GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ENSINO FUNDAMENTAL ANO II
Guia de Orientações para a Intervenção Pedagógica - Sedu
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Eles achavam o máximo quando eu dizia que eles tinham de me ensinar a escrever as<br />
palavras. Eu pedia então que fossem me dizendo as letras com que eu deveria escrever<br />
aquelas palavras, que eles tinham descoberto como rimas de seus nomes.<br />
Não fiz isso com todas as palavras do texto, mas só com as que rimavam, para que<br />
a atividade não ficasse cansativa e acabasse se tornando desestimulante.<br />
Essa atividade foi muito prazerosa para a turma e até hoje eles brincam na hora<br />
que faço a chamada.<br />
Outras atividades semelhantes foram feitas quando trabalhei textos que as crianças<br />
já sabiam de cor, tais como cantigas de roda, parlendas, poemas. Percebi que<br />
eles tinham mais autonomia, mesmo aqueles que não escreviam convencionalmente.<br />
As atividades de completar os poemas, buscando as palavras que rimam, e montagem<br />
de uma parlenda ou poema conhecido, em que as crianças montavam o<br />
texto em dupla, ajudaram bastante para que avançassem na alfabetização.<br />
O tamanho das palavras<br />
Para ajudar as crianças a pensar sobre como funciona o sistema alfabético, podemos<br />
usar diversos jogos que incentivem a reflexão sobre características das partes<br />
orais e escritas das palavras. Assim, os alunos podem ser levados a observar o<br />
“tamanho” das palavras, ou seja, a quantidade de sílabas orais que pronunciamos,<br />
quantidade de letras e as diferenças e semelhanças sonoras e gráficas – além de<br />
rimas, como visto na situação 1, acima, podemos explorar semelhanças nas sílabas<br />
ou letras com as quais a palavra começa.<br />
Numa etapa muito inicial, as crianças pensam que as palavras escritas deveriam<br />
registrar características físicas dos objetos que designam. Adotando um raciocínio<br />
realista, pensam, por exemplo, que a palavra “trem” deve ser escrita com muitas<br />
letras, “porque o trem é muito grande”, ao passo que “formiguinha” deveria ser escrita<br />
com poucas letras (ou com letras bem miúdas) “porque é um bichinho bem<br />
pequenininho”. Para ajudá-las a superar essa etapa – que é natural e não tem nada<br />
a ver com “dislexias” -, podemos levá-las a brincar, examinando o tamanho das<br />
palavras.<br />
O jogo Batalha de Palavras tem esse objetivo. Imitando o jogo de baralho denominado<br />
Batalha, dois alunos ou duas duplas recebem a mesma quantidade de cartelas,<br />
no verso das quais aparecem gravuras, cujos nomes variam quanto à quantidade<br />
de sílabas orais (por exemplo, pá, leão, sapato, igreja, computador, mão,<br />
etc.). A cada jogada os participantes “levantam” uma cartela. Ganha quem, estiver<br />
com a gravura cujo nome tem mais “pedaços”. Para dirimir eventuais dúvidas, pro-<br />
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