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Apostila de telecomunicaçoes

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APOSTILA<br />

DE<br />

TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

Professor Mário E. Longato<br />

Versão 2.0 – 01.05.1999


Curso <strong>de</strong> Graduação<br />

A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

Sumário<br />

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Curso <strong>de</strong> Graduação<br />

A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

1. Introdução<br />

Esta apostila tem por objetivo complementar a literatura específica da disciplina “Tecnologia<br />

das Telecomunicações”. Ela mostra <strong>de</strong> forma sucinta alguns conceitos sobre como iniciou a<br />

transmissão <strong>de</strong> sinais, a entrada dos computadores no cenário das comunicações, serviços<br />

específicos como telefonia móvel, fixa, satélite, meios como pares metálicos, fibra-óptica, serviços<br />

públicos <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> dados,, como Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pacotes, Frame Relay e ATM.<br />

Ao final da apostila o aluno terá uma bibliografia rica na área, que é consi<strong>de</strong>rada a <strong>de</strong> mais<br />

ativida<strong>de</strong> na entrada do novo milênio, as Telecomunicações.<br />

2. Sinalização Digital e Analógica<br />

No inicio das telecomunicações, as informações eram consi<strong>de</strong>radas simplesmente como sinais<br />

elétricos. Estes sinais também são conhecidos como sinais analógicos. Esta <strong>de</strong>finição diz que um<br />

sinal analógico é aquele que po<strong>de</strong> assumir infinitos valores <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> ao longo do tempo. A figuras<br />

1 ilustra este tipo <strong>de</strong> sinal.<br />

SINAL ANALÓGICO<br />

Amplitu<strong>de</strong><br />

Amplitu<strong>de</strong><br />

Tempo<br />

Tempo<br />

Figura 1<br />

O primeiro sinal nesta categoria foi o telégrafo, inventado no século passado, ele transmitia<br />

informações através <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> cabos. Atualmente os sinais analógicos são utilizados na<br />

telefonia fixa, telefonia celular, televisão, etc.<br />

Outros exemplos <strong>de</strong> sinais analógicos, que não necessariamente são utilizados para transmitir dados,<br />

é a energia elétrica que alimenta nossos equipamentos. Este sinal tem a forma <strong>de</strong> uma senói<strong>de</strong>, e<br />

possui uma freqüência <strong>de</strong> 60 Hz.<br />

SINAL DIGITAL<br />

Definição <strong>de</strong> um sinal digital: Sinal digital é aquele que assume finitos valores no eixo (Y ou<br />

Amplitu<strong>de</strong>) ao longo do tempo.<br />

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Curso <strong>de</strong> Graduação<br />

A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

Com o advento a informática passamos a conhecer e trabalhar com os sinais digitais. Este tipo <strong>de</strong><br />

sinal foi introduzido inicialmente nos computadores, pois estes são consi<strong>de</strong>rados máquinas binárias,<br />

ou seja, enten<strong>de</strong>m apenas 2 amplitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sinal. Na área da computação estes níveis recebem os<br />

nomes <strong>de</strong> bits (bit 0) ou Bit (1). Sendo assim os sinais elétricos que representam a informação<br />

assumem valores <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> pré <strong>de</strong>terminados no tempo. Mais a frente estudaremos sinais PCM,<br />

Re<strong>de</strong>s Banda Base, etc. A figura 2 mostra alguns tipos <strong>de</strong> sinais digitais.<br />

Amplitu<strong>de</strong><br />

Amplitu<strong>de</strong><br />

Figura 2<br />

Tempo<br />

Tempo<br />

Não é o objetivo <strong>de</strong>sta disciplina, mas vamos <strong>de</strong>finir alguns conceitos:<br />

Onda: po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>finir a onda como uma perturbação que se move através <strong>de</strong> um meio.<br />

Exemplo: quando lançamos uma pedra em um lago, observamos um <strong>de</strong>slocamento da água que<br />

formam elevações e <strong>de</strong>pressões a partir do local on<strong>de</strong> a pedra caiu. A frente <strong>de</strong> onda vai per<strong>de</strong>ndo<br />

força ao longo do lago, até a mesma <strong>de</strong>saparecer. Este fato chama-se atenuação.<br />

Freqüência: Número <strong>de</strong> oscilações por segundo <strong>de</strong> um sinal elétrico repetitivo. A unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sta gran<strong>de</strong>za é Hertz (Exemplo: A freqüência do sistema <strong>de</strong> energia aqui no Brasil é <strong>de</strong> 60 Hz).<br />

Amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> um sinal: é o valor <strong>de</strong> pico do sinal, normalmente expresso em volts, milivolts.<br />

Período: é o inverso da freqüência. A unida<strong>de</strong> é segundos – T = 1/f<br />

Comprimento <strong>de</strong> onda: é o tamanho do comprimento da onda emitida. É expressa na<br />

unida<strong>de</strong> métrica convencional (metros, kilometros, etc). O comprimento <strong>de</strong> onda é inversamente<br />

proporcional à freqüência. O símbolo que i<strong>de</strong>ntifica o comprimento <strong>de</strong> onda é o λ.<br />

Atenuação: é a diminuição da potência <strong>de</strong> um sinal elétrico no seu percurso.<br />

Velocida<strong>de</strong> da onda: a velocida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida pela fórmula:<br />

V = f / λ<br />

on<strong>de</strong> V=velocida<strong>de</strong>, f=freqüência, λ = comprimento <strong>de</strong> onda<br />

Amplitu<strong>de</strong><br />

tempo<br />

Comprimento <strong>de</strong> onda<br />

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Curso <strong>de</strong> Graduação<br />

A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

3. Largura <strong>de</strong> Banda<br />

A largura <strong>de</strong> banda <strong>de</strong> um meio esta associada com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> sinais através<br />

<strong>de</strong>le. Cada meio, fibra-óptica, ar, água, fio <strong>de</strong> cobre, fio <strong>de</strong> alumínio, fio <strong>de</strong> aço, etc possuí uma banda<br />

<strong>de</strong> transmissão própria. Nos meios metálicos esta banda está associada ao tipo <strong>de</strong> material. O ouro<br />

é o que possuí uma banda passante gran<strong>de</strong>, pois sua resistivida<strong>de</strong> elétrica é baixa. O ar também<br />

possuí uma resistivida<strong>de</strong> elétrica em relação à propagação das Ondas Eletro Magnéticas. A umida<strong>de</strong><br />

do ar e a quantida<strong>de</strong> dos gases influenciam esta resistivida<strong>de</strong>.<br />

4. Meios <strong>de</strong> Transmisão<br />

4.1- Introdução<br />

A transmissão <strong>de</strong> informações po<strong>de</strong> ser efetuada utilizando vários meios. No mundo das<br />

telecomunicações estes meios são:<br />

Fio metálico (através <strong>de</strong> corrente elétrica)<br />

Fibra-ótica (através <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> luz)<br />

