Revista dos Pneus 41

EVENTO 14.° Encontro da rede Valorpneu ATUALIDADE Calendário Pirelli 2017
Ano VIII - 5 euros - revistadospneus.com
N.º 41
Dez. ‘16
Qualidade
.
Toyota Prius
O híbrido mais conhecido do planeta
atingiu o seu expoente máximo
PUB
BALANÇO 2016
Encher
as medidas
Importância da tecnologia
Tendências do mercado
Opinião dos fabricantes premium
EMPRESA
AB Tyres
Visitámos o terceiro maior
distribuidor de pneus
ENTREVISTA
Rodrigues de Almeida
À conversa com o antigo
diretor-geral da SP Pneus
www.yokohamaiberia.com

Editorial
DIRETOR
João Vieira
joao.vieira@apcomunicacao.com
Redação
Bruno Castanheira
bruno.castanheira@apcomunicacao.com
Jorge Flores
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Diretor comercial
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Gestores de clientes
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e contabilidade
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“Time is money”
Esta velha expressão é conhecida desde tempos
imemoriais e está traduzida em todos os idiomas do
planeta. De facto, o tempo é um recurso universal e válido
para qualquer cultura, através do qual se podem realizar
atividades, atingir objetivos e criar riquezas
Qualquer previsão do custo de um
trabalho baseia-se no tempo que
este demorará a ser efetuado. E
qualquer preço, no fundo, também reflete o
tempo que foi necessário para produzir um
bem ou serviço.
Os principais fatores que levam as pessoas a
perderem tempo, são, principalmente, a falta de
método e a falta de organização. A maior parte
das distrações e das omissões resultam dessas
carências, tornando as pessoas ineficazes. Depois,
existe a falta de eficácia, isto é, o fracasso
em definir objetivos que poderiam ser, facilmente,
alcançados e/ou perder de vista esses objetivos.
Sem os meios e prioridades que garantam a
eficiência e sem a eficácia que assegure os resultados,
ninguém poderá ultrapassar a mediania.
Isto se conseguir mesmo alcançá-la.
Na atividade da reparação automóvel, a pressão
da concorrência no mercado e da permanente
subida dos custos, exige um nível alto de produtividade
para dar a mais rápida resposta às
solicitações e às oportunidades, bem como para
assegurar uma margem de rentabilidade sustentável.
Além dos instrumentos de trabalho,
das tecnologias disponíveis e dos processos de
reparação mais adequados e rentáveis, a correta
gestão do tempo é indispensável para assegurar
a máxima produtividade. Ao programar e ao organizar
as atividades da oficina, estamos a falar
de tempos de execução de tarefas e de custos
de mão de obra, o que exige a programação do
tempo. No entanto, nem sempre a programação
do tempo coincide com a programação das tare-
fas e das atividades, porque o tempo pode “estender-se”
numas alturas e “encurtar-se” noutras.
É este o verdadeiro paradoxo do tempo.
Quem dirige uma oficina de reparação automóvel
acaba por ser apanhado no “fogo cruzado”
dos próprios colaboradores da empresa, dos
clientes e dos fornecedores, entre outros. De
facto, quem está numa posição de chefia, é interrompido,
geralmente, entre 60 a 80 vezes por
dia, o que dá uma interrupção em cada seis a
oito minutos, em média. Durante o dia, um chefe
pode, facilmente, perder duas horas ou mais a
dar respostas a diversas questões que lhe são colocadas.
É preciso realmente ter um grande sentido
de organização e das prioridades para não
perder o controlo da situação. Este dado é suficientemente
chocante para obrigar as pessoas
a pensar numa aplicação mais eficiente e eficaz
do seu tempo. Se queremos assumir o comando
do nosso próprio tempo, temos de determinar,
de forma exata, os nossos objetivos e mantê-los
atualizados, em função dos acontecimentos e
das nossas próprias expectativas.
Nada que não seja prioritário deve ser transferido
para outra hora ou data mais oportuna. Saber
dizer não é uma virtude e não um defeito. Nunca
se deve esquecer que mais vale um cliente contente
do que dois insatisfeitos.
João Vieira
Diretor
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Produto estrela
Michelin CrossClimate SUV
Desempenho regular
Com o CrossClimate, disponível, agora, também para SUV, a Michelin criou um
pneu de verão com características de pneu de inverno. Tendo uma gama composta
por 11 medidas, para jantes de 17” a 19”, este revolucionário produto destaca-se por
anunciar um desempenho regular em todas as estações do ano
Por: Bruno Castanheira
Antes de mais, esclareça-se que o Michelin
CrossClimate SUV não é um
pneu “All Season” ou “All Weather”.
Trata-se, em vez disso, do primeiro
pneu de verão a obter certificação de pneu
de inverno. Contudo, não ostenta o símbolo
3PMSF (montanha de três picos com um floco
de neve no interior) nem a inscrição M+S (Mud
& Snow). Quer isto dizer, que o CrossClimate
SUV também não é um pneu de inverno. Com
este novo produto, a Michelin desenvolveu
um pneu de verão para ser utilizado durante
todo o ano, não sendo necessário dispor de
dois jogos de pneus (um para verão, outro
para inverno).
Disponível em 11 medidas, para
jantes de 17” a 19”, o CrossClimate
SUV deve a sua eficácia,
essencialmente, a três características.
A primeira (e mais
importante), é o composto
de borracha que utiliza. A
fórmula é muito idêntica à
de um pneu de inverno e contém sílica de alta
qualidade, que permite reduzir a temperatura
que o pneu atinge ao rolar, diminuindo, assim,
o coeficiente de resistência ao rolamento e,
consequentemente, o consumo de combustível.Além
disso, o composto de borracha
tem estabilidade suficiente para se moldar às
irregularidades do asfalto e conseguir maior
aderência, independentemente da temperatura
ambiente e do tipo de piso.
A segunda, é a escultura do pneu. A Michelin
desenvolveu um desenho combinado (transversal/diagonal)
do piso, com o centro em
forma de “V” e ângulo variável, que traz maior
aderência e tração, tanto em linha reta como
em curva, ao acelerar e ao travar em piso seco,
em piso molhado e com neve.Este desenho
é combinado com lâminas tridimensionais
de espessura variável que, a partir do interior
do taco, penetram com uma geometria em
ziguezague e não plana. Os ângulos biselados
dos tacos também dão uma ajuda. Com este
tipo de desenho, obtém-se melhor tração em
neve e maior estabilidade e capacidade
de travagem em piso seco.
A terceira (e última) característica
principal do Michelin CrossClimate
SUV diz respeito à sua arquitetura,
ou seja, à estrutura
interna de capas e reforços
nos flancos e na banda de
rolamento que compõe a
parte interior do pneu. ♦
04 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

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Equipamento do mês
HPA FAIP M 1032 Gold
Versão dourada
Comercializado pela Gonçalteam, o HPA FAIP M 1032 consiste num inovador
desmonta pneus super-automático de acionamento hidráulico, para jantes
de 13” a 32”. Na versão Gold, inclui sistema de enchimento Inflatron, elevador
de roda e câmara de vídeo
Por: Bruno Castanheira
Anunciado como a solução ideal para os profissionais do setor,
o M 1032 da HPA FAIP é recomendado pelos fabricantes de
pneus premium para modelos Run Flat. Todas as características
que integra colocam-no no nível máximo de excelência
face ao que, hoje, existe no mercado nacional. O desmonta pneus
super-automático M 1032 permite operar com a máxima segurança
em qualquer tipo de roda para veículos de transporte ligeiro (jantes
de 13” a 32”), sem nunca entrar em contacto com a jante.
O movimento coordenado das ferramentas de trabalho e da roda
reduzem, consideravelmente, as tensões no pneu.E a crescente utilização
de jantes de liga leve, cromadas e repintadas, fazem com
que este equipamento nunca esteja em contacto com a jante. Nem
sequer com as proteções de plástico. A pré-seleção do diâmetro da
jante, com o consequente posicionamento automático da roda em
relação ao revolver automático, bem como o movimento coordenado
entre o eixo da roda e o revolver, asseguram grande facilidade de
trabalho e excelente precisão.
Disponível em várias versões, o M 1032 inclui, na especificação Gold,
além de elevador de roda, pressionador de talão e câmara de vídeo,
um sistema de enchimento Inflatron. Este equipamento da italiana
HPA FAIP não requer nenhum esforço físico por parte do operador,
graças à tecnologia “Lever-Less” de que faz uso.
Entre as características funcionais do M 1032 Gold, destacam-se os
seguintes: autocentrante eletromecânico inteligente com movimento
axial hidráulico (sistema patenteado no qual o eixo da roda se move
em simultâneo com a ferramenta para assegurar precisão e eficácia);
consola de comandos móvel (pode ser colocada na posição mais ergonómica,
dispondo de comandos simples e intuitivos, sendo muito
fácil de usar); ecrã tátil interativo (comandado por microprocessador,
mostra as diferentes fases de trabalho); ferramenta revolver multifunção
(inclui quatro ferramentas inovadoras); ferramenta do braço inferior
reclinável; disco descolador inferior autónomo; quatro pedais (rotação
autocentrante,bloqueio da roda, desbloqueio da roda e insuflação). ♦
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Diâmetro da jante 13” a 32”
Binário de rotação
1.200 Nm
Velocidade de rotação
7-18 rpm
Diâmetro máximo do pneu 1.200 mm (47”)
Largura máxima do pneu 400 mm (16”)
Força de descolagem superior e inferior
900 kg
Pressão hidráulica de funcionamento
120 bar
Nível de ruído em serviço
≤ 70 dB (A)
Motor elétrico
0.98 kW – 50/60 Hz
Motor hidráulico
0.80 kW – 50/60 Hz
Alimentação elétrica
1 Ph – 200/230 V
Peso máximo da roda
80 kg
Peso da máquina (com elevador de roda)
500 kg
06 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

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Destaque Balanço 2016
Um ano
de encher as medidas
O mercado de pneus em Portugal encheu as medidas em 2016. A maioria dos
fabricantes premium contactados pela Revista dos Pneus faz um balanço “muito
positivo” do ano e acredita que a tendência continuará a ser de crescimento do
mercado em vários segmentos
Por: Jorge Flores
08 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

Contra algumas expectativas iniciais
mais reservadas, o mercado de
pneus em Portugal manteve uma
forte tendência de crescimento em
2016. Para a maioria dos fabricantes de prestígio
contactados pela Revista dos Pneus, o
balanço do ano dificilmente poderia ser mais
positivo. Uma tendência que se alarga aos
vários segmentos disponíveis no mercado:
premium, quality e budget.
“Sabemos que, na prática, é muito difícil, pois
quando a maior parte faz o contrário, os outros
acabam por ter de seguir essa prática. Mas se
todos forem assim, qualquer dia, a margem
libertada pelos pneus acabará por não gerar
o cash flow que cada empresa necessita”, avisa.
A seu favor, a Bridgestone Portugal conta
w CAMINHADA POSITIVA
André Bettencourt, diretor de marketing
da Bridgestone Portugal, descreve como
“muito positivo” o balanço para as marcas
que representa nestas três categorias. No
seu entender, tal justifica-se, em parte, com
o “lançamento do novo DriveGuard, que apesar
de ter começado como um produto de
nicho, tem vindo a cimentar a sua posição no
mercado com muito boa recetividade. Tanto
por parte dos retalhistas, como pelo ‘Boss’
(consumidor final), temos registado um forte
incremento, em especial nos segmentos de
jantes de maiores dimensões, fruto, é certo,
também, da característica do mercado, com
veículos que recorrem a medidas cada vez
maiores, mas, também, pela tipologia dos
nossos clientes”, sublinha. “Ao contrário do
que vamos percebendo da informação que
vamos obtendo do mercado, o nosso sell-in e
sell-out tem estado num sentido proporcional.
Quando efetuamos estudos de mercado junto
dos nossos clientes, percebemos que um bom
mês de sell-in tem sido proporcional a um
bom mês de sell-out”, refere. “Como é óbvio”,
acrescenta André Bettencourt, “em termos
de sell-in, baseamo-nos sempre nos dados
do Europool que obtemos cruzando-os com
os que a Valorpneu também disponibiliza. E
mesmo com todas as diferenças, conseguimos
perceber que os nossos produtos são com-
prados pelas oficinas e, mais cedo ou mais
tarde, entram em comercialização, o que diz
muito da boa aceitação no mercado nacional
das marcas Bridgestone, Firestone, Dayton e
Seiberling”, salienta o responsável.
Olhando para 2017, André Bettencourt acredita
que o mercado nacional de sell-in manterá
o seu crescimento. “Poderemos discutir se
o mesmo se deve à vitalidade do mercado
doméstico ou às exportações, mas perante
a forma de analisarmos o nosso trabalho em
termos de quotas de mercado, o que se regista
é um crescimento geral, tanto em ligeiros
como em comerciais, mas uma queda em 4x4.
Para 2017, queremos e vamos continuar a
nossa caminhada positiva e não vemos motivos
para não acreditar que a mesma não
seja alcançada”, afirma.
No seu entender, é fundamental para a saúde
do mercado que se coloque o preço de venda
na “rentabilidade” do negócio e não colocar um
valor unitário em cima do preço de compra.
com uma “rede de clientes sólida. Os mais
fortes têm sido capazes de modernizar-se e
de fazer face às dificuldades”. Além disso, “a
rede First Stop cresce tanto em número como
em qualidade, com mais serviços efetuados
e maior envolvimento dos especialistas de
pneus em áreas como a mecânica automóvel.
Os nossos produtos têm sido reconhecidos
como produtos de eleição e o DriveGuard é,
claramente, uma pedrada no charco, que, aos
poucos, vai ganhando a sua posição. Por isso,
estamos muito otimistas quanto ao nosso
desempenho em 2017, mas cientes que temos
uma concorrência com a mesma vontade e
otimismo”, vaticina André Bettencourt.
w CONSOLIDAR POSIÇÃO
Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental
Pneus Portugal, também descreve 2016 como
“um ano muito positivo”. De resto, “em linha
com o que tem sido os últimos anos”. O responsável
faz questão de recordar que, “em
2013, alcançámos a liderança do mercado
português de pneus ligeiros (segundo dados
da ETRMA e do Departamento de Marketing
Intelligence da Continental)”. E continua. “Em
2015, alcançámos o melhor resultado de
vendas de sempre, com um crescimento na
ordem dos 10% face a 2014. Este ano, está
a ser, sobretudo, um ano de consolidação
da nossa estratégia de crescimento, em que
nos propusemos reforçar a nossa posição no
mercado de ligeiros e veículos industriais e
um crescimento ambicioso no segmento de
pesados”, sublinha.
Para o responsável, não existem “fórmulas
únicas” para o sucesso do negócio. “Na gene-
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Destaque Balanço 2016
ralidade, olhando para a dimensão e competitividade
do mercado, diria que a diversificação
do negócio é indispensável. Mas, para tal,
outros aspetos terão de ser priorizados. Começando
pelo reconhecimento das necessidades
da organização. Aqui, a formação é, de
facto, essencial, permitindo aos proprietários
adquirirem maiores competências para gerir
o mesmo, em linha com os atuais e futuros
desafios que o mercado nos coloca”, reforça
Pedro Teixeira. E explica. “Há todo um conjunto
de competências - gestão financeira,
técnica, organizacional, de recursos humanos,
atendimento ao cliente e comunicação – que,
hoje, são fundamentais para concorrer num
mercado onde o detalhe é o principal fator
distintivo para dar resposta a um consumidor
cada vez mais informado e exigente”.
Outro fator essencial para a sustentabilidade
do PDV no mercado, onde a Continental Pneus
Portugal tem investido, é na “associação em
rede”. Para a mesma fonte, trata-se de uma
“realidade incontornável”. Além disso, o “apoio
em parceiros fortes, como é o caso da Continental,
nomeadamente, através da rede
ContiService, pode ser importante para obter
alguns dos recursos necessários para garantir
a viabilidade e o crescimento do negócio”.
Para 2017, o objetivo será continuar a crescer,
em todos os segmentos, “consolidando
a nossa liderança no mercado de ligeiros”,
garante. Quanto ao sell-out, “queremos reforçar
e aumentar a nossa notoriedade como
marca de referência junto do consumidor final.
Queremos, claramente, ser a marca número
um no top of mind dos consumidores, mas
queremos, sobretudo, ser reconhecidos pelo
cliente final como uma marca que alia a segurança
ao desenvolvimento tecnológico, para
uma performance top, indo ao encontro das
mais exigentes necessidades do mercado”,
reforça o responsável.
Para Pedro Teixeira, o ponto de venda continua
a ter um “papel fundamental no processo de
venda”. E é um dos principais pontos de contacto
entre a nossa marca e o consumidor final.
Este é e continuará a ser um dos principais
desafios. Em termos de sell-in continuaremos
a trabalhar para ser a marca de confiança e de
referência dos nossos parceiros, ajudando-os
a serem mais competitivos e a desenvolverem
o seu negócio”, afirma.
w MELHORIA DOS INDICADORES
Da parte da Goodyear Dunlop, o mercado
“continua a manifestar-se positivo”, tanto em
sell-in como em sell-out. Segundo fonte oficial
do grupo, o “crescimento deverá andar
entre os 3 e os 5% e orientado pela melhoria
dos indicadores, tanto económicos como do
próprio setor, que serão positivos, ainda que
cresçam a um ritmo mais lento”.
As duas marcas consideram que, como fabri-
10 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

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Destaque Balanço 2016
Pneus do futuro
REVOLUÇÃO EM MARCHA
O mercado dos pneus é um “veículo” em
marcha rumo ao futuro. Não para a pretexto
de nada. E o papel dos fabricantes é
serem eles os protagonistas dessa evolução
permanente. André Bettencourt, diretor de
marketing da Bridgestone Portugal, acredita
que o futuro dos pneus estará “sempre
dependente da evolução do ramo automóvel
e da legislação do setor”, afirma. “Pneus
mais largos, pneus mais estreitos, pneus às
cores, com relevos, com mais ou menos
rasgos, tudo isso será em função do que
o mercado solicitar. Mas, na verdade, os
pneus com qualidade real e percebida serão
sempre aqueles que terão futuro”, explica.
Segundo o mesmo responsável, em 2020,
“vamos continuar a ter produtos revolucionários,
como foi por exemplo o RFT e,
agora, o DriveGuard, que, no fundo, é a
tecnologia RFT para todos. Sabemos que
o futuro trará o pneu redondo por muitos
mais anos, mas a dúvida será como é que
o mesmo funcionará. São estes dilemas
que temos, hoje, em fase de desenvolvimento,
mas a curto prazo só as marcas
com tecnologia para garantir qualidade
e responderem às exigências das marcas
de automóveis é que poderão sobreviver”,
acrescenta. E conclui o seu raciocínio: “Se
o futuro dos automóveis forem, realmente,
os veículos movidos a energia elétrica…
então o Grupo Bridgestone está bem posicionado,
pois foi o primeiro fabricante a
fazê-lo, exclusivamente, para o primeiro
veículo 100% elétrico da BMW: i3”.
Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental
Pneus Portugal, prefere focar-se
noutro prisma. “Numa sociedade onde
conceitos como evolução, otimização,
tecnologia, segurança, eficácia, satisfação
do cliente, notoriedade, qualidade, sustentabilidade,
performance e mobilidade
alargada traduzem uma parte importante
da realidade atual e futura, os pneus que
melhor conseguirem integrar e traduzir
estes conceitos serão os que o mercado vai
procurar”, afirma. Mas, sem dúvida, “que
o futuro dos pneus estará sempre intrinsecamente
ligado ao desenvolvimento do
setor automóvel”, reforça. E, nesse contexto,
aponta para o segmento UHP (Ultra High
Performance). “Insere-se nestes conceitos e
é, certamente, um segmento a ter em conta
no futuro pela força do seu crescimento.
Outro segmento que, hoje, ainda tem ➞
cantes de pneus, “é muito importante oferecer
às oficinas numerosos benefícios, para que
estes possam, por sua vez, disponibilizar um
serviço distintivo aos seus clientes e assegurar
a sua própria sustentabilidade e diferenciação
face à concorrência”. De acordo com a mesma
fonte, a principal preocupação da Goodyear
Dunlop é apoiar os seus clientes em áreas como,
por exemplo, “a gestão do negócio, numa
formação contínua e presencial, adaptada às
necessidades, criação de negócio através de
ações promocionais a nível local ou nacional,
apoio à implementação de atividades locais
vinculadas à marca, rapidez e disponibilidade
na entrega de pneus, condições comerciais
específicas, ferramentas de financiamento
para clientes finais, sistemas informáticos de
gestão, acordos com empresas de renting e
grandes frotas, bem como suporte das marcas
Goodyear Dunlop”, destacam.
Segundo fonte oficial do grupo, “somos marcas
de proximidade e o nosso êxito reside na
atenção personalizada e cuidada ao cliente
final. É a pensar nele, que tentamos fornecer
às nossas oficinas as melhores ferramentas
para gerar tráfego ao ponto de venda, bem
como a formação adequada aos funcionários,
com o objetivo de oferecer uma experiência
o mais profissional possível ao nosso
cliente, aliada a um serviço de assessoria e
qualidade que supere as expectativas”. Para
concluir, afirmam que, “num mercado em
que estamos constantemente expostos a
uma atividade promocional agressiva, que
reduz os preços e diminui as margens, a solução
passa por criar valor para o consumidor
final, oferecendo um serviço personalizado,
de confiança e com todas as garantias.
Ainda que os serviços de pneus continuem a
seguir a linha principal de negócio das oficinas,
devemos continuar focados na diversificação
de negócio, vinculando-nos, cada vez
mais, a serviços de mecânica e oferecendo
um serviço integral ao cliente”.
w ANO DA CONFIRMAÇÃO
Elena Ballista, country manager da Pirelli Portugal,
por sua vez, considera 2016 como o “ano
da confirmação, especificamente no segmento
premium, onde a nossa marca está a ter uma
12 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

