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Bandeira branca à vista

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Re<strong>vista</strong><br />

Nº 80<br />

Dezembro/Janeiro 2016<br />

Sindicato do Comércio<br />

Varejista de Derivados<br />

de Petróleo no Estado<br />

de Minas Gerais<br />

Fechamento autorizado<br />

Pode ser aberto pela Ect<br />

<strong>Bandeira</strong> <strong>branca</strong> <strong>à</strong> <strong>vista</strong><br />

Altos custos na compra de combustíveis enfraquecem a relação<br />

entre revendedor e distribuidora. A desvinculação<br />

da marca pode ser a solução do problema<br />

Página 12


2


Nº 80 – Dezembro/Janeiro 2016<br />

Mensagem do Presidente<br />

Perseverança é a<br />

palavra-chave para 2016<br />

Acada ano que começa,<br />

inicia-se um novo ciclo.<br />

São novas perspectivas,<br />

ideias, sonhos e realizações<br />

para alcançar, sempre<br />

com o compromisso,<br />

com nós mesmos, de sermos melhores<br />

do que fomos no ano que está terminando.<br />

Isso vale para todas as áreas<br />

de nossas vidas: com família, amigos,<br />

trabalho e saúde.<br />

Uma palavra que sempre faz parte<br />

da minha vida é “perseverança”,<br />

que pode ser substituída por sinônimos<br />

como ato de “firmeza, consistência<br />

e obstinação”. Firmeza para<br />

liderar com sabedoria, consistência<br />

para seguir fazendo o nosso melhor<br />

e obstinação para sempre buscar o<br />

aperfeiçoamento, independentemente<br />

das adversidades que apareçam.<br />

Como representante de um segmento<br />

tão importante para a economia<br />

do Estado, sei que as notícias não<br />

têm sido animadoras e que a crise<br />

que chegou ao nosso setor em 2015<br />

pode se agravar ainda mais em 2016,<br />

mas depende de nós buscar os meios<br />

para superarmos essas adversidades.<br />

Eu me recuso a cruzar os braços e ver<br />

o Brasil ser assaltado, enquanto os<br />

nossos negócios mínguam e, pior, são<br />

tratados na imprensa como vilões,<br />

sob o argumento de praticarmos “aumentos<br />

abusivos”.<br />

Porém, a mídia deixa de mostrar o<br />

real funcionamento dessa cadeia produtiva,<br />

em que os verdadeiros responsáveis<br />

pelo atual sobrepreço dos combustíveis<br />

são o governo, o Estado e os usineiros.<br />

Esses são os protagonistas do aumento<br />

exagerado desse valor. Enquanto isso,<br />

além de sofrermos com a diminuição de<br />

nossas margens, ainda somos culpados<br />

por esse cenário? NÃO! Estamos entre os<br />

setores mais importantes da economia<br />

brasileira e somos o que mais arrecada<br />

impostos para o Estado.<br />

É por isso, revendedor, que peço<br />

que continue acreditando em seu empreendimento<br />

e nas boas oportunidades<br />

que aparecem nos momentos de<br />

crise. Quem trabalha com vontade e<br />

otimismo enxerga novas possibilidades<br />

onde os outros não veem e sente<br />

menos os efeitos de uma economia<br />

fraca, em recessão.<br />

Em 2016, entro em meu terceiro<br />

ano como presidente do Minaspetro.<br />

Conquistamos muitas coisas boas<br />

nesse período, mas ainda há muito<br />

por fazer e sei que, juntos, podemos ir<br />

mais longe. A sua participação efetiva<br />

e o seu desejo de mudança são o que<br />

nos move. É a partir da apresentação<br />

das dificuldades e das ideias que a Revenda<br />

de todo o Estado compartilha<br />

conosco, diariamente, que direcionamos<br />

nossos esforços e estratégias.<br />

Por isso, convido-o a se envolver,<br />

ainda mais, no dia a dia do Sindicato.<br />

Dispomos de diversas ferramentas<br />

que visam <strong>à</strong> comunicação entre Minaspetro<br />

e revendedor e que são fundamentais<br />

para que a entidade esteja<br />

alinhada e integrada <strong>à</strong> realidade enfrentada<br />

pelos empresários, em cada<br />

canto deste enorme Estado.<br />

Este ano que começa será marcado<br />

pela realização de mais um Ciclo de<br />

Congressos Regionais do Minaspetro,<br />

que chega <strong>à</strong> sua 11ª edição. Esperamos<br />

fazer um evento ainda melhor e que<br />

possa proporcionar <strong>à</strong> Revenda do interior,<br />

além de uma atualização do segmento,<br />

novas ideias para o seu negócio.<br />

Grandes nomes como o ex-ministro da<br />

Fazenda Maílson da Nóbrega e o administrador<br />

e escritor Max Gehringer já<br />

são presenças confirmadas nos cinco<br />

eventos que serão promovidos em todas<br />

as regiões de Minas Gerais.<br />

Em nome de toda a equipe de colaboradores,<br />

advogados e diretores do<br />

Minaspetro, desejo a você, revendedor,<br />

a sua família, amigos e funcionários<br />

um ótimo Fim de Ano e um Feliz<br />

2016. Que os seus desejos se realizem<br />

e que você tenha a firmeza para continuar<br />

trabalhando e perseverando!<br />

Boa leitura!<br />

Carlos Guimarães Jr.<br />

Presidente do Minaspetro<br />

carlos@minaspetro.com.br<br />

3


DIRETORIA<br />

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados<br />

de Petróleo no Estado de Minas Gerais<br />

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados<br />

de Petróleo no Estado de Minas Gerais<br />

Sede: Rua Amoroso Costa, 144, Santa Lúcia<br />

CEP 30350-570 – Belo Horizonte/MG<br />

Tel.: (31) 2108-6500<br />

Fax: (31) 2108-6547<br />

Diretoria Minaspetro<br />

Presidente:<br />

Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior<br />

Primeiro Vice-Presidente:<br />

João Victor Carneiro de Rezende Renault<br />

Segundo Vice-Presidente:<br />

Paulo Miranda Soares<br />

Primeiro Secretário:<br />

Bráulio Baião Barbosa Chaves<br />

Segundo Secretário:<br />

Bruno Henrique Leite Almeida Alves<br />

Primeiro Tesoureiro:<br />

Fernando Antônio de Azevedo Ramos<br />

Segundo Tesoureiro:<br />

Rodrigo Costa Mendes<br />

Diretores de Áreas Específicas<br />

Diretor de Relações Trabalhistas:<br />

Mauricio da Silva Vieira<br />

Diretor de Lojas de Conveniência:<br />

Felipe Campos Bretas<br />

Diretor de Postos de Rodovia:<br />

Wagner Carvalho Villanueva<br />

Diretor de Postos Próprios de Distribuidoras:<br />

Flávio Marcus Pereira Lara<br />

Diretores Regionais<br />

Márcio Croso Soares (Belo Horizonte)<br />

Carlos Roberto de Sá (Caratinga)<br />

Juvenal Cabral Nunes Junior Machado<br />

(Contagem)<br />

Roberto Rocha (Divinópolis)<br />

Vilmar Rios Dias Júnior<br />

(Governador Valadares)<br />

Marco Antônio Alves Magalhães (Ipatinga)<br />

Genilton Cícero Machado (João Monlevade)<br />

Carlos Alberto Lima Jacametti (Juiz de Fora)<br />

Marcos Abdo Samia (Lavras)<br />

Gildeon Gonçalves Durães (Montes Claros)<br />

José Rabelo de Souza Junior (Paracatu)<br />

Carlos Roberto da Silva Cavalcante (Passos)<br />

Moisés Elmo Pinheiro (Patos de Minas)<br />

Fábio Aguinaldo da Silva (Poços de Caldas)<br />

Luiz Anselmo Rigotti (Pouso Alegre)<br />

Wellington Luiz do Carmo (Sete Lagoas)<br />

Leandro Lorentz Lamego (Teófilo Otoni)<br />

Jairo Tavares Schiavon (Ubá)<br />

José Antonio Nascimento Cunha (Uberaba)<br />

Jairo José Barbosa (Uberlândia)<br />

Leandro Lobo Motteram (Varginha)<br />

Conselho Fiscal<br />

Membros Efetivos:<br />

Bernardo Farnezi Gontijo<br />

Humberto Carvalho Riegert<br />

Rogério Lott Pires<br />

4<br />

Membros Suplentes:<br />

Cássia Barbosa Soares<br />

Leonardo Lemos Silveira<br />

Paulo Eduardo Rocha Machado<br />

Diretores Adjuntos:<br />

André Werneck Mendes Guimarães<br />

Adriano Jannuzzi Moreira<br />

Silvio Lima<br />

Gerente Administrativo-Financeira<br />

Márcia Viviane Nascimento<br />

Departamento Administrativo<br />

Adriana Soares<br />

Élcia Maria de Oliveira<br />

Gislaine Carvalho<br />

Luciana Franca<br />

Poliana Gomides<br />

Raphaela Dutra Nascimento<br />

Rita de Cássia do Nascimento<br />

Silvério Andrade<br />

Departamento de Expansão e<br />

Apoio ao Revendedor<br />

Esdras Costa Reis<br />

Gustavo Lopes Masculi<br />

João Márcio Cayres<br />

Júlio César Moraes<br />

Marcelo Rocha Silva<br />

Marco Antônio da Rocha<br />

Oriolo de Araújo França<br />

Priciane Nobre<br />

Ricardo Donizetti<br />

Departamento de Comunicação<br />

Geisa Brito<br />

Stenyo Fonseca<br />

Departamento Jurídico<br />

Cível/Comercial<br />

Flávia Lobato<br />

Arthur Villamil Martins<br />

Mariana Cerizze<br />

Priscila Foureax<br />

Metrológico<br />

Simone Marçoni<br />

Ana Violeta Guimarães<br />

Trabalhista<br />

André Luis Filomano<br />

Bruno Abras Rajão<br />

Fabiana Saade Malaquias<br />

Klaiston Soares<br />

Luciana Reis<br />

Rommel Fonseca<br />

Tributário<br />

Gustavo Fonseca<br />

Ambiental<br />

Bernardo Souto<br />

Lígia Macedo<br />

Sindical<br />

Klaiston Soares<br />

Advogados Regionais<br />

Governador Valadares:<br />

Wallace Eller Miranda<br />

Montes Claros: Hércules H. Costa Silva<br />

Poços de Caldas: Moreira Braga e Neto<br />

Advogados Associados<br />

Juiz de Fora: Moreira Braga e<br />

Neto Advogados Associados<br />

Uberlândia: Lira Pontes e Advogados Associados<br />

Uberaba: Luís Gustavo de Carvalho Brazil<br />

Ipatinga: José Edélcio Drumond Alves<br />

Advogados Associados<br />

Varginha: Vitor Comunian<br />

Divinópolis: Luciana Cristina Santos<br />

Teófilo Otoni: Eliene Alves Souza<br />

Sedes Regionais<br />

Caratinga<br />

Governador Valadares<br />

Ipatinga<br />

Montes Claros<br />

Patos de Minas<br />

Pouso Alegre<br />

Uberlândia<br />

Varginha<br />

expediente<br />

• Comitê Editorial: Bráulio Baião B. Chaves, Bruno Henrique Leite Almeida Alves, Carlos Eduardo<br />

