Jornal das Oficinas 119

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29.09.2015 Views

18 Jornal das Of icinas Financiamento de equipamentos Ser concorrencial A aquisição de equipamentos através de leasing ou renting é interessante, pois permite uma amortização gradual do investimento, com custos moderados Uma oficina de reparação automóvel nos nossos dias, quer seja de mecânica geral, colisão, pneus ou mecânica rápida, tem de ser competitiva para estar no mercado, rentável para se manter sustentável e eficiente e produtiva para poder oferecer intervenções tecnicamente corretas e com valor para o cliente. Para poder obedecer a todos estes requisitos, o binómio homem/máquina tem de estar no nível máximo, o que significa ter pessoal com formação completa e com equipamentos avançados, produtivos, eficientes e rentáveis. Claro que tudo isto é mais fácil dizer do que fazer, mas a realidade é que não existe outra opção em cima da mesa. Se a oficina não tiver pessoal competente e se não estiver equipada a 100%, falha um dos aspetos essenciais acima referidos. E, falhando, acaba por ser a falência de todos, porque estão totalmente interligados. A questão, portanto, não será tanto investir mais ou menos, mas como financiar o investimento necessário, atendendo à dimensão da oficina, quadro de pessoal e especialidades exercidas. Ferramentas essenciais Com a atual complexidade tecnológica dos veículos, a primeira exigência passa por dispor de soluções de diagnóstico de primeira linha, que incluam bases de dados dos modelos do parque circulante e informação técnica detalhada. Programas de avaliação de danos e orçamentação são, também, indispensáveis, porque o cliente precisa de saber o custo da reparação para decidir. Obviamente, a oficina não pode pedir demais nem de menos, porque se arrisca a perder o negócio, no primeiro caso, e corre o risco de perder dinheiro, no segundo. Dependendo da dimensão e movimento da oficina, uma linha de pré-inspeção pode constituir um meio complementar de diagnóstico e uma forma de angariar serviço. No terreno das infraestruturas, é preciso contar com ar comprimido, iluminação, ventilação e sistemas de tratamento de águas residuais. Dependendo do tipo de oficina e da sua dimensão, é preciso contar com elevadores adequados. O elevador é uma ferramenta indispensá- vel de verificação e diagnóstico do veículo, servindo, de seguida, para realizar a intervenção nas melhores condições de ergonomia e segurança. Nas oficinas de colisão, há equipamentos incontornáveis, como, por exemplo, o banco de carroçaria, a cabina, as áreas de preparação com ventilação, os sistemas de secagem rápida, as pistolas de aplicação e respetivo equipamento de limpeza, o sistema de cor e as ferramentas de lixagem e máquinas de soldar. Nas oficinas de pneus, as máquinas de montar pneus, de equilibrar rodas e os sistemas de alinhamento são a base, mas existem, também, equipamentos de reparar pneus, de vulcanizar e até de recauchutar. Em qualquer oficina, uma secção de lavagem manual e/ou automática é aconselhável. Formas de financiamento Convém ter a noção de que um layout completo de uma oficina pequena pode ultrapassar, hoje, um milhão de euros, chegando aos dois ou três milhões e mais para oficinas maiores. A forma mais vantajosa de investimento passa por capitais próprios da empresa, dos sócios ou de acionistas, porque evita o pagamento de encargos financeiros. De qualquer forma, a aquisição de equipamentos através de leasing é, também, interessante, pois permite uma amortização gradual do investimento, com custos moderados. O empréstimo bancário é a opção mais penalizante, podendo exigir garantias, fiadores, entre outros. Para já não falar nos encargos, que são, geral- mente, elevados. De qualquer modo, acrescente-se, o equipamento de boa qualidade, bem utilizado e com manutenção correta, amortiza-se a si próprio, através da faturação suplementar que permite realizar. Renting é uma boa opção Outro modelo de financiamento a ter em conta é o renting, ou aluguer operacional de equipamentos, que permite às empresas racionalizar os custos, mantendo as linhas de crédito intactas, ao mesmo tempo que permite o acesso a ferramentas tecnológicas, que são um veículo imprescindível na alavancagem de maior produtividade. O renting constitui uma alternativa muito credível e vantajosa para as empresas. Além de permitir salvaguardar os recursos financeiros (proteção da tesouraria) da companhia, faz com que o valor das rendas seja 100% dedutível em sede de IRC. Paralelamente, a aposta no aluguer operacional não agrava as responsabilidades das empresas junto do Banco de Portugal, o que, claramente, constituí um argumento de peso na hora de escolher entre um financiamento “clássico” (crédito ou leasing). Por outro lado, o facto de as taxas (ou fator de utilização) não estarem indexadas à Euribor evita que existam oscilações no valor a pagar na renda mensal, possibilitando que seja criado um plano de pagamentos a curto, médio ou longo prazo, sem lugar a surpresas. Importa, igualmente referir, que a forma rápida, simples e sem burocracias adicionais com que decorre esta atividade é, por si só, uma ferramenta de inestimável valor para as empresas. Qualquer que seja a modalidade de financiamento, um seguro adequado protege esse investimento de imprevistos e permite a sua substituição em caso de inutilização. Outubro I 2015 www.jornaldasoficinas.com

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