOLOGIA<br />

A metodologia utilizada para a realização desse trabalho<br />

envolve cruzamento e estudo de diferentes informações e<br />

pesquisas de campo. Os cientistas reuniram diversos bancos<br />

de dados florestais e da literatura especializada, buscando<br />

abranger, de forma representativa, todas as subtipologias do<br />

bioma Amazônia presentes na região pesquisada e identificar<br />

sua ocorrência. O conjunto de dados foi composto por<br />

inventários florestais de PMFS (Planos de Manejo <strong>Florestal</strong><br />

Sustentável) aprovados e fornecidos pelo IMAC-AC (Instituto<br />

de Meio Ambiente do Acre) e pela SEMA-MT (Secretaria de<br />

Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso).<br />

Entre os inventários, estavam os do tipo censo, que<br />

incluem os dados de todas as árvores com DAP (diâmetro<br />

à altura do peito) maior que 35 cm (centímetros). Nessa<br />

categoria, foram registradas mais de 20 mil árvores de Handroanthus<br />

spp. em uma área de aproximadamente 100 mil ha<br />

inventariados.<br />

O estudo também foi a campo para realizar um inventário<br />

diagnóstico que, de forma amostral, identificou o número de<br />

árvores com DAP igual ou maior que 10 cm. Os pesquisadores<br />

mediram os diâmetros e as alturas, o que permitiu a inclusão<br />

de árvores com estrutura das classes diamétricas inferiores às<br />

do censo e, assim, conhecer a estrutura total da floresta.<br />

Outra parte do trabalho analisou dados de crescimento<br />

das espécies, por meio do estudo dos anéis de crescimento<br />

dos ipês das áreas amostradas. Com a informação da maturidade<br />

reprodutiva das espécies, obtida em literatura científica,<br />

foi possível avaliar que o ciclo reprodutivo das árvores sob<br />

PMFS está assegurado, garantindo a conservação da floresta.<br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


