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Orion 7

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amiram inconsoláveis e voltaram a fugir para traz, para<br />

fora da clareira para o interior da floresta. Ficou um<br />

Adriano furioso a saltar sobre o sangue derramada ao lado<br />

do caldeirão de ouro, um Simon horrorizado perante os<br />

dois unicórnios mortos numa cama de flores, tal criaturas<br />

magicas e abençoadas.<br />

- Tu mataste-os! – Soltou então e correu para o seu<br />

leito da morte. - São unicórnios, ninguém mata unicórnios!<br />

- Pois não, são eles que nos matam a nós e bebem<br />

o sangue de crianças brutalmente assassinadas. –<br />

Respondeu sem estar minimamente comovido. – E a sua<br />

presa e a minha está a fugir. Como vai ser?<br />

O Mago tomou atenção ao que o Dr. Adriano<br />

estava a fazer, ou Morgana e a sua espada: outro portal.<br />

Salta do chão e desata a correr em direção ao portal, a sua<br />

raiva voltada contra o objetivo, e Fernando corre atrás<br />

dele. Primeiro passa o arqueólogo, depois o Mago e depois<br />

Fernando com uma vitalidade que não tinha desde há<br />

muitos anos.<br />

CAPÍTULO VI NA CAVERNA DO DRAGÃO<br />

Uma caverna iluminada por um rio de lava, era<br />

onde tinham ido parar. O Mago não lhe deu tempo para<br />

pensar onde estava, continua a correr seguindo o curso do<br />

riu de lava pelas bordas estreitas, que foi desaguar num<br />

lago com uma ilha ao centro. Ali, enrolado como um gato<br />

estava um dragão coberto de escamas azuis e o Dr.<br />

Adriano, muito cómico no seu fato de treino com a espada<br />

levantava, entoava um encantamento que só o mago<br />

conseguia compreender.<br />

- Vamos apanhá-lo. – Fernando instigou.<br />

- Não podemos fazer barulho, os dragões não<br />

gostam de ser acordados.<br />

- Acho que sobre isso já é tarde.<br />

- Chiuuuu. – Fez encostando um dedo ao lábio.<br />

O inspetor olhou fixamente para o mago e<br />

apercebeu-se de algumas diferenças, ele já não parecia tão<br />

harmonioso e tinha envelhecido desde que tinham<br />

deixado a sala da Scotland Yard. Rugas vincavam-lhe a<br />

testa os olhos e os cantos da boca.<br />

Na ilha do lago de lava o Dragão levantou-se<br />

lentamente e concentrou toda a sua atenção no<br />

homenzinho com a espada levantada em punho.<br />

- O que queres? – A voz do dragão parecia vir do<br />

fundo de um poço e ecoou por toda a câmara e fazia ferver<br />

a lava ainda com mais intensidade.<br />

- Sou Morgana Le Fey, Sacerdotiza de Avalon!<br />

- Eu sei quem és, Morgana de lado nenhum, estás<br />

morta. Como te atreves a vir perturbar o meu sono?<br />

- Eu tenho a tua espada, forjada com o teu poder.<br />

- Vives na espada, espírito maldito.<br />

- Devolve o meu poder, solta-me da espada, deixa<br />

que eu viva neste corpo e a espada ser-te-á devolvida.<br />

O Dragão levanta-se ainda mais, agora ocupa<br />

quase toda a câmara, enche o peito de ar, estica a cabeçona<br />

e sopra sobre a figura do Dr. Adriano. O fogo rosna pelas<br />

narinas e boca do dragão, ouve-se o grito do homem<br />

enquanto é inesperado, quando o fogo se extingue fica<br />

uma carcaça em brasa de forma humana que logo de<br />

seguida começa a deformar-se com a carne carbonizada do<br />

Dr. Adriano surge o corpo de uma mulher de pela branca<br />

como cal, como a morta que deixaram na morgue, de<br />

cabelo negro até meio da cintura. Depois de se sacudir<br />

para se livrar do resto do corpo, diz um encantamento e o<br />

corpo nu é coberto por uma túnica de pregas cintado logo<br />

abaixo do peito.<br />

Fernando fica inquieto e preocupado, tinha<br />

perdido o homem que queria levar à justiça e o Mago ia<br />

perder a espada para o Dragão. Mas não foi isso que<br />

aconteceu. O dragão que se tinha preparado para ir dormir<br />

outra vez é atacado pela mulher que lhe espeta a espada<br />

num dos olhos num momento de surpresa.<br />

O Dragão ruge furioso.<br />

- Bruxa malvada! Vais morrer por esta afronta.<br />

Mas a bruxa já abria outro portal para fora da gruta.<br />

- Vamos agora! – Simon grita. Mas mais fácil era<br />

falar, o dragão furioso com a dor e cego de um olho,<br />

lançava a cauda para todo o lado como um chicote e<br />

pontapeava o chão à procura de Morgana. Simon<br />

envolveu a ambos no que parecia ser um escudo<br />

prismático e depois de sacudidos, bafejados com o bafo do<br />

Dragão, e pontapeados, conseguiram passar o portal antes<br />

que ele se fechasse. Outro rio mas de água cristalina a<br />

correr sobre pedras limpas.<br />

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