Mendes Guimarães Júnior, Cássia Barbosa Soares, Fernando Antônio de Azevedo Ramos,<br />

Flávio Marcus Pereira Lara, Geisa Brito, Rodrigo Costa Mendes e Stenyo Fonseca<br />

• Produção: Prefácio Comunicação • Editora e jornalista responsável: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP)<br />

• Redação: Guilherme Barbosa e Lilian Lobato • Projeto gráfico: Tércio Lemos<br />

• Rua Dr. Sette Câmara, 75 • CEP: 30380-360 • Tel.: (31) 3292-8660 - www.prefacio.com.br<br />

• Impressão: Paulinelli Serviços Gráficos<br />

• As opiniões dos artigos assinados e as informações dos anúncios não são responsabilidade da<br />

Re<strong>vista</strong> ou do Minaspetro.<br />

• Para ser um anunciante, solicite uma proposta pelo telefone (31) 2108-6500 ou pelo e-mail<br />

ascom@minaspetro.com.br.<br />

• Sede Minaspetro: (31) 2108-6500 e 0800-005-6500 (interior).<br />

www.minaspetro.com.br – minaspetro@minaspetro.com.br


SUMÁRIO<br />

12<br />

Será<br />

a volta da<br />

bandeira <strong>branca</strong>?<br />

Editorial 3<br />

As formas de bonificação de contrato 6<br />

Como é definido o PMPF? 7<br />

8<br />

Minaspetro integra<br />

grupo de trabalho<br />

para otimização da<br />

logística urbana<br />

O perfil do profissional do posto 10<br />

O reúso da água pelos postos 18<br />

Falha no sistema de abastecimento<br />

prejudica a Revenda 20<br />

Gotas 24<br />

23<br />

Combatendo<br />

fraudes<br />

Ciclo de Congressos 25<br />

Tabela 26<br />

5


Jurídico<br />

Nº 80 – Dezembro/Janeiro 2016<br />

Bonificação de contrato<br />

merece atenção<br />

Antecipada ou por desempenho: os dois modelos geram dúvidas<br />

Muitos revendedores,<br />

possivelmente, já<br />

ouviram falar das<br />

formas de bonificação<br />

de contrato das distribuidoras<br />

de combustíveis. O assunto<br />

merece atenção, visto que<br />

influencia a vida financeira do<br />

posto. Existem contrapartidas a<br />

serem negociadas, e o empresário<br />

precisa estar ciente das cláusulas<br />

estipuladas em contrato,<br />

para que problemas futuros sejam<br />

evitados.<br />

Existem duas formas de bonificação.<br />

A antecipada é paga<br />

pelas companhias, geralmente<br />

após assinatura da documentação,<br />

como contrapartida ao<br />

cumprimento integral do contrato<br />

de fornecimento. Caso este<br />

não seja cumprido, o revendedor<br />

deverá devolver, ao final do<br />

prazo estabelecido, o montante<br />

recebido. Em muitos casos,<br />

imóveis podem ser dados como<br />

garantia <strong>à</strong> distribuidora. Vale<br />

ressaltar que os valores retornados<br />

<strong>à</strong> companhia dependerão do<br />

que foi previsto em contrato.<br />

Já a bonificação por desempenho<br />

é dividida em parcelas,<br />

pagas ao longo do acordo. Assim,<br />

o revendedor recebe o valor de<br />

contrato conforme o cumprimento<br />

dos volumes previstos<br />

para cada parcela, por período.<br />

Também é exigido que todas as<br />

obrigações contratuais sejam<br />

cumpridas integralmente.<br />

Existem vantagens e desvantagens<br />

nos dois tipos de bonificação.<br />

Para o empresário que<br />

está descapitalizado, a antecipação<br />

pode contribuir para que<br />

investimentos sejam realizados<br />

e até para elevar o faturamento.<br />

No entanto, é preciso ter cuidado<br />

em cumprir as cláusulas para<br />

que não seja necessário devolver<br />

todo o recurso financeiro ou até<br />

entregar o imóvel dado anteriormente<br />

como garantia.<br />

Já a bonificação por desempenho<br />

não exige o imóvel como<br />

garantia, e o revendedor não fica<br />

ligado <strong>à</strong> distribuidora durante<br />

todo o tempo de acordo. É possível<br />

flexibilizar esse desligamento<br />

nas cláusulas estabelecidas.<br />

Embora o dono do posto não<br />

tenha todo o capital em mãos, a<br />

desvinculação não compromete<br />

o recebimento das parcelas já<br />

cumpridas.<br />

Implicações jurídicas<br />

A bonificação é um ingresso<br />

de receita no posto de<br />

combustível como outra qualquer<br />

e está sujeita <strong>à</strong>s exigências<br />

tributárias incidentes.<br />

Há variações que dependerão,<br />

exclusivamente, do regime<br />

de apuração do Imposto de<br />

Renda (IR) e da Contribuição<br />

Social sobre o Lucro Líquido<br />

(CSLL). Se é lucro real, ela<br />

suportará incidência de PIS<br />

e Cofins no ato do crédito ao<br />

posto, com alíquotas de 1,65%<br />

e 7,6%. Caso a opção seja pelo<br />

lucro presumido, as alíquotas<br />

serão de 0,65% e 3%, respectivamente.<br />

Vale destacar que, nesses<br />

acordos, a distribuidora disponibiliza<br />

o crédito impondo<br />

ao revendedor a obrigação de<br />

devolvê-lo caso não cumpra<br />

as cotas de volume de combustível<br />

comercializado. Com<br />

isso, a empresa destinatária<br />

da bonificação vai adquirir<br />

a titularidade jurídica desse<br />

montante somente quando<br />

cumprir a condição contratual.<br />

Como consequência, o<br />

empresário terá que oferecer<br />

os valores relativos <strong>à</strong> bonificação<br />

se e quando cumprir a<br />

condição, postergando para o<br />

fim do contrato, portanto, o<br />

momento do recolhimento do<br />

IR e da CSLL.<br />

6


Nº 80 – Dezembro/Janeiro 2016<br />

Tributação<br />

De olho no impacto do PMPF<br />

Como é o cálculo desse imposto que é de interesse de todos da Revenda<br />

Ele aumenta o custo dos combustíveis e afeta<br />

a Revenda. O Preço Médio Ponderado Final<br />

(PMPF) corresponde ao valor de referência para<br />

o cálculo do ICMS de Substituição Tributária,<br />

que, nas vendas de gasolina e óleo diesel, consiste na<br />

responsabilidade das refinarias de reter e recolher o<br />

ICMS incidente nas operações de comercialização das<br />

distribuidoras e dos postos. Já no caso do etanol, se<br />

manifesta na retenção e no recolhimento pela distribuidora<br />

do ICMS devido pela Revenda.<br />

Isalice Galvão Marinho, economista da Fecombustíveis,<br />

ressalta suas implicações. “Os reajustes no PMPF<br />

elevam o ICMS de Substituição Tributária e, com isso,<br />

aumentam o preço de custo do produto”, diz. Desse<br />

modo, oscilações no PMPF afetarão a Revenda na medida<br />

em que as distribuidoras repassarem as variações<br />

no ICMS provenientes de mudanças do preço médio.<br />

Os governos estaduais realizam, a cada 15 dias,<br />

uma pesquisa de preços em postos de combustíveis.<br />

A partir desse levantamento, é definido um valor médio<br />

desses produtos em cada Estado, que passa a ser<br />

considerado a base para o recolhimento do ICMS. O<br />

resultado desse estudo é publicado no Diário Oficial,<br />

pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz),<br />

e é denominado Ato Cotepe/PMPF, que pode ou<br />

não apresentar, a cada publicação quinzenal, mudanças<br />

no preço para a tributação.<br />

Na divulgação, por exemplo, feita em 9 de novembro,<br />

o Governo de Minas Gerais apontou alta do preço<br />

usado para cobrança do ICMS da gasolina, do diesel<br />

e do etanol, que passou a valer em 16 de novembro.<br />

Como o preço no mercado de combustíveis é livre, o<br />

Minaspetro não mensura se as mudanças da base de<br />

recolhimento do ICMS dos produtos terão ou não impacto<br />

nos valores finais (na bomba).<br />

Entenda o PMPF<br />

O que é o PMPF?<br />

O Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final<br />

corresponde ao valor de referência para o cálculo<br />

do ICMS de Substituição Tributária.<br />

Por que o PMPF pode mudar a cada 15 dias?<br />

O Convênio ICMS 110/2007, que dispõe sobre o<br />

regime de substituição tributária dos combustíveis<br />

e dos lubrificantes, estabelece que os Estados<br />

devem informar as alterações no PMPF ao Confaz<br />

(responsável pela publicação do Ato Cotepe).<br />

Como é definido o PMPF?<br />

O PMPF é definido pelas Secretarias Estaduais de<br />

Fazenda a partir de pesquisas de preços realizadas<br />

pelas referidas entidades, com base em<br />

determinada amostra de postos revendedores,<br />

não sendo considerados os valores de promoção,<br />

assim como aqueles submetidos a qualquer tipo<br />

de comercialização privilegiada.<br />

7


Mobilidade urbana Nº 80 – Dezembro/Janeiro 2016<br />

Sindicato faz parte de<br />

comissão que discute<br />

logística urbana<br />

Documento entregue <strong>à</strong>s autoridades da PBH e da BHTrans propõe a<br />

