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Arquivo do trabalho - IAG - USP

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Introdução2001).Na segunda parte deste <strong>trabalho</strong> (Capítulos 4 e 5), ao invés de nos concentrarmos emum mecanismo físico específico gera<strong>do</strong>r de turbulência e suas implicações na formaçãoestelar, como fizemos nos <strong>do</strong>is capítulos anteriores, exploraremos os efeitos globais dapresença de turbulência MHD em uma nuvem molecular. O verdadeiro papel que a turbulênciaMHD possui no colapso de nuvens é ainda bastante debati<strong>do</strong>. Uma questãoimportante neste debate é a difusão <strong>do</strong> campo magnético através de uma nuvem colapsante.Estimativas simples mostram que sob condições de MHD ideal, se to<strong>do</strong> fluxomagnético fosse draga<strong>do</strong> com o material colapsante, então o campo magnético em umaproto-estrela seria muitas ordens de magnitude maior <strong>do</strong> que o que de fato se observa emestrelas TTauri. Este é muitas vezes chama<strong>do</strong> de ”problema <strong>do</strong> fluxo magnético”(vejaSantos-Lima et al. 2012). Para resolver este problema devem-se considerar mecanismosdifusivos que possam remover parte <strong>do</strong> fluxo magnético de uma nuvem colapsante parapermitir a formação estelar.Para lidar com este problema da remoção parcial de campo magnético, tanto emum meio interestelar parcialmente ioniza<strong>do</strong> quanto em nuvens moleculares, pesquisa<strong>do</strong>resusualmente invocam o mecanismo de difusão ambipolar (AD). A AD, introduzidano contexto de formação estelar por Mestel & Spitzer (1956), vem sen<strong>do</strong> intensivamentediscutida desde então (e.g., Spitzer 1968; Nakano & Tademaru 1972; Mouschovias 1976,1977, 1979; Nakano & Nakamura 1978; Shu 1983; Lizano & Shu 1989; Fiedler & Mouschovias1992, 1993; Li et al. 2008; Fatuzzo & Adams 2002; Zweibel 2002). Em princípio,a AD deveria permitir que o fluxo magnético (o qual está acopla<strong>do</strong> à componente ionizada<strong>do</strong> gás) fosse redistribuí<strong>do</strong> durante o colapso de regiões de baixa ionização comoresulta<strong>do</strong> da colisão entre o gás neutro e o ioniza<strong>do</strong>. Avanços recentes na teoria e nassimulações numéricas, contu<strong>do</strong>, têm questiona<strong>do</strong> a eficiência deste processo de difusão.Vários autores (Shu et al. 2006, Krasnopolsky et al. 2010, 2011) exploraram a fase deacreção em formação estelar de baixa massa e concluíram que deveria existir uma difusãoefetiva aproximadamente três ordens de magnitude maior <strong>do</strong> que a difusividade Ôhmicapara permitir um transporte de fluxo magnético eficiente. Eles verificaram que a ADpoderia funcionar somente sob circunstâncias especiais, consideran<strong>do</strong> tamanhos de grãos4

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