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DICIONÁRIO DE NEGREIROS EM MOÇAMBIQUE 1750-1897

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<strong>DICIONÁRIO</strong> <strong>DE</strong><strong>NEGREIROS</strong> <strong>EM</strong> <strong>MOÇAMBIQUE</strong><strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>


<strong>DICIONÁRIO</strong> <strong>DE</strong> <strong>NEGREIROS</strong> <strong>EM</strong> <strong>MOÇAMBIQUE</strong><strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Autor: José CapelaEditor: Centro de Estudos Africanos da Universidade do PortoColecção: e-booksEdição: 1.ª (Novembro/2007)ISBN: 978-989-95426-5-5Localização: http://www.africanos.euPreço: gratuito na edição electrónica, acesso por download.Solicitação ao leitor: Transmita-nos (ceaup@letras.up.pt) a sua opinião sobre estetrabalho.Imagem da capa: “A Escravatura na África Oriental”, Desenho de Nogueira daSilva. Gravura de Baracho. In Semanário Dominical, Tomo II (1859), nº 47, pág.369. Reproduzido pela Biblioteca Pública Municipal do Porto.©: É permitida a cópia de partes deste documento, sem qualquer modificação, para utilização individual.A reprodução de partes do seu conteúdo é permitida exclusivamente em documentos científicos, com indicaçãoexpressa da fonte.Não é permitida qualquer utilização comercial. Não é permitida a sua disponibilização através de redeelectrónica ou qualquer forma de partilha electrónica.Em caso de dúvida ou pedido de autorização, contactar directamente o CEAUP (ceaup@letras.up.pt).


ÍNDICEIntrodução 9FONTES E BIBLIOGRAFIA 15Bibliografia 18Abreviaturas 20Glossário 21<strong>DICIONÁRIO</strong> BIOGRÁFICO <strong>DE</strong> <strong>NEGREIROS</strong> 23


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>INTRODUÇÃOA documentação e os estudos publicados sobre a escravatura e o tráficode escravos na colonização moderna não têm privilegiado os seusagentes. Para além de casos adornados com aura folclórica e picarescae de um ou outro negreiro cuja fortuna, verdadeira ou quimérica, o tornoulendário, a ignorância sobre tais protagonistas da história é avassaladora.Não somente a ignorância sobre os percursos pessoais cujointeresse se reduz ao conhecimento mais aprofundado do contributo dobiografado para o sentido e para o significado dos lances históricos emque esteve envolvido.Os resultados do fenómeno da escravatura colonial moderna nãoficaram circunscritos nem à produção material dos escravos, nem àincidência da monda humana nas sociedades africanas e repercussõeseconómicas respectivas nas suas terras de origem. Condicionaram oscomportamentos individuais e colectivos de europeus e de americanos,interferiram decisivamente nas suas economias, foram determinantes naimplantação de regimes políticos. A presença dos negreiros – presençafísica ou presença meramente fiduciária – constituiu um factor decisivona consolidação política e económica do liberalismo europeu, nomeadamenteem Portugal.O que se pretende com este dicionário biográfico resume-se à enumeraçãodos agentes do tráfico negreiro que actuaram na costa sudesteafricana, mais propriamente na costa do Oceano Índico que correspondeà do Moçambique de hoje. A identificação dos agentes dessa operaçãorelativamente a esta área geográfica só é possível para os séculos XVIIIe XIX. O tráfico colonial moderno só foi aí sistemático nesse período esó existe documentação escrita para esse mesmo período e para essemesmo tráfico. Nenhuma documentação se conhece que permita iden-2007 E-BOOK CEAUP


José Capela10tificar pessoalmente os agentes do tráfico de escravos que terá existidoantes do século XVIII, a não ser relativamente a casos esporádicos.Os nomes dos agentes negreiros, em si mesmos, para nada serviriam,quando é certo ignorarmos quase todos os das suas vítimas e, sefosse o caso, repugnaria invocá-los a título de recurso a uma moral retroactivada.No entanto, não abdicando do culto da História, importaconhecer esse fenómeno complexo e as suas repercussões nas sociedadesatingidas. Das quais a Portuguesa o foi superlativamente. Ora, ao pretendermosproceder a estudo que circunscrevesse tanto quantitativa comoqualitativamente o impacto do afluxo a Portugal do capital acumuladono tráfico negreiro, deparamo-nos com essa inevitabilidade: a nomenclaturacom os números que acoberta tornam-se indispensáveis.A amplitude que tomou tal actividade, prolongada ao longo dos séculosda colonização, não permite a elaboração de trabalho exaustivo relativamenteao tempo e ao espaço compreendidos. Por algum lado se havendode começar, tendo à mão o fruto da investigação desenvolvida durantemais de três décadas, decidi-me por lhe dar a arrumação que apresento.Procurei manter uniformidade de critérios ao longo das entradas.No entanto permiti-me distinguir alguns nomes pela especificidade queintroduziram nessa actividade e pela repercussão particular que de umaou de outra forma tiveram na sociedade portuguesa. São os casos: dePortugueses/Brasileiros – pela razão óbvia de terem sido os protagonistassimultaneamente do tráfico transatlântico no contexto colonialportuguês e dos seus reflexos na sociedade portuguesa. De Franceses:porque foram os armadores dos portos franceses implicados no comérciocolonial, na segunda metade do século XVIII, quem introduziu nacosta do sudeste africano o tráfico transatlântico sistemático. Baneanese outros Asiáticos que antecederam os europeus nesse mesmo comércioe o prolongaram no tempo, século XX adentro.Na perspectiva em que me coloco suponho justificar-se esta publicação.Não tanto o alinhamento de nomes. Abstraindo deles, o que representaramno espectro civilizacional mais alargado. Nomeadamente o factorfinanceiro. O capital acumulado e imediatamente aplicado em períodocurto de mutação social profunda. Como foi o caso da revolução liberalportuguesa. Que se não foi feita pelos negreiros, de muitos deles recebeuE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>contributo material de grande alcance e outros tantos nela colaboraramdirectamente. O desenvolvimento subsequente, nomeadamente a formaçãodo capital financeiro, socorreu-se abundantemente da contribuiçãode negreiros. Alguns dos que mais se evidenciaram, a partir do Brasil,frequentaram os portos do Índico. Estes portos, muito particularmente ode Quelimane, foram especialmente assediados nas décadas de quarentae de cinquenta do século XIX, no auge da clandestinidade negreira, propiciadorade fortunas de fábula … que existiram efectivamente.Remetido o elenco àqueles que actuaram na costa sudeste africana,terá aí o tráfico uma incidência agressiva no auge da clandestinidade,nos anos quarenta do Novecentos. Extinto na década de cinquenta o tráficopara o Atlântico, desenvolve-se outro pré-existente, para o Índico,sendo-lhe acrescentado o dos libres engagés quando o seu destino eramas colónias francesas. Assim se mantém o secular e tentacular negócio deescravos entre a costa africana, de um lado, e Madagáscar, Ilhas Comores,Zanzibar e Golfo Pérsico, de outro. Tráfico que se prolongaria até aosprimeiros anos do século XX.Como partimos dos nomes que presidem a cada expedição negreirae como relativamente a muitas das expedições documentadas não constamresponsáveis, do presente elenco não podem deduzir-se númerosgenéricos relativos a viagens negreiras.Não menos do que a exposição de nomes importam-nos as circunstânciasdeterminantes do negócio, causas e efeitos, também a envergaduramaterial, os pressupostos e contornos éticos e morais dentro dos quaisse desenvolvia, povos e locais sob sua incidência. Se, aqui, os nomes sãotomados como o ponto de partida para a explanação da expedição negreira,tal fica a dever-se ao entendimento de que, na impossibilidadede identificação individual dos muitos milhões de escravos transaccionados,nos resta o recurso ao negreiro para através do conhecimento da suapessoa irmos um pouco mais além no conhecimento de tal saga humana.De muitos deles mais nada nos resta que a denominação baptismal e familiar.De uns tantos conhecem-se antecedentes e subsequentes que nospermitem enquadrar a sua actividade comercial e social. A grande maioriadilui – se no anonimato infindo da diáspora dos que se entregaramà aventura sem proveito material palpável. Na individualidade daquele112007 E-BOOK CEAUP


José Capela12que se limita à compra ou venda de uma peça de escravo tanto como nomagnata que negociou dezenas de milhares configura-se a pessoa humana,esta última sujeito e objecto da História assim em curso. Portantocolocados ombro a ombro.Não obstante consideramos haver lugar para ilustração do que pretendemoscom alguns nomes mais em evidência.Iniciados em finais do século XIX, constam como principais em umtipo de negociantes de escravos que classificaríamos como o self madeslave dealer: isto é, aquele que, de alguma maneira, já instalado na praça,atento às novas oportunidades de negócio que surgem, as aproveita comsucesso. Foi o caso dos afortunados negreiros, os primeiros em Moçambique,Joaquim do Rosário Monteiro e João da Silva Guedes, funcionáriosda Alfândega que, em contacto directo com armadores, portanto comnegreiros, entraram no negócio sem abandonarem as funções aduaneiras.A par com eles António da Cruz e Almeida, comerciante na mesmapraça. Os Baneanes, casta comerciante industânica, com preponderânciano comércio a longa distância a partir do porto de Moçambique, nãoforam indiferentes relativamente às novas perspectivas proporcionadasa um tipo de negócio em que desde há muito estariam envolvidos, emescala menor. Foi o caso de Subachande Sanchande que armou naviosnegreiros para o tráfico trans-atlântico.Uma vez entrado o porto de Quelimane no circuito dos grandesfornecedores do tráfico negreiro a longa distância (notoriamente logoa partir da segunda década de oitocentos) aí se fixaram alguns que haveriamde se transformar em grandes traficantes de escravos. O primeirode todos José Bonifácio Alves da Silva, militar e governador local envolvidono tráfico, incluindo a armação de navios negreiros, como tal tendoactuado, a partir de Quelimane, desde 1802 a 1830. Juntamente comAntónio José Pedroso que o cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, maistarde, classificaria como os dois portugueses mais ricos naquela capital.Financiaram a Regência da Terceira com um navio que, assim, do transportede escravos passou a transporte do Exército Libertador.Ainda em Quelimane evidenciou-se Manuel Joaquim Mendes deVasconcelos e Cirne como convicto impulsionador e praticante do tráficonegreiro sobre desempenhar as funções de governador local. (DoisE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>governadores locais consecutivos, ambos grandes traficantes de escravos!).Construtor e armador de navios destinados ao tráfico, negociantede escravos no Rio de Janeiro, em residência circunstancial naquela capital,é ele próprio quem descreve e faz a apologética da sua acção nasMemórias que publicou.Vicente Thomas dos Santos, em 1824, constituiu em Lisboa a Companhiado Comércio de Lourenço Marques e Inhambane. Já houve quemtivesse recorrido à constituição desta companhia para concluir pelas boasintenções da burguesia mercantil portuguesa no sentido de passar à Áfricaa praticar o comércio lícito, no caso o do marfim. Ora o que os homensda Companhia foram para lá fazer foi o tráfico de escravos e só comonegócio marginal o do marfim. O titular da Companhia actuou nomeadamenteno tráfico de escravos de 1817 a 1842. Se a este facto adicionássemoso da existência de Joaquim Thomas dos Santos (familiar? irmão?)que, de 1838 a 1842, a partir do Brasil e como armador, promove grandenúmero de expedições negreiras às costas africanas, seríamos levados asuspeitar de mais um caso de holding negreiro centrado em Lisboa.De todos, o nome relativamente ao qual apurámos o maior númerode expedições é o de Manuel Pinto da Fonseca. Emerge do nada para setransformar em quem terá sido porventura um dos maiores traficantesde escravos. Como grande armador actuou em período relativamentecurto, que vai de 1837 a 1851. Para este período arrolamos expediçõesem que figura como first owner. É certo que debitamos ao elenco todasas que surgem na documentação primária consignadas simplesmentea «Fonseca» porque o era por antonomásia. O «Fonseca» era ele, muitoembora o negócio abundasse em Fonsecas aparentemente e nem semprecom ligações familiares entre si. Refugiado em Portugal a partir de 1851,evidenciou-se socialmente pelo comportamento extravagante de novorico. Como faleceu pouco tempo depois não pôde deixar para a posteridadea aura das avultadas e numerosas benfeitorias que enobreceramoutros e não obstante as ter praticado. Em compensação a ousadia dasua actuação nos tempos da clandestinidade para os negreiros fez comque a correspondência diplomática britânica o tivesse contemplado comnão pouca atenção. Por outro lado é de crer que o capital que seus irmãosJoaquim e António, também eles traficantes de escravos no Bra-132007 E-BOOK CEAUP


José Capela14sil, uma vez regressados a Portugal, promotores de empreendimentosvários e nomeadamente da casa bancária Fonsecas Santos & Bournay,terão aplicado nesta iniciativa tenha sido, em grande parte, herdado doManuel. Os «Fonseca», saídos de tão modesta quanto numerosa famíliaoriginária da freguesia de Moure, concelho de Felgueiras, para o Rio deJaneiro, aí se transformaram em grandes comerciantes de grosso tratonele relevando o trato de escravos, e regressaram a Portugal onde, comos vultuosos capitais acumulados, se integraram em iniciativas financeirase industriais.Muito antes havia-se estabelecido no Porto Joaquim Ferreira dosSantos, mais tarde conde de Ferreira, com percurso idêntico. Com fortunanão menos fabulosa, grande parte da qual distribuída, testamentariamente,pelas mais variadas instituições de serviço social e aplicada naconstrução de uma rede de escolas primárias que ultrapassou a centena,foi um dos grandes financiadores da revolução liberal, do fontismo e docabralismo. Como armador negreiro só esporadicamente terá actuadoem Moçambique.Um daqueles cuja biografia mais se retrai é a de José Bernardino deSá que actuou no tráfico de 1836 a 1851 e para o qual registamos 39expedições. Foi feito 1.º barão e 1.º visconde de Vila Nova do Minho.Os percursos destes slave dealers famigerados dizem respeito nãoapenas ao negócio, hoje havido por sórdido, a que se aplicaram mas, porigual, a uma interferência de vulto nas sociedades europeias onde elespróprios actuaram não apenas com os seus capitais mas inclusive com aacção política directa e indirecta.Esta será uma primeira tentativa de ordenação de nomes de protagonistasde tráfico de escravos levada a efeito sobre a costa do sudesteafricano em um período que vai de <strong>1750</strong> a 1892. Embora esforçada, naturalmentedeficitária.Porto e Páscoa de 2006José CapelaE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>FONTES EBIBLIOGRAFIAComo caso de dados sistemáticos e sistematizados, o tráfico de escravosnas colónias portuguesas apenas consta em David Eltis, DavidRichardson, Stephen D. Behrendt, Herbert Klein THE TRANS – ATLAN-TIC SLAVE TRA<strong>DE</strong>, A Database on CD-ROM (Eltis, nas referências bibliográficas).Datada de Setembro de 1998, esta monumental arrumação dedados inclui 27 233 viagens de navios negreiros. A publicação tem comocritério de utilização dos dados o navio e não as viagens em si. Constituindoo navio o pivot à volta do qual se enumeram os dados disponíveissobre a viagem, os agentes da operação como que são hierarquicamentesubalternizados não obstante a preocupação de os enumerar na totalidadedisponível. Ainda e sempre relativamente a cada navio incluem-seos chipowners, the crew, dentro da qual the first captain, the second e thethird captain, havendo mais first, second, third (até sixteenth) owner ofventure, o que tendo razão de ser, arrisca multiplicar a dificuldade naidentificação dos protagonistas das expedições negreiras.Nos navios negreirosportugueses/brasileiros constata-se a existência à volta de cadaviagem de um número de intervenientes que não pode ser reduzido àsdesignações genéricas de captain e de owner of the venture. Podemos estabeleceras designações luso-brasileiras utilizadas e constantes da documentaçãorelativa aos agentes do tráfico negreiro:Senhorio – (o mais utilizado em Moçambique) que é preferida a proprietárioe armador.Armador – (raramente utilizado).Capitão – o primeiro oficial ou «comandante» (frequentementeassim designado). De facto, nas expedições negreiras muitas vezes surgea executar funções tanto do comando do navio, como as do armador, domestre e do caixa.152007 E-BOOK CEAUP


José Capela16Mestre – (dicionário Caldas Aulete) – o marítimo que tem a seu cargocomandar um navio mercante de pouca consideração. [Diz-se capitão seo navio é de grande lote; arrais quando se trata de um barco pequeno].Sobrecarga – (Caldas Aulete) – o que contrata a negociação de umnavio mercante; o que dirige o comércio da carga que vai no navio.Caixa – nominalmente seria o responsável financeiro da expediçãomas os documentos disponíveis levam-nos a crer que estas designaçõesnão obedeciam a qualquer tipo de rigor. Há casos de surgirem associadosno mesmo nome ‘senhorio, sobrecarga e capitão’, ‘senhorio e armador’,‘mestre e dono’, ‘mestre e piloto’, ‘capitão, caixa e proprietário’ e‘capitão e piloto’.Tendo em conta as condições legais em que se processava o tráfico deescravos na costa oriental de África, a responsabilidade de muitas expediçõesnegreiras foi titulada em nomes de portugueses aí estabelecidos,sendo de outrem tanto a propriedade de navios como o negócio respectivo.Quem deixa a assinatura nos manifestos de carga tanto é o capitão,como o mestre, como o caixa, como o sobrecarga. Quem apresenta osrequerimentos de passaporte para saída dos navios tanto é o armador,como o mestre, como o seu procurador local, como o capitão do navio.Há casos em que o armador principal é também capitão do navio e outroscasos em que este, sendo ou não armador, é o maior carregador deescravatura. Descendo ao pormenor de documentação variada relativaa uma mesma expedição e com origem em fontes diversas, chegamos àconclusão de que, se não sempre, pelo menos em muitos casos dominavaa displicência na sua elaboração. Para não invocar o ludíbrio do fisco eo envolvimento das autoridades. Há navios com múltiplos carregamentosque vão desde a unidade às centenas distribuídos por outros tantoscarregadores e consignatários. Há carregamentos totais ou parciais daFazenda Real e outros, de escravos de primeira escolha, destinados àCorte, nominalmente consignados ao próprio Rei. Em todos esses casosa marca aplicada no braço direito dos escravos era o R sobrepujado decoroa, também logotipo das facturas respectivas.Pelo que fixar em captain e owner of the venture a responsabilidadeda expedição negreira arrisca deformar a circunscrição dessa mesmaresponsabilidade.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Não obstante estes e outros pontos a ter em conta, a publicação deThe Trans-Atlantic Slave Trade pela quantidade e qualidade de dados quesistematiza representa um avanço sem precedentes na disponibilidadede informação relativamente ao tráfico da escravatura no período colonial.Para a elaboração do elenco aqui apresentado dos negreiros queactuaram na costa do sudeste africano, socorri-me abundantemente deThe Slave Trade. A sua utilização, tal como a das fontes e bibliografia queutilizei não me dispensa da responsabilidade pelos erros e deficiências.As fontes principais utilizadas são do Arquivo Histórico Ultramarinode Lisboa (AHU) e do Arquivo Histórico de Moçambique (AHM).Em menor escala, o Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), BibliotecaNacional de Lisboa (BNL) e Arquivo Nacional do Rio de Janeiro(documentação facultada pela Professora Doutora Eugénia Rodrigues)e Biblioteca Pública Municipal do Porto. Quanto ao Arquivo HistóricoUltramarino de Lisboa, como a consulta de documentação relativa aotráfico de escravos no espaço que constitui hoje Moçambique foi feita apartir dos anos setenta do século passado e como desde então para cá aclassificação dos documentos foi alterada, a referência bibliográfica permanecea que vigorava à data da consulta do documento. À inexistênciade correspondência entre a antiga e a nova classificação de documentos,acresce o facto de a reprodução dos mesmos para o Arquivo de Maputoe existente neste último, onde consultei grande parte dela, permanecercom a indexação antiga do Arquivo de Lisboa.172007 E-BOOK CEAUP


José CapelaBibliografia18ALCOFORADO – Relatório I J 6 525 e «Relação das pessoas implicadasno tráfico de africanos e em moeda falsa» elaborada conforme I J 6 56-472-480 -1836-1864 da correspondência da Polícia para o Ministro deEstado da Justiça, Arquivo Nacional do Rio de JaneiroALPERS, E. A. – Ivory and Slaves in East Central Africa, London, 1975Boletim Official do Governo Geral da Província de Moçambique, publicadoa partir de 1854Apologia Perante o Governo de Sua Magestade Fidelissima apresentadapor João Baptista Moreira, Rio de Janeiro, 1862BARNARD, Lt. F. L. – Three Yeears Cruise in the Mozambique Channel,London, 1869BETHEL, Leslie – The Abolition of the Brazilian Slave Trade, Cambridgeat the University Press, 1970CAPELA, José e ME<strong>DE</strong>IROS, Eduardo – O Tráfico de Escravos de Moçambiquepara o Oceano Índico, Maputo, 1987CAPELA, José – O Tráfico de Escravos nos Portos de Moçambique,Porto, 2002CARREIRA, António, O Tráfico Português de Escravos na Costa OrientalAfricana nos Começos do Século XIX, Lisboa, 1977Chronica da Terceira, nº 26CIRNE, Manuel Joaquim Mendes de Vasconcelos e – (prefácio e notasde José Capela) – Memória Sobre a Província de Moçambique (1890)– Maputo, 1990COSTA, P. J. Peregrino – A Expansão do Goês pelo Mundo.DUFFY, James – A Question of Slavery, Harvard University Press,1967EÇA, F. G. d’Almeida de – Inéditos do Dr. David Livingstone in Moçambique,Documentário Trimestral, nº 73, Março MCMLIIIEÇA, Filipe Gastão de Almeida de – História das Guerras no Zambeze,I, Lisboa, MCMLIIIEÇA, Filipe Gastão de Almeida de – De Degredado a Governador, Lisboa,1950E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>ELTON, J. Frederic – Travels and Researches among the Lakes andMountains of Eastern and Central Africa, London, 1879FERREIRA, Roquinaldo, The Atlantic Networks of the Benguela SlaveTrade (1730-1800) in Trabalho forçado africano, Porto, 2006FILLIOT, Jean Michel – La Traite des Esclaves vers les Mascareignes auXVIII siècle, Paris, 1974FLORENTINO, Manolo – Em Costas Negras, São Paulo, 1997GRENOUILLEAU, Olivier Pétré – Nantes au temps de la traite desNoirs, Paris, 1998LIESEGANG, G – A First Look At The Import And Export Trade of Mozambique1800- 1914, in Liesegang, H. Pasch, A. Jones (Eds.) FiguringAfrican Trade, Berlim, 1986LOBATO, Alexandre – História do Presídio de Lourenço Marques, II,Lisboa, 1960MANNIX, Daniel P., e Cowley, Malcolm – Black Cargoes. A History ofthe Atlantic Slave Trade, 1518-§865, London 1929MARINHO, Brigadeiro Joaquim Pereira – Memória de Combinações[…], Lisboa, 1842MARTIRES, Fr. Bartholomeo dos – Memoria Chorografica da Provinciaou Capitania de Mossambique in Virgínia Rau, Aspectos Étnico-Culturais da Ilha de Moçambique em 1822, separata de STUDIA. Nº 11,Lisboa, Janeiro, 1963METTAS, Jean – Répertoire des Expéditions Négrières Fraçaises auXVIII Siècle, Paris, 1978MONTEZ, Caetano – Descobrimento e Fundação de Lourenço Marques,Lourenço Marques, 1948MONTEZ, Caetano – Arquivo Histórico de Moçambique. Inventário doFundo do Século XVIII, Moçambique, Documentário Trimestral, nos. 72 a89-92, 1952/1957Monumenta, Boletim da Comissão dos Monumentos Nacionais deMoçambique, nº 8, Ano VIII, 1972NORONHA, José Feliciano de Castilho Barreto e – Barão de Moreira,Esboço Biographico, Rio de Janeiro, 1862.Papers Relating to The Slave Trade, Jannuary 1845-May 1846Paquete (O) do Ultramar – 05/07/1839 – 27/03/1840192007 E-BOOK CEAUP


José CapelaREBELO, Manuel dos Anjos da Silva – Relações entre Angola e Brasil(1808-1830), Lisboa, 1970RODRIGUES, Eugénia – Do Atlântico ao Índico: Percursos da Mandiocaem Moçambique no Século XVIII. Comunicação ao V Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais, Maputo, 1-5 de Setembro de 1998.RODRIGUES, José Honório – Brasil e África :Outro Horizonte, Rio deJaneiro,1961SANTANA, Dr. Francisco – Documentação Avulsa Moçambicana doArquivo Histórico Ultramarino, I, 1964; II, 1967; III, 1974, Lisboa, Centrode Estudos Históricos UltramarinosSANTOS, Corcino Medeiros dos – Relações Comerciais do Rio de Janeirocom Lisboa, 1763 – 19089, Rio de Janeiro, 1880.SAUGERA, Éric, Bordeaux Port Négrier XVII-XIX Siècles, Paris, 1995Suplemento Literário do jornal Minas Gerais, 21/04/1992TAVARES, Luís Henrique Dias – Comércio Proibido de Escravos, SãoPaulo, 1988VIANA, José da Silveira – Notas biographicas de José Nunes da Silveira…, Lisboa, 1901Voyage d’un Navire Négrier (1787-1788) in Revue Maritime Coloniale,Tome Trente Huitième, Paris, 1873 et Tome Cent Quatorzième, Paris,1892ABREVIATURAS20AHU – Arquivo Histórico Ultramarino de LisboaAHM – Arquivo Histórico de Moçambique, MaputoANTT – Arquivo Nacional da Torre do Tombo, LisboaBNL – Biblioteca Nacional de LisboaELTIS – The Trans-Atlantic Slave Trade, A Data Base on CD.Romcap. – capilhacx. – caixamç. – maçop. – páginavs. – versoE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>GLOSSÁRIOBarco de Viagem – em Moçambique havia o costume de se nomearemas chamadas «embarcações de viagem» para os portos deQuelimane, Inhambane e Cabo das Correntes com privilégios de exclusividadecuja concessão se fazia em troco de donativo dos proprietáriosdas embarcações.Bicho – escravo de pouca idadeButaca – (dicionário Aulete) – «cadeira ou banco que entre os negrosde Angola serve de trono». Em Moçambique aplica-se à chefia da linhagem:«subir a butaca» tal como dizemos «subir ao trono».Chicunda (plural achicunda) – escravo que desempenha as tarefasnobres nos Prazos: a guerra, o policiamento, o comércio, a caça e o transportedo senhor.Caporro – tem significados diferentes conforme o tempo e o lugar.No contexto presente é o escravo feito tal para exportação. A designação«escravo» é reservada aos escravos adstritos aos Prazos da Coroa, emprincípio invendáveis.Ensaca – grupo (muito aplicado relativamente a escravos: «ensacade escravos»).Liberdades dos oficiais – os oficiais a bordo dos navios negreiros podiamtransportar determinado número de escravos gratuitamenteMujojo – comerciante arábio que frequentava os portos e o interiorde Moçambique, nomeadamente no tráfico de escravos.212007 E-BOOK CEAUP


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong><strong>DICIONÁRIO</strong> BIOGRÁFICO<strong>DE</strong> <strong>NEGREIROS</strong>(?) · Costa LUIZ DA COSTA(?) – em Moçambique, senhorio da chalupaFlor do Mar, de que era capitão epiloto Joaquim José da Silva*, com passaportepara os portos do sul da costa.[AHU, códice 1362, fls. 74] (?) · SaiboMUSSA AMOD SAIBO(?) – requer ao governador-geral autorizaçãopara se deslocar a Inhambane elá permanecer «até à extracção da suafazenda».[Santana, II, p. 477](?) · SantosSEBASTIÃO LOPES DOS SANTOS(?) – comandante da corveta Nossa Senhorado Monte do Carmo.[Santana, II, p. 461]<strong>1750</strong> · DuguilyLUCAS DUGUILY<strong>1750</strong> – capitão do navio Gloriosa que entrouem Moçambique proveniente dasMascarenhas e de Madagascar, com 300a 400 escravos a bordo.[AHU, cx. 13, nº 30]Primeira data em que o negreiro é referido.Nome por que é conhecido.Referências bibliográficas.1752 · NeuveVILLE NEUVE1752 – em Moçambique, procedente dasIlhas Mascarenhas, saiu para as mesmasIlhas com 33 escravos.[AHU, cx. 13, nº 30]1754 · AraújoJOSÉ CAETANO <strong>DE</strong> ARAÚJOComerciante no Rio de Janeiro que, em1754, mantinha negócios em Luanda eBenguela e que pretendia fixar-se emBenguela durante alguns anos por causadas muitas operações comerciais queaí tinha.06/11/1819 – José Caetano de Araujoe Cª, proprietários do brigue Victoria,construído na praça de Damão, está armadoem Moçambique com escravospara o Rio de Janeiro. O brigue, sendo de77 toneladas e dois décimos, podia carregar193 escravos (5 por cada duas toneladas,conforme alvarás de 24/11/1813e 27/01/1818).Roquinaldo Ferreira, The Atlantic Networks of the BenguelaSlave Trade (1730-1800) / AHU, cx. 166, cap. 61759 · CoxSAMUEL COX20/11/1759 – capitão da corveta portuguesaJesus Maria José S. Francisco, tendocomo armador David O. Lopes*, foi232007 E-BOOK CEAUP


José Capela24da Baía a Moçambique onde carregou123 escravos (número imputado), dosquais descarregou 100 em Barbados, em01/05/1760.[Eltis]1759 · LopesDAVID O. LOPES20/11/1759 – armador da corveta portuguesaJesus Maria José S. Franciscotendo como capitão Samuel Cox*, quefoi da Baía a Moçambique onde carregou123 escravos (número imputado), dosquais descarregou 100 em Barbados, em01/05/1760.[Eltis]1759 · SargentSARGENT20/11/1759 – capitão do navio inglêsUnity que sai de Londres e vai a Sofalaonde carrega 293 escravos dos quais vaidescarregar 239 (números imputados) àCarolina, em 1758.[Eltis e outros, The Trans-Atlantic Slave Trade]1769 · DatertreDATERTRE1769 – em Moçambique, no segundosemestre de 1769, capitão da corvetafrancesa Boganvile, tendo saído com 114escravos.[AHU, cx. 29, nº 74]1769 · DesodmeyPRUDON <strong>DE</strong>SODMEY1769 – em Moçambique, no segundo semestrede 1769, capitão da corveta francesaCondessa de Champagne, que saiucom 317 escravos ali comprados.[AHU, cx. 29, nº 74]1769 · FautrelNICOLAS FAUTREL04/1769 – capitão do navio Saint Andrésai de Lorient para Moçambique duranteou depois do carregamento de escravos.[Eltis]1769 · TransleyEVEN<strong>DE</strong>LA TRANSLEY1769 – em Moçambique, capitão da corvetaescuna Ourioza, no segundo semestrede 1769, não constando o número deescravos com que partiu.[AHU, cx. 29, nº 74]1770 · MonteiroJOAQUIM DO ROSÁRIO (DOSR<strong>EM</strong>ÉDIOS?) MONTEIRONatural de Loutolim, no Estado da Índia,terá emigrado para Moçambique por voltade 1770.Em exposição ao governador-geral, feitano ano de 1803, afirma ser negociantena praça de Moçambique havia mais de25 anos. Em 1783, já armava embarcações:a pala Santo António e Almas queregressava da costa do Coromanchel eMaurícias, naufragou a norte da IlhaQuirimba e dela só se salvaram 2500 pesos.No mesmo ano a corveta Diamante,em viagem de Moçambique para Quelimanenaufragou no baixo de Mafamed,nada se tendo salvo.19/05/1784 – em Moçambique, senhoriodo navio Confiança com passaportepara uma viagem a Goa, Índia e China.30/03/1785 – em Moçambique, havia-seassociado com João de Sousa Brito paraum negócio de exportação de marfim,cavalo marinho e ponta de abada paraMacau. Foram fornecidos com mais deduzentas arrobas de marfim e outrosE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>produtos por negociantes de Rios deSena que lhes eram devedores. Pelo quese vê que o Rosário Monteiro mantinhanegócio grosso com o interior.06/04/1785 – em Moçambique, registodo passaporte a favor de João de SousaBrito e de Joaquim do Rosário Monteiro(que viajaria como administrador do senhorio)para a navegação da corveta MinervaS. João Nepummoceno para Macaue mais portos da Ásia.1788 – perdeu-se no porto de Moçambiquea galera Janeita.25/07/1788 – fretador a José AntónioMachado* e senhorio da corveta NossaSenhora de Belém que foi às Mauríciascom escravos. Na volta perdeu-se no baixiodo Pindo, com a carga, tendo-se salvoa equipagem.13/08/1789 – o governador-geral deMoçambique, António M. de Mello eCastro, comunicava ao secretário de estado,em Lisboa, Martinho de Melo eCastro, que o mestre do Rainha dos Anjos,José Severino dos Reis*, por ele recomendado,estava em Moçambique eque os seus armadores ou comissáriosnão tinham qualquer comércio com osfranceses das Maurícias. Despachara naAlfândega 1156 espingardas e 220 arrobasde pólvora, tudo vendido a Joaquimdo Rosário Monteiro «comerciante destapraça que consome estes e muitos outrosefeitos nestes sertões a troco de escravos,de que tem feito e faz muito grandes carregações».24/10/1789 – em Moçambique, emitidopassaporte para o bergantim Amável, asair para a Ásia portuguesa com escravos.Neste mesmo ano de 1789 perderam-seno porto de Moçambique, com um tufão,a fragata Aurora, pronta a sair com 600escravos. Na coberta, morreram afogados365. Chegado de Quelimane, na vésperado tufão, perdeu-se igualmente noporto o brigue Africano.1790 – em sociedade com os francesestinha cerca de cem escravos no seu engenhode mandioca, no Mossuril.01/03/1791 – senhorio do bergantimCorreio de África para o qual é emitidopassaporte para seguir para a costa doCoromanchel.25/05/1791 – carta de crença do governador-geralde Moçambique a favor deJoaquim do Rosário Monteiro, senhoriodo bergantim Joaquim, que faz navegarde Moçambique para a costa do Malabar,Betavia e Ilha de França.09/10/1791 – em Moçambique, senhoriodo bergantim Viageiro, a que é dadopassaporte para seguir para Quelimane.04/11/1791 – em Moçambique, senhoriodo navio São Pedro, a que é dadopassaporte para seguir para a costa doMalabar.1791 – a corveta Bela Africana, afretadaaos Loureiros (Collfs e Cª – Collfs, Loureiroe Guimarães?), para as Maurícias,com 390 escravos, perdeu-se nas IlhasDesertas. Salvaram-se apenas o capitãoe dois marinheiros.28/03/1792 – em Moçambique, senhoriodo bergantim Joaquim a que é dadopassaporte para a Ásia portuguesa.30/04/1792 – em Moçambique, senhoriodo bergantim Viageiro a que é dadopassaporte para seguir para Quelimane.1792 – o brigue comprado nas Maurícias,Correio de África, perdeu-se no sulde Moçambique.16/03/1793 – em Moçambique, senhoriodo bergantim Viageiro, com passaportepara viagem a Quelimane.252007 E-BOOK CEAUP


José Capela2618/04/1793 – em Moçambique, senhoriodo patacho Governo Feliz, com passaportepara ir de Moçambique à Baia deSanto Agostinho.20/05/1793 – em Moçambique, o bergantimViageiro que estava nomeadopara barco de viagem para Quelimane,não pôde seguir por falta de fato. Teráacabado por fazer a viagem.06/06/1793 – em Moçambique, senhoriodo bergantim Joaquim, com passaportepara a costa de Coromanchel.04/11/1793 – em Moçambique, senhoriodo bergantim Viageiro, a seguir paraInhambane como barco de viagem.26/11/1793 – estaria em situação económica(e ou financeira) difícil pois o governador-geralde Moçambique alega que,«no tempo da sua prosperidade», haviacontraído com a Fazenda Real a grossadívida de 70000 cruzados por despachosde fazendas exportadas e por vários contratos.Não pagara à Fazenda mais doque um terço da dívida por dificuldadenas cobranças a devedores e pelos muitosincidentes nos negócios. O governadorgeralmandou fazer a cobrança sobre osseus devedores como se fossem dívidasà Fazenda pelo que se dizia ter recebido12000 cruzados do Monteiro.1793 – em Moçambique, senhorio dagalera São Pedro despachada (para Havana?),com 350 escravos. O capitão vendeuos escravos no Cabo e gastou todosos proveitos no Cabo e nas Maurícias.1793 – em Moçambique, senhorio dobergantim Bastardo do Mar, apresadopelos corsários na Baía de Santo Agostinho.Retiraram tudo e devolveram o cascoapós um ano.27/04/1795 – em Quelimane, perdeu 50escravos no naufrágio da corveta SantaAna e Pensamento Feliz do senhorio dePedro Xavier Velasco*.02/01/1796 – tinha o seu navio Esperança(de 500 toneladas) a navegar entre aIlha de França e para os portos da ÁfricaOriental.05/01/1796 – em Moçambique, mandao bergantim Viageiro, transportar para aIlha de França, via Quelimane, uma tripulaçãode navio francês naufragado.07/09/1796 – em Moçambique, senhorioe sobrecarga da galera Joaquim, (cercade 300 toneladas) com passaporte parair de Moçambique aos portos da AméricaPortuguesa e Ásia.10/11/1798 – em Moçambique, é-lhepassada carta de crença para ir ao Caboda Boa Esperança comprar um navio de180 a 200 toneladas, para ficar portuguêscom a designação de A Boa Eugénia.15/04/1798 – em Quelimane, embarca30 escravos, no bergantim Africano Ligeiro.06/12/1798 – senhorio da galera Joaquina,de que era capitão Manuel JoséGomes* que, em Quelimane, prestes apartir para o Rio de Janeiro, perdeu osdocumentos ao afundar-se a lancha queos levava para bordo. Pelo que voltoupara a capital com os 201 escravos.27/09/1798 – José Agostinho da Costa*carrega em Quelimane, no bergantimBoa Caetana, 24 escravos para Joaquimdo Rosário Monteiro.01/07/1799 – em Moçambique, senhoriodo navio Eugénia e Leonor, a sair paraas Ilhas Quirimba, Zanzibar e Bengala.27/11/1799 – em Moçambique, manda oseu procurador, Júlio da Costa, ao Caboda Boa Esperança, comprar um navio até150 toneladas que passará a denominarseFlor do Oriente.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>17/07/1800 – em Moçambique, senhoriodo navio Joaquim, desembaraçadopara seguir para Bombaim e Damão.26/071800 – em Moçambique, D. MariaSeverina de Sá, mulher de Joaquim doRosário Monteiro, é autorizada a ir nonavio do marido, Joaquim, para os portosda Ásia, para tratar da saúde.01/10/1800 – em Moçambique, senhorioda chalupa Chasse-Marée, desembaraçadapara sair para as Seichelles.17/07/1801 – em Moçambique, senhoriojuntamente com Velgy Darcy* e SivaSancagi* do navio Diligente, desembaraçadopara seguir para Bourbon e Goa.27/10/1801 – em Moçambique, senhorioda galera Joaquim, de 300 toneladas,capitão e segundo piloto António José deAzevedo*, sobrecarga Jaquim FranciscoColaço*, pronta a partir, pede passaportepara a América com escala em Quelimane,Cabo da Boa Esperança e Rio deJaneiro.08/11/1801 – um dos quatro maioresnegociantes de Moçambique que tinhamsustentado a guerra de Quitangonha epara os quais o governador-geral pedeuma condecoração.22/10/1802 – em Moçambique, senhoriodo navio Feliz Eugénia, pede passaportepara Montevideo, com escala porSofala e Quelimane para carregar os escravosque aí tem à compra.20/01/1802 – em Moçambique, armadordo navio Ninfa do Mar, capitão SimãoJosé de Barros*, pretende fazer navegaçãopara o Rio de Janeiro com carga deescravos. Sai de Moçambique com 445escravos e chega ao Rio de Janeiro com217, em 06/1802.29/09/1802 – em Moçambique, autode visita ao navio espanhol, São JoãoBauptista, ido de Molga (Málaga?), comescala por Montevideo, com 57 dias deviagem, consignado a Joaquim do RosárioMonteiro, para carregar escravos.Única carga declarada: 7500 patacas.09/11/1802 – em Moçambique, autode visita ao bergantim francês Le JeunePovel, do senhorio de António da Cruze Almeida*, proveniente das Mauríciascom 12 dias de viagem, consignado aJoaquim do Rosário Monteiro, para escravos.Manifestou como carga 5214 patacasespanholas.12/01/1803 – em Moçambique, manifestode carga que traz de Quelimane obrigue Boa Caetana de que é armadorCarlos José Guezzi*. Para Joaquim doRosário Monteiro número indeterminadode escravos.24/01/1803 – em Moçambique, pedepara o seu bergantim Eugénia Africananavegar para Quelimane e Sofala paracarregar os escravos que lá tem. Levacomo piloto Manuel António da Fonseca*.13/04/1803 – em Moçambique, senhorioda galera General Izidro, pede passaportepara a Ilha de França e Bourbon «aondee nos mais portos estrangeiros acostumadospelos seus estabelecimentos […]».Navio igualmente designado GeneralIzidro aparece nos anos 1803/1804como comprado nas Maurícias e viajandoentre Moçambique e as mesmas IlhasMaurícias e em cuja compra e viagensintervêm Sebastião José Rodrigues*, AntónioSalvador Monteiro* e Eugénio JoséDelfim*.23/08/1803 – em exposição ao governador-geral,contra o negociante MichaelHogan, da praça do Cabo da Boa Esperança,diz-se «negociante nesta capitania272007 E-BOOK CEAUP


José Capela28há mais de 25 anos com navios e créditopor toda a parte».25/08/1803 – em Moçambique, um marinheiroque fez a viagem do Rio de Janeiropara aquela capital, no navio Ninfado Mar, do senhorio de Joaquim do RosárioMonteiro, foi despedido e pretendemudar para o navio Avé Maria, que partepara o Rio, em Outubro.20/10/1803 – em Moçambique, pedepara o seu brigue Eugénia Africana ir aQuelimane carregar mantimento que látem comprado.28/02/1803 – em Moçambique, tendocomprado a José Joaquim Gonçalves*a carga de escravos que aquele tinhaaprontada, em Quelimane, para a galeraAna Joaquina que naufragara, tem o brigueEugénia Africana a partir por aquelesdias para fazer a referida carga.26/12/1803 – em Moçambique, manifestode carga que traz de Quelimane obrigue Eugénia Africana de que é armadorJoaquim do Rosário Monteiro e capitãoe primeiro piloto Manuel António daFonseca*. Escravos: 50 do armador e 30das partes a fretes.1803 – a galera Joaquim perdeu-se emMontevideo com todos os escravos. Agalera Ninfa Isidro perdeu-se no mesmoporto.09/01/1804 – em Moçambique, pedepara mandar a Sofala, com mantimentos,o seu bergantim Eugénia Africana.Não podendo entrar em Sofala, arriboua Quelimane de onde chegou a Moçambiqueem Março com 60 dentes de marfime 73 escravos.28/01/1804 – em Moçambique, pedepassaporte para o seu navio General Isidronavegar para o Rio da Prata, com escalano Cabo da Boa Esperança.20/02/1804 – em Moçambique (?), termode arribada do brigue Eugénia Africana,ido de Quelimane.05/08/1804 – em Moçambique, manifestoda carga do brigue Eugénia Africana,de que é armador e capitão ManuelAntónio da Fonseca*. Traz de Sofala:760 dentes de marfim, 90 escravos, arroz,manteiga e mel.05/09/1804 – em Moçambique, quermandar o brigue Eugénia Africana a Quelimane.05/10/1804 – consta do «Mapa das embarcaçõesque tem a Praça de Moçambique»com quatro unidades: uma de doise três de três mastros. Tonelagem: umaunidade de 100, duas de 250 e uma de300 toneladas.15/10/1804 – em Moçambique, requernavegar o seu navio Ninfa do Mar, de 260toneladas, para o porto de Montevideo,com escravos. E de lá para Moçambique.15/10/1804 – em Moçambique, requernavegar os seu navio General Isidro, capitãoe primeiro piloto Manuel Pedro(ou Isidro?) de Almeida*, de 300 toneladas,para o porto de Montevideo, com asua carregação de escravos, e de lá paraqualquer porto da Europa portuguesa, dequalquer nação amiga ou neutra, voltandopara Moçambique com escala pelosportos da América. Chegada a Montevideo,com 253 escravos, em 24/04/1805.27/10/1804 – manifesto de carga, emMoçambique, do brigue Eugénia Africana,de Joaquim do Rosário Monteiro,chegada de Quelimane com 134 escravosdo armador.1806 – a galera General foi confiscada noCabo da Boa Esperança com o produtoda carregação.12/02/1806 – em Moçambique, senho-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>rio do brigue Eugénia Africana, com passaportepara Bourbon e Ilha de França.27/07/1806 – em Moçambique, senhoriodo brigue Eugénia Africana, com passaportepara as Maurícias ou Bourbon.03/01/1807 – em Moçambique, senhoriodo navio Ninfa do Mar a seguir para oCabo e Rio de Janeiro, com 193 escravosdos quais descarregou 130.28/04/1807 – em Moçambique, senhoriodo brigue Eugénia Africana, a partir paraa Maurícia ou Bourbon, com escravos.14/12/1807 – em Moçambique, vendeua Ninfa do Mar a Manuel António da Fonseca*.28/03/1808 – em Moçambique, o seuprocurador, José Francisco de Araujo*,pede passaporte para o brigue EugéniaAfricana viajar para a Maurícia.21/04/1808 – em Moçambique é-lheconcedida licença para ir à Ilha de Françae Índia partindo de um porto da costacom 200 escravos.08/07/1808 – abaixo assinado, na cortedo Rio de Janeiro, em que se diz negociantena praça de Moçambique e senhorio dediversos navios que têm navegado paraos portos daquela praça e principalmentepara o de Quelimane. Deve tratar-se dapetição do ofício de selador-mor da Alfândega.Em Abril de1809, foi de Moçambiqueao Rio de Janeiro, com escravos,muito provavelmente também pleitear asua nomeação. Por ofício de 14 de Junhode 1809 S. A. Real mandava dar-lhe possedo ofício, conforme comunicação dogovernador-geral ao conde da Anadia, de01/12/1809. A 23 de Fevereiro de 1810estava para regressar a Moçambique eapresentou queixa contra um compradorde escravos que não lhos pagara.28/11/1810 – em Moçambique, chegadodo Rio de Janeiro, o seu brigue Providentecarrega escravos dos quais vaidescarregar 217 ao Rio de Janeiro, em02/1811.19/10/1811 – em Moçambique, o seuprocurador, José Francisco de Araujo*,pede passaporte para o brigue Providenteir de Moçambique ao Rio de Janeiro,com escala em Quelimane.26/11/1811 – em Moçambique, requer a«viagem de Inhambane», por seis anos.05/09/1812 – em Moçambique, a pedidode José Francisco Araujo*, passado passaporteao brigue Providente, para o Riode Janeiro ou outro porto da AméricaPorguesa, com escala por Quelimane. A23, entrou em Quelimane levando comocapitão Francisco Domingues*. Saiu com235 escravos e foi descarregar 35 ao Riode Janeiro.30/09/1813 – o governador-geral deMoçambique dá informação sobre orequerimento de Joaquim do RosárioMonteiro, entretanto falecido, pedindoque o ofício de selador-mor da Alfândegavá para o filho, Joaquim EleutérioMonteiro. No requerimento dizia-se deavançada idade, doente e arruinado.Ogovernador abonava o suplicante comodigno da contemplação régia, a muitostítulos, a saber: a) era um dos principaisnegociantes dquela praça, tendo trazidoimensos cabedais em giro do seu negócio,possuindo muitos navios. b) a perdadestes e outros prejuízos gravíssimoshaviam-no arruinado completamente aoponto de sua família se achar endividada,quase sem meios de subsistência.Conforme lápide na frontaria do escadóriorespectivo, reconstruiu a igreja deNossa Senhora da Saúde, na Ilha de Moçambique,em 1801.292007 E-BOOK CEAUP