implantação de medidas que facilitem o transporte de carga na capital<br />

Quando se fala em mobilidade urbana,<br />

a primeira ideia que vem <strong>à</strong> mente é o<br />

transporte público de qualidade, trânsito<br />

fluido, ciclovias e mais segurança para os<br />

pedestres. No entanto, um fator importante para a<br />

logística da cidade e que está inserido nesse contexto,<br />

mas que é constantemente negligenciado, é<br />

o abastecimento do comércio e do setor produtivo.<br />

Imagine ir a um supermercado e não encontrar<br />

os produtos que deseja; chegar a uma loja de roupas<br />

e não encontrar calças e blusas; ir a um restaurante<br />

e não poder comer seu prato favorito. Nessa<br />

realidade está inserida, também, a Revenda, que,<br />

com as regras restritivas de circulação de caminhões<br />

em determinados horários e pontos da cidade,<br />

acaba sendo prejudicada pela dificuldade do<br />

frete de chegar ao estabelecimento.<br />

Ciente da importância de se debater o tema, a<br />

diretoria do Minaspetro, representada por Bráulio<br />

Chaves, esteve na CDL-BH, no final de novembro,<br />

em um evento organizado pelo Sindicato das<br />

Empresas de Transportes de Carga do Estado de<br />

Minas Gerais (Setcemg). Na ocasião, foi entregue<br />

<strong>à</strong> Prefeitura de Belo Horizonte e <strong>à</strong> BHTRANS um<br />