Espaço (através <strong>de</strong> Ondas Eletro Magnéticas)<br />

Cada tipo <strong>de</strong> meio po<strong>de</strong> ser dividido em categorias. Por exemplo, fio metálico po<strong>de</strong> ser dividido em<br />

cabos coaxiais, pares metálicos blindados e não blindados, etc. Em cada categoria po<strong>de</strong>mos<br />

referenciar os pontos positivos e negativos, as aplicações com mais possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração ao<br />

meio, etc.<br />

4.2 Fio Metálico<br />

As linhas <strong>de</strong> transmissão por fios ou cabos são bastante empregadas para a transmissao <strong>de</strong><br />

sinais com frequências que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> um valor pequeno , para telégrafo, dados em velocida<strong>de</strong>s<br />

lentas, até vários megahertz para sistemas digitais.<br />

As linhas <strong>de</strong> transmissão são clasificadas <strong>de</strong> acordo com sua utilização, o material<br />

empregado, comprimento, tipo <strong>de</strong> construção e bitola.<br />

Com relação ao tipo <strong>de</strong> construção temos:<br />

Cabo coaxial<br />

Par <strong>de</strong> fio trançado<br />

Par <strong>de</strong> fio paralelo<br />

Cabo <strong>de</strong> pares<br />

Do material po<strong>de</strong>mos classificar:<br />

Cobre<br />

Alumínio<br />

Sobre a bitola, ou o diâmetro da seção do cabo, as especificações são em mm ou em AWG.<br />

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Curso <strong>de</strong> Graduação<br />

A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

Nas aplicações po<strong>de</strong>m ser divididos em:<br />

Sinal <strong>de</strong> telefonia – Cabo <strong>de</strong> pares são utilizados para interligação <strong>de</strong> PABXs e DGs<br />

Distribuidores Gerais (Cabos <strong>de</strong> 20, 30, 50, 100, 200 até 2400 pares são encontrados. Eles possuem<br />

um código <strong>de</strong> cores interno o qual se repete várias vezes <strong>de</strong>ntro do cabo e cada bloco é separado<br />

normalmente por uma cinta <strong>de</strong> nylon ou barbante.<br />

Nesta área também encontram-se os cabos para interligação <strong>de</strong> ramais telefônicos, os fios EK<br />

trançados e com 1 par.<br />

Os cabos também po<strong>de</strong>m ser classificados para uso interno as edificações (cabos CI) ou para<br />

utilização externa (CTP-APL). A diferença resi<strong>de</strong> na proteção existente em cada um em relação ao<br />

material plástico externo empregado. Estes cabos também po<strong>de</strong>m ter outros dispositivos, como um<br />

cabo <strong>de</strong> aço interno, caso este cabo seja instalado em um vão muito gran<strong>de</strong>, e este cabo <strong>de</strong> aço tem<br />

o objetivo <strong>de</strong> sustentar a tração sobre o cabo.<br />

Cabos a prova <strong>de</strong> roedores também foram <strong>de</strong>senvolvidos, visando inibir a ação <strong>de</strong> ratos. Estes cabos<br />

são aplicados em linhas enterradas.<br />

Alguns exemplos <strong>de</strong> cabos<br />

Quadro <strong>de</strong> especificação – REDE EXTERNA URBANA<br />

CT-APL<br />

CTS-APL<br />

diretamente<br />

CTS-APL-G<br />

Re<strong>de</strong> Externa como cabo tronco ou primário com instalação em dutos.<br />

Especificação TELEBRA 235.320.703<br />

Re<strong>de</strong> Externa como cabo tronco ou primário com instalação em dutos subterrâneos ou<br />

enterrados.<br />

Especificação TELEBRA 235.320.714<br />

CTP-APL Re<strong>de</strong> Externa como cabo secundário <strong>de</strong> distribuição sendo instalado em dutos<br />

subterrâneos ou<br />

CTP-APL-G linhas aéreas<br />

CTP-APL-AS Especificação TELEBRA 235.320.701, 235.320.702, 235.720.304<br />

CTP-APL-SN Cotos <strong>de</strong> transição para uso em armários <strong>de</strong> distribuição, caixas terminais e entradas<br />

<strong>de</strong> edifícios.<br />

Especificação TELEBRA 235.320.713<br />

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A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

DADOS CONSTRUTIVOS<br />

Dados / Tipo CT-APL CTP-APL-SN<br />

CONDUTOR Cobre NU Cobre Estanhado<br />

DIÂMETRO 0,40 0,50<br />

(mm)<br />

No DE PARES 200 a 2400 10 a 600<br />

ISOLAMENTO Papel Seco e Ar Polietileno ou Polipropileno<br />

ENFAIXAMENTO Fitas <strong>de</strong> Papel Fitas <strong>de</strong> material não higroscópico<br />

CAPA EXTERNA Capa APL Capa APL<br />

DADOS DIMENSIONAIS<br />

Designação Nr. Pares Diâmetro Externo Massa líquida Comprimento Nominal<br />

Máximo Nominal (kg/Km) por Bobina (m)<br />

CT-APL-40 200 27,5 735 500<br />

300 32,0 1050 500<br />

. . . .<br />

2400 75,0 7250 400<br />

Outros cabos são utilizados para as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> computadores, cabos como o UTP Categoria 5, são<br />

utilizados em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> computadores que trafegam milhões <strong>de</strong> bits por segundo. E para esta<br />

velocida<strong>de</strong> a frequência que percorre o cabo esta em milhões <strong>de</strong> Hz, como por exemplo 20 MHz para<br />

as re<strong>de</strong>s Token-Ring a 16 Mega bits por segundo, ou 100 MHz para as re<strong>de</strong>s Fast Ethernet <strong>de</strong> 100<br />

Mega Bits por segundo.<br />

Efeitos nos cabos<br />

A corrente elétrica provoca efeitos nos cabos metálicos, sendo estes efeitos in<strong>de</strong>sejáveis e<br />

limitadores da distância da linha e consequentemente na sua utilização. Estes efeitos são:<br />

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Curso <strong>de</strong> Graduação<br />

A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

Efeito Skin-Effect ou Efeito Pelicular – Este efeito ocorre quando um condutor metálico é percorrido<br />

por uma corrente alternada. O mesmo consiste na distribuição não homogenea da corrente no<br />

condutor, gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>la se distribui na periferia do condutor, e no seu núcleo pouca corrente<br />

passa. Neste sentido po<strong>de</strong>mos afirmar que a resistência do cabo aumenta, pois não utilizamos toda a<br />

seção do fio para o transporte da energia elétrica. Este efeito aumenta com o aumento da freqüência.<br />

A área útil é:<br />

π r 2<br />

Resistência para corrente contínua em circuitos simétricos (dois condutores iguais em<br />

paralelo) – Po<strong>de</strong>ms dizer que a resistência sobe a medida que sobre o comprimento dos<br />

condutores. Po<strong>de</strong>mos calcular a resistência coma fórmula abaixo:<br />

R = ρ L / S , on<strong>de</strong> ρ - resistivida<strong>de</strong>, L = comprimento e S = área<br />

