GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ENSINO FUNDAMENTAL ANO II

Guia de Orientações para a Intervenção Pedagógica - Sedu Guia de Orientações para a Intervenção Pedagógica - Sedu

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REFERÊNCIAS Azevedo, Ricardo. Aspectos da Literatura no Brasil Hoje. Revista Projeto, v. 4, n. 6, maio 2002. Bettelheim, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. Gillig, Jean Marie. O Conto na Psicopedagogia. Porto Alegre: ARTMED, 1999. Neves, Iara Conceição Bitencourt. Ler e Escrever: Compromisso de todas as áreas. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1998. Paulino, Graça; Walty, Ivete; Fonseca, Maria Nazareth; Cury, Maria Zilda. Tipos de Textos, Modos de Leitura. São Paulo: Formato, 2001. Piaget, Jean. A Formação do Símbolo na Criança. Rio de Janeiro: LTC, 1990. Saraiva, Juracy Assmann (Org.). Literatura e Alfabetização: do Plano do Choro ao Plano da Ação. Porto Alegre: ARTMED, 2001. Smole, Kátia C. Stocco; Cândido, Patrícia T.: Stancnelli, Renata. Matemática e Literatura Infantil. Rio de Janeiro: Apoio, 1995. Zilberman, Regina; Magalhães, Regina Cademartori. Literatura Infantil: Autoritarismo e Emancipação. São Paulo: Ática, 1982. Literatura Infantil Práticas adequadas ajudam a despertar o gosto pela leitura A Literatura Infantil, devido a sua diversidade de linguagens e riqueza artística, possibilita muitos momentos prazerosos na complexa tarefa do ensino e aprendizagem da linguagem escrita. Cabe à escola utilizá-la de forma lúdica para estabelecer uma relação harmoniosa entre professor, aluno e texto literário, assim como possibilitar que o contato da criança com a linguagem escrita não ocorra apenas pela decodificação. O aluno precisa compreender que ler é um exercício que se presta ao prazer e não serve apenas para execução de tarefas escolares e atendimento de interesses transitórios. Segundo Saraiva, é papel da escola alfabetizar, formar indivíduos que convivam com a leitura, obtendo dela conhecimento e prazer, e oportunizar aos alunos o desenvolvimento de uma atitude crítica-reflexiva diante dos textos. Com isso, a escola pode ajudar a compor modos de ler que produzam prazer e conhecimento. “Uma leitura que não se limita à decodificação; é instrumento de autocompreensão e estabelecimento de ricas relações interpessoais”, acrescenta o autor. 137

Ao professor que atende alunos em processo de alfabetização, cabe ainda a tarefa de possibilitar um contato sensorial com o livro. A relação com o livro antes de aprender a ler auxilia a criança a torná-lo significativo como um objeto que proporciona satisfação. Isto ocorre porque ao tocar, manusear, olhar, alisar o livro e brincar com suas folhas e gravuras, a criança sente um prazer similar ao proporcionado por um brinquedo. No entanto, há crianças que, por diversos motivos, não recebem a oportunidade de contato sensorial com o livro. Nesses casos, existem duas possibilidades: a criança aceita o desafio de aprender a ler porque entende a escola como um rito de passagem para a vida adulta ou tem uma experiência infeliz com a aprendizagem e não consegue representar mentalmente a escola como um tempo necessário para a vida. Isso mostra que a criança precisa dar sentido à escola e à leitura antes de dominar o código da escrita. Permitir que os alunos manuseiem diversos livros e explorem as estantes da biblioteca são formas de proporcionar o contato significativo com o livro. Ler histórias para os alunos é também uma atividade que proporciona prazer. Ao ouvir um conto, a criança sente-se cativada pela entonação e pela sonoridade da voz do narrador e pelas ilustrações que tem a oportunidade de visualizar. Zilberman acredita que uma leitura lúdica e desarticulada de propósitos pedagógicos pode ser um importante instrumento para os alunos aprenderem a gostar de ler e compreenderem as diversas linguagens literárias. A literatura pode ser uma atividade lúdica quando dirigida à ficção e à poesia. Se, ao invés de primar pelo lúdico e pela atividade crítica, a escola burocratizar excessivamente a leitura de textos, deixando de respeitar os objetivos, iniciativas e estratégias de leitura dos leitores, poderá afastar o aluno do universo literário, pois irá impedi-lo de construir sentido. Isso não significa abrir mão de uma pedagogia que facilite a interação entre aluno e texto; o que se deve evitar é a decodificação pura e simples e os testes automatizados. È papel da escola auxiliar na formação de leitores que produzam sentido por meio do diálogo com os diversos gêneros literários. No entanto, o papel da Literatura Infantil nas quatro primeiras séries do Ensino Fundamental não se esgota na tarefa de proporcionar o prazer de ler. Diversos autores vêm estudando os benefícios que a literatura produz no desenvolvimento infantil. Benefícios para a criança A escrita é uma tecnologia produzida historicamente pelo homem. Ela representa a linguagem, mas não é dela a transcrição. Sendo assim, a alfabetização constrói-se a partir do conhecimento do alfabeto, da reflexão sobre a escrita e de atividade de uso contextualizado e significativo da língua escrita. Na tarefa de organizar atividades que favoreçam a aquisição da leitura e da escrita, o professor deve buscar embasamento nos estudos sobre psicogênese da alfabeti- 138

