GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ENSINO FUNDAMENTAL ANO II
Guia de Orientações para a Intervenção Pedagógica - Sedu
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fessor e alunos checam, comparando as palavras, pronunciando uma sílaba a cada<br />
vez, contando quantas vezes abrem a boca.<br />
Como se pode ver, no caso de crianças com hipóteses de escrita bem primitivas, o<br />
objetivo é levá-las a observar que as palavras são compostas por unidades sonoras<br />
menores, as sílabas orais. Tal conhecimento é fundamental para que aqueles<br />
alunos avancem, desenvolvendo uma hipótese silábica de escrita.<br />
Se quisermos ajudar ainda mais – e se envolvermos alunos com hipóteses mais<br />
evoluídas no mesmo jogo – podemos contrastar alguns pares de palavras que<br />
apareceram, escrevendo-as com um alfabeto móvel. Tal como fez a professora Rosângela<br />
Santos, o ideal é sempre pôr as crianças na condição de quem resolve a<br />
tarefa, pedindo que digam com que letras acham que cada palavra começa, qual<br />
vem depois, quantas letras acham que será preciso para escrever cada palavra<br />
do par, justificando suas respostas. Enfim, fazer o aprendiz pensar sobre propriedades<br />
do sistema alfabético que tem de ser compreendidas, para que ele possa<br />
dominar as correspondências letra/som de nossa língua.<br />
Para concluir, queremos chamar a atenção sobre dois pontos. O emprego de uma<br />
metodologia de ensino que vise “alfabetizar letrando” pressupõe garantir que, a<br />
cada dia letivo, os aprendizes estejam envolvidos em práticas de leitura e produção<br />
de variados gêneros textuais. Mas a metodologia adotada precisa também<br />
assegurar que, de segunda a sexta-feira, nossos alunos vivam momentos sistemáticos<br />
de reflexão sobre as palavras de nossa língua, a fim de compreenderem<br />
como as letras representam as palavras que pronunciamos. Contrariando o que<br />
acontecia quando usávamos os velhos métodos de alfabetização, é necessário garantir<br />
que a descoberta de “como as letras funcionam” não seja vivida pela criança<br />
como uma tarefa solitária, sem um ensino que considere seu modo de raciocinar.<br />
Não temos porque deixar as crianças descobrirem “sozinhas” o mistério das letras.<br />
E, ao assumir nosso dever de ajudá-las, podemos fazê-lo através de jogos e situações<br />
semelhantes, reflexivas e prazerosas.<br />
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