evolução muito acima da média do mercado”.
Segundo afirma, o “aumento da Pirelli neste
segmento de pneus está relacionado com a
posição de liderança que ocupa como equipamento
de origem para viaturas de gama
alta, assim como é influenciado pela contínua
alteração do parque automóvel, onde os veículos,
mesmo os de cilindradas mais baixas
e comuns, já vêm equipados com medidas
de jantes maiores”. Quanto ao sell-out, “em
2016, a Pirelli consolidou a sua presença nos
pontos de venda como marca referência para
o consumidor final, uma vez que a sua gama
tem capacidade para dar resposta às múltiplas
necessidades dos utilizadores”, esclarece
a country manager da Pirelli Portugal à Revista
dos Pneus.
Para Elena Ballista, prioritário para assegurar a
sustentabilidade dos pontos de venda é a “base
do nosso programa, denominado Key Point,
que apoia os melhores pontos de venda do
mercado e através do qual, desde há uns anos,
oferece uma proposta de valor ao apresentar
um produto de excelência de acordo com as
necessidades do cliente”. A política comercial
da empresa, assegura, “está, essencialmente,
focada em apoiar os pontos de venda, através
de uma gama que se baseia numa proposta
de produtos tecnologicamente avançados e
que respondam às necessidades de cada consumidor
em termos de economia de consumo
de combustível e segurança na condução, entre
outros parâmetros”. Por outras palavras,
“acreditamos que a nossa política comercial
deve proporcionar uma margem comercial
que permita a sustentabilidade económica
do ponto de venda, uma vez que garante o
posicionamento da marca”.
Por fim, “consideramos que a excelência no
serviço ao consumidor e a imagem do ponto
de venda são outros aspetos importantes a ter
em conta para uma correta sustentabilidade
do negócio”, sublinha Elena Ballista.
As expectativas para 2017? “No que concerne
a sell-in, após alguns anos de crise e de retenção
económica, em 2016, os indicadores revelam
uma recuperação e maior estabilidade do
mercado”, diz. “A nível do mercado nacional,
as vendas dos principais fabricantes de pneus
obtiveram um crescimento de, aproximadamente,
6% face a 2015. Esta tendência positiva
é particularmente evidente pelo aumento
significativo das marcas budget, que quase
triplicaram os valores face às marcas premium
e quality. Existem muitas e diversas razões
para acreditar que esta tendência se possa
repetir em 2017. O mesmo está acontecer
em sell-out, onde a estagnação dos últimos
anos se inverteu e também esperamos que
o novo ano se inicie com uma percentagem
positiva”, conclui. ♦
➞ pouca expressão, mas que, no futuro,
vai crescer, são os produtos desenvolvidos
especificamente para equipar os veículos
elétricos e híbridos e no qual a Continental
já está a apostar com a gama Conti.eContact.
Acreditamos que as marcas que tiverem
capacidade para antecipar tendências
e necessidades, bem como dar resposta a
estes nichos de mercado, serão as que melhores
desempenhos terão no futuro”.
Já a Goodyear Dunlop, olha para o horizonte
dos pneus e vê os RunOnFlat. “A
tecnologia RunOnFlat, que desenvolvemos
há décadas, põe em evidência a aposta do
grupo na inovação. E o seu compromisso
no fabrico de pneus seguros e eficientes.
Graças, em parte, às suas laterais reforçadas,
os RunOnFlat da Goodyear não se
esvaziam nem afundam com o peso do
automóvel quando se tem um furo e, por
isso, permitem aos condutores manter o
controlo do volante, mesmo que o pneu
perca todo o ar”. Para a mesma fonte, com
esta tecnologia de vanguarda, “muitos dos
perigos e inconvenientes associados a um
furo, simplesmente, desaparecem. E mais:
não é necessário transportar um pneu de
substituição, algo que não acontece com
outros sistemas similares que têm aparecido
nos últimos tempos”, acrescenta.
E qual é a visão de Elena Ballista, country
manager da Pirelli Portugal? “Todos os
pneus que não apresentam evolução e que
não acompanham o desenvolvimento da
indústria automóvel e das novas formas
de mobilidade sustentável, não têm lugar
no futuro”, começa por afirmar. Por isso,
a “Pirelli acompanha toda esta tendência,
por vezes, antecipando as necessidades
dos construtores de automóveis e as preocupações
da sociedade mundial referente
ao meio ambiente e segurança. Através da
nossa gama Cinturato, referência em termos
de economia de consumo de combustível
e segurança, do Run Flat ou da Seal
Inside, tecnologia de fabrico que permite
ao condutor continuar a conduzir mesmo
em situação de perda de ar do pneu, ou
PNCS, a ‘esponja’ que reduz o ruído no
interior do habitáculo, pretendemos seguir
no futuro como marcas referência do
setor”, enfatiza Elena Ballista.
www.revistadospneus.com | 13

Evento
14.° Encontro Valorpneu
Estado da nação
Este ano, o Encontro da rede Valorpneu, o 14.° da sua história, realizou-se em
Unhais da Serra, distrito de Castelo Branco. Nos dias 9 e 10 de novembro, houve
animação, descontração, debateram-se os problemas do setor e fez-se o balanço
da entidade gestora. Em suma, falou-se sobre o estado da nação
Por: Bruno Castanheira
Todos os anos, a rede Valorpneu escolhe
uma localização diferente para
realizar os seus encontros. Em 2016,
mais concretamente nos dias 9 e 10
de novembro, o palco escolhido foi Unhais
da Serra, no distrito de Castelo Branco. O primeiro
dia foi de animação e descontração.
Os parceiros da entidade gestora dividiram-
-se entre uma “boleia” do piloto João Lopes,
atual Campeão Nacional de Todo-o-Terreno,
em Polaris RZR 1000, ou uma visita ao Centro
de Moagem do Fundão. De regresso ao hotel,
os convidados usufruíram do Centro Termo-
-Lúdico Aquadome do H2otel, seguindo-se
um jantar com animação na Quinta da Hera.
w PONTO ALTO
Na manhã do dia seguinte, a animação e descontração
deram lugar a um ambiente mais
formal e pleno de concentração. A sessão de
trabalho foi o ponto alto deste 14.° Encontro.
Além do bom desempenho da Valorpneu
durante o ano 2016, que continua, segundo
os seus responsáveis, a ser um case study ao
nível da eficiência de recursos no domínio dos
pneus usados e um exemplo a seguir por outras
congéneres europeias, estiveram em cima da
mesa alguns constrangimentos que requerem
rápida resolução e que estão, neste momento,
na posse da Secretaria de Estado do Ambiente.
14 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

A falta de enquadramento legal estável e ajustado,
condicionando a atividade da Valorpneu
e criando alguma instabilidade nos operadores,
a alteração da meta de recauchutagem
desajustada com a realidade, a abstenção na
implementação de políticas que incentivem a
utilização de pneus recauchutados e de materiais
reciclados de PU e ainda o investimento
em novas aplicações de granulado e pó de
borracha, foram os temas prioritários que estiveram
em debate e que fizeram parte do
discurso de abertura de Hélder Pedro, gerente
da Valorpneu e secretário-geral da ACAP.
A seguir, na sua intervenção, Climénia Silva,
diretora-geral da Valorpneu, para além dos
pontos acima mencionados, abordou ainda
o trabalho desenvolvido ao longo de 2016
pela entidade gestora e por todos aqueles
que operam no Sistema Integrado de Gestão
de Pneus Usados (SGPU), contribuindo, a nível
económico, com as suas atividades diretas e
indiretas. As quais contribuem com cerca de
78 milhões de euros para o Produto Interno
Bruto (PIB) e evitam 45 milhões de importações
liquidas. Além de permitirem criar, a nível social,
2.000 postos de trabalho, dos quais 970 diretos.
Além do aumento de produtores aderentes,
que, este ano, cresceu 4% relativamente ao
anterior, fixando-se nos 2.050, a grande preocupação
da Valorpneu diz respeito à fidelização
destas entidades. “Para isso, existe uma
interação contínua com todos os aderentes
e um trabalho permanente na simplificação
dos processos”, deu conta Climénia Silva.
Palmiresíduos venceu Prémio de Desempenho
CHEQUE DE €5.000 FOI ENTREGUE A PAULO FERREIRA
A empresa Palmiresíduos foi a vencedora, em 2016, do prémio de Desempenho de Ponto de
Recolha da rede Valorpneu, repetindo o feito alcançado em 2013. Esta escolha foi realizada quer
com base em critérios pré-definidos quer no desempenho obtido nos períodos correspondentes
ao segundo semestre de 2015 e primeiro semestre de 2016. Os resultados foram, depois, validados
pela empresa de auditoria Ernst & Young.
Sediada em Alijó, no distrito de Vila Real, a Palmiresíduos pertence à rede Valorpneu desde o
final de 2003 e desenvolve a sua atividade, essencialmente, na gestão global de resíduos, sendo,
hoje, uma referência no mercado pela qualidade do serviço prestado. A sua atividade assenta
num Sistema de Gestão Integrado de Qualidade e Ambiente, que se encontra certificado pela
SGS. O prémio, no valor de €5.000, foi entregue ao representante da empresa, Paulo Ferreira,
pela diretora do Departamento de Resíduos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Ana
Cristina Carrola, no âmbito do 14.° Encontro Valorpneu.
w ORGANIZAÇÃO ESCAPE LIVRE
Com o intuito de diversificar as aplicações de
produtos inovadores derivados de pneus usados,
a Valorpneu decidiu repensar o tradicional
Prémio Inovação (Prémio Inov.Ação), com uma
nova dinâmica e chegando mais perto das empresas.
Até final 2016, será, por isso, divulgada
a nova abordagem desta distinção. No 14.° Encontro,
a sessão de trabalho foi enriquecida por
Ana Cristina Carrola, diretora do departamento
de Resíduos da APA, que fez uma apresentação
sobre a importância da Economia Circular no
mundo globalizado. Na sessão, foi, igualmente,
entregue o Prémio de Desempenho de Ponto
de Recolha 2016 (ver caixa).
Sem esquecer a vertente de responsabilidade
social e ambiental, todas as emissões
geradas pela realização deste 14.° Encontro
serão compensadas através da associação
da Valorpneu à Quercus na continuidade do
projeto LIFE-Taxus.
O Encontro Anual da rede Valorpneu foi, este
ano, organizado pelo Clube Escape Livre, naquela
que foi a quarta vez que tal aconteceu,
seguindo-se às edições de 2007, 2009 e 2013.
Este evento reuniu todos os parceiros da Valorpneu,
nomeadamente, operadores de pontos
de recolha, transportadores, valorizadores
e outras entidades que se relacionam com o
sistema. E foi, uma vez mais, um espaço de
partilha de experiências e de debate sobre as
mais recentes evoluções do Sistema Integrado
de Gestão de Pneus Usados (SGPU).
A terminar, aqui ficam alguns dados fornecidos
por Climénia Silva, diretora-geral da
Valorpneu: “Em 2016, estima-se que o total
do mercado de pneus de substituição e de
veículos cresça cerca de 5% face a 2015; prevê-
-se que sejam recolhidos, este ano, cerca de
84 mil toneladas de pneus usados (o que,
a confirmar-se, corresponderá a um ligeiro
aumento face a 2015); os pneus recolhidos em
2016 são, maioritariamente, reciclados (56%),
sendo que, para recauchutagem e reutilização,
registamos cerca de 16%, com os restantes
28% a terem como finalidade a valorização
energética; estima-se que, em 2016, os objetivos
de gestão fixados na licença da Valorpneu
para recolha e reciclagem dos pneus usados
sejam novamente ultrapassados”. ♦
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Atualidade
Sensibilidade e emoção
No final de novembro, foi apresentado, em Paris, o Calendário Pirelli 2017, criado
por Peter Lindbergh, um dos mais talentosos fotógrafos do mundo. A sua visão
singular mostra pessoas no estado puro, “com toda a honestidade”
Por: João Vieira
Com a edição de 2017, o mestre alemão
torna-se no único fotógrafo a
ser chamado para realizar o calendário
Pirelli pela terceira vez, após o de
1996, fotografado na Califórnia, no deserto de
El Mirage, e o de 2002, realizado no estúdio
da Paramount Pictures, em Los Angeles.
Quem explica o fio condutor do Calendário
Pirelli 2017 é o próprio fotógrafo: “Numa época
em que as mulheres são apresentadas pelos
media e por toda parte como embaixadoras
da perfeição e da beleza, pensei que seria
importante lembrar a todos que existe uma
beleza diferente, mais real e autêntica, e não
manipulada pela propaganda ou outra coisa
qualquer. Uma beleza que fala da individualidade,
da coragem de ser quem se é e da
sensibilidade”.
O título “Emocional”, escolhido por Lindbergh,
enfatiza a intenção das suas fotos: “Criar um
calendário que não seja sobre corpos perfeitos,
mas sobre a sensibilidade e a emoção,
‘desnudando’ a alma das protagonistas, que
ficam mais nuas do que o nu”.
Para apresentar a sua ideia de beleza natural
e de feminilidade, Lindbergh fotografou 14
atrizes com fama internacional: Jessica Chastain,
Penélope Cruz, Nicole Kidman, Rooney
Mara, Helen Mirren, Julianne Moore, Lupita
Nyong’o, Charlotte Rampling , Lea Seydoux,
Uma Thurman, Alicia Vikander, Kate Winslet,
Robin Wright e Zhang Ziyi.
“O objetivo”, refere Lindbergh, “era retratar as
16 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

Calendário Pirelli 2017
mulheres de uma forma diferente: fiz isso chamando
atrizes que tiveram um papel importante
na minha vida e, ao fotografá-las, fui-me
aproximando delas o máximo possível. Como
artista, sinto a responsabilidade de libertar as
mulheres da ideia de juventude e de perfeição
eternas. O ideal de beleza perfeita promovido
pela sociedade é uma meta inatingível”. As
sessões fotográficas foram realizadas entre
de fast food e hotéis decadentes.
Mas não é somente o cinema que caracteriza
os trabalhos de Lindbergh. O fotógrafo
é famoso, também, pela sua capacidade de
trazer para as fotos elementos ligados ao
ambiente industrial da sua infância. E é, por
isso, que, com o objetivo inicial de transferir
para o calendário aspetos relacionados com a
tecnologia e a indústria, Lindbergh também
Perfil Peter Lindbergh
Considerado um pioneiro em fotografia, Lindbergh
introduziu uma nova forma de realismo,
redefinindo os padrões de beleza com imagens
intemporais. A sua abordagem humanista e a
idealização das mulheres distingue-o de outros
fotógrafos, já que privilegia a alma e a personalidade.
Em tempos de excessivos retoques,
Lindbergh mudou, drasticamente, os padrões
da fotografia de moda, acreditando que há algo
que torna uma pessoa interessante para além da
idade. E explica: “Esta deve ser a responsabilidade
dos fotógrafos de hoje. Libertar as mulheres
e toda a gente da mania de juventude e perfeição”.
A sua visão singular mostra a pessoa no seu
estado mais puro, “com toda a honestidade”, evitando
qualquer estereótipo ao retocar um rosto
com quase nenhuma maquiagem, sem disfarce,
melhorando a autenticidade e a beleza natural
das mulheres que fotografa.
maio e junho de 2016, em cinco localidades
diferentes: Berlim, Los Angeles, Nova York,
Londres e na praia francesa de Le Touquet.
O resultado traduz-se num calendário composto
por 40 fotografias, incluindo retratos
e ambientes tiradas, não só, no estúdio mas,
também, em vários espaços metropolitanos
e cenários ao ar livre, como ruas, restaurantes
realizou, durante a operação, inúmeras fotos
no polo industrial da Pirelli, em Settimo
Torinese, a fábrica tecnologicamente mais
avançada do grupo.
A preparação, as histórias e os protagonistas
do Calendário Pirelli 2017 nos bastidores,
podem ser visualizados no site www.pirellicalendar.com,
a plataforma renovada recentemente,
que permite visualizar a história de
mais de 50 anos de The Cal por intermédio
de filmes, entrevistas, fotografias e textos
inéditos. Um dos conteúdos exclusivos da
nova edição, a secção Making of The Cal,
narra o processo de conceção e de realização
do trabalho artístico do grande fotógrafo e
da sua equipa. u
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Atualidade
Euromaster
Felicidade
continua a rodar
A segunda edição de “A Roda da Felicidade” continua a
rolar no Natal de 2016. Quem comprar pneus Michelin
num dos 400 centros Euromaster, transforma-os em
prendas para as crianças portuguesas carenciadas
É
como uma espécie de magia. Transformar
pneus em prendas continua a ser o
lema da segunda edição da campanha
de Natal da Euromaster designada “A
Roda da Felicidade”. Nesta iniciativa, que arrancou
no passado dia 14 de novembro e que
decorrerá até ao próximo dia 23 de dezembro,
cada operação de mudança de pneus da marca
Michelin, realizada nos mais de 400 centros de
serviço Euromaster, repartidos entre Espanha
e Portugal, será convertida num presente, a
ser entregue pela Cruz Vermelha Portuguesa
às crianças desfavorecidas em solo nacional,
através das suas delegações espalhadas por
todo o país.
Para Miguel Santos, responsável da rede Euromaster
em Portugal, trata-se de uma “causa
nobre”. E fez questão de realçar a importância
Por: Jorge Flores
de contar com o apoio da Michelin, “parceira
de viagem” em toda a ação benemérita. Este
ano, a ação tem uma diferença em relação ao
ano passado. Mesmo quem não necessitar de
trocar de pneus poderá, também, participar
na iniciativa e dar o seu contributo.
w RETRIBUIR À SOCIEDADE
A piloto Elisabete Jacinto é o rosto da campanha
em Portugal. “Primeiro, porque é uma
pessoa encantadora e que aceitou ser embaixadora
da causa de uma forma graciosa”,
explica Miguel Santos. Depois, porque “partilha
uma série de valores”, acrescenta o mesmo
responsável, durante a apresentação da ação
à comunicação social.
Para Elisabete Jacinto, esta é uma oportunidade
de retribuir o “carinho” que sente, desde sempre,
da sociedade. “Gosto bastante do que faço
e tenho andado muito, dedicado de corpo e
alma, mas é uma atividade que nunca poderia
exercer se não tivesse o apoio das pessoas em
geral, de algumas empresas e pessoas. Sou
daquelas cidadãs que sente uma dívida de
gratidão muito grande para com a sociedade”,
adianta a piloto. “Em muitos momentos difíceis
que vivi, sozinha no meio do deserto, superei-
-os pelas palavrinhas de apoio que as pessoas
me davam cá”, conta. “Por isso, é, também, de
alguma forma, a minha contribuição para a
sociedade em que vivo. Acho a iniciativa da
Euromaster espetacular. Tem vários pontos que
vale a pena salientar. Um deles, é o facto de
oferecer prendas às crianças. Pensamos sempre
na massa e no arroz, que fazem falta e todos
compreendemos isso, mas achamos que os
brinquedos são instrumentos muito importantes
no desenvolvimento das crianças. Brincar
faz parte do crescimento emocional, motor,
social. É uma necessidade das crianças. Pode
fazer crescer de forma mais correta”, sublinha
Elisabete Jacinto.
w ONE STOP SHOP
Na primeira edição de “A Roda da Felicidade”,
a campanha fez chegar brinquedos a mais
de 3.400 crianças em Portugal, com idades
compreendidas entre 1 e 12 anos, num total
superior a 20.000 crianças na Península Ibérica.
A grande novidade desta edição de “A Roda da
Felicidade” é a possibilidade de serem realizados
donativos diretamente à Cruz Vermelha
Portuguesa, através da página web da campanha.
Assim, mesmo quem não compre pneus
Michelin numa oficina Euromaster, poderá contribuir
para “A Roda da Felicidade”. Através da
web e da página de Facebook da Euromaster.
Quem comprar pneus Michelin nestas casas,
receberá um autocolante alusivo à ação.
Em conversa com a Revista dos Pneus, Miguel
Santos mostra-se orgulhoso da campanha. E
traça um cenário de crescimento para a rede
Euromaster em Portugal. “Hoje, contamos com
68 pontos de venda a nível nacional. E continuamos
a trabalhar no sentido de expandir a
rede”. Uma das apostas da rede passa, atualmente,
pela loja online. “Mais uma forma de
entrada para os centros Euromaster”, diz. Outro
dos investimentos da rede reside na área dos
pesados. “Através da empresa OK24 Horas,
conseguimos chegar, de forma mais rápida,
junto dos camiões”. A ideia, explica, é garantir
uma “one stop shop”. Ou seja, “cada cliente pode
encontrar resposta para as suas necessidades
com o veículo. É para onde caminhamos”, sublinha
Miguel Santos.u
18 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

