POESIAS ERÓTICAS

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DE CERÚLEO GABÃO NÃO BEM COBERTODe cerúleo gabão não bem coberto,Passeia em Santarém chuchado moço,Mantido às vezes de sucinto almoço,De ceia casual, jantar incerto;Dos esburgados peitos quase aberto,Versos impinge por miúdo e grosso.E do que em frase vil chamam caroço,Se o quer, é vox clamantis in deserto.Pede às moças ternura, e dão-lhe motes!Que tendo um coração como estalagem,Vão nele acomodando a mil pexotes.Sabes, leitor, quem sofre tanto ultraje,
Cercado de um tropel de franchinotes?É o autor do soneto: é o Bocage!
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POESIAS ERÓTICAS,BURLESCAS E SATÍ
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BREVE NOTA SOBRE A OBRADe grande co
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ciúme, do belo-horrível ou da mor
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Saíram dele mesmo estas verdadesNu
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SONETO DO MEMBRO MONSTRUOSOEsse dis
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SONETO (DES)PEJADONum capote embrul
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SONETO DE TODAS AS PUTASNão lament
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SONETO DE TODOS OS CORNOSNão lamen
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SONETO DA COPULA CANINAQuando no es
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SONETO DO CARALHO DECADENTECom quem
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SONETO DA DAMA A CAGARCagando estav
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SONETO DO VELHO ESCANDALOSOTu, ó d
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SONETO DA DONZELA ANSIOSADeitada do
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SONETO DA ESCULTURA ESCANDALOSAUm e
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SONETO DA COPULA ESCULPIDANesta, cu
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SONETO DO PRAZER MAIORAmar dentro d
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SONETO DO PAU DECIFRADOÉ pau, e re
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SONETO DA PUTA NOVATADizendo que a
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SONETO DO PREGADOR PECADORBojudo fr
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SONETO DO PADRE PATIFEAquele semicl
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SONETO DO CARALHO POTENTEPorripoten
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SONETO DO EPITÁFIOQuando em mim pe
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SONETO AO ÁRCADE FRANÇA (1*)No ca
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SONETO DO PRAZER EFÉMERODizem que
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SONETO DA PORCARIAQue fio de ouro,
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SONETO AO ÁRCADE LERENONojenta pro
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SONETO AO VIL INSETOEnquanto a rude
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OUTRO SONETO AO VIL INSETOHá junto
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SONETO AO PECADOR MORTOMorreu Bocag
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SONETO DO RETRATO MAL FALADOEsquele
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SONETO MAÇÓNICO (1*)Turba (2*) es
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SONETO NAPOLEÔNICO (*)Tendo o terr
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SONETO DRAMÁTICONa cena em quadra
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SONETO ARCÁDICONão tendo que faze
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OUTRO SONETO AO FRANÇARapada, amar
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SONETO AO LEITÃOPilha aqui, pilha
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SONETO DO DIÁLOGO CONJUGALNão cho
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SONETO ANTICLERICALSe quereis, bom
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SONETO DOS DONATIVOSCristo morreu h
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SONETO DA ESMOLA DESVIRTUADAPadre F
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SONETO DO MONGE CALUNIADOLíngua mo
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Page 92 and 93: SONETO DO CORNO CHOROSOSe o grã Se
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Page 124 and 125: SONETO MATINALEram seis da manhã;
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Page 132 and 133: SONETO DO ADEUS ÀS PUTASQue eu nã
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Page 148 and 149: Pois dás-me glória no elevado tro
Page 150 and 151: XXIComeça o banquete, que constava
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Page 154 and 155: Do ranhoso licor lhe inunda a saia;
Page 156 and 157: XXXIAlma nova cobrou, como uma lebr
Page 158 and 159: A MANTEIGUIARGUMENTODa grande Mante
Page 160 and 161: extremamente feio e corcunda. Vénu
Page 162 and 163: As piças pelas mãos lhe vão mete
Page 164 and 165: A tromba, costumada a tais batalhas
Page 166 and 167: Em coisa, que não seja de mangalho
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Page 174 and 175: Mas de raiva dará pulos,Vendo que
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Page 178 and 179: O INFERNO DO CIÚMEIEsse abismo, es
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Vós, moças do Bairro-Alto e Fonta
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A recolhia em casa, e pela mamaApen
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Teve um filho que foi alcoviteiro.E
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Oh dia com razão amargurado!Enquan
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A AVENTURA NOTURNAEra alta a noite,
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Eis de Nise a criada, abelha-mestra
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“Bem vês ao que me arrisco: eu b
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Nise, cheia de susto, e casto pejo,
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Ao som de queixas mil, com que tent
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Os seus doces influxos brandamente,
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E que mimoso, petulante dedoLhe amo
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Pode mais do que as leis a Natureza
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A ninfa fugitiva será Febo.Após o
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Mais honrosa será tua vitoria,Tens
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Com gesto alegre o teu amor exprime
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Não seria Penélope tão casta,Se
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O ciúme foi ferro, a cujo golpeBan
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Forma novos oráculos em Cipro;Por
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No pomo da Discórdia veio envoltaA
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“Formoso, que a prazeres vos exci
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A leve coma paludosos ramos,Atrás
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