REFERÊNCIAS<br />

Azevedo, Ricardo. Aspectos da Literatura no Brasil Hoje. Revista Projeto, v. 4, n. 6, maio 2002.<br />

Bettelheim, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.<br />

Gillig, Jean Marie. O Conto na Psicopedagogia. Porto Alegre: ARTMED, 1999.<br />

Neves, Iara Conceição Bitencourt. Ler e Escrever: Compromisso de todas as áreas. Porto Alegre:<br />

Editora da UFRGS, 1998.<br />

Paulino, Graça; Walty, Ivete; Fonseca, Maria Nazareth; Cury, Maria Zilda. Tipos de Textos, Modos<br />

de Leitura. São Paulo: Formato, 2001.<br />

Piaget, Jean. A Formação do Símbolo na Criança. Rio de Janeiro: LTC, 1990.<br />

Saraiva, Juracy Assmann (Org.). Literatura e Alfabetização: do Plano do Choro ao Plano da<br />

Ação. Porto Alegre: ARTMED, 2001.<br />

Smole, Kátia C. Stocco; Cândido, Patrícia T.: Stancnelli, Renata. Matemática e Literatura Infantil.<br />

Rio de Janeiro: Apoio, 1995.<br />

Zilberman, Regina; Magalhães, Regina Cademartori. Literatura Infantil: Autoritarismo e Emancipação.<br />

São Paulo: Ática, 1982.<br />

Literatura Infantil<br />

Práticas adequadas ajudam a despertar o gosto pela leitura<br />

A Literatura Infantil, devido a sua diversidade de linguagens e riqueza artística, possibilita<br />

muitos momentos prazerosos na complexa tarefa do ensino e aprendizagem<br />

da linguagem escrita.<br />

Cabe à escola utilizá-la de forma lúdica para estabelecer uma relação harmoniosa entre<br />

professor, aluno e texto literário, assim como possibilitar que o contato da criança<br />

com a linguagem escrita não ocorra apenas pela decodificação. O aluno precisa<br />

compreender que ler é um exercício que se presta ao prazer e não serve apenas para<br />

execução de tarefas escolares e atendimento de interesses transitórios.<br />

Segundo Saraiva, é papel da escola alfabetizar, formar indivíduos que convivam com<br />

a leitura, obtendo dela conhecimento e prazer, e oportunizar aos alunos o desenvolvimento<br />

de uma atitude crítica-reflexiva diante dos textos. Com isso, a escola pode<br />

ajudar a compor modos de ler que produzam prazer e conhecimento. “Uma leitura<br />

que não se limita à decodificação; é instrumento de autocompreensão e estabelecimento<br />

de ricas relações interpessoais”, acrescenta o autor.<br />

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