José Capela30[P. J. Peregrino da Costa, A Expansão do Goês peloMundo. / Eugénia Rodrigues, Percursos da Mandiocaem Moçambique no Século XVIII. / Arquivo Nacional doRio de Janeiro, cx. 643, pacote 1, nº 1 / BNL, Reservados,Colecção Tarouca, nº 53 / AHU, Códice 1355/ Códice 1362, fls. 124, 132, vs., 143, 147 vs. e 194/ Códice 1365, fls. 8, 17, 55, 55 vs., 99, 109, 113 vs.,121 vs., 123, 127 vs., 139, 206 e 211 / Códice 1376,fls. 2 / AHU, cx. 49, nº 27 / Cx. 56, nº 57 / Cx. 59,nº 12 / Cx. 62, nº 38 / Cx. 64, nº 2 e nº 26 / Cx. 70,nº 70 / Cx. 80, nº 102 / Cx. 81, nº 68 e nº 99 / Cx. 89,nº 44 / Cx. 90, nº 23 / Cx. 94, nº 79, nº 126 / Cx. 92,nº 38, nº 43, nº 79 / Cx. 99, nº 12 / Cx. 101, nº 33,nº 38, nº 79 / Cx. 97, nº 25 e nº 79 / Cx. 105, nº 20,nº 44 e nº 64 / Cx. 107, nº 58 /Cx. 108, nº 7, nº 59,nº 61, nº 81 e nº 86 / Cx. 119, cap. 7, cap. 82 / Cx. 121,cap. 92 / Cx. 122, cap. 88 / cx. 123, cap. 50 / Cx. 130,cap. 1 / Cx. 131, cap. 76 / Cx. 134, cap. 87 / Cx. 138,cap. 12 e cap. 64 / Cx. 141, cap. 28 e cap. 85 / Cx.144, cap. 84 e cap. 133 / Cx. 146, cap. 103 / Eltis]1772 · BrugevinJOSEPH BRUGEVIN1772 – capitão do navio Aventurier, vaide Bordeus às ilhas Quirimba onde carrega493 escravos dos quais descarrega402 (números imputados) em S. Domingos(?).1775 – capitão do navio Vaillant, vai deBordeus a Moçambique onde carrega493 escravos dos quais vai descarregar402 (números imputados) a Cap Français,em 09/04/1877. Capturado pelosingleses após o desembarque.16/10/1783 – capitão do navio Licorne,sai de Bordeus e vai a Moçambique carregar368 escravos (número imputado)dos quais descarrega 300, em Cap Français,em 17/06/1785.18/01/1787 – capitão do navio Licorne,sai de Bordeus para a Ilha de França, Iboe Moçambique de onde sai a 05/10/1787com 446 escravos, dos quais descarrega440, em Cap Français, a 10/02/1788.[Mettas / Eltis / Revue Maritime et Coloniale, Voyaged’un Navire Négrier]1772 · Saint-PierreLOUIS SAINT-PIERRE17/04/1772 – capitão do navio Digueque sai de Lorient para as Ilhas Quirimbasde onde parte em 18/11/1772, com282 escravos, dos quais descarrega 230(números imputados) em Cap Français,a 18 /07/1773.[Eltis]1775 · BeltrandFRANCISCO BELTRAND15/11/1775 – em Moçambique, capitãoda corveta Nossa Senhora da Conceição ePérola, com passaporte para seguir viagempara o porto das Maurícias.[AHU, certidão passada por ordem do governadorPereira do Lago]1775 · HercouetHERCOUET27/10/1775 – capitão do navio SainteAnne, parte de Saint-Malo para Angola eMoçambique onde carrega 679 escravos(número imputado) dos quais descarrega553 em Cap Français, em 31/01/1778.[Eltis]1775 · MonbrayPRUDHOME de MONBRAY1775 ? – capitão do navio francês Barberie,saiu de Nantes.15/02/1776 – está na Ilha de França,proveniente de Nantes.10/11/1776 – está na Ilha de França,proveniente do Ibo (?).25/06/1778 – no Cabo da Boa Esperançacom 222 (ou 268?) escravos carregadosem Moçambique. Terá descarregado 268(número imputado) em São Domingos,em 1778.[Mettas / Eltis]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1776 · GallinéeRUELLAN <strong>DE</strong> LA GALLINÉE1776 – capitão do navio Aimable Victoire,parte de Saint-Malo para Moçambiqueonde carrega 493 escravos dos quais descarrega402 (números imputados) emCayenne, em 06/1778.[Eltis]1779 · AndradeJERÓNIMO JOSÉ NOGUEIRA <strong>DE</strong>ANDRA<strong>DE</strong>Natural do Brasil, oficial do Exército, traficouescravos em Moçambique. Autorda Descrição do Estado em que ficavamos Negócios da Capitania de Moçambique[…] em 1789. Esteve em Moçambique de1779 a 1790. Era capitão de artilheiros,foi comandante da Praça de S. Sebastiãoe secretário do governo. Foi armador emviagens de negócio na costa de Moçambiquee acusado de negócio clandestinode armas assim como de sustentar a suaarmação de escravos na Fortaleza. Acusadode ter juntado mais de 300000 cruzadosem dinheiro e de ter embarcadopara o Brasil a 10 de Novembro de 1789com 350 escravos. Mais tarde, foi brigadeiro,no Brasil.[Caetano Montez, Descobrimento e Fundação de LourençoMarques / Alexandre Lobato, História do Presídiode Lourenço Marques]1779 · ChantraineLEFEVRE <strong>DE</strong> CHANTRAINE22/08/1779 – armador da corveta Vitoria,que requerera poder comerciar escravosnos portos de Moçambique comopagamento dos prejuízos havidos na suaembarcação.[ANTT, Ministério do Reino, maço 604]1779 · GuedesJOÃO DA SILVA (SOUSA?)GUE<strong>DE</strong>S1778/1779 – escrivão da Alfândega deMoçambique.13/08/1789 – além da nau de viagem,estavam no porto de Moçambique o navioS. Tiago Maior e Estrela da Ásia quevenderam a João da Silva Guedes, o primeiro270 e o segundo 140 arrobas depólvora e 644 espingardas.17/11/1791 – João da Silva Guedes e Cªé senhorio da corveta Nossa Senhora doCarmo Pérola da África, com passaportede barco de viagem para Inhambane.07/1792 – em Moçambique, foi-lhe passadaa provisão de escrivão-maior da Alfândega.27/10/1792 – em Moçambique, senhoriodo bergantim Santo António e os DoisAmigos que segue de Moçambique paraLourenço Marques.07/08/1793 – dá licença para que seu filhoAmaro Guedes da Silva se vá educarpara a corte de Lisboa.05/11/1793 – em Moçambique, registoda carta patente de capitão-mor deordenanças. Era sargento-mor de ordenanças.11/09/1794 – de Moçambique, o bergantimde João da Silva Guedes e Cª, SantoAntonio Dois Amigos, vai a Inhambanemeter escravos com destino ao Maranhãoou outro porto da América Portuguesa.15/04/1798 – em Quelimane, são despachadosem seu nome, na pala de viagemAurora Feliz, 32 escravos.23/10/1801 – em Moçambique, requerlicença para o seu patacho S. Vicente Formidávelir ao porto de Quelimane carregarmantimentos e escravos para bordodo navio Castelão de Dio.312007 E-BOOK CEAUP


José Capela3208/11/1801 – é o primeiro de quatro negociantesportugueses estabelecidos emMoçambique com fundos de bastanteconsideração, propostos pelo governador-geralpara uma condecoração.04/01/1802 – em Moçambique, escrivãomaior da Alfândega, havia perto de 24anos, pede o alvará da mercê vitalícia,que lhe foi concedido.12/03/1803 – em Moçambique, senhoriodo patacho São Vicente Formidável,pede passaporte para Quelimane, paracarregar mantimento.25/05/1803 – em Moçambique, pedepassaporte para ir à Ilha de França emnavio francês surto no porto.17/09/1803 – em Moçambique, pedepassaporte para mandar o seu patacho S.Vicente Formidável a Qelimane, a carregarmantimento.07/11/1803 – em Moçambique, pedepara navegar para a Ilha de França o seunavio D. Carlota.30/07/1896 – em Moçambique, senhoriodo navio Generoso Albuquerque, compassaporte para ir a Camão.08/10/1807 – em Moçambique, senhorioda galera Constância, requer passaportepara uma viagem aos portos da AméricaPortuguesa ou espanhola.05/11/1807 – em Moçambique, proprietáriodo brigue General Albuquerque, deque é capitão António José de Azevedo*,requer passaporte para uma viagem aInhambane e Cabo das Correntes.17/04/1810 – a sumaca Pescador, de queera senhorio, estava a viajar de Inhambanepara Moçambique, tendo como capitãoAntónio José de Azevedo*, com carga afretes de negociantes da praça de Moçambique,de que constavam 30 escravos.27/07/1810 – senhorio do patacho Pescadorque parte de Inhambane para Moçambiquecom 950 dentes (500 arrobas)de marfim e 90 escravos.23/10/1810 – é dado passaporte a seufilho David Guedes da Silva, para se ireducar no Rio de Janeiro.28/06/1813 – em Moçambique, passaporteao bergantim Pescador, de que é senhorioJoão da Silva Guedes, para ir a Quelimane.26/10/1813 – requer que o ofício de escrivãomaior da Alfândega passe paraseu filho mais velho Vicente Guedes daSilva e Sousa* com os argumentos deservir havia muitos anos com honra, serum dos principais moradores da capital,antigamente ter manejado um grossocomércio que abandonara pela idade e«principalmente por ter concorrido parao estabelecimento de famílias de quetanto se precisa nesta colónia, casandoas suas filhas com muito bons dotes».23/08/1816 – em Moçambique, requerpassaporte para o seu neto João Guedesda Silva e Sousa se ir educar a Goa.17/01/1818 – uma informação do governador-geraldá-o como um dos homensmais honrados da capitania, mas que asua demasiada bondade o fazia ser indulgentee não ter os negócios naquelamarcha recomendada pelas ordens régiase instruções. Advertido, melhorara.13/01/1819 – informação do governador-geral: «[…] tem tudo na maior regularidadee a sua falta será sensível aosinteresses da Fazenda Real».[AHU, cx. 59, nº 12 / Cx. 80, nº 101 / Cx. 89, nº 41/ Cx. 90, nº 3 / Cx. 92, nº 5 / Cx. 98, nº 24 / Cx. 99,nº 98 / Cx. 102, nº 39 / Cx. 104, nº 7 / Cx. 121, cap.Cx. 121, cap.29, cap. 76 / Cx. 132, cap. 31 / Cx. 133, cap. 28 / Cx.144, cap. 72 / Cx. 145, cap. 48 / Códice 1362, fls. 136Códice 1362, fls. 136vs., fls. 166, 206 vs. Códice 1365, fls. 34 vs., 211 vs. /Códice 1376, fls. 23, e 138 vs. / Antonio Carreira – OTráfico Português de Escravos]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1781 · BaherreJ. F. BAHERRE28/11/1781 – capitão do navio Genevieve,sai de Nantes para Moçambique,Mascarenhas e outros portos, de onderegressou a Moçambique e onde carregou493 escravos dos quais descarregou402 (números imputados) na Martinica,em 30/08/1784.[Eltis]1781 · BonhomePIERRE LE BONHOMME1781 – capitão do navio Union, parte deSaint-Malo para Moçambique onde chegaa 15/02/1782 e onde carrega 239 escravos.20/03/1782 – sai de Moçambique e descarrega195 escravos (números imputados)no Cabo da Boa Esperança, em05/10/1782.[Eltis]1782 · D. KerozetBOUDIN KEROZET22/10/1782 – capitão do navio francêsPintade, parte de Port-Louis, Maurícias,para Moçambique e Quíloa onde chegoua 24/12/1782 e onde carregou 493escravos dos quais descarregou 402 nasAméricas.[Eltis]1783 · CostaJOSÉ AGOSTINHO DA COSTA1783 – natural de Portugal foi para oregimento de Moçambique como praçade soldado e nele serviu até ao posto deprimeiro tenente. Em 1790 foi promovidoa feitor e alcaide-mor da Vila de Senae, mais tarde, a coronel do regimento demilícias de Quelimane.29/04/1798 – em Quelimane, carrega12 escravos na chalupa Bonita.27 /09/1798 – em Quelimane, carregaquatro escravos na chalupa Bonita, maisquatro no bergantim Boa Caetana e nestemesmo bergantim mais 24 consignadosa Joaquim do Rosário Monteiro*.23/08/1804 – em Quelimane, carrega 9escravos no bergantim Bom Sucesso.21/01/1811 – o governador-geral propô-lopara governador de Rios de Sena,alegando que era «hábil e tem numerosaescravatura».07/06/1817 – em Moçambique, senhoriodo brigue escuna São José Africanopretende seguir viagem para Quelimane,levando como mestre e piloto José Joaquimdos Reis*.15/01/1818 – na lista dos proprietáriosde embarcações da praça de Moçambique,com o brigue São José Africano.[AHU, cx. 80, nº 109 /Cx. 81, nº 68 / Cx. 81, nº 83 /Cx. 108, nº 81 / Cx. 135, cap. 35 / Cx. 153, cap. 76 /Cx. 156, cap. 13]1783 · MichelJEAN MICHEL17/07/1783 – capitão do navio Victoire,sai de Bordeus para Moçambique, aí carrega199 escravos e sai em 18/11/1784para Port-au Prince, onde descarrega 162(números imputados), em 05/08/1785.[Eltis]1783 · VieuvilleLE BRETON <strong>DE</strong> LA VIEUVILLE17/07/1783 – capitão do navio JolieHenriette de Ribeaucourt, sai de Bordeuspara Moçambique onde carrega 493 escravos,dos quais vai desembarcar (em S.Domingos?) 402, em 11/04/1784.[Eltis]332007 E-BOOK CEAUP


José Capela1783 · WibertWIBERT22/04/1783 – capitão do navio Rose, saide Nantes, vai a Moçambique, onde estáde 12/09/1783 a 28/01/1784 e de ondesai com 301 escravos dos quais descarrega228 em Cap Français.[Mettas / Eltis]1784 · CamairanCAMAIRAN26/05/1784 – capitão do navio Vicomtede Souillac sai de Marselha para as IlhasQuirimba onde carrega 145 escravos (númeroimputado) dos quais vai descarregar118 a Cap Français, em 05/05/1787.[Eltis]341784 · AlvesJOÃO ALVES27/10/1784 – em Moçambique, capitão esobrecarga da corveta de 150 toneladas,Nossa Senhora do Monte do Carmo SantoAntónio e Almas, do senhorio de JoaquimJosé da Costa Portugal*, com passaportepara Inhambane.03/07/1787 – em Inhambane, capitão dacorveta Nossa Senhora da Penha de França,a sair para Moçambique com 2460 arrobasde marfim e 150 escravos.[AHU, códice 1355 / Cx. 54, nº 42]1784 · AmbaidasVELGI AMBAIDAS15/04/1784 – em Moçambique, senhorioda corveta de 140 toneladas, NossaSenhora da Penha de França Santo Antónioe Almas Santas, regista o passaportepara ir a Sofala, levando como capitão esobrecarga Manuel José de Oliveira*.[AHU, códice 1355]1784 · BazinBAZIN1784 – capitão do navio francês Vicomtede Souillac sai de Lorient para Moçambiqueonde carrega 293 escravos dos quaisvai descarregar 239 (números imputados)a Cap Français, em 29/03/1785.[Eltis]1784 · PereiraJOÃO ÁLVARES PEREIRA18/05/1784 – em Moçambique, capitãoe primeiro piloto da corveta de 140 toneladasNossa Senhora do Monte do CarmoSanto António e Almas do senhorio deJoaquim José da Costa Portugal* obtémpassaporte para Quelimane.[AHU, códice 1355]1784 · PortugalJOAQUIM JOSÉ DA COSTAPORTUGAL18/05/1784 – em Moçambique, senhorioda corveta Nossa Senhora do Monte doCarmo Santo António e Almas, de 140 toneladas,obtém passaporte para ir a Quelimanelevando como capitão e primeiropiloto João Álvares Pereira*.27/10/1784 – em Moçambique, senhorioda corveta Nossa Senhora do Monte doCarmo Santo António e Almas, com passaportepara Inhambane, levando comocapitão e sobrecarga João Alves*.22/10/1785 – em Moçambique, senhorioda corveta Nossa Senhora do Monte doCarmo, com passaporte para LourençoMarques.1786 – nomeado governador de LourençoMarques. Até então, governador deCabo Delgado onde esteve onze anos eonde manteve grosso negócio irregularcom os franceses. Cobrava para si 12 a 16E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>escravos por escravo exportado. Armoutrês navios de gávea que utilizou no tráficode escravos para as colónias francesas.Nomeadamente a corveta Monte doCarmo em que teve interesses o capitão– general Vicente Caetano da Maia e Vasconcelos.Terá feito uma das primeirasgrandes fortunas de Moçambique avaliadaem 60000 cruzados. A deslocaçãopara Lourenço Marques ter-lhe-á sidofatídica pois aí lhe morrreu a mulher aofim de alguns meses e ele próprio em1789.[AHU, códice 1365 / Alexandre Lobato, História doPresídio de Lourenço Marques]1784 · RibeiroJOSÉ FRANCISCO RIBEIRO12/07/1784 – em Moçambique, capitãoe primeiro piloto da sumaca Estrelad’África, de 80 toneladas, do senhorio deTaibo Valy*, com passaporte para Quelimane.08/04/1785 – em Moçambique, passadopassaporte a favor do Prior do conventode São João de Deus para a navegaçãoda chalupa Almas Santas para Quelimane,levando como capitão e piloto JoséFrancisco Ribeiro.1789(?) – em Moçambique, capitão eprimeiro piloto da chalupa Mondió deAssane Vali* à qual é concedido passaportepara ir a Quelimane.04/05/1793 – em Moçambique, capitãoe piloto do bergantim Bom Sucesso, dapropriedade de José Teixeira Tigre*, quevai a Quelimane como navio de viagem.01/09/1793 – em Moçambique, capitãoe piloto do bergantim Bom Sucesso,da propriedade de José Teixeira Tigre*,a partir para Sofala como navio de viagem.05/05/1794 – em Moçambique, comandantee piloto da pala Nossa Senhora dosRemédios, de Narangi Dangi*, a sair paraSofala.15/08/1795 – em Moçambique (de ondesaira para Quelimane a 30/05), a naude viagem Nossa Senhora dos Remédiosprocede ao manifesto de carga provenientede Quelimane, com 194 escravos,incluindo os dos passageiros. Com todaa probabilidade (não consta) do senhoriode Narangi Dangi* e do comando deJosé Francisco Ribeiro.08/03/1796 – o comandante de Quelimaneconcede licença ao capitão da corvetaSanto António e Dous Amigos paracarregar 10 escravos de suas liberdadese o governador de Rios de Sena licençapara carregar 12. Carregou mais: detripulantes pelas suas liberdades 10; dePedro Antonio José da Cunha* 20; deManuel Ribeiro* 27.04/08/1796 – em Quelimane, capitãodo bergantim Santo António e Dous Amigos,do senhorio de António José TeixeiraTigre* carrega 194 escravos: de PedroXavier Velasco* para Agostinho da CostaFerreira* 20. De João Jacques Frechaut*para Carlos José Guezi* 50. De Micael CaetanoAfonso* 10. De Pedro António Araujo*um. Do governador dos Rios de Senapara seu filho 20. Do padre frei António deSão José Nepomuceno* 33. Da equipagem30. Do capitão do bergantim 30.26/08/1796 – em Moçambique, procedeao manifesto de carga da corveta de viagem(Santo António e Dous Amigos?) deQuelimane, tendo sido declarados 150escravos.01/12/1796 – em Quelimane, capitão dapala Nossa Senhora dos Remédios.15/04/1798 – em Quelimane, carrega 30352007 E-BOOK CEAUP


José Capela36escravos no bergantim Africano Ligeiro.15/04/1798 – em Quelimane, carrega 15escravos na pala de viagem Aurora Feliz.06/12/1798 – em Quelimane, manifestode escravos carregados na galeraJoaquina do senhorio de Joaquim do RosárioMonteiro*, que faz viagem de torna– volta para a capital por perda de documentosem naufrágio de lancha e que deviaseguir derrota para o Rio de Janeiro:José Francisco Ribeiro, como procuradordo senhorio, manifesta 189 caporros, 7bichos, 4 negrinhas e uma negra, todosdo mesmo senhorio.23/09/1801 – senhorio da corveta FelizCosta, construída em Quelimane. EmMoçambique, pede passaporte para fazera viagem de Quelimane que lhe tinha sidoprometida pelo governador anterior.09/08/1802 – em Moçambique, provenientede Quelimane, capitão do brigueFeliz Costa, manifesta a carga entre aqual 100 escravos dos passageiros.01/09/1802 – pede para ir a Quelimanecomo barco de viagem.04/08/1803 – senhorio e capitão do brigueFeliz Costa, manifesta, em Moçambique,a carga transportada de Quelimane,entre a qual 200 escravos.15/06/1804 – em Moçambique, peloseu procurador, requer autorização paramandar o bergantim Feliz Costa a Quelimane.02/08/1804 – à saída de Quelimane,naufragou nesta data o navio de viagemFeliz Costa, de José Francisco Ribeiro,tendo morrido o capitão, dois marinheiros,e quase toda a escravatura.[AHU, códice 1355, e códice 1365, fls. 3 e fls. 29 / Cx.71, nº 36 / Cx. 73, nº 63, nº 67 e e nº 69 / Cx. 74, nº81, nº 104 / Cx. 76, nº 50 / Cx. 80, nº 101, nº 102 / Cx.81, nº 99 / Cx. 89, nº 10 / Cx. 94, nº 3, nº 24 / Cx. 97,nº 25 / Cx. 108, nº 14 e nº 80]1784 · ValyTAIBO VALY12/07/1784 – em Moçambique, senhorioda sumaca Estrela d’África, de 80 toneladas,com passaporte para Quelimane,levando como capitão e primeiro pilotoJosé Francisco Ribeiro*.[AHU, códice 1355]1785 · GangadasGOVANGI GANGADAS14/10/1785 – em Moçambique, senhorioda sumaca Lanceta Santo António eAlmas Santas, de 200 toneladas, a que éconcedido passaporte para navegar paraSofala, Bazaruto e Quelimane.[AHU, códice 1355]1785 · MauriceROUXEL <strong>DE</strong> SAINT-MAURICE23/07/1785 – capitão do navio Astrée,parte de Saint-Briene para Moçambiqueonde está de 02/07/1785 a 08/11/1785e onde carrega 307 escravos (número imputado).Está no Cabo da Boa Esperançade 14/12/1785 a 28/01/1786. Descarrega250 escravos em Cap Français, em15/06/1787.[Mettas / Eltis]1785 · PascaudPIERRE PASCAUD25/03/1785 – capitão do navio Flore, vaide Nantes para Moçambique de onde saiem 02/07/1785 com 368 escravos (númeroimputado) para Cap Français ondedescarrega 330, em 28/03/1786.[Eltis]1785 · SilveiraJOSÉ NUNES DA SILVEIRANasceu na Ilha do Pico em meados doE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>século XVIII e morreu em Lisboa a 16 deJunho de 1833.1785 – entra em Lisboa como capitão donavio Santa Cruz, em proveniência deMacau.1808 – faz parte do batalhão de VoluntáriosReais do Comércio, organizado depoisda primeira invasão francesa, em 1808.10/03/1817 – em Moçambique, armadordo bergantim Delfim, proveniente de Lisboa,carrega 385 escravos dos quais vaidescarregar 284 ao Maranhão.17/04/1818 – em Moçambique, ido deLisboa, o bergantim Delfim, de que eraarmador José Nunes da Silveira, de ondesai com 333 escravos para Pernambuco,onde chega com 272, em 30/06/1818.16/07/1818 – o seu brigue Golfinho S. Filipede Nery sai de Lisboa.30/01/1819 – está em Moçambique deonde sai a 07/03/1819, chegando ao Maranhão,a 19/9/05/1819, com 209 escravos.De 148 toneladas, podia transportar372 escravos conforme alvará de 24 deNovembro de 1813. Comprara 269 escravos,dos quais morreram muitos após achegada ao Maranhão.1820 – representou o comércio no Governo-JuntaProvincial do GovernoSupremo do Reino e depois na JuntaPreparatória das Cortes.07/09/1820 – passaporte passado emLisboa ao bergantim Delphim, de queeram armadores José Nunes da Silveirae Cª, para ir aos portos da Costa daÁfrica Oriental e Brasil, com regresso aLisboa. Foi a Moçambique e estava emQuelimane, em 30/12/1820, com 448escravos com que partiu para o Brasil epara Lisboa.19/10/1821 – em Moçambique, o brigueDelfim, de que eram armadores JoséNunes da Silveira e Cª, e que saiu para oMaranhão.[AHU, cx. 171, cap. 99 / Cx. 174, cap. 85 A / Códice1376, fls. 180 / José da Silveira Viana – Notas biographicasde José Nunes da Silveira / Enciclopedia Luso-Brasileira. / António Carreira, O Tráfico Português deEscravos na Costa Oriental Africana Nos Começos doSéculo XIX]1786 · BerthomeNICOLAS BERTHOMME29/03/1786 – capitão do navio La Madame,sai de Nantes para Moçambiqueonde chega a 04/07/1786 – vai a Quíloaonde está em Outubro e Novembro de1876, e de onde sai para Moçambique,em 15/07/1786, com 643 escravos. Estáno Cabo da Boa Esperança em Dezembrode 1786, onde vende 43. Com 236mortos na travessia e 10 durante a vendaintroduz 364 em Port-au-Prince, em25/02/1787.06/04/1788 – capitão do navio La Madame,sai de Nantes para Moçambiqueonde está de 24/07/1788 a 10/09/1788e onde carrega 497 escravos. Vai parao Cabo da Boa Esperança onde está de02/01/1789 a 23/03/1789. Vai paraPort-au-Prince onde descarrega 405 escravos,em 08/05/1789.24/08/1792 – em Nantes, capitão donavio Les Deux André, sai para Moçambique,indo à Ilha de França, onde estáa 27/03/1793, a Pondichéry e a Quíloa,reentrando na Ilha de França em21/12/1793. Vai a Moçambique e no regressoà Ilha de França é apresado pelosingleses nas Seychelles.[Mettas / Eltis]1786 · GuesdonGUESDON22/12/1786 – capitão do navio Breton372007 E-BOOK CEAUP


José Capelaque parte de Lorient para Moçambiqueonde chega a 16/07/1787 e de onde saicom 820 escravos dos quais descarrega668 (número imputado) em São Marcos,a 25/03/1788.[Eltis]1786 · HeguyALEX HEGUY30/03/1786 – capitão do navio Le Comted’Angivilliers, sai de Nantes para Moçambique,onde está de 01/07/1786 até31/01/1787. Vai com 863 escravos parao Cabo da Boa Esperança, onde está de01/03/1787 a 08/04/1787 e onde morrem279 ou 275. Descarrega 588 em CapFrançais, a 03/06/1787.[Mettas / Eltis]1786 · WuibertJ. B. WUIBERT23/06/1786 – capitão do Paquebot deBourbon, sai de Bordeus para a ilha deFrança e Moçambique onde carrega 161escravos dos quais vai descarregar 131(números imputados) em Cap Français,em 23/03/1789.[Eltis]1787 · AugierAUGIER17/11/1787 – capitão do navio Raphaelsai de Marselha e vai a Moçambiqueonde carrega 194 escravos, dos quaisdescarrega 158 (números imputados)em S. Domingos.[Eltis]381786 · VentreFRANÇOIS VENTRE1786 – capitão do navio Oiseau, saiu deBordeus, foi a Moçambique carregar escravose daí ao Cabo da Boa Esperança eIlha de França onde descarregou 179.[Voyage d’un Navire Négrier]1786 · VoisinMARIN VOISIN06/12/1786 – capitão do navio SaintDenis, sai de Bordeus par Moçambiquee Quíloa onde carrega 368 escravos(número imputado) e de onde saia 15/01/1788 para Cap Français, ondedescarrega 300.21/03/1789 – capitão do navio Patrie,sai de Bordeus para Moçambique ondecarrega 380 escravos (número imputado)dos quais vai descarregar 310 emCap Français, em 04/1790.[Eltis]1787 · BaudinNICOLAU BAUDIN15/06/1787 – em Moçambique, capitãodo navio francês La Pepita.[AHU, cx. 54, nº 58]1787 · CochonCOCHON, TROPLONG ET Ce.1787/1788 – armadores de Bordeus donavio que saiu daquele porto autorizado«a ir à costa de Moçambique, passandopela Ilha de França à procura de 500 negrosa transportar para as colónias francesasda América, particularmente paraa Ilha e costa de S. Domingos».[Revue Maritime et Coloniale]1787 · DalmusDALMUS17/11/1787 – capitão do navio Joaquimsai de Marselha e vai a Moçambique,onde carrega 212 escravos, dos quais vaidescarregar 173 (números imputados)E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>em Cap Français, a 24/03/1790.[Eltis]1787 · GendronGENDRON16/07/1787 – em Moçambique, auto devisita à fragata Breton, de nação francesa,de que é capitão, e que saira de Nantes,a 22/12/1786, com carga para a Ilhade França, de onde saiu a 27/06/1787,ida a Moçambique para carregar escravaturapara a América Francesa. Era portadorade 37000 patacas espanholas.[AHU, cx. 54, nº 48]1787 · LabatP. (João Leão?) LABAT1787 – capitão do navio Euphresine, saide Bordeus para Moçambique onde carrega178 escravos, saindo a 04/01/1788para S. Domingos, onde descarrega 145(números imputados), em 23/06/1789.[AHU, cx. 57, nº 2 / Eltis]1787 · LauratetJ. LAURATET17/08/1787 – capitão do navio Petite Dorade,sai de Bordeus para Moçambiquede onde sai em 1789 com 195 escravosdos quais descarrega 159 em Cap Français,em 06/04/1789.[Eltis]1787 · SilvaMANUEL GALVÃO DA SILVA08/1787 – data provável da sua ida paraMoçambique. Acompanhado de dois assistentes,um botânico, José da Costa, eoutro desenhador, António Gomes. Objectivo,o estudo da flora e da fauna deMoçambique, recolha de especimenesminerais para o Museu da Ajuda, emLisboa. Devia fazer um mapa de Riosde Sena com os depósitos minerais. Foiigualmente nomeado secretário-geraldo governo da Colónia de Moçambique.Deixou: (1) o manuscrito: Relação dasViagens Philosophicas que por Ordem deSua Magestade Fidelissima tem feito nasterras da Jurisdição da Vila de Tete e algumasdos Maraves, Sena, 4 de Julhode 1788. (2) Relação da Viagem feita pelasTerras de Manica em 1788, publicadoem Anais do Conselho Ultramarino, partenão oficial, Série I, p. 242 e segs.. (3) Ummanuscrito em latim que descreve mineraise plantas por ele escolhidas duranteo seu estudo de história natural em Goa.20/09/1793 – despacha juntamente comGabriel José Pereira Basto* da Ilha deFrança para o porto de Moçambique o seunavio Bazaruco, de 260 toneladas, paratodos os portos de Moçambique.06/03/1794 – em Moçambique, procedeao despacho para ir a Quelimane com obergantim Bazaruco de que era proprietáriojuntamente com Gabriel PereiraBasto* e capitão e piloto João da Luz*.15/10/1794 – em Moçambique, armao bergantim Bazaruco para Inhambanee Maranhão ou outro porto da AméricaPortuguesa, espanhola ou francesa e daípara a Europa.30/10/1794 – em Moçambique, arma agalera Lyra, de 400 toneladas, para a AméricaPortuguesa, espanhola ou francesa.[Monumenta, Boletim da Comissão dos MonumentosNacionais de Moçambique, nº 8, Ano VIII, 1972. /AHU, cx. 69, nº 11. Códice 1365, fls. 16, fls. 22, fls.34 vs. e fls. 36]1788 · AbeilleJOSEPH ABEILLE09/09/1788 – capitão do navio Ville deBordeaux, sai de Bordeus para Moçambi-392007 E-BOOK CEAUP


José Capela40que onde carrega 741 escravos (númeroimputado) e vai decarregar em São Marcos600, em 04/03/1790.[Eltis]1788 · AndréANDRÉ1788 – capitão do navio Marc Antoine saide Marselha e vai a Moçambique carregar493 escravos, dos quais descarrega402 (números imputados) em Cap Français,em 06/1790.[Eltis]1788 · AntoineP. ANTOINE28/03/1788 – capitão do navio TroisPhilipes que sai de Marselha e vai a Moçambiqueonde carrega 351 escravos(número imputado) dos quais descarrega286 em Les Cayes, em 30/12/1788.[Eltis]1788 · BourbonJACQUES BOURBON20/05/1788 – capitão do navio Necessaire,sai de Bordeus para Moçambiqueonde carrega 187 escravos dos quais vaidescarregar 152 (números imputados) emCap Français, em 14/04/1790.[Eltis]1788 · BretagneJULIEN BRETAGNE05/04/1788 – capitão do navio La Flore,sai de Nantes para Moçambique ondeestá de 21/07/1788 a 13/10/1788 e ondecarrega 358 escravos (número imputado).Parte para o Cabo da Boa Esperançaonde está de 03/12/1788 a 22/12/1788.Está em Les Cayes, em 09/02/1789,onde descarrega 292.06/03/1790 – capitão do navio La Flore,sai de Nantes para Moçambique,onde está de 12/07/1790 a 17/09/1790e onde carrega 447 escravos (númeroimputado), saindo a 12/07/1790 parao Cabo da Boa Esperança onde fica até12/10/1790. Sai para Cap Français ondedescarrega 364 escravos a 07/12/1790.[Mettas / Eltis]1788 · ComteCOMTE1788 – capitão do navio Constante Paulinesai de Marselha e vai a Moçambiqueonde carrega 283 escravos (número imputado),dos quais descarrega 231 emLes Cayes, em 19/01/1790.[Eltis]1788 · DavidDAVID1788 – capitão do navio Marguerite, parteda Ilha de França para Moçambique deonde saiu a 11/09/1789 e onde carregou282 escravos dos quais descarregou 230em Cap Français (números imputados),em 31/01/1790.[Eltis]1788 · DubreilFR. DUBREIL19/04/1788 – capitão do navio Felix quesai de Lorient para Moçambique ondecarrega 125 escravos (número imputado)dos quais vai descarregar 102, emLes Cayes, a 25/06/1789.[Eltis]1788 · DucJEAN MARIE LE DUC24/07/1788 – capitão do navio Père deFamille, sai de Bordeus para Moçam-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>bique onde carrega 218 escravos (númeroimputado). Sai em 06/1789 paraCap Français, onde descarrega 178, em05/01/1790.[Eltis]1788 · GourrègeAMAN GOURRÈGE12/12/1788 – capitão do navio BaronLefort, sai de Bordeus para Ilha de Françae Moçambique onde carrega 442 escravos(número imputado) dos quaisvai descarregar 360 a Cap Français, em07/02/1791[Eltis]1788 · GuimarãesMANOEL <strong>DE</strong> SOUZA GUIMARÃES1788 – um dos maiores comerciantesem Luanda com interesses em Benguela.Casado com a irmã de um dos maisimportantes comerciantes de Benguela,António José de Barros. Com quem mantevenegócios até 1790.18/04/1798 – em Moçambique, senhoriodo navio União que vai para o Ibo ondeestá a 04/05/1798, de onde seguirá paraa Ilha de França e Ásia Portuguesa.04/05/1798 – em Moçambique, senhoriodo navio Rezolução, que sai de Moçambiquepara a Ilha de França.06/05/1798 – o governador-geral de Moçambiquecomunica ao governador dasIlhas de Cabo Delgado que vai para lá Manuelde Sousa Guimarães, senhorio e proprietáriodo paquete Nazareth e do navioUnião, este comandado por João Gulatedos Santos* e aquele pelo senhorio. Vãocompletar a carga de escravos. Mandaocobrar os direitos habituais e previneocontra o hábito de os navios nacionaise estrangeiros partirem com muito maisescravos do que os manifestados.12/03/1799 – O Nazareth descarrega emMontevideo 156 dos 250 escravos carregadosem Moçambique.[Roquinaldo Ferreira. / AHU, cx. 81, nº 4 / Códice1365, fls. 87, 88 e 89. / Eltis]1788 · LemaitreLOUIS L<strong>EM</strong>AITRE13/02/1788 – capitão do navio Brillant,sai de Bordeus para Moçambique ondecarrega 398 escravos dos quais vai descarregar324 (números imputados) aSão Marcos, em 25/06/1789.05/02/1791 – capitão do navio Jeune Caroline,parte de Bordeus para Moçambiqueonde carrega 293 escravos dos quaisdescarrega 239 em Cap Français, em10/02/1792.[Eltis]1788 · LevantierLOUIS LEVANTIER24/03/1788 – capitão do navio Don Royalque sai do Havre para Moçambique, deonde sai a 10/11/1788, tendo desaparecidocom 570 escravos a bordo.[Eltis]1788 · LévêqueLÉVÊQUE19/04/1788 – capitão do navio CinqCousines sai do Havre para Moçambiqueonde chega a 19/09/1788 e de ondeparte a 13/01/1789 com 400 escravos(número imputado) dos quais vai descarregar326 a Leogane, em 18/05/1789.[Eltis]1788 · MachadoJOSÉ ANTÓNIO MACHADO25/07/1788 – afretador da corveta Nos-412007 E-BOOK CEAUP


José Capela42sa Senhora de Belém ao comerciante dapraça de Moçambique Joaquim do RosárioMonteiro* para uma viagem redondaàs Maurícias, com escravos.[AHU, cx. 56, nº 57]1788 · PorritPORRIT1788 – capitão do navio Bienfait sai deMarselha para Moçambique onde carrega287 escravos (número imputado) dosquais vai descarregar 286 em Cap Français,em 26/07/1789.[Eltis]1788 · PourcinJEAN POURCIN04/07/1788 – capitão do navio Chorebe,sai de Bordeus para Moçambique ondeestá em 1788.[Eltis]1788 · SalisSALIS29/09/1788 – capitão do navio Zizette,sai de Bordeus para Moçambique ondecarrega 405 escravos dos quais vai descarregar330 (números imputados) emSão Marcos, em 15/03/1790.[Eltis]1788 · TorzecPIERRE LE TORZEC03/05/1788 – capitão do navio Passegerdu Roi sai do Havre e vai a Moçambiquee Quíloa de onde parte em 1789 com 253escravos (número imputado) dos quaisvai descarregar 206 em S. Domingos, em12/06/1789.27/04/1790 – capitão do navio Neckersai do Havre e chega a Moçambique, em31/08/1790, de onde sai com 466 escravos(número imputado), chegando a Portau Prince com 380, em 05/03/1791.[Eltis]1789 · AudibertAUDIBERT1789 – capitão do navio Concorde sai deMarselha e vai a Moçambique carregar286 escravos, dos quais descarrega 233em Cap Français, em 24/04/1790.[Eltis]1789 · AvileBERTRAND AVILE14/08/1789 – capitão do navio Comtede Thiard, parte de Ilha de França paraMoçambique onde carrega 282 escravos(número imputado) dos quais descarrega230 em Cap Français, em 26/11/1790.[Eltis]1789 · BriouJOACHIM BRIOU23/12/1789 – capitão do navio Aigle,parte de Bordeus para Moçambiqueonde carrega 341 escravos dos quais descarrega278 em Les Cayes (números imputados),em 10/02/1791.[Eltis]1789 · ColffsCOLFFS, LOUREIROS EGUIMARÃES13/08/1789 – o navio Rainha dos Anjosestá em Moçambique, mestre José Severinodos Reis*. Segundo o governadorgeral,os seus armadores ou comissários(Colffs e Cª?) nenhuma inteligência decomércio têm com os franceses das Maurícias.Despachou na alfândega local1156 espingardas e 220 arrobas de pólvora,tudo vendido a Joaquim do RosárioE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Monteiro*, um dos grandes comerciantesda praça de Moçambique, a troco deescravos e de muitos outros efeitos.25/05/1796 – chegou a Moçambique onavio desta companhia, Rainha dos Anjos,com gente de transporte, munições emais carga para esta praça. Segue paracosta do Malabar com carga dos comerciantesportugueses de Moçambique e deLisboa e voltará com os retornos. Capitão,José Bernardo Rosa*. Sobrecargas:José Gomes Loureiro* e Joaquim Lopesde Sá Mourão*. O mesmo navio estiveraem Moçambique, em Agosto de 1789.02/1801 – a Companhia Colffs, Loureirose Guimarães, em Lisboa, oferece-separa transportes para Moçambique noseu navio Rainha dos Anjos.03/03/1801 – na Madeira, o novo governador-geralIsidro Sá, está a viajar paraMoçambique no navio Rainha dos Anjos.1803 – o navio Rainha dos Anjos terá feitooutra viagem a Moçambique, neste ano.[AHU, códice nº 1365, fls. 64 / Cx. 59, nº 30 / Cx.87, nº 35 / Cx. 59, nº 12 / Cx. 89, nº 4 / Cx. 97, nº 25,apontamento avulso, s/d]1789 · CuretLOUIS CURET20/03/1789 – em Moçambique, provenientede Marselha, capitão da fragataSérapis, carrega 417 escravos (númeroimputado) dos quais descarrega 340 emPort-au-Prince, em 15/01/1790.17/07/1791 – em Moçambique, capitãodo navio Sérapis, de que era primeiro armadorSerane, proveniente de Marselhae Ilha de França, carrega 385 escravos(número imputado). Foi descarregar 314a Havana, em 03/1792.[AHU, cx. 59, nº 19 / Cx. 60, nº 21 / Eltis]1789 · DescombesMARTIAL <strong>DE</strong>SCOMBES14/02/1789 – capitão do navio VicomteD’Urtubie, sai de Bordeus para Quíloa eMoçambique onde carrega 320 escravos(número imputado) dos quais vai descarregar261, em Les Cayes, em 03/03/1790.[Eltis]1789 · EncarnaçãoANTÓNIO NUNES DAENCARNAÇÃO15/09/1789 – em Moçambique, senhorioe primeiro piloto do bergantim FelizGoverno, a que é concedido passaportepara ir a Quelimane fazer escravos, avender na Índia.[AHU, códice 1362]1789 · FontenelleLOUIS – BERNARD FONTENELLE26/02/1789 – capitão do navio Fille Unique,sai de Bordeus para Moçambiqueonde carregou 493 escravos e vai descarregar402 (números imputados) em CapFrançais, em 12/12/1790.[Eltis]1789 · GouardonLE GOUARDON07/09/1789 – capitão do navio Chasseur,parte de Bordeus para Moçambiqueonde carrega 368 escravos (númeroimputado) dos quais descarrega 300 emCap Français, em 05/1791.[Eltis]1789 · JeansaumeJEANSAUME1789 – capitão do navio Mars sai de Marselhae vai a Moçambique onde carrega368 escravos dos quais descarrega 300432007 E-BOOK CEAUP


José Capela44(números imputados) em S. Domingos,em 05/1791.[Eltis]1789 · MatosMANUEL JOAQUIM <strong>DE</strong> MATOS06/11/1789 – em Moçambique, capitãoe primeiro piloto do bergantim AmávelDonzela, com passaporte para seguirpara Quelimane.[AHU, códice 1362]1789 · MontautCHEVALIER <strong>DE</strong> MONTAUT12/03/1789 – capitão do navio Esmangart,sai de Bordeus para Moçambiqueonde carrega 315 escravos dos quais vaidescarregar 257 (números imputados)em Cap Français, a 01/04/1790.[Eltis]1789 · NaviangyCALIANGY NAVIANGY03/10/1789 – em Moçambique, é concedidopassaporte à sua pala Nossa Senhorados Remédios, para ir a Quelimane comonavio de viagem.[AHU, códice 1362]1789 · PintoANTÓNIO DOS SANTOS PINTO23/07/1789 – em Inhambane, capitãodo bergantim Nossa Senhora da Conceição,com 240 escravos a bordo.09/11/1789 – em Inhambane, capitão dobergantim Nossa Senhora da Conceição, comescravos que a 9 léguas do porto obrigaramo capitão e o piloto a encalhar o navio numarebentação. Dos brancos da tripulação edos 26 passageiros a bordo só escaparamde morte o capitão e o primeiro piloto.[AHU, cx. 58, nº 47. Cx. 59, nº 75]1789 · QuinhasANTÓNIO JOSÉ QUINHAS14/11/1789 – em Inhambane, termo deescravatura que leva a chalupa Santo Antóniode Lisboa, de que é senhorio e capitão– 30 (?) escravos.20/09/1791 – em Moçambique, juntamentecom Manuel Estácio da PontePedreira*, sócios no bergantim FelizGoverno, pede licença para ir carregarescravos aos portos de Quelimane ouInhambane, para a Maurícia.[AHU, cx. 59, nº 77 / Códice 1362, fls. 120 vs.]1789 · ReisJOSÉ SEVERINO DOS REIS13/08/1789 – em Moçambique, mestredo navio Rainha dos Anjos acabado dechegar. Despachara na Alfândega 1156 espingardase 220 arrobas de pólvora, tudovendido ao comerciante daquela praçaJoaquim do Rosário Monteiro* «que consomeestes e muitos outros efeitos nestessertões a troco de escravos de que tem feitoe faz muito grandes carregações».[AHU, cx. 59, nº 12]1789 · RenardJ. RENARD23/04/1789 – capitão do navio BonneMarie, sai de Bordeus para Moçambiqueonde carrega 245 escravos dos quais desembarca200 em Cap Français (númerosimputados), em 08/02/1790.[Eltis]1789 · SeignacJEAN SEIGNAC16/04/1789 – capitão do navio Sans Pareil,sai de Bordeus para Moçambiqueonde carrega 299 escravos (número imputado)dos quais vai descarregar 244 aE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Guadalupe, em 19/05/1790.[Eltis]1789 · TardivelJEAN TARDIVEL03/03/1789 – capitão do navio Aurore,parte de Saint-Malo para Moçambiqueonde chega em 29/11/1789 e de ondeparte em 18/02/1790 para São Domingos,tendo naufragado com a carga.[AHU, cx. 59, nº 81 / Eltis]1789 · ValiASSANE VALI (também AsaneValley)18/05/1792 – em Moçambique, senhorioda escuna Estrela de Africa, tendocomo capitão e primeiro piloto José Gomes*,com passaporte para Sofala.18/06/1792 – em Moçambique, é passadacarta de crença à pala Aurora Feliz deAsane Valley e Cª para Quelimane, tendocomo capitão e sobrecarga Joaquim Antóniode Sousa*.1789 (?) – em Moçambique, é concedidopassaporte à sua chalupa Mondió, parair a Quelimane, levando como capitão eprimeiro piloto José Francisco Ribeiro*.[AHU, códice 1362, fls. 152 vs. e 162]1790 · AntoineANTOINE19/02/1790 – capitão do navio Ville deLausane, sai de Marselha para Moçambiqueonde carrega 675 escravos, dos quaisdescarrega 550 (números imputados)em Cap Français, em 28/11/1790.[Eltis]1790 · AntoineLOUIS ANTOINE03/03/1790 – capitão do navio Pays deVand, parte de Marselha para Moçambiqueonde carrega 595 escravos (númeroimputado) dos quais descarrega 485, emCap Français, em 05/12/1790.[Eltis]1790 · DespietNICOLAS <strong>DE</strong>SPIET19/07/1790 – capitão do navio Indien,parte de Bordeus para Moçambique eQuíloa onde carrega 228 escravos dosquais descarrega 186, em Cap Français(números imputados), em 02/1792.[Eltis]1790 · FournierCLÉMENT-BARNABÉ FOURNIER14/03/1790 – capitão do navio Stanislassai de Lorient para Moçambique e Quíloaonde carrega 493 escravos dos quaisvai descarregar em portos das Américas402 (números imputados).[Eltis]1790 · FruchardFRUCHARD25/02/1790 – capitão do navio Trois Philippessai de Marselha e vai a Moçambiqueonde carrega 307 escravos (númeroimputado), dos quais descarrega 250 emLes Cayes, em 15/12/1790.[Eltis]1790 · GouraudGOURAUD08/02/1790 – capitão do navio AssembléeNationale parte de Lorient para Moçambique,carrega 368 escravos e sai a12/10/1790 para Cap Français, ondedescarrega 300 (números imputados).[Eltis]452007 E-BOOK CEAUP


José Capela461790 · GuesdonJEAN GUESDON03/03/1790 – em Nantes, capitão donavio Le Benezech, parte para a Ilha deFrança, onde está a 27/08/1790, comdestino a Moçambique.[Mettas]1790 · GuillermetFr – Ch GUILLERMET09/05/1790 – capitão do navio Passagerdu Roi sai do Havre para Moçambique deonde parte com 174 escravos dos quaisdescarrega 142 (números imputados)em Leogane, em 06/03/1791.[Eltis]1790 · HosteinJEAN HOSTEIN24/03/1790 – capitão do navio Licorne,parte de Bordeus para Moçambique ondechegou a 18/11/1790 e de onde partiu a31/05/1791 com 493 escravos dos quaisdescarrega 402 nas Américas (númerosimputados).[Eltis]1790 · JagaultJEAN JAGAULT17/03/1790 – capitão do navio BonneHenriette, parte de Bordeus para Moçambiqueonde carrega 380 escravos dosquais descarrega 300 em Cap Français,em 26/03/1791.[Eltis]1790 · MatosLUÍS CORREIA MONTEIRO <strong>DE</strong>MATOS1790 (ou anterior) – nomeado governadorde Inhambane para onde se achavaprestes a partir, pede que seu filho, alferesJoaquim Correia Monteiro de Matos*,seja transferido para a mesma vila.04/12/1825 – em Moçambique comandantedo batalhão de caçadores cipais,com autorização para embarcar 120panjas de milho no brigue Furão, paraInhambane, a entregar ao filho para sustentodos escravos do mesmo, só embarcara60, ficando 60 para o brigue RitaAfricana. Requer a licença respectiva.06/07/1829 – tinha falecido.[Santana, I, p. 1023 e II, p. 484]1790 · PlanneJ. <strong>DE</strong> PLANNE06/1790 – capitão do navio francês Alcyon,parte de La Rochelle para Moçambique deonde sai com 487 escravos, tendo morrido70 na viagem até ao Cabo da Boa Esperança.Aí desembarcou os restantes 417.[Eltis]1790 · VidalVIDAL16/02/1790 – capitão do navio Saint Esprit,sai de Marselha e vai a Moçambique, ondecarrega 493 escravos, dos quais descarrega402 em Port-au-Prince, em 14/02/1791.[Eltis]1791 · AbreuSILVESTRE MARTINS <strong>DE</strong> ABREU08/11/1791 – em Moçambique, senhorioda sumaca Nossa Senhora de Montedo Carmo e Brilhante Estrela, tendo comocapitão António do Rego*.08/09/1793 – em Moçambique, pelo seuprocurador, diligencia no sentido de navegarde Moçambique para Quelimane obergantim Santo António Africano Ligeirolevando como capitão e piloto JoaquimXavier de Faria*.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1793/1794 – senhorio do bergantimSanto António Africano Ligeiro que transportavaescravos de Quelimane para Moçambique.12/01/1794 – em Moçambique, recebeupelo seu bergantim (Africano Ligeiro?)12 escravos «a título de liberdades».01/02/1794 – desembaraçado em Moçambiquepara Quelimane o seu bergantimAfricano Ligeiro levando como capitãoe piloto Joaquim Xavier de Faria*.[AHU, cxa. 66, nº 15, Códice 1362, fls. 133 / Códice1365, fls. 20 vs.]1791 · AugéP. AUGÉ13/03/1791 – capitão da fragata Helvétie,parte de Marselha para Moçambiqueonde se submete a auto de visita em08/07/1791 e onde carrega 507 escravos(número imputado). Vai descarregar 414em Havana, em 02/1792.[AHU, cx. 60, nº 21 / Eltis]1791 · AzevedoLUIZ DA COSTA FERREIRA <strong>DE</strong>AZEVEDO10/11/1791 – em Moçambique, senhorioda chalupa Flor do Mal, com passaportepara Quelimane.[AHU, códice 1362, fls. 133]1791 · CadryAMOD CADRY27/09/1791 – em Moçambique, é concedidopassaporte à sua chalupa Flor do Marpara ir ao Rio Lúrio carregar mantimentos.[AHU, códice 1362, fls. 12]1791 · CotteFR. COTTE27/10/1791 – capitão do navio La Saturneque parte de Nantes para a Ilhade França, onde está em 26/03/1792.Vai a Moçambique de onde parte em09/1792 com 503 escravos. Regressa àIlha de França,morrendo na viagem 51pelo que chega à Ilha de de França, em16/10/1792, com 452 escravos.[Mettas]1791 · HeraudJ. M. HERAUD1271791 – capitão do navio Anaz, partede Marselha para Moçambique onde carrega293 escravos dos quais descarrega239 (números imputados) em local edata desconhecidos.[Eltis]1791 · MatichandeSANCHAN<strong>DE</strong> MATICHAN<strong>DE</strong>(também Matchande)15/03/1791 – em Moçambique, é concedidopassaporte à sua pala Minerva paraseguir para Quelimane.19/08/1791 – em Moçambique, é concedidopassaporte à sua pala Minerva paraseguir para Damão.[AHU, códice 1362, fls. 88 vs.]1791 · NarangiCALIANGA NARANGI e Cª04/11/1791 – em Moçambique, senhoriosda corveta Monte do Carmo, compassaporte para Quelimane.[AHU, códice 1362, fls. 132]1791 · PedreiraMANUEL ESTÁCIO <strong>DE</strong> PONTEPEDREIRA20/09/1791 – em Moçambique, juntamentecom José António Quinhas*, sóciosno bergantim Feliz Governo, pede472007 E-BOOK CEAUP