ESPECIAL<br />

Patrícia Póvoa de Mattos, pesquisadora envolvida no projeto,<br />

comenta que o trabalho consistiu em avaliar essa estrutura<br />

da floresta, de forma exaustiva. As conclusões do estudo<br />

são de que a estrutura das florestas com ipê, em áreas que<br />

estão sob manejo, não sofreu alteração no tempo, ou seja,<br />

nas áreas em regime de manejo, observamos que a estrutura<br />

da espécie permanece similar quando comparamos com as<br />

florestas primárias registradas no Radam Brasil e com outros<br />

mapeamentos que utilizamos, isso se verificou mesmo em<br />

áreas que já foram legalmente exploradas. “Entretanto, áreas<br />

que foram destinadas para outros usos do solo perderam a<br />

sua estrutura original, biodiversidade, sustentabilidade etc.”,<br />

relata Patrícia. Além disso, ainda é importante contabilizar as<br />

árvores que estão em áreas de proteção integral, ou seja, que<br />

estão intocadas.<br />

IMPORTÂNCIA DO IPÊ<br />

O ipê é uma espécie que figura entre as principais fontes<br />

de madeira nobre, um produto muito valorizado no exterior<br />

– mercado com exigência crescente de origem certificada e<br />

autorizada por órgãos ambientais. No Brasil, dados do IBAMA<br />

(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais)<br />

indicam que a cadeia madeireira do ipê movimenta cerca<br />

de R$ 70 milhões por ano, sendo um dos principais produtos<br />

da economia de estados como Mato Grosso, Acre e Rondônia.<br />

Uma eventual inclusão do ipê na lista de espécies vulneráveis<br />

poderia ocasionar receio aos compradores internacionais<br />

e, como consequência, a suspensão de compra dessa madeira<br />

e de outras espécies que estejam em situação semelhante.<br />

Para Erich Schaitza, chefe geral EMBRAPA Florestas (Empresa<br />

Brasileira de pesquisa Agropecuária), esse trabalho veio em<br />

boa hora para elucidar essa questão, uma vez que, quando a<br />

espécie é colocada na lista de espécies ameaçadas, ela não é<br />

mais comercializada no mercado de exportação. “Isso seria<br />

impactante para muitos municípios que atuam dentro da legislação<br />

e de critérios técnicos, têm a madeira como principal<br />

produto e dependem deste tipo de atividade, pois estabeleceram<br />

cadeias de produção, transformação, indústria e exploração<br />

especializadas, além de enorme geração de empregos”,<br />

explica Erich.<br />

As discussões sobre a inserção do ipê na lista de espécies<br />

da flora ameaçadas de extinção se baseiam na confusão entre<br />

desmatamentos, que promovem o corte total das florestas,<br />

com o manejo florestal. Segundo o RAD (Relatório Anual de<br />

Desmatamento no Brasil) 2021, do MapBiomas, 98% das<br />

áreas desmatadas são decorrentes de atividades ligadas à<br />

agricultura ou à pecuária. Para esses fins, toda a floresta é<br />

retirada, sendo que, muitas vezes, a queimada precede o desmatamento.<br />

Já sob manejo florestal sustentável, a exploração<br />

do ipê, e de outras espécies, para uso da madeira ocorre de<br />

maneira planejada, segundo critérios técnicos, e tem gerado<br />

renda e conservação da espécie.<br />

Segundo o IBAMA, 98% da madeira de ipê explorada é<br />

exportada e sua origem advém de madeireiras legalizadas,<br />

que utilizam madeira vindas de planos de manejo florestal,<br />

com áreas obrigatoriamente 100% amostradas e fiscalizadas.<br />

Para executar o PMFS, é necessário realizar e registrar junto a<br />

órgãos fiscalizadores o planejamento silvicultural de manejo<br />

e corte, além de satisfazer outras exigências que garantem a<br />

permanência da floresta.<br />

Quando extrapolamos<br />

a representação de ipê<br />

encontrada na pesquisa para<br />

as áreas disponíveis para<br />

manejo nesses Estados,<br />

é possível assegurar sua<br />

ampla ocorrência<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


MANEJO<br />

Certificação<br />

ACESSÍVEL<br />

Pequenos e médios produtores têm possibilidade<br />

de regulamentação de produção facilitada<br />

Fotos: divulgação<br />

O<br />

FSC (Forest Stewardship Council ou Conselho<br />

de Manejo <strong>Florestal</strong>) é uma organização<br />

internacional sem fins lucrativos criada em<br />

1994 com o objetivo de diferenciar os produtos<br />

de origem florestal que são produzidos<br />

com as melhores práticas socioambientais existentes. Para<br />

definir quais são essas melhores práticas, o FSC reúne empresas,<br />

comunidades, pesquisadores, sociedade civil, entre<br />

outros diversos atores de todos os continentes do globo, em<br />

um sistema de governança com ampla participação.<br />

As práticas que caracterizam o bom manejo florestal,<br />

identificadas por esses atores, deram origem aos padrões de<br />

certificação FSC®, um conjunto de princípios, critérios e indicadores<br />

que determinam o que deve ser implementado por<br />

uma organização que maneja florestas para ser reconhecida<br />

mundialmente pelo seu alto desempenho socioambiental.<br />

Esse reconhecimento se dá através de um certificado emitido<br />

por uma certificadora de terceira parte acreditada ao<br />

FSC, com código único e que permite que a organização possa<br />

utilizar a marca FSC em seus produtos.<br />

A certificação é um processo voluntário no qual a organização<br />

manejadora de floresta opta por seguir os padrões de<br />

certificação e passar por uma auditoria para avaliar sua aderência<br />

aos princípios e critérios. A adequação aos protocolos<br />

do FSC exige a destinação de tempo e recurso significativo<br />

por parte da organização, já que é frequente a necessidade<br />

de ajustes no sistema de gestão operacional e administrativo.<br />

O FSC reconhece que todo o processo, desde a adequação<br />

interna da organização até as auditorias de certificação,<br />

possui um custo que pode até inviabilizar a certificação para<br />

pequenas organizações. Uma organização que possui uma<br />

área de 100 ha (hectares), por exemplo, pode ter um custo<br />

maior proporcionalmente por hectare se comparada com<br />

outra que possua milhares de ha.<br />

Pensando em reduzir os custos da certificação e tornar o<br />

processo acessível para organizações de pequeno porte e de<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