documento que propõe mudanças no deslocamento<br />

de cargas no hipercentro da capital. “O posto de<br />

combustível é uma empresa que possui risco de<br />

acidentes por trabalhar com produtos inflamáveis.<br />

Por isso, é necessário que os estoques funcionem<br />

na menor escala possível. Assim, qualquer mudança<br />

na logística de abastecimento compromete a<br />

rotina de trabalho do revendedor”, explica Bráulio.<br />

Propostas<br />

As Propostas do Setor Produtivo Privado, como<br />

foi batizado o documento, prevê um Conselho Deliberativo<br />

para analisar e, possivelmente, executar<br />

8


as ações de logística urbana em conjunto com a BHTRANS. Dentro<br />

dessa estrutura, a ideia é criar um Conselho Paritário, formado por<br />

seis câmaras subdivididas em segmentos de cargas, como o transporte<br />

de alimentos e o de combustíveis, o que mais interessa ao Sindicato.<br />

O documento tem propostas de implantação em curto prazo<br />

(implantação e execução até 2016), médio prazo (até 2018) e diretrizes<br />

de longo prazo (até 2020).<br />

“São ideias viáveis que estão sendo estudadas e trabalhadas há<br />

seis anos. A BHTRANS já se mostrou aberta, colocando alguns pontos<br />

da política de logística urbana em consulta pública. Temos muita confiança<br />

de que muitos aspectos propostos podem ser implementados,<br />

pois são muito importantes para um ambiente de negócios saudável<br />

na cidade”, disse Luciano Medrado, consultor técnico do Setcemg.<br />

Para se ter uma noção da importância do tema, os caminhões são<br />

responsáveis por cerca de 65% da movimentação de cargas no Brasil,<br />

oriundos das indústrias. Em grandes centros urbanos, esse transporte<br />

é feito quase 100% por veículos pesados, que fazem os produtos<br />

chegarem <strong>à</strong>s mãos dos consumidores.<br />

Assessoria de Imprensa CDL-BH<br />

Evento na CDL-BH reuniu os<br />

representantes de vários segmentos<br />

da economia; o diretor Bráulio Chaves<br />

compareceu pelo Minaspetro<br />

9


Gestão de pessoas<br />

Nº 80 – Dezembro/Janeiro 2016<br />

O profissional se<br />

enquadra <strong>à</strong> vaga?<br />

Colaborador do posto é quem lida diretamente com o cliente, por isso<br />

a contratação certeira é importante para o sucesso do negócio<br />

Contratar pessoas tem-<br />

-se tornado uma tarefa<br />

cada vez mais<br />

difícil nos postos de<br />

combustíveis. Muitas vezes,<br />

o empresário aposta no profissional,<br />

passa alguns meses<br />

contando com seu trabalho, e,<br />

pouco tempo depois, o empregado<br />

já não se ajusta ao ambiente.<br />

Para evitar transtornos,<br />

durante o processo seletivo, é<br />

preciso ficar atento ao perfil<br />

do profissional e buscar candidatos<br />

que realmente sejam<br />

condizentes com as vagas disponíveis.<br />

Comprometimento<br />

e responsabilidade, como em<br />

qualquer área, são aspectos<br />

primordiais no setor.<br />

Os empregados de um posto<br />

são a espinha dorsal do<br />

negócio. São eles que estão<br />

na linha de frente e que vão<br />

lidar diretamente com o cliente,<br />

seja no pátio ou na loja de<br />

conveniência. Daí a importância<br />

de investir tempo no<br />

processo de contratação, sobretudo<br />

na fase de entre<strong>vista</strong>s.<br />

É por meio das pequenas<br />

atitudes dos candidatos que o<br />

empregador percebe se ele se<br />

anuncio plumas 20x5 final.pdf 1 18/08/2015 08:23:49<br />

enquadra ou não ao seu estabelecimento<br />

e <strong>à</strong> vaga.<br />

No entanto, até chegar ao<br />

processo de seleção, o empresário<br />

e sua equipe de Recursos<br />

Humanos devem avaliar<br />

alguns pontos. Primeiramente,<br />

é preciso ter a clareza do que<br />

estão buscando para a vaga.<br />

É fundamental ter a definição<br />

exata sobre o que o estabelecimento<br />

precisa e qual o perfil<br />

a ser preenchido. Quais são as<br />

competências que um frentista<br />

precisa ter? E as habilidades<br />

necessárias? É preciso ter experiência<br />

prévia ou você está<br />

disposto a treiná-lo?<br />

As respostas para essas e<br />

outras perguntas vão definir o<br />

10


Como<br />

contratar bons<br />

profissionais<br />

tipo exato de profissional a ser<br />

buscado. Quando o revendedor<br />

sabe exatamente o que procura,<br />

fica mais fácil fazer as<br />

perguntas certas e identificar<br />

se o perfil profissional condiz<br />

ou não com aquela vaga. Esse<br />

procedimento, embora pareça<br />

simples, faz toda a diferença e<br />

evita problemas futuros.<br />

Uma atitude importante<br />

nesse processo é deixar claro<br />

para o candidato quais são<br />

as funções a serem desempenhadas<br />

diariamente. Isso evita<br />

que o profissional acabe se<br />

frustrando ao perceber que o<br />

trabalho não é o que esperava.<br />

Esse também é o momento de<br />

dizer a ele o que não pode faltar<br />

na rotina, como pontualidade,<br />

por exemplo.<br />

Conhecer as expectativas<br />

do entre<strong>vista</strong>do é passo essencial<br />

no processo. O que é, para<br />

ele, trabalhar em um posto de<br />

combustíveis? No caso de um<br />

frentista, o que espera do dia a<br />

dia com os clientes? Quais são<br />

suas pretensões salariais? Saber<br />

essas respostas dá a possibilidade<br />

de escolher um candidato<br />

que tenha perspectivas<br />

compatíveis com as necessidades<br />

da vaga. Pode parecer<br />

óbvio, mas vale alertar: realmente<br />

ouça o entre<strong>vista</strong>do e<br />

não hesite em fazer perguntas<br />

caso esteja confuso em algum<br />

ponto.<br />

Durante o processo seletivo,<br />

também vale evitar perguntas<br />

muito fechadas ou muito abertas.<br />

Os questionamentos em<br />

uma entre<strong>vista</strong> de emprego devem<br />

sempre buscar um objetivo,<br />

que é o de selecionar um<br />

candidato que tenha o perfil<br />

1<br />

Saiba exatamente<br />

o perfil que procura<br />

para a vaga<br />

disponível.<br />

2<br />

No momento da<br />

entre<strong>vista</strong>, faça as<br />

perguntas certas.<br />

3<br />

Conheça as<br />

expectativas do<br />

candidato e também<br />

apresente quais são<br />

os seus objetivos.<br />

o mais próximo do necessário.<br />

Por isso, não faça perguntas<br />

como: “Quais são suas principais<br />

qualidades?”, “Quais os<br />

pontos você acha que podem<br />

ser melhorados?”.<br />

Acertando na escolha<br />

José Carlos Vidal Bastos, sócio-diretor<br />

da Total Consultoria,<br />

alerta que uma das principais<br />

características do setor de serviços<br />

é que a interação humana<br />

é fundamental para quem deseja<br />

vender. “No caso dos postos<br />

de combustíveis, ao ofertar um<br />

serviço ao cliente, o profissional<br />

está oferecendo mais do que o<br />

item que ele irá utilizar, está<br />

proporcionando uma experiência<br />

completa de interação com<br />

a empresa e a marca. Portanto,<br />

a abordagem correta, a agilidade<br />

no atendimento e a cordialidade<br />

no trato fazem parte do<br />

pacote que o cliente procura,<br />

além do preço e da qualidade<br />

do produto”, explica.<br />

Tendo essa situação como<br />

pano de fundo, o perfil do profissional<br />

de atendimento, segundo<br />

José Carlos, deve levar<br />

em consideração algumas características<br />

básicas. “Gostar<br />

de lidar com pessoas é fundamental,<br />

pois é isso que ele fará<br />

o tempo todo. Ter maturidade<br />

e inteligência emocional para<br />

enfrentar as adversidades do<br />

dia a dia e atender os clientes<br />

mal-humorados também é importante.<br />

Atenção e organização<br />

devem ser consideradas,<br />

uma vez que o profissional<br />

está sujeito a interferências<br />

no seu trabalho, ao mesmo<br />

tempo em que não pode errar<br />

no abastecimento”, avalia.<br />

Para o especialista, na área<br />

de serviços, o treinamento<br />

é fundamental e deve servir<br />

para atualizar e relembrar os<br />

profissionais sobre quão importante<br />

é o atendimento. No<br />

caso do setor de combustíveis,<br />

a questão da segurança também<br />

precisa ser prioridade.<br />

11


capa Nº 80 – Dezembro/Janeiro 2016<br />

<strong>Bandeira</strong><br />

<strong>branca</strong><br />

em evidência<br />

O revendedor está farto dos altos custos<br />

praticados pelas distribuidoras na compra de<br />

combustíveis. Dependendo do caso, desbandeirar<br />

o posto pode ser uma opção viável e rentável<br />

12


Nos últimos meses, o Minaspetro tem sido inundado<br />

de reclamações de revendedores de todo<br />

o Estado de Minas Gerais que estão vendo seus<br />

negócios sucumbirem por falta de competitividade.<br />

Isso ocorre porque a concentração do mercado<br />

de distribuição, nos últimos anos, está nas mãos de Shell,<br />

Ipiranga e BR (Texaco e Esso saíram do Brasil), sem contar<br />

a recente crise da Petrobras. Todos esses fatores atingiram<br />

em cheio a Revenda. Até então, as vantagens de ter um<br />

posto embandeirado estavam claras, porém, hoje, a realidade<br />

é bem diferente. A discrepância de custos entre as<br />

distribuidoras tradicionais e as de bandeira <strong>branca</strong> nunca<br />

foi tão alta, conforme pode ser observado nos levantamentos<br />

semanais realizados pela ANP.<br />

Essa diferenciação de preços praticada pelas distribuidoras<br />

e constatada entre postos bandeirados e não<br />

bandeirados tem trazido significativas mudanças no<br />

mercado, com o surgimento de novas oportunidades<br />

para quem não quer ter um vínculo de exclusividade<br />

com uma única companhia. Mesmo em revendas pequenas<br />

e com estruturas mais modestas, os estabelecimentos<br />

de bandeira <strong>branca</strong> têm drenado as vendas<br />

de cidades inteiras.<br />

Diariamente, revendedores reportam ao Departamento<br />

Jurídico do Minaspetro que estão comprando<br />

combustíveis da distribuidora a um valor mais alto<br />

do que o concorrente está vendendo na bomba e, pior,<br />

<strong>à</strong>s vezes precisam, ainda, explicar para o Ministério<br />

Público o porquê desse preços. Esses postos buscam<br />

soluções jurídicas para tentar evitar a completa ruína<br />

de seus estabelecimentos, e muitos já estão a ponto de<br />

requerer recuperação judicial ou, até mesmo, encerrar<br />

as suas atividades.<br />

O Sindicato não é a favor ou contra os postos de<br />

bandeira <strong>branca</strong> ou bandeirados, mas está constatando<br />

o fato de que muitos estabelecimentos estão em sérias<br />

dificuldades, em todo o Estado, por falta de competitividade<br />

causada pelos altos preços impostos pelas<br />

distribuidoras.<br />

Um dos exemplos é Evandro Lúcio de Faria, revendedor<br />

de Belo Horizonte e dono de alguns postos na<br />

cidade, que, ao perceber o movimento do mercado,<br />

aguardou o encerramento dos contratos para transformar<br />

três dos seus estabelecimentos em bandeira <strong>branca</strong>.<br />

O empresário não se arrepende. Além da sensação<br />

de liberdade conquistada, as melhores condições na<br />

hora da compra de combustível são evidentes. Como<br />

ainda possui postos bandeirados, é impossível não<br />

fazer uma comparação entre os valores. “Já cheguei a<br />

pagar R$ 0,18 de diferença.”<br />

Segundo ele, se os preços continuarem sendo gradativamente<br />

elevados pelas distribuidoras, a ideia é deixar<br />

todos os postos desbandeirados. Assim como Evandro,<br />

o revendedor mineiro de maneira geral está insatisfeito<br />

com a relação comercial com as fornecedoras de combustíveis.<br />

Contratos de longos períodos, custos altos na<br />

compra e obrigações com planos de marketing têm sido<br />

algumas das queixas mais frequentes dos empresários<br />

quando buscam auxílio jurídico do Sindicato para tentar<br />

reequilibrar seus contratos com as distribuidoras.<br />

Com tamanha insatisfação e com o contrato perto do<br />

fim, surge a dúvida: vale a pena passar o posto para<br />

bandeira <strong>branca</strong>? “De cinco a seis meses para cá, em<br />

BH, não há dúvida. Ser bandeira <strong>branca</strong> é muito mais<br />

vantajoso”, na opinião de Flávio Lara, proprietário da<br />

Rede Flex, empresário há 25 anos no ramo.<br />

Como já se sabe, três grandes distribuidoras dominam<br />

o mercado. Com toda essa força comercial, segundo<br />

alguns revendedores, elas aproveitam para persuadi-<br />

-los com contratos que, muitas vezes, não atendem<br />

seus reais interesses. O grande volume de fiscalizações,<br />

os bons índices de não conformidade e adulteração<br />

verificados em Minas e os altos preços praticados pelas<br />

distribuidoras, além de metas descabidas de galonagem,<br />

fazem da bandeira <strong>branca</strong> uma boa opção para o<br />

revendedor. “Nada atrai mais o consumidor para dentro<br />

do posto que o preço, principalmente o mineiro, que<br />

entende bem o mercado”, comenta Evandro.<br />

Humberto Ladeira Costa, sócio-diretor do Auto Posto<br />

Cometa, em Leopoldina, tem sentido os efeitos negativos<br />

de comprar um combustível caro e ter que revendê-<br />

-lo a preços maiores do que os dos concorrentes. “Há<br />

postos aqui que conseguem vender gasolina a um valor<br />

mais baixo do que meu preço de compra. É impossível<br />

competir”, reclama o revendedor. Ele concorda com o<br />

ponto de que uma pequena parcela dos consumidores<br />

é fidelizada <strong>à</strong> bandeira, clientes que, segundo ele, não<br />

conseguem sustentar tamanha discrepância. O argumento<br />

da BR, distribuidora com que trabalha e que,<br />

conforme ele relata, “faz os reajustes mais agressivos”, é<br />

o de que ela pratica os preços do mercado. O empresário<br />

refuta e parte para medidas mais drásticas. “Consultei o<br />

Departamento Jurídico do Minaspetro para tentar resolver<br />

o caso, emitimos uma notificação extrajudicial <strong>à</strong> BR<br />

por preços discriminatórios e por onerosidade excessiva<br />

do contrato e estamos aguardando a resposta. Estou<br />

disposto a brigar judicialmente contra a empresa.”<br />

Em um mercado tão hostil e até considerado injusto<br />

por alguns empresários do ramo, já que o revendedor<br />

tem que travar uma briga de Davi contra Golias, Flávio<br />

Lara é enfático – é possível, sim, lutar contra as distribuidoras.<br />

“O mercado é cíclico, quando estiver ruim<br />

para uma, a outra vai ceder mais para ganhar espaço.<br />

A grande força do mercado está em nossas mãos. Os<br />

postos são nossos, as áreas são nossas, então cabe a nós<br />

decidir a qual bandeira vamos aderir. Se o revendedor<br />

opera bem seu negócio, ele vai ter o poder de decisão e<br />

determinar o que é melhor para o posto.”<br />

13


capa Nº 80 – Dezembro/Janeiro 2016<br />

A assessoria jurídica é sempre<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

