Arquivo do trabalho - IAG - USP

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22.08.2015 Views

Reconexão Magnética Turbulentaturbulência MHD confirmaram as previsões de que vórtices magnetizados são alongadosna direção do campo magnético (veja adiante) e forneceram resultados consistentes comas relações quantitativas do grau de elongação destes vórtices obtidas por Goldreich &Sridhar (1995).A turbulência MHD, quando suficientemente forte em termos da magnitude das interaçõesnão lineares entre as estruturas (veja descrição adiante), pode ser descrita pormeio de vórtices 2 , de forma similar à turbulência hidrodinâmica. Por outro lado, aocontrário da turbulência de Kolmogorov, na presença de um campo magnético forte (dinamicamenteimportante) os vórtices tornam-se anisotrópicos. Os vórtices irão entãomisturar as linhas de campo na direção perpendicular ao campo magnético.Considereumvórticededimensõesl ‖ el ⊥ paraleloeperpendicularaocampomagnético,respectivamente. Por causa da transferência turbulenta para escalas perpendiculares menores,l ⊥ tende a encolher, tornando o vórtice mais alongado. Em geral, este processoserá limitado pela propagação na direção paralela tal que (Biskamp 2003)δv l /l ⊥ ∼ v A /l ‖ (4.1)esta relação é conhecida como o balanço crítico (critical balance) de Goldreich & Sridhar.Esta é a principal proposição da teoria de GS95, a igualdade entre um período de rotaçãodo vórtice l ⊥ /δv l e o período da correspondente onda de Alfvén ∼ l ‖ /v A , onde v A é avelocidade de Alfvén. Então a cascata espectral ocorre principalmente no plano k ⊥ com ofluxo de energia ǫ constante no intervalo inercial (tal como na teoria de Kolmogorov paraturbulência hidrodinâmica),ǫ ∼ v 3 l /l ⊥ (4.2)Usando a expressão anterior para δv l e combinando esta relação com a eq. 4.1 obtemos2 A descrição em termos de pacotes de onda interagentes ou modos é também possível com os correspondentesvetores de onda tendendo a ficar mais e mais perpendiculares ao campo magnético à medidaque a cascata se desenvolve (Schekochihin & Cowley 2007).74

Reconexão Magnética Turbulental ‖ ∼ v Aǫ 1/3l2/3 ⊥ ∼ L1/3 l 2/3⊥, (4.3)onde L = vA 3 /ǫ. Encontramos que a anisotropia espectral aumenta com k, ou seja, com adiminuição do tamanho dos vórtices,k ⊥ /k ‖ ∼ (L k ⊥ ) 1/3 (4.4)o que reflete a tendência de os vórtices tornarem-se mais e mais alongados com o cascateamentoda energia para as menores escalas.Esta relação de escala é confirmada pelas simulações numéricas (e.g., Cho & Vishniac2000; Beresnyak, Lazarian&Cho2005). Arelação4.2éequivalente aoespectro deenergiaKolmogorov perpendicular à direção do campo local:E k⊥ ∼ ǫ 2/3 k −5/3⊥∼ (v 3 A /L)2/3 k −5/3⊥, (4.5)O espectro de energia paralelo está atrelado ao espectro perpendicular. Assim, usandok ⊥ da eq. 4.3 temosE k‖ ∼ ǫ 3/2 v −5/2Ak −5/2‖. (4.6)Observamos que se não existe campo médio a turbulência pode ser isotrópica com umespectro Kolmogorov visto que a contribuição da parte paralela é pequena no intervaloinercial e decai mais rapidamente. Na presença de um campo médio B 0 , o espectroKolmogorov, deve ser medido somente no plano perpendicular enquanto que a amplitudedas flutuações paralelas ao campo são pequenas (Biskamp 2003).É importante notar que as escalas l ⊥ e l ‖ são medidas com respeito ao sistema dereferência relacionado à direção do campo magnético local visto pelo vórtice.A teoria GS95 descrita acima assume que a injeção de energia é isotrópica na escalaL e que a velocidade de injeção da turbulência v L é igual à velocidade de Alfvén no fluidov A , isto é, o número de Mach Alfvénico é M A ≡ (v L /v A ) = 1. Temos então uma descriçãopara a turbulência trans-Alfvénica.75

Reconexão Magnética Turbulentaturbulência MHD confirmaram as previsões de que vórtices magnetiza<strong>do</strong>s são alonga<strong>do</strong>sna direção <strong>do</strong> campo magnético (veja adiante) e forneceram resulta<strong>do</strong>s consistentes comas relações quantitativas <strong>do</strong> grau de elongação destes vórtices obtidas por Goldreich &Sridhar (1995).A turbulência MHD, quan<strong>do</strong> suficientemente forte em termos da magnitude das interaçõesnão lineares entre as estruturas (veja descrição adiante), pode ser descrita pormeio de vórtices 2 , de forma similar à turbulência hidrodinâmica. Por outro la<strong>do</strong>, aocontrário da turbulência de Kolmogorov, na presença de um campo magnético forte (dinamicamenteimportante) os vórtices tornam-se anisotrópicos. Os vórtices irão entãomisturar as linhas de campo na direção perpendicular ao campo magnético.Considereumvórticededimensõesl ‖ el ⊥ paraleloeperpendicularaocampomagnético,respectivamente. Por causa da transferência turbulenta para escalas perpendiculares menores,l ⊥ tende a encolher, tornan<strong>do</strong> o vórtice mais alonga<strong>do</strong>. Em geral, este processoserá limita<strong>do</strong> pela propagação na direção paralela tal que (Biskamp 2003)δv l /l ⊥ ∼ v A /l ‖ (4.1)esta relação é conhecida como o balanço crítico (critical balance) de Goldreich & Sridhar.Esta é a principal proposição da teoria de GS95, a igualdade entre um perío<strong>do</strong> de rotação<strong>do</strong> vórtice l ⊥ /δv l e o perío<strong>do</strong> da correspondente onda de Alfvén ∼ l ‖ /v A , onde v A é avelocidade de Alfvén. Então a cascata espectral ocorre principalmente no plano k ⊥ com ofluxo de energia ǫ constante no intervalo inercial (tal como na teoria de Kolmogorov paraturbulência hidrodinâmica),ǫ ∼ v 3 l /l ⊥ (4.2)Usan<strong>do</strong> a expressão anterior para δv l e combinan<strong>do</strong> esta relação com a eq. 4.1 obtemos2 A descrição em termos de pacotes de onda interagentes ou mo<strong>do</strong>s é também possível com os correspondentesvetores de onda tenden<strong>do</strong> a ficar mais e mais perpendiculares ao campo magnético à medidaque a cascata se desenvolve (Schekochihin & Cowley 2007).74

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