EXEMPLOS DE CABOS<br />

CTP-APL-G<br />

Aplicação:<br />

Re<strong>de</strong> externa como cabo secundário <strong>de</strong><br />

distribuição, sendo instalado em dutos<br />

subterrâneos ou linhas aéreas.<br />

Especificação:<br />

Telebrás 235.320.702<br />

CCE-APL<br />

Aplicação:<br />

Conexões telefônicas externas em instalações<br />

aéreas ou subterrâneas em dutos, como<br />

<strong>de</strong>rivação a partir das emendas <strong>de</strong> distribuição<br />

até as entradas <strong>de</strong> assinantes.<br />

Especificação:<br />

Telebrás 235.320.710<br />

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A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

CIT<br />

Aplicação:<br />

Uso interno em centrais telefônicas, prédios<br />

comerciais, industriais e residênciais.<br />

É utilizado também em re<strong>de</strong> digital <strong>de</strong> serviços<br />

integrados (RDSI)<br />

Especificação:<br />

Telebrás 235.310.702<br />

4.3 Fibra óptica<br />

As fibras ópticas são meios confiáveis e <strong>de</strong> alta largura <strong>de</strong> banda. A utilização <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong><br />

meio esta em franco crescimento. As empresas <strong>de</strong> telefonia estão cada vez mais utilizando a fibraóptica<br />

para a interligação <strong>de</strong> suas localida<strong>de</strong>s. As vantagens das fibras ópticas sobre os meios<br />

metálicos são:<br />

• Largura <strong>de</strong> faixa muito ampla para a transmissão <strong>de</strong> informações<br />

• As separações entre as estações repetidoras são maiores que os sistemas à cabo<br />

metálico<br />

• Menor espaço ocupado por utilizar “fios” com pequenas seções<br />

• Gran<strong>de</strong> imunida<strong>de</strong> a interferências<br />

Po<strong>de</strong>mos classificar as fibras ópticas comerciais em dois tipos básicos: A fibra multimodo e a<br />

monomodo.<br />

Fibras monomodo –Possuem um núcleo <strong>de</strong> diâmetro muito pequeno, com alguns micrometros. Sendo<br />

assim os raios <strong>de</strong> luz seguem praticamente o mesmo caminho. Estas fibras são as <strong>de</strong> melhor<br />

<strong>de</strong>sempenho quanto à transmissão <strong>de</strong> sinais, tem menor atenuação ao longo <strong>de</strong> seu comprimento<br />

comparadas às fibras multimodo. Estas fibras são normalmente empregadas em aplicações on<strong>de</strong> se<br />

exige cobrir gran<strong>de</strong>s distâncias com confiabilida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> (Figura 4.3.1).<br />

Fibras multimodo – Estas possuem um núcleo maior que as monomodo, sendo que s raios <strong>de</strong> luz<br />

acabam percorrendo caminhos diferentes <strong>de</strong> um extremo ao outro. Dentro <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> fibra, existe<br />

outra classificação <strong>de</strong>nominado gradual e <strong>de</strong>grau.<br />

Casca<br />

Núcleo<br />

Figura 4.3.1<br />

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A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

Fibra multimodo índice <strong>de</strong>grau – são assim chamadas pois o índice <strong>de</strong> refração da casca e<br />

do núcleo são bem diferentes e variam bruscamente (Figura 4.3.2).<br />

Revestimento<br />

Externo<br />

Casca<br />

Núcleo<br />

Figura 4.3.2<br />

Fibra multmodo índice gradual – neste caso o índice <strong>de</strong> refração núcleo casca obe<strong>de</strong>ce uma<br />

mudança gradual (figura 4.3.3)<br />

Revestimento<br />

Externo<br />

Núcleo<br />

Casca<br />

Figura 4.3.3<br />

Conectores – Existem vários tipos <strong>de</strong> conectores, cada um <strong>de</strong>les é tem suas características<br />

operacionais, como atenuação, tipo <strong>de</strong> fixação, material empregado, etc.<br />

Conector SC, Conector ST, Conector SMA<br />

Dispositivos Opto-eletrônicos – Estes dispositivos são os responsáveis pela emissão da luz e<br />

recuperação da informação nas extremida<strong>de</strong>s da fibra.<br />

Diodo Laser – emite radiação coerente, ou seja, os raios <strong>de</strong> luz são paralelos e não se<br />

dispersam. Estes dispositivos normalmente equipam os equipamentos que são ligados em sistemas<br />

com fibras monomodo.<br />

Diodo Emissor <strong>de</strong> Luz LED – ao contrário do Diodo Laser a luz emitida pelo LED não é<br />

coerente. Este tipo <strong>de</strong> dispositivo é utilizado em equipamentos que operam com fibras multimodo.<br />

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A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

4.4 Ondas Eletro Magnéticas<br />

4.4.1 Introdução<br />

A propagação através <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> irradiação esta relacionada com a existência <strong>de</strong> uma Onda<br />

Eletro-Magnética (OEM) interligando uma estação transmissora com uma ou mais estações<br />

receptoras.<br />

A estação transmissora é composta por um elemento transmissor que é o responsável pela geração<br />

da energia <strong>de</strong> radio-freqüência, uma linha <strong>de</strong> transmissão que leva este sinal à uma antena, e a<br />

antena, a qual é responsável pela conversão <strong>de</strong>sta energia em uma onda eletro-magnética.A estação<br />

receptora tem os mesmos componentes, só que a direção do sinal e inversa.<br />

A propagação <strong>de</strong> sinais através <strong>de</strong> OEMs é muito utilizada no mundo das telecomunicações. Quanto<br />

as peculiarida<strong>de</strong>s na transmissão, do mesmo modo das fibras ópticas e dos cabos metálicos,<br />

po<strong>de</strong>mos classificar os principais pontos fortes e principais pontos fracos <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> transmissão.<br />

Estes pontos po<strong>de</strong>m ser avaliados quanto a:<br />

- Custo<br />

- Atenuação<br />

- Aplicações<br />

- Limitações <strong>de</strong> distância<br />

- Interferências cósmicas e geradas pelo homem<br />

Inicialmente iremos abordar alguns conceitos:<br />

Refração – ocorre quando a OEM passa pela região limítrofe entre dois meios, com constantes<br />

dielétricas distintas (ex.: água e ar).<br />

Reflexão – é a mais comum das ações que as OEM sofrem. O solo, os prédios, as montanhas<br />

refletem o sinal recebido.<br />

Difração – ocorre quando uma frente <strong>de</strong> uma OEM se <strong>de</strong>para com um obstáculo com dimensões<br />

comparáveis ao seu comprimento <strong>de</strong> onda.<br />

IONOSFERA<br />

ONDA<br />

REFRATADA<br />

ANTENA<br />

ONDA<br />

DIRETA<br />

ONDA<br />

DIFRATADA<br />

SOLO<br />

ONDA<br />

REFLETIDA<br />

Figura 4.4.1<br />

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A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