O que é essencial ser verificado<br />

pelo revendedor nos contratos<br />

com as distribuidoras<br />

Faça contratos com volumes menores do<br />

que a média das suas vendas nos últimos<br />

12 meses. Se você vende 200 m³ por mês,<br />

faça um contrato de 180 m³, e não de 220<br />

m³. É melhor antecipar o cumprimento<br />

de um contrato do que ficar na mão da<br />

distribuidora e ter que pagar pesadas multas<br />

e, até mesmo, perder seu negócio para a<br />

companhia.<br />

Evite contratos longos, que são um cheque<br />

em branco a favor das distribuidoras. Alguns<br />

acordos comerciais obrigam os revendedores<br />

a comprar milhões de litros de combustível<br />

pelo preço do dia. Ou seja, a distribuidora<br />

passa a ter o poder de dizer quem vai<br />

sobreviver ou não no mercado.<br />

Procure ser proprietário dos tanques e das<br />

bombas, isso o (a) fortalecerá em caso de<br />

necessidade de mudança de bandeira.<br />

Evite pegar dinheiro antecipado com<br />

a distribuidora. A melhor situação é a<br />

bonificação trimestral ou semestral. Ou seja,<br />

cumpriu o volume estabelecido, recebe o<br />

dinheiro. Nessa forma de contrato é possível<br />

estabelecer uma cláusula de rescisão com a<br />

distribuidora. Isso a obriga a ser competitiva<br />

ou, caso contrário, o revendedor rescinde o<br />

contrato.<br />

Não aceite a “empurrometria”. Você não é<br />

obrigado a aceitar os planos de marketing, as<br />

franquias de lojas de conveniência e a troca<br />

de óleo. Adira a esses produtos caso tenha<br />

real interesse, em momentos distintos da<br />

assinatura do contrato de fornecimento.<br />

Não assine o contrato sem, antes, consultar<br />

o Departamento Jurídico do Minaspetro.<br />

entre<strong>vista</strong><br />

um bom caminho para prevenir<br />

surpresas e resguardar os<br />

direitos dos revendedores nos<br />

contratos com as distribuidoras.<br />

Porém, é fundamental que esse<br />

acompanhamento especializado<br />

comece antes da assinatura de<br />

um acordo comercial. Advogado<br />

do Minaspetro, Arthur Villamil<br />

detalha, em entre<strong>vista</strong> para<br />

a re<strong>vista</strong> Minaspetro, quais<br />

os principais pontos a serem<br />

avaliados antes de fechar um<br />

negócio. Confira.<br />

14


Quais os maiores problemas<br />

encontrados nos contratos com as<br />

distribuidoras?<br />

São aqueles relacionados ao cancelamento<br />

de contrato. Se a rescisão<br />

fosse um procedimento fácil e seguro,<br />

qualquer desequilíbrio comercial<br />

poderia ser resolvido com a rescisão<br />

do acordo pela parte que se sentisse<br />

prejudicada, que poderia seguir com<br />

seus negócios sem a parceria malsucedida,<br />

com total independência<br />

e liberdade de iniciativa. Isso seria o<br />

ideal no mercado de combustíveis.<br />

Contudo, a maioria dos contratos com<br />

as distribuidoras estabelece multas<br />

pesadas e procedimentos complexos<br />

de rescisão, para resguardá-las de possíveis<br />

descumprimentos de cláusulas<br />

contratuais. Com isso, muitos revendedores<br />

ficam presos <strong>à</strong>s companhias,<br />

mesmo em situações de onerosidade<br />

excessiva.<br />

Em um contrato de exclusividade<br />

entre um revendedor e uma distribuidora<br />

existem quatro pontos principais<br />

de vulnerabilidade jurídica. O primeiro<br />

está ligado <strong>à</strong>s constantes estimativas<br />

exageradas quanto ao volume de<br />

combustíveis adquirido pelos postos<br />

(galonagem total). Há casos em que os<br />

assessores das companhias visitam o<br />

estabelecimento, analisam o mercado<br />

e fazem estimativa de vendas acima<br />

do real potencial do revendedor. Assim,<br />

muitos contratos são fechados<br />

com uma previsão de galonagem irreal,<br />

especialmente em tempos de crise<br />

e de queda no consumo de combustíveis.<br />

Errar nesse ponto, certamente,<br />

acarreta muitas dificuldades ao encerramento<br />

do acordo comercial, pois,<br />

em geral, as distribuidoras costumam<br />

cobrar multas pesadas e, também,<br />

a devolução corrigida de eventuais<br />

bonificações antecipadas. Nos casos<br />

mais sérios, as distribuidoras chegam<br />

a exigir a execução das garantias contratuais<br />

(em geral, hipoteca e fiança),<br />

o que coloca o revendedor em uma<br />

situação extremamente delicada.<br />

O segundo ponto de vulnerabilidade<br />

diz respeito aos procedimentos<br />

para devolução de equipamentos,<br />

material de publicidade e identidade<br />

visual e outros bens cedidos pela companhia<br />

aos proprietários de postos.<br />

Com o término da relação, a maioria<br />

dos contratos prevê a obrigação de devolver<br />

todo e qualquer maquinário,<br />

bens e materiais de imagem. O problema<br />

é que essa restituição precisa<br />

ser previamente notificada <strong>à</strong> distribuidora,<br />

e, em geral, todos os custos<br />

dessa operação correm por conta do<br />

revendedor. Esse ônus pode ser alto,<br />

assim como os transtornos causados<br />

ao estabelecimento. Especialmente<br />

nos casos de devolução de tanques<br />

subterrâneos, que dependem da realização<br />

de obras complexas, que<br />

chegam a paralisar as atividades<br />

do posto, exigindo, ainda, análise de<br />

cava, procedimentos junto aos órgãos<br />

ambientais, além da contratação de<br />

frete para devolução desse material<br />

<strong>à</strong> companhia.<br />

Por isso, recomendamos que, na<br />

medida do possível, o comodato de<br />

tanques, que são os equipamentos<br />

mais difíceis de substituir, seja evitado.<br />

Caso o revendedor opte por celebrar<br />

o contrato de comodato, então<br />

é preciso inserir cláusula que confira<br />

ao revendedor o direito de adquirir os<br />

tanques ao final do contrato, pelo seu<br />

valor depreciado, conforme os índices<br />

oficiais previstos nas Instruções<br />

Normativas SRF 162/1998 e 130/1999<br />

da Receita Federal do Brasil. Isso assegurará<br />

que, ao término do acordo, por<br />

qualquer motivo, o revendedor terá<br />

a opção de comprar os tanques em<br />

vez de fazer dispendiosas obras para<br />

devolvê-los <strong>à</strong> companhia.<br />

Já o terceiro item está ligado <strong>à</strong>s<br />

multas contratuais por galonagem<br />

não cumprida, que, geralmente, são<br />

muito pesadas. Por isso, o ideal é<br />

que o contrato não tenha previsão<br />

de multa, já que, em certos casos, o<br />

revendedor não tem culpa por não<br />

conseguir adquirir toda a galonagem<br />

contratada. Principalmente quando<br />

a própria companhia não pratica<br />

preços adequados, comprometendo<br />

15


capa Nº 80 – Dezembro/Janeiro 2016<br />

a competitividade do estabelecimento<br />

no mercado, o que torna a<br />

multa indevida, pois ela mesma<br />

impossibilita o cumprimento do<br />

volume contratado. Essa situação<br />

pode ser interpretada como<br />

uma violação do dever de boa-fé<br />

objetiva e de cooperação entre os<br />

contratantes para o integral cumprimento<br />

do acordo comercial. A<br />

maioria dos contratos que temos<br />

analisado prevê multas apenas<br />

para o revendedor e nada contra<br />

as companhias. Isso fere a isonomia<br />

contratual. A multa deve ser<br />

aplicável a ambas as partes.<br />

Por fim, o quarto ponto<br />

que observamos, com certa<br />

frequência, é a tentativa de algumas<br />

distribuidoras de condicionar<br />

a celebração do acordo de compra<br />

e venda de combustíveis a outros<br />

contratos vinculados, tais como o<br />

de abertura de franquias de loja de<br />

conveniência e o de troca de óleo.<br />

Esse procedimento pode configurar<br />

uma infração chamada “venda<br />

casada”, que é proibida pelo Direito<br />

brasileiro. O abastecimento nacional<br />

de combustíveis é atividade<br />

considerada de utilidade pública,<br />

conforme previsão expressa da<br />

Lei 9.847/1999. A distribuidora não<br />

pode induzir ou condicionar a celebração<br />

do contrato de compra<br />

e venda de combustíveis a outros<br />

contratos quaisquer, colocando<br />

os seus interesses privados acima<br />

do interesse público no bom<br />

funcionamento do abastecimento<br />

nacional de combustíveis. Assim,<br />

recomendamos sempre que o revendedor<br />

não se sinta intimidado<br />

a contratar franquias para poder<br />

ter acesso ao contrato principal de<br />

compra e venda de combustíveis.<br />

As companhias, simplesmente,<br />

não podem impor tais contratos<br />

contra a vontade do proprietário<br />

de posto, sob a pena de configurar<br />

venda casada e, também,<br />

afronta <strong>à</strong> essencialidade da Lei<br />

9.847/1999. O revendedor deve<br />

analisar livremente se tem ou não<br />

interesse e capacidade comercial<br />

para instalar eventuais franquias,<br />

mas jamais pode ser induzido ou<br />

condicionado a fazer isso pela distribuidora.<br />

Ele deve contratar as<br />

franquias somente se entender<br />

que, realmente, são interessantes<br />

para o seu negócio, no uso regular<br />

do seu direito de livre iniciativa e<br />

liberdade de fechar novos acordos.<br />

Qual é o atendimento prestado<br />

pela assessoria jurídica do<br />

Minaspetro?<br />

O Departamento Jurídico Cível/Comercial<br />

do Minaspetro<br />