aixa intensidade de manejo, o FSC criou o padrão de certificação<br />

SLIMF (Floresta de Pequena Escala ou de Manejo de<br />

Baixa Intensidade, em inglês), que apresenta indicadores e<br />

processos de auditoria mais simplificados. Produtores florestais<br />

com área de efetivo plantio de até 480 ha são elegíveis<br />

para o padrão SLIMF. A organização de pequenos produtores<br />

florestais em grupos de certificação também permite o rateio<br />

dos custos do processo e da responsabilidade em gerar<br />

e gerenciar evidências que comprovem o seu desempenho<br />

durante as auditorias.<br />

O Procedimento de Melhoria Contínua (FSC-<br />

-PRO-30-011) é uma outra ferramenta recentemente lançada<br />

pelo FSC e que tem como objetivo facilitar ainda mais o<br />

acesso dos pequenos e médios produtores florestais ao processo<br />

de Certificação <strong>Florestal</strong>. Esse procedimento permite<br />

que pequenos produtores e comunidades, caracterizados<br />

como SLIMF, possam ser certificados sem que o seu manejo<br />

florestal atenda a todos os requisitos do padrão de certificação<br />

SLIMF em um primeiro momento. Para obter essa certificação<br />

é suficiente ter iniciado e implementado medidas<br />

cruciais (definidas pelo procedimento) e se comprometer<br />

a melhorar continuamente as práticas de manejo florestal<br />

para atender a todos os requisitos do padrão SLIMF FSC®<br />

dentro de um prazo de 5 anos.<br />

Para iniciar o processo de certificação, saber se a organização<br />

se enquadra nas regras para ser caracterizada<br />

como SLIMF e, assim, aplicar o procedimento de melhoria<br />

contínua, basta entrar em contato com a certificadora. Junia<br />

Karst, Auditora da Neocert e membro do GT do FSC Internacional<br />

para procedimento SLIMF, explica que o processo<br />

de adaptação nacional deverá ser feito com a criação de um<br />

grupo de trabalho brasileiro, com participação do escritório<br />

do FSC Brasil e amplo processo de consulta pública. “Esse<br />

processo é particularmente importante para o Brasil, um<br />

país de dimensão continental onde a definição de pequeno<br />

produtor difere significativamente de países da Europa”,<br />

afirma Junia.<br />

Atualmente, as regras de elegibilidade SLIMF estão em<br />

revisão e empresas como a Neocert participam ativamente<br />

do grupo de trabalho do FSC internacional, responsável por<br />

esse processo, levando o contexto brasileiro para a discussão<br />

internacional.<br />

Na nova versão das regras de elegibilidade SLIMF, cada<br />

país poderá desenvolver seus próprios critérios de limite de<br />

tamanho de área para que uma operação seja considerada<br />

de pequeno porte. Isso é particularmente importante para<br />

o Brasil, um país de dimensão continental onde a definição<br />

de pequeno produtor difere significativamente de países da<br />

Europa, por exemplo. As definições desenvolvidas pelo grupo<br />

de trabalho brasileiro devem ser apresentadas para o FSC<br />

internacional para aprovação, para então serem colocadas<br />

em prática pelas certificadoras.<br />

Esse processo é<br />

particularmente importante<br />

para o Brasil, um país de<br />

dimensão continental onde a<br />

definição de pequeno produtor<br />

difere significativamente de<br />

países da Europa<br />

<strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong><br />

61


FEIRA<br />

LIGNUM<br />

<strong>2022</strong><br />

Feira da indústria florestal reuniu<br />

importantes nomes do mercado<br />

Fotos: divulgação<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


ALignum Latin America, que não acontecia<br />

desde 2019, devido à pandemia, voltou com<br />

força. Realizada em Curitiba (PR), durante a<br />

Semana Internacional da Madeira, em meados<br />

de setembro, o evento teve boa presença<br />

de público e negócios. Segundo a organização, essa foi a<br />

maior edição do evento, tanto em número de expositores,<br />

como de visitantes. Ainda segundo dados da organização,<br />

aproximadamente 60% do participantes ocupavam cargos<br />

de gerência e diretoria.<br />

Entre as novidades deste ano para a Semana Internacional<br />

da Madeira, estava a quinta edição do ENCAPP (Encontro<br />

da Cadeia Produtiva da Porta), realizada dentro da<br />

Lignum Latin America. O evento reuniu empresas fabricantes<br />

e fornecedoras para o segmento de portas. Durante os<br />

três dias da feira passaram pelos corredores profissionais<br />

de 20 Estados da federação e de outros 14 países: Argentina,<br />

Bahamas, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca,<br />

EUA (Estados Unidos da América), Finlândia, Itália, Japão,<br />

Paraguai, Portugal e Uruguai.<br />

<strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong><br />

63


FEIRA<br />

DRV<br />

“Somos de Curitiba, essa é nossa feira”, exaltou Liliane<br />

Cordeiro, diretora da DRV. A indústria de lâminas e máquinas<br />

levou para a feira a nova linha CNC Flex, ideal para<br />

atender empresas que utilizam facas menores de serraria<br />