Desvanecimento ou fading – é uma flutuação que ocorre na intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma onda eletromagnética,<br />

principalmente <strong>de</strong>vido a interferência entre duas ondas que inci<strong>de</strong>m sobre a mesma<br />

antena receptora.<br />

4.4.2 Meios (Troposfera, Ionosfera, Estratosfera)<br />

Para efeito <strong>de</strong> propagação <strong>de</strong> sinais, po<strong>de</strong>mos dizer que basicamente a atmosfera é dividida<br />

em 3 camadas, como mostra a figura 3.2.1<br />

IONOSFERA<br />

+/- 350 kM<br />

ESTRATOSFERA<br />

+/- 50 kM<br />

TROPOSFERA<br />

11 kM<br />

Cada camada age <strong>de</strong> forma diferente na propagação das Ondas<br />

Eletro Magnéticas, seja por causa da temperatura que possuem,<br />

ou pela composição química das mesmas.<br />

A troposfera é muito utilizada nas telecomunicações mas é<br />

instável, a estratosfera é pouco utilizada porém estável, e a<br />

ionosfera, recebe este nome pois é altamente ionizada e sofre<br />

muito com as interferências solares. Desta forma o<br />

comportamento <strong>de</strong>sta camada não é constante, pois é<br />

influenciada pelas radiações solares.<br />

Fig 3.2.1<br />

4.4.3 Espectro <strong>de</strong> Frequências<br />

As Ondas Eletro Magnéticas po<strong>de</strong>m ser classificadas <strong>de</strong> acordo com suas aplicações. Esta<br />

classificação baseia-se no comprimento <strong>de</strong> onda, ou na faixa <strong>de</strong> frequência que opera.<br />

300Hz-3 KHz 30 KHz 300 KHz 3 MHz 30 MHz 300 MHz 3 GHz 30 GHz 300 GHz<br />

ELF VLF LF MF HF VHF UHF SHF EHF<br />

ELF-Extremely Low Frequency – faixa <strong>de</strong> freqüências que possuem um comprimento <strong>de</strong> onda<br />

enorme e penetram razoavelmente em água, solo. Por esta razão são aplicadas as comunicações<br />

submarinas, em minas, etc. Como característica os transmissores nesta faixa operam com gran<strong>de</strong><br />

potência.<br />

VLF – Very Low Frequency – Esta faixa <strong>de</strong> freqüências utilizam a reflexão ionosférica para<br />

propagação.<br />

LF – Low Frequency – Esta faixa também utiliza a reflexão troposférica para atenuação.<br />

MF – Medium Frequency – Nesta faixa <strong>de</strong> freqüências é utilizada as ondas <strong>de</strong> superfície para<br />

propagação. Este tipo <strong>de</strong> propagação tem um melhor <strong>de</strong>sempenho em relação a reflexão ionosférica,<br />

ou seja, tem menos atenuação. É nesta faixa que situam-se as rádios comerciais AM.<br />

HF – High Freqency- Utiliza a reflexão inosoférica para sua propagação.<br />

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Curso <strong>de</strong> Graduação<br />

A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

VHF – Very High Frequency – Caracterizam-se em sistemas <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong>. A reflexão ionosférica já<br />

não é mais possível, pois as ondas não mais retornam à terra, são perdidas no espaço. Aqui situamse<br />

as rádios FM.<br />

UHF – Ultra High Frequency – Também estão <strong>de</strong>ntro dos sistemas <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong>. Aqui situam-se<br />

as aplicações para TV Comercial, Telefonia Celular.<br />

SHF – Super High Frequency – Nesta faixa estão os sistemas <strong>de</strong> micro-ondas, utilizados pelas<br />

empresas <strong>de</strong> telefonia, u sistemas <strong>de</strong> micro-ondas privativos. Aqui estão os enlaces <strong>de</strong> 15 GHz com<br />

rádios <strong>de</strong> empresas como Ericsson (MiniLink) ou na faixa <strong>de</strong> 18 GHz (Pasolink da NEC).<br />

EHF – Extremely High Frequency –<br />

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Curso <strong>de</strong> Graduação<br />

A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

5. Tipos <strong>de</strong> modulação<br />

5.1 Introdução<br />

A modulação é o processo pelo qual são modificadas uma ou mais características <strong>de</strong> uma onda<br />

<strong>de</strong>nominada portadora, segundo um sinal modulante.<br />

5.2 Amplitu<strong>de</strong> Modulada (ASK-Amplitu<strong>de</strong> Shift Key)<br />

5.3 Freqüência Modulada (FSK-Frequency Shift Key)<br />

5.4 Modulação por fase (PSK-Phase Shift Key)<br />

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Curso <strong>de</strong> Graduação<br />

A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

5.5 Modulação por fase diferencial (DPSK-Diferencial Phase Shif Key)<br />

6. REDES DE INFRA-ESTRUTURA<br />

Os sinais nas re<strong>de</strong>s do mundo todo são transferidos, graças à infra-estrutura <strong>de</strong> comunicação<br />

instalada. No início dos sistemas <strong>de</strong> comunicação, toda a informação era transmitida por pares<br />

metálicos. E para cada par <strong>de</strong> Transmissor x Receptor era necessário um par. Desta forma se<br />

tivéssemos necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> permitir a comunicação simultânea entre duas localida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> até 100<br />

usuários, precisaríamos instalar um cabo telefônico <strong>de</strong> 100 pares.<br />

No <strong>de</strong>correr dos tempos esta infra-estrutura mudou, tendo como característica principal a<br />

sinalização digital, uma vez que os sinais digitais po<strong>de</strong>m ser traduzidos como sinais binários, e <strong>de</strong>sta<br />

forma conseguimos manipula-los. Os PABX mo<strong>de</strong>rnos, as centrais <strong>de</strong> telefones celulares e os<br />

sistemas especializados <strong>de</strong> dados, trabalham com tecnologia digital, facilitando a integração <strong>de</strong>stes<br />

com os meios <strong>de</strong> comunicação.<br />

As re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> infra-estrutura entre os equipamentos das companhias <strong>de</strong> telecomunicações<br />

atuais estão quase que totalmente digitalizadas, os equipamentos por sua vez também são digitais.<br />

Os próximos passos (para o ano 2000) é digitalizar entre o assinante e as centrais <strong>de</strong><br />

comunicação/comutação.<br />

7. DIGITALIZAÇÃO DA VOZ<br />

A voz quando transmitida em meios metálicos (par <strong>de</strong> fios) ou até mesmo quando é<br />

transmitida pelo ar, <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada como um sinal analógico, ou seja possuí infinitos valores <strong>de</strong><br />

amplitu<strong>de</strong> e várias freqüências. No início do século XX, os pesquisadores <strong>de</strong>senvolveram uma tese<br />

<strong>de</strong> que não era preciso transmitir a voz o tempo todo para que a mesma fosse compreendida.<br />

bastava enviar amostras do sinal, e <strong>de</strong>pois recuperar estes sinais para recompor a voz, sendo que a<br />

inteligibilida<strong>de</strong> da mesma não fosse comprometida.<br />

Um engenheiro da Bell System, Harry Nyquist, pesquisou e chegou a conclusão que se<br />

obtivessemos 8000 amostras por segundo, seria o suficiente para que o sinal fosse recomposto do<br />

outro lado. A próxima tarefa seria como transmitir cada amostra pela linha. Na pesquisa foi<br />

