Conclusõestransporte eficiente de fluxo magnético para as regiões externas menos densas da nuvem ea formação de um caroço denso aproximadamente crítico ou super-crítico, mostran<strong>do</strong> queépossível a formaçãodestes a partirde nuvens sub-críticas, consideran<strong>do</strong> apenasosefeitosda turbulência. A maioria destes caroços supercríticos forma<strong>do</strong>s nas simulações podemser compara<strong>do</strong>s com as observações de Crutcher et al. (2009). Os modelos simula<strong>do</strong>sN1 e N2b, contu<strong>do</strong>, atingiram um esta<strong>do</strong> final no qual o núcleo torna-se super-crítico,colapsan<strong>do</strong> para formar uma proto-estrela.A auto-gravidade tende a tornar mais eficiente o desacoplamento entre o gás colapsantee o fluxo magnético que flui para as regiões mais externas <strong>do</strong> envelope da nuvem,impedin<strong>do</strong> a dispersão <strong>do</strong> gás pela turbulência. Porém, se aumentarmos demais a densidade<strong>do</strong> gás(auto-gravidade), otempo de queda livre ficará tãopequeno que a turbulêncianão terá tempo de agir para difundir o campo magnético o suficiente e este será draga<strong>do</strong>juntamente com o gás colapsante e eventualmente irá impedir a formação de um núcleosuper-crítico. Um potencial central forte também facilita o desacoplamento entre o gáse o campo magnético, mas, da mesma forma que a auto-gravidade, um potencial centralmuito forte irá diminuir o tempo de queda livre tanto que o campo também será arrasta<strong>do</strong>para o centro juntamente com o gás antes que a turbulência possa remover o excesso defluxo. Os estu<strong>do</strong>s numéricos também mostraram que quanto maior a razão entre a pressãotérmica e a magnética, β, (mais fraco o campo magnético) mais eficiente é a difusão <strong>do</strong>campo magnético. Contu<strong>do</strong>, se aumentarmos demais a intensidade deste, tornan<strong>do</strong> a turbulênciaaltamente sub-Alfvénica, esta não será capaz de mudar a topologia ou difundiro campo magnético, e este último dificultará o colapso gravitacional.Finalmente, verificamos que existe uma pequena faixa de parâmetros para as nuvensfrias difusas para os quais tem-se um transporte eficiente de fluxo magnético devi<strong>do</strong>à difusão por reconexão turbulenta, permitin<strong>do</strong> ao mesmo tempo o colapso gravitacionale a formação de núcleos super-críticos nas nuvens. Em presença de turbulênciaaproximadamente trans-sônica e trans-Alfvénica, as condições iniciais para as nuvensformarem caroços críticos ou super-críticos se restringem a: razão pressão magnéticapressãotérmica, β ∼ 1 a 3, razões entre a energia turbulenta e a energia magnéticaE turb /E mag ∼ 1.62 to 2.96, e densidades da nuvem 50 < n 0 < 100 cm −3 , quan<strong>do</strong> con-122
Conclusõessideramos massas estelares M ⋆ ∼ 41M ⊙ , e 100 < n 0 < 140 cm −3 , quan<strong>do</strong> consideramosmassas estelares M ⋆ ∼ 27M ⊙ , implican<strong>do</strong> uma massa total da nuvem (gás + estrelas)M tot 120M ⊙ . Ofatodetermosobti<strong>do</strong>umaespaçoparamétricolimita<strong>do</strong>paraaformaçãodesses caroços super-críticos é também uma baixa eficiência de formação estelar (sfe) observadana Galáxia.Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s descritos nos Caps. 4 e 5 foram em parte publica<strong>do</strong>s em deGouveia Dal Pino et al. (2012) e estão apresenta<strong>do</strong>s na íntegra em artigo recentementesubmeti<strong>do</strong> para publicação (Leão et al. 2012). Cópia destes encontram-se nos ApêndicesD e E, respectivamente.6.3 PerspectivasPretendemos dar continuidade aos estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s processos de formação estelar induzidapor choques de SNs (Caps. 2 e 3) e outros agentes físicos <strong>do</strong> meio interestelar, para confrontaçãocom as observações. Em particular, simulações numéricas magneto-hidrodinâmicasdessas interações incluin<strong>do</strong> os efeitos da auto-gravidade, tal como fizemos no estu<strong>do</strong>de nuvens turbulentas no Cap. 5, serão realizadas. Isto permitirá seguir o colapso gravitacional<strong>do</strong> caroço da nuvem por tempos bem maiores dentro <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio computacional.Além disso, o emprego de resoluções numéricas ainda mais altas e de uma nova versão <strong>do</strong>nosso código numérico 3D MHD-Godunov incluin<strong>do</strong> rede adaptativa (veja página de GrzegorzKowal - daphne.iag.usp.br/gitweb), permitirão acompanhar a evolução <strong>do</strong> materialchoca<strong>do</strong> dentro das nuvens e observar inclusive se há transporte de fluxo magnético porreconexão turbulenta devi<strong>do</strong> à turbulência induzida pelo choque. Note-se que nesse caso,o mecanismo de turbulência induzi<strong>do</strong> na nuvem é real (e não somente turbulência injetadaartificialmente na nuvem, como a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> no estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> Cap. 5). Esta é inicialmentesupersônica, mas a compressão pelo choque, como vimos (Cap. 3), acarreta a formação deestruturas densas no material varri<strong>do</strong> pelo choque, particularmente no caroço da nuvem,e em alguns casos este torna-se gravitacionalmente instável e colapsa.Outro ingrediente importante que será considera<strong>do</strong> na continuação de nossos estu<strong>do</strong>sde formação estelar, é a inclusão das perdas radiativas <strong>do</strong> gás, ao invés de simplesmente123
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SumárioResumoivAbstractvii1 Introd
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ResumoNeste trabalho investigamos o
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