e facas de plaina. Diego Vieira, diretor da empresa, comentou<br />

que esse foi um ano de grande crescimento, que<br />

abriu um novo parque fabril no começo do ano e os resultados<br />

são ótimos. “A fábrica de facas e peças de desgaste<br />

de picador já está a todo vapor e com a nova fábrica de<br />

máquinas temos capacidade total para fabricar as nossas<br />

afiadoras e retíficas CNC de facas”, enalteceu Diego.<br />

DRYTECH<br />

A DryTech, especializada em equipamentos para secagem,<br />

expôs na Lignum toda a sua expertise no setor, que é<br />

baseada em alta qualidade e soluções personalizadas para<br />

seus clientes. Gabriel Marques, CEO da DryTech, comentou<br />

que o setor estava congelado pelo período sem feiras e o<br />

retorno da Lignum ajudou a reaquecer o mercado. “Eventos<br />

como esse ajudam a consolidar a marca e conversar<br />

pessoalmente com amigos, colegas e clientes do setor florestal<br />

é sempre uma oportunidade a mais para nos aproximar<br />

dos clientes”, apontou Gabriel.<br />

FEX<br />

A Fex, especialista em implementos para transporte e<br />

corte de madeira, apresentou na feira sua linha completa<br />

de produtos, com destaque para o sistema de catraca<br />

pneumática, que oferece mais segurança para o motorista<br />

do caminhão no transporte da carga. Thais Ribas, diretora<br />

de marketing da Fex, valorizou a organização do evento,<br />

que, segundo ela, superou as expectativas. “É nossa<br />

primeira participação na Lignum, e tudo estava perfeito<br />

e organizado, isso facilitou muito o contato com nossos<br />

clientes”, apontou Thais.<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


J DE SOUZA<br />

“A Lignum já faz parte do calendário da J de Souza,<br />

é um evento muito importante”, destacou Anderson de<br />

Souza, diretor da empresa. Quem visitou o estande da<br />

empresa pôde conferir de perto equipamentos dedicados<br />

para o setor florestal, como um subsolador com adubador<br />

integrado, um ancinho para remoção de galhada e aproveitamento<br />

de biomassa e o CDJ, cabeçote de disco para<br />

escavadeiras de 30 toneladas ou mais. “Trouxemos equipamentos<br />

específicos que sabemos que podem atender o<br />

setor com eficiência e qualidade”, apontou Anderson.<br />

Segundo a organização, essa foi a maior edição de todos os tempos da<br />

feira reunindo um público altamente qualificado e bateu recordes, tanto<br />

em número de expositores, 120, quanto de visitantes, 8.298<br />

JOHN DEERE<br />

“A Lignum é uma feira importante no segmento não<br />

apenas para o Paraná, mas para toda a região sul”, apontou<br />

Rodrigo Barbosa, gerente de marketing da empresa.<br />

Para a Lignum a John Deere focou na valorização do<br />

atendimento e pós-venda, com ênfase na experiência na<br />

aquisição dos equipamentos, e o sistema Timber Skills,<br />

ferramenta de capacitação e treinamento para operadores<br />

e mecânicos. “É ideal para o desenvolvimento e aprimoramento<br />

das habilidades de operação e manutenção das<br />

máquinas”, destacou Rodrigo.<br />

<strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong><br />

65


FEIRA<br />

KOMATSU<br />

A Komatsu, que foi capa da edição da Revista REFE-<br />

RÊNCIA circulada durante a feira com o harvester 931XC e<br />

guincho auxiliar, apresentou todo repertório no seu estande,<br />

que chamava muita atenção na parte externa do pavilhão.<br />

Carlos Borba, gerente de Marketing da Komatsu, destacou<br />

que além do equipamento, a empresa levou o CEO<br />

(Centro de Excelência Operacional) para a feira, apresentando<br />

a solução tecnológica com softwares que facilitam a<br />

operação florestal. “Ele oferece uma gestão completa das<br />

máquinas no campo, trabalhando para reduzir os custos<br />

operacionais dos nossos clientes e apresentando um panorama<br />

da máquina em tempo real”, valorizou Carlos.<br />

LIEBHERR<br />

A Liehberr expôs na Ligum equipamentos que já são<br />

sucesso no mercado brasileiro e teve como foco fortalecer<br />

sua marca e reencontrar clientes e amigos. Marcos Claret,<br />

gerente comercial da Liebherr, destacou a importância do<br />

evento para a realização de negócios e abertura de novos<br />

clientes em potencial. “Hoje temos muitas opções de mídias<br />

sociais e maneiras de se fazer reuniões e vendas, mas<br />

estar aqui, presentes e próximos dos clientes é muito melhor<br />

para incrementar relacionamentos”, valorizou Marcos.<br />

LION<br />

A Lion apresentou na Lignum um novo serviço de personalização<br />

de máquinas para atender a necessidade de<br />

seus clientes de maneira específica. “Primeiro buscamos<br />

entender a necessidade do cliente, para daí desenvolver o<br />

projeto, e garantir que todo o pós-venda seja com o mais<br />

alto padrão, que podemos oferecer”, explica Rafael Milarch,<br />

gerente de marketing da Lion. A empresa oferece mais<br />

de 20 características, que podem ser customizadas, de<br />

detalhes simples, até os mais complexos.<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