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Salão
6.ª edição da MECÂNICA
Pneus, não faltaram
Sendo parte integrante do aftermarket, uma vez que é sobre eles que o mercado
rola, os pneus não podiam faltar no Salão MECÂNICA. Contudo, na edição de 2016,
estes componentes estiveram presentes em número inferior face a 2015
Por: Bruno Castanheira
A
6.ª edição da MECÂNICA, que decorreu
entre os dias 10 e 13 de novembro,
foi a última que se realizou na
Batalha. O anúncio foi feito por José
Frazão, administrador da ExpoSalão, ainda a
edição de 2016 não tinha fechado as suas portas.
O próximo Salão de Equipamento Oficinal,
Peças, Mecânica, Lubrificantes, Componentes
e Acessórios para veículos ligeiros e pesados,
realizar-se-á, de 24 a 26 de novembro de 2017,
na FIL, em Lisboa, a par da EXPOTRANSPORTE
- Salão Ibérico de Veículos Pesados e Ligeiros
de Mercadorias e de Passageiros e Logística.
De acordo com a ExpoSalão, “o objetivo passa
por acompanhar o mercado em franca expansão
e transpor a feira para a capital dos transportes,
da logística e do aftermarket. Com a
missão de potenciar o número de expositores
e visitantes a nível ibérico e fazer do evento
o grande ponto de encontro para todos os
profissionais que se movimentam neste setor
tão dinâmico”, pôde ler-se em comunicado.
No final dos quatro dias, segundo dados da
organização, estiveram na MECÂNICA, que se
realizou, em simultâneo, com o Salão do Automóvel
– Feira de Viaturas Novas e Semi-Novas,
mais de 100 expositores e 25.600 visitantes. Ou
seja, face à edição de 2015, a feira deste ano
teve menos expositores mas mais visitantes.
PNEURAMA
Vizinha da Revista dos Pneus na Batalha, a
Pneurama, que considera o Salão MECÂNICA
de extrema importância no panorama do setor
em Portugal (pois faz a ligação entre os clientes
de Lisboa – os principais da empresa – e os da
região norte), exibiu um pouco da sua gama.
Com particular ênfase para as marcas Lassa
20 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

e Avon, que trouxeram como novidades os
modelos Transway 2 e ZV7, respetivamente. A
empresa de José Azevedo da Mota aproveitou
o certame da região centro para estar em contacto
com os clientes. E para dar a conhecer a
primeira loja Lassa existente em Portugal: Quim
dos Pneus. Inaugurada no dia 2 de julho, a loja
de Joaquim da Silva Cardoso Pinto está localizada
no alto da Portela, em Armamar, a sul do
vale do Douro, no distrito de Viseu. Numa área
de 22 m 2 , Quim dos Pneus também comercializa
outras soluções relacionadas com pneus
de automóveis. Sendo o sétimo fabricante de
pneus na Europa, a Brisa lançou a primeira loja
Lassa em Portugal com o objetivo de expandir
a presença da marca em todo o país.
PNEUS DO ALCAIDE
A participação da Pneus do Alcaide na 6.ª edição
da MECÂNICA pautou-se pela exibição de
alguns dos seus produtos, entre os quais os
pneus recauchutados. Recorde-se que a empresa
foi fundada, em 1981, por Augusto Francisco
Domingos Laureano, tendo começado
a sua atividade através da revenda de pneus
ligeiros e pesados, prestando assistência aos
seus clientes num pequeno posto situado em
Porto de Mós. Com o crescimento do negócio
e na procura de satisfazer sempre as necessidades
dos clientes, a empresa alargou as suas
instalações na Tremoceira, onde ainda hoje
se encontra sediada. Em 1991, expandiu-se
para um novo mercado: o da recauchutagem
de pneus. Entrou, assim, neste novo ramo de
negócio como Recauchutador Oficial da Goodyear,
passando a fazer parte de um grupo
restrito de empresas europeias da Rede de
Recauchutadores Autorizados da Goodyear/
Dunlop (Next Tread). A Pneus do Alcaide dispõe,
também, de uma rede de assistência, quer
através dos seus postos (Tremoceira, Santeira,
Benedita, Marinha da Mendiga e Maia), quer
através de uma rede móvel.
SOBRALPNEUS
Apesar de ter tido outro evento a decorrer em
simultâneo, o Grupo Sobralpneus não quis deixar
de marcar presença na feira da Batalha.
Porque, segundo disse Eduardo Rodrigues, o
seu diretor-geral, “o evento tem potencial” e
“a organização está de parabéns porque tem
conseguido criar um certame apelativo”. No
entanto, na opinião do responsável do Grupo
Sobralpneus, o evento foi “um bocadinho mais
fraco do que o do ano anterior”. Contudo, “o balanço
acaba por ser sempre positivo”. De acordo
ainda com Eduardo Rodrigues, “é importante
estarmos presentes para damos a conhecer os
produtos que temos no nosso portefólio, bem
como os novos lançamentos”. A marca Marshal,
que a empresa comercializa em exclusivo, foi
lançada há pouquíssimo tempo, tendo sido
uma das novidades do Grupo Sobralpneus na
MECÂNICA. Tal como os inovadores sistemas
TPMS e as soluções anti-furo OKO que disponibiliza.
Sem esquecer, claro está, as jantes
em alumínio forjado ALCOA concebidas para
camiões e a marca Starmaxx, que conta com
assistência 24 horas.
TIRSO PNEUS
No espaço reservado à Tirso Pneus, Paulo Santos,
o seu diretor-geral, revelou que a empresa
veio apresentar à 6.ª edição da MECÂNICA o
Hankook HD31, na nova medida 385/65R22,5,
modelo que é escolhido pela MAN como equipamento
de origem. Isto no caso dos pneus
pesados. Na categoria dos ligeiros, o destaque
AP Comunicação em força na Batalha
ESPAÇO CONTOU COM
A PRESENÇA DA ATEC
Com um stand de 80 m 2 , onde o tema de
destaque foi a Campanha Mecatrónico Automóvel,
a AP Comunicação contou com a
parceria da ATEC e voltou, uma vez mais,
a primar pela inovação. Exatamente no
mesmo local do ano passado. A empresa
detentora dos títulos Jornal das Oficinas,
Revista dos Pneus, revista TOP 100 - As
Maiores Empresas do Aftermarket em
Portugal e revista PME – As Melhores
Empresas do Aftermarket em Portugal,
marcou presença no Salão MECÂNICA.
Pelo sexto ano consecutivo. Na edição de
2016, substituiu as três oliveiras por dois
modelos da Volkswagen. E por esquemas
técnicos da ATEC, academia de formação
localizada em Palmela, que esteve, constantemente,
a esclarecer os visitantes e
a explicar a importância da profissão de
mecatrónico automóvel. No âmbito do
concurso “Melhor Mecatrónico 2016”, que
a AP Comunicação promoveu ao longo do
ano que agora finda.
foi dado ao Hankook Ventus Prime 3, que substitui
o Ventus Prime 2 e que já se encontra à
venda. Empresa juridicamente portuguesa com
capitais espanhóis, a Tirso Pneus, que está presente
no nosso país desde 1999, é uma filial do
Grupo Soledad. A sua principal atividade é a importação
e exportação de pneus, assim como
a comercialização de produtos para veículos e
da marca própria Confortauto. Representante
oficial da Hankook no mercado português e
detentora de marcas próprias e exclusivas (Rodatec,
Confortauto e Insa Turbo), a Tirso Pneus
fortalece a sua presença no mercado português
criando diferenciação nestas marcas. E oferece
um grande número de modelos, assim como
medidas de diversas categorias. ♦
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Entrevista
Rodrigues de Almeida
“A amizade é das coisas mais
Personalidade ímpar do setor dos pneus, Rodrigues de Almeida, agora com 82
anos de idade, é o mais antigo gestor do negócio de pneus em Portugal. Nesta
entrevista, ficamos a conhecer o seu percurso profissional e a sua opinião sobre o
estado atual do mercado
Por: João Vieira
Trabalhou durante 48 anos no setor dos
pneus. Cinco com retalhistas, cinco na
Dunlop Portuguese Selling Company
e 38 anos na Garland/SP Pneus Lda.
Fale-nos um pouco da sua infância, adolescência
e do seu primeiro emprego?
Fui criado num bairro – Ajuda – e, até ao
curso comercial, sempre frequentei escolas
públicas: Sporting Clube de Rio Seco e Escola
Comercial Ferreira Borges.
Nunca fui bom de bola mas era um ás com as bicicletas.
De tal modo, que perdi um ano e disse
ao meu pai que queria era trabalhar. O meu
pai fez-me a vontade e arranjou-me emprego,
mas obrigou-me a estudar à noite. Trabalhei
poucos meses, na Sena Sugar Estates. Com 16
anos, ganhava três mil escudos por mês e só
tinha de carregar num botão. Despedi-me. Na
minha cabeça só havia automóveis e consegui
um emprego de aprendiz de mecânica no J.J.
Gonçalves Suc. – Austin. Entretanto, acabei o
curso e, pouco depois, chegou o serviço militar.
Rapidamente: Companhia de Saúde, na Graça;
Hospital Militar da Estrela; curso de enfermagem
e “convite” para umas “férias” de três anos
em Goa. Os três anos no ex-Estado português
da Índia, foram decisivos. Foi lá que decidi o
que queria fazer – vendas! Primeiro, tentei os
automóveis - Simca - e, depois, os pneus -
Joaquim José Barbosa Júnior & Irmãos, Recaucutagem
Triunfo (hoje Pneuvita), Morgado &
Filhos Pneus, pneus e... mais pneus. No pri-
22 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

Antigo diretor-geral da SP Pneus
importantes da vida”
meiro, com Franklin Barbosa, aprendi a vender.
No segundo, com Miguel Freitas, o que era um
pneu por dentro e por fora. No terceiro, que a
amizade é das coisas mais importantes da vida.
Qual o melhor momento que viveu no decorrer
da sua atividade profissional?
Foram vários, mas o mais marcante foi em
1996, quando a SP Pneus foi nomeada como
o maior distribuidor privado, da Dunlop, no
mundo.
E o menos agradável?
Quando me anunciaram que a Dunlop ia ser
vendida a uma marca concorrente.
De que forma analisa a evolução do grau
de profissionalismo e ética do negócio, na
relação fabricante/agente?
Muito mal. E pergunto: ainda existe relação
fabricante/distribuidor com o agente? Antes,
os agentes tinham nomes. Hoje, são apenas
um número e as relações são online.
Como analisa o fenómeno das deslocalizações
dos centros logísticos e dos centros de
poder, no plano ibérico?
Nunca percebi. Os custos em Portugal eram
(e são) mais baixos do que em Espanha. Acho
que só estão a poupar com os diretores. Antes,
havia um em cada país. Hoje, têm os chamados
ibéricos.
Que balanço faz da evolução dos canais de
distribuição de pneus?
Aposentei-me em dezembro de 2000. O que
sei já é de ler e ouvir, mas sei que as lojas virtuais
foram funestas para o comércio retalhista de
pneus. Todavia, temos excelentes grossistas/
distribuidores, que podem ombrear com os
melhores da Europa.
Como analisa o estado atual do comércio de
pneus em Portugal e de que forma a crise
global tem afetado o mercado?
Aqui, temos dois tipos de situação. Por um
lado, a crise global fez baixar o patamar de
exigência dos portugueses. Por outro, alguns
retalhistas enveredaram por uma política de
salve-se quem puder, utilizando, para isso, os
chamados pneus da CEE.
Qual a sua opinião em relação à venda de
pneus usados?
Sou totalmente contra. Poucos perceberam
que é uma faca de dois gumes. Mas, aqui, os
governos são os culpados, por não terem legislado.
Por ignorância, claro. Quem é que de entre
os políticos que nos têm governado percebe
alguma coisa da matéria? A ACAP, claro que
sim, mas o que é que fez?
Quais os maiores desafios e ameaças para o
setor do comércio de pneus na atualidade?
A minha opinião é que são os fabricantes que
estão a ‘enterrar’ os retalhistas, esquecendo-se
que foram eles os bons parceiros do início. A
primeira machadada foi permitir que as marcas
de veículos estendessem a sua atividade aos
pneus. Quando, em 1975, o governo decretou
a sobretaxa de 30% para os pneus com menos
de 70 kg - e eu disse ao Dr. Alípio Dias que, se os
importadores deixassem de importar todos os
pneus que não eram fabricados em Portugal,
de engenharia civil, trator e motocultivadores,
este país pararia -, ele deu um murro na mesa
e disse: “Isto aqui não é o Chile”. Ah! O que
fez a ACAP? Nada, mas a mesa de grossistas
de pneus conseguiu acabar com a sobretaxa.
Se voltasse ao setor dos pneus, que experiências
vividas noutras áreas traria para
este mercado?
Não tenho experiências de outros setores, a
minha vida foram os pneus e tenho um enorme
orgulho em ter começado como vendedor e
ter chegado a diretor-geral e a administrador.
Mas, sim, se voltasse, iria lutar com todas as
minhas forças para fazer uma associação independente,
de fabricantes, recauchutadores,
importadores/distribuidores/grossistas
e retalhistas.
Que pessoas ou entidades gostaria de destacar?
Fez bons amigos para a vida?
Relativamente às entidades, destaco o facto
de nas reuniões haver, por vezes, enormes diferendos
entre Dunlop – Goodyear – Firestone
– Pirelli – Michelin - Uniroyal. Mas, depois, íamos
todos almoçar à Mó, na Praça da Figueira. Cada
um tentava arrecadar a maior fatia possível do
bolo. Alguns através de “processos noturnos”,
outros com viagens de incentivo às vendas.
Perfil de Rodrigues de Almeida
Estudos: Curso comercial, de marketing e
de técnica diferenciada de pneus
Idiomas: Inglês
Clube de futebol: Os Belenenses
Hobbies: Ler e escrever
Desporto preferido: Futebol
Em jovem queria ser: Ciclista
Automóvel atual: Mercedes-Benz
Pneu(s) da sua vida: Dunlop SP73
Oficina de confiança: C. Santos V.P.
Uma cidade: Londres
Um país: Estados Unidos da América
Férias de verão: Brasil/Baía, República
Dominicana/LaRomana e Cuba/Varadero
Um livro: Mandingo
Um filme: Casablanca
Um género musical: Fado
Prato preferido: Peixe assado
Bebida preferida: Gin tónico (à inglesa)
O que o faz rir: O riso dos meus netos
O que mais teme na vida: Viver
Qual a primeira coisa que vê numa
mulher: Os olhos
O melhor do seu carácter: Lealdade
E o menos bom: Não conseguir aceitar a
ingratidão
Quanto às pessoas, chegava a haver guerra
de comunicados/circulares, mas, no fim, perdurava
a amizade.
José Mário Branco (RIP), Inácio Ribeiro, Ralph
Bernfeld e José Veiga, só para citar alguns.
Ainda hoje, continuamos amigos.
Que atividades tem desenvolvido desde
que abandonou o setor dos pneus?
Profissionalmente, nada. Depois de aposentar-me,
ainda recebi dois convites para voltar
ao ativo, mas recusei ambos. Num, porque não
acreditei no projeto. No outro – Lusitano Pneu
- porque “só tinha chefes mas não tinha índios”.
Assim, leio, escrevo, convivo com muita gente
dos pneus (ouço) e tiro as minhas conclusões. u
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Notícias
Mercado
Bridgestone aumenta
preços em toda a gama
A Bridgestone Europe anunciou, no dia 1 de dezembro,
a intenção de subir os preços dos seus pneus
para ligeiros, comerciais, 4x4 e de motos, em cerca
de 3%, e dos pneus pesados, em 1%. Estes aumentos
são um reflexo do crescente investimento em
colaboradores, tecnologia e novos produtos, para
todas as gamas e marcas do Grupo Bridgestone. Estes
incluem o novo Bridgestone DriveGuard, o Turanza
T001 Evo e o Dueler A/T001. Na Firestone, incluem-se
os Roadhawk e Vanhawk 2 e, na categoria pesados,
a apresentação da nova gama On/Off nas marcas
Bridgestone e Firestone, assim como o lançamento
da gama Bridgestone Nordic-Drive.
Os novos preços para pneus pesados entraram, assim,
em vigor no dia 1 de dezembro. No caso dos pneus
ligeiros, comerciais, 4x4 e motos, os novos preços
serão praticados a partir do dia 1 de janeiro de 2017.
Speedline Truck com nova gama
de acessórios para jantes
A marca Speedline Truck é famosa pelas suas jantes de alumínio forjadas de alta
qualidade para camiões, autocarros e reboques. Mas, além disso, a insígnia oferece,
também, uma variedade de acessórios apropriados para veículos utilitários.
Entre estes, encontram-se porcas de haste e tampas para porcas, assim como válvulas
e extensões de válvulas.
Para o aftermarket de todas as jantes de alumínio, entre 17,5” e 22,5 “, a empresa
apresenta uma oferta extensiva de porcas de haste. Todos os produtos estão dotados
do revestimento “Delta-Protekt“, ecológico e homologado pela TÜV. No caso
das jantes de 22,5”, as tampas para porcas em plástico cromado e aço especial de
alta qualidade complementam a gama de acessórios.
Adicionalmente, oferece uma série exclusiva de válvulas produzidas, especificamente,
para jantes de alumínio de veículos utilitários. As válvulas Speedline Truck
são fabricadas em latão, recebendo um acabamento especial de liga de níquel.
Dispõem de uma proteção anticorrosiva adicional, dado que não há contacto
entre os componentes metálicos e, também, um baixo binário de aperto para fixação
e diminuição das forças no orifício da válvula. Graças à exatidão da construção,
as válvulas são fáceis de montar.
Vipal Borrachas tem
nova gestão comercial na Europa
Novas medidas
dos pneus Mitas CHO
A Mitas, empresa do Grupo Trelleborg, está a
ampliar a sua gama de pneus Cyclic Harvesting
Operation (CHO) ao apresentar novas medidas. Os
pneus Mitas CHO estão desenhados para
debulhadoras, veículos de transporte
de grão e implementos similares. A
sua construção única utiliza tecnologia
de núcleo hexagonal,
cintas de aço e flancos flexíveis,
que permite proteger o solo de
grandes cargas com pressões
menores. Os pneus Mitas CHO
são os preferidos entre os principais
produtores de maquinaria
agrícola.
O comprometimento com a vitória é um dos valores da Vipal Borrachas, envolvendo
a preocupação em atender, cada vez melhor, os seus clientes distribuídos
pelo mundo. Desta forma, Frederico Schmidt, até agora na filial da Vipal nos
EUA, passa a ser o novo gerente comercial da filial europeia. “Contamos com a
experiência de Frederico para aprimorar o nosso trabalho no mercado externo
e desejamos-lhe muito sucesso neste
novo desafio, tendo em mente que é
um profissional de total confiança e
altamente capacitado para tal”, destaca
Leandro Rigon, diretor de Negócios
Internacionais da Vipal Borrachas.Na
Vipal há 15 anos, Schmidt iniciou a sua
carreira na sede da empresa, localizada
no Brasil, tendo sido, de seguida,
transferido para os EUA. Com formação
em Química Industrial, durante 11
anos foi responsável pelos mercados
norte-americano e Caribe, onde exerceu
funções de coordenador técnico
e, posteriormente, de gerente comercial
da região.
24 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

DISTRIBUIÇÃO de PNEUS
APORTAMOS VALOR ACRESCENTADO À DISTRIBUIÇÃO
Porque queremos ser o seu parceiro de negócio. Porque queremos construir relações a longo prazo.
Porque a nossa filosofia se baseia na proximidade, no serviço, na confiança mútua e na fiabilidade.
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Notícias
Guia Michelin
Espanha & Portugal 2017
Personalidade, criatividade e inegável talento nos fogões! A gastronomia
de Espanha e Portugal está no auge, o que se traduz
numa seleção com nove restaurantes de três estrelas, 28 de duas
estrelas e 166 na categoria de uma estrela. Nesta edição, assistimos
ao nascimento de um Guia Michelin mais visual, mais intuitivo, mais
moderno… e, sobretudo, mais gastronómico do que nunca, pois
agora são os restaurantes os protagonistas. O Guia Michelin Espanha
& Portugal 2017 apresenta uma seleção de estabelecimentos com a
cozinha de melhor qualidade avaliada em ambos os países, que são
classificados com as conhecidas “estrelas da boa mesa”.
Na secção de duas estrelas, encontramos dois chefes merecedores da
distinção: Benoît Sinthon, à frente do Il Gallo d’Oro, e Ricardo Costa,
no The Yeatman, destacando-se o primeiro pelas incríveis notas de
autor que proporciona à cozinha clássica e internacional, e o segundo
pela sua personalidade criativa, sempre construída com umas magníficas
abordagens.
Na categoria de uma estrela, com 166 estabelecimentos, é onde descobrimos
mais novidades, concretamente 15 em Espanha e sete em
Portugal. Relativamente a Portugal, o aumento de restaurantes reconhecidos
com esta distinção também foi excecional, pois passou-se
de uma novidade em 2016 ao incrível número de sete nesta última, o
que, por si só, diz muito de como está a crescer o nível gastronómico
no nosso país e o apoio que este setor está a sentir pela maior parte
da população. Os novos estabelecimentos distinguidos são: Casa de
Chá da Boa Nova em Leça da Palmeira, com o Atlântico e os seus produtos
como inequívocos protagonistas; os restaurantes Alma e Loco
em Lisboa, que, graças à sua criatividade e savoir-faire, deram novos
brios à gastronomia da capital; os elegantes restaurantes William (Madeira/Funchal);
L’And Vineyards (Montemor-o-Novo); Antiqvvm (Porto);
Lab by Sergi Arola, em Sintra, restaurante de carácter intimista
que emana personalidade e sofisticação.
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26 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

