Arquivo do trabalho - IAG - USP
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Formação estelar em nuvens turbulentas e o transporte de Fluxo Magnéticoexcesso defluxo magnético desistemas colapsantes, como sugeri<strong>do</strong> porLazarian(2005). Opresente estu<strong>do</strong>, que considera nuvens auto-gravitantes esféricas mais realistas, confirmaos resulta<strong>do</strong>s da análise anterior, ou seja, mostra que a presença de turbulência é capazde remover fluxo magnético de regiões mais densas centrais para as bordas da nuvem, eportanto, facilita o colapso gravitacional na maioria <strong>do</strong>s modelos testa<strong>do</strong>s, sem consideraros efeitos da difusão ambipolar. Isto é assegura<strong>do</strong> pela medida da razão fluxo magnéticomassana região <strong>do</strong> núcleo das nuvens simuladas, o qual é quantifica<strong>do</strong> em nosso estu<strong>do</strong>pela razão entre campo magnético médio e a densidade média dentro destas (veja osdiagramas centrais das Figuras 5.2, 5.4, 5.6-em cima, 5.7, e 5.10). Esta razão diminuicom o tempo na maioria <strong>do</strong>s modelos turbulentos, enquanto permanece constante, emmédia, em suas contra-partidas não turbulentas.Como em Santos-Lima et al. (2010), também encontramos que um aumento no potencialgravitacional estelar (veja e.g., os modelos N1 e N2a da Figura 5.2), bem como umadiminuição na força <strong>do</strong> campo magnético inicial (ou um aumento em β; veja modelos N2bda Figura 5.2 e N2c e N2d na Figura 5.4) favorece o transporte de fluxo magnétiico porreconexão magnética turbulenta e seu desacoplamento <strong>do</strong> gás denso colapsante.Nos casos em que a turbulência é sub-Alfvénica (i.e., v turb /v A < 1, como nos modelosN2c, N2d, e N2e), o transporte de fluxo pela reconexão turbulenta é mais difícil, comodeveríamos esperar, já que a turbulência nas grandes escalas é fraca. De fato, para umanuvem com um campo magnético inicial muito grande, turbulência sub-Alfvénica não serácapaz de transportar o fluxo magnético para fora e o núcleo da nuvem falhará em evoluirpara um núcleo supercrítico, isto é, um núcleo com razão massa-fluxo magnético acima <strong>do</strong>valor crítico, o que é necessário para a gravidade se sobrepor às forças magnéticas (vejaos modelos N2c e N2d nas Figuras 5.4 e 5.5 para os quais β = 0.3 e v turb /v A = 0.7 e 0.9,respectivamente).No entanto, até mesmo regimes de turbulência sub-Alfvénica podem permitir a formaçãode núcleos críticos. Este foi o caso <strong>do</strong> modelo N2e, que possui as mesmas condiçõesiniciais <strong>do</strong> modelo N2c, porém, um potencial gravitacional total (gás + estrelas) menor.Este provocou um atraso no colapso de gás, o qual deu tempo para a reconexão turbulentasub-Alfvénica agir, poisestasetornamaisfortenasmenoresescalas(Lazarian2006,2011),106