José Capela48licença para ir carregar escravos aos portosde Quelimane ou Inhambane, destinadosà Maurícia.11/01/1794 – em Moçambique, pedepassaporte para viajar o seu bergantimFeliz Governo para Quelimane e destepara os portos da Ásia Portuguesa, levandocomo capitão e primeiro pilotoManuel António da Fonseca*.12/01/1794 – o governador-geral informao governador de Quelimane que vaicarregar escravos para a Ilha de França.[AHU, códices 1362, fls. 120 / Códice 1365, fls. 20./ Cx. 66, nº 14]1791 · RegoANTÓNIO DO REGO08/11/1791 – em Moçambique, capitãoda sumaca Nossa Senhora de Monte doCarmo e Brilhante Estrela, do senhorio deSilvestre Martins de Abreu*.[AHU, códice 1362, fls. 133]1791 · RodriguesSEBASTIÃO JOSÉ RODRIGUES(ou ROIZ)09(?)/1791 – em Moçambique, o bergantimMaria, de Sebastião José Rodriguese Cª, tendo como capitão e primeiropiloto José Firmino Correia da Silva*,obtém passaporte para Quelimane e portosda Ásia Portuguesa.07/10/1791 – em Moçambique, à chalupaBonita Santo António de Lisboa, de SebastiãoJose Rodrigues e Cª, é concedidopassaporte para Inhambane.04/05/1792 – em Moçambique, à chalupaBonita Santo António de Lisboa, tendocomo capitão Bernardino Pinto daCunha*, é concedido passaporte paraInhambane.29/08/1798 – em Moçambique, senhoriodo navio O Conquistado, a sair para aÁsia Portuguesa.08/04/1799 – em Moçambique, senhoriodo navio O Conquistado, a sair paraBombaim e Ásia Portuguesa.29/07/1800 – em Moçambique, tinhavendido a Subachande Sanchande e Cª onavio Conquistado, de 250 toneladas.08/11/1801 – um dos quatro maioresnegociantes de Moçambique que tinhamsustentado a guerra de Quitangonha epara os quais o governador-geral pedeuma condecoração.15/09/1802 – senhorio e armador dobergantim Feliz Eugénia, com carga deescravos, em Moçambique, pede passaportepara o Rio de Janeiro.30/12/1803 – vendeu, em Quelimane, aDom José António de Passos*, sobrecargado bergantim espanhol Esperança, e aDom Pedro, capitão do mesmo, 150 escravos.Carregação autorizada pelo governador-geral.13/01/1804 – chegou a Inhambane o navioamericano Minerva, fretado por SebastiãoJosé Rodrigues, proveniente deQuelimane com escravos, com falta deágua e de lenha.10/04/1804 – escritura pública da comprado navio denominado Renome ouGeneral Izidro, por Sebastião José Rodrigues,negociante português, moradorem Moçambique, em fins de 1803,a um francês, por 2150 patacas pagas acontado e 59 negros, casta de Moçambique,em espécie e idade declaradasabaixo e mais 17: 15 negritas de 15 a 25anos; 15 caporros de 13 a 15 anos; 26negros de 18 a 25 anos e 20 negros de25 a 30 anos.09/06/1804 – em Moçambique, pede licençapara navegar a sua chalupa Espe-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>rança para as Ilhas de França, com escalapelas Seichelles.11/06/1804 – em Moçambique, auto devisita ao navio General Izidro compradopor Sebastião José Rodrigues chegadodas Maurícias com 19 dias de viagem.05/10/1804 – consta do «Mapa das embarcaçõesque tem a praça de Moçambique»com duas unidades de dois mastrose respectivamente de 50 toneladas um e200 toneladas outro.22/12/1804 – em Moçambique, senhorioe armador do bergantim General Izidronomeado barco de viagem para Riosde Sena, pede passaporte.11/03/1805 – em Moçambique, auto devisita ao navio francês Dois Irmãos (DeuxFrères?) oriundo das Maurícias com 26dias de viagem. Ia carregar 150 escravosdevidos por Sebastão José Rodrigues.27/02/1808 – em Moçambique, proprietáriodo bergantim Santa Delfina, pedepassaporte para ir a Inhambane e daí àsMaurícias.[AHU, códice 1362, fl. 119, 123,148 e códice 1365, fls.96 vs., 123 vs., 184 vs. e 186 / Cx. 90, nº 23 / Cx. 94, nº42 / Cx. 104, nº 44 / Cx. 105, nº 56 / Cx. 106, nº 15, nº37, nº 86, nº 90 / Cx. 107, nº 18 e nº 63 / Cx. 108, nº 86/ Cx. 109, nº 52 / Cx. 110, cap. 11 / Cx. 122, cap. 61]1791 · SilvaJOSÉ FIRMINO CORREIA DA SILVA09(?)/1791 – em Moçambique, capitão eprimeiro piloto do bergantim Maria, deque era senhorio Sebastião José Rodrigues*e Cª, com passaporte para Quelimanee daí para portos da Ásia Portuguesa.[AHU, códice 1362, fls 119]1791 · SousaJOAQUIM ANTÓNIO <strong>DE</strong> SOUSA14/12/1791 – em Moçambique, JoaquimAntónio de Sousa e Cª, afretadores dapala Aurora Feliz, obtêm passaporte paraQuelimane.18/06/1792 – em Moçambique é passadacarta de crença à pala Aurora Feliz deAsane Vally* e Cª para Quelimane sendocapitão e sobrecarga Joaquim Antóniode Sousa.23/02/1793 – em Moçambique, senhorioda chalupa Flor do Mal, com passaportepara Quelimane, tendo como capitão epiloto João Nogueira*.15/05/1793 – em Moçambique, proprietárioda chalupa Flor do Mar a sair paraQuelimane.[AHU, códices 1362, fls. 137, 162 e 192 / Códice1365,fls. 4 vs.]1792 · BonnefousBONNEFOUS20/04/1792 – em Nantes, capitão do navioL’Active, parte para a Ilha de França,onde chega a 16/09/1792. Vai carregarescravos a Moçambique regressando àIlha de França em 19/09/1793.[Mettas]1792 · CarsangiPRIMOGI CARSANGI15/12/1792 – em Moçambique, senhoriodo bergantim Santo António Correio Felizcom passaporte para Quelimane, tendocomo capitão e primeiro piloto NorbertoAntónio da Cunha*.[AHU, códice 1362, fls. 163]1792 · CunhaBERNARDINO PINTO DA CUNHA04/05/1792 – em Moçambique, capitãoda chalupa Bonita Santo António de Lisboa,de Sebastião José Rodrigues*, compassaporte para Inhambane.[AHU, códice 1362, fls. 148]492007 E-BOOK CEAUP


José Capela501792 · CunhaNORBERTO ANTÓNIO DA CUNHA15/12/1792 – em Moçambique, capitãoe primeiro piloto do bergantim SantoAntónio Correio Feliz do senhorio de PrimogiCarsangi*, com passaporte paraQuelimane.16/04/1794 – capitão e primeiro pilotoda pala Nossa Senhora dos Remédios quesai de Quelimane com 83 escravos.[AHU, códice 1362, fls. 163 / Cx. 66, nº 81]1792 · DangiNARANGI DANGI16/05/1792 – em Moçambique, senhorioda corveta Nossa Senhora do Monte doCarmo, com passaporte para Quelimane.11/05/1793 – em Moçambique, despachapara Quelimane a sua pala NossaSenhora dos Remédios tendo como capitãoe primeiro piloto António dos SantosAguiar*.04/11/1793 – em Moçambique, despachaa pala Nossa Senhora dos Remédiospara Quelimane, levando como capitão epiloto António dos Santos Aguiar*.05/05/1794 – em Moçambique, despachapara Sofala a sua pala Nossa Senhorados Remédios levando como comandantee piloto o tenente José Francisco Ribeiro*.[AHU, códices 1362, fls. 137, 152 e 1365, fls. 4, 16vs. e 29]1792 · GomesJOSÉ GOMES18/05/1792 – em Moçambique, capitãoe primeiro piloto da sumaca Estrela deAfrica, do senhorio de Asane Valy*, compassaporte para Sofala.[AHU, códice 1362, fls. 152 vs.]1792 · NogueiraJOÃO NOGUEIRA26/06/1792 – em Moçambique, capitãoe piloto da chalupa Nossa Senhora daGuia, com passaporte para Quelimane.23/02/1793 – em Moçambique, capitãoe piloto da chalupa Flor do Mar, do senhoriode Joaquim António de Souza*,com passaporte para Quelimane.20/09/1793 – em Moçambique, mestre epiloto da chalupa Flor do Mar, de SebastiãoFerreira de Carvalho*, a sair paraQuelimane.18/02/1794 – em Moçambique, mestre epiloto da chalupa Flor do Mar, de SebastiãoFerreira de Carvalho*, a sair paraQuelimane.[AHU, códice 1362, fls. 163 e 192 / Códice 1365, fls.20 vs. e 21 vs.]1792 · RigaudRIGAUD04/08/1792 – em Nantes, capitão do navioL’Olympe, que vai a Moçambique e à Ilhade França, onde está em 02/08/1793.[Mettas]1793 · AguiarANTÓNIO DOS SANTOS AGUIAR11/05/1793 – em Moçambique, capitãoe primeiro piloto da pala Nossa Senhorados Remédios, da propriedade de NarangiDangi*, desembaraçada pela Alfândega.04/11/1793 – em Moçambique, capitãoe piloto da pala Nossa Senhora dos Remédios,de Narangi Dangi, a ser despachadapara Quelimane.[AHU, códice 1365, fls. 4 e 16 vs.]1793 · BastoGABRIEL JOSÉ PEREIRA BASTO04/10/1793 – juntamente com ManuelE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Galvão da Silva* requer, na Ilha de Moçambique,passaporte para o seu navioBazaruto, de 260 toneladas, provenienteda Ilha de França, ir a todos os portos deMoçambique.29/03/1794 – senhorio, sobrecarga e capitãodo navio Dama Portuguesa que viajada Ilha de França para portos de Ásiae de África.29/03/1794 – da Ilha de Moçambique vaià Ilha de França comprar um navio de 450toneladas, denominado Adamastor, paranavegar para os portos de África e Ásia.[AHU, cód. 1365, fls. 16 e 24 vs.]1793 · CaminhaFRANCISCO ANTÓNIO CAMINHAE Cª16/10/1793 – Francisco António Caminhae Companhia fazem navegar de Moçambiquepara as Maurícias o seu navio Paquetede Ázia, sendo capitão o mesmo Caminha.[AHU, códice nº 1365, fls. 16]1793 · CarvalhoJOSÉ (<strong>DE</strong>?) CARVALHO26/03/1793 – em Moçambique, senhorioda chalupa Bonita Santo António deLisboa, com passaporte para Inhambane,sendo capitão e primeiro piloto AntónioGonçalves Lopes*.03/09/1793 – faz navegar do porto deMoçambique para o de Inhambane a suachalupa Bonita Santo António de Lisboa,levando como capitão e piloto AntónioCaetano Lopes*.15/11/1793 – Idem, para o Ibo.01/02/1794 – Idem, para Inhambane.17/06/1794 – Idem, para Inhambane.19/02/1807 – proprietário do brigue AmávelAugusta partiu no mesmo de Inhambanepara o Cabo da Boa Esperança com umcarregamento de 220 escravos.[AHU, códice 1362, fls. 196 / Códice 1365, fls. 16 vs.,20 vs., 21 vs., 31 vs. / Cx. 119, cap. 61]1793 · CarvalhoSEBASTIÃO FERREIRA <strong>DE</strong>CARVALHO20/09/1793 – em Moçambique, despachaa sua chalupa Flor do Mar para Quelimanelevando como mestre e pilotoJoão Nogueira*.18/02/1794 – em Moçambique, despachaa chalupa Flor do Mahindo para Quelimane,levando como mestre e pilotoJoão Nogueira.03/08/1796 – carrega 22 escravos emQuelimane, na pala Aurora Feliz, do comandode José Henriques da Cruz Freitas*,com destino a Moçambique.04/08/1796 – é consignatário de 20 escravosque a fragata Santa Ana e S. Joaquim,do comando do capitão-tenenteJosé Maria Sarmento*, transporta deQuelimane para Moçambique.[AHU, códice 1365, fls. 20 vs. e 21 vs. / Cx. 74, ns.81, 82 e 83]1793 · FariaJOAQUIM XAVIER <strong>DE</strong> FARIA27/02/1793 – em Moçambique, capitãoe piloto da pala Minerva, do senhorio deLacmanchande Motichande*, desembaraçadapara ir a Madagascar.14/05/1793 – em Moçambique, capitãoe piloto do bergantim Africano Ligeiro,de que era senhorio por afretamentoJosé Henriques da Cruz Freitas*, parauma viagem a Quelimane.03/09/1793 – Silvestre Martins de Abreu*,por seu procurador, faz navegar de Moçambiquepara Quelimane, o bergantimSanto António Africano Ligeiro, de que é ca-512007 E-BOOK CEAUP


José Capela52pitão e piloto Joaquim Xavier de Faria.01/02/1794 – a mesma viagem de Moçambiquepara Quelimane.27/05/1795 – viagem de Moçambiquepara Sofala.14/02/1796 – capitão do bergantim AfricanoLigeiro, o comandante de Quelimaneautoriza-o a levar 10 escravos de pagamentosque lhe fizeram.[AHU, códice 1362, fls. 194 / Códice1365, fls. 5 e 20vs. / Cx. 70, nº 103 / Cx. 73, nº 31]1793 · FreitasJOSÉ HENRIQUES DA CRUZFREITAS22/02/1793 – em Moçambique, capitãoe primeiro piloto da pala Minerva, do senhoriode Lacmanchande Motichande*,a sair para Madagascar.27/02/1793 – em Moçambique, senhoriodo bergantim Africano Ligeiro, a sair de Moçambiquepara Quelimane, levando comocapitão e piloto Joaquim Xavier de Faria.25/04/1793 – em Moçambique, tenente,capitão e piloto da pala Minerva, deLacamechande Matechande*, a sair paraQuelimane.14/05/1793 – em Moçambique, senhoriopor afretamento do bergantim AfricanoLigeiro, a sair para Quelimane levandocomo capitão e piloto Joaquim Xavierde Faria*. O Africano Ligeiro acabado dechegar de Quelimane a 3 de Maio, manifestarana carga 130 escravos.08/03/1794 – em Moçambique, capitãotenente e comandante da pala Minerva,de Lacamichande Motichande*, a sairpara Quelimane. O governador da capitaniade Sena despacha favoravelmenteo seu carregamento de 40 escravos.24/07/1794 – autorizado a exportar deQuelimane 80 escravos.08/1794 – em Moçambique, capitão dapala Minerva chegada de Quelimane,com 96 escravos.27/04/1795 – em Moçambique, comandanteda pala Minerva, do senhorio deum baneane, em viagem de Quelimane,procede ao manifesto de carga, com 154escravos.23/10/1795 – juntamente com FaustinoJosé Pinto de Lima*, residentes nacapitania de Moçambique, autorizados«para navegar para os portos da AméricaPortuguesa um navio de 300 até 400 toneladasem que pretendem transportarescravatura para os ditos portos». Masnão para portos estrangeiros.20/03/1796 – em Tete, recebeu em pagamentosprovenientes de Rios de Sena 20bichos e pede licença ao governador localpara os levar. A 21 de Julho seguinteé-lhe concedida licença, em Quelimane,para os transportar para Moçambique.08/04/1796 – em Quelimane, capitãoda pala de viagem, carrega (em um totalde 81) escravos seus, 30 de licença dogovernador-geral, mais 20 de licença dogovernador de Rios de Sena.09/06/1796 – em Moçambique, é autorizadoa levar de Quelimane 40 escravosque receba em pagamento de fazendaslevadas para Rios de Sena.03/08/1796 – em Quelimane, capitão dapala Aurora Feliz, dos senhorios MoralgyAmbaidas* e Ramogy Primogy*, em umtotal de 197 escravos, carrega ele próprio40 e mais 55 para diversos.08/08/1797 – em Quelimane, carrega nonavio Cristina 70 escravos.29/04/1798 – em Quelimane, são carrregadosna chalupa Bonita 35 escravosdo espólio de José Henriques da CruzFreitas (tinha falecido?).E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>27/09/1798 – em Quelimane, LeocádioJosé Cansado* carrega na chalupa Bonita88 escravos do espólio de José Henriquesda Cruz Freitas e outros.[AHU, códice 1362, fls. 192 e 194. Códice 1365, fls.2 vs., fls. 5 e 23 vs. / Cx. 64, nº 15 / Cx. 66, nº 61 /Cx. 67, nº 118 / Cx. 68, nº 76 / Cx. 70, nº 69 e nº 114/ Cx. 72, nº 43 / Cx. 73, nº 83 e104 / Cx. 74, nº 39 enº 81 / Cx. 78, nº 51 / Cx. 80, nº 109 / Cx. 81, nº 83 /Santana, I, p. 83]1793 · LopesANTÓNIO CAETANO LOPES26/03/1793 – em Moçambique, capitãoe primeiro piloto da chalupa Bonita SantoAntónio de Lisboa, de José de Carvalho*,com passaporte para Inhambane.16/02/1794 – em Moçambique, capitãoe piloto da chalupa de José de Carvalho*Bonita Santo António de Lisboa, a partirpara Inhambane.[AHU, códice 1362, fls. 196 e códice 1365, fls. 21 vs.]capitão e piloto José Henriques da CruzFreitas*.01/09/1793 – em Moçambique arma apala Minerva para Sofala e Quelimane.08/03/1794 – em Moçambique, despachapara Quelimane a sua pala Minerva,levando como comandante ecapitão o tenente José Henriques daCruz Freitas*.28/09/1785 – em Moçambique, senhoriodo gurabo (Índia, embarcação devela) de dois mastros e 150 toneladasSanto António e Almas Santas com passaportepara Quelimane03/04/1802 – Lacamechande Matechandee Cª, em Moçambique, senhorios dasumaca Bons Amigos, pedem passaportepara o porto de Quelimane, levandocomo capitão Manuel António da Fonseca*.[AHU, códice 1365, fls. 2 vs., 8 e 23 vs. / Cx. 93, nº 2]1793 · MadongiPANOLOMO MADONGI15/05/1793 – em Moçambique, despachao seu bergantim Nossa Senhora daGuia para Quelimane levando como capitãoe piloto Pedro Luís Rangel*.25/05/1794 – em Moçambique, despachao bergantim Nossa Senhora da Guiapara Quelimane.[AHU, códice 1365, fls. 5 vs. e fls. 30]1793 · Matechande ou Motechandeou MotichandLACAMECHAN<strong>DE</strong> (tambémSacamichande) MATECHAN<strong>DE</strong>(também Motechande eMotichande)25/04/1793 – em Moçambique, senhorioda pala Minerva, desembaraçadapara seguir para Quelimane, tendo como1793 · OliveiraJOSÉ JOAQUIM <strong>DE</strong> ARAÚJOARANHA E OLIVEIRA09/11/1793 – é-lhe concedido o alvaráde selador-mor da Alfândega de Moçambique.29/10/1804 – compra a Luís Wolf o brigueagora denominado Felicidade com oqual pretende navegar para Sofala e Bazaruto.[AHU, códice 1362, fls. 209 / Cx. 108, nº 85]1793 · RangelPEDRO LUÍS RANGEL15/05/1793 – em Moçambique, capitãoe piloto do bergantim Senhora da Guia,de Panolomo Madongi*, a seguir paraQuelimane.[AHU, códice 1365, fls. 5 vs. e fls. 30]532007 E-BOOK CEAUP


José Capela541793 · RegoJOAQUIM <strong>DE</strong> MORAES REGO15/01/1793 – em Moçambique, chegadade Quelimane, a chalupa Flor do Mar,com escravos pertencentes a Joaquim deMoraes Rego : «20: Escravos, a saber 15:vivos, e 5: mortos».[AHU, cx. 65, nº 44]1793 · TigreANTÓNIO JOSÉ TEIXEIRA TIGRE04/05/1793 – em Moçambique, despachao seu bergantim Bom Sucesso comonavio de viagem para Quelimane, tendocomo capitão e piloto José Francisco Ribeiro*.01/09/1793 – em Moçambique, despachao seu bergantim Bom Sucesso paraSofala, com escala em Quelimane.08/09/1793 – em Moçambique, despachao seu patacho Santo António FelizGoverno para as Ilhas Quirimba.12/04/1794 – senhorio do bergantimBom Sucesso, que faz a viagem de Quelimanee de Sofala, entrando em Moçambiquecom 63 escravos provenientes doprimeiro e 33 do segundo porto.04/08/1796 – senhorio do bergantimSanto António e Dois Irmãos, tendocomo capitão José Francisco Ribeiro*que carrega em Quelimane com destinoa Moçambique os escravos: 194 dePedro Xavier Velasco*. Para Agostinhoda Costa Ferreira* 20. De João JacquesFrechaut* para Carlos José Guezi* 50.De Micael Caetano Afonso* 10. De PedroAntónio Araujo* um. Do governador dosRios de Sena para seu filho 20. Do padrefrei Antonio de São José Nepomuceno*33. Da equipagem 30. Do capitão do bergantim30.[AHU, códice 1365, fls.3 / Cx. 66, nº 81 / Cx. 74, nº 81]1794 · BarrosJOSÉ <strong>DE</strong> BARROS15/05/1794 – despacha, em Moçambique,para Cabo Delgado, o navio NovoPaquete de Ásia que leva como capitãoJosé Joaquim Moreira Dias*.[AHU, cód. 1365, fls. 29]1794 · CardosoALBERTO DA SILVA CARDOSO11/06/1794 – em Moçambique, armao bergantim Venus para uma viagem aInhambane e Quelimane.10/05/1797 – embarcou em Quelimane,na pala Aurora Feliz, 20 escravos.15/04/1798 – embarcou, em Quelimane,na pala Aurora Feliz, 40 escravos, emum total de 296.[AHU, códice 1365, fls. 30 e 31 / Cx. 77, nº 76 / Cx.80, nº 101]1794 · CarvalhoCAETANO JOÃO <strong>DE</strong> CARVALHO28/03/1794 – autorizado a exportar 25escravos de Quelimane para Moçambique.Carregou 16 no bergantim NossaSenhora da Graça, ficando os restantespara outro navio.[AHU, cx. 66, nº 77]1794 · DiasJOSÉ JOAQUIM MOREIRA DIAS15/05/1794 – capitão do navio Novo Paquetede Ásia, de José de Barros*, a partirde Moçambique para as Ilhas de CaboDelgado.[AHU, códice 1365, fls. 29]1794 · FonsecaMANUEL ANTÓNIO DA FONSECA11/01/1794 – em Moçambique, capitãoe primeiro piloto do bergantim Feliz Go-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>verno, de Manuel Estácio da Ponte Pedreira*,a sair para Quelimane e desteporto para os da Ásia portuguesa.18/04/1795 – em Moçambique, capitãoe senhorio do patacho Nossa Senhora daGuia e o Bom Jardim, a viajar para Quelimane,pede licença para o transporte deescravos.16/07/1795 – capitão e senhorio do patachoNossa Senhora da Guia e Bom Jardim,entrada em Quelimane.03/04/1802 – em Moçambique, capitãoda sumaca Bons Amigos de SacamechandeMotechande* e Cª que pedem passaportepara viagem a Quelimane.26/10/1802 – em Moçambique, capitãoe primeiro piloto do brigue A Boa Caetanacujo senhorio, Carlos José Guezzi*,pede passaporte para navegar para Quelimane.12/01/1803 – em Moçambique, regressadode Quelimane o brigue Boa Caetana, oseu capitão e piloto Manuel António daFonseca, deu ao manifesto 12 escravos desua carga e 10 escravos para Joaquim doRosário Monteiro*. Armador, Carlos JoséGuezzi* (sem atribuição de escravos).24/01/1803 – em Moçambique, Joaquimdo Rosário Monteiro*, requer para o seubergantim, Eugénia Africana, navegarpara Quelimane e Sofala, a carregar escravosque lá tem, levando como capitãoManuel António da Fonseca.26/12/1803 – em Moçambique, o brigueEugénia Africana, de Joaquim do RosárioMonteiro*, tendo como capitão e primeiropiloto Manuel António da Fonseca,manifesta a carga com que chega deQuelimane, dela fazendo parte 50 escravosdo armador e 30 das partes, a fretes.03/1804 – em Moçambique, manifestoua carga, da qual faziam parte 73 escravos,provenientes de Quelimane, ondearribara por não poder entrar em Sofala.05/08/1804 – em Moçambique, o brigueEugénia Africana, de Joaquim do RosárioMonteiro*, chegado de viagem a Sofala,manifesta a carga da qual faziam parte90 escravos. Capitão, Manuel António daFonseca.15/10/1804 – 06/01/1805 – em Moçambique,capitão da galera Ninfa do Mar,com passaporte para o Cabo da Boa Esperançae Montevideo onde chegou a28/04/1805 com 245 escravos.14/12/1807 – em Moçambique, compraa Joaquim do Rosário Monteiro* a galeraNinfa do Mar e pede passaporte parao Rio de Janeiro com carregação de 300escravos.24/03/1808 – em Moçambique, senhorioda galera Ninfa do Mar, arribada, nãopode ir para o Rio de Janeiro e pede passaportepara as Maurícias para repararos prejuízos com a morte de «imensos escravose outros estarem danificados».31/03/1808 – em Moçambique, senhorioda galera Ninfa do Mar, é-lhe concedidopassaporte para ir à Ilha de França.03/07/1829 – em Moçambique, temduas embarcações desembaraçadas naAlfândega.27/07/1829 – em Moçambique, senhorio(?) de Manuel António da Fonseca,o batel Ânimo Grande, dsembaraçado naAlfândega, segue viagem para Samuco.10/01/1830 – o iate Ânimo Grande deManuel António da Fonseca estava prontoa sair ( de Sofala?) mas encheu-se deágua. O seu capitão, António de VasconcelosCarvalho* vai no brigue Daphne,do Rio de Janeiro, com a carga de escravosque devia ir no iate.23/01/1830 – sai de Moçambique para552007 E-BOOK CEAUP


José Capela56Sofala com a lancha Pescador.06/02/1830 – em Moçambique, é proprietárioda chalupa Africana.25/02/1830 – proprietário da chalupaportuguesa Pescador em que se desencadeouuma insurreição a bordo quando iade Moçambique para a ilha de João daNova.05/04/1830 – em Moçambique, requerpassaporte para poder navegar paraQuelimane a sua chalupa Pescador, alugadaa Manuel Caetano Pinto*.01/07/1837 – em Moçambique, é feitoo manifesto da carga (1500 panjas debate) pertencentes a Manuel António daFonseca levadas de S. Lourenço na palinhaEstrela do Mar.01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 de Dezembrode 1836 que abolia o tráfico daescravatura em todas as colónias portuguesas.29/08/1842 – proprietário do patachoAmizade que, de Moçambique, levou paraBombatoque a tripulação americana donavio Garnofil que ali fora para escravos.[AHU, códice 1365, fls. 20 / Códice 1376, fls. 2, 5 /Cx. 70, nº 64 / Cx. 71, nº 16 / Cx. 93, nº 2 / Cx. 94, nº133 / Cx. 97, ns. 43 e 25 / Cx. 107, nº 58 / Cx. 107, nº58 / Cx. 108, nº 59 / Cx. 121, cap. 92 / Cx. 112, cap.87 / Cx. 226, cap. 28 / Cx. 228, cap. 16 / Cx. 229, cap.64 / Pasta 4, cap. 3 / Pasta 8, cap. 1 / Santana, I, pp.900 e 1130 / II, pp. 68 e 372 / III, p. 983 / Eltis]1794 · GraciasJOSÉ <strong>DE</strong> JESUS GRACIAS(Graça?)20/03/1794 – em Moçambique, pilotoda corveta Santa Ana e Pensamento Felizde Pedro Xavier Velasco*, desembaraçadapara seguir para Quelimane.15/04/1798 – em Quelimane, despachapara Moçambique19 escravos na pala deviagem Aurora Feliz.[AHU, Moç., cx. 80, nº 101 / Códice 1365, fls. 23 vs.]1794 · LisboaJOAQUIM <strong>DE</strong> MORAIS REGOLISBOA07/01/1794 – ido da Ilha de França oseu navio Marechal de Cremona, de 250toneladas, chegou ao porto da Ilha deMoçambique de onde seguiria para osoutros portos de Moçambique.31/05/1798 – armador da goleta Emboscadaque carregou, em Quelimane, 230escravos: do armador 188, das liberdadesdos oficiais 12, de fretes 30.[AHU, códice nº 1365, fls. 20 / Cx. 81, nº 22]1794 · LuzJOÃO DA LUZ06/03/1794 – em Moçambique, capitãoe piloto do bergnatim Bazaruco, de ManuelGalvão da Silva*, desembaraçadopara seguir para Quelimane.[AHU, códice 1365, fls. 22]1794 · SaramagoJOSÉ ANTÓNIO SARAMAGO12/01/1794 – em Moçambique, recebeupela corveta Santa Ana e Pensamento Feliz,proveniente de Quelimane, 30 escravos.[AHU, cx. 66, nº 15]1794 · VelascoPEDRO XAVIER VELASCO20/03/1794 – em Moçambique, é despachadapara Quelimane a sua corvetaSanta Ana e Pensamento Feliz tendo comopiloto José de Jesus Graça*.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>26/101794 – em Moçambique, a sua corvetaSanta Ana e Pensamento Feliz, levandocomo piloto José de Jesus Graça*, estáarmada para seguir para Quelimane.27/04/1795 – em Quelimane, quandosaía para Moçambique, afundou-se asua corveta Santa Ana e Pensamento Felizque levava 50 escravos para Joaquim doRosário Monteiro* devidamente autorizados.Sendo «tão poucos», o comandantede Quelimane, Félix Bandeira,carregou mais sem licença, pelo que «ficaram»mais de 100 dos que haviam sidocarregados.04/08/1796 – em Quelimane, despachapara Agostinho da Costa Ferreira* 20escravos no bergantim Santo António eDous Amigos.[AHU, códice 1365, fls. 22, 23 vs., 35 / Cx. 70, nº 70/ Cx. 74, nº 81]1795 · ChaceSAMUEL CHACE02/11/1795 – capitão do navio Ascencionsai de Newport e vai a Moçambiqueonde carrega 250 escravos (número imputado)dos quais vai descarregar 217 aMontevideo, em 12/1798. Insurreição abordo durante a viagem.[Eltis]1795 · LimaFAUSTINO JOSÉ PINTO <strong>DE</strong> LIMA23/10/1795 – residente na capitania deMoçambique autorizado, juntamentecom José Henriques da Cruz Freitas*,«para poderem navegar para os portos daAmérica Portuguesa um navio de 300 até400 toneladas em que pretendem transportarescravatura para os ditos portos».Mas não para portos estrangeiros.[Santana, I, p. 83 / AHU, cx. 72, nº 43]1795 · PromogiRAMOCHI PROMOGI11/07/1795 – em Moçambique, senhoriodo patacho Santo António, ido do portodo Quizungo, procede ao manifesto decarga, com 70 escravos.[AHU, cx. 71, nº 13]1795 · TorresJOSÉ GOMES TORRES09/04/1795 – capitão e piloto da chalupaBonita Santo António de Lisboa, a viajarpara Inhambane e Cabo Delgado. Napresente monção já trouxera de Inhambane25 escravos.15/04/1798 – em Quelimane, são despachadosna pala de viagem, em seu nome,10 escravos.[AHU, cx. 70, nº 51 / Cx. 80, nº 101]1796 · AfonsoMANUEL (Micael?) CAETANOAFONSO04/08/1796 – carrega em Quelimane10 escravos no bergantim Santo Antónioe Dous Amigos, do senhorio de AntónioJosé Teixeira Tigre*, tendo como capitãoJosé Francisco Ribeiro*.27/09/1798 – Carrega em Quelimane,na chalupa Bonita, 3 escravos.[AHU, cx. 81, nº 83 Cxa. 74, nº 81]1796 · AmbaidasMORALGY AMBAIDAS03/08/1796 – em Quelimane, juntamentecom Ramogy Primogy*, senhorio dapala Aurora Feliz, de que é capitão JoséHenriques da Cruz Freitas*, com 197 escravosa bordo, a sair para Moçambique.[AHU, cx. 74, nº 81]572007 E-BOOK CEAUP


José Capela581796 · AmorimFRANCISCO JOSÉ <strong>DE</strong> AMORIM(também José Amorim)08/04/1796 – carrega seis escravos, emQuelimane, na pala de viagem para Moçambique,de que é capitão José Henriquesda Cruz Freitas*.08/08/1797 – carrega 5 escravos, emQuelimane, no navio Cristina que segueviagem para Moçambique.15/04/1798 – carrega 4 escravos, emQuelimane, na pala de viagem para Moçambique,Aurora Feliz.[AHU, Mç., cx. 73, nº 104 / Cx. 78, nº 51 / Cx. 80,nº101]1796 · AntãoESTEVÃO <strong>DE</strong> SÃO FRANCISCOXAVIER ANTÃO (tambémESTEVÃO XAVIER e ESTEVÃOFRANCISCO ANTÃO)20/07/1796 – em Sena, pede licença eé autorizado a levar para Moçambiquesete (oito?) cabeças de escravos que recebeuem troca de fazendas.03/08/1796 – em Quelimane, para Moçambique,são carregados em seu nome,na pala Aurora Feliz. do comando deJosé Henriques da Cruz Freitas*, oitoescravos.15/04/1798 – despacha em Quelimane,para Moçambique, 26 escravos no bergantimAfricano Ligeiro15/04/ 1798 – despacha em Quelimane,para Moçambique, 15 escravos na palaAurora Feliz.31/05/1799 – despacha em Quelimane,para Moçambique, 4 escravos na chalupaSanta Rita, do senhorio de Inácio JoseSaramago*.[AHU, cx. 74, nº 72 e 74 / Cx. 74, nº 81 / Cx. 80, nº102 / Cx. 82, nº 66]1796 · AraujoPEDRO ANTÓNIO ARAUJO04/08/1796 – em Quelimane, carregouno bergantim Santo António e Dous Amigosdo senhorio de António José TeixeiraTigre*, tendo como capitão José FranciscoRibeiro*, um escravo.[AHU, cx. 74, nº 81]1796 · BarretoJOSÉ ANTÓNIO BARRETO08/04/1796 – em Quelimane, embarcadois escravos para Moçambique na palade viagem de que era capitão José Henriquesde Cruz Freitas*.[Cx. 73, nº 104 / Santana, III, p. 901]1796 · BastosJOÃO ZACARIAS <strong>DE</strong> BASTOS09/06/1796 – capitão de artilharia deGoa, de licença em Moçambique, autorizadoa mandar vir de Goa vinte e quatroescravos.03/08/1796 – em Quelimane, a sairpara Moçambique, são carregados emseu nome, na pala Aurora Feliz, vinte escravos.[AHU, cx. 74, nº 40 e nº 81]1796 · CróLÁZARO AVELINO CRÓ08/04/1796 – em Quelimane, embarca6 escravos na pala de viagem de que écapitão José Henriques da Cruz Freitas*.[AHU, cx. 73, nº 104]1796 · CunhaEUSÉBIO JOSÉ DA CUNHA03/08/1796 – José da Cunha (?), na palaAurora Feliz, do comando de José Henriquesda Cruz Freitas*, carrega em Quelimane,para Moçambique, 10 escravos.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>21/12/1817 – em Moçambique, capitãodo brigue Pastor de Lima desembaraçadopara seguir para o Rio de Janeiro.20/11/1818 – em Moçambique, mestredo brigue Serpente que sai com 375 escravosdos quais vai descarregar 293 ao Riode Janeiro, onde chega a 27/12/1818.03/12/1819 – capitão da galera Duquede Bragança, atracada em Moçambique.Segundo Fr. Bartolomeo: comprou 645escravos, morreram em terra 115, embarcaram500, ficaram doentes em terra40, morreram em viagem 60, tendo chegadoao Brasil 330.16/01/1820 – em Quelimane, mestre dagalera Júlia, despachou 398 escravos.30/10/1820 – em Quelimane, mestre dagalera Júlia, ida do Rio de Janeiro.[AHU, cx. 74, nº 81 / Cx. 151, cap. 108 / Cx. 155, cap.94 / Cx. 160, cap. 38 / Cx. 166, cap. 75 / Cx. 172, cap.76 / Cx. 174, cap. 89 / Eltis / Fr. B. dos Mártires]1796 · CunhaPEDRO ANTÓNIO JOSÉ DACUNHA09/03/1796 – em Quelimane, embarca20 escravos na corveta Santo Antónioe Dous Amigos de que era capitão JoséFrancisco Ribeiro*.10/05/1797 – em Quelimane, embarcana pala Aurora Feliz 15 escravos.15/04/1798 – em Quelimane, embarcano bergantim Africano Ligeiro 25 escravos.[AHU, cx. 73, nº 69 / Cx. 77, nº 76 / Cx. 80, nº 102]1796 · FaroTOMAZ JOSÉ <strong>DE</strong> FARO20/07/1796 – em Sena, pede licençapara levar para Moçambique sete cabeçasde escravos que recebeu em troca defazendas.03/08/1796 – embarca, em Quelimane,na pala Aurora Feliz, que segue para Moçambique,sete escravos.[AHU, cx. 74, nº 72 e nº 81]1796 · FerreiraAGOSTINHO DA COSTAFERREIRA04/08/1796 – em Quelimane, Pedro XavierVelasco* despacha para Agostinhoda Costa Ferreira 20 escravos no bergantimSanto António e Dous Amigos.[AHU, cx. 74, nº 81]1796 · FrechautJOÃO JACQUES FRECHAUT04/08/1796 – em Quelimane, carregou50 escravos no bergantim Santo Antónioe Dous Amigos para Carlos José Guezzi*.[AHU, cx. 74, nº 81]1796 · GomesJOSÉ CAETANO GOMES10/06/1796 – em Quelimane, carrega 10escravos na pala Aurora Feliz, com destinoa Moçambique.03/08/1796 – em Quelimane, carrega10 escravos na pala Aurora Feliz.15/04/1798 – em Quelimane, carrega 3escravos no bergantim Africano Ligeirocom destino a Moçambique.[AHU, cx. 74, nº 44 e 81 / Cx. 80, nº 102]1796 · GuezziCARLOS JOSÉ GUEZZI04/08/1796 – em Quelimane, João JacquesFrechaut* despachou para ele 50escravos no bergantim Santo António eDois Amigos.23/05/1798 – em Moçambique, senhoriodo navio S. Sebastião, a seguir paraMadagascar e Ilhas de Leste.592007 E-BOOK CEAUP


José Capela6027/09/1798 – em Quelimane, embarcano bergantim Boa Caetana dois escravos.06/05/1801 – em Moçambique, pedepassaporte para viagem da sua sumacaAmável Rosa a Quelimane.26/10/1802 – em Moçambique, pedepassaporte para navegar o brigue A BoaCaetana para Quelimane, levando comocapitão e primeiro piloto Manuel Antónioda Fonseca*.15/11/1802 – senhorio da galera Luisa,em Moçambique, pede passaporte paratransportar escravos para Montevideo,com escala no Rio de Janeiro e regressoa Moçambique.12/01/1803 – manifesto de carga emMoçambique do brigue A Boa Caetana,de que era armador, chegado de Quelimane:10 escravos para Joaquim doRosário Monteiro* e 12 do capitão dobrigue, Manuel António da Fonseca*.10/10/1803 – nesta data, o governador-geralde Moçambique informava oVisconde de Anadia, que um aviso dopalácio de Queluz, de 13 de Abril, davalicença a Guezzi, médico da capitania deMoçambique, para regressar ao Reino.Sabendo que ia ser substituído pedira aogovernador-geral para fazer a viagem emnavio seu, com sociedade para ir para oReino, fazendo escala no Cabo, Montevideoou Rio de Janeiro. Havia-lhe concedidoa licença.[AHU, cx. 74, nº 81 / Cx. 81, nº 68 / Cx. 88, nº 3 / Cx.94, nº 133 / Cx. 95, nº 37 / Cx. 97, nº 25 / Cx. 103, nº44 / Códice 1365, fls. 89]1796 · LoureiroJOSÉ GOMES LOUREIRO25/05/1796 – em Moçambique, sobrecarga,juntamente com Joaquim Lopesde Sá Mourão*, do navio Rainha dos Anjos,da sociedade de Lisboa Colffs, Loureirose Guimarães*, tendo como capitãoJosé Bernardo Rosa*, a seguir para a costado Malabar.[AHU, códice nº 1365, fls. 64]1796 · LoureirosVide COLFFS LOUREIROS EGUIMARÃES1796 · MatosJOÃO JOAQUIM <strong>DE</strong> MATOS08/04/1796 – em Quelimane, com licençado comandante local, carrega na palade viagem, de que é capitão José Henriquesda Cruz Freitas*, dois escravos paraManuel Vitoriano Pereira*.[AHU, cx. 73, nº 104]1796 · MenezesJOSÉ LUÍS <strong>DE</strong> MENEZES08/05/1796 – em Quelimane, carregouna pala de viagem, de que era capitão JoséHenriques de Cruz Freitas*, 4 escravos.[AHU, cx. 73, nº 104]1796 · MourãoJOAQUIM LOPES <strong>DE</strong> SÁMOURÃO25/05/1796 – em Moçambique, sobrecargajuntamente com José Gomes Loureiro*,do navio Rainha dos Anjos, dasociedade Colffs, Loureiros e Guimarães*,de Lisboa, a seguir para o Malabar.[AHU, códice nº 1365, fls. 64]1796 · NepomucenoANTÓNIO <strong>DE</strong> SÃO JOSÉNEPOMUCENO (Padre e Freire)04/08/1796 – em Quelimane, 33 escravoscarregados em seu nome, no bergantimSanto António e Dous Amigos, doE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>senhorio de António José Teixeira Tigre*,tendo como capitão José FranciscoRibeiro*.[AHU, cx. 74, nº 81]1796 · PereiraJOSÉ HENRIQUES PEREIRA03/08/1796 – em Quelimane, em seunome, são embarcados 20 escravos napala Aurora Feliz.[AHU, cx. 74, nº 81]1796 · PereiraMANOEL VITORIANO PEREIRA08/04/1796 – João Joaquim de Matos*,em Quelimane, embarca dois escravospara ele, na pala de viagem de que é capitãoJosé Henriques da Cruz Freitas*.[AHU, cx. 73, nº 104]1796 · PintoINÁCIO FRANCISCO PINTO08/04/1796 – em Quelimane, embarcana pala de viagem 5 escravos.[AHU, cx. 73, nº 104]1796 · PrimogyRAMOGY PRIMOGY03/08/1796 – juntamente com MoralgyAmbaidas*, senhorio da pala AuroraFeliz, sendo capitão José Henriquesda Cruz Freitas*, a partir de Quelimanepara Moçambique, com 197 escravos.[AHU, cx. 74, nº 81]1796 · RiberoMANUEL RIBERO09/03/1796 – embarca 27 escravos emQuelimane, na corveta Santo Antónioe Dous Amigos, de que era capitão JoséFrancisco Ribeiro*.[AHU, cx. 73, nº 69]1796 · RocaJOSÉ R. MILLA <strong>DE</strong> LA ROCA12/06/1796 – parte de New York, armadorda fragata espanhola Faustina deBuenos Aires, tendo como capitão Pedrode Uraga, para Moçambique onde carrega214 escravos e sai, a 19/01/1797, comdestino a Montevideo onde chegou com161 escravos, em 30/04/1797.20/12/1797 – em Moçambique, armadorda fragata espanhola Faustina de BuenosAires, tendo como capitão Joaquin Millet*,que partiu de Montevideo (23/06/1797)e regressou em 24/02/1798. Carregou284 escravos e descarregou 280.18/11/1798 – armador de uma fragata,de que era capitão Francisco Lopategui*e que saiu de Moçambique com 437 escravosdos quais foi descarregar 276 emMontevideo, em 31/01/1799.15/12/1799 – em Montevideo, armadordo bergantim português Nazaré, capitãoManuel de Sousa*, proveniente de Moçambiquecom 250 escravos, tendo desembarcado156 (números imputados).[Eltis]1796 · RoizJOSÉ LUÍS ROIZ08/04/1796 – em Quelimane, carregana pala de viagem, de que é capitão JoséHenriques de Cruz Freitras*, 4 escravos.[AHU, cx. 73, nº 104]1796 · RosaJOSÉ BERNARDO ROSA25/05/1796 – em Moçambique, capitãodo navio Rainha dos Anjos, da sociedadede Lisboa Colffs, Loureiros e Guimarães*,tendo como sobrecargas José Gomes Loureiro*e Joaquim Lopes de Sá Mourão*.[AHU, códice nº 1365, fls. 64]612007 E-BOOK CEAUP


José Capela621796 · SarmentoJOSÉ MARIA SARMENTO10/07/1796 – capitão-tenente e comandanteda fragata Santa Ana e São Joaquim,autorizado a transportar 20 escravos deQuelimane para Moçambique consignadosa Sebastião Ferreira de Carvalho*.03/08/1796 – em Quelimane, carrega 20escravos na pala Aurora Feliz do comandode José Henriques da Cruz Freitas*.[AHU, cx. 74, nº 75, nº 81 e nº 82]1796 · SousaJOÃO FRANCISCO DA SILVA ESOUSA30/06/1796 – chegou ao porto de Moçambique,com licença do vice-rei doBrasil, a corveta do Rio de Janeiro NossaSenhora do Rosário Santo António e Almas,pertencente a João Francisco da Silvae Sousa e Bernardo Lourenço Viana*,para carregar escravatura.[AHU, cx. 75, nº 53]1796 · SousaJOÃO MANUEL <strong>DE</strong> SOUSA08/04/1796 – em Quelimane, carrega 2escravos na pala de viagem de que é capitãoJosé Henriques da Cruz Freitas*.[AHU, cx. 73, nº 104]1796 · UragaPEDRO <strong>DE</strong> URAGA12/06/1796 – capitão da fragata espanholaFaustina de Buenos Aires, sendo armadorJose R. Milla de la Roca*, sai de NewYork e vai a Moçambique e Cabo a Boa Esperançade onde parte a 19/01/1797 com214 escravos dos quais vai descarregar161 em Montevideo, a 30/04/1797.[Eltis]1796 · VianaBERNARDO LOURENÇO VIANA1811-1830 – durante este período dedicou-seao tráfico de escravos no Rio deJaneiro.30/06/1796 – chegou ao porto de Moçambique,com licença do vice-rei doBrasil, a corveta do Rio de Janeiro NossaSenhora do Rosário Santo António e Almas,pertencente a João Francisco da Silvae Sousa* e Bernardo Lourenço Viana,para carregar escravatura.1812 – levantou um processo contra negociantede grosso trato em Angola pordébito de longo praso.[Manolo Florentino / AHU, cx. 75, nº 53]1797 · BellerTHOMAS BELLER03/06/1797 – em Moçambique, capitãodo navio Christina, proveniente de Boston.[AHM, séc. XVIII-VI. 55]1797 · CeixeSANOEL CEIXE17/07/1797 – em Moçambique, capitãodo navio Boa Esperança, proveniente doCabo da Boa Esperança.[AHM, séc. XVIII-VI. 57]1797 · DelfimELEUTÉRIO JOSÉ <strong>DE</strong>LFIM10/05/1797 – em Quelimane, embarcana pala Aurora Feliz, 4 escravos.23/04/1799 – manda comprar, por procurador,à Ilha de França, um navio de180 toneladas a denominar Correio deMoçambique.21/04/1802 – em Moçambique, senhorioda goleta Maria, pede passaportepara Inhambane.21/04/1802 – em Moçambique, pedeE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>passaporte para ir à Ilha de França, nagalera Ana Joaquina, para tratar de certaspendências.28/04/1802 – morador na Ilha de Moçambique,vai à Ilha de França na galeraAna Joaquina, comprar um navio de200 a 250 toneladas a ser designadoBela Eugénia.14/04/1803 – em Moçambique, Antónioda Cruz e Almeida* pede para a realgoleta Emboscada fretada à Fazenda, ira Quelimane e Ilha de França, levandocomo sobrecarga Eleutério José Delfim.16/01/1804 – em Moçambique, auto devisita a um bergantim francês provenientedas Seicheles, com 27 dias, e remetidoa Eleutério José Delfim.12/04/1804 – António Salvador Monteiro*fretou o seu navio General Izidroa António da Cruz e Almeida* e EleutérioJosé Delfim para levar às Mauríciasescravos do navio Diana, naufragado noporto de Moçambique, para o que pedepassaporte.10/07/1805 – Eleutério José Delfim comissionouAntónio de Escalada paracomprar um navio de três mastros e 300toneladas no porto de Madastra, a chamarLuiza.21/08/1805 – em Moçambique, senhoriodo navio Avoador, a sair para a Ilhade França.[AHU, cx. 77, nº 76 / Códice nº 1365 fls.106 vs.,149vs., 181, 199 vs., 202 / Cx. 93, nº 18 e nº 27 / Cx. 99,nº 19 / Cx. 105, nº 24 / Cx. 106, nº 22]1797 · DominguesJOSÉ DOMINGUESComerciante de escravos no Rio de Janeiroentre 1811 e 1830.24/09/1797 – capitão da corveta NossaSenhora do Rosário Santo António e Almasque fora do Rio de Janeiro a Moçambiquepara escravos e que vendera no Cabo acarregação. Regressara a Moçambique ea 24 de Março fora embuscada pelo corso.Os marinheiros estavam a reclamar ossoldos que não haviam sido pagos.14/06/1802 – manifesto de carga (no Riode Janeiro?) para a viagem a Moçambiqueda corveta Perjuiva, de que é capitão.27/10/1802 – em Moçambique, capitãoe interessado na corveta Perjuiva, pedepassaporte para o Rio da Prata, com escalano Cabo da Boa Esperança, S. Sebastiãoou Santos, na costa da América.03/12/1804 – em Moçambique, manifestode carga proveniente do Rio de Janeiro,da galera Africana, de que é capitão otenente José Domingues.13/02/1805 – em Moçambique, capitãoe sobrecarga da corveta Africana, do Riode Janeiro. Para continuar o giro do seunegócio pretende passar à Ilha de Françacom passagem pelas Ilhas de CaboDelgado.15/09/1806 – em Moçambique, senhoriodo bergantim Viriato, obtém passaportepara carga de escravos a seremtransportados deste porto para um dosportos da América Portuguesa ou Espanholacom escala no Cabo da Boa Esperança,levando como capitão e primeiropiloto Manuel Pedro de Almeida*.15/09/1806 – em Moçambique, primeirotenente da Armada Real, capitão esenhorio da goleta Dido, pede passaportepara navegar com carga de escravospara um porto da América portuguesaou espanhola, com escala no Cabo daBoa Esperança.[Manolo Florentino / AHU, cx. 78, nº 72 / Cx. 93, nº68 / Cx. 94, nº 134 / Cx. 108, nº 81 / Cx. 111, cap. 11/ Cx. 116, caps. 113 e 114]632007 E-BOOK CEAUP