tem atendido uma média de dez<br />

consultas diárias de revendedores<br />

com dúvidas sobre temas relacionados<br />

ao Direito Civil e Empresarial.<br />

A maior parte diz respeito aos<br />

contratos com as distribuidoras.<br />

Temos prestado consultoria preventiva<br />

aos associados, analisando<br />

minutas, termos aditivos e de<br />

enceramento contratual, elaboramos<br />

notificações e contranotificações<br />

e, em alguns casos, o<br />

ajuizamento de ações em favor<br />

dos revendedores. Além disso,<br />

respondemos a consultas por telefone<br />

e e-mail e emitimos pareceres<br />

formais para resguardo do<br />

associado nos assuntos pertinentes<br />

<strong>à</strong> atividade de rotina do posto.<br />

Desde janeiro deste ano, temos<br />

prestado serviços de advocacia<br />

em defesa de revendedores nos<br />

processos de Juizados Especiais<br />

e de Pequenas Causas, em todo o<br />

Estado, sem qualquer custo para<br />

o associado.<br />

Qual a sua dica ao revendedor<br />

insatisfeito com o acordo com a<br />

distribuidora?<br />

Temos percebido, recentemente,<br />

muitas dificuldades relatadas<br />

por associados no que diz respeito<br />

ao possível desequilíbrio econômico-financeiro<br />

dos contratos. Centenas<br />

de revendedores, especialmente<br />

do interior do Estado, têm<br />

relatado que as companhias parceiras<br />

vêm aumentando preços<br />

de modo contínuo, possivelmente<br />

bem acima dos valores praticados<br />

por outras concorrentes que atuam<br />

nessas regiões. Segundo esses<br />

revendedores, isso tem prejudicado<br />

a obtenção da margem de lucro<br />

ou até provocado prejuízos, pois<br />

eles não conseguem enfrentar a<br />

concorrência em razão dos altos<br />

preços impostos pelas distribuidoras,<br />

vinculados <strong>à</strong> exclusividade<br />

contratual de longo prazo. Nesses<br />

casos, a orientação mais comum é<br />

notificar a companhia, pois a política<br />

de preços pode estar constituindo<br />

um fator impeditivo ao<br />

cumprimento da performance<br />

contratual, especialmente do volume<br />

acordado.<br />

Se, mesmo depois de notificada,<br />

a distribuidora mantiver valores<br />

de combustíveis que ameacem<br />

a saúde financeira do revendedor,<br />

é possível analisar, caso a caso, a<br />

propositura de uma ação de rescisão<br />

do contrato por onerosidade<br />

excessiva. Ela visa motivar a distribuidora<br />

a evitar o cancelamento<br />

judicial do acordo comercial,<br />

predispondo-se a reequilibrá-lo.<br />

Consequentemente, tal iniciativa<br />

pode neutralizar e impedir maiores<br />

prejuízos ao revendedor. Se a<br />

companhia não se dispuser a rever<br />

o contrato, o juiz julgará a causa,<br />

e, se ficar comprovado que o desequilíbrio<br />

foi causado por ela, o contrato<br />

será rescindido por sua culpa,<br />

e serão aplicadas as multas contra<br />

a distribuidora, revertidas em favor<br />

do revendedor. Esse tipo de ação<br />

encontra pleno amparo jurídico no<br />

art. 478 do Código Civil, mas tem<br />

sido muito pouco utilizada pela<br />

Revenda. No entanto, entendemos<br />

que essa seja uma das melhores<br />

alternativas nesses casos.<br />

16


No dia da assinatura<br />

do contrato, todos estão<br />

felizes, celebrando a<br />

nova parceria. Contudo,<br />

depois de algum<br />

tempo é que o acordo<br />

começa a revelar<br />

suas peculiaridades e<br />

problemas.<br />

Por fim, alertamos para o fato<br />

de que é absolutamente indesejável<br />

e extremamente arriscado formar<br />

grupos ou comitês de revendedores<br />

para tentarem negociar<br />

diretamente com as companhias<br />

melhores condições comerciais.<br />

Esse tipo de atuação pode, eventualmente,<br />

ser interpretada como<br />

uma infração da ordem econômica,<br />

punível com multas médias de<br />

15% a 20% do faturamento bruto<br />

no último ano fiscal, nos termos<br />

do art. 37 da Lei 12.529/2011. Desse<br />

modo, a questão deve ser analisada<br />

previamente pelo Jurídico, caso a<br />

caso, e, somente depois é que serão<br />

adotadas medidas individuais<br />

para possível discussão judicial dos<br />

contratos.<br />

Na sua opinião, qual a maior<br />

vantagem em ser bandeira<br />

<strong>branca</strong>?<br />

Sob o ponto de <strong>vista</strong> jurídico, é a<br />

liberdade comercial e de iniciativa<br />

que o revendedor bandeira <strong>branca</strong><br />

possui. Esse modelo possibilita<br />

plena autonomia na aquisição de<br />

combustíveis, já que o revendedor<br />

vai optar pela distribuidora<br />

que oferecer as melhores condições<br />

comerciais, naquele período.<br />

Além disso, ele não está obrigado<br />

a adquirir um volume mínimo determinado<br />

em contrato, não corre<br />

risco de sofrer multas e ainda pode<br />

desenvolver sua própria marca,<br />

know-how, diferenciação no atendimento<br />

da clientela, entre outros<br />

aspectos. Enfim, no caso do bandeira<br />

<strong>branca</strong> a liberdade é a tônica<br />

do negócio. Em contrapartida, esse<br />

modelo também oferece riscos,<br />

pois não está amparado na marca<br />

e na expertise consagrada de<br />

uma companhia e, possivelmente<br />

sofrerá alguma desconfiança e<br />

“pré-conceitos” (injustificados, a<br />

meu ver) do consumidor final, já<br />

que muitos têm preferência por<br />

postos bandeirados, por julgarem<br />

que o produto é de melhor qualidade.<br />

Certamente, trata-se de uma<br />

visão equivocada, já que os índices<br />

de não conformidade medidos pela<br />

ANP são muito baixos, comparáveis<br />

aos índices de países desenvolvidos.<br />

Porém, muitos consumidores<br />

ainda veem com ressalvas os<br />

estabelecimentos bandeira <strong>branca</strong>.<br />

A falta de uma consultoria<br />

jurídica, antes da assinatura do<br />

contrato, é arriscada? Por quê?<br />

Sim, sem sombra de dúvida. A<br />

análise contratual é uma poderosa<br />

ferramenta da advocacia preventiva.<br />

É muito mais fácil e barato prevenir<br />

do que remediar. Ao assinar<br />

um contrato de altíssimo valor e<br />

de longo prazo, o revendedor está<br />

assumindo não apenas riscos comerciais,<br />

mas também jurídicos.<br />

Muitas cláusulas podem ser negociadas<br />

e revisadas, e a consultoria<br />

jurídica especializada é fundamental<br />

para evitar que o revendedor<br />

feche um acordo comercial com<br />

disposições que lhe sejam desfavoráveis<br />

e que lhe trarão muitas<br />

dificuldades posteriormente.<br />

Costumo dizer que, no dia da assinatura<br />

do contrato, todos estão<br />

felizes, celebrando a nova parceria.<br />

Contudo, depois de algum tempo<br />

é que o acordo começa a revelar<br />

suas peculiaridades e problemas.<br />

Por isso, a análise prévia é relevante,<br />

seja para alertar o revendedor<br />

dos riscos ou para sugerir alterações<br />

concretas de cláusulas que<br />

poderão, no futuro, ser prejudiciais.<br />

17


Meio ambiente<br />

Nº 80 – Dezembro/Janeiro 2016<br />

Reúso de água em<br />

postos ainda tem<br />

seus percalços<br />

O alto custo do equipamento e a manutenção<br />

dividem opiniões sobre a viabilidade da medida<br />

Desde o início da crise hídrica no país, que<br />

teve seu ápice em meados de 2014 e permaneceu<br />

ao longo deste ano, o reúso da água<br />

em postos de combustíveis ganhou espaço<br />

no setor. Atentos ao problema da falta desse recurso<br />

natural, muitos revendedores de Minas Gerais passaram<br />

a investir em equipamentos que permitam essa<br />

reutilização. No entanto, é preciso ficar alerta antes de<br />

fazer o investimento e ponderar a viabilidade, principalmente<br />

econômica.<br />

Para Bernardo Souto, advogado e engenheiro ambiental<br />

do Minaspetro, o reúso da água é uma boa opção<br />

para os postos que ofertam o serviço de lavagem<br />

de veículos, mas a demanda precisa ser avaliada antes<br />

de apostar no equipamento. “Depende do faturamento<br />

que a lavagem gera e da conta de água. O revendedor<br />

deve entender que não basta instalar a máquina<br />

de reúso, que, para operá-la, é necessário treinamento,<br />

além de ser preciso computar os custos de manutenção”,<br />

alerta.<br />

Ele ressalta que existem pelo menos três grupos<br />

tecnológicos de tratamento: os reatores filtrantes, de<br />

floculação e de eletrólise. Cada um possui vantagens<br />

e desvantagens, e os custos giram em torno de R$ 40<br />

mil para a implantação. “O importante é que se tenha<br />

em mente que o sistema de reúso não funciona no<br />

piloto automático. Precisa de manutenção e acompanhamento.”<br />

É o que também frisa Rogério Lott, revendedor de<br />

Belo Horizonte. “Sou completamente a favor do reúso<br />

da água nos postos de combustíveis, mas ainda não<br />

encontrei um sistema economicamente viável. Busquei<br />

vários fornecedores e percebi que o custo não é<br />

apenas do equipamento, mas há gastos com a manutenção,<br />

que não é barata, e também com os materiais<br />

filtrantes”, explica.<br />

A reutilização da água, segundo ele, já é lei em<br />

alguns Estados do Brasil e é importante para o meio<br />

ambiente. “Em Minas ainda não existe a norma, mas<br />

não deve demorar. Daí a importância de termos bons<br />

18