<strong>de</strong>terminado que o eixo on<strong>de</strong> o sinal era amostrado (amplitu<strong>de</strong> do sinal ) fosse dividido em 256<br />

patamares pré <strong>de</strong>finidos. Como 256 combinações po<strong>de</strong>m ser expressas em 8 bits (2 8 = 256), então<br />

conclui-se que cada amostra <strong>de</strong>ver possuir 8 bits. A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão fica <strong>de</strong>finida como<br />

64.000 bits por segundo (8 x 8000 = 64000). Este processo é conhecido como PCM – Pulse Co<strong>de</strong><br />

Modulation, ou Modulação por código <strong>de</strong> pulso.<br />

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Curso <strong>de</strong> Graduação<br />

A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

Exemplo<br />

Amplitu<strong>de</strong><br />

SINAL ANALÓGICO<br />

Teoria da Amostragem<br />

Tempo Tempo<br />

11001100<br />

11001011<br />

10011000<br />

Amplitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

cada Amostra<br />

00011001<br />

00011100<br />

00000111<br />

Freqüência <strong>de</strong><br />

amostragem<br />

Sinal transmitido: Amplitu<strong>de</strong> SINAL DIGITAL<br />

1 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0<br />

Tempo<br />

Após a explanação anterior, já conhecemos como o processo <strong>de</strong> digitalização <strong>de</strong> uma sinal<br />

analógico como a voz acontece. Para que isso fosse viável, foram <strong>de</strong>senvolvidos conversores<br />

analógicos/digitais.<br />

8. SISTEMAS ASSÍNCRONOS E SÍNCRONOS<br />

Existem duas formas <strong>de</strong> enviarmos os sinais digitais por uma linha <strong>de</strong> comunicação. O modo<br />

Assíncrono e o modo Síncrono.<br />

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Curso <strong>de</strong> Graduação<br />

A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

O modo assíncrono foi o primeiramente <strong>de</strong>senvolvido, e consiste em enviar informação<br />

precedida por um símbolo <strong>de</strong> início e um símbolo <strong>de</strong> fim. O intervalo entre a recepção <strong>de</strong> uma<br />

informação e outra é imprevisível (esta é a origem do assíncrono). Esta modalida<strong>de</strong> foi criada para<br />

fosse possível um operador enviar informações conforme as mesmas fosse sendo tecladas por um<br />

operador (Caso da telegrafia e do telex). Este modo é interessante para transmissão não velozes,<br />

uma vez que quando maior a velocida<strong>de</strong> menor é o tempo <strong>de</strong> duração <strong>de</strong> um BIT, e quanto menor é o<br />

tempo <strong>de</strong> duração <strong>de</strong> um BIT, maior a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> distorção do mesmo.<br />

O modo síncrono é o recomendado para transmissões velozes. Este é o modo i<strong>de</strong>al<br />

para os circuitos <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong> da Internet, das re<strong>de</strong>s X.25, FrameRelay, <strong>de</strong>ntre<br />

outras. Na transmissão síncrona sempre teremos um conjunto <strong>de</strong> bits que formarão o trem<br />

inicial <strong>de</strong> sincronismo (veja exemplo)<br />

....... SYN SYN STX DADOS ETX BCC SYN SYN .......<br />

SYN – Byte <strong>de</strong> Sincronismo STX – Início do Texto ETX – Fim do Texto BCC – Byte <strong>de</strong> Controle<br />

9. SISTEMAS PDH – PLESÍOCHRONOUS DIGITAL HIERARCHY<br />

A arquitetura PDH ainda é a mais utilizado no mundo, os sistemas PCM estão baseados nesta<br />

estrutura a qual também é conhecida aqui no Brasil como enlaces E1. O sistema brasileiro é o<br />

mesmo adotado pela Europa. Os Estados Unidos (enlaces T1) e o Japão utilizam sistemas próprios.<br />

O sistema E1 implantado no Brasil, obe<strong>de</strong>ce a seguinte hierarquia.<br />

Fig. 9.1<br />

1 2,048 8,448 34,368 139,264<br />

2 Mbps Mbps Mbps Mbps 565 Mbps<br />

30<br />

30 Canais 120 Canais 480 Canais 1920 Canais 7680 Canais<br />

E1 E2 E3<br />

TDM 1 a Or<strong>de</strong>m TDM 2 a Or<strong>de</strong>m TDM 3 a Or<strong>de</strong>m TDM 4 a Or<strong>de</strong>m TDM 5 a Or<strong>de</strong>m<br />

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Hierarquia T1 – Americana<br />

24 canais <strong>de</strong> 64 = 1,544 Mbps 1 a Or<strong>de</strong>m T1<br />

96 canais <strong>de</strong> 64 = 6,312 Mbps 2 a Or<strong>de</strong>m T2 T1 vezes 4<br />

672 canais <strong>de</strong> 64 = 44,736 Mbps 3 a Or<strong>de</strong>m T3 T2 vezes 7<br />

4032 canais <strong>de</strong> 64 = 274,176 Mbps 4 a Or<strong>de</strong>m T4 T3 vezes 6<br />

Os equipamentos que agregam os canais são chamados <strong>de</strong> Multiplexadores. O protocolo que<br />

<strong>de</strong> utilização do meio que estes multiplexadores utilizam é o TDM – Time Division Multiplex, ou em<br />

Português, Multiplexação por Divisão do Tempo. Se necessitamos <strong>de</strong> transmitir 64.000 bits em uma<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> 1 segundo, <strong>de</strong> quanto tempo necessitamos para transmitir 30 canais <strong>de</strong> dados?<br />

A resposta é o mesmo 1 segundo, pois todos as transmissões <strong>de</strong>vem levar apenas 1 segundo para<br />

vencer a distância entre dois pontos. Para estipular a velocida<strong>de</strong> resultante <strong>de</strong> 30 canais no prazo <strong>de</strong><br />

1 segundo, temos que aumentar a velocida<strong>de</strong> 30 vezes, ou seja 2,048 Mbps. Na realida<strong>de</strong> 30 x 64000<br />

resulta <strong>de</strong> 1920 Mbps, a diferença é que 2 canais <strong>de</strong> 64000 são utilizados pelos multiplexadores para<br />

sinalização <strong>de</strong> controle.<br />

Esta hierarquia <strong>de</strong> equipamentos permite que levemos <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> a outra uma gran<strong>de</strong><br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> informação. No caso do TDM <strong>de</strong> maior hierarquia, temos a capacida<strong>de</strong> para<br />

transportar <strong>de</strong> uma única vez, e por um par <strong>de</strong> fibras ópticas, 7680 canais, caso contrário<br />

precisaríamos <strong>de</strong> um cabo <strong>de</strong> 7680 pares <strong>de</strong> fios telefônicos para termos simultaneida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

transmissões entre 2 pontos.<br />

TDM- Time Division Multiplex (Multiplexação por Divisão <strong>de</strong> Tempo) – é uma técnica <strong>de</strong><br />

utilização <strong>de</strong> um meio <strong>de</strong> comunicação, empregada em vários sistemas, sejam eles, telefonia celular,<br />

satélite, dados, etc. O conceito <strong>de</strong> TDM aplicado aos sistemas E1 é o seguinte:<br />