Pirelli fornece pneus à Polícia Municipal espanhola até 2018
A Pirelli venceu o concurso público de fornecimento e montagem de pneus para a polícia
municipal espanhola, nos exercícios de 2017 e 2018.O compromisso assegura a cobertura de
mais de 10 mil veículos do corpo desta autoridade. Depois do primeiro acordo assinado em
2015, os pneus Pirelli continuaram a somar quilómetros montados nos ligeiros, todo-o-terreno,
motos, camiões e furgões que são propriedade da Polícia Municipal.Este compromisso inclui
ainda o serviço de montagem dos pneus. Para isso, a Pirelli colocou à disposição da polícia
nacional a rede de oficinas da Driver Center em Espanha, que conta com 170 pontos repartidos
por toda a geografia nacional. O acordo reforça a confiança da Polícia Municipal espanhola na
Pirelli, uma marca comprometida em oferecer produtos de máxima qualidade e que garantam
o melhor rendimento durante um número de quilómetros superior.
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Revista Time nomeia Goodyear
com uma das invenções do ano
Em cada ano, os editores de tecnologia
da revista Time elaboram uma lista com
as “melhores invenções que contribuíram
para tornar o mundo melhor, mais inteligente
e, em alguns casos, um pouco mais
divertido”. A lista deste ano contém 25 invenções,
incluindo o pneu Eagle-360 da
Goodyear e outras criações, como um capacete
de realidade virtual, sapatos que
se apertam sozinhos, um telhado solar
resultado da colaboração entre a Tesla e
a SolarCity e o veículo elétrico Chevrolet
Bolt. “A redução gradual da interação e intervenção
do condutor nos veículos autónomos
aumenta a importância dos pneus
como principal elo de ligação à estrada”,
refere Joe Zekoski, diretor técnico da Goodyear.
“Os protótipos da Goodyear desempenham
uma função dual no futuro, quer
como plataformas criativas para superar os
limites dos projetos, quer como bancos de
ensaios para as tecnologias de nova geração”,
acrescenta.O Eagle-360 da Goodyear
consiste num protótipo, de forma esférica,
que proporciona aos veículos autónomos
máxima capacidade de manobra, conectividade
e biomimetismo para aumentar a
segurança.
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Notícias
Dunlop lança SportSmart2 Max
A Dunlop anunciou o lançamento do seu último pneu
para a gama Hypersport. Desenvolvido para melhorar, não
só, o rendimento em estrada mas, também, a capacidade
nos circuitos, o novo Dunlop SportSmart2 Max combina
as aprendizagens obtidas no programa de provas do
Campeonato do Mundo de Endurance com a
experiência no desenvolvimento do revolucionário
pneu RoadSmart III da gama
Sport Touring. Fazendo uso dos bons
resultados obtidos com este pneu, a
Dunlop reconstruiu, radicalmente,
o pneu dianteiro, com o objetivo
de conseguir um rendimento constante
com tempo de aquecimento
reduzido.Esta construção reduz a
deformação do pneu, causada pelas
forças centrífugas a alta velocidade,
especialmente em ângulos de inclinação,
e demonstrou melhorar a durabilidade
dos pneus dianteiros em 25%.
Para melhorar o rendimento em piso molhado
sem afetar a aderência em seco, a Dunlop desenvolveu um
composto inovador, capaz de expandir a zona de contacto
para proporcionar a máxima aderência em condições de
piso molhado e baixas temperaturas. Comparado com o
seu antecessor, a aderência em piso molhado melhorou 4%.
Tuga_meiapagina.pdf 1 05/12/16 19:32
Continental tem novo diretor
de marketing em Portugal
Licenciado em Marketing e Publicidade, com um MBA em Gestão de Empresas,
Marco Silva é o novo diretor de marketing da Continental em Portugal.
Conta com uma experiência de mais de 15 anos no setor automóvel,
tendo passado pela Salvador Caetano e por diferentes empresas do Grupo
Nors. Marco Silva iniciou o seu percurso profissional como gestor de produto
Toyota na Salvador Caetano, passando para gestor de marketing pós-venda
na Volvo Truck & Buses, no ano de 2005. Em 2011, na AS Parts (Grupo Nors),
liderou a implementação da rede de oficinas TOPCAR, assumindo, em 2015, a
função de gestor de importador do pós-venda da Renault Trucks e da Galius
Veículos, também no Grupo Nors. Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental
Pneus Portugal, destaca a experiência e o know-how no setor do novo diretor
de marketing, fundamental para enfrentar os desafios que o mercado coloca.
“No contexto extremamente desafiante em que o setor e o mercado se encontram,
a direção de marketing é estratégica no interior da organização,
tendo em vista os objetivos definidos para Portugal”, referiu.
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28 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

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Notícias
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Goodyear lança divisão de negócio
para gestão de frotas
Máquina desmontar S45GP, agora com
NOVA unha patenteada EXCLUSIVA SICE
NEW!
A Goodyear anunciou o lançamento de uma nova divisão de
negócio para a Europa, denominada Goodyear Proactive Solutions,
que oferece um conjunto de soluções para gestão de operações de
frotas de veículos, com telemática avançada e tecnologia analítica
preditiva. A Proactive Solutions dá às frotas ferramentas para monitorizarem
os seus veículos e pneus em tempo real, permitindo-
-lhes uma vantagem competitiva, ao mesmo tempo que ajuda a
aumentar a rentabilidade.
A nova divisão de negócio da Goodyear oferece dois tipos de serviços
para permitir uma mobilidade inteligente, segura e sustentável.
A saber:Pneus Proactive (oferece uma ampla gama de serviços,
incluindo monitorização de pressão dos pneus, temperatura e
profundidade do piso. Estas soluções, completamente automatizadas
e conectadas, permitem às frotas maximizar o desempenho
dos pneus e agendar a manutenção de forma proativa); Frotas
Proactive, que inclui duas opções (“Driver Behaviour” e “Track &
Trace””, que ajudam as frotas a reduzir o consumo de combustível e
tempo de viagem, ao mesmo tempo que aumentam a segurança).
Braço com deslocameno lateral
- Economia de espaço
Motor inverter
Abertura do prato passo a passo
ou contínua de 11-25´´
Enchimento tubless
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Dunlop renovou site para motos
O mercado das motos está mais diversificado do que nunca.
Das Scooters às Superbikes, das Custom ao Motocross, a variedade
de motos à disposição complica muito a tarefa de escolher
o pneu mais adequado. Para resolver este problema, a Dunlop
concebeu um novo site, que inclui várias características inovadoras,
que permitem aos motociclistas dispor de um aconselhamento
especializado em pouco tempo.
O novo site de moto, disponível em www.dunlop.pt, já está ativo
e apresenta uma nova abordagem no sentido de ajudar os motociclistas
a escolherem entre 700 pneus Dunlop de diferentes
tamanhos e modelos.
Neste novo espaço cibernauta, os utilizadores podem tirar partido
dos filtros avançados, que lhes permitem encontrar o pneu que
melhor se adapta às suas necessidades de forma rápida e fácil. A
pesquisa pode ser feita através de três filtros: tamanho do pneu,
tipo de moto ou estilo de condução.
30 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

Importador Oficial
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Notícias
António Félix da Costa
elogia pneus Pirelli
A Pirelli não poderia ter tido melhor estreia no
Grande Prémio de Macau, a prova mais prestigiada
do calendário internacional de Fórmula 3, que
decorreu no circuito urbano da Guia com a vitória
de António Félix da Costa. O piloto luso, que
logrou a sua segunda vitória na prova, elogiou
o rendimento dos pneus Pirelli P Zero DM que
se estrearam na competição. Tanto o vencedor
como os restantes 28 inscritos nesta importante
prova do automobilismo internacional, estiveram
equipados com pneus P Zero DM, uma referência
nas categorias inferiores de monolugares. A Pirelli
apenas formalizou o acordo como fornecedor
exclusivo sete semanas antes, o que obrigou à
realização de um trabalho contra o tempo e muito
intenso, pelas particularidades do circuito.No
final da prova, as palavras de Félix da Costa atestaram
o excelente trabalho realizado: “Os pneus são
realmente bons. Mas acrescentam mais um desafio
a Macau, já que têm um pico de rendimento
mais elevado quando são novos e degradam-se
pouco. O que contribui para melhorar o espetáculo
em pista, o que é preciso em competições
deste género”.
Goodyear apresentou
FUELMAX T “High Load”
Goodyear apresentou uma versão “High Load” da sua gama de pneus de atrelado
de baixo consumo para camiões, FUELMAX T, com o nível “A” da etiqueta
A
da União Europeia referente a eficiência de combustível. O novo pneu Goodyear
FUELMAX T HL 385/65R22.5 foi concebido para cargas por eixo, que podem chegar
até 10 toneladas, satisfazendo a crescente procura destes pneus dado o aumento do
número de países europeus que aceitam pesos mais elevados nos veículos.Quase
80% dos países europeus alargaram as regulamentações que permitem cargas
por eixo superiores às atuais 40 toneladas em veículos articulados de cinco eixos.
São já 32 os países europeus que autorizam pesos totais acima das 44 toneladas.
O novo pneu da Goodyear foi desenvolvido para satisfazer a procura por parte
dos operadores de frotas de pneus de atrelado de elevada carga, que possibilitem
pesos totais acima das 40 toneladas.
Bridgestone escolhida
para equipar SUV da Maserati
Maserati escolheu a Bridgestone para equipar o novo Levante, o primeiro SUV
A da marca italiana. O SUV de tração integral começou a ser distribuído a partir
da unidade fabril de Miraflori, perto de Turim, em maio de 2016, equipado com
pneus Bridgestone Dueler H/P Sport, na medida 255/60 R18 108W. A Bridgestone
desenvolveu o pneu Dueler H/P Sport especificamente a pensar nos SUV de elevado
desempenho. Com um design de piso inspirado no padrão do pneu desportivo
Potenza, a Bridgestone possibilita aos condutores a resposta a uma direção de
alto nível, controlo em piso molhado e um conforto expectável apenas nos mais
luxuosos SUV. Os pneus contarão com a marca “MGT”, que indicam a aprovação da
Maserati para equipamento original dos seus veículos. O contrato da Bridgestone
com o Levante dá continuidade a uma relação histórica do grupo com a Maserati,
que começou com o desenvolvimento inovador de um pneu de 18” com tecnologia
Run Flat (RFT) para o Maserati Quattroporte V, no início do ano 2000.
32 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

Frotanimar é a nova casa de pneus em Loures
Loja Pneucity123.com prepara inverno
A época de chuvas não apanhará desprevenida a Pneucity123.
com. A loja online, exclusiva da Delticom AG, acaba de incluir
novos pneus de inverno, passando a cobrir, deste modo, todas as
estações do ano, através das marcas exclusivas Viking, Nankang e
Goodride. “Tanto a nível de pneus de inverno como de pneus para
todas as estações – com as marcas exclusivas da Pneucity123.com,
nomeadamente, Viking, Goodride, Nankang, ou, também, com
os pneus de topo de gama - oferece-se aos comerciantes claras
perspetivas de venda e margens de lucro apelativas”, adianta
Andreas Faulstich, gerente B2B da loja online germânica. “Nestes
modelos, combina-se boa qualidade com bons preços. Por isso,
são uma excelente opção para clientes exigentes e atentos aos
preços”, sublinha. A Pneucity123.com dispõe de novas funções
que facilitam a compra aos clientes comerciantes. Entre as novidades,
destaque para as opções de pesquisa por matchcode ou
por intermédio do modelo do automóvel de passageiros. Além
disso, todas as avaliações dos clientes da plataforma de teste
de pneus da Delticom, a Testedepneus.com, passam, agora, a
estar, também, disponíveis nas respetivas páginas de produtos
da Pneucity123.com. Uma ajuda adicional no aconselhamento
aos clientes na decisão da compra.
Situada em Loures, mais precisamente na Rua Alfredo Caldeira, 24B,
Pintéus, a Frotanimar surge no mercado aliando qualidade superior a
preços competitivos. Tendo como lema “Confiança, Qualidade, Segurança”,
a Frotanimar, Lda. é a nova casa de pneus do concelho de Loures.
Comercializa pneus novos e seminovos de qualquer marca e medida,
a um preço bastante acessível. Devido aos contactos estabelecidos ao
longo de uma carreira com mais de 15 anos de experiência, o diretor
da empresa consegue praticar os preços mais baixos do concelho de
Loures. Ao colocar a segurança
dos clientes e a qualidade dos
produtos no topo das prioridades,
a Frotanimar, Lda. pretende
ser o espelho da confiança
no comércio de pneus.
Eusébio Bettencourt, diretor
da Frotanimar, Lda., revelou à
Revista dos Pneus que, ao longo
da última década, se tem
dedicado, exclusivamente, ao
networking nesta indústria,
bem como ao comércio de pneus. “Alcancei muitos objetivos. Inclusive
abri uma casa na ilha Graciosa, Açores, que é a minha terra-natal. Mas,
com esta nova casa, em Pintéus, Loures, espero dar a conhecer o meu
profissionalismo e expandir o meu negócio”, afirma o responsável.
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Notícias
Altaroda fez roadshow no
Kartódromo da Batalha
Foi nos passados dias 12 e 13 de novembro
que a Altaroda levou a cabo mais um
evento. Num ambiente aberto ao convívio e
que incluiu uma corrida de kart, o roadshow
da Altaroda levou cerca de 200 pessoas
ao Kartódromo da Batalha – Euroindy. Na
ocasião, a Altaroda apresentou vários equipamentos,
com técnicos especializados, nomeadamente
do fabricante Mondolfo Ferro,
que surpreenderam os vários convidados
com o manuseamento das máquinas. Na
corrida, o primeiro lugar foi para a J. Vilar
Pneus, Lda. (Amadora), que ganhou uma
máquina de impacto. Em segundo lugar,
terminou a Vítor Padeiro Neto (Santiago dos
Velhos), que ganhou uma lanterna de 25
LED. O terceiro posto coube à Carfiga (Rio
de Mouro), que teve direito a uma lanterna
de bolso. A Altaroda agradece a todos os
participantes, colaboradores, parceiros,
amigos e a toda a equipa envolvente, que
proporcionou um evento de sucesso e memorável
para todos.
BKT apresentou leque de novidades
no Salão EIMA
Na edição de 2016 do Salão EIMA, que
se realizou de 9 a 13 de novembro, em
Bolonha, Itália, a BKT apresentou o seu pneu
topo de gama, mas também outros produtos
do seu leque de opções.
Aqui fica o rol de novidades:
Agrimax Force: Graças à tecnologia “IF”,
revisitada pela BKT, este pneu dispõe de
maior capacidade de carga com pressões
de enchimento inferiores quando comparados
com os padrões de medida igual,
com total vantagem para o terreno, que
sofre uma compactação consideravelmente
inferior. Além disso, na passagem entre
a utilização em estrada e no campo, o Agrimax
Force permite rolar até aos 65 km/h
sem mudar a pressão de enchimento.
Agrimax Sirio: Para tratores de altas prestações,
este pneu foi devidamente estudado
para ser utilizado com reboques e cargas
pesadas. Apesar das altas velocidades
que pode alcançar (até 70 km/h, mesmo
com cargas elevadas) e com índice de velocidade
E, mostra-se muito respeitador
do ambiente, graças à resistência reduzida
ao rolamento, que ajuda a poupar combustível
e a poluir menos.
Agrimax Spargo: Permite uma maior capacidade
de carga quando comparado
com um pneu padrão da mesma medida
e com o mesmo enchimento, graças à tecnologia
VF reinterpretada pela BKT.
Agrimax RT 600: É o pneu ideal pela sua
grande capacidade de flutuação, elevada
capacidade de carga, excelente estabilidade
e ótima tração.
Multimax MP 522: É um pneu radial com
talão reforçado e cintos de aço, que garante
uma excelente adesão, uma ótima resistência
às perfurações, uma extraordinária
capacidade de carga e uma grande estabilidade,
dotes essenciais nas operações de
escavação e carregamento.
Con Star: Dispõe de grande estabilidade
vertical e lateral, bem como qualidade
precisa para as operações de levantamento.
As barras amplas aumentam a área de
contacto e permitem ao pneu aguentar
cargas elevadas. O seu composto de borracha
especial reduz os riscos de cortes.
Uniroyal alarga gama
de pneus para pesados
Uniroyal anunciou o aumento da sua gama de pneus para camiões e autocarros. Todos
A os eixos foram contemplados com as novas medidas e passam a estar disponíveis para
os eixos de direção, tração e reboque. Os pneus FH 40 e DH 40 para eixos de direção e tração
vão ser agora comercializados nas medidas 315/70 R 22.5, ao passo que os pneus para eixo
de reboque (TH 40), estão a ser vendidos nas medidas 385/55 R 22.5 e 385/65 R 22.5. Focados
no transporte regional e de longo curso, proporcionam uma maior quilometragem, melhor
manobrabilidade e mais tração, tanto em piso seco como em piso molhado.Tal é obtido a partir
do desenho do piso, que se adequa à tradição da marca. Estas prestações garantem ao FH 40
a classificação B na etiqueta europeia, bem como a marca M+S. O DH 40 acrescenta o símbolo
3PMSF graças às suas lamelas especiais.
34 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

Continental desvenda
PremiumContact 6
Com o novo PremiumContact 6, a Continental
conseguiu preencher a lacuna existente entre
um pneu de conforto e um pneu desportivo.
Isto só foi possível graças ao desenvolvimento
de novas soluções para segurança máxima,
altos níveis de conforto e um design desportivo
que garante um desempenho superior.
Tal como os seus antecessores, ContiSport-
Contact 5 e ContiPremiumContact 5, o novo
PremiumContact 6 oferece performance de
topo em travagem, especialmente em
piso molhado.
Os especialistas da Continental
no desenvolvimento de
compostos apresentaram
uma solução que assegura
melhorias significativas
noutros parâmetros sem
comprometer a garantia de
elevada segurança do pneu.
A inovação inclui um novo
composto de sílica, especialmente indicado
para pequenas distâncias de travagem em
piso molhado, para todo o segmento de veículos.
Na etiqueta de pneus da UE, o novo PremiumContact
6 alcançou a classificação “A” na
aderência em piso molhado. Este novo pneu
da Continental reúne, num único produto,
conforto, uma resposta precisa da direção,
máxima segurança e boas características ambientais.
Para tal, os engenheiros responsáveis
pelo desenvolvimento
criaram novos compostos,
um design inovador que
também é usado no SportContact
6 e um padrão
do piso que proporciona
uma condução confortável.
O resultado deu origem
a um produto que, em
comparação com o modelo
antecessor, proporciona melhorias na ordem
dos 15% no desempenho em termos de manobras,
resistência ao rolamento, quilometragem
e conforto, ao mesmo tempo que o ruído
interior e exterior diminuiu cerca de 10%.A
partir do início do novo ano, o PremiumContact
6 estará disponível em várias dimensões.
Com este novo pneu de verão, a Continental
preenche, com sucesso, a lacuna existente entre
os veículos de gama média e os SUV com
elevado conforto na condução.
O novo PremiumContact 6, o segundo produto
da marca alemã a deixar cair o prefixo “Conti”
antes da designação do modelo do pneu
(o primeiro a estrear esta nova nomenclatura
foi o SportContact 6), será fabricado em 70 dimensões,
para jantes de 16” a 21”.
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Notícias
First Stop abriu nova
loja no centro de Lisboa
Goodyear apresenta EfficientGrip Cargo
Goodyear, um dos maiores fabricantes
A mundiais de pneus, anunciou o lançamento
do pneu EfficientGrip Cargo nos mercados da
Europa, Médio Oriente e África (EMEA). Tendo
em conta a importância crescente da economia
de combustível e a necessidade de maior quilometragem
para condutores e frotas, a Goodyear
apresentou um pneu para comerciais ligeiros
que satisfaz estas exigências, graças ao seu novo
composto de sílica e à melhoria no desgaste do
piso. Para proporcionar maior quilometragem,
o EfficientGrip Cargo recorre a duas inovações.
Por um lado, a introdução de um novo composto
de sílica no piso, que aumenta a resistência do
pneu ao desgaste e otimiza a aderência em caso
de pavimento molhado. Por outro lado, o padrão
de piso reformulado melhora a rigidez do pneu
e distribui a pressão mais uniforme para colocar
mais borracha na estrada. Com estas inovações,
o pneu permite percorrer até 10.000 km a mais.
Utilizando um composto de base mais rígido e
criando uma espécie de almofada fria, o pneu
produz menos calor do que o seu antecessor,
o que origina uma resistência ao rolamento
18% inferior. As temperaturas mais baixas e a
construção otimizada melhoram a resistência
do pneu ao rolamento até 18% em comparação
com o seu antecessor.
A rede de oficinas First Stop, da Bridgestone,
abriu a T&A Drive, uma nova
oficina no centro de Lisboa, localizada
na Rua de Dona Estefânia. Este novo
espaço vem reforçar a oferta dos serviços
que a rede First Stop preconiza
nesta região, nomeadamente pneus,
revisão oficial sem perder a garantia
do fabricante e serviços rápidos, entre
outros. A aposta na abertura de novos
postos na capital é fundamental para
o plano de expansão que a rede tem
prevista para o território nacional.
Para Mário Mendes, coordenador
da rede First Stop em Portugal, “esta
abertura é mais uma demonstração
de que o ‘pacote’ que a First Stop
oferece aos seus agentes é bastante
atrativo e completo, o que lhes permite
sentirem-se apoiados dentro de um
mercado cada vez mais competitivo”.
Michelin Power RS
estará à venda em janeiro
novo pneu para motos sport de estrada, Michelin Power RS,
O foi apresentado durante a celebração do Grande Prémio da
Austrália de Motociclismo, como mostra da sua importância. Esta
nova gama vai estar à venda a partir de janeiro de 2017. Aderência
em piso seco, manobrabilidade, estabilidade e um comportamento
de topo fazem do Michelin Power RS a nova referência para motos
desportivas de estrada destinada aos motociclistas mais exigentes.
Para reunir tantas performances num único pneu, a Michelin
emprega todo o seu savoir-faire, os conhecimentos obtidos em
competição e a diversidade das suas fontes de inovação. Os novos
compostos de borracha, alguns deles derivados da competição,
bem como a sua nova carcaça, permitem obter sensações e um
nível de aderência em piso seco incomparáveis. O pneu traseiro
renova-se com uma carcaça patenteada que beneficia da tecnologia
Michelin ACT+, que garante uma estabilidade irrepreensível, tanto
em curva como em reta.
36 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