LOGMAX<br />

“Nossa ideia é ter essa aproximação com o mercado<br />

e tivemos um fluxo muito grande de clientes”, apontou<br />

Rodrigo Contesini, diretor da Logmax. Os cabeçotes da empresa<br />

estavam presentes no stand da Logmax e também<br />

de alguns parceiros, estratégia da empresa para apresentar<br />

os modelos 6000V, 6000 e 7000. “Acreditamos na proximidade<br />

com o cliente e na Lignum reforçamos esse conceito<br />

junto ao mercado, de unir produtos já estabelecidos no<br />

mercado e um atendimento de alto padrão”, completou<br />

Rodrigo.<br />

LUFER<br />

A Lufer, especializada em peças de reposição para máquinas<br />

florestais, marcou presença na Lignum expondo peças<br />

da empresa como demonstração do portfólio de fabricação,<br />

seus modelos de rotatores 100% nacionais, além de<br />

informações completas sobre os serviços oferecidos para<br />

o setor. Joicy Vidotto, gerente comercial da Lufer, destacou<br />

a qualidade do público presente que favoreceu muito os<br />

negócios durante a feira. “Depois de 3 anos sem o evento,<br />

é muito importante se fazer presente, aumentar a visibilidade<br />

da nossa marca, visto por um público tão qualificado<br />

como o da Lignum”, ressaltou Joicy.<br />

MILL<br />

“Vimos uma grande procura por parte dos clientes<br />

e isso é reflexo da falta de um evento como esse para o<br />

setor”, afirmou Arno Murara, gerente comercial da Mill. A<br />

empresa que já se estabeleceu como uma das referências<br />

do setor levou seus equipamentos de ponta para a feira.<br />

Marcelo Gobbi, gerente de negócios da Mill, destacou a<br />

modernização da empresa, que tem trazido novidades<br />

tecnológicas para atender os clientes. “Nosso parque fabril<br />

está sendo modernizado para ampliarmos a variedade de<br />

produtos oferecidos e também elevar nossa produção em<br />

quase 50%”, exaltou Marcelo.<br />

<strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong><br />

67


FEIRA<br />

MINUSA<br />

“Trouxemos para esse evento o primeiro cabeçote<br />

produzido genuinamente no Brasil e o primeiro produzido<br />

100% pela Minusa”, valorizou Erivon Cascaes, gerente<br />

comercial da Minusa. O equipamento que ficou em destaque<br />

no stand da empresa é um marco para o mercado de<br />

cabeçotes, e, segundo o gerente, era de suma importância<br />

estar na Lignum. “Estar participando desse evento é como<br />

a gente estar participando da Copa do Mundo, ou seja,<br />

ninguém quer ficar de fora”, comparou Erivon.<br />

Realizada durante a semana internacional da madeira,<br />

entre os dias 14 e 16 de setembro, o evento teve boa<br />

presença de público e negócios<br />

OURO VERDE<br />

A edição <strong>2022</strong> da Lignum foi a primeira participação<br />

da Ouro Verde, empresa do setor de locação e gestão de<br />

caminhões e máquinas, como patrocinadora com o pé<br />

direito. Isso de acordo com o Head Comercial de pesados<br />

da empresa, Marluz Cariani. Para ele, a feira foi uma grande<br />

oportunidade de contato com clientes e valorização<br />

da marca para um mercado com muito potencial. “Aproveitamos<br />

a feira para apresentar um modelo de negócio<br />

altamente rentável, no qual o cliente não compromete<br />

recursos, consegue manter a sua operação ativa e com<br />

equipamentos de alto desempenho, ampliando resultados<br />

e diminuindo custos”, salientou Marluz.<br />

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PLANALTO<br />

Com mais de 20 anos de tradição no mercado de picadores<br />

de madeira, a Planalto trouxe seu carro chefe para a<br />

feira. Geri Mecabô, gerente comercial, explicou que a feira<br />

tem um valor muito grande em relação ao contato com os<br />

clientes, que podem conhecer a empresa e ter um contato<br />

melhor do que um e-mail ou ligação. “Fechar negócios<br />

durante a feira as vezes é difícil, mas o contato realizado<br />

durante o evento abre muitas expectativas para o futuro”,<br />

apontou Geri.<br />

ROTARY-AX<br />

Especialista na fabricação de conjuntos de corte florestal<br />

mecanizado, a Rotary-Ax é uma das mais tradicionais<br />

marcas do setor e levou uma série de produtos de alta tecnologia<br />

para a feira Lignum <strong>2022</strong>. Victor Hugo Shinohara,<br />

diretor industrial, apresentou um novo conceito denominado<br />

Hidroclamp para os sabres da linha 3/4”, utilizadas<br />

em garras traçadoras, desenvolvido pela Rotary-Ax em<br />

conjunto com um de seus parceiros. “O maior destaque<br />

para esse conceito é a sua facilidade de instalação e remoção,<br />

tornando-se mais eficaz, pois não utiliza os parafusos<br />

de fixação da placa que outros modelos exigem”, exaltou<br />

Victor Hugo.<br />

VANTEC<br />

“Nesse evento temos grandes investidores da madeira<br />

no Brasil e Curitiba tem se tornado a capital da madeira<br />

no Brasil”, destacou Adriano Vanzin, diretor da Vantec.<br />

Adriano comentou que o retorno da Lignum foi muito importante<br />

para a empresa fortalecer sua marca e apresentar<br />

os equipamentos para um público qualificado. “Trouxemos<br />

para a feira uma máquina revolucionária, o torno laminador<br />

para indústria 4.0, onde todo o trabalho realizado<br />

pela máquina é transformado em um relatório acessível<br />

em qualquer lugar diretamente do celular ou computador<br />

cadastrado”, descreveu Adriano.<br />

<strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong><br />

69


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Os melhores momentos da Lignum <strong>2022</strong>!<br />

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<strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong> 71