José Capela641797 · FigueiredoINÁCIO ÁLVARO <strong>DE</strong>FIGUEIREDO10/05/1797 – em Quelimane, despachou,na pala Aurora Feliz, 18 escravos.[AHU, cx. 77, nº 76]1797 · LupiVICENTE LUPI10/05/1797 – em Quelimane, embarcamem seu nome, na pala Aurora Feliz,16 escravos.28/12/1803 – requer passar a Montevideocom carga de escravos.[AHU, cx. 77, nº 76 / AHU, cx. 172, cap. 76]1797 · MelgaçoJOSÉ GONÇALVES MELGAÇO10/05/1797 – em Quelimane, carrega 10escravos na pala Aurora Feliz.[AHU, cx. 77, nº 76]1797 · MilletJOAQUIN MILLET23/06/1797 – capitão da fragata espanholaFaustina de Buenos Aires, de queera primeiro armador José R. Milla dela Roca*, parte de Montevideo para Moçambiquede onde sai com 284 escravosdos quais vai descarregar 280 a Montevideo,em 24/02/1798.[Eltis]1797 · NetoANTÓNIO PEREIRA NETO08/08/1797 – em Quelimane, são embarcadosem seu nome 14 escravos nonavio Cristina.31/05/1799 – em Quelimane (?) sãoembarcados em seu nome, para Moçambique,3 escravos na chalupa Santa Ritade que era capitão e proprietário InácioJosé Saramago*.[AHU, cx. 78, nº 51 / Cx. 82, nº 66]1797 · Palacio<strong>DE</strong>MERCIO <strong>DE</strong> PALACIO10/07/1797 – em Moçambique, capitãodo navio Nossa Senhora da Guia, provenientede Buenos Aires e a seguir para aMaurícia.[AHM, sec. XVIII-VI. 57]1797 · SantosMANUEL RIBEIRO DOS SANTOS10/05/1797 – em Quelimane, são embarcados,em seu nome, na pala AuroraFeliz, 40 escravos.08/08/1797 – em Quelimane, embarcano navio Cristina 30 escravos.[AHU, cx. 77, nº 51 e nº 76 / Cx. 78, nº 51]1797 · SilvaMANUEL GONÇALVES DA SILVA10/05/1797 – em Quelimane, carrega 20escravos com destino a Moçambique.27/07/1798 – em Quelimane, carregano navio de viagem Diligente oito escravoscom destino a Moçambique.[AHU, cx. 77, nº 76 / Cx. 81, nº 67]1798 · AmaroFREI ANTÓNIO <strong>DE</strong> SANTOAMAROVide Maria, Frei Estêvão de Jesus1798 · CansadoLEOCÁDIO JOSÉ CANSADO27/09/1798 – em Quelimane, na chalupaBonita, embarcou 88 escravos do espóliode José Henriques da Cruz Freitas*e outros.[AHU, cx. 81, nº 83]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1798 · ConceiçãoFr. (?) JOSÉ ANDRA<strong>DE</strong>CONCEIÇÃO27/07/1798 – carrega dois escravos, emQuelimane, no navio de viagem, Deligente.[AHU, cx. 81, nº 67]1798 · FreixoJOSÉ JOAQUIM FREIXO29/04/1798 – em Quelimane, carregou23 escravos na Chalupa Bonita, a sairpara Moçambique.[AHU, cx. 80, nº 109]1798 · GamaCARLOS JOSÉ DOS REIS E GAMA15/04/1798 – em Quelimane, carrega 24escravos na pala de viagem Aurora Feliz.[AHU, cx. 80, nº 101]1798 · GomesMANUEL JOSÉ GOMES06/12/798 – comandante da galera Joaquina,do senhorio de Joaquim do RosárioMonteiro*, que faz viagem de tornavolta de Quelimane para Moçambiqueporque se afundaram os documentospara seguir para o Rio de Janeiro juntamentecom a lancha que os transportava.02/01/1801 – em Moçambique, instruçõesdadas a Manuel José Gomes, segundotenente da Marinha ad honorem,comandante do bergantim Santo AntónioDiligente, que vai à viagem para o portode Quelimane.22/11/1820 – em Moçambique, capitãoda galera Duque de Bragança.14/08/1827 – em Moçambique, terceiropiloto e contramestre do brigue Vitória.31/03/1828 – em Moçambique, capitãoe segundo piloto do bergantim Vitória,com passaporte para ir aos portos deInhambane e Quelimane.21/06/1828 – em Moçambique, capitãodo brigue Vitória, desembaraçado pelaAlfândega de Moçambique.03/09/1828 – em Moçambique, comandantedo brigue Vitória, procedente deQuelimane, onde, à saída, manifestou77 escravos no carregamento. Segue viagempara Damão.09/03/1829 – em Moçambique, capitãodo brigue Vitoria, desembaraçado na Alfândega,segue viagem para Inhambane.[Santana, I, pp. 577, 595 e 605, 680, 709, 1132 /AHU, cx. 81, nº 99 / AHU, cx. 87, nº 3 / Cx. 173, nº 77/ Cx. 225, cap. 80]1798 · GuyCARLOS JOSÉ GUY27/09/1798 – em Quelimane, embarcano bergantim Boa Caetana dois escravos.[AHU, cx. 81, nº 68]1798 · LopateguiFRANCISCO <strong>DE</strong> LOPATEGUI18/11/1798 – capitão de fragata de queera primeiro armador José R. Milla de laRoca*. Sai de Moçambique com 437 escravosdos quais vai descarregar 276 aMontevideo, em 31/01/1799.[Eltis]1798 · MamodoSARANGUE IBRAMO MAMODO15/04/1798 – embarca três escravos emQuelimane, na pala de viagem AuroraFeliz.[AHU, cx. 80, nº 101]1798 · MariaFREI ESTÊVÃO <strong>DE</strong> JESUS MARIAFREI ANTÓNIO <strong>DE</strong> SANTO AMARO15/04/1798 – o primeiro embarca 31 e652007 E-BOOK CEAUP


José Capelao segundo 23 escravos na pala de viagemAurora Feliz. Em um total de 16, a segundamaior consignação de escravos carregadosno navio é a de Frei Estevão Maria, com 31,apenas superada pela de Alberto da SilvaCardoso*, com 40. Em um total de 296.Associam-se aqui os dois religiosos (a únicacoincidência detectada de religiosos adespacharem escravos conjuntamente) napresunção de estarem a proceder a encomendada ordem respectiva para fornecimentode casa no Brasil ou para transação.[AHU, cx. 80, nº 101]1798 · PachecoJOSÉ DA SILVA PACHECO27/09/1798 – em Quelimane são-lheconsignados 13 escravos no bergantimBoa Caetana.[AHU, cx. 81, nº 68]1798 · PegadoFR. (?) JOSÉ (?) <strong>DE</strong> S. M. PEGADO27/07/1798 – em Quelimane, em seunome, são embarcados no barco de viagemDeligente 36 escravos.[AHU, cx. 81, nº 67]1798 · MartinsMANUEL MARTINS27/09/1798 – em Quelimane, carrega 6escravos no bergantim Boa Caetana.[AHU, cx. 81, nº 68]1798 · PlugyVICENTE PLUGY27/09/1798 – em Quelimane, carrega 14escravos no bergantim Boa Caetana.[AHU, cx. 81, nº 68]1798 · MeloANTÓNIO JOSÉ <strong>DE</strong> MELO27/07/1798 – em Quelimane, embarca 6escravos no barco de viagem Deligente.[AHU, cx. 81, nº 67]1798 · RomanoJACINTO ROMANO29/04/1798 – em Quelimane, carrega36 escravos na chalupa Bonita.[AHU, cx. 80, nº 109]661798 · MonteiroJOÃO SALVADOR MONTEIRO06/12/1798 – sobrecarga da galera Joaquina,de Joaquim do Rosário Monteiro*,fundeada em Quelimane aonde foi carregaros escravos que se achavam em terranas mãos dos seus correspondentes.[AHU, cx. 81, nº 102]1798 · NeryLUIS FILIPE NERY15/04/1798 – em Quelimane, carregados34 escravos em seu nome, no bergantimAfricano Ligeiro.[AHU, Moç. cx. 80, nº 102]1798 · SamuragiGIVA SAMURAGI15/04/1798 – em Quelimane, embarca,no bergantim Africano Ligeiro, 70escravos.[AHU, cx. 80, nº 102]1798 · SantosJOÃO GULATE DOS SANTOS06/05/1798 – em Moçambique, comandantedo navio União, do senhorio deManuel de Sousa Guimarães*, a seguirpara as ilhas de Cabo Delgado aonde vaicompletar a carga de escravos.[AHU, cx. 81, nº 4]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1798 · SousaANDRÉ AVELINO <strong>DE</strong> SOUSA15/04/1798 – em Quelimane, carrega 28escravos na pala de viagem Aurora Feliz.31/05/1799 – em Quelimane, carregou10 escravos na chalupa Santa Rita, do senhoriode Inácio José Saramago(*) comdestino a Moçambique.23/08/1804 – em Quelimane, carrega10 escravos no bergantim Bom Sucesso.[AHU, cx. 80, nº 101 / Cx. 82, nº 66 / Cx. 108, nº 81]1798 · SousaDOMINGOS CAETANO <strong>DE</strong> SOUSA07/07/1798 – em Quelimane, carregouno barco de viagem Diligente nove escravos.[AHU, cx. 81, nº 67]1798 · SousaJOSÉ MANUEL <strong>DE</strong> SOUSA27/09/1798 – carrega em Quelimane,no bergantim Boa Caetana, quatro escravos.[AHU, cx. 81, nº 68]1798 · VaillantLE VAILLANT1798 (?) – comandante do navio corsárioApollon de que era representante naIlha de França Charles Pilot e Cª.[Santana, II, p. 477]1798 · VandaikJOÃO ANTÓNIO VANDAIK15/04/1798 – em Quelimane, carrega 10escravos na pala de viagem Aurora Feliz.[AHU, cx. 80, nº 101]1798 · VandaikMARCELINO VANDAIK15/04/1798 – em Quelimane, carrega 10escravos na pala de viagem Aurora Feliz.[AHU, cx. 80, nº 101]1799 · CarvalhoJOSÉ SIMÕES <strong>DE</strong> CARVALHO23/04/1799 – de Moçambique vai à Ilhade França comprar o navio O MensageiroFeliz.10/07/1804 – um francês, Dalbé*, da Ilhade França, vende na Ilha de Moçambiqueo seu bergantim Suzana, que havia sidoafretado por José Simões de Carvalho,negociante e morador naquela capital.[AHU, códice 1365, fls. 107 / Cx. 107, nº 18]1799 · PenicheFRANCISCO JOSÉ PENICHE05/01/1799 – em Moçambique, pede licençapara regressar na corveta Vitóriaao Rio de Janeiro de onde saíra com passaportedatado de 27 de Junho de 1798.[AHU, cx. 82, nº 2]1799 · RoizJOSÉ CAETANO ROIZ31/05/1799 – em Quelimane, carrega nachalupa Santa Rita, do senhorio de InácioJosé Saramago* a sair para Moçambique,2 escravos.[AHU, cx. 82, nº 66]1799 · SancargyGIVA SANCARGY23/04/1799 – vai à Ilha de França buscaro seu bergantim Africano Ligeiro apresadonas costas da capital de Moçambiquepelo corsário Apolon.17/07/1801 – em Moçambique, senhoriodo navio Deligente, juntamente comVelgy Darcy* e Joaquim do Rosário Monteiro*,desembaraçado para seguir paraBourbon e Goa.672007 E-BOOK CEAUP


José Capela6801/10/1801 – manifesto da carga dobrigue Deligente do senhorio de VelgyDarcy* e Giva Sancargy*, de Sofala paraMoçambique, com 140 escravos.18/05/1802 – em Moçambique, senhoriode sociedade com Velgy Darcy* dobergantim Deligente, pede passaportepara Sofala e para Quelimane, onde entroua 15 de Junho.10/12/1802 – em Moçambique, senhorioem sociedade com Velgy Darcy*, dobergantim Santo António Deligente, pedepassaporte para seguir para LourençoMarques.(?) – proprietário do brigue AfricanoLigeiro, aprisionado na barra de Quelimanecom 25 escravos (o mesmo apresamentoque acima?)[AHU, códice 1365, fls. 107 vs. e 139 / Cx. 89, nº 16/ Cx. 93, nº 44, nº 45, nº 78 / Cx. 96, nº 8 / Santana,II, p. 477]1799 · SaramagoINÁCIO JOSÉ SARAMAGO31/05/1799 – capitão e proprietário dachalupa S. Rita que carrega 27 escravosem Quelimane (?), para Moçambique:10 de André Avelino de Sousa*; 4 de EstêvãoFrancisco Antão*; 3 de António PereiraNeto*: 2 de José Caetano Roiz(*) e8 do senhorio e da equipagem.[AHU, Cx. 82, nº 66]1799 · SousaMANUEL <strong>DE</strong> SOUSA12/03/1799 – em Montevideo, capitãodo bergantim Nazaré, com 156 escravos,dos 250 carregados em Moçambique.Armador, José R. Mila de La Roca*.04/09/1802 – saiu de Moçambique parao Rio de Janeiro o navio Avé Maria deque era comandante.16/11/1803 – o governador-geral mandacorrespondência para o Rio de Janeirocujas primeiras vias já tinham seguidopelo navio Ave Maria, capitão Manuelde Sousa Ferreira, em direitura a Lisboacom escala pelo Cabo da Boa Esperança.[AHU, cx. 94, nº 25, nº 49 e nº 80 /Cx. 104, nº 21 /Eltis]1800 · PereiraJOSÉ ANTÓNIO PEREIRA15/08/1800 – em Moçambique, proprietáriodo navio S. José Indiano, a partirpara Lisboa, sendo capitão Manuel JoãoPereira*.01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, cx. 86, nº 3 Pasta 4, cap. 3]1800 · PereiraMANUEL JOÃO PEREIRA15/08/1800 – em Moçambique, capitãodo navio S. José Indiano, de que era proprietárioJosé António Pereira*.[AHU, cx. 86, nº 3]1800 · SanchandeSOBACHAN<strong>DE</strong> SANCHAN<strong>DE</strong>(Baneane)29/07/1800 – Sobachande Sanchande eCª tinham comprado a Sebastião José Rodrigues*o navio Conquistado. Pedem passaportepara ir aos portos de Ásia e África.12/11/1803 – Sobachande Sanchande eVelgi Darcy* querem mandar a Anjoaneum batel denominado Flor de África.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>31/01/1806 – natural de Dio, português,residente em Moçambique, proprietáriodo bergantim General Izidro, e do brigueSanto António Triunfo de África, construídoem Moçambique.31/01/1806 – em Moçambique, é concedidopassaporte ao seu bergantimGeneral Izidro, para ir ao Cabo da Boa Esperançacom uma carregação de negrose de lá «para qualquer porto portuguêsou de nação amiga ou neutra». Levavacomo capitão e primeiro piloto ManuelPedro de Almeida*.02/06/1806 – manda Manuel José Gomes*à Ilha de França comprar um naviode três mastros, de 400/500 toneladas, adenominar Apolo.10/11/1806 – manda o seu comissárioRicardo de Sousa à Ilha de França a comprar-lheum navio de dois mastros, de500/600 toneladas, a denominar JúpiterPotente.02/07/1807 – em Moçambique, senhoriodo navio Viriato, com passaporte para aIlha de França.28/12/1810 – em Moçambique, fretadorda escuna Nossa Senhora do Livramentode que era capitão Bento José FranciscoForte* procede ao manifesto de carga,com 14 escravos.15/01/1818 – figura em lista de armadoresno porto de Moçambique, como proprietáriodo brigue Santo António Triunfode África.07/11/1819 – oferece-se para «barco deviagem»: antigo costume de os governadoresproporem à corte a nomeação deembarcações para as viagens aos portosde Quelimane, Inhambane e Cabo dasCorrentes com privilégio de exclusividade,o que era feito a troco de um donativodos armadores a quem lhe concediao privilégio. Neste caso a concessão de«barco de viagem» era feita a quem sedispuzesse a transportar gratuitamenteas fazendas de Sua Majestade.27/11/1821 – em Moçambique, proprietáriodo brigue Santo António Triunfo deÁfrica, pede passaporte para Inhambanee baía de Lourenço Marques.18/02/1825 – balanço da Fazenda porfalecimento.[AHU. Códice 1365, fls. 123 vs., 218 e 223 vs. / Cx.104, nº 11 / Cx. 114, cap. 62 / Cx. 156, cap. 13 / Cx.166, cap. 10 / Cx. 181, cap. 119 / Cx. 199A, cap. 214]1800 · SilvaVICENTE GUE<strong>DE</strong>S DA SILVAVide: Sousa, Vicente Guedes da Silva e1800 · SousaVICENTE GUE<strong>DE</strong>S DA SILVAE SOUSA (também VicenteGuedes da Silva)Filho mais velho de João da Silva Guedes*,um dos maiores comerciantes deMoçambique, escrivão maior da Alfândegae capitão-mor das ordenanças dacapital. Tinha sido mandado pelo paieducar em um colégio de Lisboa ondeesteve oito anos. Regressou a Moçambiqueem 1800 não só com «muita distintainstrução de ler, escrever e contardebaixo dos necessários princípios deortografia, gramática portuguesa earitmética, mas também de ler, falare escrever nas línguas francesa e inglesa».Viajou de Lisboa para o Rio deJaneiro, caminho de Moçambique, emJulho 1799, juntamente com FranciscoÁlvaro da Silva Freire. A polícia do Rio,em busca ao navio por suspeitas de jacobinismodo Silva Pereira, encontrouna posse de Guedes da Silva livros de692007 E-BOOK CEAUP


José Capela70Rousseau, Voltaire, Helvetius, etc., assimcomo literatura e apontamentosrelativos à maçonaria. Da corte foramdadas instruções para o vigiar em Moçambique.22/08/1801 – o governador-geral de Moçambiquepassou-lhe o alvará de secretáriodo governo.16/11/1802 – fora posto sob vigia. O governador-geralabona-o absolutamente:«nada tem de princípios que se chamemmáximas erradas de jacobinismo».19/04/1804 – em Moçambique, auto devisita ao bergantim francês Suzana, queia a escravos. Vinha afretado a carregadores,entre os quais Vicente Guedes aquem se destinavam 17 barricas de cachaça,20 de açúcar e 4 caixas de espingardas.24/06/1804 – em Moçambique, auto devisita à pala Dois Irmãos proveniente dasSeichelles e Madagascar, com viagem deum mês e com passaporte português. Apala fora comprada nas Seichelles porVicente Guedes.05/10/1804 – consta do «mapa das embarcaçõesque tem a praça de Moçambique»com uma unidade de dois mastros ede 200 toneladas.26/10/1804 – adquiriu o brigue La BoneMère ( Boa Mãe) por 30000 cruzados (dinheirodeste país) a um francês e requerbandeira portuguesa e passaporte parair a Anjoane levando como capitão e primeiropiloto Manuel Rollem*.03/12/1804 – O governador-geral mandaque um oficial com escolta embarqueno navio Boa Mãe e o traga para Moçambique.(Venda fictícia?).1812 – nesta data, há no Rio de Janeiroum Vicente Guedes de Sousa, armadordo navio negreiro Isabel, em que ocoronel de Moçambique, ConstantinoAntónio Alves da Silva*, despacha paraaquele porto 150 escravos.[AHU, cx. 88, nº 63 / Cx. 95, nº 40 / Cx. 106, nº 37,nº 74 e nº 110 / Cx. 108, nº 77 e nº 86 / Cx. 109,nº 30 /Códice 1365, fls. 190 / Suplemento Literáriodo jornal Minas Gerais, 21/04/1992 / ManoloFlorentino]1801 · AlmeidaANTÓNIO DA CRUZ E ALMEIDA08/11/1801 – o governador-geral de Moçambiquerecomenda-o à corte porquefaz parte de um grupo de portugueses«com fundos de bastante consideração»que «têm sustentado a guerra».09/07/1802 – manda dois filhos, Joséda Cruz e Almeida e Vitorino da Cruz eAlmeida* a estudos na Ilha de França, oque indicia relações comerciais na colóniafrancesa.06/10/1802 – em Moçambique, senhorioda galera Maria, pede passaportepara ir a Quelimane carregar escravospara a Ilha de França.09/11/1802 – em Moçambique, senhoriodo navio Le Jeune Povel, proveniente daMaurícia de onde saira em 28/10/1802.14/04/1803 – fretara à Fazenda a goletaEmboscada e pede para ir a Quelimanee Ilha de França, levando como capitãoCaetano José Roiz Marques* e sobrecargaEleutério José Delfim*. De facto vinhaa fazer em Quelimane vários carregamentosnegreiros para a Ilha de França.Em 1803 mantém relações comerciaiscom o Cabo da Boa Esperança, Havanae Montevideo.28/06/1803 – em Moçambique, requerautorização para navegar a sua goletaMaria para Quelimane.07/09/1803 – em Moçambique, pedepara navegar o seu navio Excelentíssi-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>ma Augusta, de 200 toneladas, levandocomo capitão Francisco Luís Madeira*,com escravos, para o Cabo da Boa Esperançapara aí refrescar e conforme asinstruções que receba prosseguir paraHavana ou Montevideo.10 (?)/1804 – em Moçambique, senhoriodo brigue Maria, requer passaportepara viagem a Inhambane.12/04/1804 – em Moçambique, AntónioSalvador Monteiro* tem fretado o seunavio General Izidro a António da Cruze Almeida e Eleutério José Delfim* paralevar escravos às Maurícias do navio Diana,naufragado neste porto.09/07/1804 – faz conduzir os seus filhosJosé da Cruz e Almeida e Vitorino daCruz e Almeida para a Ilha de França nonavio La Tany para ali serem educadosem um dos seminários da dita Ilha.13/07/1804 – de Inhambane, parte paraa capital a goleta (?) do senhorio de Antónioda Cruz e Almeida, tendo comocapitão Júlio Coleta Pimentel Coelho* elevando, na carga, 60 escravos.05/10/1804 – consta do «Mapa das embarcaçõesque tem a praça de Moçambique»com uma unidade de dois mastros eoutra de três, respectivamente de 50 e de200 toneladas.04/07/1805 – em Moçambique, senhoriodo navio Perseverança, com passaportepara a Ilha de França e Calcutá.07/05/1806 – em Moçambique, senhoriodo navio Perseverança, de trêsmastros e duzentas toneladas, requerpassaporte para o mesmo, pronto para irà Ilha de França ou à de Bourbon, à Índiae Cabo da Boa Esperança, conformelhe convenha.1808 – juiz ordinário em Moçambique.22/01/1808 – em Moçambique, senhoriodo navio Apolo, com passaporte parair à Ilha de França.03/03/1810 – pede passaporte para ir aFiladélfia, nos Estados Unidos.06/11/1811 – em Moçambique, na qualidadede senhorio do brigue Feliz Dia14 de Agosto 1809 (de 100 toneladas,construído no Brasil), pede passaportepara Quelimane e Montevideo. Saiu deQuelimane, em 17/12/1811, com 240escravos.17/12/ 1811 – saiu de Quelimane o seubrigue Feliz Dia com 240 escravos.06/11/1812 – mantinha o senhorio dobergantim Pobrezinhos (com matrículano Rio de Janeiro) que no ano anteriorfôra do Brasil a Moçambique.1813 – tinha o seu brigue Feliz Dia e cargarespectiva segurados no Rio de Janeiropela Companhia Indemnidade.01/10/1817 – pede passaporte para obrigue Aliança seguir para Quelimane eMaranhão, tendo sido desembaraçadopela Alfândega a 4/10.15/01/1818 – na lista dos proprietáriosde embarcações da praça de Moçambique,com o brigue Aliança.03/10/1819 – o governador interino deMoçambique estava a recomendar aoConde dos Arcos o pedido do Hábito daOrdem de Cristo e a propriedade vitalíciado ofício de escrivão da Alfândega,vago pelo falecimento de João da SilvaGuedes*, para o seu único e legítimo filhoVitorino da Cruz e Almeida. Tratava-sedo negociante mais abonado dacapitania de Moçambique. Muito útil aoreal serviço pela grande soma que haviapago aos reais direitos e empréstimosde cabedais ao Estado. O governadoropinava que o hábito devia ser dado aofilho que seguia a carreira comercial do712007 E-BOOK CEAUP


José Capela72pai e com navios seus. E o ofício ao suplicante.Do requerimento constava ser negociantede grosso cabedal e estabelecido emMoçambique havia mais de 40 anos, sendoum dos maiores proprietários da capitania.O Hábito da Ordem de Cristo parecenão lhe ter sido atribuído pois que AntónioJosé Pedrosa* (que havia casadocom a neta de Almeida [Joana da Cruze Almeida]) em requerimento de 17 deNovembro de 1830 (portanto, no Rio deJaneiro, onde estava nessa data) alegandoos serviços prestados por António daCruz e Almeida, reitera o pedido do hábito,nestas condições a ser atribuído postmortem. Este pedido tem razão de ser, levandoem conta as ligações que Pedrosamanteria com a Corte, grande financiadorque foi da Regência da Terceira.Foi proprietário e armou os navios negreiros:galera Maria; por aluguer àFazenda Real a goleta Emboscada; navioGeneral Izidro; navio ExcelentíssimaAugusta; o brigue Feliz Dia; bergantimPobrezinhos; brigue Aliança, este construídoem Quelimane.1830 (?) – em Moçambique, são despachadospor António da Cruz e Almeida,na charrua Luconia, para o Conde deParati* (Rio de Janeiro?), quatro negrose quatro negras e «à sua ordem»dois negros.[AHU, cx. 90, nº 23 / Cx. 94, nº 100 / Cx. 96, nº 53/ Cx. 99, nº 19 / Cx. 100, nº 44 / Cx. 102, nº 13 / Cx.106, nº 22 / Cx. 107, nº 14 e nº 29 / Cx. 108, nº 76 enº 86 / Cx. 115, cap. 47 / Cx. 138, cap. 28 / Cx. 140,cap. 10 / Cx. 142, caps.19, 27, 67 / Cx. 154, cap. 106/ Cx. 155, caps. 2, 7 / Cx. 156, cap. 13 / Cx. 164, cap.19 / Cx. 241, cap. 1 / Códice 1365, fls. 152, 200, 209/ Códice 1376, fls.1, 8 e 10 vs. / Santana, II, pp. 458,1003 / Manolo Florentino]1801 · AnquilleSAN<strong>DE</strong> ANQUILLE21/01/1801 – do porto do Ibo segue paraMoçambique o pangaio do xerife SandeAnquille, proveniente de Monfia comcinco marinheiros espanhóis de um navioamericano que naufragou entre Melindee Mombaça, quando se deslocavade Maurícias a Quíloa para fazer cargade escravos.[AHU, cx. 87, nº 19]1801 · AzevedoANTÓNIO JOSÉ <strong>DE</strong> AZEVEDO27/10/1801 – capitão e segundo pilotoda galera Joaquim, do senhorio de Joaquimdo Rosário Monteiro*, no portode Moçambique, pronta a partir para aAmérica.05/11/1807 – em Moçambique, capitãodo brigue General Albuquerque, dosenhorio de João da Silva Guedes* querequer passaporte para uma viagem aInhambane e Cabo das Correntes.17/04/1810 – capitão da sumaca Pescador,de que era senhorio João da SilvaGuedes*, que estava a viajar, com 30escravos, de Inhambane para Moçambique.[AHU, cx. 89, nº 44 / Cx. 132, cap. 31]1801 · ColaçoJOAQUIM FRANCISCO COLAÇO27/10/1801 – em Moçambique, sobrecargada galera Joaquim, de que era senhorioJoaquim do Rosário Monteiro*,no porto de Moçambique, prestes a partirpara a América, com escala por Quelimane,Cabo da Boa Esperança e Rio deJaneiro.[AHU, cx. 89, nº 44]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1801 · DarcyVELGY DARCY17/07/1801 – em Moçambique, senhoriodo navio Diligente juntamente comGiva Sancargy* e Joaquim do RosárioMonteiro*, desembaraçado para seguirpara Bourbon e Goa.01/10/1801 – manifesto da carga dobrigue Deligente, do senhorio de Velgy eGiva Sancargy*, de Sofala para Moçambique,com 140 escravos.18/05/1802 – Giva Sancargy* e VelgyDarcy, senhorios do bergantim Deligente,pedem passaporte para irem a Sofala e, a19, para Quelimane. O Deligente entrouno porto de Quelimane a15 de Junho.17/09/1802 – em Moçambique, requer anomeação de barco de viagem para Inhambanea favor do seu brigue Deligente.10/12/1802 – senhorio, em sociedadecom Giva Samargy*, do bergantim SantoAntonio Deligente, pede passaporte paraLourenço Marques.19/07/1803 – parte de Inhambane paraa capital o bergantim Santo António Deligente,senhorio Velgy Darcy, comandanteo tenente do mar José Sebastião Jorgede Brito*, com marfim e escravos.12/11/1803 – Subachande Sanchande*e Velgy Darcy querem mandar a Anjoaneum batel denominado Flor de África.09/04/1804 – em Moçambique, pretendemandar o brigue Santo António Deligentepara Damão, para reparação.02/10/1804 – o governador-geral informao conde da Anadia que na monçãodo ano anterior se perdera na barra deInhambane o navio de viagem Santo AntónioDiligente de Velgy Darcy.[AHU, cx. 93, nº 44 e nº 78 / Cx. 89, nº 16 / Cx. 94, nº46 / Cx. 96, nº 8 / Cx. 100, nº 87 / Cx. 104, nº 11 / Cx.106, nº 13 / Cx. 108, nº 80 / Códice 1365, fls. 139]1801 · LimaFRANCISCO GONÇALVES <strong>DE</strong>LIMA03/03/1801 – comandante da Rainhados Anjos em que de Lisboa segue paraMoçambique o governador Izidro de Sáque o considera «grande piloto».[AHU, cx. 87, nº 35]1801 · MonteiroJOAQUIM PEREIRA MONTEIRO10/11/1801 – armador de Moçambiquecom um navio que segue de Moçambiquepara o Brasil, via Cabo da Boa Esperança,com escravos.[BNL, Reservados, Colecção Tarouca, nº 35]1801 · PereiraMANUEL PEREIRA11/04/1801 – em Moçambique, senhoriodo brigue Bom Jardim que vai fazera viagem de Quelimane conforme as instruçõesdo governador-geral: «determinoque a bordo dele se não carregue marfime outros géneros pertencendo ao barcoque nomeei de viagem a que pertencetodos os géneros exportados de Rios deSena para a capital excepto mantimentose escravos».[AHU, cx. 87, nº 67]1801 · PereiraVALÉRIO JOSÉ PEREIRA26/11/1801 – em Moçambique, senhorioe capitão do navio Castelão de Dio, detrês mastros e 400 toneladas, pronto apartir para o Rio de Janeiro.27/12/1801 – o navio Castelão de Dio entrouno porto de Inhambane com águaaberta. O governador local considera onavio péssimo de vela e com tripulaçãoincapaz. Levava bastante mortandade de732007 E-BOOK CEAUP


José Capela74escravos, havia desunião entre pilotos ecapitão. Tinha dois desertores europeusa bordo que não haviam sido entreguesporque o capitão precisava deles para aguarda dos 500 e tantos escravos. O governadorlocal deixou seguir os desertoresporque o capitão os entregaria nacapital, na torna – volta.[AHU, cx. 90, nº 53 / Cx. 92, nº 64]1802 · AlcegaD. MARTIN <strong>DE</strong> ALCEGA27/11/1802 – dono da fragata de 3 mastrosMadalena, da praça de Buenos Aires,capitão D. António Lopes, naufragada narestinga da Bajona, Moçambique, a 21 deNovembro. Carregava vinho, aguardente,pólvora, ferro, aço e 6000 patacas.[BNL, Reservados, colecção Tarouca, nº 53 / AHU, cx.95, nº 70]1802 · AnjosGABRIEL JOÃO DOS ANJOS e Cª.23/07/1802 – em Moçambique, senhoriosda galera Ana Joaquina procedentede Quelimane e que seguiu para aMaurícia onde chegou a 08/12/1802,tendo regressado a Moçambique em24/12/1802.17/01/1803 – negociantes da praça deDamão, senhorios da galera Ana Joaquina,pedem para navegar a dita galerapara o Rio de Janeiro com carga de escravosa carregar no porto de Quelimane,tendo sido autorisados. Sobrecarga,José Joaquim Gonçalves* e capitão otenente de mar Agostinho Francisco deSousa*. Naufragou em 02/1803.[AHU, cx. 93, nº 92 / Cx. 96, nº 36 / Cx.97, nº 34, nº40 e nº 79]1802 · BarbosaJOSÉ FRANCISCO ALVESBARBOSADesde 1802, na capitania de Rios deSena, ocupou postos militares, foi inspectordas tropas, exerceu diferentesempregos civis e da Fazenda. Foi secretáriodo Governo de Moçambique eProcurador Geral da Coroa. O governador-geralde Moçambique, o desembargadorSebastião Xavier Botelho, em1828, informando o requerimento deAlves Barbosa que, sendo, então, coronelde milícias de Infantaria da vila deSena, pretendia a promoção a coronelde primeira linha adido ao Estado Maiordo Exército com o soldo respectivo dasua patente pago em dinheiro forte nacapitania de Moçambique, emite umparecer negativo. Apesar dos serviçosprestados, neles incluídos «comissõese expedições arriscadas entre bárbarosdaqueles sertões». Segundo o governador– geral, essas expedições, geralmente,mais não eram do que «meio paraadquirir mercadorias para o comérciode fora: quantos e quantos pretos livresse têm cativado nestas guerras promovidasantecipadamente para haver cópiadesta mercancia que tem sido vendidapara outros países?». «[...] quanto aoseu desinteresse é constante que veiopara aqui pobre e que está riquíssimo».Foi ainda acusado de fazer parte daconjura dos negreiros que pretenderampassar a capitania de Rios de Sena paraa dependência do Brasil.09//03/1833 – O governador de Tete,António Mariano da Cunha, informavao governo provisório de Moçambiqueque o antigo governador de Tete e deRios de Sena, José Francisco Alves Bar-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>bosa, lhe havia comunicado em ofício de29 de Dezembro último que estava emQuelimane o brigue Frederico AfricanoOriental que ele mandara para o levar eà família, em direitura a Lisboa. Não podiaperder a monção pelo que lhe entregavao governo.[Santana, I, p. 559 / AHU, códice 1469, fls. 4 vs.]1802 · BarrosSIMÃO JOSÉ <strong>DE</strong> BARROS19/01/1802 – em Moçambique, capitãodo navio Ninfa do Mar, do armador Joaquimdo Rosário Monteiro*, pretendenavegar para o Rio de Janeiro com cargade escravos.[BNL, Reservados, colecção Tarouca, nº 53 /AHU, cx.92, nº 38]1802 · BatistaJOAQUIM BATISTA03/09/1802 – em Moçambique, capitãodo navio português Santo António Venturoso,por ocasião do naufrágio do navioMarialva.[AHU, cx. 94, nº 25]1802 · BerttecJAIME BERTTEC11/11/1802 – em Moçambique, senhoriodo navio Elizabeth, com passaportepara Montevideo e Buenos Aires.[AHU, cx. 95, nº 20]1802 · BialeNICOLAU BIALE27/11/1802 – de nacionalidade espanhola,primeiro piloto do navio Madalenanaufragado na restinga do Bajone,costa de Moçambique.[BNL, Reservados, colecção Tarouca, nº 53]1802 · CirneMANUEL JOAQUIM MEN<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong>VASCONCELOS E CIRNEFilho natural de Teotónio Mendes deCarvalho Vasconcelos e Cirne, senhor daQuinta e Solar do Almeo, no sítio do mesmonome, freguesia de Macinhata da Seixa,concelho de Oliveira de Azeméis. Acultura clássica que transparece dos seusescritos deve tê-la adquirido, tal comoinculcam as abundantes citações latinas,com o padre-mestre, capelão do solar,cuja residência aí subsiste. Um acórdãoda Relação de Lisboa de 9 de Março de1802, condenou o Manuel Joaquim a servirno Estado da Índia, na tropa, por dezanos. O que foi feito a requerimento dopai pela «culpável ociosidade […] a suaincorrigibilidade e ultimamente o considerávelfurto de dinheiro que lhe fizera».Tinha portanto 17 ou 18 anos. Embarcouna nau de viagem Marialva, com destinoà Índia e escala pelo Rio de Janeiroe Moçambique. Na noite de 2 para 3 deSetembro de 1802 a Marialva naufragouno baixio do Mongicual, já perto da Ilhade Moçambique. Tendo sido um dos sobreviventesficou em Moçambique e foiinscrito como recruta no Batalhão de Infantariade Moçambique. A 1 de Marçode 1805 foi promovido a cabo e a 11 deJaneiro de 1806 a furriel. Neste posto, a12 de Fevereiro, foi punido com 50 pranchadase baixa de posto. Logo em 20 deMarço foi restituído ao posto de furriel ea 1 de Abril promovido a tenente para aCompanhia de Infantaria do Presídio doZumbo para onde não foi. A 6 de Junhoreingressou no Regimento de Moçambiquee a 10 foi destacado para o forte deSofala, onde o governador acabou por oencerrar na enxovia. Em 1807 o pai re-752007 E-BOOK CEAUP


José Capela76queriu o termo do degredo por não teroutro filho e este dever suceder na abundantecasa, por desejar dar-lhe um estabelecimentohonrado uma vez que lheconstava ter sido útil e proveitosa a correcção.A petição foi indeferida. Entretantoo Manuel Joaquim fora mandadopara a capital sob prisão, foi despromovidoa alferes e mandado, preso, paraSena. O governo provisório entretanto(1807-1809) no poder, a 16 de Maio de1808, autorizou o seu regresso à capital,de novo tenente. Em de 1909 estava outravez preso. A 6 de Novembro de 1809foi promovido a capitão e a 21 de Junhode 1810 foi-lhe dado por expiado o tempode exílio.Em Setembro de 1812 partiu para a Cortedo Rio de Janeiro. Os contactos queterá estabelecido nesta primeira viagemà Corte após a extinção do degredo, têlo-ãohabilitado a lançar-se na construçãoe na armação de navios negreiros emQuelimane. Desde logo, a 13 de Maio de1813, sendo capitão do Regimento deInfantaria de Linha de Moçambique, foinomeado para o cargo de governador doPorto e Vila de São Martinho de Quelimane.Era o seu primeiro governador.Quelimane sempre estivera subordinadoao governador da capitania de Riosde Sena. E este mantinha a sua jurisdiçãosobre o governador de Quelimane.A 17 de Dezembro de 1813 foi promovidoao posto de sargento-mor agregadoao mesmo regimento. Quando foireconduzido por mais três anos, como«a respectiva patente apenas contivessea cláusula de subordinação ao capitãogenerale governador da colónia estetomou a omissão à letra, deu-lhe a elasticidadeque entendeu e considerou osterritórios de Quelimane desligados dacapitania de Rios de Sena e apenas dependentesda administração central dacolónia»(Almeida de Eça).22/03/1832 – Informação do governador-geralSebastião Xavier Botelho*:«[…] Ainda em Quelimane se conservaa execranda memória da aleivosia» queVasconcelos e Cirne «obrou com os colonosdo seu próprio prazo que chamouamigavelmente, e alta noite os embarcoualgemados, e a furto, e à falsa fé, em umbrigue para o Rio de Janeiro».Senhor todo poderoso do governo deQuelimane aí se alcandoraria ao pedestalde promotor, executor e defensor dotráfico de escravos que foi.Se não é verdade, como alega, que antesdele no porto de Quelimane se não faziacomércio a longa distância, outrossim éverdade que «intentou fazer aquele porto,um dos melhores ou o melhor (peloque respeita ao comércio da costa deÁfrica oriental)». Queria ele dizer aí implantaro tráfico de escravos. No que obteveo maior êxito. Desde logo um avisoproveniente do Secretário de Estado daMarinha e Ultramar, o Conde da Barca,com a data de 28 de Junho de 1814, abriao porto de Quelimane a todas as naçõese o governador-geral mandou criar aliuma alfândega com juiz e feitor, o que foifeito em 1817. Comenta Cirne: «E sendoa afluência dos navios do Brasil grande,sempre a facilidade do negócio foi talque todos sempre se supriram, com umabrevidade que em outro algum porto podiamachar». Ainda: «Foi nesse tempo daliberdade do comércio que se viram cincoquilhas postas nos estaleiros de Quelimane,e as quais hoje a maior parte navegampara o Brasil». «Brigue S. Marcos, arque-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>ado em quinhentos e quarenta escravos;galera Philomela, arqueada em setecentos;brigue Bom Desejo, arqueado emquatro centos e cincoenta; brigue ConstitucionalAfricano, arqueado de setecentosa oitocentos; brigue Nossa Senhorada Guia Morgada do Almeo, arqueado emquinhentos e quarenta e oito».A novidade da arqueação de navios tomandocomo unidade o número de escravosem troca da tonelada !!!Segundo Cirne, antes de 1817, de Quelimaneexportavam-se 1484 escravos/ano.Depois de 1817 passaram a exportar-se3615. De 1819 a 1825, de 5000 a 6000.A 26 de Fevereiro de 1820 foi autorizadoa retirar-se para a Corte do Rio de Janeiro.No Rio de Janeiro, foi traficante deescravos, conforme lista in Manolo Florentino.O brigue Nossa Senhora da GuiaMorgado do Almeo, registado em nomede sua mulher, Dona Maria Antónia LeitePereira de Mello Virgolino*, estava a fazertransporte de escravos para os portosbrasileiros. A 14 de Janeiro de 1822 foilhedado em Moçambique um passaportepara fazer transportar ao Rio de Janeiroo seu filho de menor idade António ManuelMendes de Vasconcelos Cirne, ajuntar-se à companhia de seu pai e tratardos seus estudos.Em 1826 está em Lisboa, ido do Brasil.Em 1828 redigiu a Memória. A 2 de Abrilde 1829 foi nomeado governador deQuelimane e Rios de Sena. A 27 de Setembrode 1829 embarcou em Moçambiquepara Quelimane. Tomou posse emSena a 3 de Março de 1830.Neste seu segundo governo foi acusadode extorquir dinheiro a armadores negreiros:a João Bonifácio Alves da Silva*com três navios em franquia, carregadosde escravos, tê-lo-á obrigado a dar-lhe9000 pesos para o deixar sair. A JoãoManuel da Silva Guimarães SumatraCampeão*, para sair para o Rio de Janeiro,3000 pesos. A Anselmo da CostaXavier*, ido a Quelimane carregar 150escravos no brigue Zarco, cobrou-lhe500 pesos e obrigou-o a pagar-lhe os escravosque lhe vendeu a 80 pesos cadaquando o preço corrente era 50 pesos.As suas ligações comerciais, além do Riode Janeiro, estendiam-se a Lisboa paraonde, conforme nota de 9 de Dezembrode 1829, remeteu um saco com mil patacasespanholas para dois negociantes:Jerónimo Elias dos Santos e Tomás MariaBessone. Constando da mesma notao nome de João Baptista Moreira*, cônsulde Portugal no Rio de Janeiro, tambémele envolvido no tráfico de escravos,pode afoitamente concluir-se estarmosdiante de um dos maiores promotores dotráfico negreiro a partir de África.Faleceu em Tete a 16 de Junho de 1832.[Vasconcelos e Cirne, Memoria sobre a Provincia deMoçambique (1890) / Filipe Gastão de Almeida deEça, De Degredado a Governador, Lisboa, 1950 / AHU,cx. 174, cap. 30 / Cx. 235, cap. 15 / Códice 1376,fls. 220 vs. / Santana, I, pp. 73, 74, 979 / ManoloFlorentino]1802 · CopeloESTEBAN COPELO18/10/1802 – em Moçambique, capitãoda fragata portuguesa Nossa Senhora daConceição, armador Benito* Patron, saipara Montevideo com 400 escravos, chegandocom 330, em 31/12/1802.[Eltis]1802 · CostaDOMINGOS JOSÉ DA COSTA05/1802 – em Moçambique, capitão do772007 E-BOOK CEAUP


José Capela78patacho S. Vicente Formidável, procedeao manifesto de carga, com 60 escravos.[AHU, cx. 93, nº 61]1802 · FerreiraMANUEL <strong>DE</strong> SOUSA FERREIRA(também Manuel de Sousa)Vide Sousa.1802 · GenessengiCARSANGI GENESSENGI & Cª02/10/1802 – senhorios do brigue Vingança,em Moçambique, pedem passaportepara Quelimane.[AHU, cx. 94, nº 90]1802 · JoanicoFRANCISCO JOANICO03/09/1802 – capitão de navio português,em Moçambique, proveniente doRio da Prata, por ocasião do naufrágiodo navio Marialva.[AHU, cx. 94, nº 25]1802 · LopesANTONIO LOPES – DOM27/11/1802 – de nacionalidade espanhola,capitão e sobrecarga da fragata espanholaMadalena, navio de 3 mastros,propriedade de D. Martim de Alcega*,da praça de Buenos Aires, naufragado noMogincual, perto da Ilha de Moçambique.14/11/1803 – pretende embarcar para oporto de Montevideo na galera Joaquim.19/11/1803 – é dado como armadorprincipal da galera Joaquim que sai deMoçambique para Montevideo, levandocomo capitão José Sebastião*. Partiu doCabo da Boa Esperança, em 19/11/1803,com 376 escravos. Deve tratar-se da galerado mesmo nome dada como propriedadede Joaquim do Rosário Monteiro*que se perdeu com todos os escravos emMontevideo.[BNL. Reservados, colecção Tarouca / AHU, cx. 104,nº 15 / Eltis]1802 · LopesDOMINGOS JOSÉ LOPES12/10/1802 – capitão da galera SantaMaria Calipso, em Moçambique pedepassaporte para ir a Quelimane carregarescravos para Montevideo e regressar aMoçambique.[AHU, cx. 94, nº 110]1802 · MarquesANTÓNIO OLEGÁRIO JOSÉMARQUES26/12/1802 – em Moçambique, sobrecargado navio Santo António Vitorioso,capitão Joaquim Baptista de Sequeira*com escravos para o Maranhão e escalaem Pernambuco.[AHU, cx. 96, nº 42 / BNL, Reservados, colecção Tarouca,nº 53]1802 · MendesMARCELO JOAQUIM MEN<strong>DE</strong>S11/11/1802 – em Moçambique, coronele comandante do regimento, tinha fretadoo bergantim Elizabet Seira (?), do senhoriode Jaime Berttel Co.(?), para setransportar a Montevideo e Buenos Aires,levando como capitão Joaquim Josédos Santos*, para onde pede passaporte.Tinha pedido licença para ir à Europacurar-se de mal venéreo.[AHU, cx. 95, nº 20, nº 95 e nº 58]1802 · PatronBENITO PATRON18/10/1802 – em Moçambique, armadorda fragata portuguesa Nossa Senhora daE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Conceição, capitão Esteban Copelo*, saipara Montevideo com 400 escravos, chegandocom 330 em 31/12/1802.[Eltis]1802 · SantosJOAQUIM JOSÉ DOS SANTOS11/11/1802 – em Moçambique, capitãodo bergantim Elisabet Seira (?), fretadopor Marcelo Joaquim Mendes* para otransportar a Montevideo e Buenos Aires.30/03/1829 – português, é-lhe dadopassaporte pela corte do Rio de Janeiropara ir a Moçambique.11/03/1846 – a firma Joaquim José dosSantos Jr. e Cª consta da List of the PrincipalSlave Dealers at Rio de Janeiro, 1845,dos comissionários britânicos no Rio deJaneiro como possuindo barracões paraescravos nas costas de África.[AHU, cx. 95, nº 20 / Cx. 219, cap. 47 / Santana, I,p. 1176]1802 · SequeiraJOAQUIM BAPTISTA <strong>DE</strong>SEQUEIRA03/09/1802 – capitão do navio SantoAntónio Vitorioso, que estava no porto deMoçambique a carregar escravos para osportos da América, com escala por Benguela.12/12/1802 – capitão do navio SantoAntónio Vitorioso, tendo como sobrecargaAntónio Olegário José Marques*,pronto a partir.03/01/1806 – em Queluz, concedidopassaporte ao navio Espada de Ferro,Nossa Senhora do Rosário, Prazeres e Almas,de que era mestre, do senhorio deGervásio Pires Ferreira* e comandante,sendo igualmente primeiro tenente daArmada Real, João Leite da Luz*. Navioconstruído em Pernambuco.17/11/1810 – capitão do navio portuguêsde três mastros Espada de Ferro que fundeouno Ibo, proveniente de Benguela e aseguir para a capital de Moçambique.[AHU, cx. 94, nº 25 / Cx. 96, nº 42 / Cx. 114, cap.10 / Cx. 134, cap. 35 / BNL, Reservados, colecçãoTarouca, nº 53]1802 · SilvaJOÃO BONIFÁCIO ALVES DA SILVA1802 – foi de Portugal para Moçambique,como alferes.27/02/1806 – tenente do regimento deinfantaria da praça de Moçambique, emque se encontra promovido, pede confirmação.30/08/1806 – requereu e obteve licençade sete meses para ir a Quelimane tratarde negócios. Aí se fixou.13/04/1811 – tomou posse do governode Quelimane que ocupou durante 18anos correspondente a seis mandatos aque somou um ano de capitão-mor dosRios de Sena.06/02/1814 – entrega o governo de Quelimaneao comandante da vila, João daRocha, porque tem de ir indispensavelmenteà sua terra.15/01/1818 – administrava os prazos Licungoe Mavale e era proprietário da galeraÁguia Africana.23/12/1818 – autorizado a ir ao Rio deJaneiro tratar da saúde.16/02/1819 – proprietário do brigueGeneral Cavalcanti, arqueado em 572escravos, surto no porto de Quelimane,despachado para seguir para a Baía com650 escravos.14/01/1820 – senhorio do brigue GeneralCavalcanti que faz manifesto de carga noporto de Moçambique, chegado da Baía e792007 E-BOOK CEAUP