o seu parceiro em Portugal
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Notícias
Goodyear Portugal
premeia condutor com viagem única
No verão passado, a Goodyear Portugal lançou o desafio aos clientes
para estes trocarem de pneus antes de viajarem, para que pudessem
desfrutar das suas férias da melhor forma, sem terem de preocupar-se com
o desgaste dos pneus do seu veículo. Todos os condutores que adquiriram
pneus Goodyear nas oficinas aderentes, de 24 de junho a 31 de julho, e
mostraram que conseguiram facilmente mudar e montar os pneus da
marca, tiveram a oportunidade de ganhar prémios únicos. Depois de adquirirem
os pneus, os clientes foram desafiados a tentar mudar dois pneus
de jantes de 16” ou superiores. Com isso, ganharam, automaticamente,
uns óculos de sol exclusivos ou um smartwatch. Além destes prémios,
os clientes Goodyear tiveram ainda a possibilidade de participar num
concurso mais alargado, com o objetivo de ganhar uma viagem. Para
tal, só necessitavam de ir ao site www.
goodyear.pt e fazer upload da sua fatura de compra
e de uma fotografia do seu destino ideal de férias, com base
na filosofia #MadetoFeelGood de Goodyear. Manuela Freitas
foi a vencedora deste concurso, ao submeter uma fotografia,
acompanhada de uma rima, onde mostra a importância dos
pneus Goodyear para as suas férias de verão. Manuela Freitas
vai agora poder desfrutar de uma viagem única.
Iberequipe representa em
exclusivo Bartec Auto ID
A Iberequipe comercializa, em exclusivo
para o mercado português, a
marca Bartec Auto ID, especialista em
sistemas de diagnóstico TPMS (Tyre
Pressure Monitoring System) para o aftermarket,
nomeadamente para oficinas
especializadas em pneus e, também,
para fabricantes de veículos. Com esta
nova representação da Bartec, os clientes
passam a contar com um excelente
produto de diagnóstico TPMS com cobertura
abrangente para todas as principais
marcas de sensores universais OE
e programáveis.Para mais informações,
pode ser visitado o site www.iberequipe.
com ou ser contactada a empresa pelo
telefone 212 940 793.
Nex_quarto.pdf 1 29/11/16 12:15
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A Nex Tyres, importante empresa multinacional
grossista de pneus recruta para o desenvolvimento
da sua actividade em Portugal
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COMERCIAL SECTOR PNEUS (M/F)
Reportando ao director da área, terá como principais responsabilidades:
Fazer a prospeção comercial da zona atribuída para aumentar a carteira de clientes
e atingir os objectivos preconizados.
Gerir comercialmente de forma integral a área atribuída: gestão da conta,
cobranças, incidências comerciais e logísticas, etc.
Analisar e conhecer a concorrência, propor as acções comerciais e estratégias que
permitam atingir os objectivos delineados.
Pretende-se:
Experiência mínima de 3 anos em posição semelhante.
Conhecimento técnico do produto, tanto em pneus ligeiros como pesados e
agro-industrial (este dois últimos como factor preferencial).
Conhecimentos de informática na óptica do utilizador, principalmente em
ambiente Microsoft Office.
Empatia comercial, boas capacidades de comunicação e capacidade negocial.
Pessoa com excelente apresentação e postura, activa e autónoma, habituada a
trabalhar em equipa.
Residência na zona centro do país (factor preferencial)
Oferece-se:
Entrada imediata num projecto de referência no mercado
Integração numa equipa de profissionais altamente qualificados.
Interessante pack remuneratório
Se cumpre com os requisitos mencionados, envie o seu CV
actualizado e detalhado para amachado@nextyres.pt
Mitas participou na EIMA
com várias novidades
Na feira EIMA, a Mitas, empresa que pertence ao Grupo Trelleborg,
mostrou os produtos mais destacados da sua gama agrícola,
incluindo pneus flutuantes Agriterra, pneus VF HC 2000 para tratores
de elevada potência e pneus para utilização municipal. Uma das
principais vantagens dos pneus de flutuação Agriterra reside no seu
menor custo operacional, com um impacto positivo no consumo de
combustível. As novas cintas de aço asseguram capacidades de carga
superiores, estabilidade a velocidades acima dos 30 km/h e uma
resistência aos furos superior. A banda de rolamento do pneu apresenta
sulcos largos, melhorando a função de autolimpeza. Graças
ao desenho do piso, o pneus de flutuação Mitas tem mais 11% de
borracha no chão.Também na EIMA, a Mitas apresentou uma nova
aplicação móvel para dispositivos Android e iOS, bem como para
Windows. A nova aplicação vai permitir aos agricultores encontrar
facilmente a pressão correta para os seus pneus, de forma a conseguirem
os melhores resultados no campo e na estrada.
38 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

Trelleborg tem nova app
de realidade virtual
A Trelleborg lançou uma nova aplicação de realidade
virtual relacionada com os seus pneus agrícolas
mais importantes. A nova aplicação funciona
em sistemas operativos iOS e Android, a partir de
inovadores auriculares de realidade virtual.Com
vídeos de 360º desenvolvidos com a ajuda dos principais
fabricantes de tratores, Massey Fergunson e
CLAAS, a aplicação, que se chama “Realidad-V”, vai
permitir aos profissionais agrícolas uma experiência
visual única, bem como ver as melhores soluções
de pneus agrícolas Trelleborg em ação como nunca
se viu antes. Os utilizadores vão poder visualizar no
seu smartphone o conteúdo VR através do Google
Carboard ou outros capacetes de realidade virtual
compatíveis em 3D ou 2D com um único dispositivo
em mãos. A app vai estar disponível para
ser descarregada no Google Play ou na App Store.
ContiService promoveu
primeira Convenção da rede
Durante três dias, a rede ContiService
reuniu 24 agentes agentes em Baião,
para a primeira convenção ContiService.
Sob o slogan “Juntos, somos mais fortes”,
o plano de trabalhos passou por temas
como o balanço de 2016, o plano estratégico
de crescimento e expectativas para
os próximos anos, a evolução do mercado
e do modelo de negócio, entre outros. A
estratégia para o futuro da rede passa por
manter um forte dinamismo na área da
comunicação, pelo reforço e diversificação
dos serviços prestados, pelo estreitamento
de relações entre os consultores e os parceiros
e a Continental, pela continuidade
na aposta nas formações técnica e humana.Cerca
de 18 meses depois da sua
chegada ao mercado, a rede ContiService
continua o seu processo de expansão e
crescimento, contando, atualmente, com
29 agentes – members e partners - estrategicamente
localizados.Ao longo destes
meses, tem sido feita, também, uma
aposta muito consistente na diversificação
dos serviços prestados pelos agentes, de
forma a dotar os parceiros de ferramentas
e instrumentos que lhes permitam ajustar
a sua oferta às necessidades do mercado.
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Notícias
Norauto lança
2.ª Academia de trainees
Presente em Portugal desde 1996, a Norauto conta,
atualmente, com 25 centros auto distribuídos por
todo o país. A empresa encontra-se a lançar a 2.ª
Academia Norauto. O processo de recrutamento e
seleção irá decorrer entre novembro e dezembro de
2016 e o início da Academia será em janeiro 2017. O
objetivo deste projeto é permitir o crescimento da sua
insígnia no mercado português, através da formação
dos perfis desejados para o seu plano de expansão.
A empresa procura candidatos com formação superior
ou em fase de conclusão, preferencialmente nas
áreas da Gestão, Marketing, Distribuição e Logística
e Engenharia Automóvel ou Mecânica, com idades
até 30 anos e que se identifiquem com a realidade
do retalho. Nesta fase, sente a necessidade de apostar
em perfis jovens. Dar-lhes a oportunidade de
ingressarem numa multinacional, na área do retalho
especializado, através de um percurso formativo com
uma forte componente on job, conjugada com um
plano de formação teórico-prática que lhes permitirá
um conhecimento transversal das quatro áreas do
negócio, é uma oportunidade única. Este percurso
irá dotar os seus trainees de um vasto conjunto de
skills, com uma visão abrangente do negócio e com
um mindset que fará a diferença.
Pirelli é campeã nacional de Ralis
José Pedro Fontes revalidou o título de
Campeão Nacional de Ralis ao impor-
-se na penúltima prova, no rali Casino
de Espinho. Ao volante de um Citroën
DS3 R5 equipado com pneus Pirelli e co-
-pilotado por Inês Grancha, somou quatro
vitórias no disputado campeonato
e esteve sempre presente no pódio na
totalidade da temporada. O Rali Casino
de Espinho decidiu, matematicamente, o
título nacional de ralis, numa prova que
apenas metade dos inscritos logrou chegar
ao fim. José Pedro Fontes revalidou
o título graças ao mérito da sua vitória,
combinado com o abandono do seu rival
mais próximo, Pedro Meireles. José
Pedro Fontes celebra o seu segundo
título neste exigente campeonato, que
combina provas de terra e asfalto. O novo
campeão apenas regista um abandono e
presença em todos os pódios da época,
com vitórias em Serras de Fafe, Vidreiro,
Madeira e Casino de Espinho, segunda
posição em Castelo Branco e Mortágua
e um terceiro lugar nos Açores.Ao longo
de toda a temporada, o piloto e a sua
equipa confiaram nos pneus Pirelli para
alcançar o tão desejado título. A marca
proporcionou à equipa do novo campeão
as referências P Zero RK5, RK7,
RK9 e RKS para asfalto com piso seco
e RKW7 para piso molhado, na medida
235/40R18. Nos ralis disputados em terra,
o DS3 R5 foi equipado com pneus Pirelli
Scorpion K4, K6, KM4 e KM6, nas medidas
205/65R15.O campeonato despediu-se
de 2016 nos dias 12, 13 e 14 de novembro,
com o Rali Casinos do Algarve.
Euromaster Portugal realizou convenção
Sob o lema “Imparáveis”, a Euromaster aproveitou a ocasião para partilhar com todos os seus
franquiados a visão que tem do futuro próximo, num mercado que se apresenta repleto de
novos desafios. Esta convenção foi organizada tendo por base três workshops de trabalho, sendo
cada um deles dedicado a um tema específico, onde se apresentaram os principais desafios que
influenciarão a atividade.Um dos temas abordados foi a “Evolução do Entorno”. Em foco, esteve o
panorama das novas realidades e da digitalização. Como os hábitos de consumo estão a mudar
e o impacto que essas mudanças têm no dia a dia. Paralelamente, demonstrar as iniciativas que a
Euromaster está a desenvolver, de forma a preparar o futuro, não só para o processo de adaptação,
como, também, para se tirar o melhor partido desta evolução.Outro dos temas apresentados foi a
“Satisfação do Cliente” , como as expectativas do consumidor se têm modificado e, mais importante,
como têm aumentado face ao que as empresas oferecem. Este workshop contou com a presença
dos conhecidos atores e comediantes Eduardo Madeira e Manuel Marques, uma colaboração
externa preciosa para caricaturar como um atendimento de excelência é aquele que proporciona
ao cliente uma experiência positiva e memorável.
40 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

www.revistadospneus.com | 41

Empresa
Sobralpneus
Horizonte
alargado
A Sobralpneus garantiu, em 2016, a distribuição
exclusiva dos pneus coreanos Marshal. Uma aquisição
que alarga o horizonte da empresa e que equilibra
o binómio qualidade/preço
Por: Jorge Flores
dadas, produto tecnológico e com desenvolvimento
contínuo”, afirma. Na sua opinião, a
Marshal é, muito simplesmente, “uma das melhores
soluções do mercado em qualidade e
preço”, acrescenta. Refira-se, a propósito, que a
gama da Marshal é bastante ampla e abrange
os segmentos de ligeiros, comerciais, 4x4, camiões
médios e pesados.
w RESPOSTAS LOCALIZADAS
António Eduardo Rodrigues esclarece que a
comercialização dos pneus Marshal respeitará
a política da empresa. Significa isto que a Sobralpneus
tentará sempre “adaptar” a sua estratégia
comercial às “necessidades locais”. No
entanto, “estaremos sempre muito focados em
deixar espaço para cada agente trabalhar sem
Para encontrarmos as origens do Grupo
Sobralpneus, teremos de recuar a 1972.
A criação de uma pequena oficina de
reparações elétricas para automóvel
aconteceu nesse ano. Volvidas mais de quatro
décadas sobre a sua fundação, muito mudou
na estrutura da empresa.
Diversificou-se, internacionalizou-se e profissionalizou
a sua atividade. Quase nada ficou igual.
Ainda assim, de acordo com os responsáveis da
Sobralpneus, os seus “princípios intemporais”
mantêm-se inalterados. Valores como a “força
empreendedora, a inovação permanente, a
visão estratégica de longo prazo, a solidez, o
rigor da gestão corrente e a eficiente utilização
dos recursos, com ênfase para a valorização
dos recursos humanos”.
Atualmente, o Grupo Sobralpneus detém um
posicionamento entre as maiores empresas do
setor dos pneus e serviços elétricos, atividades
que constituem, ainda hoje, o seu core business,
apesar da diversificação dos negócios para as
áreas da mecânica, chapa, pintura, lavagem,
assistência 24 horas, gestão de postos e distribuição
de combustíveis, lubrificantes e transportes
de mercadorias perigosas, entre outras.
w REPRESENTANTE MARSHAL
Desde outubro de 2016 que a Sobralpneus
assumiu a distribuição exclusiva da marca
Marshal em Portugal. Uma aquisição essencial
para a atividade da casa. António Eduardo
Rodrigues, diretor-geral da empresa, deixa bem
patente, à Revista dos Pneus, a importância de
reforçar o portefólio com esta gama de pneus
coreanos, uma “marca reconhecida, com provas
dar azo a guerras ou instabilidades”, garante.
O apoio aos clientes, em matéria de formação
técnica e de marketing, será alvo de atenções
e uma das áreas a desenvolver, “sem dúvida”.
Porém, acrescenta, “estamos ainda a criar, em
conjunto com a Marshal, a melhor estratégia
para apoiar a nossa rede”.
A empresa assegura entregas de 24 horas e,
dentro em breve, “teremos, em alguns pontos
do país, entregas bi-diárias”, promete António
Eduardo Rodrigues. De resto, “o stock mínimo
efetivo, bem como uma metodologia de aprovisionamento
ajustada, evitará as roturas e os
períodos largos de reposição”, refere. Com a
Marshal em catálogo, a Sobralpneus encara o
próximo ano com expectativa. Prioridade, será
a “obtenção de uma rede com capacidade de
cobertura dos principais distritos”. ♦
Sobralpneus
Diretor-geral António Eduardo Rodrigues | Sede E. N. 1, km 30,5, Ponte da Couraça, 2584 - 957 Carregado
| Telefone 263 854 868 | Fax 263 852 037 | Email tecnisalsa@sobralpneus.pt | Site www.sobralpneus.pt
42 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

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Empresa
AB Tyres
Dimensão internacional
É o terceiro maior distribuidor de pneus em Portugal. Com 10% de quota de mercado,
a AB Tyres comercializa, por ano, mais de 400.000 unidades, número que inclui as
operações de exportação. Dispondo de um stock superior a 100.000 pneus, a
empresa fechará o ano de 2016 com cerca de 30 milhões de euros de faturação
Por: Bruno Castanheira
Inserida no Grupo Alves Bandeira, a AB Tyres
encontra-se numa curva ascendente. E a
atingir o seu ponto de equilíbrio em termos
de dimensão. As perspetivas, essas,
são animadoras: apontam para um ritmo de
crescimento em Portugal acima dos dois dígitos
até 2018. Tratando-se do terceiro maior
distribuidor de pneus no nosso país, a AB Tyres
cresceu, face a 2015, 25% em termos de volume
e 22% no que diz respeito a faturação. O que
lhe permitirá fechar o ano de 2016 com cerca
de 30 milhões de euros. Este gigante da distribuição
não pretende ser o número um. Antes
tem como objetivo consolidar o seu negócio,
através de relações de parceria, da capacidade
de satisfazer as necessidades do cliente e da
racionalização da própria atividade, de modo
a permitir-lhe ter stocks acertados para chegar
ao mercado.
w DOIS POLOS LOGÍSTICOS
Ainda que pertença a um grupo, a AB Tyres
faz questão de separar o mercado nacional do
internacional. Como refere, aliás, César Branco,
diretor-geral: “A nossa estrutura encontra-
-se bem dividida, de forma a dispormos de
sinergias internas. Mas não confundimos os
mercados. O nosso negócio de exportação
internacional tem, digamos, o seu braço comercial
sediado no Dubai”. E aprofunda: “Dispomos
de uma estrutura em Portugal que dá apoio
(administrativo, financeiro, jurídico, logístico) a
toda a organização internacional. Muitos pneus
saem do nosso país para os mercados além-
-fronteiras. Mas existe um negócio próprio,
que é da área internacional e que não passa
sequer por Portugal”.
A AB Tyres é uma organização que, em conjunto
com a AB International, ultrapassa os
600.000 pneus vendidos por ano (volume total
do negócio de pneus a nível mundial do Grupo
Alves Bandeira). Dos quais mais de 400.000 em
Portugal, número que inclui as operações de
exportação. A AB Tyres é, hoje, uma empresa à
escala global. Não olha apenas para o mercado
português. No final de 2016, faturará cerca de
30 milhões de euros, que se inserem nos 400
milhões que o grupo fatura por ano com a sua
atividade. Número que, por si só, é bastante
elucidativo.
Em declarações à Revista dos Pneus, César
Branco dá conta que “a AB Tyres está apostada
em ganhar escala, embora tenha uma
visão mundial, porque não opera apenas em
Portugal”. Para, depois, acrescentar: “Dentro do
grupo, temos áreas de negócio complementares,
como os lubrificantes, os combustíveis
e o cartão de frota. Nesta combinação, temos
44 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

Parceria com a Garland
UM ANO DE SUCESSO
A parceria estabelecida com a Garland, que
já fez um ano, permitiu à AB Tyres ganhar,
acima de tudo, competência logística e capacidade
de estar mais perto do mercado
que regista o maior consumo: o de Lisboa.
Para tal, alugou à Garland o polo da Abóboda.
Sendo um operador logístico, a Garland
tem precisamente na logística o seu
core business. E a AB Tyres tem nos pneus
o centro do seu negócio. “Esta parceria foi
como que uma troca. A AB Tyres ficou
com o negócio de pneus que a Garland
tinha e que não era essencial no seu negócio.
A Garland ficou com a competência
logística que a AB Tyres não tinha e que
não era o principal foco da sua atividade.
A Garland passou a ser o nosso parceiro
logístico, que nos faz a chamada gestão in
house (armazém). No fundo, ambas as empresas
concentraram-se naquilo que era a
sua especialidade. Deixaram de despender
recursos em áreas onde não eram especialistas”,
explica César Branco.
o chamado cross selling que podemos fazer
junto dos clientes. Foi por isso que demos
um passo importante ao entrarmos na área
das especialidades (pneus pesados, agrícolas,
florestais, industriais e de minas). Ao termos no
grupo clientes frotistas, ligados à construção,
à madeira e à indústria que nos compram lubrificantes
e combustíveis, podem, também,
comprar-nos pneus”.
Com mais de 100.000 pneus em stock permanente,
divididos pelos polos logísticos da
Mealhada e da Abóboda, a AB Tyres, que é
constituída por 24 colaboradores, dispõe de
uma equipa comercial empenhada e dedicada,
com um elevado grau de conhecimento do
mercado, dos clientes e do produto. “Aliado
a estas competências”, refere César Branco,
“temos a qualidade do serviço e a disponibilidade
da oferta. Assim como uma organização
financeiramente sólida, com estruturas logísticas
ao serviço do mercado”. Por isso, “estamos,
claramente, focados em gerir as nossas marcas
e crescer com elas, ajudando, também, os nossos
parceiros a evoluir. Temos uma lógica de
parceria com fabricantes e clientes. Só assim
podemos prestar o melhor serviço aos retalhistas
para que eles vendam os pneus que
temos ao cliente final”, enfatiza o responsável.
w ESTRATÉGIA UHP
Com um portefólio de marcas extremamente
equilibrado (em 2014, eram 69; hoje, são 20), a
AB Tyres cumpre as três exigências do mercado:
produto (tem vasto stock); competitividade
(pratica preços ajustados); serviço (está perto
do mercado e faz entregas de acordo com as
A AB TYRES
EM (ALGUNS) NÚMEROS
10%
quota de mercado em
Portugal
22%
crescimento
em faturação
face a 2015
30
milhões de euros
de faturação em 2016
(valor aproximado)
400.000
pneus vendidos anualmente
no nosso país (inclui exportação)
24
20
marcas que
fazem parte do
colaboradores seu portefólio
7.500 m 2
armazenagem total
5.000 m 2 (Mealhada) + 2.500 m 2 (Abóboda)
25%
crescimento
em volume
face a 2015
100.000
pneus em stock
no conjunto dos dois polos logísticos
2.000
clientes ativos (número aproximado)
30%
vendas
em marcas
premium
70%
vendas de marcas
não Europool
3.950.000
mercado total de reposição
em Portugal, segundo a AB Tyres
www.revistadospneus.com | 45