Fig. 9.2<br />

PCM<br />

1<br />

1 1 1 1 1 1 1<br />

A B C D E F G<br />

PCM<br />

2<br />

2 2 2 2 2 2 2<br />

A B C D E F G<br />

125 µs 3,90625 µs<br />

PCM<br />

3<br />

3 3 3 3 3 3 3<br />

A B C D E F G<br />

M<br />

U<br />

X<br />

32 ..... 3 2 1 32 ...... 3 2 1 32 ..... . 3 2 1 .........<br />

G G G G F F F F E E E E<br />

SLOT<br />

PCM<br />

32<br />

32 32 32 32 32 32 32<br />

A B C D E F G<br />

Neste exemplo, notamos que o MUX transfere<br />

cada canal <strong>de</strong> entrada exatamente no mesmo<br />

tempo que cada um ocupa, ou seja, 64 Kbps.<br />

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A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

O equipamento possui 32 canais <strong>de</strong> entrada, por on<strong>de</strong> entram as informações dos canais <strong>de</strong><br />

usuários. Para cada canal será reservado uma janela <strong>de</strong> tempo. Cada canal <strong>de</strong>ste ocupará uma parte<br />

do tempo enviando informações. A figura a 9.2 ajuda a esclarecer o sistema.<br />

Embora este sistema é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> na transmissão <strong>de</strong> sinais, sendo seu ponto forte a<br />

transmissão <strong>de</strong> vários canais em apenas 1 par <strong>de</strong> fibra óptica ou 1 enlace <strong>de</strong> microondas, ele<br />

apresenta um problema. Vamos imaginar um circuito <strong>de</strong> 140 Mbps estabelecido neste sistema, o qual<br />

está instalado entre São Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro. Neste circuito conseguimos passar 1920 canais <strong>de</strong><br />

64 Kbps em cima <strong>de</strong> uma infra-estrutura <strong>de</strong> fibra pequena. O problema acontece quando<br />

necessitamos extrair uma parte <strong>de</strong>stes circuitos <strong>de</strong> 64 Kbps no meio do caminho. Nesta situação<br />

teremos que efetuar toda a <strong>de</strong>multiplexação neste ponto e <strong>de</strong>pois efetuarmos novamente a<br />

multiplexação para recompor os 140 Mbps e seguir em frente. Este tipo <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> nos levaria a<br />

gastar muito em equipamentos e manutenção. Veja figura a seguir:<br />

34 Mbps<br />

Fig. 9.2<br />

140 Mbps<br />

Para<br />

S.Paulo<br />

8 Mbps<br />

2 Mbps<br />

64 Kbps<br />

140 Mbps<br />

Para<br />

R.Janeiro<br />

Um gran<strong>de</strong> problema neste<br />

tipo <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, é a inserção ou<br />

extração <strong>de</strong> um simples<br />

circuito <strong>de</strong> 64 Kbps<br />

Cida<strong>de</strong> situada, no<br />

meio do trajeto<br />

10. SISTEMAS SDH – SYNCHRONOUS DIGITAL HIERARCHY<br />

Os sistemas SDH resolvem um gran<strong>de</strong> problema das re<strong>de</strong>s PDH. A extração e inserção <strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

enlaces, sem que seja necessário efetuar a <strong>de</strong>multiplexação. Esta facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve-se ao fato da re<strong>de</strong><br />

ser puramente síncrona, portanto é possível sabermos on<strong>de</strong> inicia e on<strong>de</strong> termina cada enlace, ou<br />

seja, cada conjunto <strong>de</strong> bits. A concepção <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> re<strong>de</strong> iniciou em estudos no ano <strong>de</strong> 1984, nos<br />

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A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

Estados Unidos. Em 1985 foi publicada a proposta SONET – Synchronous Optical Network. Esta<br />

proposta padronizou o formato dos quadros <strong>de</strong> transmissão, as velocida<strong>de</strong>s e as interfaces ópticas.<br />

Em 1988 o então CCITT publicou as tres primeiras recomendações sobre o SDH. Atualmente<br />

o SONET po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado um sub-padrão do SDH.<br />

Tabela <strong>de</strong> recomendações<br />

STM-1 155,52 Mbps 155 Mbps<br />

STM-4 622,08 Mbps 622 Mbps 4xSTM-1<br />

STM-16 2.488,32 Mbps 2,5 Gbps 16xSTM-1<br />

STM-64 9.953,28 Mbps 10,0 Gbps 64xSTM-1<br />

A taxa <strong>de</strong> transmissão básica dos sistemas SDH é <strong>de</strong> 155,52 Mbps. A estrutura do quadro <strong>de</strong><br />

transmissão <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> re<strong>de</strong> contém 2430 bytes, que duram 125 microsegundos (o mesmo tempo<br />

<strong>de</strong> um canal PCM <strong>de</strong> 64 Kbps). Este quadro está organizado em 270 colunas por 9 linhas.<br />

9 COLUNAS 261 COLUNAS<br />

1 seção <strong>de</strong><br />

overhead<br />

2 (RSOH)<br />

rótulo <strong>de</strong> grupo<br />

3<br />

ponteiros<br />

4<br />

5 seção <strong>de</strong><br />

overhead<br />

6<br />

ÁREA ÚTIL<br />

PARA DADOS<br />

7 (MSOH)<br />

8<br />

9<br />

As primeiras 9 colunas são utilizadas para transmitir informações <strong>de</strong> controle,<br />

gerenciamento e sincronismo, e as <strong>de</strong>mais (261 colunas) são utilizadas para transmitir<br />

informações do usuário.<br />

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TOPOLOGIA DE UMA REDE SDH – STM-1<br />

155 Mbps<br />

1 23 ....... 63<br />

63 canais <strong>de</strong><br />

2 Mbps<br />

155 Mbps<br />

155 Mbps<br />

155 Mbps<br />

1 23 ....... 63<br />

Fig. 10.1<br />

Projeto ROTA NORTE (Porto Seguro – Natal)<br />

(Projeto <strong>de</strong>senvolvido e implantado pela Schahin Cury)<br />

Extensão <strong>de</strong> 1.634Km<br />

Oito lances submarinos<br />

Nove estações terminais<br />

Três enlaces locais terrestres<br />

• Travessia do Rio Sergipe (1,2<br />

km)<br />

• Amplificadores ópticos <strong>de</strong> alta<br />

tecnologia<br />

• Equipamento <strong>de</strong> hierarquia<br />

digital síncrona (SDH)<br />

• Transposição <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> corais,<br />

arrecifes, rochas<br />

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11. Sistemas para Transmissão <strong>de</strong> Dados<br />

11.1 Introdução<br />

Como aconteceu com a telefonia no início , a partir dos anos 60 começaram a aparecer as<br />

re<strong>de</strong>s especializadas em dados. Foram <strong>de</strong>senvolvidas técnicas <strong>de</strong> protocolos <strong>de</strong> comunicação,<br />

equipamentos <strong>de</strong> transmissão/recepção, materiais condutores, etc.<br />