José Capela80tendo como mestre Pedro Jose Negrão*.Deixou o governo de Quelimane emMaio de 1829 e no final do mesmo anopartiu para o Rio de Janeiro.08/05/1820 – pede licença para se deslocarao Brasil. No ano anterior mandarao seu navio com 600 escravos e não receberaum só real. Neste ano, sem ele,o navio não iria. Se o barco não fosse S.M. teria um prejuízo de mais de vinte milcruzados fortes – alegava.07/08/1820 – obrigado a indemnizara Fazenda pela importância que tinharecebido como capitão-mor de Rios deSena durante o tempo que esteve ausentena cidade de Pernambuco, em 1815.20/05/1820 – pedira o Hábito da Ordemde Cristo ou da Ordem de Aviz.01/09/1822 – presidente da Câmara Municipalde Quelimane. À morte do governadorde Quelimane, José Alves Pereira,foi eleito governador local.14/12/1822 – morador em Quelimane,requer passaporte para fazer navegar oseu navio Feliz Americano daquele portopara o porto de Moçambique.02/08/1825 – governador de Quelimanee capitão-mor dos Rios de Sena desejapassar para os corpos de Milícias continuandono mesmo exercício de capitãomor.Despachado no sentido de lhe serpassada patente de coronel de Milícias.23/07/1826 – tomou posse do governoda vila de Quelimane, funções que já desempenhavapor eleição popular. A possefoi-lhe dada pela Câmara Municipal, amando do Governador-Geral.25/07/1828 – correspondência do feitorda Fazenda de Quelimane para o governador-geralcom vários documentos sobreo tráfico e contrabando de escravos,com implicações do governador: «Reinamno governador desta vila três caracteres,opinião, ambição e lascívia».03/08/1828 – o governador-geral, a propósitode arribadas face às quais não écumprido o que está estabelecido, acusao governador de Quelimane: «[…] nãosó desobedece formalmente às autoridadesmas chama sobre si a desconfiançaque tais casos indicam».30/08/1828 – o governador-geral, agorainvocando ordens de Lisboa, insiste como de Quelimane: que reprima o «escandalosocontrabando de escravatura emfraude dos reais direitos».17/09/1828 – o governador-geral admoestao governador de Quelimane: «[…] osnavios franceses, americanos, brasileirose ingleses continuam a frequentar os portossubalternos desta capitania cobrindoesta infracção com fúteis subterfúgiosde arribada», subterfúgios que, pela frequênciacom que são utilizados, bem indicam«o dolo com que são alegados». Ogovernador-geral ameaça-o, em caso deprocedimento contrário às suas ordens,ter de se deslocar à capital para se justificarpessoalmente e se submeter a conselhode guerra que, na falta de oficiaiscom patente suficiente para o julgarem,seria realizado em Goa ou em Lisboa.31/05/1829 – entregou o governode Quelimane a António Mariano daCunha*, coronel de milícias.03/08/1829 – dá entrada em Moçambique,proveniente do Rio de Janeiro e deQuelimane, o navio Vulcano, de que sãoarmadores João Bonifácio Alves da Silvae J.M. da Silva Sumatra Campeão*. Voltaa Quelimane, de novo a Moçambique.15/08/1829 – é-lhe dado passaportepara o Rio de Janeiro.02/09/1829 – António Francisco Car-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>doso*, escrivão-maior da Alfândega deMoçambique e procurador em Moçambiquede João Bonifácio Alves da Silva e deseus sócios, moradores em Quelimane,proprietários da barca brasileira Amizadee do brigue Vulcano, pede licença paraestes navios voltarem a Quelimane acarregar escravos, para onde foram. Em13/01/1830 o Vulcano, capitão J. de F.Chaves*, chegava ao Rio de Janeiro com620 dos 634 escravos carregados em Moçambique.10/12/1829 – saiu de Quelimane paraao Rio de Janeiro, na barca Amizade,juntamente com João Manuel da SilvaSumatra Campeão*. Chegaram ao Riode Janeiro em 04/02/1830 com 625 dos636 escravos que tinham carregado.06/07/1830 – em representação do Senadoda Câmara contra Vasconcelos Cirne*,governador de Quelimane e Rios de Sena,consta a acusação de ter retido João BonifácioAlves da Silva e três dos seus navios«prontos com suas armações de escravosa sair» pelo que o João Bonifácio se viraforçado a dar-lhe nove mil pesos.13/09/1830 – o governador-geral de Moçambiqueinforma o conde de Basto terchegado do Rio de Janeiro, no brigue Brilhante,a notícia da instalação da Regênciana Ilha Terceira. Acusa de má condutapública o cônsul João Baptista Moreira* ede «três portugueses que por alguns anosresidiram nesta capitania de Moçambiqueonde enriqueceram por diversosmodos, onde foram condecorados compostos de milícias e de onde foram carregadosde riquezas para o Rio de Janeiro[…]. João Bonifácio enriqueceu muitocom os negócios da escravatura […]».Despacho à margem do documento: «Demitidosdos postos que ocupam, comorebeldes, e imediatamente sequestro emtodos os bens que possuirem na capitaniade Moçambique ou em qualquer outraparte dos domínios portugueses».Uma vez no Rio de Janeiro, foi um dosfinanciadores da Regência da Terceira(vide João Baptista Moreira*).09/08/1830 – o cônsul no Rio de Janeiro,solicitando condecorações para osfinanciadores da Regência, fazia-o sobretudopara o Bonifácio «por ser pessoade muita representação aqui».20/11/1835 – subscreve carta de agradecimentoà Rainha D. Maria pelo regressodo cônsul João Baptista Moreira* às suasfunções no Rio de Janeiro.06/04/1839 – subscreve a representaçãodos comerciantes portugueses no Rio deJaneiro defendendo o cônsul-geral dePortugal acreditado como encarregadode negócios acusado de «não haver noconsulado a mínima vigilância para comas pessoas que se empregavam no comérciode África».1841 – Era morador no Rio de Janeiro.Créditos de João Bonifácio Alves da Silvano negócio de escravos, em Quelimane:17/08/1825 – saca uma letra a 100 diassobre José Manuel da Silva* por «18 caporros,digo, 18 escravos bons capazes deembarcar ou o valor por que eles corremno tempo de vencimento desta, valor quede mim recebeu para compra dos mesmosescravos, em género e no dia do seuvencimento para o pronto pagamento».10/09/1825 – saca uma letra a 80 diassobre Felisberto Francisco de MenesesSoares* por 55 caporros bons para embarqueou o valor por que correrem.20/12/1825 – saca sobre Nicolau FranciscoSoares* pelo valor de 40 caporroscapazes de embarque.812007 E-BOOK CEAUP


José Capela8203/07/1827 – saca uma letra a 120 diassobre António Rodrigues* pela quantiade 81 caporros e meio, bons, sem defeito,capazes de embarque, ou o seu valor.08/10/1827 – hipoteca todos os bens deFelisberto Francisco de Menezes Soares*pela quantia de 36 escravos e duzentospesos espanhóis que deve.17/08/1827 – saca uma letra a 90 dias,sobre José Manuel da Silva* no valor desessenta e oito e meio caporros bons, capazesde embarque, sem defeito algum,ou o seu valor pelo que eles correrem notempo do vencimento desta; igual quantiade mim recebida.20/11/1827 – hipoteca 19 escravos deFrancisco Geraldo da Rosa* que lhe devia«a quantia de 19 caporros bons constantesde uma obrigação que já se achavencida»; não tendo pago na data, hipoteca-lhe19 escravos.10/01/1828 – hipoteca a Jose Manuel daSilva* uma casa de madeira coberta depalha e 48 escravos para garantia de fazendasde lei e efeitos destinados a pagar56 caporros e meio.02/01/1829 – saca sobre Jose CiríacoGonçalves Lobato*, dez escravos negrosbons, sem defeito algum, próprios paraembarque para o Brasil.08/09/1829 – saca a 30 dias sobre CaetanoXavier Velasco* da Roza dezanovenegros bons, sem defeito algum e de boaidade cujos escravos provêm do dinheiroequivalentes neles, que ao fazer desta recebido dito sr. em pesos espanhóis.05/12/1829 – como procurador, vendeutodos os escravos de Rafael José da Costa*.[Jose Feliciano de Castilho Barreto e Noronha Barãode Moreira, Esboço Biographico, Rio de Janeiro, 1862./ AHU, cx. 100, cap. 119 / Cx. 114, cap. 93 / Cx. 116,caps. 16, 75 / Cx. 119, cap. 7 / Cx. 130, cap. 54 / Cx.136, cap. 10 / Cx. 142, cap. 8 / Cx. 146, cap. 14 / Cx.151, cap. 128 / Cx. 156, caps.13, 64 / Cx. 158, cap.161 / Cx. 160, cap. 79 / Cx. 162, nº 10 / Cx. 167, caps.40, 58 / Cx. 169, caps. 17, 39 / Cx. 171, cap. 34 / Cx.186, cap. 1 / Cx. 187, cap. 86 / Cx. 198, cap. 4 / Cx.204, cap. 61 / Cx. 223, caps. 4 e 11 / Cx. 235, cap. 78/ Cx. 243, cap. 20 / Códice 1376, fls.177 vs. / Códice5913, fls. 37 / Códice 1376, fls. 274 vs. / AHM, códice11-5831, fls. 37, 37 vs., 93 vs., 95 vs.,100 vs., 101vs.,193 vs.,199 e 215 vs. / Códice 11-5834, fls. 97 /Santana, I, pp. 520, 521, 609, 666, 667, 1063, 1170 /Santana, II, pp. 396, 623 / Santana, III, p. 623 / Chronicada Terceira, nº 26 / ANTT, Docs. Dos NegociosEstrgs., cx. 311 / Eltis]1802 · SousaAGOSTINHO FRANCISCO <strong>DE</strong>SOUSA23/07/1802 – em Moçambique, capitãoda galera Ana Joaquina, ida de de Quelimane,manifesta a carga de 365 escravos.24/12/1802 – capitão da galera Ana Joaquina,entra em Moçambique, provenienteda Ilha de França, com 16 dias de viagem.17/01/1803 – em Moçambique, tenentede mar e capitão da galera Ana Joaquina,de que era senhorio Gabriel João dosAnjos*e Cª, da praça de Damão, e sobrecargaJosé Joaquim Gonçalves*, pedepara navegar a dita galera para o Rio deJaneiro com carga de escravos a receberno porto de Quelimane.1803 – capitão da galera Ana Joaquinade que era senhorio Gabriel João dos Anjose Cª, da praça de Damão, que, em 21de Janeiro de 1803, foi autorizada a carregarescravos em Quelimane, para o Riode Janeiro.[AHU, cx. 93, nº 92 / Cx. 96, nº 36 / Cx. 97, nº 34]1802 · VianaVENTURA JOSÉ <strong>DE</strong> OLIVEIRAVIANA23/11/1802 (?) – entrou em Quelimaneo brigue brasileiro Victória, de que eraE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>capitão. Tinha 94 dias de viagem do Riode Janeiro e a vistoria considerou-o incapazde seguir. Devia ir a Moçambiquedespachar-se.22/12/1822 – comandante do brigue-escumabrasileiro Victória, proveniente doRio de Janeiro, que ia para Moçambiquee arribou a Quelimane.24/11/1828 – capitão do brigue brasileiroVictória arribado a Quelimane porser contra a monção, com 94 dias de viagemdo Rio de Janeiro.13/04/1829 – capitão do brigue escunaVictória, da propriedade de José Ignácio daSilva*, que carregou escravos em Quelimane,para o Rio de Janeiro. Saiu e reentroutrês vezes, contra o que protestou o carregadorFrancisco Raimundo de Freitas*.[AHU, cx. 96, nº 32 / Cx. 187, cap. 97 / Códice 1376,fls. 210 vs. e 211 / AHM, códice 11-5831, fls. 174 /Santana, I, pp. 625 e segs. e p. 711]1803 · BritoJOSÉ SEBASTIÃO JORGE <strong>DE</strong>BRITO (Bastos?)15/07/1803 – «tenente do mar» comandantedo bergantim Santo António Diligentede que é senhorio Velgi Darci*, queparte de Inhambane para Moçambiquecom marfim e escravos.22/08/1803 – em Moçambique, capitãodo brigue de viagem Santo António Diligente,procede ao manifesto de carga provenientedo Cabo das Correntes (marfime ponta de abada) e de Inhambane (marfime escravos) com 11 dias de viagem.[AHU, cx. 97, nº 25 / Cx. 100, nº 87]1803 · CoelhoJÚLIO COLETA PIMENTELCOELHO1803 (?) – em Moçambique, ido deInhambane, com 14 dias de viagem, capitãodo brigue Maria, com 120 escravos,tendo morrido 3 durante a viagem.1803 (?) – em Moçambique, ido deInhambane, capitão do brigue Maria,com 60 escravos.13/07/1804 – em Inhambane, de partidapara a capital, capitão da goleta (Maria?),de que é senhorio António da Cruze Almeida*, com 60 escravos.27/10/1804 – em Moçambique, capitãoda goleta Maria, chegada de Inhambane,manifesta a carga, com 60 escravos.[AHU, cx. 97, nº 25 / Cx. 107, nº 29 / Cx. 108, nº 81]1803 · FranciscoJOSÉ FRANCISCO29/04/1803 – em Moçambique, BancaneRamogie* e Cª mandam a sua pala a Quelimanecomo barca de viagem para carregaro que sobrou do barco de José Franciscodemorado há muito nesses Rios.17/04/1811 – em Quelimane, entrou noporto o seu batel com carga para comprar110 escravos para um seu brigueque os iria carregar.[AHU, cx. 99, nº 52 / Cx. 136, cap. 10]1803 · GonçalvesJOSÉ JOAQUIM GONÇALVES17/01/1803 – em Moçambique, sobrecargada galera Ana Joaquina, de que erasenhorio Gabriel João dos Anjos* e Cª,da praça de Damão, que, em 21 de Janeirode 1803, foi autorizada a carregarescravos em Quelimane, para o Rio deJaneiro. Capitão, o tenente do mar AgostinhoFrancisco de Sousa*.28/02/1803 – em Moçambique, tendonaufragado a galera Ana Joaquina,e tendo vendido a Joaquim do RosárioMonteiro* a carga de escravos que tinha832007 E-BOOK CEAUP


José Capela84pronta para a dita galera, em Quelimane,pede para ir a esse porto fazer a entrega.Pretende viajar no bergantim EugéniaAfricana, a partir por aqueles dias.[AHU, cx. 97, nº 34 e nº 79]1803 · JardimJOÃO JARDIM1803 – em Moçambique, capitão do bergantimTrial, proveniente de New Port,com 160 dias de viagem.[AHU, cx. 97, nº 25]1803 · MadeiraFANCISCO LUÍS MA<strong>DE</strong>IRA07/09/1803 – em Moçambique, capitãodo navio Excelentíssima Augusta, propriedadede António da Cruz e Alemida*,para o qual pede licença para navegarcom escravos para o Cabo da Boa Esperança,para aí refrescar e conforme instruçõesque receba prosseguir para Havana eMontevideo ou outro porto.[AHU, cx. 102, nº 13]1803 · MarquesCAETANO JOSÉ ROIZ MARQUES14/04/1803 – capitão da real goleta Emboscada,fretada à Fazenda por Antónioda Cruz e Almeida*, para ir a Quelimanee Ilha de França, levando como sobrecargaEleutério José Delfim*.[AHU, cx. 99, nº 19]1803 · MordellesHIPÓLITO MOR<strong>DE</strong>LLES24/02/1803 – capitão da polaca Ligea,ido de Moçambique, sai do Cabo da BoaEsperança com 302 escravos (númeroimputado) para Buenos Aires onde, em22/06/1803, desembarca 246.[Eltis]1803 · OuroDOMINGO CHRISTA D’OURO23/08/1803 – entrou em Moçambique,capitão do bergantim Belizário, saído deLisboa em 6 de Abril e saiu para o Caboda Boa Esperança (23/10/1803) e Montevideo(17/05/1804) com 372 escravosdos quais chegaram ao destino 271.[AHU, cx. 101, nº 43 / Eltis]1803 · PassosDOM JOSÉ ANTÓNIO <strong>DE</strong> PASSOS30/12/1803 – o governador-geral comunicaao governador de Quelimane queautoriza Sebastião José Rodrigues*, comercianteestabalecido em Moçambique,a vender a Dom José António de Passos,sobrecarga do bergantim Esperança, e D.Pedro*, capitão do mesmo, 150 escravos,em Quelimane.[AHU, cx. 140, nº 44]1803 · PedroDOM PEDRO30/12/1803 – em Moçambique, capitãodo bergantim Esperança, de que era sobrecargaDom José António de Passos* aquem Sebastião José Rodrigues* vendeu150 escravos.[AHU, cx. 140, nº 44]1803 · PimentelJÚLIO COSTA PIMENTEL1803 (?) – em Moçambique, procedeao manifesto de carga do brigue Maria,oriundo do porto de Inhambane, com 14dias de viagem, de que fazem parte 120escravos, tendo morrido na viagem três.1803 (?) – em Moçambique, outra viagemde Inhambane, sem data, com 23dias, manifestados 60 escravos.[AHU, cx. 97, nº 25]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1803 · PoppeJOÃO JACOB POPPE10/01/1803 – português, vai à Ilha deFrança comprar um navio de três mastrosdenominado Carlota Africana.[AHU, códice 365, fls. 171 vs.]1803 · RamogieBANCANE RAMOGIE E Cª29/04/1803 – em Moçambique, mandaa sua pala a Quelimane como barco deviagem para carregar o que sobrou dobarco de José Francisco* demorado hámuito nos Rios (Quelimane).[AHU, cx. 99, nº 52]1803 · SantosDIONÍSIO DOS SANTOS31/12/1803 – em Moçambique, capitãoda fragata Luisa, sai para Montevideocom 300 escravos onde chega com 209,em 18/03/1804.[Eltis]1803 · SaraivaFRANCISCO PEDRO SARAIVA19/10/1803 – pede para fazer a viagempara o Cabo da Boa Esperança, Montevideoe Rio de Janeiro no navio americanoMinerva.13/01/1804 – chegou a Inhambane o navioamericano Minerva, fretado por SebastiãoJosé Rodrigues, proveniente deQuelimane, com escravos e falto de águae de lenha. Francisco Pedro Saraiva comprouvários artigos.[AHU, cx. 103, nº 77]1803 · SebastiãoJOSÉ SEBASTIÃO19/11/1803 – capitão da fragata portuguesaJoaquim, de que era primeiro armadorAntónio Lopes*, chegou ao Caboda Boa Esperança ido de Moçambiquecom 376 escravos dos quais foi descarregar64 a Montevideo, em 28/05/1804.Em outra versão ter-se-ão perdido todosos escravos em Montevideo.[BNL, Reservados, colecção Tarouca. / AHU, cx. 104,nº 15 / Eltis]1803 · SilvaFRANCISCO <strong>DE</strong> PAULA DA (e)SILVA1811-1830 – dentro deste período dedicou-seao tráfico de escravos no Rio deJaneiro.1803 (?) – em Moçambique, chegado doRio de Janeiro, capitão e primeiro pilotodo navio Ninfa do Mar, procede ao manifestode carga.17/06/1812 – entrou no porto de Quelimaneo brigue de que era capitão, SantoAntónio Aliança.15/07/1813 – entrou no porto de Quelimaneo brigue Santo António Aliança.[Manolo Florentino / AHU, cx. 105, nº 38 / Cx. 141,cap. 85 / Cx. 144, nº 85]1804 · AlmeidaMANUEL PEDRO (ou Isidro?) <strong>DE</strong>ALMEIDA (Almada?)15/10/1804 – em Moçambique, capitãoe primeiro piloto do bergantim GeneralIsidro, de Joaquim do Rosário Monteiro*,que requer viagem para Montevideo«com a sua carregação de negros». Sai doCabo da Boa Esperança em 01/11/1804e chega a Montevideo, em 24/04/1805,com 253 escravos.31/01/1806 – capitão e primeiro pilotodo bergantim General Isidro, propriedadede Sobachande Sanchande*, compassaporte para o Cabo da Boa Esperan-852007 E-BOOK CEAUP


José Capela86ça, com uma carregação de negros.15/09/1806 – em Moçambique, capitãoe primeiro piloto do bergantim Viriato,do senhorio de José Domingues*,que obtem passaporte para carga de escravosa serem transportados para umdos portos da América Portuguesa ouEspanhola com escala pelo Cabo da BoaEsperança.09/06/1808 – residente em Moçambique,senhorio e capitão do bergantimAlbuquerque Invencível, está no Rio deJaneiro.06/03/1810 – em Inhambane, havia 40dias, capitão da sumaca Alexandre, idado Rio de Janeiro, com licença do governador-geralpara aí fazer uma carga deescravos. Tinha como sobrecarga JoséNarciso Soares*.03/04/1810 – em Inhambane, capitãodo brigue Alexandre, de que é senhorioFernando Joaquim de Matos*, seguepara Moçambique levando de Inhambane40 escravos de diversas pessoas e 12da negociação do dito navio.02/10/1812 – pede passaporte para ir aQuelimane receber um navio que tinhaem construção nos estaleiros desse porto.31/05/1815 – senhorio da escuna SãoJoão Baptista, pede passaporte para Sofala.20/06/1817 – em Moçambique, capitãoe senhorio da sumaca Chalaça desembaraçadapara segir para Sofala.15/01/1818 – proprietário da sumacaChalaça na capitania de Moçambique.21/06/1825 – capitão da escuna São JoãoBaptista pede passaporte para Sofala.09/12/1828 – capitão da escuna Inhambane,da Companhia Comercial de LourençoMarques, a sair para Inhambane eLourenço Marques.1830 – há um residente na Ilha de Moçambique,do mesmo nome.[AHU, cx. 108, nº 61 / Cx. 114, cap. 62 / Cx. 116, cap.113 / Cx. 123, cap. 52 / Cx. 132, cap. 5 / Cx. 142,cap. 2 / Cx. 153, cap. 95 / Cx. 158, cap. 122 / Cx.195, cap. 78 / Cx. 199A, cap. 5 / Cx. 217, cap. 37 /Santana, II, p. 122 / Eltis]1804 · AlmeidaVITORINO DA CRUZ E ALMEIDAFilho de António da Cruz e Almeida*.Em 1804 foi estudar para a Ilha de França.Ainda em vida do pai, prosseguia nosnegócios, também com navios próprios.12/12/1809 – pede passaporte para ir aoRio de Janeiro tratar dos seus negócios.17/10/1810 – pede passaporte paraMontevideo.17/09/1812 – capitão e senhorio do brigueFeliz Dia 14 de Agosto 1809, ido doRio de Janeiro com passaporte para acapital de Moçambique, está em Inhambaneem 17/09/1812, de onde vai a Moçambiquee de onde sai a 02/11/1812,arribando a Quelimane.31/08/1824 – atendendo ao «préstimo einteligência» com que exerceu interinamenteo lugar de secretário do governoda capitania de Moçambique, o Rei nomeia-opara esse cargo, por três anos.[AHU, códice 1376, fls. 8 e 22 vs., 71 vs. / Cx. 138,cap. 28 / Cx. 142, cap. 67 / Santana, I, p. 2]1804 · AranhaJOSÉ JOAQUIM <strong>DE</strong> ARAUJOARANHA05/10/1804 – consta do «Mapa das embarcaçõesque tem a praça de Moçambique»com uma unidade de dois mastros ede 40 toneladas.31/01/1818 – carregou, em Moçambique,três escravos no brigue PaqueteReal, de que era capitão João Pedro deE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Sousa*, de saída para a Baía.[AHU, cx. 108, nº 86 / Cx. 156, cap. 42]1804 · BayLOTI BAY05/10/1804 – consta do «Mapa das embarcaçõesque tem a Praça de Moçambique»com duas unidades de dois mastros,uma de 60 e outra de 100 toneladas.[AHU, cx. 108, nº 86]1804 · CaldasJOSÉ ANTÓNIO CALDAS05/10/1804 – consta do «Mapa das embarcaçõesque tem a praça de Moçambique»com uma unidade de 2 mastros e de100 toneladas.27/11/1804 – em Moçambique, senhorioe armador da sumaca Amável Carlota,pede passaporte para Lourenço Marquescomo nau de viagem.1830 (?) – em Moçambique, carrega nacharrua Lucónia, à sua ordem, dois negros.[AHU, cx. 108, nº 86 / Cx. 109, nº 24 / Santana, III,p. 901]1804 · CurgiJAGANATA CURGI15/12/1804 – em Moçambique, senhoriodo bergantim O Bom Jardim, juntamentecom Deugi Odougi*, pede passaportepara ir a Quelimane.[AHU, cx. 109, nº 41]1804 · CurtisRICHARD CURTIS24/06/1804 – capitão do navio Mendon,sai de Londres para Moçambique, ondecarrega 493 escravos, dos quais vai descarregarnesta data, em Buenos Aires,402 (números imputados). Primeiro armador,John Reilly*.[Eltis]1804 · DalbéDALBÉ10/07/1804 – um francês, Dalbé, da Ilhade França, vende na Ilha de Moçambiqueo seu bergantim, Suzana, que havia sidoafretado por José Simões de Carvalho*,negociante e morador naquela capital.[AHU, cx. 107, nº 18]1804 · CorgyBAUSANA E JAGUCTA CORGY05/10/1804 – consta do «Mapa das embarcaçõesque tem a praça de Moçambique»com uma unidade de dois mastros ede 80 toneladas.[AHU, cx. 108, nº 86]1804 · CostaPEDRO DA COSTA23/08/1804 – em Quelimane, carrega nobergantim Bom Sucesso, quatro escravos.[AHU, cx. 108, nº 81]1804 · DominguesJERÓNIMO (também FRANCISCO)DOMINGUES13/04/1804 – Manuel Moreira*, moradorem Moçambique, pretende fazerseguir o seu brigue Bom Jardim, de queé capitão e piloto Jerónimo Domingues,para a vila de Quelimane.14/06/1804 – o mesmo requerimento,incluindo escala por Sofala.16/02/1805 – em Moçambique, manifestode carga do brigue Bonjardim, capitão(?) Jerónimo Domingues, oriundode Quelimane com 120 escravos e alimentos.872007 E-BOOK CEAUP


José Capela8819/10/1811 – capitão e primeiro pilotodo brigue Providente, (para o qual JoséFrancisco de Araujo* pede passaporte)em Moçambique, a partir para o Rio deJaneiro com escala em Quelimane.23/09/1812 – capitão do brigue Providente,propriedade de Joaquim do RosárioMonteiro* que deu entrada emQuelimane ido de Moçambique, caminhodo Rio de Janeiro.05/09/1813 – capitão do brigue Esgueira,chegado a Moçambique, com 84escravos, ido do Rio de Janeiro e de Quelimane.16/09/1817 – capitão e piloto do brigueEsgueira, do senhorio de Custódio Franciscode Sousa Guimarães*, chegado aQuelimane.14/12/1821 – Em Moçambique, mestreda galera Mariana, pede passaporte parao Rio de Janeiro.[AHU, cx. 106, nº 25, nº 95 / Cx. 111, cap. 13 / Cx.138, cap. 12 / Cx. 141, caps. 28, cap. 85 / Cx. 144,cap. 11 / Cx. 154, cap. 96 / Cx. 166, cap. 49 / Cx. 182,cap. 33 / Santana, III, p. 511]1804 · LopesDOMINGOS LOPES22/02/1804 – em Inhambane juntamentecom António Xavier, comprara 31 escravospara substituir os que lhe tinham morridono navio Minerva que ali chegara, ido deQuelimane, falto de água e de lenha.[AHU, cx. 105, nº 67]1804 · MachadoJOSÉ PEREIRA MACHADO19/04/1804 – estava em Moçambique obergantim francês Suzana, ido das Mauríciaspara escravos, afretado a carregadores,um dos quais era o Machado, aquem se destinavam 10 barricas e 32 sacosde açúcar e 80 espingardas.25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um bicho.[AHU, cx. 106, nº 37 / CX. 158, cap. 164]1804 · M’ClureM’CLURE10/07/1804 – capitão do navio Horizonque descarregou em Charleston 243escravos dos 543 carregados em Moçambique.Armadores, John e AlexanderM’Clure.[D. P. Mannix, Black Cargoes / Eltis]1804 · MenezesFRANCISCO CELESTINO <strong>DE</strong>MENEZESProprietário e comerciante na praça deMoçambique.02/06/1804 – em Moçambique, requerautorização para a viagem do seu bergantimAna Feliz para Quelimane.22/08/1804 – de Quelimane regressa aMoçambique com 68 escravos.02/10/1804 – em Moçambique, senhoriodo brigue Ana Feliz, requer passaportepara viagem a Quelimane.05/10/1804 – consta do «Mapa das embarcaçõesque tem a praça de Moçambique»com uma unidade de dois mastros ede 50 toneladas.[Santana, II, p. 728 / AHU, cx. 105, nº 38 Cx. 106, nº112 / Cx. 108, nº 86 e nº 107]1804 · MonteiroANTÓNIO SALVADOR MONTEIRO12/04/1804 – pede passaporte para oseu navio General Isidro, fretado a Antónioda Cruz e Almeida* e Eleutério JoséDelfim*, levar às Maurícias os escravosdo navio Diana naufragado no porto deE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Moçambique. Navio com a mesma designaçãoé dado como comprado nas IlhasMaurícias, em finais de 1803, por SebastiãoJosé Rodrigues* e, no ano seguinte,a sua propriedade é atribuída a Joaquimdo Rosário Monteiro*.10/11/1806 – pede passaporte para o GeneralIsidro ir às Maurícias com escravos.[AHU, cx. 106, nº 22 / Cx. 117, cap. 60 / Códice 1365,fls. 218]1804 · MoreiraMANUEL MOREIRA13/04/1804 – em Moçambique, requerlicença para o seu brigue Bom Jardim, deque é capitão e primeiro piloto JerónimoDomingues*, ir a Quelimane.03/06/1804 – o seu bergantim Bom Jardimregressou a Moçambique com 80 escravose outra mercadoria.14/06/1804 – em Moçambique, requerlicença para o seu brigue Bom Jardimviajar para Quelimane, com escala porSofala, levando como piloto JerónimoDomingues*.[AHU, cx. 106, nº 25 / Cx. 106, nº 95 / Cx. 108, nº 81/ Santana, I, p. 875]1804 · Odougi<strong>DE</strong>UGI ODOUGI15/12/1804 – senhorio do bergantim OBom Jardim juntamente com JaganataCurgi*, em Moçambique, pede passaportepara ir a Quelimane.25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa, comandanteManuel da Costa Ataide Teive*, 5escravos ladinos grandes.[AHU, cx. 109, nº 41 / Cx. 158, cap. 164]1804 · ReillyJOHN REILLY24/06/1804 – primeiro armador do navioamericano Mendon, capitão RichardCurtis*, que vai de Londres a Moçambiqueonde carrega 493 escravos, dosquais descarrega nesta data 402 (númerosimputados) em Buenos Aires.[Eltis]1804 · RollemMANOEL ROLL<strong>EM</strong>03/12/1804 – capitão e primeiro pilotodo navio Boa Mãe, do senhorio de VicenteGuedes da Silva e Sousa*, a fazer aviagem para Anjoane.[AHU, cx. 109, nº 30]1804 · SimõesJOSÉ SIMÕES19/04/1804 – em Moçambique, auto devisita ao bergantim francês Suzana, queia a escravos. Vinha afretado a carregadores,entre os quais José Simões a quemse destinavam 24 barricas e 20 sacos deaçúcar, 22 sacos de pimenta e 87 espingardas.[AHU, cx. 106, nº 37]1804 · SousaAVELINO <strong>DE</strong> SOUSA23/08/1804 – em Quelimane, carrega10 escravos no bergantim Bom Sucesso.[AHU, cx. 108, nº 81]1804 · XavierANTÓNIO XAVIER13/01/1804 – em Inhambane, comprou31 escravos para substituir alguns quelhe tinham morrido a bordo do navioamericano Minerva, fretado por SebastiãoJosé Rodrigues*, chegado de Quelimanefalto de água e de lenha.[AHU, cx. 105, nº 67]892007 E-BOOK CEAUP


José Capela901805 · AlmeidaJOAQUIM PEREIRA <strong>DE</strong> ALMEIDA24/04/1805 – senhorio do navio ÂnimoGrande que sai de Lisboa para Moçambiquee Brasil, com regresso a Lisboa.[AHU, cx. 111, nº 11]1805 · BatistaRUFINO PIRES BATISTA10/09/1805 – em Moçambique, capitãodo navio Santiago Maior, proveniente deLisboa.[AHU, cx. 113, nº 13]1805 · BaudetLEONARDO BAU<strong>DE</strong>T02/03/1805 – em Moçambique, capitãoda fragata espanhola Buena Madre, carregou152 escravos, tendo descarregadoem Montevideo 130.[Eltis]1805 · FonetJOÃO DIONÍSIO FONET18/04/1805 – em Moçambique, francêsque tendo acabado os negócios que o haviamlevado a esta capital, pede passaportepara regressar à Ilha de França nagalera Americana.[AHU, cx. 11, cap. 65]1805 · Latimore ou LatinerLATIMORE (ou) LATINER13/07/1805 – em Moçambique, a galeraElizabet, de nação americana inglesa(sic), de que era capitão, oriunda daMaurícia, com passaporte americano e22 dias de viagem. Ia fazer uma carga deescravos.28/08/1805 – Idem.12/1805 – saiu de Moçambique com 493escravos dos quais terá chegado ao destino(desconhecido) com 402 (númerosimputados).[AHU, cx. 112, caps. 37, 85 / Eltis]1805 · LivingstonLIVINGSTON1805 – capitão do navio americano Margaret,que saiu de Charlston, Carolina doSul, para Moçambique, onde carregou300 escravos, dos quais foi descarregar149 a Havana, em 05/1805.[Eltis]1805 · LopesMANUEL MOREIRA LOPES28/08/1805 – em Moçambique, capitão denavio espanhol oriundo de Montevideo.[AHU, cx. 112, nº 86]1805 · LoveJORGE LOVE08/12/1805 – capitão da fragata americanaMinerva que sai de Moçambiquecom 105 escravos e chega a Montevideocom 58, em 08/08/1805.[Eltis]1805 · MayberryFRE<strong>EM</strong>AN MAYBERRY01/06/1805 – sai de Rhode Island, capitãodo navio americano Swift para Moçambiqueonde carrega 246 escravos,saindo a 04/12/ 1805 para Montevideo,onde chega com 170 escravos.[Eltis]1805 · MerleADRIAN <strong>DE</strong> MERLE12/08/1805 – em Moçambique, capitão dagoleta Papillon, vendido o navio, pede passaportepara regressar à Ilha de França.[AHU, cx. 112, cap. 68]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1805 · MooreBENJAMIM MOORE10/03/1805 – em Nova Iorque, capitãodo navio Aspacia, de onde parte para Moçambique.Chega a 07/08/1805 e parte a29/11/1805 para Montevideo, onde chegaa 29/01/1806, com 161 escravos.[AHU, cx. 110, nº 11 / Eltis]1805 · ViegasJOÃO PEDRO VIEGAS06/04/1805 – mestre do navio Marquêsde Angeja.19/04/1806 – em Moçambique, capitãoe sobrecarga do navio Marquês de Angeja,que havia saído para Lisboa comescala pela Baía, para onde levava umacarregação de escravos, teve que arribar.Os carregadores concordaram que fossepara Lisboa mas que antes fosse venderà Ilha de França os escravos destinadosà Baía. Requer passaporte para ir à Ilhade França.[AHU, cx. 111, cap. 13 / Cx. 115, nº 22 / Cóice 1365,fls. 208]1806 · AlmeidaJOÃO RODRIGUES PEREIRA <strong>DE</strong>ALMEIDA25/02/1806 – negociante na praça doRio de Janeiro, requer naquela capital licençapara navegar o seu navio Telémacodaquele para o porto de Moçambique evoltar com carga de escravos para o Riode Janeiro ou qualquer outro porto.[Manolo Florentino / AHU, cx. 114, cap. 92]1806 · BarrosoJOÃO BARROSO12/10/1806 – em Moçambique, requerpassaporte para ir ao Cabo ou a Montevideocomprar um navio de dois ou trêsmastros, de 200 ou 250 toneladas, a denominarNeptuno em África.[AHU, Mç., códice 1365, fls. 216 vs.]1806 · FerreiraGERVÁSIO PIRES FERREIRA03/01/1806 – em Queluz, emitido passaportea favor do navio de que era senhorio,Espada de Ferro Nossa Senhora doRosario Prazeres e Almas, para ir de Lisboaa Moçambique, com escala pelo Riode Janeiro, levando como comandante oprimeiro tenente da Armada Real JoãoLeite da Luz* e como mestre JoaquimBaptista de Sequeira*. Navio construídoem Pernambuco.[AHU, cx. 114, cap. 10]1806 · FerreiraJOSÉ JOAQUIM FERREIRA11/04/1806 – mestre do brigue NossaSenhora da Boa Viagem e Triunfo da Invejano passaporte datado de Vila Viçosa.O brigue tinha como senhorios BentoPereira Guimarães*, João Raposo*, eJoaquim Pedro Genioux*, todos portugueses,para o trajecto Lisboa, Rio deJaneiro, Moçambique, portos do Brasil eLisboa. Navio construído na Baía e compradono Maranhão.[AHU, cx. 115, cap. 3]1806 · GeniouxJOAQUIM PEDRO GENIOUX01/04/1806 – senhorio, juntamentecom Bento Pereira Guimarães* e JoãoRaposo*, do bergantim Nossa Senhorada Boa Viagem e Triunfo da Inveja. Quetinha como mestre José Joaquim Ferreira*em passaporte datado de Vila Viçosa,para o trajecto Lisboa, Rio de Janeiro,Moçambique, portos do Brasil e Lisboa.912007 E-BOOK CEAUP


José CapelaNavio construído na Baía e comprado noMaranhão.[AHU, cx. 115, cap. 3]1806 · MalbonHENRY MALBON08/02/1806 – em Moçambique, capitãode bergantim, sai para Montevideoonde descarrega 75 escravos, em08/06/1806.[Eltis]921806 · GuimarãesBENTO PEREIRA GUIMARÃES01/07/1806 – senhorio, em sociedadecom Joaquim Pedro Genioux* e João Raposo*,do bergantim Nossa Senhora daBoa Viagem e Triunfo da Inveja. Que tinhacomo mestre José Joaquim Ferreira* empassaporte datado de Vila Viçosa, para otrajecto Lisboa, Rio de Janeiro, Moçambique,portos do Brasil e Lisboa. Navio construídona Baía e comprado no Maranhão.[AHU, cx. 115, cap. 3]1806 · HavilandHAVILAND11/1806 – em Moçambique, capitão donavio Young Adam, de onde terá saídocom 493 escravos dos quais terá vendidonas Américas 402 (números imputados).[Eltis]1806 · LuzJOÃO LEITE DA LUZ03/01/1806 – em Queluz, concedidopassaporte ao navio Espada de Ferro,Nossa Senhora do Rosario, Prazeres eAlmas, de que era comandante, sendoigualmente primeiro tenente da ArmadaReal. Navio construído em Pernambuco,do senhorio de Gervásio Pires Ferreira*e levando como mestre Joaquim Baptistade Sequeira*.[AHU, cx. 114, cap. 10]1806 · MeirelesJOSÉ JOAQUIM <strong>DE</strong> MEIRELES03/02/1806 – em Moçambique, senhoriodo chasse-marée Periquito, pede passaportepara a Ilha de França e regressoà capital.01/01/1807 – proprietário do brigue OsDois Irmãos (antes, Os Três Amigos) vai àIlha de França. Vai comprar, para escravos,um navio de 2 a 3 mastros, de 200 a300 toneladas, a denominar Albuquerqueem África.21/04/1807 – acabara de comprar 158escravos.10/10/1807 – em Moçambique, vai coma carga do brigue Dois Irmãos Periquito,de que é senhorio e capitão, comprar emqualquer porto um navio de 200 a 400toneladas, a chamar-se Salomão. Nestadata pede passaporte para o Rio de Janeiro,com escala por Inhambane e outrosportos, onde assina declaração comosenhorio do brigue Dois Irmãos.08/07/1808 – tinha deposto, no Rio deJaneiro, a favor de António Jose de Sousa*como sendo este conhecedor dos fundeadourosdos portos de Moçambique,especialmente do porto de Quelimane,aonde tinha ido como contramestre.16/04/1809 – do Rio de Janeiro vai aInhambane, senhorio do brigue Dois Irmãos,sai para a capital com 180 escravos,tendo como destino final o Rio de Janeiro.16/04/1810 – em Quelimane, o brigueDois Irmãos, de que é senhorio, carregaescravos: 120 mais 40 de fretes e vai paraa capital.[AHU, códice nº 1365, fls. 218 vs. e 225 / Cx. 114, nºE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>67 / Cx. 119, caps. 2, 3,74 / Cx. 121, caps. 38, 39 /Cx. 123, caps. 50, 51, 52 / Cx. 127, cap. 79 / Cx. 132,cap. 26]1806 · PintoANTÓNIO DA COSTA PINTO28/09/1806 – em Moçambique, capitãoe senhorio do bergantim Nossa SenhoraMãe dos Homens, ido do Rio de Janeiro,para uma carregação de escravos comviagem pelo Cabo da Boa Esperança, paraa América Portuguesa ou Espanhola.27/12/1906 – em Moçambique, capitãoe senhorio do bergantim Nossa SenhoraMãe dos Homens, ido do Rio de Janeirocom bandeira portuguesa e com passaporteda Alfândega do Rio de Janeiropara comprar uma carregação de escravos,vai para qualquer porto da AméricaPortuguesa ou Espanhola, para o quepede passaporte.[AHU, códice 1365, fls. 217 vs. / Cx. 118, cap. 20]1806 · RaposoJOÃO RAPOSO01/04/1806 – senhorio, juntamente comBento Pereira Guimarães* e JoaquimPdro Genioux*, do bergantim Nossa Senhorada Boa Viagem e Triunfo da Inveja.Que tinha como mestre José JoaquimFerreira* em passaporte datado de VilaViçosa, para o trajecto Lisboa, Rio de Janeiro,Moçambique, portos do Brasil eLisboa. Navio construído na Baía e compradono Maranhão.[AHU, cx. 115, cap. 3]1806 · RossROSS11/1806 – em Moçambique, capitão donavio Dolphin, de onde terá saído com493 escravos para destino desconhecido,de onde terá chegado com 402 (númerosimputados).[Eltis]1806 · WiliamJAMES WILIAM13/12/1806 – em Inhambane, provenientede Charleston, «inglês americano»,senhorio de uma escuna que vendeua Bernardo António Dias que, por suavez, a revendeu a João dos Santos Pinto.[AHU, cx. 120, nº 89]1807 · AraujoJOSÉ FRANCISCO <strong>DE</strong> ARAUJO11/10/1807 – em Moçambique, senhorioda galera Restaurador, pede passaportepara o Rio de Janeiro onde chega em Janeirode 1808 com 353 dos 423 escravoscarregados.28/03/1808 – em Moçambique, procuradorde Joaquim do Rosário Monteiro*,pede passaporte para o brigue EugéniaAfricana ir aos portos comprar 200 escravose daí seguir para a Ilha de Françae depois para a Índia.31/10/1808 – em Moçambique, procuradorde Joaquim do Rosário Monteiro,pede para o brigue Eugénia Africana ir deQuelimane ao Rio de Janeiro.19/12/1808 – negociante em Moçambique,senhorio da galera Restaurador, requerpassaporte para o Rio de Janeiro.04/04/1809 – em Moçambique, requerpassaporte para a sua lancha ir a Quelimane.08/10/1809 – em Moçambique, requerlicença para mandar a Quelimane asua lancha Santo António com aprestospara o brigue que tinha a construir naqueleporto.19/10/1811 – em Moçambique, requer932007 E-BOOK CEAUP


José Capela94passaporte para o brigue Povidente ir aoRio de Janeiro com escala em Quelimane,levando como capitão e primeiro pilotoJerónimo Domingues*.05/09/1812 – em Moçambique, pedepassaporte para o brigue Providente seguirpara o Rio de Janeiro ou outro portoda América portuguesa, com escala emQuelimane.23/09/1812 – o brigue Providente entrouem Quelimane tendo como senhorio Joaquimdo Rosário Monteiro* e levandocomo capitão Francisco Domingues*.[AHU, cx. 121, cap. 46 / Cx. 122, cap. 88 / Cx. 124,cap. 86 / Cx. 125, cap. 74 / Cx. 126, cap. 51 / Cx. 138,cap. 12 / Cx. 141, caps. 28, 85 / Eltis]1808 · AleixoANTÓNIO ALEIXO16/04/1808 – capitão do bergantimfrancês Bastardo que solicitou a entradano porto de Moçambique. Vinha da Ilhade França, por Anjoane, a fazer negóciode escravos.[Santana, II, p. 463]1808 · Francisco (?)FRANCISCO (?)16/05/1808 – em Moçambique, auto devistoria passada à goleta Palhão que sedestinava a fazer o comércio de escravos.[Santana, II, p. 458]1808 · MonteiroJOÃO AYRES MONTEIRO09/10/1807 – em Moçambique, requerpassaporte para ir com o seu navio Dianaao porto da Ilha de França onde chegaem 03/1807 com 212 dos 358 escravoscarregados.[AHU, cx.121, cap.35 / Códice 1365, fls. 224 / Eltis]1808 · SaiboAMOD SAIBO29/12/1808 – em Moçambique, manifestode carga da sua sumaca AmávelCarlota, com 36 escravos.[AHU, cx. 125, cap. 83]1808 · SilveiraVALENTIM JOSÉ DA SILVEIRA16/04/1808 – em Moçambique, capitãoe sobrecarga do bergantim Aurora, a sairpara o Brasil.04/10/1826 – em Moçambique, provenientede Lisboa, capitão da galera portuguesaAstrea, à carga de escravos.18/11/1826 – em Moçambique, capitãoda galera Astrea, de partida para o Rio deJaneiro.[Santana, II, p. 461 / AHU, cx. 204, cap. 14 / Cx. 206,cap. 49]1808 · SousaANTÓNIO JOSÉ <strong>DE</strong> SOUSA08/07/1808 – no Rio de Janeiro, ondeestavam, Manuel Pedro de Almeida*,José Joaquim Meireles* e Joaquim doRosário Monteiro* afiançaram que eraconhecedor dos fundeadouros dos portosde Moçambique, especialmente deQuelimane, aonde tinha ido como contramestre.27/09/1820 – em Quelimane, ido doRio de Janeiro, procede ao manifesto dacarga do bergantim Minerva de que eramestre. Saiu em 15/11/1820 (para o Riode Janeiro?), com 432 escravos.[AHU, cx. 123, caps. 50, 51 e 52 / Cx. 172, cap. 76 /Cx. 174, cap. 85]1809 · MadrugaLUÍS PEREIRA MADRUGA10/10/1809 – capitão da galera Dido,E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>em Moçambique, conforme ordens doseu armador, requer passaporte para osportos do Rio da Prata e Rio de Janeiro.Tinha na tripulação 26 escravos.21/10/1809 – em Moçambique, a galeraDido estava prestes a partir para o Rio deJaneiro.03/09/1811 – mestre da sumaca Eneas,entra no porto de Lourenço Marquescom a notícia da tomada da Ilha de Françapelos ingleses. Sai do porto de LourençoMarques a 14/09/1811.04/11/1811 – mestre do bergantim Eneas,pede passaporte para Montevideo.[AHU, cx. 129, cap. 22 e cap. 59 / Cx. 138, cap. 24 /Cx. 143, nº 43]1810 · MatosFERNANDO JOAQUIM <strong>DE</strong> MATOS03/04/1810 – senhorio do brigue Alexandre,ido do Rio de Janeiro a Inhambane,tendo como capitão Manuel Pedro deAlmeida* e como sobrecarga José NarcisoSoares*. De Inhambane foi a Moçambique(27/10/1819) e regressou aInhambane. Carregou 215 escravos, dosquais descarregou no Rio de Janeiro 191,em 03/1811.27/10/1810 – negociante no Rio de Janeiro,proprietário do bergantim portuguêsAlexandre, tendo como capitãoJoaquim José de Sousa* que requer regressarde Moçambique ao Rio de Janeirocom escala por Inhambane afim de aíreceber os escravos que lá deixou.06/05/1811 – em Inhambane, ido da capital,o bergantim Alexandre carregou 26escravos.[AHU, cx. 131, cap. 93 / Cx.132, cap. 5 / Cx.133, cap.88 / Cx. 136, cap. 44 / Eltis]1810 · SoaresJOSÉ NARCISO SOARES06/03/1810 – em Inhambane, sobrecargada sumaca Alexandre, do senhoriode Fernando Joaquim de Matos*, tendocomo capitão Manuel Pedro de Almeida*,à carga de escravos.[AHU, cx. 131, cap. 93 / Cx. 132, cap. 5]1810 · SousaJOAQUIM JOSÉ <strong>DE</strong> SOUSA27/10/1810 – em Moçambique, capitãodo bergantim Alexandre, do Rio de Janeiro,propriedade de Fernando Joaquim deMatos*, pede para regressar de Moçambiqueao Rio de Janeiro, com escala porInhambane, afim de aí receber os escravosque lá deixou.[AHU, cx. 133, cap. 88]1811 · DiasMANUEL JOSÉ DIAS27/11/1811 – em Moçambique, capitãoda galera Restaurador, pede passaportepara o Rio de Janeiro. Piloto, DomingosAntónio Gomes*. Sobrecarga, José dosSantos Rodrigues*. Contramestre, AntónioFrancisco*.20/12/1816 – em Moçambique, capitãodo bergantim Pastora de Lima, desembaraçadona Alfândega para seguir paraa Baía de onde era proveniente e ondechegou com 290 escravos.[AHU, cx. 138, cap. 73 / Cx. 151, cap. 108 / Eltis]1811 · FranciscoANTÓNIO FRANCISCO27/11/1811 – em Moçambique, contramestreda galera Restaurador, que pedirao passaporte para o Rio de Janeiro,tendo como capitão Manuel José Dias*,como piloto Domingos António Gomes*952007 E-BOOK CEAUP