Empresa
AB Tyres
necessidades do cliente). É com base nestas
premissas que se estabelece a escolha de um
parceiro na área da distribuição de pneus. E o
que é, hoje, um distribuidor de pneus em Portugal?
César Branco tem a resposta: “Não é mais
do que um agente que serve de contrabalanço
à falta de stock sazonal que os fabricantes têm
e à necessidade de responder ao mercado a
tempo e horas, assumindo as responsabilidades
na cadeia de valor. Ou seja, todos os custos
logísticos, de armazenagem e de comercialização
junto do retalhista. Assim como todos
os custos financeiros que resultam do facto
de estar perto do retalhista são assumidos
pelo distribuidor, servindo de ‘amortecedor’
perante o fabricante”.
Em 2016, a oferta da AB Tyres cresceu em
relação a 2015, graças à inclusão das marcas
Primewell, Uniroyal e Runway nos ligeiros,
da marca Primewell nos pesados e da Mitas
na área das especialidades (pneus agrícolas,
florestais, industriais e de minas). A empresa
está a negociar ter uma marca budget na área
das especialidades, que será lançada em 2017.
Mas no início do novo ano, lançará os Sumitomo
Tyres para o segmento budget de ligeiros,
marca do Grupo Sumitomo, o sexto fabricante
mundial de pneus, proprietário da Falken. Para
2017, fica, também, “uma nova plataforma de
gestão comercial, com uma vertente online
muito mais adaptada às necessidades de mercado,
com critérios mais rápidos e atualizados”,
revela César Branco. Que completa: “Deixaremos
de ter duas plataformas que comunicam
entre si para passar a ter apenas uma, onde
os dados estarão agregados, com o online a
trabalhar diretamente na plataforma de gestão
comercial”.
Em desenvolvimento está, também, uma
área estratégica, que diz respeito a pneus de
grandes dimensões no segmento UHP para
jantes mais elevadas. “Podemos armazenar,
permanentemente, as medidas que são mais
difíceis de encontrar no mercado nacional”.
Significa isto, portanto, que está a ser desenvolvida
“uma área especial para pneus UHP
(jantes de 17” a 22”), com o objetivo de servir
sempre os pneus onde há maior dificuldade
em ter stock”, acrescenta. “E, isto, consolidado
com a parte logística de serviço, com a nossa
entrada na área das especialidades, com a
oferta que temos e com a estrutura de que
dispomos, aponta o caminho do nosso crescimento”,
resume César Branco.
Se existe coisa que a AB Tyres não faz, é vender
pneus a clientes que não tenham equipamento
de montagem. Mesmo no caso dos pesados. Só
vende a frotas de camiões que tenham máquinas
para montar pneus. Esta política faz parte
da sua atuação no mercado: não vender pneus
Falken é a marca âncora
250 PARCEIROS ATÉ FINAL
DE 2017
A Falken, que se posiciona no topo do
segmento quality e na base do segmento
premium, tem registado um crescimento
interessante e continuará a evoluir. Portugal
é, aliás, o país europeu onde a marca
alcança o maior crescimento. Tal deve-se
ao trabalho que a AB Tyres tem vindo a desenvolver
com a Falken, criando uma rede
de parceiros nacionais. Estes, por sua vez,
estabelecem uma relação comercial com
a empresa, baseada, não só, no compromisso
que a AB Tyres assumiu em ter stock
para responder às necessidades do cliente,
como, também, na confiança e na proteção
que a AB Tyres dá ao negócio. “Não é nossa
política vender pneus em todo o lado nem
criar guerras de preços no mercado. Queremos,
de alguma forma, ser um fator de estabilização
e de sustentação do negócio dos
mais de 150 parceiros que, hoje, apostam
na Falken em Portugal”, frisa César Branco.
A Falken é, de resto, uma das marcas mais
importantes do portefólio da AB Tyres em
termos de crescimento. Mais: é a marca de
referência da empresa e um dos pilares da
sua estratégia. A relação da AB Tyres com
a Falken iniciou-se em 2014, quando, no
segundo semestre desse ano, a empresa começou
a representar a marca no nosso país.
Desde então, a AB Tyres importa e distribui,
em exclusivo, a Falken para Portugal,
sendo dos melhores parceiros que a marca
da Sumitomo Rubber Industries Ltd. tem a
nível europeu. “Com a Falken, a AB Tyres
tem 100% de disponibilidade de stock em
todas as medidas que se vendem em Portugal.
Esperamos ter 250 parceiros Falken até
final de 2017”, revela César Branco.
a clientes particulares nem a operadores que
não disponham de máquinas de montagem
para o cliente final. “Somos um operador que
está, verdadeiramente, integrado na cadeia de
distribuição. Utilizamos uma plataforma B2B
para os nossos clientes. 75% das encomendas
são feitas diretamente na nossa plataforma
eletrónica, ficando os restantes 25% a cargo
das relações de negócios. Ou seja, onde existe
intervenção direta de um dos sete delegados
comerciais que temos”, conclui César Branco. ♦
AB Tyres
Diretor-geral César Branco | Morada Zona Industrial da Pedrulha, Lote 12, Mealhada, 3050 –183 Casal
Comba | Telefone 231 244 200 – 963 227 393 (armazém da Abóboda) | Fax 231 244 201
Email sac.lisboa@abtyres.pt (armazém da Abóboda) | Site www.abtyres.pt
46 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

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Empresa
Tiremaster
Prova de força
Há sete anos que a Tiremaster nasceu fruto de uma união de investidores espanhóis,
que resolveu “agarrar” na antiga Bompneu e “atacar” o mercado nacional.
A distribuição exclusiva da Z Tyre para ligeiros é uma prova de força
Por: Jorge Flores
A
Tiremaster nasceu, há quase sete anos,
pelas mãos de um grupo de investidores
espanhóis, que considerou “interessante”
apostar num parceiro no mercado de
pneus em Portugal, adquirindo os meios e as
instalações da Bompneu, em Leça da Palmeira.
Inicialmente, a antiga casa serviu de “ponto de
referência”. Mas, com o passar do tempo, quis ter a
sua “própria identidade, mantendo, por isso, única
e exclusivamente, o nome Tiremaster”, explica José
Ramón Vázquez, diretor financeiro da empresa.
Segundo o responsável, a Tiremaster tem três
eixos distintivos. O primeiro de todos? “O posto
de venda ao público, no qual prestamos o serviço
a veículos ligeiros, comerciais, 4x4, pesados
e de engenharia civil, desde o tratamento de
toda a parte dos pneus, a serviços rápidos e
manutenção de automóveis ligeiros”, adianta.
O segundo é a “assistência a frotas de camiões
24 horas, 365 dias por ano, dispondo, para esse
efeito, de duas carrinhas e um camião-grua”,
bem como uma “equipa de técnicos com mais
de 15 anos de experiência”. Além disso, reforça
José Ramón Vázquez, “a Tiremaster pertence a
uma rede líder de assistência 24 horas a pneus
da Península Ibérica (SEAS 24 Horas S.L.), que,
por sua vez, integra o grupo europeu TEN, o
que nos possibilita dar assistência noturna aos
nossos clientes, desde o Algarve até Berlim,
passando pelo Norte de África”, sustenta.
O terceiro eixo? “A revenda, assentando numa
estratégia clara de multimarca/multiproduto”,
refere. Para José Ramón Vázquez, “tendo,
em sete anos, uma carteira considerável de
clientes, continuamos, diariamente, através
da nossa área comercial, tanto direta como
por intermédio do nosso call center, à procura
de novos clientes e parceiros estratégicos, a
fim de expandirmos o nosso negócio”, explica
a mesma fonte. Adiantando que, por “felicidade”,
têm sido “contactados por diferentes
tipos de casas de pneus para trabalharmos
com eles”, algo revelador de que “estamos no
caminho correto”, sublinha. De realçar ainda
o facto de a Tiremaster disponibilizar serviços
de entrega diários e bi-diários para todo o país,
comercializando pneus de turismo, comerciais,
4x4 e pesados. Mas não só. “Temos crescido,
também, na área dos consumíveis para oficinas,
como nas válvulas, pesos de colar e pastas de
montagem”, diz.
48 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

w DISTRIBUIÇÃO DA Z TYRE
A Tiremaster dispõe de uma oferta de pneus
considerável. “Normalmente, em serviço imediato,
temos mais de 4.000 pneus, alcançando
o nosso stock disponível mais de 35.000 pneus”,
adianta. Dado importante é que a empresa trabalha
com marcas tão díspares como “Hankook,
Continental, Michelin, Bridgestone e Pirelli,
entre tantas outras, desde premium, quality e
budget. No entanto, temos duas marcas que
se destacam, claramente, no nosso portefólio”.
Quais? “A Hankook, marca muito conceituada
no mercado. Temos uma capacidade de entrega
e disponibilidade de produto muito vasta,
o que nos diferencia dos demais, oferecendo a
gama completa aos nossos clientes e parceiros.
Recentemente, conseguimos a distribuição
exclusiva da Z Tyre para Portugal, marca que
tem dado grandes alegrias. Em breve, começaremos
a comercializar esta marca para veículos
pesados”, revela.
“Com a vasta oferta de marcas de que dispomos,
conseguimos servir os nossos clientes,
Parceria com a Westlake
NOVOS “MIÚDOS DO BAIRRO”
A parceria com a Westlake é um trunfo da
Tiremaster. “O mundo dos pneumáticos
está em mudança. A liderança dos “The
Big Three (Michelin, Goodyear e Bridgestone)
está a chegar ao fim”, preconiza José
Ramón Vázquez. “Agora, existem novos
‘miúdos no bairro’, que estão a ganhar músculo,
inteligência, potência e qualidade. O
Grupo Zenises/Westlake é um desses ‘novos
miúdos’ que, em breve, se converterá
num ‘adulto’, da mesma forma que o fez a
Hankook, por exemplo”. De acordo com
o mesmo responsável, “os grandes fabricantes
europeus reagiram a esta ameaça
tentando fechar o mercado, através de rotulagem
e da compra de oficinas, de modo
a restringir o acesso dessas novas marcas
ao mercado”.
w NAVEGAR NA TEMPESTADE
Com 2016 a caminhar para o fim, José Ramón
Vázquez faz um balanço positivo da atividade
da Tiremaster. “Apesar das enormes dificuldades
do mercado e graças ao excelente resultado
que estamos a conseguir nos pneus Z
Tyre e Westlake, esperamos encerrar o ano com
melhores resultados face a 2015. Beneficiámos,
também, do reforço dos nossos meios de trabalho
e a introdução dos serviços de mecânica
rápida na nossa oficina”, afirma.
José Ramón Vázquez gostaria, no futuro, de
estar, mais vezes, junto dos clientes. Sabemos e
sentimos que as novas tecnologias e serviços,
como o B2B, entre outros, vieram ajudar-nos
a prestar um serviço rápido e eficaz. Contudo,
continuamos a sentir que a nossa presença faz a
diferença. As relações interpessoais são fundamentais
para alcançar a excelência”, acrescenta.
Para 2017, a ambição é a mesma, ainda que
o diretor financeiro tenha a noção de que
será um ano “muito complicado”, temendo a
influência de fatores exteriores, como a “eleidesde
os produtos de turismo até aos de
engenharia civil, passando por pneus de camião,
moto e agrícolas, entre outros”, reforça
a mesma fonte.
ção de Trump e o efeito Brexit”, entre outros,
na zona euro e na economia nacional. Para
mais, na sua opinião, o mercado encontra-se
algo “saturado” e com uma “oferta excessiva de
distribuidores”, o que poderá gerar a “tempestade
perfeita”. Mas, ainda assim, as expectativas
continuam elevadas. “Exploraremos o nosso
crescimento com as marcas Z Tyre e Westlake,
com o lançamento da nossa loja de peças e
com a renovação completa do nosso portal
B2B”. Marcaremos presença na expoMECÂNICA,
procurando estar próximos das necessidades
dos nossos clientes”, conclui. ♦
De resto, para José Ramón Vázquez, “nem
todos os produtos fabricados na China
são de baixa qualidade. Há players que
têm investido em tecnologia e qualidade.
E, claramente, a Westlake é um deles! Não
procura volume, mas posicionamento e
reconhecimento no mercado como um
produto que combina qualidade e preço”,
explica. No setor dos pesados, onde a Tiremaster
tem concentrado os seus esforços,
os rendimentos dos pneus da marca, por
quilómetros percorridos, têm sido “muito
encorajadores”, enfatiza José Ramón Vázquez,
recordando ainda o facto de a China
ser, atualmente, “líder mundial em baterias
elétricas, em robótica e em inteligência artificial,
bem como fabricante de todos os
‘iPhones’ extravagantes que vemos na rua.
E, em breve, fabricantes também de pneus
com bom desempenho e produtividade”.
Por tudo isto, adianta o responsável, “o
nosso compromisso com a Westlake é uma
aposta no futuro do mercado de pneus novos”,
assegura. Futuro esse que “já chegou”.
E a Tiremaster “faz parte dessa transformação
do mercado”, concretiza.
Tiremaster
Diretor financeiro José Ramón Vázquez | Morada Rua de Almeiriga, 550, Leça da Palmeira, 4450 - 608 Matosinhos | Telefone 229 997
890 | Fax 229 997 899 | Email geral@tiremaster.pt | Site www.tiremaster.pt
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Empresa
Pneubase
Centro de mobilidade
Com mais de quatro décadas de história, a Pneubase é, desde 2005, um centro
de mobilidade, fazendo, hoje, parte da rede Euromaster. Especialista em pneus
e mecânica rápida, dispõe de quatro lojas e inclui um posto de GPL portátil
Por: Bruno Castanheira
Não existirão muitas casas de pneus em
Portugal com a bagagem e a visão
estratégica da Pneubase, que nasceu,
em julho de 2005, fruto de um projeto
criado por Paulo Cristovão, pela esposa, Maria
João, e pela cunhada, Dora Costa. Apesar de
ser uma empresa familiar, a Pneubase, graças a
diversas influências de ordem teórica e prática,
tem uma visão global do negócio. A começar,
desde logo, pela formação académica de Paulo
Cristovão e pelos conhecimentos que detém.
As origens da Pneubase remontam a 1973,
quando António da Silva Costa, sogro de Paulo
Cristovão, abriu a A.S. Costa, em Fervença. Foi
o início de um percurso recheado de sucessos,
acontecimentos e peripécias, como recorda
o atual administrador à Revista dos Pneus: “A
empresa nasceu há mais de 43 anos e passou
por três grandes fases. A primeira, foi o crescimento
da casa A.S. Costa. A segunda, quando se
juntou a um sócio para formar o Grupo Sobral
& Costa. A terceira, quando a crise, aliada a uma
sucessão mal programada dentro do grupo,
levou à separação dos sócios Sobral e Costa. Foi
então que apareceu o Grupo Pneubase”. Paulo
Cristovão entrara para o negócio do sogro no
ano 2000, quando se encontrava a tirar uma
pós-graduação em gestão de empresas, na
vertente oficinal. “Nos tempos áureos (início
dos anos 90)”, frisa o administrador, “o Grupo
Sobral & Costa chegou a ter 12 casas, crescendo
de forma exponencial”.
w PNEUS SÃO A BASE
Olhando para a Pneubase, uma pergunta
impõe-se: a que se deve o nome? “Bem, pode
dizer-se que a dois aspetos”, afirma Paulo
Cristovão. “Por um lado, o facto de, naquela
altura, como hoje, a base do nosso negócio
ser pneus. Por outro, a particularidade de estarmos
perto da Base Aérea n.° 1, com quem
trabalhávamos”. Certo, certo, é que quando a
Pneubase apareceu, estava muito à frente do
seu tempo, graças ao conceito que apresentava,
ao modelo de gestão de que dispunha e até
mesmo à organização e limpeza do espaço.
“Estávamos focados em nichos de mercado
que não eram muito comuns na altura”, refere
o administrador. E sustenta: “A base do nosso
negócio são pneus, mas o futuro é a mobilidade,
a manutenção automóvel como um todo. A
empresa está pensada, desde o início, para uma
diversificação do negócio. Na altura, foi quase
uma ‘revolução’ ter criado uma casa onde o
cliente pudesse estar a ver o seu veículo a ser
intervencionado, onde não existissem pneus
à vista em prateleiras ou amontoados no chão
e onde todas as áreas estivessem limpas e definidas”.
O Grupo Pneubase tem, hoje, quatro casas (Pneubase
Sintra, em Vila Verde; Pneubase Oeste, em
Torres Vedras; Pneubase Oriente, em Lisboa; A.S.
Costa, em Fervença). No espaço de Sintra, ope-
50 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

am 14 dos 25 colaboradores do grupo. Com
2.000 m2 de área coberta, na sede da Pneubase
executam-se todas as tarefas relacionadas com
pneus, faz-se mecânica rápida, existe uma loja
(jantes; acessórios; produtos de limpeza) e encontra-se
um posto de GPL portátil (ver caixa). A
Pneubase tem um grande foco no cliente, desde
particulares (os que asseguram a maior fatia do
negócio) até frotistas, passando por empresas.
“A base do nosso negócio são pneus, mas tem
havido um grande esforço de diversificação”,
explica Paulo Cristovão. Que acrescenta: “A mecânica
rápida tem já um peso significativo. Reúne
entre 15 a 20% da nossa faturação”.
O forte da Pneubase são os pneus ligeiros, 4x4,
comerciais e de motos. “Estamos, também, a
‘ressuscitar’ o negócio dos pesados e a recuperar
esse nicho de mercado”, revela o administrador.
O Grupo Pneubase dispõe de um stock
que dá resposta às necessidades do mercado.
“Temos em casa as medidas mais vendidas, mas
com três e quatro entregas diárias, deixou de
ser prioritário fazer grandes stocks. Hoje, no
negócio dos pneus, o vigor da ‘quantidade’ foi
substituído pelo rigor da ‘qualidade’”, assegura.
w DEPOIS, VEIO A EUROMASTER
Em 2012, a Pneubase aderiu à Euromaster. Porquê
esta rede do Grupo Michelin e não outra? A
explicação do nosso interlocutor é elucidativa:
“Nós, no negócio, identificamo-nos sempre
mais com umas marcas do que com outras. A
forma de trabalharem e de estarem no mercado
tem, como é óbvio, bastante influência”.
E recorda um curioso episódio da sua infância:
“Sempre senti especial apreço pela Michelin.
E tendo vivido em França... Quando ia para a
escola, havia na aldeia onde morava uma oficina
que tinha um enorme Bibendum à porta. O
boneco tinha uma expressão simpática e eu
‘cumprimentava-o’ sempre quando regressava
da escola”, afirma, entre risos, Paulo Cristovão.
Depois, já mais a sério, desabafa: “Por vezes,
existem ligações afetivas com as marcas. Sempre
apreciei a Michelin pela sua forma de trabalhar
e pelo facto de ser uma empresa que está,
não diria a anos-luz mas a meses-luz, à frente em
termos de organização e de pensamento”. Antes
da Euromaster, existia a Vialider, com quem a
Pneubase já trabalhava, identificando-se com
metodologias utilizadas e ideias delineadas. Na
Euromaster, existe uma estratégia de futuro.
Convidado a pronunciar-se sobre se existe
maior pressão para vender pneus do Grupo
Michelin, Paulo Cristovão responde que acredita
“nos produtos Michelin”, mas também “vende
outras marcas de renome”. A força da Pneubase
provém dos benefícios dessas várias parcerias.
E complementa o seu raciocínio: “Quando aderimos
a uma rede, é óbvio que outras marcas
ficam para trás. Contudo, corremos o risco de
perder o cliente se nos fecharmos apenas sobre
o grupo. A Euromaster faz, ela própria, negócios
com outras marcas. Mas a verdade é que a
Pneubase também tem ajudado a Euromaster.
O programa de faturação que temos (Alidata),
foi adotado pela rede do Grupo Michelin”.
E o futuro, à Pneubase pertence? “Estamos a
ponderar criar novos projetos, à medida da
nossa dimensão e da realidade do mercado
nacional. Gostava que o espaço que temos livre
nas instalações de Sintra fosse preenchido com
áreas de negócio relacionadas com o automóvel,
como, por exemplo, uma zona de lavagens
e instalar a parte de camiões que temos na
casa de Fervença”, revela o administrador. “Mas
ainda estamos numa fase de consolidação de
alguns conceitos. A começar pela nossa relação
com a Euromaster, que nos tem trazido mais-
-valias. Acredito na diversificação do negócio
como meio de chegar à mobilidade. Contudo, é
preciso termos cuidado para não haver diluição.
Se quisermos fazer tudo, corremos o risco de
não conseguirmos fazer nada”, conclui Paulo
Cristovão. ♦
Parceria com a OZ Energia
POSTO DE GPL PORTÁTIL
Demorou três anos a desenvolver. Este projeto-piloto,
que resulta de uma parceria estabelecida
com a OZ Energia, consiste num
posto de abastecimento portátil de GPL.
Único em Portugal, mais não é do que um
contentor que integra tudo: o posto público
e o sistema informático. Apresenta como
principal vantagem o facto de se poder pegar
nele e transportá-lo para qualquer lado.
“Na Pneubase, além de gostarmos de estar
na vanguarda, uma vez que este projeto é
aliciante, trata-se de uma nova vertente do
nosso negócio, que encaixa precisamente
na ideia inicial da criação da empresa: ser
um centro de mobilidade. O cliente chega
à nossa casa e tem tudo. Não precisa de
se deslocar a mais lado nenhum”, dá conta
Paulo Cristovão. Sendo proprietária do
contentor, a OZ Energia planeia desenvolver
este projeto a nível nacional. Este
primeiro posto portátil de GPL começou
a funcionar em junho de 2016. “Ultrapassámos
muitas burocracias para chegar até
aqui. O posto ainda não apresenta grande
expressão económica, visto ser muito recente,
mas a nível de tecnologia, é uma
mais-valia para nós e faz com que alarguemos
a vertente do nosso negócio”, enfatiza
o administrador da Pneubase.
Pneubase
Administrador Paulo Cristovão | Morada Rua da Aviação Portuguesa, 110, Vila Verde, 2705 – 845 Terrugem
(Sintra) | Telefone 219 609 120 | Fax 219 609 129 | Email geral@pneubase.pt | Site www.pneubase.pt
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Empresa
Casa Marques
Património do nome
Há dois anos, a Casa Marques mudou-se para umas novas instalações,
com 7.000 m 2 . Uma sequência lógica face ao crescimento da empresa.
O nome de referência continua a ser o seu maior património
Por: Jorge Flores
O
episódio aconteceu há três anos,
mas ajuda a compreender o dinamismo
que Luís Marques empresta
à sua atividade no setor dos pneus,
nomeadamente, desde que, em 1998, decidiu
apoiar o seu sogro e colocar a Casa Marques
num patamar mais elevado no mercado.
“Homem do mundo”, como se descreve, chegou
uma tarde e disse à sua mulher, sócia
maioritária da empresa, que pretendia ir à
China. Ainda lançou o repto ao sogro, mas
este recusou. Embarcou sozinho. Não sem
antes ter pedido um visto à embaixada. O
único ponto de contacto era através de um
amigo alemão, proprietário de uma das maiores
cadeias de oficinas da Alemanha. “Meti-me
no avião e lá fui eu”, conta. Quando aterrou
em Xangai, para seu espanto, tinha mais de
15 pessoas à sua espera, exibindo um cartaz
com os dizeres: “Luís Marques, Casa Marques”.
Ficou boquiaberto. A explicação era simples.
Ao fazer o pedido ao consolado chinês, foi
obrigado a explicar o motivo da viagem. “E
eles transmitiram ao departamento comercial
das fábricas locais que ia aterrar um potencial
cliente. Foram todos receber-me. Nunca vi
coisa igual. Fiz muitos negócios. Para Angola,
estou a comprar 100% de material à China.
Estive lá três semanas”, recorda.
w ATIVIDADE GLOBAL
Recuando no tempo, numa história já com 18
anos, refira-se que a Casa Marques começou
por trabalhar, sobretudo, na importação de
pneus de ocasião e novos. E na venda de jantes,
negócio que fez ecoar o nome da casa. Mas
muito mudou quando, por influência de um
amigo germânico, Luís Marques começou, aos
poucos, a abandonar a revenda e a apostar na
montagem. O seu sonho, contudo, alimentado
pelos tempos em que viveu na Suíça, onde
“cresceu como homem” e teve sete anos de formação
como mecânico, era alargar a atividade
e os serviços da Casa Marques. Cumpriu esse
desejo dentro da empresa: hoje, dispõe já de
serviços abrangentes e de uma equipa de seis
52 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