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PESQUISA<br />

MANEJO NO<br />

CULTIVO DE PINUS<br />

Fotos: divulgação<br />

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PESQUISA<br />

RESUMO<br />

O<br />

estágio curricular obrigatório foi realizado<br />

na empresa São João Madeireira<br />

Ltda, em Canoinhas (SC). O objetivo<br />

deste trabalho foi vivenciar as atividades<br />

de uma empresa preponderantemente<br />

rural, com atuação em vários segmentos deste setor.<br />

Nossa atividade principal foi acompanhar o gerente operacional<br />

da empresa na execução de suas tarefas diárias.<br />

As principais atividades foram o acompanhamento da<br />

produtividade e assertividade do trabalho das turmas<br />

de: corte de árvores (Pinus taeda e Pinus elliottii), desramas,<br />

transporte de toras, manutenção de estradas,<br />

roçadas, avaliação de resultado de arrendamento de<br />

áreas produtivas e avaliação de áreas para entrada em<br />

produção. Deste modo foi possível conhecer as diversas<br />

tarefas exigidas de um administrador de uma empresa<br />

rural do setor madeireiro.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A São João Madeireira é uma empresa familiar do<br />

ramo madeireiro, concentrando sua atuação atualmente<br />

na produção e venda de toras de Pinus spp. Utiliza de<br />

forma intensiva a terceirização das atividades necessárias<br />

ao seu objetivo. Algumas atividades que já foram<br />

relevantes no passado ainda são mantidas, mas com<br />

pouca ênfase. Nesta situação, pode-se citar a produção<br />

de caixas de madeira para acondicionamento de produtos<br />

agrícolas, basicamente batata semente e abacaxi.<br />

Também apresenta pouca ênfase na venda de peças e<br />

equipamentos para tratores, através da coligada Mavequip<br />

Ltda.<br />

A escolha do local do estágio objetivou aprofundar<br />

o conhecimento prático das atividades florestais<br />

envolvidas, considerando a meta profissional do aluno<br />

e a ampla experiência da São João Madeireira Ltda na<br />

76 www.referenciaflorestal.com.br


produção de florestas de Pinus ssp por mais de 40 anos,<br />

sendo superior a um milhão o número de árvores de<br />

propriedade da empresa.<br />

A possibilidade de acompanhar as tarefas diárias do<br />

gerente florestal trouxe a necessária proximidade com<br />

a prática do exercício profissional. Foi possível acompanhar<br />

os imprevistos da produção e o encaminhamento<br />

de sua solução. A visita diária aos vários lotes de produção<br />

trouxe às claras as consequências de episódios<br />

corriqueiros que causam atraso de produção, como<br />

máquinas que quebram, ausências de funcionários, falta<br />

de insumos, reparação de estradas e aceiros, e até um<br />

episódio de incêndio florestal em propriedade vizinha,<br />

com reflexos na propriedade da empresa.<br />

A possibilidade de acompanhar<br />

as tarefas diárias do gerente<br />

florestal trouxe a necessária<br />

proximidade com a prática do<br />

exercício profissional<br />

MEIO FÍSICO E SOCIOECONÔMICO DA REGIÃO<br />

O planalto norte catarinense se caracteriza pela<br />

pujança de sua produção agrícola, sendo relevante a<br />

produção florestal, além de grãos, erva-mate e fumo. O<br />

início da colonização da região foi baseado no extrativismo<br />

da floresta nativa, nos primórdios do século XX.<br />

Esta exploração extrativa foi sucedida pela utilização das<br />

CABEÇOTE DE CORTE<br />

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E TESTES<br />

SÃO JOSÉ DO CERRITO - SC<br />

Localidade de Bom Jesus<br />

EM BREVE<br />

UNIDADE CENTRO-OESTE


PESQUISA<br />

áreas abertas como lavouras agrícolas, criação pecuária<br />

ou produção florestal. Devido ao clima da região, é alta<br />

a produtividade das florestas de pinus (31,5 m³/ha.ano)<br />

ultrapassando em muito a produtividade em seus locais<br />

de origem (12 m³/ha.ano). Isto fez também instalar-se<br />

na região, já em 1966, uma empresa multinacional de<br />

produção de polpa de celulose de fibra longa (Rigesa<br />

S.A., mais tarde adquirida pelo grupo WestRock), tornando-se<br />

o grande incentivador da plantação de pinus e<br />

um grande consumidor de toras de bitolas menores. Na<br />

sequência, instalaram-se também empresas consumidoras<br />

de cavacos de madeira, quer seja para produção de<br />

