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A CIDADE E AS SERRAS

Untitled - Luso Livros

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empurrava uma cadeira, insistia que nos acomodássemos para um absinto oupara um bock.— Toma um bock, Zé Fernandes! — lembrou Jacinto. Tu estavas a ganircom sede! Corri lentamente a língua sobre os beiços, mais secos quepergaminhos: — Estou a guardar esta sedezinha para logo, para o jantar, comum vinhozinho gelado!Maurício saudou, com silenciosa admiração, esta minha avisada malícia. Eimediatamente, para o meu Príncipe:— Há três anos que te não vejo, Jacinto... Como tem sido possível, nesteParis que é uma aldeola e que tu atravancas?— A vida, Maurício, a espalhada vida... Com efeito! Há três anos, desde acasa dos. Lamotte-Orcel. Tu ainda visitas esse santuário?Maurício atirou um gesto desdenhoso e largo, que sacudia um mundo. — Oh!Há mais de um ano que me separei dessa bicharia herética... Uma turbaindisciplinada, meu Jacinto! Nenhuma fixidez, um diletantismo estonteado,carência completa e cómica de toda a base experimental... Quando tu ias aosLamotte-Orcel, e à Parola do 37, e à Cerveja Ideal, o que reinava....Jacinto catou lentamente as suas recordações por entre os pêlos do bigode: —Eu sei!... Reinava Wagner e a Mitologia Édica, e o Raganarock, e as Normas...

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