José Capela96e como sobrecarga José dos Santos Rodrigues*.[AHU, cx. 138, cap. 73]1811 · GomesDOMINGOS ANTÓNIO GOMES27/11/1811 – em Moçambique, pilotoda galera Restaurador de que era capitãoManuel Jose Dias*, sobrecarga José dosSantos Rodrigues* e contramestre AntónioFrancisco*.08/10/1812 – capitão e caixa do brigueTriunfo da Inveja, pede passaporte paraPernambuco com escala por Inhambane.22/11/1812 – natural de Lisboa, 47 anosde idade, em Moçambique, capitão esobrecarga do brigue Nossa Senhora daPiedade Triunfo da Inveja de que era senhorioManuel Gonçalves Chaves*, dapraça de Pernambuco e primeiro pilotoManuel da Rocha Marques*.[AHU, cx. 138, cap. 73 / Cx. 142, caps. 6, 34]1811 · RodriguesLUIZ PEREIRA RODRIGUES04/11/1811 – em Moçambique, pilotodo bergantim Eneas, cujo mestre, LuizPereira Madruga, pede passaporte paraMontevideo.[AHU. cx. 138, cap. 24]1811 · RosulbaiLASTISBAI ROSULBAI14/05/1811 – em Inhambane, a sumacaAmável Carlota de que era senhorio, idade Lourenço Marques, carregava 71 escravos.[AHU, cx. 136, cap. 63]1811 · SaideAMA<strong>DE</strong> SAI<strong>DE</strong>12/03/1811 – capitão da sumaca portuguesaAmável Carlota que entra no portode Lourenço Marques, ida de Moçambique,e sai a 12/03/1811.[AHU, cx. 143, cap. 43]1811 · SousaLUÍS INÁCIO <strong>DE</strong> SOUSA1811-830 – dentro deste período foi comerciantede escravos no Rio de Janeiro.05/12/1811 – em Moçambique, provenientede Santa Catarina, pede passaportepara o Rio de Janeiro para a galeraResolução, de que é capitão e piloto.20/10/1818 – dono e capitão da galeraDuque de Bragança que saiu de Moçambiquepara o Rio de Janeiro.1822 – dono de um terço da sociedadeque levou o navio Europa a resgatar escravosna costa sudeste africana.[Manolo Florentino / AHU, cx. 139, cap. 3 Cx. 160,cap. 38]1812 · AlmeidaFRANCISCO <strong>DE</strong> ALMEIDA10/09/1812 – em Moçambique, capitãodo navio Espada de Ferro, a sair para Pernambuco.25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um bicho.[AHU, cx, 141, nº 33 / Cx. 158, cap.164]1812 · AlmeidaJOAQUIM FRANCISCO <strong>DE</strong>ALMEIDA10/09/1812 – capitão do navio Espadade Ferro, em Moçambique, obtem passaportepara Pernambuco.07/09/1820 – em Lisboa, passaportepassado ao bergantim Delphim de queera mestre (senhorio, José Nunes da Sil-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>veira* e Cª), para ir aos portos da costada África Oriental, Brasil e Lisboa.16/01 (?)/1821 – capitão do brigue Delfim,em Setembro, ido de Lisboa com 114dias de viagem, estava em Moçambiquea carregar escravos para o Brasil.13/02/1821 – o brigue Delfim encalhouna restinga da Cabaceira de onde saiumuito danificado.20/09/1821 – em Moçambique, tendoreduzido as mercadorias e fundos quetrouxera a escravos, quer regressar aosportos do Brasil.19/10/1821 – o Delfim saiu para Pernambuco.[AHU, cx. 141, cap. 33 / Cx, 171, cap. 99 / Cx. 175,cap. 95 / Ca. 180, cap. 49 / Cx. 181, 60]1812 · ChavesMANUEL GONÇALVES CHAVES16/11/1812 – negociante na praça dePernambuco, senhorio do brigue portuguêsNossa Senhora da Piedade Triunfo daInveja, tendo como capitão e sobrecargaDomingos António Gomes* e como primeiropiloto Manuel da Rocha Marques*deu fundo em Inhambane e pede para ficaraté à monção de Março para seguirpara Moçambique.[AHU, cx. 142, cap. 34]1812 · ForteBENTO JOSÉ FRANCISCO (ouFerreira?) FORTE02/04/1812 – em Moçambique, capitãodo bergantim Santo António Triunfo deÁfrica, manifesta a carga provenientede porto não designado, entre a qual 35«cafres bichos e bichas» de vários carregadores.03/08/1812 – capitão da escuna NossaSenhora do Livramento com 14 escravosde Inhambane para a capital. Fretador,Sobachande Sanchande*.26/11/1812 – capitão da escuna NossaSenhora do Livramento entra no porto deLourenço Marques.[AHU, Cx. 140, nº 33 / Cx. 141, cap. 5 / Cx. 143, nº 43]1812 · MarquesMANUEL DA ROCHA MARQUES22/11/1812 – em Inhambane, primeiropiloto do brigue português Nossa Senhorada Piedade Triunfo da Inveja, dosenhorio de Manuel Gonçalves Chaves*,da praça de Pernambuco, tendo comosobrecarga Domingos António Gomes*.O brigue deu ao fundo e pede para ficaraté à monção de Março para seguir paraMoçambique.[AHU, cx. 142, cap. 34]1812 · SilvaCONSTANTINO ANTÓNIO ALVESDA SILVA1812 – em Moçambique, coronel de infantaria,governador do forte de S. Lourenço,ex-comandante do batalhão deinfantaria de linha, despacha para o Riode Janeiro, no navio Isabel, do armadordaquela cidade, Vicente Guedes de Sousa*,150 escravos. Navio apresado pelosforças navais inglesas.[Manolo Florentino / Santana, II, p. 324]1813 · CostaJOAQUIM LEOCÁDIO DA COSTA11/08/1813 – em Moçambique, senhorioda galera Santa Maria, de que era mestreNicolau Pedro Pereira*, comprada emLisboa, de construção americana, pedepassaporte para as Maurícias.[AHU, cx. 144, cap. 102]972007 E-BOOK CEAUP


José Capela981813 · MoncorvoJOSÉ DINIS (DOMINGOS?)MONCORVO19/11/1815 – capitão tenente, proprietárioe comandante da galera Olimpia queestava a fazer a viagem Rio de Janeiro– Moçambique – Rio de Janeiro. Requerpassaporte para voltar ao Rio de Janeiro.Galera de origem norte-americana,em 1813 o Moncorvo pedira a sua naturalização.Passou às mãos de outros armadoresque com ela operaram na rotaRio-Luanda e voltou às mãos de Moncorvoque, em 1815/1816, fez a viagem Riode Janeiro- Moçambique – Rio de Janeiro,onde chegou com 389 escravos.[AHU, cx. 149, cap. 86 / Manolo Florentino / Eltis]1813 · MonteiroJOAQUIM ELEUTÉRIO MONTEIROFilho de Joaquim do Rosário Monteiro*,estudou em Montevideo e em Lisboa.Imediatamente antes de morrer(1813?), o pai requereu e conseguiupara este filho o emprego de seladormorda Alfândega. Em 1819/1820,aparece o nome de Joaquim do RosárioMonteiro envolvido em negócio deescravos. Com toda a probabilidadetrata-se de Joaquim Eleutério e não deJoaquim do Rosário, seu pai, já falecido,em cujo nome se manteriam registadosos navios respectivos. Assim:04/09/1819 – em Quelimane, manifestode carga (10 escravos) do brigue NossaSenhora da Conceição Ânimo Grande,mestre e piloto, Joaquim do Rosário.21/05/1820 (?) – em Moçambique, manifestode carga (43 escravos), em nomede Joaquim do Rosário Monteiro*, dobrigue Nossa Senhora da Conceição ÂnimoGrande, ida de Quelimane.1828 – procurador da Câmara de Moçambique.25/09/1829 – «principal lavrador» emMoçambique, pretende fazer um engenhode açúcar na sua fazenda do Mossurilpara o que recebeu materiais doBrasil. Desistiu deste projecto que nãoteve sequência.[AHU, cx. 163, cap. 83 / Cx. 174, cap. 85 / Santana, I,pp. 559 e 639 e III, p. 734]1813 · PereiraJOAQUIM PEREIRA13/12/1813 – capitão da escuna portuguesaNossa Senhora do Livramento queentrou no porto de Lourenço Marques,ida de Moçambique, como barca de viagem.[AHU, cx. 145, cap. 74]1813 · PereiraNICOLAU PEDRO PEREIRA11/08/1813 – em Moçambique, mestreda galera Santa Maria, de que era senhorioJoaquim Leocádio da Costa*, compradaem Lisboa, de construção americana,pede passaporte para as Maurícias.[AHU, cx. 144, cap. 102]1813 · TeixeiraJACINTO ALVES TEIXEIRA13/12/1813 – capitão da escuna NossaSenhora do Livramento, que entrouno porto de Lourenço Marques a13/12/1813 e saiu a 05/08/1815.03/1818 – saiu do porto de Moçambiquepara o Rio de Janeiro o navio União Feliz,de que era piloto, carregado de escravos.16/01/1819 – capitão da galera ancoradano porto de Moçambique, União Feliz,a seguir para o Rio de Janeiro.05/07/1819 – mestre do navio União Fe-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>liz, no Rio de Janeiro, a partir para Moçambique.27/10/1824 – capitão da galera Sete deMarço que segue viagem para o Rio deJaneiro.[AHU, cx. 148, cap. 119 / Cx.160, cap. 38 / Cx. 161,cap. 27 / Cx. 163, cap. 15 / Cx. 192, cap. 125]1815 · CustódioJOSÉ <strong>DE</strong> SOUSA CUSTÓDIO22/04/1815 – em Pernambuco, amadordo brigue português Aurora que sai paraMoçambique onde carrega 378 escravosdos quais desembarca na Baía 308 (númerosimputados) em 02/01/1816.[AHU, cx. 148, nº 32 / Eltis]1815 · LealJOSÉ JOAQUIM CARNEIRO LEAL22/04/1815 – em Pernambuco, senhoriodo bergantim Aurora, de construçãoportuguesa, com passaporte do capitãogeneralde Pernambuco, para a viagemRecife-Moçambique-Recife, levando comomestre Valentim José da Silva*.[AHU, cx. 148, cap. 32]1815 · LisboaFRANCISCO JOSÉ LISBOA11/03/1815, – o governador-geral deMoçambique informava o governador deQuelimane que tinha autorizado o negocianteda Baía, Francisco José Lisboa, air em direitura a Quelimane carregar escravos.[Vasconcelos e Cirne, Memória / AHU, cx. 148, cap. 26]1815 · LuisJOÃO LUIS04/07/1815 – capitão do brigue portuguêsSanto António Triunfo de África queentrou nesta data no porto de LourençoMarques de onde saiu a 18/12/1815.[AHU, cx. 148, cap. 119]1815 · SilvaVALENTIM JOSÉ DA SILVA22/04/1815 – em Pernambuco, mestredo bergantim Aurora, do senhorio deJosé Joaquim Carneiro Leal*, de construçãoportuguesa, com passaporte docapitão-general de Pernambuco, para aviagem Recife-Moçambique-Recife.[AHU, cx. 148, cap. 32]1815 · ThomasTHOMAS09/03/1815 – em Lourenço Marques,capitão da galera inglesa Perseverança,proveniente de Bombaim, para comprade escravos.[AHU, cx. 148, cap. 119]1816 · AlbuquerqueJOÃO REBELO <strong>DE</strong>ALBUQUERQUE13/01/1816 – de Moçambique é mandadopara o governador de Quelimanenovo passaporte para ser entregue aomestre do brigue Triunfo da Inveja.08/08/1816 – em Moçambique, senhoriodo brigue Triunfo da Inveja, com passaportepara Madagascar e Bourbon.[AHU, cx. 150, cap. 6 / Códice 1376, fls. 138]1816 · AlmeidaPÁSCOA MARIA <strong>DE</strong> ALMEIDA15/07/1816 – em Moçambique, senhoriado brigue São Luiz Restaurador, com passaportepara a Ilha de S. Lourenço.15/01/1818 – na lista dos proprietáriosde embarcações da praça de Moçambique,com o brigue São Luiz Restaurador.[AHU, cx. 156, cap. 13 / Códice 1376, fls. 137]992007 E-BOOK CEAUP


José Capela1001816 · ArantesJERÓNIMO <strong>DE</strong> ARANTES02/05/1816 – senhorio do bergantimGlobo que, em Moçambique, tendo comomestre José Francisco de Azevedo*, dispunhade passaporte para o percurso Lisboa-Riode Janeiro-Lisboa.[AHU, cx. 150, cap. 76]1816 · AzevedoJOSÉ FRANCISCO <strong>DE</strong> AZEVEDO02/05/1816 – em Moçambique (?), mestredo bergantim Globo, do senhorio deJerónimo Arantes*, que estava a fazer opercurso Lisboa – Rio de Janeiro – Moçambique(?) – Rio de Janeiro – Lisboa.[AHU, cx. 150, cap. 76]1816 · BatistaMANUEL SIMÕES BATISTA07/1816 – em Moçambique, senhorio donavio Mato Grosso proveniente do Rio deJaneiro.[AHU, cx. 151, nº 19]1816 · CostaBERNARDINO JOSÉ DA COSTA12/07/1816 – em Inhambane, capitãodo brigue Aliança, a partir para Moçambique,procede ao manifesto de carga,com 20 escravos novos.[AHU, cx. 151, cap. 13]1816 · Espírito SantoANTÓNIO FRANCISCO DOESPÍRITO SANTO13/12/1816 – em Moçambique, mestree senhorio do bergantim Ânimo Grande,desembaraçado na Alfândega para seguirpara Quelimane.13/11/1817 – em Moçambique, senhoriodo brigue Nossa Senhora da ConceiçãoÂnimo Grande, pede passaporte para ir aQuelimane.15/01/1818 – em Moçambique, proprietáriodo brigue Nossa Senhora da ConceiçãoÂnimo Grande que fazia tráficocosteiro e transatlântico.17/01/1818 – em Moçambique, despachounove escravos para a Baía no brigueFlor da Baía de que era capitão José dosSantos Ferreira*.03/05/1818 – em Quelimane, senhoriodo brigue Nossa Senhora da ConceiçãoÂnimo Grande e tendo como mestre e pilotoJoaquim do Rosário, carrega 65 escravos.23/01/1821 – em Moçambique, proprietáriodo brigue Nossa Senhora da ConceiçãoÂnimo Grande, pede passaporte paraQuelimane.18/06/1821 – em Moçambique, por procurador,pede passaporte para Quelimane.07/12/1821 – sendo mestre do mesmobrigue, Joaquim do Rosário*, pede passaportepara Madagascar e volta.23/05/1828 – em Moçambique, capitãoda escuna Santa Rita que segue para Sofala.[Santana, I, p. 386. / AHU, cx. 151, cap. 108 / Cx. 155,cap. 45 / Cx. 156, caps. 13 e19 / Cx. 157, cap. 91 / Cx.175, cap. 37 / Cx. 178, cap. 4 / Cx. 182, cap. 16]1816 · MeloFRANCISCO JOSÉ <strong>DE</strong> MELO07/1816 – em Moçambique, capitão dacorveta Mato Grosso, do senhorio de ManuelSimões Batista*, chegada da cidadede Pernambuco, procede ao manifestode carga.12/11/1817 – em Moçambique, capitãoda corveta Mato Grosso.[AHU, cx. 151, cap. 19. / Cx. 155, cap. 38]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1816 · PereiraJOSÉ CORREIA PEREIRA1816 – natural de Mancelos, Penafiel, erafeitor da Alfândega, em Quelimane.04/10/1819 – estabelecido na vila deQuelimane onde era o principal morador,fora-lhe concedida licença para ircurar-se à corte. Levou com ele para Lisboa25 escravos ladinos. No ano seguintea mulher mandou-lhe mais 50.19/04/1830 – em Lisboa, autorizadopela polícia a regressar a Quelimane,onde era morador.13/07/1830 – figura numa lista de negreirosque, enriquecidos no tráfico deescravos, se tinham ausentado de Quelimanepara o Brasil. Ao enumerá-los ogoverndor de Quelimane, Vasconcelos eCirne, refere-se-lhe como tendo ido parao Rio de Janeiro «para se curar da suaalienação de espírito».Pai de Isidoro Correia Pereira*.[AHU, cx. 151, cap. 128 / Cx.164, cap. 36 / Cx. 231,cap. 2 / Cx. 243, nº 20 / Pasta 11, nº 2 / AHM, códice11-5834, fls. 226 / Santana, I, p. 126]1816 · ReisJOSÉ JOAQUIM DOS REIS24/06/1816 – em Quelimane, mestre epiloto da escuna Nossa Senhora do Livramento,procede ao manifesto de carga,com 12 escravos.[AHU, cx. 150, cap. 103]1817 · AlmeidaBERNARDO LUÍS <strong>DE</strong> ALMEIDA1811-1830 – período dentro do qual foi comerciantede escravos no Rio de Janeiro.04/10/1817 – anuncia-se a chegada aQuelimane da galera do Rio de Janeirode que é proprietário.[Manolo Florentino / AHU, Cxa. 155, cap. 8]1817 · AroucaDOMINGOS CORREIA AROUCAInformação de 13 de Janeiro de 1819 relativamentea militares empregados em diferentescomissões, em Moçambique – ondeestava desde 1817 – dá-o como capitão deinfantaria, ajudante de ordens interino,do governo. Honrado, activo e zeloso noserviço. Servira o exército de Portugal emcapitão de milícias. Em 1819, sendo comandanteda companhia de Infantaria delinha que guarnecia a vila de Quelimanefoi-lhe dada licença de dois anos para securar na corte. Em finais de 1820 era sargento-mordo primeiro batalhão de infantariade linha da cidade de Moçambique eo governador-geral recomendou-o para oHábito de Cristo. Fora preponderante nasmovimentações que levaram à instalaçãodo governo provisório após os acontecimentoslocais decorrentes da revoluçãoliberal em Portugal. No mesmo contextode agitação foi demitido e preso pelosoficiais inferiores e soldados do Batalhãode Infantaria de Linha em 3 de Setembrode 1821. Em Novembro de 1821 é-lhe fornecidoo passaporte para seguir ao Rio deJaneiro. Em 14 de Agosto de 1823, em Lisboa,sendo tenente-coronel de Infantariade Linha de Moçambique, é despachadofavoravelmente o requerimento que fizerado governo de Inhambane. Foi governadorde Inhambane até 26 de Março de1831, data em que lhe foi dado passaportepara seguir para Lisboa.O governador Pereira Marinho viria aacusá-lo, em correspondência para oConde do Bonfim, 26 de Setembro de1840, de, juntamente com Manuel AntónioMartins*, ambos contrabandistasde escravos, terem procurado mobilizara Província contra ele.1012007 E-BOOK CEAUP


José Capela102A 16 de Dezembro de 1840, DomingosCorreia Arouca, senador e TheodoricoJose Abranches*, deputado, ambos emLisboa, em representação à Rainha acusavamo governador Pereira Marinho deviolências, despotismos, desperdícios evárias ilegalidades assim como maucomportamento social.[AHU, cx. 161, cap. 17 / Cx. 164, cap. 23 / Cx. 174,cap. 16 / Cx. 181, cap. 14 / Cx. 188, cap. 69 / Códice1376, fls. 218, vs. / Códice 1431, fls. 86 Pasta nº 5,cap. nº 2 / ANTT, Ministério do Reino, maço 499 /AHM, códice 11-2396, fls. 199 e segs.]1817 · BaptistaMANUEL SIMÕES BAPTISTA07/1816 – proprietário da corveta MatoGrosso, chegada a Moçambique ida doRio de Janeiro, procede ao manifestode carga, tendo como capitão FranciscoJosé de Melo*.12/11/1817 – proprietário da corvetaMato Grosso, chegada a Moçambiqueem proveniência de Pernambuco, tendocomo capitão Francisco José de Melo*.[AHU, cx. 151, cap. 19 / Cx. 155, cap. 38]1817 · BarbosaJOAQUIM GOMES BARBOSA20/02/1817 – em Moçambique, capitãoda corveta Pérola do Mar, requer passaportepara o Rio de Janeiro.23/10/1817 – em Moçambique, capitãoda corveta Pérola do Mar, desembaraçadana Alfândega para seguir para o Riode Janeiro.[AHU, cx. 152, cap. 58 / Cx. 155, cap. 25]1817 · BastosBERNARDO JOSÉ BASTOS(também Bernardino Jose deBastos)01/10/1817 – capitão e piloto do brigueAliança de que era senhorio António daCruz e Almeida*.[AHU, cx. 155, cap. 2]1817 · CostaRAFAEL JOSÉ DA COSTA10/11/1817 – em Moçambique, senhoriodo navio São José Africano, a seguir paraQuelimane e Bombatoque.1811/1830 – dentro deste período, comerciantede escravos no Rio de Janeiro.05/12/1829 – o seu procurador em Quelimane,João Bonifácio Alves da Silva*,vendeu todo os seus escravos «presentese ausentes há muitos anos e proximamentede todos os que visivelmenteconstar ser pertencentes ao dito Rafael[…]». Vendeu a Francisco Luis Amaro*por 700 pesos.[Manolo Florentino / AHM, códice 11-5831, fls. 215vs. / AHU, códice 1376, fls. 159]1817 · GuimarãesCUSTÓDIO FRANCISCO <strong>DE</strong>SOUSA GUIMARÃES02/11/1817 – em Moçambique, senhoriodo navio Esgueira.08/08/1836 – comerciante no Rio deJaneiro, subscreve através do procuradorlocal José Cyríaco Gnçalves Lobato arepresentação de 25 negreiros de Quelimane[«havendo paralisado o transportede colonos desde o ano de 1830»] provocadapelo impedimento de carregaremum navio estrangeiro que se dispunha aarvorar o pavilhão português.[Manolo Florentino / AHU, cx. 155, cap. 54 / AHM,códice 11-5832, fls. 245 vs.]1817 · HenriquesJOÃO MILITÃO HENRIQUES1811-1830 – durante este período exer-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>ceu comércio de escravos no Rio de Janeiro.02/11/1817 – em Moçambique, chegadodo Rio de Janeiro, piloto do brigue Aurorado Cabo, com auto de tomadia porcontrabando.29/06/1827 – proprietário e mestre dobrigue brasileiro Africano que deu à costano baixio da Ilha de Sena, perto da Moçambique.A marinhagem em rebeldianão queria descarregar para o pangaioque fretou pelo que pede par ir a bordo.16/07/1828 – em Moçambique, comandanteda galera brasileira Novo Comerciante,a seguir viagem para Quelimane.11/05/1829 – manifesto da carga conduzidado Rio de Janeiro e de Moçambiquepara Quelimane pela galera Novo Comerciantede que era capitão. Carregou emQuelimane 550 escravos, dos quais descarregouno Rio de Janeiro 474, ainda noano de 1829.[Manolo Florentino / AHU, cx. 155, cap. 54 / Cx.200, cap. 104 / Cx. 209, cap. 52 / CX. 215, cap. 131/ CX. 220, cap. 104 Santana, I, pp. 595 897 e 979. II,p. 835 / Eltis]1817 · LacéFRANCISCO CARLOS DA COSTALACÉ02/11/1817 – em Moçambique, do autode tomadia por contrabando sobre o brigueAurora do Cabo, chegado do Rio de Janeiro,consta mercadoria em seu nome.1818/1819 – fez parte do quinto governoprovisório de Moçambique.14/11/1819 – principal carregador constantedo manifesto de escravos embarcadosno brigue Nossa Senhora da GuiaMorgado do Almeo, saído de Moçambiquepara a Baía com 365 escravos, levandocomo mestre José Jorge da Silva*.18/09/1821 – cavaleiro professo da Ordemde Cristo, brigadeiro graduado deInfantaria de Milícias da Corte do Rio deJaneiro, autorizado a seguir para o Riode Janeiro com sua mulher.1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Lucónia, «à sua ordem», 10negros.[AHU, cx. 166, cap. 46 / Santana, III, p. 901]1817 · MiraCONSTANTINO ANTÓNIO <strong>DE</strong>CARDINAS E MIRA16/06/1817 – em Moçambique, proprietárioda escuna Feliz Sorte, requer passaportepara ir a Quelimane.15/01/1818 – em Moçambique, proprietáriodas escunas Nossa Senhora dos RemédiosFlor de Moçambique e Feliz Sorte.19/07/1818 – em Moçambique, senhorioda escuna Flor de Moçambique, tendocomo mestre e piloto Gollame Mamede,procede ao manifesto de carga provenientede Inhambane, com 20 escravos eoutras mercadorias.[AHU, cx. 153, cap. 88 / Cx. 156, cap. 13 / Cx. 158,cap. 133]1817 · PederneiraFRANCISCO PEREIRAPE<strong>DE</strong>RNEIRA02/11/1817 – em Moçambique, chegadodo Rio de Janeiro, capitão do brigue Aurorado Cabo conforme auto de tomadiapor contrabando.[AHU, cx. 155, cap. 54.]1817 · PereiraISIDORO CORREIA PEREIRA11/11/1817 – nasceu em Quelimane, filhode José Correia Pereira* e de DonaJosepha Natália Pinto. Estudou no Rio1032007 E-BOOK CEAUP


José Capela104de Janeiro para onde deve ter ido, com13 anos, levado pelo pai.07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.1851 – graduado em coronel de milícias.1853 – tenente-coronel do batalhão demilícias e presidente da Câmara Municipalde Quelimane.1854 – nomeado capitão-mor das feirasde Quiteve e Manica.1857 – comandante da vila e distrito deSena e proprietário nesta vila e em Quelimane.Contribuiu para guerra do Chamocom 135 escravos seus que comandou.30/03/1863 – faleceu em Sena.[José Capela, O Escravismo Colonial em Moçambique /AHU, pasta 8, cap. 1]1817 · RosárioJOAQUIM DO ROSÁRIO13/11/1817 – em Moçambique, mestredo brigue Nossa Senhora da ConceiçãoÂnimo Gande, pede passaportepara ir a Quelimane. Desembaraçado a05/12/1817.03/05/1818 – em Quelimane, mestre epiloto do brigue Nossa Senhora da ConceiçãoÂnimo Grande, do senhorio de AntónioFrancisco Espírito Santo*, procedeao manifesto de carga, com 65 escravos.01/06/1818 – mestre e piloto do brigueNossa Semhora da Cnceição Ânimo Grande,ido de Quelimane, procede ao manifestode carga, com 70 escravos.30/07/1818 – em Moçambique, mestredo brigue Nossa Senhora da ConceiçãoÂnimo Grande, pede passaporte (não indicadestino).04/09/1819 – em Quelimane, mestre epiloto do brigue Nossa Senhora da ConceiçãoÂnimo Grande, procede ao manifestode carga, com 10 escravos. (A partirpara Moçambique?).23/11/1819 – entrou em Quelimane,mestre do brigue Ânimo Grande, ido dacapital.10/05/1820 – mestre do brigue NossaSenhora do Carmo Ânimo Grande que seguede Quelimane para a capital com 43escravos.23/11/1820 – entrou em Quelimane,mestre do brigue Ânimo Grande, ido dacapital.07/12/1821 – em Moçambique, mestredo brigue Ânimo Grande, pede passaportepara ir a Madagascar e volta.19/01/1828 – capitão da galera S. JoséAfricano que, desembaraçada na Alfândegade Moçambique, segue viagem paraQuelimane e Sofala.[AHU, cx. 155. cap. 45 / Cx. 157, cap. 91 / Cx.158,cap. 54 / Cx. 167, cap. 73 / Cx. 169, cap. 28 / Cx. 182,cap. 16 / Cx. 213, cap. 28 / Santana, I, p. 592]1817 · SantosVICENTE TOMÁS DOS SANTOSNatural de Lisboa.Embarcadiço aos 14 anos de idade. Com25 anos era capitão, piloto e prático dobrigue Delfim, do armador José Nunesda Silveira*.10/03/1817 – em Moçambique, mestredo brigue Delfim, carregado com 385 escravos,pede passaporte para o Brasil.1818/1819 – entrou com 1/3 para umaviagem redonda do brigue Delfim de Lisboaa Moçambique e portos brasileiros.16/04/1819 – em Moçambique, mestredo brigue Delfim.16/05/1822 – em Lisboa, na secretariaE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>da Junta do Comércio, Agricultura, Fábricase Navegação, termo de juramento:com outros, portugueses proprietário dobergantim Maria Teresa, arrematado noDepósito Público de Lisboa, de construçãoportuguesa, denominando-se entãoFeliz Caçador.20/05/1822 – em Lisboa, passaporte«para a Costa de África ao bergantimMaria Teresa, mestre, Vicente Tomás dosSantos, senhorio o mestre e Cª».06/11/1822 – mestre do bergantim MariaTeresa, que entrou em Inhambane,ido de Lisboa.21/11/1823 – mestre do brigue MariaTeresa, manifesto de carga em Inhambane,de saída para Moçambique, com 8escravos.1824 – em Lisboa, com Carlos João Baptista*formou a Companhia do Comérciode Lourenço Marques e Inhambane cujoobjecto era o povoamento de LourençoMarques pelo que beneficiava do exclusivodo negócio do marfim. De facto, acompanhia dedicou-se largamente aotráfico de escravos.1826 – comprou a José Nunes da Silveira*o brigue Delfim por 1600$000 réis.08/02/1828 – em Moçambique, senhoriodo bergantim Maria Teresa, requerautorização para a viagem a LourençoMarques e Inhambane.22/11/1828 – em Moçambique, desembaraçadopara seguir para Inhambane eLourenço Marques.14/03/1828 – comandante da galeraLourenço Marques que segue viagem deMoçambique para Inhambane e Cabodas Correntes.14/03/1828 – comandante da galera LourençoMarques que, desembaraçada naAlfândega de Moçambique, segue viagempara Inhambane e Cabo das Correntes.02/1830 – oferece ao Estado dez cruzadospor cada um dos escravos salvos dagalera Lourenço Marques e que embarcariana Zéfiro para a conduzir ao Rio deJaneiro. A oferta foi aceite.02/09/1831 – o governador de LourençoMarques informa o governador-geraldever partir no dia seguinte a barca brasileiraZéfiro que entrara a 31 de Agosto.E dever Vicente Tomás dos Santos pagardireitos pelos escravos que comprassepara completar os que restavam da galeraLourenço Marques (seriam 80, «poiso resto que falta para o completo de 691tem falecido»).06/09/1831 – o governador de LourençoMarques informa o governador-geralsobre a renitência de Vicente Tomás dosSantos em fazer sair a barca Zéfiro e atribuiessa atitude à intenção de fazer contrabando.15/09/1831 – a 13 entrou no porto deMoçambique a barca brasileira Zéfirocom passaporte que a autorizava a levarpara o Rio de Janeiro a escravaturasalvada da galera portuguesa LourençoMarques, naufragada. Do passaporteconstava a nota do encarregado de negócios(brasileiro?) na Corte de Londres,transmitindo a anuência ao transportede 691 escravos que, segundo a petiçãofeita por Vicente Tomás dos Santos, haviamsido embarcados «antes do tempomarcado pelo tratado para a abolição docomércio de escravatura».04/02/1832 – director e caixa da CompanhiaComercial de Lourenço Marquese Inhambane requer passaporte paraque a barca brasileira Zéfiro possa ir aLourenço Marques receber a escravaturasalva do naufrágio da galera Lourenço1052007 E-BOOK CEAUP


José Capela106Marques. E oferece ao Estado por cadados escravos salvos e embarcados dezcruzados.25/08/1832 – Dionisio António Ribeiro*,governador da Baia de LourençoMarques, acusa-o de ter tentado obtera sua colaboração para o contrabandode escravos para o Rio de Janeiro, colaboraçãoque o governador declara terrecusado.08/1832 – em Lourenço Marques, emuma vistoria feita à sumaca Inhambane,afim de verificar a chegada de escravosidos do porto de Moçambique, foramencontrados escravos embarcados porVicente Tomás dos Santos em quem elepróprio aplicara marcas, tendo um delesuma muito fresca, aplicada já depois deInhambane.06/10/1832 – requer ao governador deInhambane, para levar, em viagem paraMoçambique, «o seu negro Francisco dosSantos e mais duas negrinhas e um molequenovos».11/05/1842 – em Pernambuco, primeiroarmador do bergantim brasileiro Paqueteda Madeira, de que era capitão A. J. Rodrigues*,descarrega 159 escravos dos195 (número imputado) carregados emMoçambique.[AHU, cx. 152, cap. 73 / Cx. 157, cap. 52 / Cx. 184,caps. 42 e 46 / Cx. 187, cap. 57 / Cx. 189, cap. 23 /Cx. 214, cap. 15 / Santana, I, pp. 90, 157, 182, 189,586 e 663. III, pp. 118, 119, 138]1817 · SendiMAMOD SENDI20/12/1817 – em Moçambique, capitãodo brigue São Luiz Restaurador, desembaraçadopara seguir para Moçambique.[AHU, cx. 155, cap. 92]1817 · SilvaJOSÉ DOS SANTOS ALMEIDA ESILVA13/10/1817 – em Moçambique, capitãoda galera Protector General, desembaraçadana Alfândega para seguir para o Riode Janeiro.[AHU, cx. 155, cap. 18]1817 · SousaFRANCISCO JOSÉ (tambémJOÃO) <strong>DE</strong> SOUSA02/11/1817 – em Moçambique, auto detomadia por contrabando sobre o brigueAurora do Cabo, chegado do Rio de Janeiro,em que era um dos carregadores.28/09/1819 – capitão, mestre e caixa dobrigue Aurora do Cabo, manifesta na alfândegade Quelimane, a partir para oRio de Janeiro, 450 escravos, dos quaischegam ao Rio de Janeiro 442 (númeroimputado).[AHU, cx. 155, cap. 54 / Cx.163, cap. 128 / Cx. 167.cap. 73 / Cx. 172, cap. 76 / Eltis]1818 · AfonsoCUSTÓDIO JOSÉ AFONSO25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa, comandanteManuel da Costa Ataide Teive*, 2bichos.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · AlencastroISIDORO CARVALHO <strong>DE</strong>ALENCASTRO25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa, comandanteManuel da Costa Ataide Teive*, 4escravos pequenos.[AHU, cx. 158, cap. 164]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1818 · AlmeidaAGOSTINHO VICENTE <strong>DE</strong>ALMEIDA25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa, comandanteManuel da Costa Ataide Teive*, 2bichos pequenos.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · AlmeidaJOSÉ DOS SANTOS E ALMEIDA20/11/1818 – em Moçambique, mestredo brigue Esgueira que saiu de Moçambiquepara o Rio de Janeiro onde chegouem 18/12/1818 com 396 dos 544 escravoscarregados.[AHU, Cx. 160, cap. 38 / Eltis]1818 · AlmeidaDONA PÁSCOA MARIA ALMEIDA15/01/1818 – proprietária, na capitaniade Moçambique, do brigue São Luiz Restaurador.1828 – administradora do prazo Chupanga,no vale do Zambeze.[AHU, cx. 156, cap.13 / Santana, I, p. 77]1818 · AuroraANTÓNIO MIGUEL AURORA05/09/1818 – em Moçambique, carregana charrua Princesa Real, do comandodo capitão de mar e guerra Pedro AntónioNunes*, um escravo.[AHU, cx. 159, cap. 4]1818 · BotelhoLUÍS CAETANO BOTELHO25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um bicho.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · BritoLUIZ JOSÉ <strong>DE</strong> BRITO25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa, comandanteManuel da Costa Ataide Teive*, 17escravos pequenos.[AHU, cx. 158, cap.164]1818 · CapristanoJOÃO CAPRISTANO27/03/1818 – em Moçambique, no navioFeliz União, capitão Joaquim José da Silva*,de saída para o Rio de Janeiro, embarcouum escravo.1830 (?) – em Moçambique, embarcou nacharrua Lucónia, à sua ordem, dois negros.[AHU, cx. 157, cap. 30 / Santana, III, p. 901]1818 · CardinasCONSTANTINO ANTÓNIO <strong>DE</strong>CARDINAS19/07/1818 – senhorio da escuna Flor deMoçambique, a sair de Inhambane paraMoçambique com 20 escravos e outrasmercadorias.[AHU, cx. 158, cap. 133]1071818 · AzevedoJOSÉ PEREIRA <strong>DE</strong> AZEVEDO05/09/1818 – em Moçambique, despachou31 escravos na charrua PincesaReal, de que era comandante o capitãode mar e guerra Pedro António Nunes*.[AHU, cx. 159, cap. 4]1818 · CardinasJOÃO VICENTE <strong>DE</strong> CARDINAS25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, 22 escravos.[AHU, cx. 158, cap. 164]2007 E-BOOK CEAUP


José Capela1081818 · CardosoFRANCISCO ANTÓNIO CARDOSO(também António FranciscoCardoso)14/02/1818 – em Moçambique, carregana galera Resolução de que é capitão NicolauJoaquim de Castro*, de saída paraa corte do Rio de Janeiro, 10 escravos.02/09/1829 – procurador, na Ilha deMoçambique, dos grandes traficantes deescravos de Quelimane, João BonifácioAlves da Silva* e Manuel da Silva GuimarãesSumatra Campeão*.02 e 04/09/1829 – requerimentos pedindoautorização para «embarcar milpanjas de mantimento para sustento daarmação» na barca brasileira Amizade.11/09/1837 – em Moçambique, a galeraportuguesa D. Maria II, procede ao manifestode carga entre a qual 20 000 (patacasespanholas?) a entregar a AntónioFrancisco Cardoso.1840/1841 – segundo o governador-geralPereira Marinho era o principal dafacção negreira na capital de Moçambique.Fez parte de governos provisórios efoi administrador da Alfândega de Moçambique.O mesmo governador acusava-ode contrabando de escravos.27/08/1844 – faleceu.[Pereira Marinho, Memoria de Combinações, pp. 17 e24 / AHU, cx. 156, cap. 63 / Cx. 223, cap. 4 e pasta 9,cap. 2 / Santana, I, p. 1148. III, p. 977]1818 · CardosoMANUEL JOAQUIM CARDOSO25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, quatro escravos pequenos.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · CarvalhoCAETANO SIMÕES <strong>DE</strong> CARVALHO14/02/1818 – despachou em Moçambique,na galera Resolução, de que era capitãoNicolau Joaquim de Castro*, paraa corte do Rio de Janeiro, 13 escravos.[AHU, cx. 156, cap. 63]1818 · CarvalhoMIGUEL ALVES MACHADO <strong>DE</strong>CARVALHO26/01/1818 – em Moçambique, mestreda escuna Epiphania, com escravos, seguepara os portos do Brasil, «de ondehá-de voltar».07/06/1826 – em Moçambique, de partidapara o Rio de Janeiro, mestre do brigueMariana.24/01/1829 – em Moçambique, o governador-geralinforma o governadorde Quelimane que está no porto de Moçambiqueà carga para o Rio de Janeiroe que vai sair com um terço da carga naesperança de entrar com uma arribadafantástica nos portos do sul para completara carga. Manda que lho não permitae se entrar que o mande sair em 24horas.16/02/1829 – em Moçambique, mestreda escuna Epifania, capitão J. de D. Matos*,desembaraçada, com 156 escravos,dos quais desembarcou no Rio de Janeiro123.[AHU, cx. 156, cap. 38 / Cx. 156, cap. 38 / Cx. 202,cap. 13 / Cx. 225, cap. 80 / Cx. 218, cap. 54 / Santana,I, 1134 / Eltis]1818 · CastroNICOLAU JOAQUIM <strong>DE</strong> CASTRO14/02/1818 – em Moçambique, capitãoda galera Resolução e consignatário de310 escravos, no total de 405, na mes-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>ma galera, em Moçambique, prestes asair para o Rio de Janeiro. Outros caregadores:Urbano António da CostaMatoso* 11 escravos. António Alvaresde Macedo* oito escravos e manifestoumais dois despachados no brigue Pérolaque ficaram em terra por doentes.Quintiliano José Ferreira* um escravo.João Capristano Coutinho Rangel* doisescravos. Caetano Simões de Carvalho*13 escravos. Simão António da Cunha*27 escravos. Calcangi Salgi* 19 escravos.Manifestou o mesmo dois escravosque tinham sido despachados no briguePérola. António Francisco Cardoso* 10escravos.04/01/1820 – mestre do bergantimPastora de Lima, acabado de chegar aMoçambique, ido do Rio de Janeiro, procedeao manifesto de carga. Seguiu paraQuelimane.29/01/1821 – em Moçambique, capitãodo brigue Nossa Senhora do Baluarte, deAntónio Marques Correia*, pronto a seguirviagem para o Rio de Janeiro, depoisde paga a pensão à Santa Casa daMisericórdia.[AHU, cx. 156, cap. 63 / Cx. 160, cap. 88 / Cx. 167,cap. 6 / Cx. 175, caps. 30 e 52]1818 · CoelhoJOSÉ COELHO25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, dois bichos.25/01/1846 – preso, na Ilha do Ibo, porreter em sua casa escravos de Gil Thomasdos Santos*, destinados a embarque.[AHM, códice 11-107, fls. 11 vs. / AHU, cx. 158, cap.164]1818 · ConceiçãoANTÓNIO DIAS DA CONCEIÇÃO– Padre25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um escravo.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · CostaDOMINGOS LUÍS DA COSTA24/06/1818 – mestre do bergantimPastora de Lima, de João Alves da SilvaPorto* e Cª, que entrou no porto deInhambane, ido do Rio de Janeiro, paracomprar escravos. Seguiria a completara armação, para a capital ou para Quelimane.Saiu de Quelimane para a Baía com 345escravos.[AHU, cx. 158, cap. 57 e 155 / Cx. 160, cap. 83]1818 · CruzANDRÉ DA CRUZ11/09/1818 – em Moçambique, capitãodo navio Nossa Senhora do Socorro, quesaiu para Damão com 119 escravos.[AHU, cxa. 159. Nº 9]1818 · CunhaSIMÃO ANTÓNIO DA CUNHA14/02/1818 – em Moçambique, despachouna galera Resolução, de que eracapitão Nicolau Joaquim de Castro*, desaída para o Rio de Janeiro, 27 escravos.[AHU, cx. 156, cap. 63]1818 · CurgiCHATARBOZO (?) CURGI31/01/1818 – em Moçambique, despachouno brigue Paquete Real de que eracapitão João Pedro de Sousa* por saída1092007 E-BOOK CEAUP


José Capelapara a cidade da Baía, 3 escravos.[AHU, cx. 156, cap. 42]Teive*, um bicho.[AHU, cx. 158, cap. 164]1101818 · DaudAMOD (ou Amad) DAUD01/08/1818 – em Moçambique, mestredo brigue Boa União, prestes a navegarpara Quelimane.02/06/1827 – em Moçambique, capitãoda goleta São José Africano, a seguir paraSofala.[AHU, cx. 160, cap. 88 / Cx. 209, cap. 9]1818 · FaquirMELAGI FAQUIR25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um bicho.[AHU, cx. 154, cap. 164]1818 · FariasFRANCISCO JOSÉ FARIAS31/01/1818 – em Moçambique, embarca4 escravos para a Baía no brigue PaqueteReal de que era capitão João Pedro deSousa*.[AHU, cx. 156, cap. 42 / Cx. 166, cap. 65]1818 · FernandesANTÓNIO FERNAN<strong>DE</strong>S25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, seis escravos pequenos.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · FernandesFRANCISCO FERNAN<strong>DE</strong>S25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa Ataide1818 · FernandesINÁCIO FERNAN<strong>DE</strong>S25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um bicho.[AHU, cx. 158, cap. 162]1818 · FernandesMIGUEL FERNAN<strong>DE</strong>S25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um bicho.[AHU, CX. 158, cap. 164]1818 · FernandesSEBASTIÃO FERNAN<strong>DE</strong>S25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa, comandanteManuel da Costa Ataide Teive*, um bicho.[AHU, cx.158, cap. 162]1818 · FerreiraJOSÉ DOS SANTOS FERREIRA17/01/1818 – em Moçambique, manifestodo despacho de escravos embarcadosno brigue Flor da Bahia de que écapitão. À sua conta despachou 363, emum total de 407. Outros carregadores:António Alvares de Macedo* 20 escravos.António Francisco do Espírito Santo*nove escravos*. Salvador Garafalo*15 escravos.29/12/1820 – em Moçambique, capitãodo brigue Dourado.05/01/1821 – em Moçambique, mestredo brigue Dourado, pronto a seguir parao Rio de Janeiro com carga de escravos.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>[AHU, cx. 156, cap. 19 / Cx. 160, cap. 88 / Cx. 174,cap. 62 / Cx. 175, cap. 9]1818 · FerreiraQUINTILIANO JOSÉ FERREIRA14/02/1818 – em Moçambique, despachouum escravo na galera Resolução,de que era capitão Nicolau Joaquim deCastro*, de saída para a corte do Rio deJaneiro.[AHU, cx. 156, cap. 63]1818 · FranciscoMANUEL FRANCISCO25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa, comandanteManuel da Costa Ataide Teive*, 8escravos pequenos.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · FranciscoTOMAZ FRANCISCO25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um bicho.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · GarafaloSALVADOR GARAFALO (ouGAROFALO)17/01/1818 – em Moçambique, manifestados15 escravos de sua carga no brigueFlor da Bahia, de que era capitão Josédos Santos Ferreira*, de saída para a cidadeda Baía.[AHU, cx. 156, cap. 19]1818 · GodolphimEUGÉNIO CABRAL DA CUNHAGODOLPHIM15/01/1818 – na lista dos proprietáriosde embarcações da praça de Moçambiquecom o brigue Nossa Senhora do Montedo Carmo.[AHU, cx. 156, cap. 13]1818 · GomesJOSÉ MARTINS GOMES31/01/1818 – em Moçambique, despacha105 escravos no brigue Paquete Real,de que era capitão João Pedro de Sousa*de saída para a cidade da Baía.[AHU, cx. 156, cap. 42]1818 · GonçalvesJOÃO GONÇALVES05/09/1818 – em Moçambique, embarcouna charrua Princesa Real, de que eracomandante o capitão de mar e guerraPedro António Nunes*, um escravo.[AHU, cx. 159, cap. 4]1818 · JoaquimMANUEL JOAQUIM31/01/1818 – em Moçambique, carrega11 escravos no brigue Paquete Real, capitãoJoão Pedro de Sousa*, de saída paraa Baía.[AHU, cx. 156, cap. 42]1818 · LeiteJOÃO LUIS VICTOR LEITE15/01/1918 – na lista de proprietáriosde embarcações da praça de Moçambiquecom o brigue São Marcos.[AHU, cx. 156, cap. 13]1818 · LeitãoANTÓNIO JOSÉ <strong>DE</strong> LIMA LEITÃO27/03/1818 – em Moçambique, carrega10 escravos no navio Feliz União, capitãoJoaquim José da Silva*, de saída para acorte do Rio de Janeiro.[AHU, cx. 157, cap. 30]1112007 E-BOOK CEAUP


José Capela1121818 · MacedoANTÓNIO ÁLVARES <strong>DE</strong> MACEDO17/01/1818 – em Moçambique despacha20 escravos no brigue Flor da Baía, capitãoJosé dos Santos Ferreira*, de saídapara a cidade da Baía.14/02/1818 – em Moçambique, despachana galera Resolução, de que era capitãoNicolau Joaquim de Castro*, desaída para a corte do Rio de Janeiro, 8escravos. Manifestou mais 2 escravosque ficaram despachados para seguir nobrigue Pérola e que ficaram em terra pordoentes. Provavelmente o navio Pérolado Norte de que era capitão Joaquim GomesBarbosa* e que, a 23/10/1817, estavadesembaraçado para seguir para oRio de Janeiro.31/01/1818 – em Moçambique, despachano brigue Paquete Real, tendo comocapitão João Pedro de Sousa*, de saídapara a Baía, 13 escravos.14/02/1818 – em Moçambique, despachana galera Resolução, de saída para acorte do Rio de Janeiro, 8 escravos.25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um escravo grande.[AHU, cx. 156, cap. 19, cap. 42 e cap. 63 / Cx. 158,cap. 164]1818 · MamadeAMISSE BINA MAMA<strong>DE</strong>25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, uma negrinha e um bicho.13/02/1828 – capitão do pangaio que,desembaraçado pela Alfândega de Moçambique,segue para Anjoane.[Santana, I, p. 578]1818 · MamedGOLLAME MAMED19/07/1818 – em Moçambique, mestree primeiro piloto da escuna Flor de Moçambique,do senhorio de ConstantinoAntónio de Cardinas e Mira*, procedeao manifesto de carga proveniente deInhambane, com 20 escravos.[AHU, cx. 158, cap. 133]1818 · MamodIBRAHIMO MAMOD25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, uma negrinha e dois bichos.20/02/1845 – em Quelimane, subscreveescritura de hipoteca a favor de IsidoroCorreia Pereira*. Devia-lhe 300 pesos espanhóiscolunários e como não dispõe dadita quantia dá-lhe por especial hipotecauma casa sita no Palmar da Fábrica comos escravos: nove negros e 14 negras.[AHU, cx. 158, cap. 164 / AHM, códice 11-583, fls.108]1818 · MascarenhasALEXANDRE MASCARENHAS25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, dois escravos, um grande, outropequeno.[AHU, Cx. 158, cap. 164]1818 · MascarenhasANTÓNIO MASCARENHAS25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um bicho.[AHU, cx. 158. cap. 164]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1818 · MatosoURBANO ANTÓNIO DA COSTAMATOSO14/02/1818 – despachou 11 escravos nagalera Resolução, de que era capitão NicolauJoaquim de Castro*, de saída de Moçambiquepara a corte do Rio de Janeiro.25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa, comandanteManuel da Costa Ataide Teive*,uma negrinha.[AHU, cx. 156, cap. 63 / Cx. 158, cap. 164]comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um bicho e uma negrinha.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · MenezesANTONIO BALTAZAR <strong>DE</strong>MENEZES25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um bicho e uma negrinha.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · MelagiEUSHAN<strong>DE</strong> MELAGI25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa, comandanteManuel da Costa Ataide Teive*, 5escravos, grandes e pequenos.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · MendanhaMANUEL MENDANHA25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, dois escravos, um grande, outropequeno.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · MendesMANUEL ANTÓNIO MEN<strong>DE</strong>S25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um escravo.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · MendonçaJOÃO <strong>DE</strong> MENDONÇA25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,1818 · MenezesNICOLAU FRANCISCO <strong>DE</strong>MENEZES25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa, comandanteManuel da Costa Ataide Teive*,um bicho.31/01/1818 – em Moçambique, embarca13 escravos no brigue Paquete Real, quetinha como capitão João Pedro de Sousa*,de saída para a cidade da Baía.[AHU, cx. 156, cap. 42 / Cx. 158, cap. 164]1818 · MingoMARIA MINGO05/09/1818 – em Moçambique, carregana charrua Princesa Real, de que era comandanteo capitão de mar e guerra PedroAntónio Nunes*, três escravos.[AHU, cx. 159, cap. 4]1818 · MirandaJOAQUIM <strong>DE</strong> SANTANA GARCIA<strong>DE</strong> MIRANDA25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, dois escravos.19/10/1828 – em Moçambique, coman-1132007 E-BOOK CEAUP


