Arquivo do trabalho - IAG - USP
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Revisão Teóricanão magnetiza<strong>do</strong> (Klessen et al. 2000; Elmegreen & Scalo 2004), quanto no magnetiza<strong>do</strong>(Heitsch et al. 2001; Nakamura & Li 2005).Neste Capítulo e no próximo, nosso foco serão as interações de ondas de choquesde remanescentes de supernovas com nuvens interestelares. Estes choques, como veremos,induzem compressão e movimentos turbulentos supersônicos nas nuvens. Antes deprosseguirmos, faremos uma breve descrição conceitual sobre turbulência subsônica e supersônica.Uma descrição quantitativa da turbulência é muitas vezes vinculada a fluxosincompressíveis, ou subsônicos (Shu 1992). O parâmetro que caracteriza o esta<strong>do</strong> turbulentoou laminar de um flui<strong>do</strong> é o número de Reynolds (Re), o qual é da<strong>do</strong> pela razãoentre o termo de transporte e o termo de difusão da equação que descreve a evoluçãoda helicidade cinética (∇ ×v) de um flui<strong>do</strong>, isto é, R e = vL/ν, onde L e v são, respectivamente,a escala de comprimento e a velocidade características <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>, e ν é suaviscosidade cinemática, a qual dá a medida da quantidade de momento difundida de umelemento de flui<strong>do</strong> a outro. Portanto, um flui<strong>do</strong> é turbulento quan<strong>do</strong> R e > 1 e laminar,quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> contrário.A descrição da turbulência hidrodinâmica é dada pela teoria de Kolmogorov (1941)(vejatambémLandau&Lifshitz(1987),§33eFrisch1995). Nesta, aenergiaéinjetadanasgrandes escalas <strong>do</strong> sistema crian<strong>do</strong> grandes vórtices, os quais possuem grandes númerosde Reynolds e portanto, não dissipam energia através da viscosidade, mas transferemenergia para vórtices menores. O processo continua até que a cascata atinja vórtices bempequenos para os quais a viscosidade é <strong>do</strong>minante (e onde Re ∼ 1) e portanto, a suaenergia é totalmente dissipada em um perío<strong>do</strong> de rotação <strong>do</strong> vórtice.Uma análise dimensional da injeção de energia nas grandes escalas nos dá a lei deKolmogorov (Landau & Lifshitz 1966; Shu 1992; veja também Kolmogorov 1941)E(k) ∝ k −5/3 .onde k = 2π/l é o numero de onda e é proporcional ao inverso <strong>do</strong> tamanho (ou escala) lde um vórtice.Na Figura 2.1 vemos um esboço <strong>do</strong> espectro de potência de Kolmogorov mostran<strong>do</strong>13