energia, quer para a produção de laminados de madeira<br />

aglomerada e, ainda, laminadoras e exportadoras de<br />

madeira serrada. De acordo com o Relatório Anual do<br />

IBA (Instituto Brasileiro de Árvores) de 2020, o setor de<br />

florestas plantadas representou, em 2019, 1,2% do PIB<br />

(Produto Interno Bruto) brasileiro, com 97,4 bilhões de<br />

reais. Deste total, 46,5% foi representado por fabricação<br />

Nossa atividade principal foi<br />

acompanhar o gerente operacional<br />

da empresa na execução de suas<br />

tarefas diárias<br />

78 www.referenciaflorestal.com.br


de celulose, papel e produtos de papel, 36,2% por produção<br />

florestal e 17,3% em fabricação de produtos de<br />

madeira.<br />

Canoinhas dista 180 km de Curitiba (PR), e 360 km<br />

de Florianópolis (SC). Possui 53.969 habitantes e uma<br />

área de 1.145 km² (quilômetros quadtrados), apresentando<br />

um IDH de 0,780, considerado médio. Sua produção<br />

exportável é escoada pelo porto de Itajaí que dista<br />

270 km por vias asfaltadas. A classificação climática da<br />

região, segundo Koeppen é Cfb - clima temperado quente,<br />

com verões frescos, sem estação seca definida, geadas<br />

frequentes e a precipitação anual média encontra-se<br />

entre 1600 mm (milímetros) e 1700 mm. O Boletim n°<br />

46, à página 189, (EMBRAPA, 2004) classifica o solo da<br />

região como: Latossolo Bruno/Vermelho-escuro, Álico A<br />

húmico, textura muito argilosa; LBEa3 e LBEa4 (EMBRA-<br />

PA, 2004). As florestas da região são predominantemente<br />

do tipo subtropical perenifólia.<br />

Essa é uma versão parcial do conteúdo, o material completo pode ser acessado em:<br />

https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/249087


AGENDA<br />

AGENDA<strong>2022</strong><br />

V Cbctem<br />

Data: 19 a 21<br />

Local: Goiania (GO)<br />

https://vcbctem.cbctem.com.br/<br />

Simpos<strong>2022</strong> -<br />

Simpósio Brasileiro de Pós-Graduação<br />

em Ciências Florestais<br />

Data: 8 a 11<br />

Local: Curitiba (PR)<br />

https://simpos<strong>2022</strong>.galoa.com.br<br />

Simpósio Florestas e Bem-Estar Humano<br />

Data: 8 a 10<br />

Local: Piracicaba (SP)<br />

www.ipef.br/eventos/evento.aspx?id=523<br />

OUTUBRO<br />

<strong>2022</strong><br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2022</strong><br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2022</strong><br />

NOV<br />

<strong>2022</strong><br />

SIMPOS <strong>2022</strong><br />

O SIMPOS <strong>2022</strong> (Simpósio Brasileiro de Pós-Graduação em<br />

Ciências Florestais <strong>2022</strong>) é um evento promovido pelas<br />

instituições de ensino que atuam nas áreas de Recursos<br />

Florestais e Engenharia <strong>Florestal</strong>, sendo o mais importante<br />

evento de divulgação de pesquisas e discussão da pós-graduação<br />

no Brasil. Trata-se de um evento itinerante realizado<br />

bianualmente, cuja primeira edição ocorreu em 2002, e a<br />

partir de 2004, passou a acontecer em intervalos de dois<br />

anos. O objetivo geral deste simpósio é criar a oportunidade<br />

de discussão sobre a pós-graduação nas áreas das<br />

Ciências Florestais; divulgação de pesquisas; atualização<br />

dos conhecimentos e troca de experiências entre estudantes,<br />

professores, pesquisadores e profissionais das diversas<br />

regiões do Brasil.<br />

DEZ<br />

<strong>2022</strong><br />

XV CODORNADA FLORESTAL<br />

A Codornada <strong>Florestal</strong> iniciou como uma confraternização<br />

de final de ano, com eventos sociais para as<br />

crianças carentes. Já alavancou milhões em negócios<br />

fechados e foi palco de lançamentos de máquinas e<br />

novas tecnologias. Sua localização é privilegiada, onde<br />

se concentram grandes empresas produtoras florestais<br />

e cidades onde mais de 90% da economia é proveniente<br />

do setor. É um evento que proporciona a experiência de<br />

ver as máquinas em funcionamento, com área dinâmica<br />

envolvendo o ciclo da madeira.<br />

Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA<strong>2022</strong><br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2022</strong><br />

CBH (Congresso Brasileiro de Heveicultura)<br />

Data: 10 a 12<br />

Local: Piracicaba(SP)<br />

https://www.congressodeborracha.com.br<br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2022</strong><br />