equipamentos. As empresas falam em uma economia<br />

de 100% da água, o que é irreal. Conversei com vários<br />

revendedores, e a redução do consumo não tem passado<br />

de 50%. Quando realmente surgir uma máquina<br />

que valha a pena e ofereça o que é propagado, farei o<br />

investimento imediatamente.”<br />

A favor do meio ambiente<br />

No caso de Edmar de Almeida Santos, proprietário<br />

de um posto em Belo Horizonte que já adota o reúso<br />

da água há oito meses, a economia de água chegou a<br />

60% em seu estabelecimento. “Realmente, a empresa<br />

prometeu 100%, mas isso não acontece, porque há<br />

perdas no processo. A resposta do equipamento ficou<br />

aquém da expectativa, e o custo é alto. Entretanto,<br />

acredito em um retorno em longo prazo, inclusive financeiro”,<br />

diz.<br />

Ele ressalta que, mesmo não tendo a resposta esperada,<br />

a iniciativa valeu a pena. “É uma maneira que<br />

tenho de contribuir para a redução do consumo desse<br />

recurso natural. Os postos de combustíveis precisam<br />

começar a abrir os olhos para isso. Temos que poupar<br />

para continuar tendo água”, avalia.<br />

Com relação <strong>à</strong> qualidade da água a ser reutilizada,<br />

ele explica que é preciso ter paciência com o<br />

equipamento e testar os materiais filtrantes. “Não é<br />

possível alcançar a excelência já no início. No meu<br />

caso, foi preciso adequar a quantidade de material<br />

filtrante, de xampu, para que o cliente também ficasse<br />

satisfeito com o serviço prestado”, explica. No<br />

caso de Edmar, os clientes aprovaram o reúso da<br />

água e até passaram a fazer a lavagem com mais<br />

frequência em função de o posto primar pela redução<br />

de consumo.<br />

Uso consciente da<br />

água<br />

Avalie a possibilidade de<br />

captar a água da chuva<br />

Avalie a possibilidade de instalar<br />

o sistema de reúso da água para<br />

lavagem de veículos<br />

Crie alertas sobre desperdício<br />

em locais frequentados por<br />

clientes e empregados<br />

In<strong>vista</strong> na educação ambiental<br />

dos funcionários<br />

19


Meu negócio Nº 80 – Dezembro/Janeiro 2016<br />

Falha no sistema de<br />

abastecimento pode<br />

prejudicar Revenda<br />

Colaborador treinado pode ser a solução dos problemas da máquina<br />

Embora a tecnologia na computação tenha<br />

trazido muitos benefícios <strong>à</strong> vida das<br />

pessoas e se mostre confiável, muitas<br />

vezes, softwares e sistemas já avançados<br />

podem falhar. No caso do setor de combustíveis,<br />

em função de vícios técnicos, seja por conta da<br />

incompatibilidade entre os hardwares do sistema<br />

de automação ou por problemas pontuais,<br />

não é incomum a ocorrência de registros<br />

de abastecimentos que não ocorreram. Diante<br />

disso, para evitar problemas, o revendedor deve<br />

acompanhar com frequência o processo para<br />

identificar a falha e comunicá-la, imediatamente,<br />

<strong>à</strong> Secretaria de Estado de Fazenda.<br />

As bombas de combustíveis são interligadas<br />

a um computador para que seja feita a impressão<br />

do cupom fiscal. Quando as falhas ocorrem,<br />

o sistema mostra o abastecimento na tela com a<br />

quantidade de litros vendidos. No entanto, isso<br />

acontece sem que a comercialização do combustível<br />

tenha sido computada e concretizada<br />

no sistema.<br />

“É possível, nesse caso, que, constatado o<br />

fato, tal abastecimento seja removido da memória<br />

fiscal do Emissor de Cupom Fiscal (ECF),<br />

procedimento que deve ser realizado pela softwarehouse.<br />

O problema, contudo, é que, normalmente,<br />

o registro dos abastecimentos e a<br />

impressão dos respectivos cupons fiscais são<br />

feitos de forma automática pelos empregados,<br />

sem verificar se de fato aquele valor específico<br />

está ou não registrado no caixa da empresa”, explica<br />

Gustavo Guimarães Fonseca, advogado da<br />

área Tributária do Minaspetro.<br />

20


passo a passo<br />

1Para evitar que as<br />

falhas do sistema de<br />

informática prejudiquem o<br />

estabelecimento, deixe um<br />

empregado responsável pela<br />

conferência dos encerrantes.<br />

2<br />

Esse profissional deve verificar<br />

se os valores registrados na<br />

leitura estão compatíveis<br />

com o volume de combustível<br />

que passou pelos bicos das<br />

bombas.<br />

3<br />

Evite que o registro dos<br />

abastecimentos e a impressão<br />

dos cupons fiscais sejam feitos<br />

de forma automática pelos<br />

empregados.<br />

A única forma de prevenir esse tipo<br />

de problema, segundo ele, é colocar um<br />

empregado, devidamente treinado e informado<br />

sobre essas possíveis falhas,<br />

que fique responsável por monitorar a<br />

impressão dos cupons. Com isso, o profissional<br />

somente irá imprimir após a conferência<br />

dos encerrantes, a fim de verificar<br />

se os valores registrados na leitura estão<br />

compatíveis com o volume de combustível<br />

que passou pelos bicos das bombas.<br />

“É trabalhoso e, do ponto de <strong>vista</strong> prático,<br />

quase impossível de ser realizado, visto<br />

que a movimentação do posto é constante.<br />

Mas, até o momento, é a única solução<br />

preventiva que temos disponível”, alerta<br />

o advogado.<br />

4<br />

Fique sempre atento e<br />

acompanhe o processo.<br />

5Caso haja alguma falha,<br />

comunique imediatamente<br />

<strong>à</strong> Secretaria de Estado de<br />

Fazenda.<br />

21


Minaspetro Nº 80 – Dezembro/Janeiro 2016<br />

Combatendo fraudes em<br />

postos de combustíveis<br />

Minaspetro participa de audiência para discutir o tema<br />

Diante de alguns casos de fraudes na revenda<br />

de combustíveis, sobretudo em<br />

relação <strong>à</strong> medição do volume vendido,<br />

também conhecida como “bomba baixa”,<br />

o deputado Sargento Rodrigues (PDT) convocou<br />

uma audiência pública, em 5 de novembro,<br />

para tratar do assunto. Os representantes<br />

da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Instituto<br />

de Metrologia e Qualidade do Estado de<br />

Minas Gerais (Ipem) afirmaram que, no Estado,<br />

não existe caso recente dessa prática fraudulenta.<br />

A informação foi reforçada pelos representantes<br />

do Ministério Público e do Minaspetro,<br />

que também marcaram presença no encontro.<br />

“O objetivo dessa audiência foi debater as<br />

fraudes existentes atualmente no setor de combustíveis.<br />

O Sindicato foi elogiado por atuar forte<br />

e efetivamente no combate a esse tipo de crime.<br />

Nosso empenho é tamanho e os resultados<br />

são tão evidentes que, em Minas Gerais, não há<br />

registros recentes dessas práticas. Além disso,<br />

temos o menor índice de não conformidade do<br />

país. Com isso, é possível afirmar que o nosso<br />

combustível é de alta qualidade”, ressalta Carlos<br />

Guimarães Jr., presidente do Minaspetro.<br />

Segundo ele, a fraude da bomba baixa começou<br />

em 2012, no Paraná, sem reflexos no território<br />

mineiro. Carlos também destacou que existe<br />

uma fiscalização constante nos postos de combustíveis<br />

no Estado e que o Minaspetro se preocupa<br />

em denunciar toda ocorrência irregular.<br />

A fiscalização nos estabelecimentos também<br />

foi tema da audiência. O deputado Sargento Rodrigues,<br />

também autor do requerimento para o<br />

debate, destacou que o assunto requer a atenção<br />

e o zelo do poder público, que deve defender<br />

o consumidor. Segundo o parlamentar, uma matéria<br />

do jornal “Folha de S.Paulo” mostrou que,<br />

22<br />

Classificados<br />

Minaspetro<br />

Posto Sant’ André<br />

• Localização: Rua Miguel Wardi, 14<br />

Centro - Nova Lima/ MG<br />

• Tamanho: 200 metro quadrados<br />

• Galonagem: 100 mil litros (2 bombas e 4 bicos)<br />

Vende-se posto em Nova Lima/ MG<br />

• <strong>Bandeira</strong>: Ale<br />

• Observação: Estão sendo vendidos o posto<br />

com o imóvel<br />

• Contato: Jorge Santo André<br />

(31)98482-3747 - jjsandre@oi.com.br


no Estado paulista, as bombas apresentam desvios<br />

no medidor que chegam a 4,5%, o que corresponde<br />

a um tanque de 50 litros e representa<br />

uma perda de 2,5 litros para o consumidor. Para<br />

Sargento, as denúncias são graves, e ele recebeu<br />

informações de que os órgãos responsáveis não<br />

estão fiscalizando.<br />

Na mesma linha, o presidente da Comissão<br />

de Defesa do Consumidor e do Contribuinte,<br />

deputado Elismar Prado (PT), mostrou-se preocupado<br />

com a possibilidade de esse cenário em<br />

São Paulo motivar casos de fraude e de negligência<br />

na fiscalização em Minas Gerais. “Nesse<br />

tipo de adulteração, o consumidor paga, mas<br />

não leva, porque parte do combustível não vai<br />

para o tanque do carro”, disse.<br />

Os deputados Douglas Melo e Noraldino Júnior,<br />

ambos do PSC, também se mostraram alerta<br />

com a prática da bomba baixa.<br />

“Não temos notícias recentes ou notificações<br />

sobre esse tipo de fraude nas placas de<br />

combustível”, assegurou o diretor de Metrologia<br />

Legal do Ipem, João Bosco Rodrigues. De<br />

acordo com ele, no ano passado, o órgão fiscalizou<br />

34.930 bicos de bomba, sendo que 2.453<br />

registraram algum problema, o que equivale a<br />