profissionais. “Sou observador. Cada vez que
vou à Alemanha, vejo como eles funcionam.
É importante fidelizar o cliente, mas não através
de cartões ou de pontos. Pela qualidade!”,
sublinha o responsável.
Passo importante no percurso da Casa Marques
foi ainda a cartada angolana. Há 10 anos, Luís
Marques decidiu que seria um bom investimento.
Antes de muitos. E até previu as dificuldades
que o futuro traria. E defendeu-se delas.
A tempo. “Temos dois sócios fortíssimos em
Angola. Desde 2006. Previ o que se está a passar
agora há cinco anos. Hoje, temos três oficinas
a funcionar. Mas montei um bom mecanismo
para vender. E as coisas funcionam”, garante.
w INSTALAÇÕES MODERNAS
Mas o momento mais alto da Casa Marques foi
há dois anos, com a mudança de instalações.
“Passámos de um pequeno barracão de 300
m 2 para uma casa com 7.000 m 2 ”, adianta Luís
atividade entre a mecânica e os pneus, através
de uma aposta assumida nos produtos novos.
Porquê? “Porque é o futuro!”, explica. Hoje, 70%
do negócio são serviços de mecânica e 30%
são pneus. “Já foi ao contrário”, afirma.
“Trabalhamos com marcas premium, quality e
budget. Depende daquilo que o cliente pretende.
Procuramos que seja sempre o melhor,
porque o melhor nunca lhe dá problemas”, diz.
“Fazemos de tudo. Desde diagnóstico, eletricidade,
lavagem, mecânica e motores. Estamos
a reconstruir um motor com 60 anos.”, reforça
o responsável.
w VALOR DA PALAVRA
Luís Marques assume que se sente “realizado”.
A empresa tem crescido todos os meses e há
clientes (particulares e não empresas) que vêm
de muito longe para serem atendidos por si e
pela sua equipa. “O nome é muito importante.
É o nosso maior património!”, enfatiza. Por falar
marcas”, explica. Por tudo isto, o responsável
nunca regateia preços quando algum cliente
diz ter visto o mesmo pneu mais barato na
concorrência. “Respondo que não lhe estou a
vender um pneu, mas sim um serviço”.
Não contem com Luís Marques para aderir
a uma rede. Já foi aliciado nesse sentido. E
até admite que o futuro do mercado seja
esse. Mas, na sua perspetiva, em rede, fica-
-se “preso a um sistema criado por alguém
e não se pode desenvolver uma ideologia
própria de trabalho”, confessa.
Gosta de pensar pela sua própria cabeça. Já
lhe disseram que o ideal para o negócio seria
ter a Casa Marques situada em Lisboa e não
perto de Cantanhede. Discorda. E recorre a
um exemplo. Na Suíça, que ele bem conhece,
a maior oficina fica a 30 quilómetros de Genebra
e faz uma média de 600 viaturas por dia.
“Tem filas de clientes com três quilómetros
até à sua porta”, sublinha.
Marques à Revista dos Pneus. Um espaço “construído
de raiz e dotado de um visual moderno,
onde todos os detalhes foram cuidados. Ou
não tenha o responsável acompanhado os
trabalhos desde a colocação “da primeira até
à última pedra”, conta Luís Marques.
Na “nova vida”, a Casa Marques divide a sua
em nomes, Casa Marques é herdado do seu
avô, um homem que selava os acordos com
um aperto de mão. “Valia mais do que uma
escritura! Hoje, as coisas não funcionam bem
assim. Mas a palavra é tudo”, afirma.
Aspeto crucial é ainda a transparência na relação
com os clientes/amigos. “Os clientes devem
saber de tudo. Acompanhar tudo. Faço um
registo de cada viatura que aqui entra. E o dono
sabe tudo o que está a ser feito ao seu veículo.
Tenho registos com 10 anos. É como fazem as
w MUDANÇA DE CICLO
Para Luís Marques, Portugal, em geral, e o setor
dos pneus, em particular, encontram-se
perante uma “mudança de ciclo”. Conforme
explica, “o mercado está a fazer uma purga” e
aqueles que “aguentarem os próximos cinco
anos” sobreviverão. “Mas é preciso apertar, conter
os custos”. Para ilustrar a sua opinião, volta
a recorrer ao exemplo germânico. “Existem,
na Alemanha, cinco fornecedores de pneus.
Em Portugal, são 27”, lamenta o responsável.♦
Casa Marques
Morada Zona Industrial de Febres, Lote 19, 3060 - 345 Febres | Telefone 231 469 976 | Fax 231 469 911
| Email geral@casa-marques.com | Site www.casa-marques.com
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Gestão
Oficina limpa e organizada
Confiança à primeira vista
Uma oficina organizada e limpa não é apenas uma questão estética. Quer a limpeza
quer o aspeto, dizem muito acerca da forma como é realizado o trabalho. Além do
mais, é sinal de que estamos perante um serviço de confiança
A
implementação de um sistema adequado
de ordem e limpeza deve
basear-se em métodos seguros de
armazenamento, sinalização dos
corredores, arrumação das ferramentas, remoção
sistemática de desperdícios/resíduos
e limpeza de pisos. Em seguida, abordaremos,
de forma mais aprofundada, todos estes aspetos
e revelaremos os segredos para manter
a oficina limpa e organizada, condições que
serão sempre imprescindíveis para o correto
desenvolvimento das tarefas.
A Lei-Quadro de Segurança, Higiene e Saúde
no Trabalho faz incidir sobre as entidades empregadoras
a obrigatoriedade de manterem
os locais de trabalho limpos e organizados. A
Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, define,
1 - Instalações: devem ser mantidas limpas e
livres de riscos e obstáculos, como manchas de
óleo e peças abandonadas. Devem cumprir a
norma no que respeita a temperatura, iluminação
e insonorização, bem como dispor de saídas
de emergência dispostas adequadamente.
A limpeza das instalações deve ser extensível
a todas as áreas da oficina: área mecânica, área
de chapa e pintura, sala de espera/atendimento
ao cliente e casas de banho.
2 - Materiais e equipamentos: é necessário
seguir os programas de limpeza e manutenção
específicos de cada ferramenta da oficina.
3 - Resíduos: É imprescindível dispor de, pelo
menos, um armazém onde guardar separadamente
os resíduos perigosos. De igual modo,
para armazenar e descartar os resíduos, é neno
seu artigo 15.º, as obrigações gerais do empregador,
em matéria de segurança e saúde
no trabalho. O empregador deve, nomeadamente,
assegurar ao trabalhador condições
de segurança e saúde em todos os aspetos
do seu trabalho.
O empregador deve, para tal, organizar os
serviços adequados, internos ou externos à
empresa, estabelecimento ou serviço, mobilizando
os meios necessários, nomeadamente
nos domínios das atividades de prevenção,
da formação e da informação, bem como o
equipamento de proteção a utilizar.
w NORMAS BÁSICAS
A limpeza da oficina deve apoiar-se em três
grandes pilares:
54 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

cessário dispor de contentores adequados e
garantir a sua correta eliminação, recorrendo
a empresas especialistas na matéria.
Estas normas pretendem garantir a organização
e a limpeza da oficina e abrangem todas
as dependências da mesma. No entanto, só
serão bem-sucedidas se forem implementadas
e fomentadas corretamente, desde a direção
da oficina aos restantes funcionários.
w MUDAR HÁBITOS E APROVEITAR MEIOS
O ponto de partida para uma política correta
de organização e limpeza começa com uma
avaliação objetiva de todos os elementos imprescindíveis
para a oficina. Trata-se de eliminar
o inútil e de identificar o necessário. Não é
uma tarefa fácil. Inicialmente, será complicado
distinguir o necessário do acessório e, mais
ainda, remover certos elementos que sempre
ocuparam uma determinada zona da oficina.
Para o efeito, deveremos começar por uma
campanha de seleção e discriminação dos elementos
em função da sua utilidade, dispondo
de contentores ou recipientes especiais para
recolher o que é desnecessário. Inicialmente,
será complicado distinguir o necessário do
acessório e mais ainda remover certos elementos
que sempre ocuparam uma determinada
zona da oficina.
Uma vez realizada a primeira seleção, o passo
seguinte é classificar os elementos de acordo
com o grau de utilidade e necessidade. Podemos
guiar-nos por dois parâmetros importantes
para determinar o grau de necessidade:
l Frequência com a qual se utiliza o elemento:
desta forma, podemos descartar o que é utilizado
esporadicamente.
l Quantidade de elementos necessária para
o trabalho: podemos retirar do ambiente o
excesso ou as sobras de material.
Terminada esta primeira etapa, teremos conseguido
o mais difícil: mudar hábitos de trabalho
adquiridos erradamente durante anos. O
ponto seguinte a considerar neste processo,
é o de acondicionar a oficina e aproveitar os
meios disponíveis para guardar e localizar o
material facilmente.
Visto que já conseguimos eliminar o desnecessário
no nosso dia a dia, o objetivo seguinte é
organizar o que é útil, de modo a que todas as
ferramentas estejam no respetivo sítio e exista
um lugar específico para cada uma delas. É
necessário definir, de forma clara, em que
lugar deve estar cada utensílio, para que os
funcionários da oficina saibam onde encontrar
cada uma das ferramentas. Obviamente,
é imprescindível que, depois de utilizadas,
as ferramentas voltem a ser colocadas nas
respetivas posições.
Organizar o que é útil de modo a que todas
as ferramentas estejam no respetivo sítio e
exista um lugar específico para cada uma
delas. A não implementação desta rotina,
provoca desordem e reduz a produtividade,
aumentando o tempo despendido na procura
de elementos e o risco de acidentes devido
a ferramentas mal colocadas.
Para acondicionar corretamente as ferramentas
da oficina, devemos guiar-nos por
dois fatores:
l Frequência de utilização: os elementos
mais utilizados devem ser colocados perto
do local de trabalho, ao passo que os que não
são utilizados com tanta frequência devem
ser dispostos em locais mais afastados. Isto
evita perdas de tempo devido a deslocações
desnecessárias.
l Tipo de ferramenta: as ferramentas do
mesmo tipo e com utilizações similares,
devem ser colocadas juntas. Além do mais,
para garantir a segurança dos funcionários e
clientes, é necessário delimitar corretamente
todas as áreas da oficina, bem como as zonas
exclusivas dos funcionários e as zonas de
passagem de clientes. A sinalização destas
zonas deve ser delimitada por faixas alternadas
amarelas e pretas com uma inclinação
aproximada de 45º.
w LIMPEZA E MANUTENÇÃO DE FERRAMENTAS
No que se refere a ferramentas, materiais e
equipamentos, é necessário seguir os programas
de limpeza e manutenção específicos de
cada ferramenta da oficina. Há equipamentos
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Gestão
Oficina limpa e organizada
l Manter limpo o posto de trabalho, evitando
a acumulação de sujidade, pó ou restos metálicos.
Os pisos devem permanecer limpos
e sem derrames para evitar escorregadelas.
l Recolher, limpar e guardar nas zonas de
armazenamento as ferramentas e utensílios
de trabalho após a sua utilização.
l Limpar e conservar corretamente as máquinas
e equipamentos de trabalho, de acordo
com os programas de manutenção estabelecidos.
l Reparar as ferramentas avariadas ou informar
o supervisor sobre a avaria, evitando
realizar testes caso não se disponha da autorização
correspondente.
l Não sobrecarregar estantes, recipientes e
zonas de armazenamento.
l Não deixar objetos esquecidos no solo e
evitar que sejam derramados líquidos.
l Colocar sempre os desperdícios e o lixo em
contentores e recipientes adequados.
l Disponibilizar os manuais de instruções
e os utensílios gerais num local do posto de
trabalho que seja facilmente acessível.
l Manter sempre limpas, livres de obstáculos
e devidamente sinalizadas, as escadas e zonas
de passagem.
l Não bloquear extintores, mangueiras e elementos
de combate a incêndios com caixas
ou mobiliário.
l Utilizar caixas porta-ferramentas para
transportá-las e quando não forem utilizadas,
colocando-as em painéis ou bancadas
que não precisam de manutenção ou muito
básica, mas outras são mais complexas e
requerem revisões periódicas, para que não
ocorram atrasos ou falhas nas operações.
As ferramentas manuais básicas, como martelos,
serras e chaves inglesas, podem ser revistas
com um simples olhar. É importante assegurar
que não têm qualquer tipo de defeito e evitar
que acumulem sujidade e corrosão. Para limpar
este tipo de ferramentas que costumam
ser de metal (ou conter partes metálicas), é
recomendável usar um pano impregnado com
um pouco de lubrificante. Para a sujidade mais
difícil ou superfícies riscadas ou com imperfeições,
também é possível utilizar papel de
lixa fino ou médio. E para proteção contra a
ferrugem, limpar com água e óleo sem ácidos.
Dentro da oficina, também encontramos ou-
PROCEDIMENTOS PARA MANTER A OFICINA LIMPA
estabelecidas para o efeito. Usar carrinhos
móveis para depositá-las enquanto estão a
ser utilizadas.
l Dispor de recipientes incombustíveis, de
fecho automático e hermético, para depositar
nos mesmos todos os desperdícios inflamáveis,
bem como trapos impregnados de óleo
ou lubrificante.
l Colocar corrimões em redor do fosso de reparações,
com uma altura não inferior a 0,90
metros, e cobrir o fosso quando não estiver
a ser utilizado, para evitar quedas. Limpar
e recolher óleos, lubrificantes e líquidos de
travões do seu interior para evitar escorregadelas
durante o trabalho.
l Colocar avisos e sinais a proibir a passagem
por baixo de cargas suspensas em caso de
macacos ou gruas.
l Implementar ‘ligação terra’ em toda a instalação
elétrica. Utilizar tensão de segurança
nas lâmpadas portáteis e utilizar enroladores
com tomadas múltiplas.
l Dispor de um bom sistema de ventilação
em todo o espaço para facilitar a eliminação
dos gases nocivos (dissolventes das pinturas
e gasolina).
l Formar, adequadamente, os profissionais
da oficina sobre a necessidade de manter a
mesma limpa e organizada. Por exemplo,
através da realização de cursos internos de
prevenção de riscos laborais, que costumam
insistir nestes aspetos.
tro tipo de equipamentos mais complexos e
pesados, como as ferramentas para elevação
de carga, macacos, gruas ou elevadores. Estes
equipamentos devem ser submetidos a uma
revisão anual e a pessoa responsável pela dita
revisão deverá estar capacitada por um título
de qualificação para o efeito, sendo o responsável
legal pela dita tarefa e pelos prejuízos
que possam surgir como consequência de
um teste mal efetuado, independentemente
de se tratar de pessoal da oficina ou alheia
à mesma.
As ferramentas pneumáticas, como chaves ou
pistolas de impacto, lixadoras, polidoras ou
esmeriladoras, também requerem limpezas e
revisões. Mantê-las limpas evita a acumulação
de sujidade no bocal, na mangueira ou no
corpo da ferramenta, situação que poderia
dificultar a sua utilização. Através das revisões,
é possível detetar fugas, desvios no canhão
ou perdas de pressão nas ferramentas. Também
é imprescindível rever o estado dos
compressores.
Outro elemento imprescindível são os equipamentos
de proteção individual (EPI), os quais
devem ser adequados para cada trabalho e
que, tal como as máquinas, têm de conter
a marcação CE: luvas para evitar o contacto
com os lubrificantes, detergentes, ácidos,
dissolventes ou pinturas; proteção auditiva
contra ruídos; óculos ou máscara facial contra
projeção de partículas; manguitos, avental e
polainas para trabalhos de soldadura; máscara
para proteção contra a exposição a contaminantes
químicos.
Cabe aos próprios trabalhadores recolher, limpar
e guardar nas zonas de armazenamento
as ferramentas e os utensílios de trabalho.
Além do mais, tal como já referimos na epígrafe
de normas básicas, é imprescindível
reparar as ferramentas avariadas ou, como
alternativa, informar a pessoa encarregada
de rever as ferramentas e os equipamentos,
para determinar se existe algum defeito que
seja necessário solucionar. Cabe aos próprios
trabalhadores recolher, limpar e guardar nas
zonas de armazenamento as ferramentas e
os utensílios de trabalho.
Por último, é básico dispor de um inventário,
através do qual possamos realizar um seguimento
dos recursos utilizados e dos seus locais
de armazenamento.
w SINALIZAÇÃO:
A sinalização da localização das ferramentas
e equipamentos também é básica para agilizar
os trabalhos e evitar perdas de tempo à
56 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