José Capela114da o brigue brasileiro Império do Brasilque segue viagem para Quelimane.26/12/1829 – segunda via de um ofíciodirigido ao governador-geral por VasconcelosCirne* (governador de Quelimane);refere as circunstâncias da arribadaforçada do brigue Império do Brasil e declaraque, caso as vistorias que mandaraexecutar confirmem o péssimo estadoem que o comandante declarara encontrar-sea embarcação, tencionava autorizá-loa fazer o seu carregamento deescravos em Quelimane pois já não tinhatempo, até 10 de Fevereiro, de se dirigira Moçambique para obter as necessáriaslicenças e voltar a fazer a sua carga.08/02/1830 – capitão e caixa do bergantimbrasileiro Império do Brasil, arribadoem Quelimane, de onde saira em 28 deJaneiro. O governador de Quelimanealegava as razões para o ter deixado entrar,fazer as reparações e o carregamentode escravos: o navio saira do Rio deJaneiro a 29 de Agosto de 1829, chegaraa Quelimane a 27 de Dezembro, com118 dias de viagem, destes, quarenta etantos para ir a Moçambique, o que nãoconseguiu por ser contra monção e agorajá lá não podia ir por, a partir de 10 deFevereiro, todos os navios que andassemà carga de escravos terem de estar forados portos, carregados ou não.Carregou 425 escravos em Quelimane dosquais descarregou 362 no Rio de Janeiro.1838-1840 – presidente da câmara deMoçambique e membro do governo provisório.«Contrabandista de escravos» e principalda «facção» negreira, segundo o governadorPereira Marinho.[Santana, I, pp. 575 e 971 e II, pp. 162 e segs. e 961. /Pereira Marinho, Memoria de Combinações / AHU, cx.158, caps. 133 e 164 / Cx. 227, cap. 1830 / Eltis]1818 · NegrãoPEDRO JOSÉ NEGRÃO19/04/1818 – capitão da galera Conde daBarca que faz manifesto de carga, no Riode Janeiro, de saída para Moçambique.11/03/1819 – capitão do brigue GeneralCavalcanti que manifesta, à saída deQuelimane, a carga de 650 escravos.15 /01/1820 – mestre do brigue GeneralCavalcanti, do senhorio de João BonifácioAlves da Silva*, procede ao manifestode carga em Quelimane, chegado daBaía com 95 dias de viagem.[AHU, cx. 157, cap. 56 / Cx. 162, cap. 10 / Cx. 167,caps. 40 e 73]1818 · NunesPEDRO ANTÓNIO NUNES05/09/1818 – em Moçambique, comandanteda charrua Princesa Real, capitãode mar e guerra, procede ao manifestodos escravos despachados e embarcados.Carregam escravos no mesmonavio: Jose Pereira de Azevedo* 31;Carlos Francisco Rangel* dois; JoãoGonçalves* um; António Jose da Silvatrês; Maria Mingo* três; Joaquim Joséda Silva* três; António Miguel Aurora*um; José da Rosa* um; Joaquim dosSantos* um; Patrício de Miranda Verardes*um; José Tomás* um; Alberto dosSantos* um.[AHU, cx. 159, cap. 4]1818 · OliveiraJOÃO LUÍS <strong>DE</strong> OLIVEIRA25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, uma negrinha.[AHU, cx. 2158, cap. 164]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1818 · PereiraDONA EUFÉMIA <strong>DE</strong> MELLOPEREIRA25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um bicho.[Cx. 158, cap. 164]1818 · PereiraPEDRO PEREIRA25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um bicho.[AHU, cx.158, cap. 164]1818 · PortoJOÃO ALVES DA SILVA PORTO1811/1830 – durante este período desenvolveuo negócio de escravos no Riode Janeiro.24/06/1818 – em Inhambane, armadordo bergantim Pastora de Lima, propriedadede João Alves da Silva Porto e Cª.,à compra de escravos. Mestre, DomingosLuís da Costa*. Sairia de Quelimane com345 escravos, chegando ao Rio de Janeirocom 398, em 17/01/1819.1839 – primeiro armador da barca Leopoldinaque foi a Quelimane carregar736 escravos dos quais descarregou nacosta sudeste brasileira 600 (númerosimputados).[Manolo Florentino / AHU, cx. 158, cap. 57 / Cx. 160,cap. 83 / Eltis]Pedro António Nunes*, dois escravos.[AHU, cx. 159, cap. 4]1818 · RangelJOÃO CAPRISTANO COUTINHORANGEL14/02/1818 – em Moçambique são despachadosem seu nome dois escravos nagalera Resolução, de que é capitão NicolauJoaquim de Castro*, de saída para oRio de Janeiro.[AHU, cx. 156, cap. 63]1818 · RochaVICENTE FRANCISCO DA ROCHA25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, cinco escravos pequenos.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · RodriguesJOSÉ LUIS RODRIGUES25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, dois escravos.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · RodriguesSEBASTIÃO RODRIGUES25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, um bicho.[AHU, cx. 158, cap. 164]1151818 · RangelCARLOS FRANCISCO RANGEL05/09/1818 – em Moçambique, carregouna charrua Princesa Real, de que eracomandante o capitão de mar e guerra1818 · RoizLUIZ GERMANO ROIZ25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa Ataide2007 E-BOOK CEAUP


José Capela116Teive*, dois bichos.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · RosaJOSÉ DA ROSA05/09/1818 – em Moçambique, carregouna charrua Princesa Real de que eracomandante o capitão de mar e guerraPedro António Nunes*, um escravo.[AHU, cx. 159, cap. 4]1818 · SalgiCALCANGI SALGI14/02/1818 – em Moçambique, carregou19 escravos na galera Resolução, de queera capitão Nicolau Joaquim de Castro*, asair para a corte do Rio de Janeiro. Alémdestes manifestou dois escravos que tinhamsido despachados no brigue Pérola.[AHU, cx. 156, cap. 63]1818 · SantidasMANACHAN<strong>DE</strong> SANTIDAS25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, uma negrinha e um bicho.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · SantosALBERTO DOS SANTOS05/09/1818 – em Moçambique, carregaum escravo na charrua Princesa Real,de que era comandante Pedro AntónioNunes*.[AHU, cx. 159, cap. 4]1818 · SantosJOAQUIM DOS SANTOS05/09/1818 – em Moçambique, carregouna charrua Princeza Real de que eracomandante o capitão de mar e guerraPedro António Nunes*, um escravo.05/12/1819 – entrou em Quelimane,mestre do brigue Esgueira.30/12/1819 – em Moçambique, mestredo brigue Esgueira, procede ao manifestode carga: 434 escravos. A 05/12/1820seguiu para Quelimane e Rio de Janeiro.05/12/1820 – entrou em Quelimane, idoda capital, mestre do brigue Esgueira.1830 (?) – em Moçambique, carregou nacharrua Lucónia dois negros endereçadosa António Gomes Fogaça*.[AHU, cx.159, cap. 4. / Cx. 166, cap. 101 / Cx. 167,caps. 58 e 73 / Santana, III, p. 901]1818 · SilvaANTÓNIO JOSÉ DA SILVA5/09/1818 – em Moçambique, carregana charrua Princesa Real, de que é comandanteo capitão de mar e guerra PedroAntónio Nunes*, três escravos.[AHU, cx. 159, cap. 4]1818 · SilvaJOAQUIM JOSÉ DA SILVA27/03/1818 – em Moçambique, capitãodo navio Feliz União, de saída para a cortedo Rio de Janeiro com 659 escravos,648 dos quais consigandos ao mesmo capitão.Os outros carregadores: AntónioJose de Lima Leitão* 10 escravos e JoãoCapristano* um escravo.05/09/1818 – em Moçambique, carregana charrua Princesa Real, do comandodo capitão de mar e guerra Pedro AntónioNunes*, três escravos.? – em Moçambique, capitão e piloto dachalupa Flor do Mal, do sehorio de Luizda Costa* com passaporte para os portosdo sul da costa.[AHU, cx. 157, cap. 30 / Cx. 159, cap. 4 / Cx. 160,cap. 88 / Códice nº 1362, fls. 74]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1818 · SilvaJOAQUIM MANOEL CORREIA DASILVAAjudante general (do governador-geral?).25/08/1818 – são remetidos (de Quelimane?)pela fragata Temivel Portuguesa,do comando de Manuel da Costa AtaideTeive*, 2 bichos enviados ao «Ilmo. SenhorGeneral» para lhe serem entregues.[AHU, cx. 158, cap. 164]1818 · SilvaJOSÉ MANUEL DA SILVA25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, uma negrinha.17/08/1825 – em Quelimane, aceita letraa João Bonifácio Alves da Silva*, pelovalor de 18 escravos, para embarque.17/08/1827 – em Quelimane, aceita letraa João Bonifácio Alves da Silva* porsessenta e oito e meio caporros.10/01/1828 – hipoteca a João BonifácioAlves da Silva* todos os seus bens contrafazendas de lei e outros efeitos para pagar56 caporros e meio.(?) – tendo regressado de Lourenço Marques(a Quelimane?), com escala porInhambane, pede autorização para regressara este porto, a fim de aí efectuaralgumas cobranças.07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHM, códice 11- 5831, fls. 37 e fls. 100 vs. / AHM,códice 11-5831, fls. 101 vs. / Santana, II, p. 463 /AHU, pasta 8, cap. 1 / Cx. 158, cap. 164]1818 · SilvaJOSÉ TELES DA SILVA25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa, comandanteManuel da Costa Ataide Teive*, 14escravos grande e pequenos.[AHU, cx.158, cap. 164]1818 · SilveiraLUÍS ANTÓNIO DA SILVEIRA25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, três bichos.[AHU, cx.158, cap. 164]1818 · SoaresCÂNDIDO DA COSTA SOARES25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, dois escravos pequenos.09/1828 – juiz presidente do Senado daCâmara de Moçambique.1830 (?) – em Moçambique, carrega nacharrua Lucónia um negro endereçado aFr. Manuel Moutinho.1836/1837 – fez parte do décimo governoprovisório de Moçambique.01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.E. Pereira Marinho: «[…] principal dafacção negreira».12/08/1847 – o governador-geral emcorrespondência para o ministro: recentementepromovido a coronel, exercen-1172007 E-BOOK CEAUP


José Capela118do a função de capitão-mor das terrasfirmes, pratica toda a qualidade de violênciascontra todos os habitantes. Comfama de conivente no tráfico negreiro.Demitiu-o.[Santana, I, p. 639 e III, p. 901 / Pereira Marinho,Memória de Combinações / AHU, pasta 4, cap. 3 Pasta10, cap. 4]1818 · SousaANTONIO CAETANO <strong>DE</strong> SOUSA25/08/1818 – em Moçambique, carregouna fragata Temível Portuguesa,comandante Manuel da Costa AtaideTeive*, quatro escravos pequenos.[AHU, cx.158, cap. 164]1818 · SousaJOÃO PEDRO <strong>DE</strong> SOUSA31/01/1818 – capitão do brigue PaqueteReal que manifesta em Quelimane, em18/05/1818, de saída para a Baía, 228escravos distribuídos por nove carregadores:Premochande Vingi* 42 escravos.José Martins Gomes* 105 escravos. ManuelJoaquim* 11 escravos. FranciscoJosé de Farias* quatro escravos. ChatarbozoCurgi* três escravos. Nicolau Franciscode Menezes* 13 escravos. AntónioAlvares de Macedo* 10 escravos. JoséJoaquim de Araujo Aranha* três escravos.José Pedro de Sousa* três escravos.Saiu com 237 escravos e chegou ao Caboda Boa Esperança, onde foi apreendido econdenado, com 133.01/11/1819 – capitão do brigue Bom Caminho,a sair de Moçambique para Quelimane,onde está a 02/12/1819, de ondesai para a Baía com 355 escravos.06/05/1829 – em Moçambique, capitãoda barca Camboata ida do Rio de Janeiro.Carregou 376 escravos, dos quais foidescarregar 248 ao Rio de Janeiro, em25/06/1829.[AHU, cx. 156, cap. 42 / Cx. 166, cap. 1 / Cx. 167, nº73 / Santana, II, p. 836 / Eltis]1818 · SousaJOSÉ PEDRO <strong>DE</strong> SOUSA31/01/1818 – despachou três escravosno brigue Paquete Real, de que era capitãoJoão Pedro de Sousa*, de saída paraa cidade da Baía.[AHU, cx. 156, cap. 42]1818 · TeiveMANUEL DA COSTA ATAI<strong>DE</strong> TEIVE21/08/1818 – manifesto de carga, emMoçambique, da fragata, de que eracomandante, Temível Portuguesa (provenientede Quelimane?) com 170 escravosentre grandes e pequenos, além decarga e passageiros. Além do comadnate(7 grandes e 15 pequenos) carregaramescravos: padre António Dias da Conceição*,Custódio José Afonso*, UrbanoAntónio da Costa Matoso*, AgostinhoVicente de Almeida*, Dona Eufémia deMello Pereira*, Luis Caetano Botelho*,Inácio Fernandes*, Manuel JoaquimCardoso*, Manuel Francisco*, SebastiãoRodrigues*, Manuel Mendanha*,Alexandre Mascarenhas*, Luís Antónioda Silveira*, José Teles da Silva*,António Caetano de Sousa*, FranciscoFernandes*, José Coelho*, Luiz José deBrito*, Francisco de Almeida*, SebastiãoFernandes*, Manachande Santidas*,Ibrahimo Mamod*, Ilmo. SenhorGeneral (Governador-Geral?), José LuísRodrigues*, Isidoro Carvalho de Alencastro*,João Luis de Oliveira*, Cândidoda Costa Soares*, António Fernandes*,Enchande Melagi*, Pedro Pereira*,E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Dengi Odongi*, António Álvares de Macedo*,Joaquim de Santa Ana GraciasMiranda*, Tomaz Francisco*, MiguelFernandes*, José Pereira Machado*,Nicolau Francisco de Menezes*, JoséManuel da Silva*, João de Mendonça*,António Mascarenhas*, João Vicente deCardinas*, António Baltazar de Menezes*,Vicente Francisco da Rocha*, LuizGermano Roiz*, Manuel António Mendes*,Ibraimo Mamod*, Melagi Faquir*,Vicente Francisco da Rocha*.[AHU, cx. 158, cap. 162 e cap. 164]1818 · TomásJOSÉ TOMÁS05/09/1818 – em Moçambique, carregouum escravo na charrua PrincesaReal, de que era comandante Pedro AntónioNunes*.[AHU, cx. 159, cap. 4]1818 · VelascoDONA RITA XAVIER VELASCO15/01/1818 – em Moçambique, aparecena «lista das embarcações desta capitaniae seus proprietário» com o brigueBoa União.11/07/1818 – em Moçambique, senhoriado brigue Boa União, com passaportepara Quelimane e Bombatoque.[AHU, cx 156, cap. 13 / Códice 1376, fls. 167 vs.]1818 · VerardesPATRÍCIO <strong>DE</strong> MIRANDAVERAR<strong>DE</strong>S05/09/1818 – embarcou um escravo nacharrua Princesa Real de que era comandantePedro António Nunes*.[AHU, cx. 159, nº 4]1818 · VingiPR<strong>EM</strong>OCHAND VINGI(Primochande Vingi, baneane)31/01/1818 – em Moçambique, despachou42 escravos no brigue Paquete Real,de que era capitão João Pedro de Sousa*,de saída para a cidade da Baía.[AHU, cx. 156, cap. 42]1819 · AbranchesTHEODORICO JOSÉ DO ROSÁRIOABRANCHES03/10/1819 – funcionário na TesourariaGeral da Real Fazenda de Moçambique,interinamente tesoureiro da Alfândegae pagador da tropa, em 1819 requeriaconfirmação no posto de capitão de milícias.Capitão-mor das Cabaceiras pordespachado de 31 de Maio de 1822. Eraescrivão deputado da Junta da Fazendade Moçambique.10/03/1828 – requer a comenda do hábitode Cristo.10/03/1830 – o capitão-general abonao pedido da comenda na apresentaçãojunto da Secretaria de Estado.Deputado às Cortes.13/03/1834 - 07/10/1834 – membro do9º Governo Provisório de Moçambique.Pereira Marinho: « […] o mesmo deputadodesta Província Teodorico era umdos mais activos traficantes de escravos,chegando quando foi para Lisboa, paraas Cortes, a ser prisioneiro em um naviode escravos, cuja maior carregação eradele» […] «não tem um só acto de honrana sua vida» […] «aliado inseparáveldos negreiros seus parentes, próximos eamigos»15/03/1849 – faleceu, sendo Coronel deInfantaria de Moçambique.[AHU, cx. 164, cap. 26 / Cx. 184, cap. 65 / Pasta 11, cap.1192007 E-BOOK CEAUP


José Capela1202 / ANTT, Ministério do Reino, mç. 499 / Pereira Marinho,Memória de Combinações / Santana, I, p. 532]1819 · CarrilhoJOÃO ROIZ CARRILHO05/10/1819 – capitão do brigue Triunfodo Brasil, atracado no porto de Moçambique,pagou à Santa Casa a pensão annualde 20 cruzados.20/10/1820 – no porto de Moçambique,capitão do brigue Triunfo do Brasil.04/12/1821 – em Moçambique, segundotenente da Armada Real da Marinha,comandante do brigue Triunfo do Brasil,pede passaporte para o Rio de Janeiro.[AHU, cx. 164, cap. 51 / Cx. 172, cap. 54 / Cx. 182,cap. 4]1819 · ClawelJAYME CLAWEL13/08/1819 – em Moçambique, capitãodo brigue espanhol Centenelle (sic). Oguarda-mor da Alfândega, João Pinto deMagalhães*, só registara 356 dos 424 escravosa bordo pelo que foi destituído docargo e preso.[AHU, cx. 165, cap. 16]1819 · CostaJOSÉ AUGUSTO DA COSTA06/07/1819 – em Moçambique, senhoriodo navio São José Africano, a seguirpara Quelimane e S. Lourenço.[AHU, códice 1376, fls. 184]1819 · CrisóstomoJOÃO CRISÓSTOMO04/11/1819 – em Moçambique, capitãoda galera Adamastor. Comprou 835 escravos,morreram 130, embarcaram 680,morreram 380 e chegaram ao Brasil 300.[AHU, cx. 166, cap. 4 / Fr. B. dos Martires]1819 · CruzANTÓNIO GOMES DA CRUZ18/11/1819 – capitão do brigue Mercúrio,ancorado no porto de Moçambique.[AHU, cx. 166, cap. 52]1819 · DiasDOMINGOS FRANCISCO DIAS03/11/1819 – mestre do brigue VigilanteGuerreiro proveniente da Baia e deInhambane, entrou em Quelimane com110 escravos carregados em Inhambane.A 15/01/1820 estava a sair de Moçambiquepara a Baía com 344 escravossortidos, 112 carregados em Inhambanee 232 em Moçambique. Segundo FreiBatolomeo, teriam sido comprados 500,mortos em terra 60, embarcados 430, ficaramdoentes 10, morreram em viagem200, tendo chegado ao Brasil 230.19/01/1820 – o Vigilante Guerreiro voltoua entrar em Quelimane na derrotapara a Baía porque aí é registada a saídanesta data.04/03/1821 – em Moçambique, capitãodo brigue Vigilante Guerreiro, chegadoda Baía com 104 dias de viagem e a «cargado costume».03/11/1821 – mestre do brigue S. FilipeLondolf, em Moçambique, pronto a seguirpara a Baía, com escala pelo Rio deJaneiro.04/12/1822 – em Moçambique, aondefora como piloto do brigue Furão. Umavez que o brigue ficava naquele portopretendia regressar ao Rio de Janeiro nagalera Belizar.[AHU, cx. 166, cap. 7 / Cx. 167, cap. 44 e cap. 73 / Cx.176, cap. 10 / Cx. 181, cap. 83 / Cx. 187, cap. 73 / Fr.B. dos Martires]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1819 · DominguesFIRMINO DOMINGUES15/11/1819 – em Moçambique, mestreda galera Mariana, a sair para o Rio deJaneiro, manifesta o carregamento de500 escravos sortidos.[AHU, cx. 166, cap. 49]1819 · FarinhaJOAQUIM PIRES FARINHA18/10/1819 – em Moçambique, capitãoe mestre do brigue Feliz Americano deonde vai para Quelimane, onde está de03/11/1819 até 27/11/1819, e de ondeparte para o Rio de Janeiro, procedendo aomanifesto de escravos, em número de 426.[AHU, cx. 165, cap. 26. / Cx. 166, cap. 65 e 73]1819 · GarçãoJOSÉ PEDRO DA ROCHAGARÇÃO06/09/1819- em Inhambane, mestre dobrigue Estrela, proveniente da Baía, vai aMoçambique onde está a 30/12/1819 ede onde segue para Quelimane.04/02/1820 – sai de Quelimane para aBaía, tendo manifestado a carga de 211escravos sortidos.[AHU, cx. 163, nº 85 Cx.166, cap. 100 / Cx. 167, nº 58]1819 · LopesMANUEL LOPESO5/10/1819 – em Moçambique, capitãodo brigue Paquete do Rio. Comprou 472escravos, morreram 57, embarcaram 400,morreram 80, chegaram ao Brasil 320.[AHU, cx. 164, cap. 50 / Frei Bartolomeo]1819 · LourençoMARCELINO ANTÓNIO JOSÉLOURENÇO30/12/1819 – mestre do brigue GeneralSilveira a sair de Moçambique para oRio de Janeiro, com 425 escravos, tendoseguido para Quelimane onde estava a04/01/1820.[AHU, cx. 104, nº 41 / Cx. 166, cap. 99 / Cx. 167, nº 58]1819 · MagalhãesADOLFO JOÃO PINTO <strong>DE</strong>MAGALHÃES13/08/1819 – em Moçambique, guarda-morda Alfândega, dos 424 escravosa bordo do brigue espanhol Centenelle,capitão Jaime Clawel*, apenas registou356 pelo que foi destituído do cargo epreso.20/05/1828 – fretou a pala de DamãoAna Feliz, por sete mil cruzados, para iraos portos de Quelimane e de Inhambanelevando como capitão Florêncio SousaRamos*.[AHU, cx. 165, cap. 16 / Cx. 215, cap. 42 / Santana,I, p. 374]1819 · SilvaJOSÉ JORGE DA SILVA1811 – 1830 – durante este período dedicou-seao tráfico de escravos no Rio deJaneiro.14/11/1819 – em Moçambique, mestredo brigue Nossa Senhora da Guia Morgadodo Almeo, manifesta o carregamentode 365 escravos tendo sido o principalcaregador Francisco Carlos da CostaLacé*. Sai para Quelimane e daqui, em02/12/1819, para a Baía.25/10/1820 – mestre do brigue NossaSenhora da Guia Morgado do Almeo chegadoa Quelimane ido da Baía, apresentamanifesto da carga.[Manolo Florentio / AHU, cx. 166, cap. 46 / Cx. 172,cap. 76]1212007 E-BOOK CEAUP


José Capela1819 · SilveiraJOSÉ INÁCIO DA SILVEIRA24/11/1819 – capitão do brigue Bom Jesusd’Além, atracado no porto de Moçambique.[AHU, cx. 166, cap. 60]de carga com 4000 pesetas e 1112 meiasdoblas.05/12/1820 (José Joaquim e mestre damesma galera) – pronto a seguir para aBaía.[AHU, cx. 174, caps. 8 e 97]1820 (?) · AguiarFRUTUOSO …(?)… <strong>DE</strong> AGUIAR10/11/1820 – em Moçambique, capitãodo brigue Esgueira.21/11/1820 – em Quelimane, a carregarescravos.[AHU, cx. 173, caps. 21 e 23]1820 · BlanchartMANUEL PEREIRA BLANCHART09/10/1820 – em Moçambique desde10/07/1820, proveniente do Rio de Janeiro,capitão do brigue Polifemo, prontoa partir para o Rio de Janeiro.[AHU, cx. 172, cap. 12]1221820 · AndradeCÂNDIDO JOSÉ DA COSTA <strong>DE</strong>ANDRA<strong>DE</strong>23/08/1820 – capitão da escuna SãoJoão Baptista, a sair para Moçambique,manifestou, em Inhambane, 50 escravos«entre grandes e pequenos».05/04/1821 – mestre da escuna SãoJoão Baptista, propriedade de Salvadorda Costa de Andrade*, manifesta, emInhambane, de saída para Moçambique,17 escravos, 381 patacas espanholas e1887 pontas de marfim e de abada.[AHU, cx. 171, cap. 71 / Cx. 176, cap. 83]1820 · ArantesFRANCISCO <strong>DE</strong> ARANTES28/04/1820 – em Moçambique, senhoriodo navio Oceano, de partida para a Índia.[AHU, cx. 168]1820 · BastosJOAQUIM JOSÉ DA ROCHABASTOS05/12/1820 – em Moçambique, ido daBaía, com 74 dias de viagem, capitão dagalera Adamastor, procede ao manifesto1820 · CaldasMANUEL FERREIRA DA SILVACALDAS30/10/1820 – em Quelimane, sobrecargado bergantim Feliz Americano, de saídapara o Rio de Janeiro com 422 escravos.02/11/1820 – ainda em Quelimane, nestadata com com 432 escravos.[AHU, cx. 172, cap. 76 / Cx. 174, cap. 5]1820 · CarvalhoAGOSTINHO JOSÉ <strong>DE</strong> CARVALHO15/09/1820 – capitão da galera ConceiçãoEsperança, chegada a Moçambique,ida de Santos com 50 dias de viagem.16/10/1821 – segue viagem para Santoscom escala pelo Rio de Janeiro.[AHU, cx. 171, cap. 108 / Cx. 181, cap. 44]1820 · CostaNICOLAU JOAQUIM DA COSTA03/01/1820 – entrou em Quelimane,mestre do brigue Pastora de Lima, idodo Rio de Janeiro, tendo depois seguidopara Moçambique onde chegou a28/01/1820.[AHU, cx. 167, cap. 73]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1820 · FogaçaANTÓNIO GOMES FOGAÇA19/10/1820 – em Moçambique, comandanteda galera Feliz Eugénia.24/12/1821 – em Moçambique, comandanteda galera Feliz Eugénia, pede passaportepara o Rio de Janeiro.1830 (?) – em Moçambique, Joaquim dosSantos* embarca dois negros na charruaLucónia que lhe vão destinados.[AHU, cx. 172, cap. 52 / Cx. 182, cap. 54 / Santana,III, p. 901]1820 · FreitasJOSÉ VENÂNCIO <strong>DE</strong> FREITAS23/12/1820 – em Moçambique, mestree sobrecarga da galera Olimpia, pede licençapara levar escravos para o Rio deJaneiro de onde partira com destino aMadagascar, tendo arribado.[AHU, cx. 174, cap. 55]1820 · GoesMANUEL <strong>DE</strong> SOUSA GOES12/01/1820 – em Moçambique, mestreda galera Leopoldina que segue paraQuelimane onde chega 04/02/1820 edaí para o Rio de Janeiro, com 422 escravossortidos.[AHU, cx. 167, caps. 36 e 73]1820 · LuzANTÓNIO DA LUZ1811-1830 – durante este período exerceuo tráfico de escravos no Rio de Janeiro.25/10/1820 – comandante do bergantimPastora de Lima chegado a Moçambique,em proveniência do Rio de Janeiro,procede ao manifesto de carga.[Manolo Florentino / AHU, cx. 172, cap. 76]1820 · MelloJOSÉ SERTÓRIO VIEIRA <strong>DE</strong>MELLO30/12/1820 – em Quelimane, sobrecargado brigue Zephiro, de saída com 448escravos.[AHU, cx. 174, cap. 85]1820 · OliveiraVENTURA JOSÉ <strong>DE</strong> OLIVEIRA16/01/1820 – em Quelimane, mestre daescuna Feliz Carlota, manifesta uma cargade 320 escravos.08/09/1820 – em Moçambique, de regressodo Rio de Janeiro, por Quelimane,mestre da escuna Feliz Carlota, procedeao manifesto de carga.09/03/1829 – em Moçambique, provenientedo Rio de Janeiro e de Quelimane,capitão da escuna-brigue Victoria que vaia Inhambane completar a carga de 426escravos dos quais descarrega 274 no Riode Janeiro, em 24/02/1830.[AHU, cx. 171, cap. 101 / Cx. 174, cap. 85 / Cx. 227,cap. 32 / Eltis]1820 · PalemiraHENRIQUE DOS SANTOSPAL<strong>EM</strong>IRA07/03/1820 – em Moçambique, capitãodo brigue Aliança.[AHU, cx. 168, cap. 8]1820 · PitadaJOSÉ ANTÓNIO MOREIRA <strong>DE</strong>MELLO PITADA08/09/1820 – em Quelimane, ido do Riode Janeiro, mestre do brigue Zéfiro, procedeao manifesto de carga. Vai a Moçambiquee regressa a Quelimane, de onde saiem 30/12/1820, com 448 escravos.[AHU, cx. 171, caps. 21 e101 / Cx. 174, cap. 85 A]1232007 E-BOOK CEAUP


José Capela1241820 · RodriguesANTÓNIO FELICIANO RODRIGUES(também Feliciano Roiz)15/12/1820 – em Moçambique, capitãoda galera Voadora.?/?/1820 – capitão e mestre da galeraVoadora, em Moçambique, com 550 escravos,pronta a seguir viagem para oMaranhão.[AHU, cx. 174, caps. 38 e 86 / Cx. 175, cap. 54]1820 · SamugiMUCECHAN<strong>DE</strong> SAMUGI(ou Muelechande Samugi)30/07/1820 – em Moçambique, proprietárioda escuna São João Baptista, pedepassaporte para seguir para Sofala.18/06/1821 – em Moçambique, proprietáriodo brigue Boas Novas, pede passaportepara Quelimane.30/06/1821 – em Moçambique, proprietárioda escuna São João de Brito, pedepassaporte para Sofala.[AHU, cx. 178, cap 40 e cap. 68]1820 · SantosCASIMIRO LUIZ (LUCIO?) DOSSANTOS27/07/1820 – em Moçambique, mestre dobrigue Paquete do Rio, chegado do Rio deJaneiro, procede ao manifesto da carga.07/08/1820 e 03/12/1820 – em Quelimane,com 472 escravos.[AHU, cx.170, cap. 63 / Cx. 171, caps. 34 e 45 /Cx.174, cap. 85]1820 · Silva<strong>EM</strong>ÍDIO ADAUTO PACHECO ESILVAVide José Emídio Adauto Pacheco e Silva.1820 · SilvaJOAQUIM HENRIQUES DA SILVA25/09/1820 – em Quelimane, – mestreda galera Leopoldina, procedente do Riode Janeiro, vai a Moçambique de onderegressa a Quelimane e de onde sai em31/12/1820, com 465 escravos.[AHU, cx. 172, cap. 76 / Cx. 174, cap. 89]1820 · SilvaJOAQUIM RODRIGUES DA SILVA25/09/1820 – em Quelimane, mestre dagalera Leopoldina, ida do Rio de Janeiro,procede ao manifesto de carga.15/11/1820 – em Moçambique, capitãodo navio Quatro de Abril, pronto a seguirpara o Rio de Janeiro.31/12/1820 – em Quelimane, mestre da galeraLeopoldina, com 465 escravos a bordo.[AHU, cx. 172, cap. 76 / Cx. 173, cap. 38 / Cx. 174,cap. 89]1820 · SilvaJOSÉ <strong>EM</strong>ÍDIO ADAUTO (?)PACHECO E SILVA07/07/1820 – em Moçambique, provenientedo Brasil, com 82 dias de viagem,capitão da galera Flor do Brasil.07/10/1820 – em Moçambique, capitãoda galera Flor do Brasil, pronto a partirpara o Rio de Janeiro.[AHU, cx. 170, cap. 22 / Cx. 172, cap. 15]1820 · SilvaMANUEL LOPES DA SILVA04/07/1820 – em Moçambique, capitão obrigue Amazona, ido do Rio de Janeiro com67 dias de viagem. A 04/11/1820, feita revistaa bordo: 481 «cativos» (sic) a bordo.27/10/1826 – em Moçambique, capitãodo navio brasileiro Duarte Pacheco, comescravos embarcados, pronto a partir.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>05/02/1827 – em Moçambique, capitãoda galera Duarte Pacheco, desembaraçadapara seguir para o Rio de Janeiro.[AHU, cx. 170, cap. 11 / Cx. 171, cap. 84 / Cx. 172,cap. 15 / Cx. 204, cap. 87 / Cx. 207, cap. 56]1820 · SousaJOÃO LUÍS <strong>DE</strong> SOUSA17/05/1820 – mestre da escuna São JoãoBaptista a partir de Quelimane para Moçambiquecom 19 escravos.[AHU, cx. 169, cap. 36]1820 · VirgolinoDONA MARIA ANTÓNIA LEITEPEREIRA <strong>DE</strong> MELLO VIRGOLINO30/10/1820 – em Quelimane, senhoriado brigue Nossa Senhora da Guia Morgadodo Almeo, proveniente da Baía, paraonde partiu a 12/12/1820.12/12/1820 – proprietária do brigueNossa Senhora da Guia Morgado do Almeo.Este brigue foi construído pelo seumarido e governador de Quelimane, ManuelJoaquim Mendes de VasconcelosCirne*, e fez várias viagens ao Brasil comcarregamentos de escravos.12/01/1822 – pede passaporte para ofilho de menor idade, António ManuelMendes de Vasconcelos Cirne, seguirpara o Rio de Janeiro, para a companhiade seu pai e tratar de seus estudos.1824 – «Mercionária» da Terra da RealCoroa, Boror, pela qual pagou a rendaanual de 74$400.[AHU, cx. 174, cap. 30 / Cx. 183, cap. 7 / Cx. 192,cap. 163 / Códice 1376, fls. 220 vs.]1820 · XavierFRANCISCO JOÃO DA COSTAXAVIER1820 – casado com Dona Paula Gertrudesde Aragão, senhora do prazo Nhanda,em primeira vida, com 120 escravospresentes e 100 ausentes. Coronel de milícias,cavaleiro da Ordem de Cristo e antigofeitor da Fazenda Real.19/07/1827 – aprovada pelo governador-gerala sua nomeação para governadorde Tete.10/01/1827 – João Bonifácio Alves daSilva* participa ao governador da capitaniade Rios de Sena «os insultos, roubose crimes cometidos pelos escravos docoronel de milícias da vila de Tete, FranciscoJoão da Costa Xavier, no prazo daReal Coroa Rio Pequeno».01/09/1848 – procedente de França,com escala por Bourbon, o coronel demilícias de Tete e ex-governador interinode Rios de Sena, enviou ao governador-geraluma carta datada de 26 deOutubro: com a nova política de França,emancipando bruscamente todos os escravos,pedem para se estabelecerem nacosta oriental de África. Os franceses daReunião propunham o recrutamento detrabalhadores africanos.[Almeida de Eça, I. p. 259 / Santana, I, pp. 317, 325]1821 · AndradeSALVADOR DA COSTA <strong>DE</strong>ANDRA<strong>DE</strong>14/12/1821 – proprietário e mestreda escuna São João Baptista, em Moçambique,pede passaporte para Quelimane.01/04/1822 – em Quelimane, mestre daescuna São João Baptista, a partir paraMoçambique, manifesta a carga: dinheiro,outra carga e 51 escravos.Vide Cândido José da Costa de Andrade*.[AHU, cx. 182, cap. 32 / Cx. 184, cap. 19]1252007 E-BOOK CEAUP


José Capela1261821 · CorreiaANTÓNIO MARQUES CORREIA14/01/1821 – em Moçambique, requerauto de vistoria para o arqueamento doseu brigue Nossa Senhora do Baluarte:120 toneladas e 9 décimos = 332 escravos.E pede passaporte para o Rio deJaneiro.29/01/1821 – em Moçambique, o brigueNossa Senhora do Baluarte (arqueado em332 escravos) tendo como capitão NicolauJoaquim de Castro*, tendo pagoa pensão da Misericórdia, está pronto aseguir para o Rio de Janeiro.[AHU, cx. 175, caps. 12, 30 e 52 / Cx. 176, cap. 47]1821 · CunhaANTÓNIO MARIANO DA CUNHAFilho de Thomé José da Cunha e de AméliaMaria Dias, natural de Salcete.1821/1822 – feitor e encarregado daadministração da Fazenda Nacional deQuelimane, cargo em que se mantinhaem 1826. Dois anos depois conseguiuque o governador de Moçambique lheconcedesse o prazo de Inhassunge, naqualidade de viuvo de Joaquina Pereira,primeira titular do prazo, falecida semdescendentes. Pelo testamento, FranciscoHenrique Ferrão*, de Sena, deixou-lhe37 escravos de que vendeu 32,ficando 3 «refugos» e 2 mortos.12/12/1824 – foi-lhe concedida a patentede coronel de milícias agregado ao regimentode Quelimane.18/01/1829 – em Quelimane, hipotecaos bens de João Pedro Xavier da SilvaBotelho*, morador em Tete, pela quantiaque lhe deve de quatro mil setenta e ummeticais mais onze arrobas de marfimlimpo e «134 caporros e meio, bons semdefeito algum».31/05/1829 – tomou posse como governadorde Quelimane, onde era juiz ordinário.Afirma estar disposto a cumprir asinstruções do governador nomeadamenteno que respeita aos abusos no tráficoda escravatura.11/06/1830 – sendo comandante deQuelimane, acusado de ter vendido porentreposta pessoa 400 escravos à barcaElisa: o governador-geral comunica-lheser voz pública que os 400 escravos queo capitão da barca Elisa, António José deOliveira Ramalho* ajustara com Ináciodo Rosário Dias* comprar-lhe eram dele,comandante. E que acontecimentos comoo provocado por esse facto «sempre terãolugar enquanto os governadores e outrasautoridades públicas forem negociantese entrarem em concorrência publicamentecom os outros negociantes».Viria a ser acusado pelo governador deQuelimane Vasconcelos e Cirne* de tersido um dos promotores revolucionáriosem Rios de Sena quando ali chegara anotícia da Revolução de França, em Julhode 1830, e se divulgara o periódico«Brasileiro Imparcial». «Os números detão infame papel foram remetidos doRio de Janeiro pelos traidores Canarinsda Ásia, que ali estão fugidos, a outroigual canarim que se acha nesta vila eporto, um tal intrigante António Marianoda Cunha, que os espalhou por todosestes Rios de Sena com os seus patrícios,os ditos Canarins, e logo estes nosseus clubes, a que eles chamam grancarias[…]».Seriam estes canarins que estariama planear a união de Rios de Senaao Brasil.08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>desde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.08/09/1836 – testamento com que faleceu:declara que não tem dívidas emMoçambique, Goa Damão, Dio, Rio deJaneiro, Quelimane, Sena e Tete. Quetinha marfim de Anselmo HenriquesFerrão e «vindo-me de Sena 37 escravosremetidos pelo Francisco HenriquesFerrão* para serem vendidos, dos quaispude vender só 32 escravos a 28 pesos ficandorefugos 3 e 2 mortos».[AHU, cx. 181, nº 20 / Cx. 186, nº 1 / Cx. 201, nº 1 /Cx. 220, nº 98 / Santana, I, p. 10, p. 739, p.1084. II,p. 22. III, p. 722 / AHM, códice 11-5831, fls. 153 vs. /Códice 11-5832, fls. 245 / Códice 11-5833, fls. 5]1821 · FernandesPASCOAL FERNAN<strong>DE</strong>S05/01/1821 – em Moçambique, negociantede carreira das Ilhas de CaboDelgado, «veio à capital com escravos eoutros géneros de negócio».[AHU, cx. 175, cap. 10]1821 · FreitasMANUEL LOPES FREITAS08/01/1821 – em Moçambique, provenienteda Baía, carregador do brigueDourado, pede passaporte para regressarà Baía.[AHU, cx. 175, cap. 15]1821 · LimaFAUSTINO <strong>DE</strong> CASTRO LIMA02/10/1821 – em Moçambique, ido daBaía, no brigue São Filippe Londoffe, pedepara regressar ao Rio de Janeiro com osseus escravos na galera Despique.[AHU, cx. 181, cap. 9]1821 · PachecoJOSÉ <strong>EM</strong>ÍGDIO ADANTAPACHECO27/10/1821 – em Moçambique, mestredo brigue Aurora do Cabo, pronto a seguirpara o Rio de Janeiro.[AHU, cx. 181, cap. 64]1821 · PedrosaMANUEL (Mário?) <strong>DE</strong>CARVALHO PEDROSACasado em Moçambique, com Dona Joanada Cruz Lacé Pedrosa, foreira do prazoGorongosa.25/09/1821 – em Moçambique, mestredo bergantim Polifemo, pede passaportepara o Rio de Janeiro.11/10/1826 – em Moçambique, capitãoe mestre da galera brasileira Indústria, apartir para o Rio de Janeiro onde chegaa 9/12/1826 com 428 dos 543 escravoscarregados.[AHU, cx. 180, cap. 67 / Cx. 204, cap. 39 / Cx. 206,cap. 49 / Eltis]1821 · SaldanhaMARIA LUISA <strong>DE</strong> SALDANHA27/10/1821 – proprietária do brigue SãoJosé Africano, em Moçambique, pedepassaporte para Quelimane através deprocurador.05/07/1822 – proprietária do brigueSão José Africano pede passaporte pararegresso a Quelimane.[AHU, cx. 181, cap. 63 / Cx. 185, cap. 4]1821 · VianaJOAQUIM MARTINS VIANA10/01/1821 – em Moçambique, capitão donavio Aliança ido de Pernambuco com 112dias de viagem, onde esteve até 26/03/1821e de onde regressou a Pernambuco.1272007 E-BOOK CEAUP


José Capela12826/03/1821 – arribado em Moçambiquepede passaporte para Pernambuco.[AHU, cx. 175, cap. 19, cap. 97 / Cx. 176, cap. 47]1821 · VianaPEDRO JOSÉ CORREIA VIANA19/12/1821 – em Moçambique, capitão--Tenente da Armada Real da Marinha,comandante do brigue Ulisses, pede passaportepara o Rio de Janeiro.[AHU, cx. 182, cap. 47]1822 · BelomonteLUIZ BELOMONTE11/09/1822 – em Moçambique, pedepassaporte para ir a Angoche, com o seubatel, carregar mantimento e escravos.[AHU, cx. 186, cap. 33]1822 · BrancoPAULO JOSÉ BRANCO11/01/1822 – em Moçambique, mestrede navio pronto a partir.[AHU, cx. 183, cap. 19]1822 · FerreiraANTÓNIO JOSÉ FERREIRA29/11/1822 – em Moçambique, mestredo bergantim Amazónia, pronto a seguirpara o Rio de Janeiro.06/10/1826 – em Moçambique, provenientedo Rio de Janeiro, mestre donavio do Império do Brasil, Aníbal que,a 11/12/1826, estava pronto para partirpara o Rio de Janeiro onde chegou a17/01/1828 com 746 dos 836 escravosembarcados.17/11/1827 – em Moçambique, capitãoda galera brasileira Aníbal.19 /10/1828 – em Moçambique, capitãoda galera Aníbal, a seguir viagempara o Rio de Janeiro onde chega em23/12/1828. Saiu com 547 e chegoucom 528 escravos.[AHU, cx. 187, cap. 56 / Cx. 204, cap. 26/A / Cx. 206,cap. 22 / Cx. 212, cap. 115 / Cx. 216, cap. 80 / Santana,I, p. 581 / Eltis]1822 · FerreiraGABRIEL JOSÉ <strong>DE</strong> SOUSAFERREIRA1822 – estabelece-se em Moçambiquecomo comerciante.07/03/1825 – em Moçambique, pedepassaporte para o seu brigue Furão ir aQuelimane.14/09/1827 – proprietário da escunaportuguesa Mazipraia, da praça de Moçambique,chegada de Inhambane. Mestre,Nanuel João Coelho* e sobrecargaJosé Freire de Andrade*.19/12/1827 – em Moçambique, capitãoda escuna Mazipraia, a sair para Quelimane,Inhambane e Lourenço Marques.23/09/1829 – a escuna Mazipraia, deque é proprietário, parte de Moçambiquepara Quelimane, Inhambane e Sofala,levando como mestre Jose Nicolau deGroet Gannd*.09/03/1831 – pede autorização régiapara regressar à Metrópole por doisanos, com escala pelo Brasil.[AHU, cx. 194, cap. 23 / Cx. 211, cap. 79 / Cx. 212,cap. 97 / Cx. 223, cap. 72 / Santana, III, p. 93]1822 · LopesMANUEL JOSÉ LOPES30/11/1822 – entrara a 26, em Inhambane,em escala para Quelimane, o brigueda Baía Vigilante Guerreiro, de queera capitão. Como achasse que era tardeficou em Inhambane a fazer negócio deescravos.[AHU, cx. 187, cap. 57]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1822 · MartinsDIOGO CÂNDIDO MARTINS08/11/1822 – mestre da galera Flor deCintra, em Moçambique, pronta a seguirpara o Rio de Janeiro.[AHU, cx. 187, cap. 12]1822 · SousaFRANCISCO NUNES <strong>DE</strong> SOUSA18/10/1822 – em Moçambique, pilotodo navio Europa que foi condenado nesteporto, pede passaporte para regressar aoRio de Janeiro.[AHU, cx. 186, cap. 101]1822 · VarelaANTÓNIO FELIZ (?) VARELA18/10/1822 – em Moçambique, ido Riodo Janeiro a tratar dos seus negócios,pede passaporte para o regresso na galeraNove de Janeiro.[AHU, cx. 186, cap. 100]1823 · BarãoJOÃO VIEIRA BARÃO29/12/1823 – proprietário, capitãoe caixa do brigue Conde dos Arcos, doRio de Janeiro, fundeado em Quelimane.Em 27/02/1824 chega ao Riode Janeiro com 338 dos 446 escravoscarregados.[AHU, cx. 189, cap.32 / Eltis]1823 · BastosJ. L. <strong>DE</strong> BASTOS1823 – capitão do navio brasileiro Amizadede Santos que carregou em Quelimane402 escravos, dos quais descarregou noRio de Janeiro 345 (números imputados).Viagem de 63 dias.[Eltis]1823 · BragaJOÃO RIBEIRO <strong>DE</strong> CASTROBRAGA13/11/1823 – capitão e caixa do bergantimbrasileiro Minerva que estavano porto de Quelimane, provenientedo Rio de Janeiro. Requeria passaportepara portos de obediência portuguesa,no Brasil, depois de ter feito o processode justificação da nacionalidade. Em14/02/1824 chegou ao Rio de Janeirocom 378 dos 517 escravos carregados(números imputados).11/10/1826 – em Moçambique, capitãodo bergantim Minerva autorizado a seguirpara Quelimane com carga de génerospara a população, e escravos.01/10/1827 – chegado do Rio de Janeiro,capitão do brigue Minerva, provenientedo Rio de Janeiro, desembaraçado naAlfândega de Moçambique, segue paraQuelimane. Sai com 460 escravos e chegaem 22/03/1828 ao Rio de Janeirocom 419.04/11/1828 – em Moçambique, capitãodo brigue Minerva que, desembaraçadona Alfândega, segue viagem para Quelimane.Sai com 480 escravos para o Riode Janeiro onde chega em 12/03/1829com 296.[AHU, cx. 189, nº 20 / Cx. 206, cap. 49 / Cx. 212,cap.114 / Cx. 216, cap. 105 e / Santana, I, p. 601 /Eltis]1823 · LopesFRANCISCO DA SILVA LOPES23/10/1823 – natural de Lisboa, capitão,caixa e proprietário do bergantimAdamastor, em Moçambique, ido do Riode Janeiro e de Quelimane, pede passaportepara um porto do Brasil, de obediênciaportuguesa. Desembarca no Rio1292007 E-BOOK CEAUP


