Exposição de Pintura de José Andrade

José AndradeNasceu, em Lisboa, a 26 de Janeiro de 1964, começou porestudar na Escola de Artes Decorativas António Arroios aque se seguiu o Curso de Pintura, da Sociedade Nacionalde Belas Artes de Lisboa, a cargo dos professores JaimeSilva e Paiva Raposo. Revendo-se na pintura de mestreAníbal Lopes, elegeu a temática figurativa, quer nasaguarelas como nos óleos, como expressão do seuuniverso humano e existencial. Já participou em dezenasde exposições individuais e colectivas. As suas obras espalham-se por grande número decolecções particulares, empresas e espaços públicos e (ou) ligados ao mecenato cultural.JOSÉ ANDRADE E A SUA CIRCUNSTÂNCIATexto de: Bentes Francês*É uma pintura sem mapa, onde podemos ir de um lado para o outro entre o adivinhar dos contornosda paisagem, o gosto pela natureza particular das flores e dos frutos maduros e as mutaçõescromáticas do mar pleno que capta os momentos em que os olhos se encontram com o horizonte.Há uns anos, quando nos foi dado observar os primeiros trabalhos de José Andrade, no átrio daEscola Secundária das Olaias, em Lisboa, os seus quadros despertaram-me curiosidade e repentinointeresse. E o tempo viria a dar-nos razão. Ao longo deste período de contacto com a sua pinturapodemos verificar a qualidade dos seus trabalhos e a forma como foram ganhando umaautonomia, característica que já permite identificar os traços da sua obra.Na diversidade da sua pintura parece que há tempo para tudo. E é essa magia que nos aprazregistar. Ao redor das suas aguarelas e dos seus óleos parece haver uma intimidade e ao mesmotempo uma dimensão real e expressiva de quem gosta de se perder pelas ruas de uma qualquerterra, de descobrir praças e pátios e paisagens e deixar-se levar pela harmonia dos espaços e dostons com os quais temos afinidades. É o percorrer com os olhos as ruas vazias onde não faltamlembranças.Em José Andrade coincidem duas qualidades: o sentido da aprendizagem e da descoberta e oprazer do conhecimento. A primeira, faz com que busque com inteligência o sentido estético, aconfiguração dos volumes e o rigor da forma, e, a segunda, transmite a firmeza e o cuidado dequem sente prazer pelo trabalho que realiza.As aguarelas policromas de traços assumidamente vincados na geografia simples dos planos e osóleos com a harmonia dos seus frutos de tons aveludados, a graciosidade objectiva e quase íntimadas suas flores e a intemporalidade humana das suas naturezas mortas são formas de expressão quepercorrem os seus trabalhos. Os tons utilizados, de uma leveza brilhante e suave, são aquelas dequem se sente invadido pela doce claridade e pelo volume de luz dos dias de sol. Um estilo que nosremete para a evasão. Como quem abre uma janela salteada de cor onde o tempo suspensochega e as pessoas se habituam à sua presença.A aventura pluridisciplinar dessa paixão sente-se na forma como o artista plástico se entrega aotrabalho, na busca constante da sua própria expressão pictórica. Essa procura de novos horizontesreflecte (e de alguma maneira define) o caminho que o autor quer seguir. Um espaço em que nos vaitransmitindo o sentido objectual e consistente da sua obra.Contatos: Telem. 962 862 582E-mail: joseandrade64@hotmail.com* poeta, investigador e olisipógrafoExposição de Pintura1 a 30Março2012Espaço Arte “Aníbal Afonso”Clube Pessoal EDP - Delegação LisboaAv. Defensores de Chaves, 4C1000-117 LISBOA (ao Saldanha)deJoséAndradeFLORES E PAISAGENS COM COR

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