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Vol. 11 - nº 1 - 2013 - CRMV-SP

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M e d i c i n a v e t e r i n á r i a p r e v e n t i v aA raça zebuína Gir vem sendo selecionada há três décadaspara o aumento da produção de leite por meio detestes de progênie de touros. Veríssimo et al. (2002) verificarama resistência de vacas Gir, comparada com mestiçase Holandesas no mesmo sistema de produção a pasto, noqual não houve necessidade de aplicações de carrapaticidapara controle do carrapato nas zebuínas, durante o ano deobservação. A raça Holandesa é uma das mais suscetíveisao R. microplus (UTECH; Wharton; Kerr, 1978;VERÍSSIMO et al., 2002). No entanto, o cruzamento deanimais desta raça com outros da raça zebuína confereresistência aos descendentes mestiços, que são tão maisresistentes quanto maior for a participação da raça zebuínano genótipo (OLIVEIRA; ALENCAR, 1990).Veríssimo (1993), revisando os prejuízos causadospelo carrapato, concluiu que este inseto não traz prejuízoalgum a bovinos resistentes, mas pode levar um animalsuscetível à morte, sendo um problema constante para apecuária leiteira, baseada em animais puros e, ou, mestiçoscom alto grau de sangue europeu, suscetíveis aoparasita. Destacou ainda, que a pecuária de corte nacionalé baseada na raça Nelore, o gado mais resistente aocarrapato, segundo sua revisão.Em gado de corte, Marini et al. (2010) verificaramque novilhas mestiças recém-desmamadas (8-9 meses deidade) ½ Angus x ½ Nelore criadas a pasto, ganharammais peso, mesmo tendo significativamente mais carrapatosque novilhas Nelore e Guzerá, sem a necessidadede aplicação de carrapaticida por 11 meses de observaçãoo que demonstrou que o cruzamento de raça européiaespecializada na produção de carne com a raça Nelorepode ser uma estratégia sustentável e econômica paraaumentar a eficiência de produção de carne no Brasil.Veríssimo et al. (2004) constataram que 73% de vacasJersey criadas em uma propriedade no estado deSão Paulo, Brasil, poderiam ser consideradas resistentesao carrapato, corroborando as conclusões de UTECH;Wharton; Kerr, 1978, que demonstraram a maiorresistência dessa raça frente à infestação por carrapatos.ConclusõesA criação de bovinos resistentes ao carrapato é a formamais eficaz (controle efetivo da população de carrapatos),econômica (não há gastos com insumos para seucontrole) e ecológica (sem resíduos para o ambiente)atualmente usada no controle do carrapato R. microplus.Na pecuária de corte o problema do carrapatoé minimizado com a criação de raças zebuínas, e oscruzamentos de animais resistentes (zebuínos) com suscetíveis(europeus), assim como a criação da raça Jersey,contribuem para o controle biológico do carrapato napecuária de corte e leiteira.O fungo Metarhizium anisopliae é o controlador biológicodo carrapato mais estudado até o presente momento,mas outros estudos deverão ser realizados para que setorne uma realidade no controle do carrapato em raçassuscetíveis, e pesquisas deverão ser desenvolvidas no sentidode se verificar o impacto da aplicação desse fungosobre outros inimigos naturais do carrapato tais comoinsetos (ex: formigas) e nematódeos entomopatogênicos,pois, não se deve introduzir/aumentar artificialmente apresença de um controlador biológico em detrimento deoutros igualmente importantes nessa tarefa.Algumas espécies de formigas são importantes predadoresdo carrapato nas pastagens.Galinhas domésticas têm grande potencial para seremutilizadas no controle biológico do carrapato, no entanto,ainda há poucos estudos científicos com este predador.20 mv&z c r m v s p . g o v . b r

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