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DEZEMBRO<br />

<strong>2022</strong><br />

CELULOSE<br />

XV Codornada <strong>Florestal</strong><br />

Data: 7 e 8<br />

Local: Curitibanos (SC)<br />

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81


ESPAÇO ABERTO<br />

Foto: divulgação<br />

ESG é<br />

REALIDADE<br />

Por Henrique Ludgero Casagrande,<br />

Account Manager da Prosperi, uma das companhias<br />

parceiras da Microsoft mais premiadas em toda a<br />

América Latina. Possui experiência com análise e<br />

gestão de investimentos em grandes empresas,<br />

incluindo sistematização e digitalização de processos.<br />

Atua na realização de projetos para os principais<br />

grupos empresariais brasileiros, com diversificação<br />

nas verticais de negócio de petróleo, construção civil,<br />

manufatura e mineração<br />

Práticas já fazem parte de uma<br />

nova realidade empresarial<br />

e as empresas devem se<br />

esforçar para se adaptar ao<br />

novo formato de gestão<br />

O<br />

termo ESG (Environmental, Social and Governance) ou<br />

ASG (Ambiental, Social e Governança, em português), está<br />

cada vez mais presente em nossas vidas. Se ainda não ouviu<br />

falar, em breve vai ouvir e saber a importância dessas<br />

letrinhas. As empresas têm prestado mais atenção a este<br />

tema e procurado adaptar suas ações de forma a ficarem cada vez mais<br />

adequadas as questões de sustentabilidade. Para se ter uma ideia, boa<br />

parte dos investidores e fundos de investimentos têm procurado aportar<br />

seus recursos em empresas que tenham essa política em sua cultura.<br />

Um relatório divulgado pela consultoria PwC mostra que na Europa,<br />

até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos estão em investimentos que<br />

consideram os critérios de ESG – o que representa no total US$ 8,9 trilhões.<br />

Outro ponto importante é que 77% dos investidores institucionais<br />

informaram que planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos<br />

2 anos. O processo manual, burocrático e muitas vezes desconectado<br />

do planejamento de projetos de capital é uma dor comum às empresas<br />

no processo de Capex (investimentos em bens de capital). Agora, com as<br />

iniciativas do ESG, há uma nova camada de aprovações que precisa ser<br />

considerada. Ou seja, projetos com potencial impacto ambiental ou compromissos<br />

de ESG devem ser sinalizados e encaminhados para revisão,<br />

avaliação e aprovação do comitê interno decisor de cada organização.<br />

Um verdadeiro sistema de fluxo de trabalho de aprovação precisa<br />

ser dinâmico e permitir diferentes rotas para que seja possível abrigar<br />

um modelo de governança corporativa que flexibilize a racionalização de<br />

projetos, custos, documentos de suporte e informações financeiras. No<br />

caso de projetos de ESG, pode-se exigir estimativas específicas de impacto<br />

ambiental e custos econômicos. Todos esses dados, em um formato<br />

consistente, significam que a liderança pode comparar e avaliar projetos<br />

em igualdade de condições e garantir que o dinheiro seja alocado para os<br />

projetos certos de acordo com o momento da empresa.<br />

Antes da avaliação dos investimentos na prática, as empresas necessitam<br />

compreender o que é mais relevante dentro das métricas ESG. Nesse<br />

sentido, as companhias têm criado matrizes de materialidade de definição<br />

de metas, que auxiliam na hora de priorizar projetos. Trata-se de um processo<br />

novo em que ainda estão sendo debatidos critérios para definir os<br />

compromissos que uma companhia necessita ter para adotar as práticas<br />

ESG. No entanto, a eficácia das mensurações já tem apresentado resultados<br />

assertivos em grandes corporações, especialmente na tomada de<br />

decisões. A verdade é que, nos tempos atuais, as empresas de diferentes<br />

setores da economia precisam ser sustentáveis, e mais: são cobradas pela<br />

sociedade e até por investidores a apresentar cifras e números que comprovam<br />

o impacto de suas iniciativas. É por essa razão que o ESG veio para<br />

ficar! É preciso medir, de fato, o quanto uma companhia está realmente<br />

envolvida em prol do meio ambiente.<br />

Para contribuir com essa transparência, recentemente foi criado no<br />

Brasil o CBPS (Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade),<br />

cujo objetivo será normatizar, através de pronunciamentos técnicos, a divulgação<br />

das práticas de sustentabilidade empresarial. O CBPS vai interagir<br />

com o ISSB (International Sustainability Standards Board), criado pela Fundação<br />

IFRS na COP26 com o objetivo de emitir normas técnicas a serem<br />

aplicadas ao redor do mundo. O CBPS, por sua vez, será o normatizador<br />

brasileiro - responsável justamente por incorporar as normas globais no<br />

ordenamento pátrio.<br />

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Novo sistema de medição de<br />

comprimento ainda mais preciso;<br />

Novo projeto de chassis, mais<br />

robusto, maior durabilidade;<br />

Novos cilindros das facas de<br />

desgalhe;<br />

Pinos substituíveis do Link,<br />

simplificando sua manutenção;<br />

Novo acesso ao ponto para<br />

lubrificação, mais segurança na<br />

manutenção;<br />

Nova geometria da caixa da serra,<br />

que propicia um ciclo de corte mais<br />

rápido com menor lasque da<br />

madeira;<br />

Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />

de medição do diâmetro, que<br />

estendem a durabilidade dos<br />

componentes.<br />

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