procura de ferramentas ou produtos.
É importante que os funcionários da oficina
respeitem a dita sinalização e guardem sempre
as ferramentas no lugar correspondente. Isto é
especialmente importante no que diz respeito
a produtos tóxicos ou inflamáveis.
No entanto, a sinalização na oficina, não se
limitar, de forma alguma, a indicar onde se
encontram as ferramentas ou equipamentos,
é também muito importante para garantir a
segurança, tanto de funcionários como de
clientes. Por conseguinte, é básico contar com
sinalização homologada para:
l Determinar as zonas nas quais é proibida a
passagem a clientes. Estas áreas devem estar
delimitadas com faixas amarelas e pretas no
solo e alguma sinalização vertical.
l A marcação de perímetros em redor de elevadores
e fossos, indicando, simultaneamente,
os sinais de zonas de possíveis tropeções e
quedas. É básico contar com sinalização homologada
para determinar as zonas nas quais
é proibida a passagem a clientes.
l Delimitar as saídas de emergência com os correspondentes
cartazes de cor verde e branca.
l Sinalizar a localização dos extintores, bem
w BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS
Em primeiro lugar, é importante assinalar que
as oficinas produzem diversos resíduos que é
necessário organizar e gerir para o seu correto
armazenamento, manutenção e eliminação.
O Decreto-Lei n.º 178/2006 , de 5 setembro,
relativo aos resíduos e solos contaminados,
determina as obrigações das oficinas de veículos
no que respeita a gestão de resíduos.
l Resíduos perigosos: pinturas, baterias, óleo
de motor usado e produtos químicos.
l Resíduos não perigosos: vidros, pneus e
ferramentas danificadas.
l Resíduos urbanos: cartão, plástico, vidro.
A opção mais comum é contratar os serviços
de uma empresa especializada em Sistemas
Integrados de Gestão (SIG), embora a própria
oficina também possa fazer essa gestão ou
recorrer a serviços públicos ou privados de
recolha de resíduos.
A oficina também é um local de trabalho no
qual se produz um elevado consumo energético
(água, luz, combustíveis). Portanto, é
indispensável adotar medidas para poupar
energia e utilizá-la de forma mais eficiente. Por
exemplo, é possível proceder a uma análise do
ORGANIZAÇÃO
E LIMPEZA SÃO
PROCEDIMENTOS
BÁSICOS
Num local de trabalho, como uma oficina de
veículos, onde os funcionários têm de manusear
uma grande quantidade de ferramentas
e produtos, assim como estão expostos
a fumos, gases e acumulação de sujidade,
a limpeza e a organização tornam-se ainda
mais necessárias para garantir o bom funcionamento
da empresa reparadora.
Não são necessários grandes esforços para
manter a oficina limpa e organizada. Trata-
-se apenas de criar uma série de hábitos com
vista a facilitar e simplificar a organização e
melhorar a higiene na oficina. Não são necessárias
muitas despesas nem serão precisas
realizar tarefas árduas. Na verdade, manter a
organização na oficina favorece a produtividade,
o que se torna num bom investimento
a médio e longo prazos.
E o melhor de tudo é que, à medida que estes
hábitos são implementados, vão sendo interiorizados.
De tal forma que manter a oficina
limpa e organizada, será cada vez mais fácil
e passará a fazer parte da rotina. E esse é,
realmente, o principal objetivo.
como os tipos de incêndio para os quais são
indicados (sólidos, líquidos, gases ou metais).
l Indicar, através de triângulos de advertência
ou outros sinais, a existência de água ou de
outro líquido no solo.
Naturalmente que todas as ferramentas devem
ter corretamente assinalados os aspetos
importantes relativamente ao seu uso.
Por exemplo, no caso das esmeriladoras, será
necessário assinalar, de forma clara e visível,
que os óculos protetores são indispensáveis
para serem utilizados.
consumo energético por zonas e tomar medidas
para elevar a eficácia, como substituir
equipamentos velhos e obsoletos por outros
mais atuais. O objetivo é ordenar e organizar
também o consumo energético.
O armazém é outro dos pontos críticos da
oficina no que respeita ao meio ambiente. O
ideal é ter diferentes armazéns onde dispor
dos diferentes tipos de ferramentas e produtos
de forma segura e organizada. Os contentores
devem estar adaptados em forma, tamanho
e cor ao tipo de resíduos que albergam, para
facilitar a sua identificação. Mas para que um
armazém esteja corretamente organizado, é
necessário ter em conta outros fatores:
l Deve estar limpo e organizado.
l Os resíduos devem estar ordenados por tipos.
l Os bidões com produtos perigosos devem
ser selados hermeticamente.
l Os contentores devem estar espaçados o
suficiente para evitar o contacto entre si, de
modo a que seja mais fácil aceder aos mesmos.
l Os produtos perigosos devem estar isolados
do restante material.
l Manter o armazém em condições de temperatura
e ventilação adequadas.
Por isso, os contentores, como já mencionado,
devem estar adaptados em forma, tamanho e
cor ao tipo de resíduos que albergam. u
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Avaliação obrigatória
Toyota Prius Luxury
Reflexo condicionado
É o híbrido mais conhecido do planeta. Nesta nova geração, o Toyota Prius atingiu
o expoente máximo em termos de conforto, insonorização, suavidade e tecnologia.
No entanto, o seu reflexo continua condicionado. Por uma invejável performance
ambiental. Na versão Luxury, a mais equipada, custa nada menos do que €34.540
Por: Bruno Castanheira
Se os veículos híbridos gozam, hoje, um
elevado estatuto, muito devem-no à
Toyota, que, em 1997, apresentou ao
mundo o primeiro Prius. Foi o início de
uma ofensiva sem precedentes ao serviço de
uma tecnologia, que, anos mais tarde, veio a
ser “democratizada”. A tal ponto que, nos dias
que correm, poucos são os construtores que
não incluem na sua oferta, pelo menos, um
veículo equipado com dois motores: um de
combustão (gasolina ou Diesel); outro elétrico.
O rasto ecológico (e tecnológico) do Prius,
há muito que ficou desenhado na história
do planeta, graças à redução de milhões de
toneladas de CO 2
. Agora, com a nova geração,
a Toyota vai mais longe. Sempre em defesa do
planeta, entenda-se. Mais confortável, melhor
insonorizado, mais suave e mais refinado, o
novo Prius atingiu o expoente máximo. Razão
mais do que suficiente para que tivéssemos
ensaiado a versão de topo, a Luxury, que custa
nada menos do que €34.540.
w VISUAL FUTURISTA
Há quem goste e quem ache horrível. Visualmente
falando, entenda-se. Depende,
em certa medida, da cor. A da unidade que
nos foi cedida para teste, não é, de facto, das
mais “felizes”. Sem ser propriamente um hino
ao design, o novo Prius faz jus ao seu conceito
inovador e apresenta-se, nesta geração, com
um novo figurino. Nova grelha, novos para-
-choques, jantes de nova conceção e grupos
óticos mais arrojados. Na secção lateral e na
58 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

traseira, não podiam faltar os característicos
letterings prateados Hybrid. Na versão Luxury,
as jantes são de 17” e dispõem de duas tonalidades.
Para aceder quer ao habitáculo quer à bagageira,
assim como para ligar o motor, não é
necessário utilizar a chave, graças ao sistema
“Smart Entry & Start”. Uma das muitas ”mordomias”
com as quais o novo Prius nos brinda. À
qual se pode juntar o opcional Toyota Touch 2
com Go+ (sistema de navegação; otimização
das capacidades do Bluetooth; ligação USB
citarmos alguns exemplos.
Funcional e espaçoso, o habitáculo do novo
Prius faz-se valer ainda de um posto de condução
ergonómico, de uma qualidade convincente
e de uma bagageira ampla (502 litros).
Nesta proposta ambiental, destaque merece,
também, o esquema que mostra o funcionamento
do sistema híbrido que a move.
w TEORIA HÍBRIDA
Mais confortável, melhor insonorizado e com
uma caixa automática de variação contínua
-i de 98 cv e 142 Nm), baterias de hidreto
metálico-níquel alojadas sob o banco traseiro
e um motor elétrico de 53 kW (72 cv), resultando
numa potência máxima combinada de
122 cv, que é transmitida às rodas dianteiras
por intermédio de uma caixa automática de
variação contínua (e-CVT).
O motor foi completamente redesenhado
de modo a alcançar uma economia de combustível
significativamente melhor. O fluxo
da gasolina, a combustão, a refrigeração e
o controlo de detonação, foram alvo de melhoramento,
passando ainda a ser feita uma
utilização muito mais eficaz da recirculação
dos gases de escape.Além disso, a Toyota desenvolveu
um sistema de recuperação de calor
que utiliza os gases de escape para acelerar
o aquecimento do líquido de arrefecimento
Linhas arrojadas,
painel de
instrumentos digital,
seletor curto da
caixa de velocidades
e vários modos de
condução, incluindo
um 100% elétrico
avançada; compatibilidade com aplicações
externas, requerendo esta telemóvel e partilha
de Internet compatíveis), o carregador
wireless de smartphone, o ar condicionado
automático “dual zone”, os sensores de luz e
chuva, o retrovisor interior eletrocromático,
o cruise control adaptativo, o visor head up,
a câmara auxiliar de estacionamento, as tomadas
de 12V, USB e Aux, os bancos em pele
natural com aquecimento nos dianteiros e o
painel de instrumentos digital de 4,2”, só para
(CVT) aprimorada, o novo Prius exibe um desempenho
dinâmico seguro, previsível e fácil
de conduzir. Para mais, não tendo o pedal do
travão aquele tato tão estranho como nas
anteriores gerações, estando a direção mais
assertiva e a suspensão mais eficaz. Contudo,
é na teoria híbrida que este modelo continua
a “apostar todas as suas fichas”. O novo sistema
híbrido é, por isso, o seu ex-líbris. Contempla
um motor de quatro cilindros a gasolina, que
funciona segundo o ciclo Atkinson (1.8 VVTdo
motor. Significa isto que é possível poupar
combustível porque o sistema híbrido
é capaz de parar o motor mais cedo e com
maior frequência quando não é necessário
deslocar o veículo.
Tal como nos Prius das anteriores gerações (e
como qualquer veículo full hybrid), o funcionamento
dos dois motores (gasolina e elétrico) é
gerido por uma unidade de controlo. O motor
a gasolina envia movimento para as rodas e,
ao mesmo tempo, faz atuar um gerador
www.revistadospneus.com | 59

Avaliação obrigatória
Toyota Prius Luxury
Toyo Nano Energy R41
Equipamento de origem
w O Toyota Prius que a Revista dos Pneus testou vinha equipado
com Toyo Nano Energy R41. Sendo equipamento de origem do mais
recente modelo híbrido do construtor japonês de automóveis, este
pneu privilegia a economia de combustível em detrimento de uma
postura mais aguerrida. Contudo, não se pense que o Nano Energy
R41, de medida 215/45R17 87W, não seja capaz de cumprir bem a
sua função se for chamado a dar cartas em condução mais desportiva.
Com um nível de ruído fixado nos 68 dB, o Nano Energy R41
(não deixa de ser curiosa a associação Toyo a Toyota, uma vez que
as primeiras quatro letras são comuns a ambos os fabricantes – o de
pneus e o de veículos), exibe a classificação de etiquetagem europeia
“C”, quer no que diz respeito a consumo de combustível, quer em
matéria de desempenho em piso molhado.
elétrico, cuja energia aciona o motor elétrico
ou é armazenada na bateria. Sempre que
se liga o veículo (desde que as baterias não se
encontrem abaixo de um nível pré-definido),
quando se arranca (desde que suavemente)
ou em descidas longas e pouco acentuadas,
é apenas o motor elétrico que desloca o novo
Prius. Em situações normais, ambos os motores
estão em funcionamento e ambos movem
o veículo, sendo parte da energia utilizada
para o efeito e outra parte direcionada para
recarregar as baterias. Em aceleração, ambos
os motores estão em funcionamento, sendo,
para além disso, retirada energia das baterias
para fazer mover o motor elétrico com mais
Espaçoso, futurista,
funcional e bem
equipado. As
aplicações em branco
lacado são, contudo,
de gosto discutível
força. Nas desacelerações e nas travagens
(existe, também, um sistema regenerativo
nos travões), o motor elétrico funciona como
gerador, transformando a energia cinética das
rodas em energia elétrica que é armazenada
nas baterias. Sempre que o novo Prius para,
como, por exemplo, num semáforo vermelho,
MOTOR DE COMBUSTÃO
Tipo
4 cil. em linha, transv., dianteiro
Cilindrada (cc) 1798
Diâmetro x curso (mm)
80,5x88,3
Taxa de compressão 13,0:1
Potência máxima (cv/rpm) 98/5200
Binário máximo (Nm/rpm) 142/3600
Distribuição
2 v.e.c./VVT-i, 16 válvulas
Alimentação
injeção eletrónica multiponto
MOTOR ELÉTRICO
Tipo
síncrono de magneto permanente
Voltagem máxima (V) 600
Potência máx./binário máx. (kW/Nm) 53/163
RENDIMENTO COMBINADO
Potência máxima combinada (cv/rpm) 122/n.d.
BATERIA
Tipo
hidretos metálico-níquel
Voltagem nominal (V) 201,6
Capacidade nominal (Ah/horas) 6,5
Número de módulos 28
TRANSMISSÃO
Tração
dianteira com VSC
Caixa de velocidades
aut. de variação contínua (e-CVT)
DIREÇÃO
Tipo
pinhão e cremalheira
Assistência
sim (elétrica)
Diâmetro de viragem (m) 10,8
TRAVÕES
Dianteiros (ø mm) discos ventilados (255)
Traseiros (ø mm) discos maciços (259)
ABS
sim, com EBD+BAS+HAC
SUSPENSÕES
Dianteira
McPherson
Traseira
Triângulos sobrepostos
Barra estabilizadora dianteira/traseira sim/sim
PERFORMANCES ANUNCIADAS
Velocidade máxima (km/h) 180
0-100 km/h (s) 10,6
CONSUMOS (l/100 km)
Extra-urbano/combinado/urbano 3,3/3,3/3,3
Emissões de CO2 (g/km) 76
Nível de emissões Euro 6
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES
Cx 0,24
Comprimento/largura/altura (mm) 4540/1760/1470
Distância entre eixos (mm) 2700
Vias frente/trás (mm) 1510/1525
Capacidade do depósito (l) 43
Capacidade da mala (l) 502
Peso (kg) 1475
Relação peso/potência comb. (kg/cv) 12,09
Jantes de série
7Jx17”
Pneus de série 215/45R17
PNEUS TESTE
Toyo Nano Energy R41
215/45R17 87W
PREÇO (s/ despesas) €34.540
Unidade testada €34.540
Imposto Único Circulação (IUC) €191,62
o motor a gasolina é desligado, ligando-se
depois de o veículo ter arrancado em modo
elétrico. A terminar, refira-se que o novo Prius
dispõe de vários modos de condução e que
continua a recorrer à obsoleta solução de ter
um pequeno pedal para ativar e desativar o
travão de estacionamento. ♦
60 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

Em estrada
Por: Jorge Por: Flores
smart forfour BRABUS
Boneco de luxo
w Com o Natal à espreita, a terceira geração do smart forfour
BRABUS revela-se como uma prenda atraente, mais potente.
Trata-se, por isso, de um “boneco” que está melhor do que
nunca. Mas de luxo. A vários níveis. Nem tanto pelo preço
a que é comercializado em Portugal, €19.570, já de si capaz
de afastar alguns adeptos menos abonados em termos meramente
económicos. Mas mais pelos consumos que este
modelo, equipado com um ainda mais pequeno motor de três
cilindros, é capaz de registar. Ligeiramente assustadores para a
sua dimensão, mesmo. Os valores anunciados são de 4,6 l/100
km em regime combinado. Porém, uma condução um pouco
mais empenhada é suficiente para catapultar este registo. Em
tudo o resto, o smart forfour BRABUS convence. Desde logo,
pela jovialidade e energia do motor de 109 cv às 5750 rpm e
170 Nm às 2000 rpm. A sua disponibilidade é empolgante. E
não fossem os gastos de gasolina, até apeteceria fazer sempre
jus à sua vertente “desportiva”. Basta ver que acelera dos 0-100
km/h em 10,5 segundos e alcança uma velocidade máxima de
180 km/h. Depois, pela elegância
das suas linhas, neste caso,
com a carroçaria pintada a duas
cores. Capaz de fazer boa figura
no sapatinho de alguém. Se a
tudo isto juntarmos a opcional
linha Xclusive, está encontrada
a irreverência que caracteriza
o maior smart da atualidade.
Renault Mégane Sports Tourer GT
Azul elétrico
w Atraente, confortável, espaçosa e potente. Não faltam predicados
à carrinha Renault Mégane ST GT. Equipada com o
motor TCe, desenvolvido pela Renault Sport, trata-se de um
autêntico desportivo com ares familiares. O motor a gasolina
de 1,6 litros com 205 cv, que traz acoplada caixa automática de
dupla embraiagem com sete relações, faz jus a essa classificação.
A que se junta, depois, o sistema de quatro rodas direcionais
(4Control). Argumentos que tornam muito fácil extrair grandes
momentos de diversão ao volante. Tudo assenta como uma luva
a esta carrinha. Até o azul quase elétrico que dá cor à versão
ensaiada combina com a sua estética. No exterior, destaca-se
pelas vistosas jantes de 18’’ e pela expressiva grelha dianteira.
Na traseira, exibe duas saídas de escape, a recordar-nos a sua
natureza guerreira e a assinatura luminosa full-LED com efeito 3D
(tecnologia Pure Vision). No interior, são vários os apontamentos
característicos desta variante GT: pedais em alumínio, soleiras das
portas cromadas, volante de três raios com base plana, costuras
azuis nos bancos, nos apoios de braços, no volante, no travão de
mão e no punho e fole do comando da caixa de velocidades. Para
compor o visual do habitáculo,
registe-se ainda os frisos azuis
de tablier e portas, o ecrã tátil
de 8,7” e as patilhas da caixa EDC
situadas atrás do volante, para
quem quiser sentir-se piloto. As
performances? Fulgurantes. Os
consumos? Mais elevados do
que o desejável.
FICHA TÉCNICA
Motor
3 cil. linha, transv. tras.
Cilindrada (cc) 898
Potência máxima (cv/rpm) 109/5750
Binário máximo (Nm/rpm) 170/2000
Velocidade máxima (km/h) 180
0-100 km/h (s) 10,5
Consumo combinado (l/100 km) 4,6
Emissões de CO2 (g/km) 104
Preço €19.570
IUC €91,36
Pneus teste – fr./tr. Yokohama BluEarth - A, 185/45R17 78H – 205/40R17 80H
FICHA TÉCNICA
Motor
4 cil. linha, transv., diant.
Cilindrada (cc) 1618
Potência máxima (cv/rpm) 205/6000
Binário máximo (Nm/rpm) 280/2400
Velocidade máxima (km/h) 230
0-100 km/h (s) 7,4
Consumo combinado (l/100 km) 6,0
Emissões de CO2 (g/km) 134
Preço €33.100
IUC €153,83
Pneus teste – Continental ContiSportContact 5, 225/40R18 92Y XL
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Em estrada
Honda HR-V 1.6 i-DTEC Elegance
À medida do mercado
w Sabendo que os consumidores são particularmente apreciadores
de SUV, bastando, para tal, analisar o crescimento exponencial
que este segmento tem alcançado em todos os países europeus, a
Honda decidiu recriar o HR-V, posicionando-o abaixo do CR-V. E em
boa hora o fez. Isto porque na versão Diesel intermédia da gama,
a 1.6 i-DTEC de 120 cv, que, aqui, surge em análise, este modelo
está perfeitamente adaptado à medida do mercado nacional.
Desde logo, por ser comercializado por um preço convidativo
(€28.890). Depois, por estar equipado com um motor Diesel que
oferece prestações bastante interessantes com níveis de consumo
reduzidos. Dotado de caixa manual de seis velocidades, tração
dianteira e diversos dispositivos
de assistência à condução,
este pequeno SUV oferece um
desempenho dinâmico muito
competente, pese embora a
suspensão pudesse controlar
melhor os movimentos da carroçaria.
O posto de condução,
esse, é ergonómico. Já o nível
de equipamento, é expressivo.
E a qualidade de construção pauta-se pelo muito razoável. O design,
quer exterior quer interior, é outro dos pontos fortes deste
Honda. E pontos fracos? Também existem, claro: a capacidade
limitada da bagageira, o espaço pouco amplo para ocupantes
e os locais de arrumação presentes em número reduzido. Não
há bela sem senão.
Por: Bruno Castanheira
Suzuki Baleno 1.0 BoosterJet GLX
Japonês suave
w A Suzuki fez renascer o Baleno para o segmento dos familiares
compactos. Já disponível em Portugal, em cinco versões, todas com
motores a gasolina, uma das mais interessantes dá pelo nome de
1.0 BoosterJet GLX. Desde logo, por estar equipada com um bloco
de três cilindros com apenas 998 cc, que chega aos 111 cv e 170
Nm graças à adoção de injeção direta e de um pequeno turbocompressor.
Longe de exibir as vibrações e o som característico
dos motores Diesel, este modelo japonês tem na suavidade de
funcionamento a sua nota mais positiva. Mesmo não sendo um
modelo que oferece prestações entusiasmantes, o Baleno pauta-se
pela grande competência com que aborda a estrada, ainda que a
suspensão pudesse ser mais firme e o comando da caixa de cinco
velocidades evidencie alguma
falta de precisão. Os consumos,
desde que não se abuse
do pedal da direita, são deveras
atrativos. Tal como o preço
a que é comercializado este
modelo no nível de equipamento
mais recheado: GLX.
Depois, além do posto de
condução correto, o espaço
bastante razoável para ocupantes e bagagem, o design jovial e a
qualidade de construção mediana completam o rol de características
principais deste japonês suave, que disponibiliza, em opção,
uma caixa automática de seis relações.
FICHA TÉCNICA
Motor
4 cil. linha Diesel, transv., diant.
Cilindrada (cc) 1597
Potência máxima (cv/rpm) 120/4000
Binário máximo (Nm/rpm) 300/2000
Velocidade máxima (km/h) 192
0-100 km/h (s) 10,1
Consumo combinado (l/100 km) 4,0
Emissões de CO2 (g/km) 104
Preço €28.890
IUC €124,90
Pneus teste – Michelin Energy Saver, 215/60R16 95H
FICHA TÉCNICA
Motor
3 cil. linha, transv., diant.
Cilindrada (cc) 998
Potência máxima (cv/rpm) 111/5500
Binário máximo (Nm/rpm) 170/2000-3500
Velocidade máxima (km/h) 190
0-100 km/h (s) 11,0
Consumo combinado (l/100 km) 4,7
Emissões de CO2 (g/km) 109
Preço €16.019
IUC €91,36
Pneus teste – Bridgestone Ecopia EP150, 185/55R16 83V
62 | Revista dos Pneus | Dezembro 2016

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O pneu premium UHP para a excecional performance
Através dos blocos triplos em camadas e do seus
sistema de refrigeração, permite o equilíbrio ideal
nas superfícies molhadas e secas.
Sinta a perfeição, sinta a inovação e sinta a vitória
Com Hankook Pneus e com o Real Madrid
SINTA A CONEXÃO
64 | Revista dos Pneus | Outubro 2016
Hankook España, S.A.
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