Jornal das Oficinas 119
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
15<br />
5 Escape<br />
l O sistema de escape é parte integrante<br />
do conjunto gestão do<br />
motor/controlo de emissões poluentes,<br />
que são o Monóxido de<br />
Carbono (CO), os Hidrocarbonetos<br />
Não Queimados (HC), os Óxidos de<br />
Azoto (NOx) e as Partículas (PM). No<br />
início da década de 1990, surgiram<br />
as primeiras panelas de escape catalisa<strong>das</strong>,<br />
cuja função era reduzir<br />
os níveis de Monóxido de Carbono<br />
(CO) e de Hidrocarbonetos Não Queimados<br />
(HC). Mais tarde, para se dar<br />
cumprimento às normas ambientais,<br />
os motores tiveram de recorrer<br />
a sistemas de pós-tratamento de<br />
gases de escape. Primeiro, através<br />
<strong>das</strong> válvulas EGR (recirculação dos<br />
gases de escape), que reduzem os<br />
níveis de NOx, depois por intermédio<br />
de soluções AdBlue. Mais tarde,<br />
vieram os filtros de partículas Diesel<br />
(queima-as e evita que elas sejam<br />
liberta<strong>das</strong>). Hoje, para reduzir ainda<br />
mais os NOx, utilizam-se sistemas de<br />
pós-tratamento de gases de escape<br />
que implicam AdBlue: SCR (redução<br />
catalítica seletiva), TWC (Three-Way<br />
Catalyst – catalisador de três vias),<br />
DOC (catalisador de oxidação Diesel),<br />
CRT (filtro de partículas mais<br />
eficiente) e ASC (catalisador que<br />
absorve a ureia que não é consumida<br />
pelo sistema SCR).<br />
Para além da utilização de lubrificantes<br />
adequados (os Full SAPS, devido<br />
ao completo pacote de aditivos que<br />
integram, são incompatíveis com os<br />
sistemas de pós-tratamento de gases<br />
de escape), devem ser verifica<strong>das</strong> a<br />
gestão do motor, o sistema de controlo<br />
de emissões e se existem fugas<br />
ou danos. Igualmente importante é<br />
explicar ao condutor que o seu veículo<br />
tem de efetuar percursos fora<br />
da cidade caso esteja equipado com<br />
filtro de partículas.<br />
6 Travões<br />
l Manter os travões em bom estado, é<br />
muito mais do que substituir as pastilhas.<br />
Pressupõe uma análise rigorosa ao<br />
estado dos discos e ao fluido existente<br />
no reservatório (verificação do nível e<br />
da existência de humidade). A travagem<br />
depende, em grande parte, do alinhamento<br />
<strong>das</strong> ro<strong>das</strong>, especialmente do<br />
camber. Fundamentais no domínio da<br />
segurança, os travões permitem refrear<br />
os ímpetos que o motor, por intermédio<br />
da caixa de velocidades, do diferencial<br />
e dos pneus, gerou.<br />
O estado dos travões deve ser constantemente,<br />
monitorizado. Tudo o que sejam<br />
pastilhas, discos, maxilas e tambores, tratando-se<br />
de peças de desgaste, devem<br />
ser substituí<strong>das</strong> nos intervalos recomendados.<br />
No entanto, existem vários casos<br />
em que, mesmo com essa recomendação<br />
do fabricante, essas peças de desgaste<br />
não precisam de ser substituí<strong>das</strong>. Tudo<br />
depende da utilização do veículo. Cabe<br />
ao reparador ter a honestidade e a abertura<br />
de espírito para dar conhecimento<br />
ao consumidor desta situação. Mudar<br />
peças de desgaste que estão em bom<br />
estado e que “aguentam” mais uns milhares<br />
de quilómetros, é fazer com que<br />
o cliente pague mais. E, isso, diga-se em<br />
abono da verdade, não é uma atitude<br />
justa. E muito menos séria. O estágio de<br />
desenvolvimento dos travões é tal, que,<br />
hoje, desempenham um papel decisivo<br />
no funcionamento de vários dispositivos<br />
de auxílio à condução presentes em<br />
inúmeros veículos. Isto para já não falar<br />
dos carbocerâmicos, que “jogam noutro<br />
campeonato”.<br />
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