Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
pensa muito antes de comprar o presente. Porque o que se deseja é que o<br />
presente lhe dê felicidade. Quando eu dou um presente, com ele estou dizendo:<br />
“Acho que você vai se alegrar...”. Uma flor, um CD, um brinquedo, um livro...<br />
Quando se fazem promessas a Deus, para assim seduzi-lo a fazer o que queremos,<br />
usamos o mesmo artifício. Assim: “Se tu me deres o que peço, eu te darei aquilo de<br />
que gostas...”. O que você prometer a Deus revela o que você acha do caráter<br />
dele. Sendo assim, por favor, me expliquem, eu só quero entender: Por que não<br />
fazemos promessas do tipo: vou ler poesia meia hora por dia? Vou ouvir música ao<br />
acordar? Vou brincar uma hora com o meu filho? As promessas que se fazem a<br />
Deus são sempre promessas de sofrimento: fazer caminhadas de joelhos, passar<br />
seis meses sem beber refrigerante, fazer jejum... Então é o nosso sofrimento que<br />
faz Deus feliz? Deus é sádico? Prestem atenção: não sou eu que estou dizendo.<br />
Isso não é blasfêmia minha. É blasfêmia de quem promete casca de ferida a Deus.<br />
Mordomia<br />
No linguajar comum, a palavra “mordomia” se tornou sinônima de luxo, prazer,<br />
conforto... “Que mordomia, hein?” Os protestantes (não confundir com evangélicos)<br />
já a usavam há muito tempo, com um sentido completamente diferente. O<br />
mordomo é o administrador supremo da casa. A casa não é dele. Foi-lhe confiada.<br />
Mordomia é um conceito ético: somos responsáveis pela administração dos bens<br />
que Deus nos confiou. Um dos bens que Deus nos confiou é a inteligência.<br />
Inteligência: capacidade de pensar, de duvidar, de buscar alternativas. Quando<br />
uma pessoa tem uma inteligência preguiçosa, ela para de pensar e se prende a<br />
hábitos passados. Quem se recusa a pensar está sendo um mau mordomo. Jesus<br />
contou a parábola de um servo a quem o senhor confiara um dinheiro para ser<br />
administrado na sua ausência. O dito servo, não querendo fazer força, enterrou o<br />
dinheiro para que não fosse roubado. Retornando o senhor, ele pediu que o servo<br />
prestasse contas do dinheiro. O servo lhe entregou o mesmo dinheiro que havia<br />
recebido. O senhor, irritado com a preguiça do servo, tirou-lhe o dinheiro e deu-o a<br />
um outro que tinha muito. A inteligência é assim: quem a deixa enterrada acaba<br />
ficando sem ela. Há uma mordomia da inteligência: é nosso dever fazê-la voar...<br />
Deus ama as inteligências audazes. Se não fosse assim, ele nos teria feito sem<br />
inteligência, como os animais... Muitas pessoas gostariam de ser como os animais.<br />
Acredita-se em tudo<br />
Meu irmão Ismael, lá de Lavras, envia-me recortes do jornal local onde aparecem<br />
publicadas as “Simpatias da Akemi”. Não tenho a menor ideia do que seja essa