11.2 Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Dados X.25<br />

11.3 Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Dados Frame-Relay<br />

12. Técnicas <strong>de</strong> acesso ao meio<br />

12.1 TDM<br />

12.2 FDM<br />

12.3 SDTM<br />

13. Telefonia Fixa<br />

13.1 Comutação<br />

x.1.1 Introdução<br />

x.2 Plano <strong>de</strong> Numeração<br />

x.3 Protocolos <strong>de</strong> comunicação entre PABXs<br />

x.4 Cálculo <strong>de</strong> tráfego (Erlangs)<br />

x.5 Tarifação<br />

13.2 Transmissão<br />

13.3 Cabeamento Externo (Assinante x Centra Telefônica)<br />

13.4 Normas <strong>de</strong> Perda <strong>de</strong> ligação no assinate P AB<br />

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14. Re<strong>de</strong>s móveis celulares<br />

14.1 Introdução<br />

Sistema <strong>de</strong> telefonia móvel terrestre, também conhecido como telefonia celular, veio<br />

complementar os serviços <strong>de</strong> comunicação por meio da re<strong>de</strong> fixa (ver capítulo yy) e do trunking (ver<br />

capítulo xx). Este tipo <strong>de</strong> sistema conquistou o mundo da comunicação. Des<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 80,<br />

milhões <strong>de</strong> estações foram instaladas pelo mundo. No Brasil o sistema tomou impulso em meados<br />

dos anos 90.<br />

A Telefonia celular aqui no Brasil iniciou com as empresas do Sistema Telebrás<br />

(governamentais) utilizando a Banda A. A banda B foi licenciada para operadoras privadas em<br />

meados <strong>de</strong> 1997. Em 1998 foi completada a privatização das empresas telefônicas aqui no Brasil.<br />

14.2 A tecnologia AMPS<br />

14.3 A Tecnologia TDMA<br />

14.4 A tecnologia CDMA<br />

15. MODEMS<br />

Como estudamos anteriormente, as linhas <strong>de</strong> comunicação foram dimensionadas para trafegar voz, e<br />

a voz humana. Sendo estes sinais analógicos, a energia está distribuída <strong>de</strong> modo não uniforme em<br />

uma faixa <strong>de</strong> freqüências que vai <strong>de</strong> 15 Hz à 15000 Hz. Por questões <strong>de</strong> simplicida<strong>de</strong> e economia, foi<br />

escolhida a faixa <strong>de</strong> voz entre 300 Hz e 3400 Hz, para a construção das linhas telefônicas. É nesta<br />

faixa que concentra-se 85% da inteligibilida<strong>de</strong> e 68% da energia. Como o sinal emitido por um<br />

computador é digital e po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>compor um sinal digital conforme figura a seguir:<br />

A<br />

A<br />

A<br />

π<br />

π<br />

π<br />

2π<br />

2π<br />

2Asenωt<br />

π<br />

2Asenωt + 1 . 2Asen3ωt + 1 . 2Asen5ωt<br />

π 3 π 5 π<br />

2π<br />

23<br />

ONDA<br />

FUNDAMENTAL<br />

2Asenωt + 1 . 2Asen3ωt<br />

π 3 π<br />

t<br />

t<br />

t<br />

COMPOSIÇÃO DA<br />

FUNDAMENTAL<br />

COM 3 o HARMÔNICO<br />

COMPOSIÇÃO DA<br />

FUNDAMENTAL<br />

COM 3 o E 5 o<br />

HARMÔNICOS


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A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

Como po<strong>de</strong>mos observar, quanto mais harmônicas ímpares incluirmos no sinal fundamental,<br />

estaremos aproximando o sinal a uma onda quadrada. Para po<strong>de</strong>rmos Ter um sinal digital perfeito<br />

seria necessário termos uma banda passante infinita, pois seria necessário incluirmos muitas<br />

freqüências ímpares ao sinal fundamental. Como os sistemas telefônicos foram construídos para<br />

barrar as freqüências acima <strong>de</strong> 3400 Hz, não po<strong>de</strong>mos injetar um sinal digital diretamente na re<strong>de</strong><br />

telefônica, pois este sinal chegaria ao <strong>de</strong>stino completamente distorcido, e o receptor não saberia<br />

distinguir o “0” do “1”.<br />

1 0 0 1 1 0 1 0 0<br />

SINAL DIGITAL<br />

INJETADO NA<br />

LINHA<br />

SINAL QUE É<br />

RECEBIDO NO<br />

RECEPTOR<br />

Além dos problemas citados anteriormente as linhas telefônicas possuem outras limitações.<br />

Estas limitações são <strong>de</strong>correntes à existência <strong>de</strong> resistências, capacitâncias e indutâncias ao longo<br />

da fiação e circuitos comutadores, amplificadores e multiplexadores. Estas distorções po<strong>de</strong>m ser<br />

<strong>de</strong>finidas como:<br />

• DISTORÇÕES DE AMPLITUDE<br />

Componentes resistivos + Capacitivos e Indutivos à Degeneração do sinal.<br />

Se não for mantida <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> certos limites, po<strong>de</strong> inviabilizar a transmissão.<br />

• RUÍDOS<br />

Ruído branco: Cobre a faixa <strong>de</strong> freqüências <strong>de</strong> zero a infinito.<br />

Causa: movimento aleatório <strong>de</strong> elétrons nos átomos do material constituinte das linhas e<br />

dos equipamentos eletrônicos intermediários à transmissão.<br />

Ruído impulsivo: Apresenta-se na forma <strong>de</strong> pulsos, e é causado por interferências<br />

atmosféricas, comutações nas centrais telefônicas e induções <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> <strong>de</strong>scargas na re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

transmissão <strong>de</strong> energia elétrica.<br />

• ECO<br />

Parte do sinal transmitido retorna ao receptor através da bobina híbrida, utilizada para converter a<br />

linha do assinante (2 fios) em linha utilizada pelas centrais (4 fios).<br />

Dispositivos supressores à Interrompe a transmissão em um dos sentidos enquanto o outro está<br />

transmitindo. (Ruim para mo<strong>de</strong>msàSemi-Duplex).<br />

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Existem várias técnicas <strong>de</strong> modulação, a seguir estudaremos algumas:<br />

Como já vimos anteriormente as técnicas <strong>de</strong> modulação po<strong>de</strong>m ser for Amplitu<strong>de</strong>, Freqüência, fase,<br />

ou uma combinação <strong>de</strong>stas.<br />

0 1 0 0 1 0 1 1 0<br />

SINAL<br />

MODULANTE<br />

PORTADORA<br />

SINAL<br />

MODULADO EM<br />

AMPLITUDE<br />

SINAL<br />

MODULADO EM<br />

FREQÜÊNCIA<br />

Todas as freqüências mostradas nas figuras anteriores <strong>de</strong>vem estar contidas na faixa <strong>de</strong> 300 Hz à<br />

