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A CIDADE E AS SERRAS

Untitled - Luso Livros

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esses pêssegos, menino, é alguma coisa de extraceleste. Também lhe hei depedir que te mande o doce.Ele ria: — Será explorar de mais a prima Joaninha. E eu (porquê?) recordei eatirei ao meu Príncipe estes dois versos de uma balada cavalheiresca,composta em Coimbra pelo meu pobre amigo Procópio:Manda-lhe um servo dizendo: «Bem hajas dona formosa!» E que lhe entregueum anel E com um anel uma rosa.Jacinto riu alegremente: — Oh! Zé Fernandes, seria excessivo, logo, por causade meia dúzia de pêssegos, e de um boião de doce.Assim ríamos, quando apareceu, à volta da estrada, o longo muro da quintados Velosos, e depois a capelinha de S. José de Sandofim. E imediatamentepiquei para o largo, para a taverna do Torto, por causa daquele vinhinhobranco, que sempre, quando por ali a levo, a minha alma me pede. O meuPríncipe reprovou, indignado:— Oh! Zé Fernandes, pois tu, a esta hora, depois do almoço, vais bebervinho branco?— É um costumezinho antigo... Aqui à taverninha do Torto... Umdecilitrinho... A almazinha assim mo pede.E parámos, eu gritei pelo Manuel, que apareceu, rebolando na sua grossapança, sobre as pernas tortas, com a infusa verde, e um copo.

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