ESCOLA ESTADUAL
Novo caderno do curriculo de lingua estrangeira (Inglês e ... - Sedu Novo caderno do curriculo de lingua estrangeira (Inglês e ... - Sedu
1. IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA PARA A FORMAÇÃO HUMANA As Orientações Curriculares para o Ensino Médio (Ministério da Educação, 2006, p. 33), atendendo ao artigo 35 da LDB/96, destacam, entre as fnalidades do Ensino Médio,“o aprimoramento do educando como ser humano; sua formação ética; o desenvolvimento de sua autonomia intelectual e de seu pensamento crítico; sua preparação para o mundo do trabalho e o desenvolvimento de competências para continuar seu aprendizado”. Como um dos componentes curriculares que integram o conjunto de disciplinas, as Línguas Estrangeiras (LEs) devem ter igual função. Por isso, além de ensinar um idioma estrangeiro, a escola busca, ao mesmo tempo, “cumprir outros compromissos com os educandos, como, por exemplo, contribuir para a formação de indivíduos como parte de suas preocupações educacionais” (op. cit., p. 91). Com a consolidação de seus conhecimentos, o estudante se prepara para enfrentar os desafos de aprimorar o aparato social favorável que já existe e modifcar a realidade que o cerca, quer no âmbito social, quer no econômico, quer no político. Sabemos que as LEs desempenham, na atualidade, um papel preponderante nas interações sociais, profssionais e culturais que acontecem a cada segundo. Falar e/ou ler e comunicar-se em LE são, de fato, competências bastante exigidas para que essas interações aconteçam e, por isso, o ensino de LE nas últimas décadas tem se preocupado com a aquisição da língua principalmente como instrumento ou meio de comunicação, com enfoque nas suas dimensões gramatical (e estrutural), discursiva (e pragmática), sociolinguística (e cultural) e estratégica (não verbal), o que foi concebido como Competência Comunicativa, no início dos anos 80, por Canale & Swain (Brown, 2000). No entanto, pensar em aquisição de língua e linguagem somente nessa perspectiva nos parece insufciente, uma vez que a evolução das teorias e pesquisas em Linguística Aplicada (LA) indica que uma visão mais abrangente e socialmente comprometida desse processo deve fundamentar sua prática e, por conseguinte, os currículos voltados para o ensino de línguas. Sendo assim, o foco no desenvolvimento de competências que se desdobrem em habilidades específcas de uso e compreensão da língua estrangeira deve ser utilizado como meio de se alcançar um objetivo maior do que somente a acumulação de estratégias isoladas e conhecimentos compartimentalizados. Ser profciente em uma língua estrangeira ultrapassa a noção de saber comunicar-se nessa língua. Em citação de VAN EK & TRIM (1984), as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (Ministério da Educação, 2006, p.94) fazem referência a esse fato, indicando que a aprendizagem de uma língua estrangeira faculta: “• estender o horizonte de comunicação do aprendiz para além de sua comunidade linguística restrita própria, ou seja, fazer com que ele entenda que há uma heterogeneidade no uso 13
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1. IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA PARA A FORMAÇÃO HUMANA<br />
As Orientações Curriculares para o Ensino Médio<br />
(Ministério da Educação, 2006, p. 33), atendendo<br />
ao artigo 35 da LDB/96, destacam, entre as<br />
fnalidades do Ensino Médio,“o aprimoramento do<br />
educando como ser humano; sua formação ética;<br />
o desenvolvimento de sua autonomia intelectual<br />
e de seu pensamento crítico; sua preparação para<br />
o mundo do trabalho e o desenvolvimento de<br />
competências para continuar seu aprendizado”.<br />
Como um dos componentes curriculares que<br />
integram o conjunto de disciplinas, as Línguas<br />
Estrangeiras (LEs) devem ter igual função. Por<br />
isso, além de ensinar um idioma estrangeiro, a<br />
escola busca, ao mesmo tempo, “cumprir outros<br />
compromissos com os educandos, como, por<br />
exemplo, contribuir para a formação de indivíduos<br />
como parte de suas preocupações educacionais”<br />
(op. cit., p. 91). Com a consolidação de seus<br />
conhecimentos, o estudante se prepara para<br />
enfrentar os desafos de aprimorar o aparato social<br />
favorável que já existe e modifcar a realidade que<br />
o cerca, quer no âmbito social, quer no econômico,<br />
quer no político.<br />
Sabemos que as LEs desempenham, na atualidade,<br />
um papel preponderante nas interações sociais,<br />
profssionais e culturais que acontecem a cada<br />
segundo. Falar e/ou ler e comunicar-se em LE são,<br />
de fato, competências bastante exigidas para que<br />
essas interações aconteçam e, por isso, o ensino<br />
de LE nas últimas décadas tem se preocupado<br />
com a aquisição da língua principalmente como<br />
instrumento ou meio de comunicação, com enfoque<br />
nas suas dimensões gramatical (e estrutural),<br />
discursiva (e pragmática), sociolinguística (e<br />
cultural) e estratégica (não verbal), o que foi<br />
concebido como Competência Comunicativa, no<br />
início dos anos 80, por Canale & Swain (Brown,<br />
2000).<br />
No entanto, pensar em aquisição de língua e<br />
linguagem somente nessa perspectiva nos parece<br />
insufciente, uma vez que a evolução das teorias<br />
e pesquisas em Linguística Aplicada (LA) indica<br />
que uma visão mais abrangente e socialmente<br />
comprometida desse processo deve fundamentar<br />
sua prática e, por conseguinte, os currículos<br />
voltados para o ensino de línguas. Sendo assim,<br />
o foco no desenvolvimento de competências que<br />
se desdobrem em habilidades específcas de uso<br />
e compreensão da língua estrangeira deve ser<br />
utilizado como meio de se alcançar um objetivo<br />
maior do que somente a acumulação de estratégias<br />
isoladas e conhecimentos compartimentalizados.<br />
Ser profciente em uma língua estrangeira<br />
ultrapassa a noção de saber comunicar-se nessa<br />
língua. Em citação de VAN EK & TRIM (1984),<br />
as Orientações Curriculares para o Ensino<br />
Médio (Ministério da Educação, 2006, p.94)<br />
fazem referência a esse fato, indicando que a<br />
aprendizagem de uma língua estrangeira faculta:<br />
“• estender o horizonte de comunicação do<br />
aprendiz para além de sua comunidade linguística<br />
restrita própria, ou seja, fazer com que ele<br />
entenda que há uma heterogeneidade no uso<br />
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