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voltar e já está a preparar a sua vinda.<br />

A imagem desapareceu, a luz da holossala voltou à<br />

intensidade normal e os intervenientes piscaram os olhos<br />

várias vezes até se adaptarem à normal luminescência.<br />

- Inspetor Fernando, apresento-lhe ao Mago<br />

Simon. – Disse o inspetor-chefe de repente cortando o<br />

silêncio.<br />

- Inspetor-chefe, muito obrigado pela resposta<br />

pronta, foi o único que me valeu ajuda. Inspetor<br />

Fernando, a minha explicação foi-lhe útil?<br />

- Acredito que esteja elucidado. – Respondeu com<br />

mais dúvidas do que certezas. – Mago? Fala muito bem<br />

português. Ou algum encantamento? As imagens?<br />

- Uma mistura de encantamento com raiosespiões.<br />

Em relação à língua é um encantamento, confesso<br />

que nem inglês falo e frequentei as vossas universidades.<br />

Fernando apesar de não querer, não conseguia<br />

deixar de simpatizar com o jovem, era agradável ao olhar<br />

e ao ouvido<br />

- Ah, muito bem, um Mago licenciado, parece<br />

estar dentro do assunto, e ter capacidade para resolver o<br />

caso, sem a nossa ajuda.<br />

O Inspetor-chefe tossiu e revelou então o<br />

propósito daquela reunião.<br />

- O Inspetor Fernando desde já vai acompanhar o<br />

Mago Simon , o caso dele e o do Templo de Avalon<br />

fundiu-se com o nosso e terá a tarefa de verificar que não<br />

é feita qualquer ilegalidade na detenção do Dr. Adriano,<br />

que acreditamos ser parte inocente de alguma trama<br />

mágica, encantamento, ou o que seja. O seu objetivo é<br />

recuperar o Dr. Adriano ileso e o do Mago Simon o de<br />

recuperar a espada para Avalon, o mais discretamente<br />

possível.<br />

- Hummm. – Fernando sentou-se pela primeira<br />

vez incomodado. – Uma jovem foi assassinada, tem o<br />

direito a justiça.<br />

- Foi assassinada por Morgana. O espírito dela está<br />

na espada e através dela manobra o Dr. Adriano como<br />

uma marioneta para atingir os seus fins, temos que a<br />

impedir o quanto antes.<br />

- Muito bem, isto é uma demanda daquelas à<br />

moda antiga? Começamos pelo corpo? Eles têm sempre<br />

alguma palavra a dizer.<br />

O mago pareceu surpreendido ao ouvir isto e<br />

assentiu que sim, com uma renovada esperança, sem<br />

compreender que estavam a referir-se a coisas totalmente<br />

diferentes.<br />

CAPÍTULO IV A VIRGEM RESSUSCITADA<br />

Passar por um portal mágico foi uma novidade<br />

Para o Inspetor Fernando. Num segundo estavam em<br />

Londres, no outro no IML do Porto em Portugal,<br />

especificamente na morgue. Uma sala refrigerada com um<br />

conjunto de gavetas para cadáveres a cobrir o fundo e duas<br />

macas no espaço aberto. Em uma delas a jovem ainda por<br />

identificar, jazia branca como cal, sem uma pinga de<br />

sangue, com o pescoço marcado pela força da corda e a<br />

carne cortada na artéria coronária<br />

- Temos que avisar da nossa presença. – É a<br />

primeira coisa que ele pensa, seguir sempre os protocolos.<br />

- Podemos fazer isso depois. Aproveitamos a<br />

morgue vazia para ver o que a morta tem para nos dizer.<br />

E logo de seguida o Mago se acerca da maca ergue<br />

os braços e as suas vestes mudam do fato para uma túnica<br />

comprida azulada apertada na cintura por um cinto em<br />

couro com várias bolsas. Do interior das bolsas começa a<br />

tirar o que parecem ser uns pós, ervas e até umas pedras e<br />

atira sobre a morta ao mesmo tempo que conjura um<br />

encantamento qualquer. – Assim que ela se levantar,<br />

pergunte o que precisa. Pense bem e seja rápido, este<br />

encantamento dura poucos minutos e só pode ser usado<br />

uma vez! Vou tentar o máximo de tempo. – Diz o mago<br />

diz num tom confiante.<br />

Fernando nem se deu ao trabalho de pensar no que<br />

ia acontecer, estava entregue ao inexplicável e não valia a<br />

pena contrariar, o melhor era ir ao sabor da corrente.<br />

Respirou fundo e arregalou os olhos quando a<br />

morta se mexeu e, muito direita sentou-se na maca, virou<br />

a cara e abriu os olhos baços e sem brilho para o mago.<br />

- Meu nome é Fernando, sou Inspetor da Polícia<br />

Judiciária do Porto, como te chamas, quem te fez isso? –<br />

Perguntou colocando-se ao lado do Mago excitado<br />

perante a ideia de repetir a proeza. O futuro da<br />

investigação criminal, perguntar aos mortos pelos<br />

culpados.<br />

- Meu nome é Susana, sou de Barcelinhos, apanhei<br />

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