3400 Hz, para que o sinal possa passar pela re<strong>de</strong> telefônica sem sofrer alterações (Corte das<br />

freqüências altas pelos sistemas <strong>de</strong> transmissão.<br />

TÉCNICAS MULTINÍVEL<br />

Estas técnicas são atualmente as mais utilizadas, pois possibilitam uma maior velocida<strong>de</strong> na<br />

transmissão, expresa em BPS-Bits Por Segundo, uma vez que não po<strong>de</strong>mos aumentar a faixa <strong>de</strong><br />

freqüências para po<strong>de</strong>rmos aumentar a taxa <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>.<br />

DIBIT: Modulação da Fase da portadora 1baud = 2 bits.<br />

TRIBIT: Modulação da Fase da portadora 1baud = 3bits.<br />

QAM TETRABIT: Modulação da Fase e Amplitu<strong>de</strong> da portadora 1baud=4bits.<br />

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Quadribit Fase Amplitu<strong>de</strong><br />

0 0 0 1 0 o 3<br />

0 0 0 0 45 o √2<br />

0 0 1 0 90 o 3<br />

0 0 1 1 135 o √2<br />

0 1 1 1 180 o 3<br />

0 1 1 0 225 o √2<br />

0 1 0 0 270 o 3<br />

0 1 0 1 315 o √2<br />

1 1 0 1 315 o 3√2<br />

1 1 0 0 270 o 5<br />

1 1 1 0 225 o 3<br />

1 1 1 1 180 o 5<br />

1 0 1 1 135 o 3√2<br />

1 0 1 0 90 o 5<br />

1 0 0 0 45 o 3√2<br />

1 0 0 1 0 o 5<br />

Os mo<strong>de</strong>ms são divididos em categorias, <strong>de</strong>finidas pelo ITU – International Telecomunications<br />

Union, órgão responsável pela padronização (antigo CCITT – Comitê Consultivo Internacional <strong>de</strong><br />

Telefonia e Telegrafia).<br />

• V.22, V.22 bis – 1200 e 2400 bps / síncrono e assíncrono, full duplex, sobre dois fios <strong>de</strong>dicados<br />

ou <strong>de</strong> discagem. Acomoda os equipamentos encontrados na típica re<strong>de</strong> "híbrida" <strong>de</strong> hoje:<br />

mainframes e terminais síncronos, e PC's assíncronos.<br />

• V.25, V.25 bis - Discagem automática e circuitação <strong>de</strong> resposta para uso em linhas <strong>de</strong> discagem<br />

direta.<br />

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• V.32 – 9600 (4800)bps / síncrono e assíncrono, full-duplex sobre discagem direta <strong>de</strong> 2 fios, ou <strong>de</strong><br />

linhas <strong>de</strong>dicadas <strong>de</strong> 2/4 fios. Primeiro padrão universal.<br />

• V.32 bis – 14400 (12000, 9600, 7200, 4800)bps / síncrono e assíncrono, full-duplex sobre linhas<br />

<strong>de</strong>dicadas ou <strong>de</strong> discagem sobre dois fios.<br />

Training – negociação na conexão. (taxa <strong>de</strong> transmissão)<br />

Retraining – negociação durante a conexão. (redução da velocida<strong>de</strong>)<br />

• V.33 – 14000 (12000)bps / assíncrono, full-duplex, sobre linhas <strong>de</strong>dicadas <strong>de</strong> 4 fios.<br />

• V.34 – 28,8 a 2,4 kbps / síncrono e assíncrono, full-duplex, sobre dois fios, e linhas <strong>de</strong>dicadas<br />

com queda automática para os mo<strong>de</strong>ms compatíveis menos potentes, tais como V.32 bis, V.32, e<br />

V.22 bis.<br />

• V.35 - é um padrão internacional <strong>de</strong>nominado "Transmissão <strong>de</strong> Dados em 48 Kbps Utilizando<br />

Circuitos Group Band <strong>de</strong> 60-108 KHz." Ele é normalmente usado para ambientes que fazem a<br />

interface com uma portadora digital <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong>.<br />

• V.90 56kbps - É baseada em um conceito totalmente diferente dos mo<strong>de</strong>ms V.34 largamente<br />

usados em conexões casa-a-casa. Ela toma vantagem da atual explosão <strong>de</strong> acesso a Internet,<br />

criando uma nova topologia <strong>de</strong> conexão on<strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>m do usuário final conecta por uma linha<br />

telefônica analógica em um mo<strong>de</strong>m <strong>de</strong> servidor que é diretamente ligado a uma re<strong>de</strong> telefônica<br />

digital via T1 ou linha PRI. Esse novo tipo <strong>de</strong> conexão po<strong>de</strong> portanto ser <strong>de</strong>finida como uma<br />

conexão casa-Provedor <strong>de</strong> Internet. Esta conexão só é possível caso a Central Telefônica do<br />

Cliente seja CPA.<br />

16. Notações<br />

TERA 10 12<br />

GIGA 10 9<br />

MEGA 10 6<br />

KILO 10 3<br />

MILI 10 -3<br />

MICRO 10 -6<br />

PICO 10 -9<br />

NANO 10 -12<br />

FEMTO 10 -15<br />

ATO 10 -18<br />

17. Unida<strong>de</strong>s<br />

Hz (Hertz) - Freqüência<br />

Bps (Bits por Segundo) – Velocida<strong>de</strong> em linha <strong>de</strong> transmissão<br />

dB (Decibel) - Relação logarítimica entre a potência <strong>de</strong> entrada e potência <strong>de</strong> saída<br />

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A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES<br />

18. Bibliografia<br />

Vicente Soares Neto; Sistema Móvel e Telefonia Celular – Tópicos Avançados; Editora Érica, 1997<br />

Luis Javier Ojeda; TV Via Satélite; Editorial Paraninfo Madrid Espanha; 1992<br />

Guilherme Costa Cardoso; Estações Terrenas para TV Via Satélite; Editora Érica; 1996<br />

Donald H. Hamsher; Sistemas <strong>de</strong> Telecomunicações; Editora Guanabara Dois; 1980<br />

Vicente Soares Neto, Tulio Manuel F. Rattes, Roberto Correa da Silva e José Correa da Silva;<br />

Telefonia em Sistemas Locais – Tópicos Avançados; Editora Érica; 1998<br />

Lloyd Temes; Princípios <strong>de</strong> Telecomunicações; Editora McGraw-Hill; 1990<br />

Jorge Luis da Silveira; Comunicação <strong>de</strong> Dados e Sistemas <strong>de</strong> Teleprocessamento; Makron Books;<br />

1991<br />

Luiz Alves; Comunicação <strong>de</strong> Dados; Makron Books; 1992<br />

Ovídio Barradas; Você e as Telecomunicações; Editora Interciência; 1995<br />

M. Sánchez e J.A.Corbelle; Transmissão Digital e Fibras Ópticas; Makron Books; 1994<br />

Alci<strong>de</strong>s Ta<strong>de</strong>u Gomes; Telecomunicações – Transmissão, Recepçao AM-FM-Sistemas Pulsados;<br />

Editora Érica; 1991<br />

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