Jornal das Oficinas 119

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29.09.2015 Views

16 Jornal das Of icinas Destaque Preparar o veículo para o inverno 7 Pneus l Elemento essencial de segurança ativa e conforto, o pneu é muito mais do que um componente preto, redondo e com um buraco no meio. Trata-se de um “composto” flexível aplicado numa roda, constituído por borracha, sendo reforçado através de outros materiais. Quando insuflado por um fluido compressível (gás), adquire a capacidade de suportar a carga aplicada na roda, bem como transmite ao eixo em carga forças longitudinais e transversais. A primeira função do pneu é suportar a carga. Mas, para isso, é imprescindível o ar pressurizado que se encontra no seu interior. Caso contrário, o pneu de nada serviria. Outra das funções que tem é a de absorver as irregulação do automóvel. E é ele que transmite tração e força na travagem (permite que haja movimento). O pneu é, fundamentalmente, um elemento de segurança, que suporta o desgaste e o arrancamento, contribui com um baixo nível de ruído, é produzido com materiais amigos do ambiente, é reciclável e tem a capacidade de operar em condições não controladas. A verificação do estado dos pneus passa pela medição da profundidade do piso, pela deteção de desgaste irregular e pela análise ao estado da borracha. Um pneu que não circule não significa que esteja em bom estado. O pneu, cuja pressão correta de insuflação deve ser verificada (a frio), pelo menos, uma vez por mês (incluindo o suplente), também se deteriora com o passar do tempo, principalmente se estiver exposto a agentes erosivos ou fontes de radiação, como, por exemplo, frigoríficos instalados em garagens. 8 Escovas 9 Fluidos l Os fluidos, sejam eles lubrificantes, líquidos ridades da estrada, acabando por desempenhar um papel importante no domínio do conforto. Mais: através do atrito que se gera entre a superfície de rodagem e a borracha que constitui o piso, vai permitir mudar ou manter a direl Se existem acessórios que se revestem de extrema importância e sobre os quais ninguém tem dúvidas quanto à função que desempenham, são as escovas limpa-vidros. A sua missão é remover a água e a sujidade que se acumulam nos para-brisas e óculos traseiros. Daí o papel decisivo que desempenham em matéria de visibilidade e segurança. De pouco serviriam os faróis e a mecânica sem as escovas limpa-vidros. Apesar da evolução sofrida (materiais utilizados; eficácia de limpeza; design aerodinâmico), o funcionamento das escovas pouco mudou na sua essência desde os primórdios. Ganhou, sobretudo, um mecanismo de acionamento com diferentes velocidades (chuva forte, leve ou fraca), que, hoje, é ativado, na grande maioria dos automóveis novos, através de um sensor, bastando apenas que caia uma gota de água no para-brisas para que funcione de forma automática. de refrigeração ou de limpeza de para-brisas, carecem de verificação. Que mais não é do que a observação dos seus níveis. No entanto, cada fluido tem a sua função específica no veículo. No caso dos lubrificantes (óleos), permitem que os componentes com superfícies metálicas se movam entre si, movimento este que gera atrito e desgaste nessas superfícies. O atrito traduz-se em perda de energia e provoca alterações nas características mecânicas dos materiais, devido ao aumento de temperatura. Já o desgaste, limita a vida útil dos equipamentos, quer devido à perda das características de desempenho, quer em virtude da diminuição da resistência mecânica. São os lubrificantes que têm a função de minimizar o atrito entre as peças móveis, tornando, assim, o funcionamento dos motores possível. Os lubrificantes variam de acordo com a sua es- pecificidade. O óleo do motor não é igual ao dos travões, ao da direção assistida, ao das caixas de velocidades/transferências nem ao dos diferenciais. No que aos outros fluidos diz respeito, o anticongelante tem a função de tornar eficiente e de conservar o sistema de refrigeração, ao passo que os que se aplicam nos reservatórios dos limpa- -vidros têm a missão de desengordurar e de deixar os vidros do automóvel transparentes. 10 Iluminação A função das escovas limpa-vidros não se limita à utilização em condução com chuva. No tempo seco, o para-brisas e o óculo traseiro sujam-se e as escovas em mau estado, em vez de limpar, estendem a camada de sujidade pelos vidros, afetando seriamente a visibilidade. Logo, aumentam o risco de acidente. Para além disso, as escovas desgastam-se mais rapidamente no verão do que no inverno, em virtude de o calor endurecer a borracha. Mas atenção: a geada também é outro dos fatores de deterioração. A duração média das escovas é de cerca de um ano. Daí ser aconselhável mudá- -las cada 12 meses. Para já não falar no caso de existirem riscos no para-brisas, altura em que se deve proceder à substituição imediata das escovas, de modo a não provocar danos graves no vidro. Quais os sintomas de desgaste das escovas? Caso deixem faixas de água, estrias ou zonas húmidas na superfície a limpar; produzam vibrações ou pequenos ressaltos; não lavem nos cantos ou façam barulho; apresentem rugosidades e/ou cortes ao deslizar o dedo pelo fio da escova; emitam ruídos durante o seu funcionamento. l No que toca a iluminação, a expressão “ver e ser visto”, que se tornou trivial tantas vezes foi proferida e escrita, assume particular relevância. Todas as luzes dos veículos devem estar nas melhores condições. Quer as interiores quer, principalmente, as exteriores. Pelo que reparar prontamente qualquer avaria que possa ocorrer é de extrema importância. Em primeiro lugar, para não colocar em causa a segurança. Depois, para não incorrer numa infração que pode dar origem a coima em caso de fiscalização. As luzes devem ser inspecionadas frequentemente e não apenas quando se parte uma ótica ou se prepara o veículo para uma Inspeção Periódica Obrigatória. A tecnologia de iluminação teve de percorrer um longo caminho até conseguir oferecer uma visão noturna ideal para os automobilistas. O ex-líbris da iluminação automóvel é a tecnologia laser, que consiste no estágio de desenvolvimento mais avançado. Na base da pirâmide estão os faróis de halogéneo, seguindo-se- -lhes, os de Xénon e, mais acima, os de LED/Matrix LED/OLED. Para além da verificação da focagem dos faróis, a escolha das lâmpadas adequadas a cada tipo de utilização e o estado de conservação das óticas reveste- -se de grande importância. Uma palavra, também, para as restantes luzes presentes no veículo: nevoeiro; marcha-atrás; matrícula; travões, mudança de direção. Outubro I 2015 www.jornaldasoficinas.com

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