7% do total. Segundo ele, 5.285 aparelhos foram<br />

reparados, e dessa fiscalização foram gerados<br />

638 autos de infração. Mas não se recorda de<br />

nenhum, especificamente, que tenha apresentado<br />

fraude na placa de controle da medição do<br />

combustível.<br />

O chefe do escritório da ANP em Belo Horizonte,<br />

Roberto Jonas Saldys, ressaltou que cerca<br />

de 40% a 50% das denúncias dizem respeito <strong>à</strong><br />

bomba baixa e todas são verificadas. No entanto,<br />

explicou que, até o momento, não foi encontrada<br />

uma diferença significativa nos postos,<br />

além do 0,5% permitido para a quantidade dispensada<br />

no equipamento de abastecimento.<br />

Promotor de Justiça de Defesa da Ordem Econômica<br />

e Tributária, Renato Froes também reforçou<br />

a informação de que não foi verificado nenhum<br />

caso dessa fraude nos últimos anos. Afirmou,<br />

ainda, que o combustível é uma prioridade na<br />

fiscalização do Ministério Público e da Secretaria<br />

da Fazenda. No entanto, alertou que esse monitoramento<br />

pode ser ineficiente, o que, por sua vez,<br />

pode refletir-se no atual resultado, que aponta<br />

para a não identificação de novos casos.<br />

A LBC Sistemas deseja a todos<br />

seus clientes e associados um Feliz Natal<br />

e um Prospero Ano Novo!<br />

20 anos de mercado<br />

Excelência em atendimento<br />

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23


gotas Nº 80 – Dezembro/Janeiro 2016<br />

Entenda o que é combustível formulado<br />

Você já ouviu falar em combustível formulado?<br />

Ele não é sinônimo de batizado ou adulterado. Trata-<br />

-se de um produto feito a partir de sobras de combustível<br />

comum, que depois são misturadas a produtos<br />

químicos para aumentar seu rendimento. No<br />

entanto, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural<br />

e Biocombustíveis (ANP) alerta que “a produção de<br />

gasolina, quer seja na refinaria ou não, se caracteriza<br />

pela mistura de frações de hidrocarbonetos (correntes<br />

de hidrocarbonetos) obtidos por diferentes processos<br />

do refino. Essa mistura pode ser feita pela própria<br />

refinaria ou por outro agente econômico autorizado,<br />

que adquira as frações da primeira. Esse processo de<br />

fusão das diferentes correntes de hidrocarbonetos,<br />

com o objetivo de enquadrar a qualidade da gasolina<br />

<strong>à</strong>s atuais especificações determinadas pela ANP, se<br />

resume em ‘formular’ o produto. Logo, sob esse ponto<br />

de <strong>vista</strong>, não há que se falar em gasolina formulada<br />

ou comum, pois atualmente todo esse tipo de combustível<br />

produzido no Brasil e no mundo, destinado ao<br />

consumidor final, seria formulado”, afirma o órgão em<br />

nota. Segundo a ANP, o importante é que a gasolina,<br />

qualquer que seja o método de produção, esteja de<br />

acordo com as especificações.<br />

Homologação de rescisões tem novo endereço em Valadares e região<br />

A Federação Nacional dos Empregados em<br />

Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados<br />

de Petróleo (Fenepospetro) abriu uma<br />

subsede em Governador Valadares para atender<br />

as homologações das rescisões dos contratos<br />

trabalhistas no município e na região.<br />

Com isso, desde o dia 30 de novembro do ano<br />

passado, as homologações estão sendo realizadas<br />

em um novo endereço (Rua Peçanha, 306, sala<br />

107 – Centro). Fique atento!<br />

24


Nº 80 – Dezembro/Janeiro 2016<br />

Regionais<br />

Ciclo de Congressos<br />

já tem nomes<br />

confirmados<br />

Palestrantes de peso integrarão a programação<br />

O<br />

11º Ciclo de Congressos<br />

Regionais do Minaspetro<br />

promete surpreender<br />

os participantes com<br />

uma programação que já conta<br />

com palestrantes ilustres. O economista<br />

Maílson da Nóbrega e o<br />

administrador de empresas Max<br />

Gehringer são presenças confirmadas.<br />

O Ciclo representa uma<br />

oportunidade de acesso <strong>à</strong>s novidades<br />

do setor. Toda a equipe do<br />

Sindicato já se movimenta para<br />

organizar um Congresso de alto<br />

nível, e, em breve, novos nomes<br />

serão anunciados.<br />

Ministro da Fazenda entre 1988 e<br />

1990, Maílson da Nóbrega vai abordar<br />

as perspectivas da economia brasileira.<br />

Consagrado no mercado por<br />

seu vasto conhecimento acerca da<br />

dimensão social e política dos problemas<br />

econômicos brasileiros, Maílson<br />

foi palestrante no 14º Congresso<br />

dos Revendedores de Combustíveis<br />

de Minas Gerais, em maio de 2015.<br />

Já o administrador de empresas<br />

Max Gehringer vai fazer uma<br />

palestra motivacional em algumas<br />

cidades. Renomado por sua atuação<br />

como executivo no Brasil e no<br />

exterior, Gehringer é autor de vários<br />

livros, como “Comédia Corporativa”,<br />

“Emprego de A a Z” e “Aprenda a<br />

Ser Chefe”. Também é comentarista<br />

Abertura acontece em Caxambu,<br />

no Sul de Minas Gerais<br />

da Rádio CBN e do “Fantástico”, na<br />

Rede Globo, além de ser conhecido<br />

por seus artigos em re<strong>vista</strong>s como<br />

“Época”, “Exame” e “Você S/A”. Foi<br />

palestrante do 12º Congresso dos<br />

Revendedores de Combustíveis de<br />

Minas Gerais, em 2011.<br />

A abertura do Ciclo será no dia<br />

18 de março de 2016, no Hotel Glória,<br />

em Caxambu, no Sul de Minas,<br />

e representa uma oportunidade de<br />

acesso <strong>à</strong>s novidades que surgem no<br />

segmento de combustíveis.<br />

Confira as datas e os locais do<br />

11º Ciclo de Congressos Regionais do Minaspetro:<br />

• 18.03.2016: Hotel Glória – Caxambu<br />

• 29.04.2016: Center Convention - Uberlândia<br />

• 20.05.2016: Independência Trade - Hotel & Eventos - Juiz de Fora<br />

• 24.06.2016: Clube Filadélfia - Governador Valadares<br />

• 22.07.2016: Sest/Senat - Montes Claros<br />

25


formação de preços<br />

Gasolina – Minas Gerais / outubro/novembro/dezembro 2015<br />

R$ 3,15<br />

R$ 3,05<br />

R$ 3,0119<br />

R$ 3,0200<br />

R$ 3,0487<br />

R$ 3,0817<br />

R$ 3,0870<br />

R$ 3,0796 R$ 3,0742<br />

R$ 2,95<br />

24/10 - 30/10 31/10 - 6/11 7/11 - 13/11 14/11 - 20/11 21/11 - 27/11 28/11 - 4/12 5/12 - 11/12<br />

Carga Tributária – % 39,0% 39,0% 39,3% 38,8% 38,8% 38,8% 38,8%<br />

Carga Tributária – R$/L R$ 1,3990 R$ 1,3990 R$ 1,3744 R$ 1,4205 R$ 1,4205 R$ 1,4205 R$ 1,4205<br />

R$ 2,10<br />

Etanol – Minas Gerais / outubro/novembro/dezembro 2015<br />

R$ 2,0761<br />

R$ 2,0870<br />

R$ 2,0734<br />

R$ 2,0530 R$ 2,0559<br />

R$ 2,00<br />

R$ 1,9521<br />

R$ 2,0373<br />

R$ 1,90<br />

24/10 - 30/10 31/10 - 6/11 7/11 - 13/11 14/11 - 20/11 21/11 - 27/11 28/11 - 4/12 5/12 - 11/12<br />

Carga Tributária – % 14% 14% 14% 14% 14% 14% 14%<br />

Carga Tributária – R$/L R$ 0,3338 R$ 0,3338 R$ 0,3338 R$ 0,3557 R$ 0,3543 R$ 0,3557 R$ 0,3557<br />

Diesel S500 e S10 – Minas Gerais / outubro/novembro/dezembro 2015<br />

R$ 2,6004<br />

R$ 2,65<br />

R$ 2,5888 R$ 2,5915 R$ 2,6192 R$ 2,6207 R$ 2,6207 R$ 2,6207<br />

R$ 2,5215 R$ 2,5233 R$ 2,5233 R$ 2,5233<br />

R$ 2,5088 R$ 2,5018 R$ 2,5030<br />

R$ 2,50<br />

R$ 2,35<br />

24/10 - 30/10 31/10 - 6/11 7/11 - 13/11 14/11 - 20/11 21/11 - 27/11 28/11 - 4/12 5/12 - 11/12<br />

Carga Tributária S500– %* 24,4% 24,7% 24,7% 24,2% 24,2% 24,2% 24,2%<br />

Carga Tributária S10 – %* 23,9% 24,2% 24,2% 23,6% 23,6% 23,6% 23,6%<br />

Carga Tributária S500 – R$/L* R$ 0,7204 R$ 0,7066 R$ 0,7066 R$ 0,7279 R$ 0,7279 R$ 0,7279 R$ 0,7279<br />

Carga Tributária S10 – R$/L* R$ 0,7429 R$ 0,7286 R$ 0,7286 R$ 0,7594 R$ 0,7594 R$ 0,7594 R$ 0,7594<br />

S500<br />

Confira as tabelas completas e atualizadas semanalmente em nosso site – www.minaspetro.com.br –,<br />

no link Serviços, e saiba qual o custo dos combustíveis para a sua distribuidora.<br />

S10<br />

Os preços do etanol anidro e do hidratado foram obtidos em pesquisa feita pela Cepea/USP/Esalq no site<br />

http://www.cepea.esalq.usp.br/etanol/. Importante ressaltar que os preços de referência servem apenas para balizar a formação de<br />

custos, uma vez que as distribuidoras também compram etanol por meio de contratos diretos com as usinas. Esses valores não entram<br />

na formação de preços, de acordo com a metodologia usada pela Cepea/USP/Esalq.<br />

Os preços de gasolina e diesel foram obtidos pela formação de preço de produtores segundo o site da ANP, usando como referência o<br />

preço médio das refinarias do Sudeste.<br />

A tributação do etanol anidro e do hidratado foi publicada com base nos dados fornecidos pela Siamig.<br />

Os valores do biodiesel foram obtidos por meio do preço médio do Sudeste homologado no 35º leilão realizado pela ANP.<br />

Os percentuais de carga tributária foram calculados com base no preço médio no Estado de Minas Gerais, do respectivo mês,<br />

pesquisado pelo Sistema de Levantamentos de Preços da ANP.<br />

Os valores de contribuição de Pis/Pasep e Cofins da gasolina e diesel sofreram alterações pelo Decreto 8.395, de 28/1/15.<br />

* A partir de 1º de agosto de 2015, por decreto do Ato Cotepe/PMPF nº 14.<br />

26


Onde quer que você<br />

esteja continuaremos<br />

sempre juntos.<br />

Que os valores do<br />

Natal se propaguem<br />

e 2016 seja de muitas<br />

alegrias, conquistas e<br />

sucesso.<br />

Boas festas!

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