José Capela130de Janeiro, em 25/03/1824, 262 dos448 escravos embarcados (números imputados).[AHU, cx. 189, cap. 10 / Eltis]1823 · SilvaMANUEL FRANCISCO DA SILVA22/10/1823 – em Quelimane, natural doPorto, capitão, caixa e proprietário dobergantim Trajano, ido do Rio de Janeiroao porto de Quelimane, pede passaportepara seguir para o Brasil com escravos.Saiu de Quelimane com 536 escravos echegou ao Rio de Janeiro em 05/03/1824com 413 (números imputados).[AHU, cx. 189, cap. 9 / Eltis]1823 · SousaANTÓNIO FRANCISCO <strong>DE</strong> SOUSA01/12/1823 – mestre e caixa do brigueZephiro, fundeado em Quelimane, idodo Rio de Janeiro, pede justificação depropriedade e passaporte para os portosportugueses do Brasil. Chega ao Rio deJaneiro, em 03/03/1824, com 447 dos518 escravos carregados (números imputados).[AHU, cx. 189, cap. 28 / Eltis]1824 · BaptistaCARLOS JOÃO BAPTISTA1824 – comerciante em Lisboa (?), comVicente Tomás dos Santos* formou aCompanhia do Comércio de LourençoMarques e Inhambane cujo objecto era opovoamento de Lourenço Marques peloque beneficiava do exclusivo do negóciodo marfim. A companhia, no decurso dasua actividade dedicou-se, largamente,ao tráfico de escravos.[Santana, I, p. 663]1824 · BondosoANTÓNIO JOSÉ BONDOSO1811-1830 – dentro deste período, comerciantede escravos no Rio de Janeiro.23/09/1824 – capitão da galera PríncipeRegente.10/06/1829 – em Moçambique, mestre esobrecarga do bergantim Formosura acabadode chegar do Rio de Janeiro paraescravos, pede passaporte para Quelimaneonde, na monção passada, ajustaraarmação com os moradores locais.18/07/1829 – segundo documento passadopela Alfândega de Moçambique:«António José Bondoso por entrada doBrasil e saída para Quelimane no brigueFormusura dois caixões com sessenta euma espingardas». Além deste muitosoutros despachos de espingardas vendidasem Moçambique.21/07/1829 – a Alfândega de Moçambiquedeclara o bergantim Formusura desembaraçadopara seguir viagem para oBrasil com escala por Quelimane. O despachodo governador obrigava a carregarum terço dos escravos em Moçambique.Bondoso alegou já estar negociada damonção anterior a carga em Quelimanepelo que o governador autorizou. Pagoudireitos de saída de 490 escravos.01/11/1829 – capitão do brigue Fortunaque saiu de Quelimane com 658 escravose chegou ao Rio de Janeiro, em23/12/1829, com 587.[Manolo Florentino / José Capela, O Tráfico de Escravosnos Portos de Moçambique. / AHU, cx. 192, cap.107 / Cx. 221, caps. 82 e 89 / Santana, I, pp. 299 esegs. / Eltis]1824 · BorgesJOÃO PEREIRA BORGES01/04/1824 – «Piloto que foi do brigueE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Vigilante Guerreiro, cidadão estabelecidoem Inhambane nomeado pelo governadorlocal capitão do porto por saberinglês e francês e mais partes exigidaspelo emprego: o que se exige para esseemprego pela frequência de navegaçãoestrangeira».13/09/1826 – comandante da escunaFlor de Inhambane, despachada de Moçambiquepara Sofala.11/04/1827 – em Moçambique, comandanteda goleta Flor de Inhambane, apartir para Inhambane.[AHU, cx. 191, cap. 8 / Cx. 203, cap. 95 / Cx. 206,cap. 49 / Cx. 212, cap. 115]1824 · CarvalhoFRANCISCO CÂNDIDO DA SILVACARVALHO30/10/1824 – em Moçambique, capitãodo brigue Viajante, que segue viagempara o Rio de Janeiro.18/09/1826 – em Moçambique, capitãodo brigue Viajante, arribou ao porto deMoçambique quando viajava para o Riode Janeiro.[AHU, cx. 192, cap. 131 / Cx. 203, cap. 111]1824 · CruzJOSÉ JOAQUIM DA CRUZ31/01/1824 – capitão do navio Quatrode Abril, em Moçambique, a partir parao Maranhão.[AHU, cx. 190, cap. 14]1824 · GuimarãesLUÍS ANTÓNIO GUIMARÃES08/08/1824 – em Moçambique, comandanteda galera Constitucional, pede passaportepara os portos de Ásia.[AHU, cx. 192, cap. 10]1824 · MoreiraJOÃO BAPTISTA MOREIRANascido no Porto a 6 de Janeiro de 1798,em família de mercadores ligados ao comérciocom o Brasil. Em 1818 pertence auma sociedade de negócios com o Brasil,apoiada em quatro navios. No mesmo anoera representante consular do Reino dasDuas Sicílias. Tomou parte activa na revoluçãoliberal portuguesa, causa que nuncaabandonará. A Vilafrancada colocou-o nalista dos proscritos, o que o levou a aportarao Rio de Janeiro em 24 de Janeiro de1824, onde se estabelece como comerciante,nomeadamente de escravos.04/06/1826 – nomeado Vice-Cônsul dePortugal23/06/1826 – nomeado Cônsul de Portugal.06/07/1827 – passou a Encarregado deNegócios Interino.15/06/1827 – D. Pedro nomeou-o cônsul-geral.15/08/1827 – foi confirmado Cônsul eEncarregado de Negócios, cargos queacumulará até 19 de Setembro de 1828.Em 1828 suspendeu as funções diplomáticasque acumulava com as de cônsulpor não reconhecer a usurpação do tronopor D. Miguel e pôs-se ao serviço do duquede Palmela. A pedido deste, embaixadorde D. Maria II em Londres, aceitacontinuar no cargo até que o conde doSabugal seja oficialmente recebido comoministro de D. Maria II, o que aconteceráa 24 de Junho de 1830. Com o reconhecimentodo conde do Sabugal, o Moreirapassou a secretário da Legação e por cartapatente da Regência da Terceira, de01/09/1830, a Cônsul Geral.Na qualidade de Cônsul de Portugal noRio de Janeiro, acreditado pela Regên-1312007 E-BOOK CEAUP


José Capela132cia, garantia aos traficantes de escravosprovenientes de África o desembarqueda mercadoria, uma vez contribuíssempara a causa liberal. Assim encaminhouas vultuosas ofertas a favor da Regênciade três traficantes de escravos oriundosde Moçambique e que, em 1829, aportaramao Rio de Janeiro. Eram eles JoãoBonifácio Alves da Silva*, António JoséPedrosa* e João Manuel da Silva GuimarãesSumatra Campeão*. Aos doisprimeiros, mais tarde inevitavelmentecomendadores, viria o cônsul a classificá-loscomo os mais ricos comerciantesde entre os portugueses da Praça doRio de Janeiro. O Pedrosa ofereceu olugre «Santo António» e os três o carregamentode arroz, tabaco, aguardente eaçúcar. O Campeão morreu entretanto enão chegou a contribuir com o terço prometido.Uma vez na Terceira, o lugre foirebaptizado «Boa Esperança». Com outrocomerciante, traficante de escravos,Luís Carlos Domingos Ferreira e sócios,o cônsul ajustou a compra da escuna «Liberal»,igualmente destinada à Terceira.Apoderou-se do brigue português «D.Estêvão de Athaide», chegado ao Rio deJaneiro com escravos provenientes deMoçambique. Armou-o em guerra e pôloà disposição da Rainha com o nome«Conde de Vila Flor». Adquiriu um grandenavio novo que denominou «Regênciada Terceira» com o mesmo destino. Foramestes quatro navios disponibilizados,de uma ou de outra maneira, pelo capitalcom origem no tráfico de escravos queproporcionaram a formação do primeironúcleo da marinha constitucional.31/071830 – o governador de Quelimane,Vasconcelos Cirne*, acusa o governador-geralao conde de Basto, pelofretamento do D. Estêvão de Ataide, para«como brigue de guerra ir levar escravosa fretes ao Rio de Janeiro com passaportesdados a cada escravo como livres epassageiros». Ora o antecessor (SebastiãoXavier Botelho*) deste governador– geral (Paulo José Miguel de Brito*)«mandara o mesmo brigue duas vezes àIlha de Bourbon carregado de escravos enão fez isto em Lisboa estrépito algum»pelo que estranhava o «estrépito» feitoem Lisboa relativo à questão havida noRio de Janeiro com o caso do D. Estêvãode Ataíde.03/08/1830 – de Moçambique, saiu parao Rio de Janeiro o brigue do Rei D. Estêvãode Ataide, pertencente à capitaniade Moçambique, levando a carregaçãoda galera brasileira Flor de Moçambique,composta de 355 escravos.30/11/1830 – o cônsul no Rio de Janeirocomunica ao governador-geralde Moçambique, Paulo de Brito*, que obergantim de guerra D. Estêvão de Ataídechegara ao Rio de Janeiro em 24 deOutubro, sendo imediatamente embargadoo desembarque de escravos para ogoverno julgar se era tráfico lícito à facedos tratados anglo-brasileiros. O governonão se meteu no negócio e o juiz daAlfândega remeteu-o para o poder judiciárioque o mandou para a comissãomista anglo-brasileira. Os documentosque Paulo de Brito mandara contribuirammuito «para o bom êxito do julgadoda comissão mista» e o «governo do Brasiltem isto como um serviço que V. Exa.fez aos súbditos deste Império interessadosnaquela desgraçada negociação». Ocomandante do bergantim, Joaquim AntónioFranco*, alegando doença, demitiu-sedo comando do bergantim.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>31/03/1831 – o cônsul no Rio de Janeiroparticipa a Paulo de Brito que o brigueficara desembaraçado, sendo consideradolegal o seu carregamento e estava «fabricandopara navegar». E que o condedo Sabugal, desde 24 de Junho de 1830enviado extraordinário e ministro plenipotenciárioda Regência da Terceira,tomara conta do brigue, devendo brevementedar-lhe o destino que a Regênciatem ordenado ao seu serviço».01/04/1831- Joaquim António Franco*oficia ao governador-geral de Moçambiqueinformando-o do que se passara como carregamento do brigue: só os escravoscarregados por João da Silva Carrão*em virtude de denúncia comprovativade não serem pertencentes a súbditobrasileiro, haviam sido consideradosilegalmente carregados. Relativamenteà atitude do cônsul: recebera a importânciado fretamento com a qual estavaa fazer o suprimento do brigue. Maisinformava constar que o comando dobrigue passaria para o primeiro tenenteJosé de Santa Rita, «o qual se acha àtesta da prontificação do brigue, dizem,para conduzir os emigrados à Terceira».19/10/1831 – o governador-geral de Moçambique,Paulo José Miguel de Brito,miguelista, face ao comportamento e aoteor da correspondência que estava a receberdo cônsul no Rio de Janeiro comunicaao ministro e secretário de estadoestar resolvido a deixar de corresponder-se«com o indigno cônsul de Portugalno Rio de Janeiro». O Diário Mercantildo Rio de Janeiro de 05/01/1831 publicainstruções do cônsul para todosos mestres das embarcações portuguesas,procedentes dos domínios da Coroaou do estrangeiro, se apresentarem noconsulado em obediência às «ordens daRegência em nome da Rainha» e a 8 deFevereiro noticiava que «o senhor JoãoBaptista Moreira […] adoptou o novolaço, decretado pela Regência da IlhaTerceira; a seu exemplo, alguns portuguesesusam igualmente do laço brancoe azul».07/09/1833 – por estar eventualmenteenvolvido na conspiração que pretendiafazer regressar D. Pedro ao trono do Brasilfoi-lhe cassado o exequatur.08/091833 – D. Pedro II, em nome de D.Maria II, expediu a demissão de Moreirae chamou-o a Lisboa.10/08/1835 – o Diário do Governo publicavaum anúncio em que João BaptistaMoreira, nomeado cônsul – geral de Portugalno Rio de Janeiro, se punha à disposiçãodos comerciantes de Lisboa naAssociação Mercantil.06/07/1836 – reconduzido no cargo deCônsul-Geral de Portugal no Brasil.No Rio de Janeiro, retirado que foi o enviadoextraordinário, o cônsul-geral foiacreditado como encarregado de negócios.Questões levantadas nomeadamentepela execução do decreto de 10de Dezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colóniasportuguesas e pelos «[…] agentes daGrã-Bretanha que entraram em propalarboatos desairosos contra o encarregadode negócios de Portugal […]» provocaramuma representação de negociantesportugueses da praça do Rio de Janeirojunto da Rainha garantindo «que ocomendador João Baptista Moreira,cônsul-geral de V. M. Fidelissima, e aopresente, seu encarregado de negócioscontinua a exercer as funções dos seuscargos, com a constante assiduidade que1332007 E-BOOK CEAUP


José Capela134nele é notória […]» e outra semelhantesubscrita por cem comerciantes brasileirosda mesma praça.24/04/1839 – nota do encarregado denegócios de Portugal que fazia cessar oexequatur do governo imperial da suapatente de Cônsul Geral de Portugal. Eraacusado pelo governo imperial de comportamentoincorrecto no contexto daquestão criada pelos distúrbios contraoficiais e marinheiros britânicos de queresultou a morte de um brasileiro.07/10/1839 – retirou-se do Rio de Janeiropara Lisboa. As associações Comerciaisdo Porto e de Lisboa promovemmanifestações de gratidão e representaçõesa favor do seu regresso ao Rio deJaneiro.19/10/1840 – regressou ao Rio de Janeiroonde procedeu à recolha de fundospara a estátua de D. Pedro IV, no Rossio,em Lisboa, para a qual conseguiu 16 contos,moeda forte.14/05/1840 – nomeado vogal e secretárioda Comissão Mista Luso-Brasileira,onde ficou sete anos.1853 – participa com 10 acções no capitalda Companhia de Navegação a VaporLuzo-Brasileira, formada no Porto, comcapitais portugueses e brasileiros.23/11/1860 – uma representação commais de 900 assinaturas acusa-o de gravesirregularidades.07/06/1861 – outra representação à Câmarados Deputados sustentada com váriosdocumentos.No Jornal do Comercio do Rio de Janeiro,na imprensa de Portugal e em representaçõesjunto das autoridades portuguesas,foi movida contra o cônsul Moreira,por portugueses, uma «guerra desapiedada»acusando-o de estar envolvido noque foi chamado de «escravatura branca»,o recrutamento de trabalhadoresportugueses, particularmente açoreanos,em condições que se aproximavamdas que tipificavam o tráfico de escravosprovenientes de África. Igualmente decrimes na administração de heranças deportugueses.22/08/1861 – o jornal O Portuguez acusao governo de ter como representanteconsular no Rio de Janeiro um negociantefalido. As investigações feitas no consuladoconfirmaram irregularidades nascontas e na administração de heranças.25/08/1863 – decreto exonerando o Moreirade Cônsul Geral de Portugal, reservandodar-lhe a justa remuneração pelosserviços prestados em prol do trono legítimoe das liberdades pátrias logo queele terminasse a liquidação das suas contase se mostrasse quite para com o cofredo mesmo consulado.20/12/1865 – faleceu deixando mulhere filha em situação precária.10/04/1852 – foi-lhe concedida a comendaOrdem de Nossa Senhora daConceição de Vila Viçosa de que já eracavaleiro desde 1827.15/04/1853 – foi-lhe atribuído o foro defidalgo cavaleiro.4/01/1854 – foi elevado ao grau de oficialda Torre e Espada, de Valor, Lealdadee Mérito, de que já era cavaleiro.11/09/1855 – foi feito Barão.[Manolo Florentino / Jose Feliciano de Castilho Barretoe Noronha Barão de Moreira, Esboço Biographico/ Apologia perante o Governo de Sua Majestade Fidelissimaapresentada por João Baptista Moreira, Rio deJaneiro, 1862 / ANTT, Documentos dos Estrangeiros,Consulado de Portugal no Rio de Janeiro, caixas 311,312, 542 / Gracinda Proença Paulino, Rotina & Percalçosno Consulado Geral de Portugal Rio de Janeiro(1840-1899) / Santana, II, pp. 334 e. 940 / III, pp.364 e 447]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1824 · MoreiraJOSÉ LOPES DA COSTAMOREIRA (JUNIOR )12/11/1824 – capitão do brigue Seis deFevereiro que seguiu de Moçambiquepara o Rio de Janeiro.07/01/ 1826 – em Moçambique, mestredo navio Quatro d’Abril, a seguir para oRio de Janeiro.04/07/1829 – em Moçambique, capitãoe sobrecarga do bergantim Vinte e Oito deMarço, requer («para bem da negociaçãode escravatura a que veio a esta capitania»)e é-lhe concedida licença para ir aQuelimane e Inhambane.04/07/1829 – tendo-lhe sido determinadopor despacho do governador-geralque fizesse em Moçambique parteda carregação do bergantim Vinte e Oitode Março alega «que este navio há cincoanos sucessivos faz o seu carregamentoem Quelimane onde larga de umas viagenspara as outras fundos para adiantara sua negociação».11/07/1829 – deferido pelo governadorgeralo requerimento em que, «tendo autorizaçãopara ir ao porto de Inhambaneresgatar escravos» pede autorização paraembarcar «para sustento dos ditos escravosnaquele porto e dele para o do Rio deJaneiro» feijão, arroz e milho.22/11/1829 – sai de Inhambane com517 escravos dos quais descarregou noRio de Janeiro 380, em 01/02/1830.[AHU, cx. 192, cap. 139 / Cx. 200, cap. 11 / Cx. 221,caps. 50 e 58 / Santana, I, pp. 875, 903 e 904, 1026]1824 · ResendeJOÃO DA SILVA RESEN<strong>DE</strong>05/08/1824 – morador nas Ilhas de CaboDelgado, comprou, pelo procurador, emhasta pública, o brigue Tigre que, em Novembro,estava em Moçambique para seguirpara o Ibo.12/03/1829 – comprou pelo seu procuradorem Moçambique, José de Sanchesde Brito*, a escuna S. Miguel, antigamentepropriedade francesa (Glamourou Glaneur ) agora portuguesa, arrematadaem hasta pública.[AHU, cx. 192, cap. 7 Cx. 219, cap. 15 / Santana, I,pp. 1150, 1151]1825 · BastosJOÃO PEREIRA BASTOS12/1825 – capitão da goleta Flor deInhambane, em Moçambique, a sair paraInhambane.[AHU, cx. 199A, cap. 5]1825 · BellikenXAVIER SCHMIDT VON BELLIKEN1824/1825 – capitão de engenharia, foipara Moçambique na companhia do governador-geralJoão Manuel da Silva,tendo «dado fracas provas de saber» e osseus serviços eram considerados desnecessáriospelo governador-geral SebastiãoXavier Botelho*. Governou algumtempo a baía de Lourenço Marques.10/02/1827 – relatório de Vicente Tomásdos Santos*, director da Companhia Comercialde Lourenço Marques e Inhambane,que acusa o governador de LourençoMarques de fazer o tráfico de escravos: «éum famoso contrabandista». E que a escunaLévrier «já ali tinha ido três ou quatrovezes a fazer o contrabando no tempodo ex-governador von Belliken». «[…]Parece fora de toda a dúvida que algumasdaquelas embarcações façam o contrabandode escravatura por as muitas e frequentesarribadas que fazem».[Santana, I, pp. 265 e 269]1352007 E-BOOK CEAUP


José Capela1361825 · BotelhoSEBASTIÃO XAVIER BOTELHO25/01/1825 - 21/08/1829 – Governador-Geral de Moçambique. Desembargador.Acusado de não ter procedido contra o governadorde Loureço Marques, FredericoBonifrai* (uma das irregularidades desteera ter extorquido 2000 pesos aos naviosLevrier e Espiègle afirmando serem parao governador-geral). O parecer do conselheiroprocurador da Fazenda no ConselhoUltramarino: «[…] este negócio bemse vê pelos mesmos documentos que todosou consentem ou disfarçam o dito comércioda escravatura, porque em tais paragensda África a todos é necessário pornão haver outro melhor. E como a proibiçãodeste comércio é um efeito de tratadosa que Portugal e o Brasil cederam, talvezque por esta consideração, ainda que nãohouvesse, como há, os poderosos motivosdo interesse, façam com que os governadorese governados se hajam com menosescrúpulos na sua inexecução».21/05/1828 – autorizou o comandantedo brigue Mariana a ir carregar escravosa Lourenço Marques, uma vez que «pelaconcorrência de muitos navios que sedestinam a vir a este porto, não poderáo suplicante preencher a sua carga comaquela vantagem e brevidade recomendadaspelo seu mercante».15/09/1828 – Francisco Henriques Ferrão*participa aos habitantes de Sena tersido eleito deputado da colónia SebastiãoXavier Botelho, o qual «na monção do presenteano vai tomar assento nas cortes, cujanomeação tem sido da satisfação dos moradores,habitantes e eleitores dos portos,que naquela ocasião estavam na cidade deMoçambique, que todos têm patenteado oseu regozijo em festas e iluminações».13/10/1830 – o governador de Rios deSena acusava Xavier Botelho de ter fretadocomo brigue de guerra o navio doEstado Dom Estêvão de Ataíde para levarescravos a fretes ao Rio de Janeiro, compassaportes dados a cada escravo comolivres e passageiros. O mesmo brigue foimandado duas vezes a Bourbon carregadode escravos com as despesas da contade Sua Majestade, e os interesses de taisnegociações para ele, Xavier Botelho.De sua autoria, foi publicado MemóriaEstatística Sobre os Domínios PortuguesesnaÁfrica Oriental, Lisboa, 1835. E EscravaturaBeneficios que podem provir àsnossas possessões d’África da prohibiçãodaquelle traphico/projecto de huma companhiacommercial que promova a culturae civilisação daquelles dominios/Obraposthuma de -------------oferecida ao corpode commercio portugues/Lisboa/1840.[Santana, I, p. 501 e II, pp. 292, 334, 342]1825 · GuimarãesJOÃO MANUEL DA SILVAGUIMARÃES1811- 1830 – dentro deste período foitraficantede escravos no Rio de Janeiro.25/10/1825 – em Moçambique, capitãodo hiate Maria Leonor, despachado paraseguir para Quelimane.[Manolo Florentino / AHU, cx. 199A, cap. 5]1825 · MatosJOAQUIM CORREA MONTEIRO<strong>DE</strong> MATOS04/12/1825 – o pai, Luís Correia Monteirode Matos*, pede para lhe mandar, paraInhambane, alimentos para os escravos.11/1830 – em Moçambique, capitão doCorpo de Ordenanças, manifestou a possede 27 escravos.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>01/11/1837 – em Moçambique, capitãodo Corpo de Ordenanças, subscreveu a representaçãode 29 comerciantes da praçaexpondo ao governador-geral, marquêsde Aracaty, a necessidade de sustar a execuçãodo decreto de 10 de Dezembro de1836 que abolia o tráfico da escravaturaem todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap.3 / Santana, II, p. 113]1825 · MessiasJOÃO FERREIRA MESSIAS18/06/1825 – capitão do navio Nossa Senhorado Livramento Ânimo Grande, emMoçambique, a sair para Quelimane.04/03/1833 – em Moçambique é ajustadopara capitão e piloto da escuna FlorençaAfricana pelo sobrecarga QuesonRamogi*.[AHU, cx. 199A, cap. 5 / Santana, III, p. 963]1825 · NicolsNICOLS27/08/1825 – em Moçambique, ido deBoston e Ilha de França, capitão do navioamericano Juliana. Carregou 152(número imputado) escravos e saiu a29/10/1825 para Montevideo, onde descarregou124, em 14/01/1806.[AHU, cx. 112, nº 83 / Eltis]1825 · RoizFRANCISCO <strong>DE</strong> PAULA ROIZ01/06/1825 – em Moçambique, capitãodo navio Sete de Março, chegado do Riode Janeiro.02/11/1826 – em Moçambique, capitãodo navio Sete de Março, a sair para o Riode Janeiro.15/02/1830 – capitão da galera brasileiraSete de Março, propriedade de JoaquimAntónio Alves, que manifesta acarga no porto de Moçambique, chegadado Rio de Janeiro.[AHU, cx. 196, cap. 4 / Cx. 202, cap. 20 / Cx. 206,cap. 49 / Cx. 228, cap. 52]1825 · SaiboMAMOD (Mamed?) AMOD SAIBO(?) – requer ao governador-geral que lhesejam entregues dois cafres que afirmalegitimamente comprados.20/12/1825 – em Moçambique, capitãoda galera São José Africano com passaportepara ir a Sofala.[Santana, II, p. 460 / AHU, cx. 199, cap. 107]1825 · SantosPORFÍRIO IGNÁCIO SANTOS28/09/1825 – viageiro, em Moçambique,pretende regressar ao Rio de Janeirono navio Sete de Março.[AHU, cx. 199, cap. 56]1825 · SoaresFELISBERTO FRANCISCO <strong>DE</strong>MENESES SOARES10/09/1825 – aceitou letra a João BonifácioAlves da Silva*, a 80 dias, por 55caporros para embarque ou o valor porque correrem.08/10/1827 – hipoteca a João BonifácioAlves da Silva* todos os seus bens pelaquantia de 36 escravos e 200 pesos espanhóisque lhe deve.[AHM, códice 11-5831, fls. 37 vs. e 93 vs.]1825 · TeixeiraCUSTÓDIO JOSÉ ANTÓNIOTEIXEIRA12/03/1825 – alferes, filho de José AntónioTeixeira*, natural de Trás-os-Montes,nomeado por El-Rei para prestar serviçoem Moçambique.1372007 E-BOOK CEAUP


José Capela13807/06/1828 – o major graduado JoséAntónio Teixeira*, despachado governadorda Baia de Lourenço Marques,onde também se encontra destacado seufilho, o tenente Custódio José AntónioTeixeira.05/10/1829 – parte de Lourenço Marquespara o Rio de Janeiro.23/10/1829 – promovido a tenente daguarnição da Baía de Lourenço Marquespelo governador-geral – pede patente deconfirmação.26/07/1830 – preso em Moçambique,António José de Lamego Cabral acusa-ode ter deixado partir no brigue Marianao ex-capitão Custódio José AntónioTeixeira, apesar de este ter feito raptar econduzir para essa embarcação diversosnegros de ambos os sexos.19/01/1831 – pelo procurador em Lisboa,José António Teixeira (o pai), sendocapitão de infantaria da Companhia daBaía de Lourenço Marques, com licençado governador-geral fora ao Rio deJaneiro tratar dos seus negócios e tendo-lhefindado a licença em Outubro de1830 não podia regressar a Moçambiquepor se ter acabado a negociação da escravaturae com ela a navegação do Riode Janeiro para Moçambique. Requer aoRei ir a Lisboa e daí ao seu destino.16/01/1847 – capitão do exército, tomouposse como governador de Quelimane.18/11/1847 – Fugiu na noite de 18 deNovembro de 1847. Havia fretado umnavio que carregou de escravos de sociedadecom o comandante militar de Senae foi clandestinamente para o Brasil.Voltou para Portugal, comprou por 17contos uma quinta na Piedade, perto deAlmada, e foi nomeado adido ao castelodaquela vila.08/03/1848 – demitido do cargo de governadordo distrito de Quelimane e Riosde Sena o major da 4ª secção do Exército,Custódio José António Teixeira.22/04/1848 – o governador-geral suspendera-ode governador de Quelimanee Rios de Sena: «a muito pública eescandalosa conduta do governador deQuelimane e Rios de Sena, consentindoe fazendo abertamente o abomináveltráfico de escravos, admitindo para essefim navios na costa, e barra do distritodo seu governo». «Chegando até a escravizargente livre».03/02/1881 – Faleceu na sua quinta daPiedade, em Palmela, com 76 anos deidade.[Santana, I, pp.53, 478, 938, 939 / Santana, II, pp.561, 562, 629, 630 / AHU, cx. 224, cap. 39 / Almeidad’Eça, História das Guerras no Zambeze, I]1826 · AlvesANTÓNIO FERREIRA ALVES1811-1830 – dentro deste período, comerciantede escravos no Rio de Janeiro.19/041826 – coproprietário com DomingosFernandes Alves* do navio de«grande lotação» Astrea que requereu tonelameao Arsenal ( de Lisboa? ) e quede Lisboa segue viagem para o porto deMoçambique a fazer escravatura para oRio de Janeiro.18/11/1826 – em Moçambique, o navioAstrea que sai com 590 escravos para o Riode Janeiro onde chega em 13/01/1827com 481 (número imputado).20/02/1830 – em Moçambique, capitãoda galera Astrea que em 20/04/1830 vaidesembarcar no Rio de Janeiro 605 escravos,dos 864 carregados.[Manolo Florentino / AHU, cx.201, cap. 37 / Cx. 204,cap. 14 / Cx. 206, cap. cap. 49 / Eltis]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1826 · AlvesDOMINGOS FERNAN<strong>DE</strong>S ALVES1811-1830 – dentro deste período, comerciantede escravos no Rio de Janeiro.19/04/1826 – coproprietário com AntónioFerreira Alves* do navio de «grandelotação» Astrea que requereu tonelameao Arsenal ( de Lisboa? ) e que de Lisboasegue viagem para o porto de Moçambiquea fazer neste escravatura para o Riode Janeiro.[Manolo Florentino / AHU, cx. 201, cap. 37]1826 · BaptistaJACINTO DA SILVA BAPTISTA03/11/1826 – estava em Moçambique,chegado no navio Sete de Março, e seguiapara Inhambane, a negócio.[AHU, cx.. 205, cap. 3]1826 · BritoJORGE <strong>DE</strong> BRITO26/08/1826 – em Quelimane, aceitauma letra a favor de Pedro José de Morais*,no valor de 124 pesos espanhóis,mais 66 caporros bons sem defeito capazesde embarcarem.08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[AHM, códice 11-5831, fls. 83 e códice 11-5832, fls.245 vs.]1826 · CampeãoJOÃO MANUEL DA SILVAGUIMARÃES SUMATRA CAMPEÃO30/06/1826 – em Moçambique, capitãoe caixa da escuna Maria Leonor, compassaporte para Lourenço Marques comescala pelos portos de Quelimane, Sofalae Inhambane.26/07/1828 – é-lhe concedida licençapelo governador de Quelimane para sedeslocar a Moçambique. Licença que serepete em 13/09/1828.02/09/1829 – juntamente com João BonifácioAlves da Silva*, ambos «existentesna vila de Quelimane», proprietáriosdos navios: a barca brasileira Amizadee o brigue Vulcano que, em Setembro,estavam em Moçambique a requerer licençapara voltar a Quelimane à cargade escravos. Já no ano anterior estavaem Quelimane. Comandava o brigue D.Manuel que se dirigia de Goa para o Riode Janeiro, com escala por Bombaim eMoçambique. E é no ano seguinte queestá em Quelimane como «negociantevolante». O senado da Câmara, nas acusaçõesque fez ao governador VasconcelosCirne*, inclui a de este ter obrigado oCampeão a pagar-lhe 3000 pesos para odeixar sair para o Brasil.10/12/1829 – partiu de Quelimane parao Rio de Janeiro na barca Amizade juntamentecom João Bonifácio Alves daSilva*. No Rio de Janeiro dispôs-se a financiara Regência da Terceira, o quenão chegou a fazer por ter falecido logoa seguir.04/02/1830 – no Rio de Janeiro, capitãoJoaquim Martins*, a barca Amizade descarregava625 escravos dos 636 com quepartira de Quelimane.13/07/1830 – o governador de Quelimane,Vasconcelos Cirne*, informava ogovernador-geral que Sumatra Campeãoera homem embarcadiço, sem domicílioem terra, tinha a patente de coronel demilícias nomeado de Manica.1392007 E-BOOK CEAUP


José Capela140[AHU, cx. 202, cap. 55 / Cx. 223, nº 4 / Cx. 235, nº15 / Cx. 243, nº 20 / Cx. 237, nº 31 / Santana, I, pp.484, 606, 1038]1826 · CândidoFRANCISCO CÂNDIDO23/09/1826 – em Moçambique, capitãodo brigue Viajante, a partir para o Rio deJaneiro.[AHU, cx. 206, cap. 49]1826 · CardosoALEXANDRE CORREIA CARDOSO13/09/1826 – em Moçambique, capitãodo brigue Africano, a sair para Quelimane.14/07/1827 – em Moçambique, comandantedo brigue Golfinho a partir paraQuelimane.[AHU, cx.206, cap. 49 / Cx. 209, cap. 78 / Eltis]1826 · ChavesJOSÉ <strong>DE</strong> FREITAS CHAVES28/12/1826 – capitão do brigue Vulcano,em Moçambique, a partir para o Rio deJaneiro. Este navio é regular na carreiraentre o Brasil e as costas de Moçambique,a carregar escravos em Quelimane,aonde vai em 1828 e 1829, sempre sob ocomando de José de Freitas Chaves.06/12/1827 – capitão do bergantim Vulcano,que saiu a 1 de Quelimane e se viuobrigado a arribar por ter começado ameter água, o que provocou o protestodos carregadores: Francisco Raimundode Freitas Chaves* que tinha embarcado56 escravos, João Pinto dos Reis* esócios José António das Neves*, MiguelAntónio de Oliveira Araujo* e comitentesJosé da Silva Maito* e José Xavier deAzevedo Marques* com 155 escravos,Francisco Esteves Lima* 87 escravos aserem entregues no Rio de Janeiro.02/12/1828 – comandante do briguebrasileiro Vulcano que, desembaraçadona Alfândega de Moçambique, segue viagempara Quelimane.03/09/1829 – em Moçambique, capitãodo barca Vulcano, propriedade de JoãoBonifácio Alves da Silva*, autorizadopor despacho do governador-geral a irao porto de Quelimane onde carrega 634escravos dos quais descarregou 620, noRio de Janeiro, em 13/01/1829.[AHU, cx. 206, cap. 49 / Cx. 217, nº 16 / Cx. 223, nº11 / AHM, códice 11-5831, fls. 98 e sgs. / Santana, I,pp. 593, 916 e 1170 / Eltis]1826 · ColemOLIVEIRA COL<strong>EM</strong>26/02/1826 – em Moçambique, capitãoda escuna francesa Maria.[BNL, Reservados, códice 10648]1826 · Debomhé<strong>DE</strong>BOMHÉ30/03/1826 – em Moçambique, capitãoda escuna francesa La Clementine, ida deBourbon.[BNL, Reservados, códice 10648]1826 · FangeletAUGUSTO FANGELET07/06/1826 – em Moçambique, capitãoda escuna francesa Belina.[BNL, Reservados, códice 10648]1826 · FontesJOSÉ JOAQUIM <strong>DE</strong> SOUSAFONTES21/03/1826 – no porto de Moçambique,mestre da galera Conde dos Arcos,de 423 toneladas, com passaporte dadoem Moçambique para os portos do Brasile só para portos da costa de África ondeE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>o tráfico era permitido aos vassalos portugueses.01/04/ 1826 – no porto de Moçambique,capitão da galera Conde dos Arcos,prestes a sair para o Rio de Janeiro ondechegou a 15/06/1826 com 581 dos 621escravos carregados.27/08/1829 – capitão da barca Novo Paquete,requer autorização para embarcar«mil e quinhentas panjas de milhode outras tantas de feijão» para a manutençãodos escravos que embarcaria.Despachado pelo administrador do CeleiroPúblico.14/08/1829 – capitão e sobrecarga dabarca brasileira Novo Paquete, em Moçambique,proveniente do Rio de Janeiro,requer licença para ir a Inhambanecompletar a carga.26/08/1829 – ainda em Moçambique,pede licença para carregar alimento paraos escravos que tem que transportar.02/09/1829 – capitão e sobrecarga dabarca brasileira Novo Paquete, tendo obtidoautorização do ex-governador parair carregar escravos a Inhambane, livree desembaraçado para seguir para o Riode Janeiro com escala em Inhambanede onde saiu em 24/12/1829. Carregou623 escravos, dos quais descarregou 586no Rio de Janeiro, em 17/02/1830.[AHU, cx. 200, cap. 70 / Cx. 206, cap. 49 / Cx. 222,caps. 3, 26 e 57 / Cx. 250, cap. 70 / Santana, I, p.1155, 1161 / Eltis]1826 · GuilhermeJOÃO GUILHERME07/1826 – capitão do brigue Furão, desembaraçadoem Moçambique para seguirpara Quelimane.[AHU, cx. 206, cap. 49]1826 · IssufoABUCHAMO (Abuchaniu?)ISSUFO15/11/1826 – em Moçambique, mestredo brigue Furão, a sair para Inhambane.24/03/1829 – em Moçambique, capitãoda escuna São Miguel, desembaraçadana Alfândega.[AHU, cx. 205, cap. 32 / Cx. 225, cap. 80 / Santana,I, p. 1127]1826 · LimaFRANCISCO ESTEVES (<strong>DE</strong>) LIMA11/07/1826 – em Moçambique, capitãodo brigue Rita Africana, que segue paraQuelimane.06/12/1827 – em Moçambique, carregarano navio Vulcano, capitão José deFreitas Chaves*. Juntamente com os restantescarregadores protestou pela arribadaapós a saída com destino ao Rio deJaneiro.[AHM, códice 11-583, fls. 98 e segs. / AHU, cx. 202,cap. 78]1826 · MagalhãesZEFERINO JOSÉ PINTO <strong>DE</strong>MAGALHÃES1811-1830 – dentro deste período foi traficantede escravos no Rio de Janeiro.31/08/1826 – negociante do Rio de Janeiro«[…] matriculado na Imperial Juntado Comércio do Império, que entre osdiversos ramos de grosso trato de seucomércio tinha o de Embarcação paraa Costa d’África Oriental no resgate deescravos para esta capital», conforme asecretaria de estado dos estrangeiros informavaa do Ultramar. Pinto de Magalhãesrepresentara junto do Encarregadode Negócios de Portugal no Rio de Janeirocontra os «estorvos» que estavam a ser1412007 E-BOOK CEAUP


José Capela142levantados em Quelimane, obrigando asembarcações a irem a Moçambique paraaí pagarem os direitos de entrada e desaída. Magalhães alegava que «O Brasilem 1800 entrara a especular no resgatede escravos em Moçambique e fora elequem ressuscitara o comércio da costaoriental de África a ponto que os negociantesde Moçambique se animaram irresgatar escravos aos inóspitos sertõesde Tete e de Sena». Ainda segundo ele,«os especuladores do Brasil não contentescom o aumento que deram ao comérciode Moçambique animaram-se adescobrir o porto de Quelimane e comefeito o povoaram por ser menos quatrograus de viagem: por reputarem melhoras suas mercadorias não só em escravos,como em tartaruga, e marfim; e por sermais cómoda a viagem dos sertões deQuelimane, Tete e Sena para aquele portoque para Moçambique».[Manolo Florentino / AHU, cx. 203, cap. 58]1826 · MalhoJOSÉ CAETANO MALHO12/12/1826 – em Moçambique, capitãodo brigue Rita Africana.07/01/1830 – em Inhambane, mestre dolugre brasileiro Santo António, em tráficoclandestino. Carregou 288 escravosem Inhambane dos quais descarregou283 no Rio de Janeiro, em 02/06/1830.26/11/1830 – em 29/04/1828 havia-lhesido concedida licença para se ir tratarà sua pátria (Goa) e foi mandado comopiloto da charrua Afonso de Albuquerque,em 28/05/1828, que de Goa ia para o Riode Janeiro, onde ficou. «Em 21/12/1829apareceu novamente aqui (Moçambique)este decantado herói Malho», nãojá português mas brasileiro naturalizado– talvez para se livrar de calotes e crimesaqui – veio como capitão do lugre SantoAntónio de que fala o Brasil Imparcial.Regressou ao Brasil no mesmo brigue».Havia sido um dos «regeneradores daNação na revolução de 1820, aonde fezactos grandes com o seu exaltante constitucionalismo,de onde foi remetido presopara Goa».[BNL, Fundo Geral, códice 10648 / AHU, Cx. 206,cap. 49 / Cx. 226, cap. 10 / Cx. 241, cap. 75 / Eltis]1826 · MendonçaMANUEL FRANCISCO <strong>DE</strong> AGUIAR(ASSIS?) MENDONÇA13/09/1826 – em Moçambique, capitãodo brigue Seis de Fevereiro que seguepara Quelimane. Em 02/01/1827 sai deQuelimane com 440 escravos para o Riode Janeiro onde chega, em 01/03/1827,com 419.01/09/1827 – mestre do brigue Seis deFevereiro, de que era proprietário JoãoRodrigues Pereira de Mendonça*, chegadoa Moçambique, proveniente do Riode Janeiro.23/12/1827 – o governador-geral, parafacilitar o comércio de alguns naviosbrasileiros, concedeu ao brigue Seis deFevereiro, de que era mestre, a ida a Quelimanepara fazer uma carga de escravospara a capital.01/10/1828 – em Moçambique, capitãodo brigue brasileiro Seis de Fevereiro,segue para Quelimane de onde sai a11/12/1828 com 430 escravos para o Riode Janeiro e onde chega a 30/01/1829com 404.21/07/1829 – em Moçambique, capitãodo brigue brasileiro Seis de Fevereiro,desembaraçado pela Alfândega para seguirviagem para o Rio de Janeiro comE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>escala por Quelimane. Carregou 480 escravosem Quelimane de onde saiu em07/11/1829, dos quais descarregou 463no Rio de Janeiro, em 19/01/1830.[AHU, cx. 206, cap. 49 / Cx. 208, cap. 63 / Cx. 212,cap. 114 / Cx. 216, cap. 65 / Cx. 221, cap. 119 / Cx.224, cap. 77 / Cx. 227, nº 32 / Santana, I, pp. 1018,1048 e 1136 / Eltis]1826 · MoraesPEDRO JOSÉ <strong>DE</strong> MORAES05/12/1843 – registo, em Quelimane,do testamento com que faleceu: naturalde Alfagim, Trás-os-Montes, filho de PedroJosé de Moraes e de Rita Rodrigues.Solteiro, com quatro filhos naturais. Odinheiro que tinha no Rio de Janeiro destinava-seà educação de seus filhos Pedroe Salustiano, o primeiro a estudar no Riode Janeiro, seu herdeiro universal.20/07/1826 – em Quelimane, sacousobre Francisco Geraldes da Rosa* por858$800 reis fortes e mais 45 caporrosbons para embarque.26/08/1826 – em Quelimane, sacou sobreJorge de Brito* 124 pesos espanhóismais 66 caporros bons para embarque.01/1828 – capitão-mor dos Rios de Sena,foi eleito juiz ordinário da câmara deQuelimane para o ano de 1828.23/10/1829 – residente em Quelimane,foi promovido pelo governador-geral noposto de major de milícias de Quelimane,de que pede patente de confirmação.12/11/1831 – proprietário da escunaFlorência Africana, a viajar entre Quelimanee Moçambique, tendo como mestreManuel José da Ponte*.10/09/1832 – proprietário da escunaFlorência Africana, em Moçambique,chegada de Quelimane com passageirose escravos.30/03/1833 – em Moçambique, proprietárioda escuna Florência Africana, desembaraçadana Alfândega para seguirpara Quelimane, tendo como sobrecargaQueson Ramogi e como capitão e pilotoJoão Ferreira Messias.08/08/1836 – em Quelimane, é o primeirosubscritor de uma representaçãode 25 negreiros moradores [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.13/02/1841 – o governador-geral PereiraMarinho, em correspondência para oConde do Bonfim, louva o secretário dogoverno-geral, bacharel António Júliode Castro Pinto de Magalhães, porque,entre outros factos, salienta este: PedroJosé de Moraes, «um dos proprietáriosmais ricos de Quelimane remeteu-lhepor mão confidente um maço de cordõese anéis de ouro mais puro, e um frascocheio de ouro em pó» que ele rejeitou.07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.1841-1849 – na lista do relatório Alcoforado,como procurado pela políciabrasileira, por tráfico de escravos. Seráporventura o filho, do mesmo nome, queestando no Rio de Janeiro, a estudar,terá dado seguimento aos negócios dopai, falecido em 1843.[AHM, códice 11-1835, fls. 17 vs. / Códice 11-5831,fls. 74 vs. e fls. 83 / Códice 11-5832, fls. 245 vs. /AHU, cx. 224, cap. 42 / Cx. 252, cap. 82-A / Pasta8, cap. 1 / Santana, I, p. 623. III, pp. 564 e 565 /Alcoforado]1432007 E-BOOK CEAUP


José Capela1441826 · Negagi<strong>EM</strong>ICHAN<strong>DE</strong> NEGAGI23/05/1826 – em Moçambique, senhorioda goleta São José Africano, a partirpara Sofala levando como mestre LiberatoRoiz Nunes*.[AHU, cx. 200, cap. 101]1826 · NunesLIBERATO RODRIGUES (tambémRoiz) NUNES23/05/1826 – em Moçambique, mestreda goleta São José Africano, do senhoriode Emichande Negagi*, negocianteda mesma praça de Moçambique, a sairpara Sofala.12/11/1828 – em Moçambique, capitãoda escuna Providência, desembaraçadapela Alfândega, segue viagempara Sofala.14/04/1829 – em Moçambique, mestre daescuna Providência de Sofala, desembaraçadana Alfândega, segue para Sofala.24/08/1831 – em Moçambique, mestre(?) do batel Grão Pancão, em Moçambique,procede ao manifesto de carga.[Santana, I, pp. 579 e 896. III, p. 65 / AHU, cx. 200,cap. 101 / Cx. 216, cap. 115 / Cx. 220, cap. 28, cap.58]1826 · RamosJERÓNIMO DA SILVA RAMOS12/08/1826 – em Quelimane, sacou umaletra sobre António Manuel da Silva* por5 caporros e 10 patacas espanholas.[AHM, códice 11-5831, fls. 81 vs.]1826 · RosaFRANCISCO GERAL<strong>DE</strong>S DA ROSA20/07/1826 – aceita uma letra a PedroJosé de Moraes* por 858$800 e 45 caporrosbons para embarque.20/11/1827 – hipotecou os seus escravosa Joaquim António da Silva* pela dívidavencida de 19 caporros.01/1828 – eleito terceiro vereador daCâmara de Quelimane para 1828.[AHM, códice 5931, fls. 74 vs. e fls. 96]1826 · SallesJOAQUIM <strong>DE</strong> SALLES26/09/1826 – em Moçambique, capitãodo brigue Vinte e Oito de Março, a seguirpara Quelimane. Sai de Quelimane com448 escravos e chega ao Rio de Janeirocom 446, em 09/02/1827.21/11/1829 – em Quelimane, provenientedo Rio de Janeiro, capitão do briguebrasileiro D. Manuel de Portugal eCastro. Vai a Moçambique de onde sai a07/01/1830 com 505 escravos dos quaisdescarregou no Rio de Janeiro 496 (númerosimputados) em 16/03/1830.[AHU, cx. 206, cap. 49 / Cx. 221, cap. 58 / Cx. 224,cap. 47]1826 · SantosRAFAEL INÁCIO DA FONSECASANTOS06/10/1826 – em Moçambique, capitãoda galera Nove de Janeiro, provenientedo Rio de Janeiro, para onde sai em06/02/1827, com 672 escravos, e ondechega com 592, em 30/04/1827.[AHU, cx. 204, cap. 26a) / Cx. 212, cap. 115 / Eltis]1826 · SilvaANTÓNIO MANUEL DA SILVA12/08/1826 – em Quelimane, aceitauma letra a favor de Jerónimo da SilvaRamos* por 4 caporros e 10 patacas espanholas.[AHM, códice 11-5831, fls. 81 vs.]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1826 · SousaJOSÉ JOAQUIM <strong>DE</strong> SOUSA21/03/1826 – em Moçambique, mestreda galera Conde dos Arcos que saiuem 15/04/1826 com 621 escravospara o Rio de Janeiro onde chegou. em15/06/1826, com 581.[AHU, cx. 200, nº 70 / Eltis]1826 · TeixeiraJOSÉ <strong>DE</strong> SOUSA TEIXEIRA06/10/1826 – em Moçambique, provenientedo Rio de Janeiro, capitão da galeraAmália, que sai a 03/02/1827 com770 escravos para o Rio de Janeiro ondechega com 684, em 03/04/1827.09/10/1828 – em Moçambique, capitãoda galera brasileira Amália, quesegue para o Rio de Janeiro com 640escravos dos quais descarrega 510, em21/12/1828.[AHU, cx. 207, cap. 68 / Cx. 216, cap. 69 / Santana,I, p. 582 / Eltis]1826 · ValleANTÓNIO RIBEIRO DO VALLE11/12/1826 – em Moçambique, provenientedo Rio de Janeiro na galera A Voadora,pretende regressar ao mesmo porto.[AHU, cx. 206, cap. 21]1826 · VianaMANUEL JOSÉ VIANA19/12/1826 – em Moçambique, a viajarpara o Rio de Janeiro.Entre 1763 e 1808 era capitão do navioNossa Senhora da Conceição e São Franciscode Paula Ulisses fretado pelo negociantede Lisboa Fernando José Ferreira,para ir do Rio de Janeiro a Montevideo.[AHU, cx. 206, cap. 32 / Corcino Santos, Relações Comerciaisdo Rio de Janeiro com Lisboa]1826 · VieiraJOSÉ <strong>DE</strong> SOUSA VIEIRA02/1826 – em Moçambique, capitão dobrigue Maria, a sair para o Rio de Janeiro.14/08/1827 – em Moçambique, comandantedo brigue Vitória.26/07/1828 – em Moçambique, comandantedo lugre Epifania que, desembaraçadopela Alfândega, segue viagem paraBombaim.03/1830 – chegado a Moçambique, capitãodo brigue Mariana, procede ao manifestode carga.19/04/1830 – mestre e (?) capitão dobrigue brasileiro Mariana, em Moçambique,a partir para o Brasil.05/06/1830 – em Moçambique, Joãoda Silva Carrão* comprou – lhe o briguebrasileiro Mariana.[Santana, I, pp. 584 e 709 e II, pp. 51, 81 e 401 /AHU, cx. 206, cap. 49 / Cx. 233, cap. 29]1827 · AllySULTANE ALLY23/05/1827 – em Moçambique, capitãodo bergantim Furão, a seguir paraInhambane.[AHU, cx. 208, cap. 116]1827 · AndradeJOSÉ FREIRE <strong>DE</strong> ANDRA<strong>DE</strong>23/07/1827 – em Moçambique, capitãoda escuna Mazipraia, a sair para Quelimane,Inhambane e Lourenço Marques.14/09/1827 – em Moçambique, sobrecargada escuna portuguesa Mazipraia,chegada de Inhambane, dapropriedade de Gabriel José de SousaFerreira*, tendo como mestre ManuelJoão Coelho*.30/08/1828 – em Moçambique, capitãoda barca brasileira Amizade que segue1452007 E-BOOK CEAUP


José Capela146para Quelimane de onde sai com 549 escravospara o Rio de Janeiro, onde chegaa 11/12/1828.[AHU, cx. 209, cap. 106 / Cx. 211, cap. 79 / Cx. 216,cap. 35 Santana, I, p. 597 / Eltis]1827 · AraujoMIGUEL ANTÓNIO <strong>DE</strong> OLIVEIRAARAUJO16/12/1827 – em Quelimane carregou,com os sócios e comitentes JoãoPinto dos Reis*, José António das Neves*,José da Silva Maito* e José Xavierde Azevedo Marques*, 155 escravosno bergantim Vulcano, capitão José deFreitas Xaves*. Protestam contra a arribadaapós a saída com destino ao Rio deJaneiro.[AHM, códice 11-5831, fls. 98 e seguintes]1827 · CamposJOÃO JOSÉ DA SILVA CAMPOS24/11/1827 – em Moçambique, capitãoda galera brasileira Flor de Moçambiqueproveniente do Rio de Janeiro aonde regressoucom 644 escravos dos quais foidescarregar a Campos 612.14/12/1830 – entrou no porto de Quelimanea galera brasileira Amisade, de queera capitão, alegadamente por arribadaforçada.[AHU, cx. 212, cap. 28 / Santana, III, p. 291 / Eltis]1827 · CoelhoMANUEL JOÃO COELHO14/ 09/1827 – em Moçambique, mestreda escuna portuguesa Mazipraia,propriedade de Gabriel José de SousaFerreira*, da praça de Moçambique, chegadada viagem de Inhambane.[AHU, cx. 211, cap. 79]1827 · FariaJOSÉ BERNARDO <strong>DE</strong> FARIA11/04/1827 – em Moçambique, capitãodo batel Saramatane, a sair paraInhambane.07/04/1818 – em Inhambane, ido deMoçambique, capitão do batel Saramatane.Como vários comerciantes deInhambane estavam a enviar escravospara Quelimane e não para Moçambiqueo governador de Inhambane estava a cobrar-lhesos direitos respectivos.[AHU, cx. 212, cap. 115 / BNL, Reservados, códice10648]1827 · FreitasFRANCISCO RAIMUNDO <strong>DE</strong>FREITAS06/12/1827 – carregara no bergantimVulcano, capitão José de Freitas Chaves*,56 escravos para o Rio de Janeiro.Juntamente com outros carregadoresprotestou por o navio ter arribado aQuelimane depois de ter começado ameter água.13/04/1829 – em Moçambique, carregouno brigue escuna Vitória, de que eraproprietário José Ignácio da Silva* e capitãoVentura José de Oliveira Viana*,para o Rio de Janeiro, 62 escravos, destinadosa António Dias Correia* e FélixLuís de Oliveira*.[AHM, códice 11-5831, fls. 98 vs., 174, 181 e 181 vs.]1827 · GuimarãesJOSÉ FRANCISCO DA COSTAGUIMARAES12/07/1827 – em Quelimane, sacou sobreManuel António da Silva* por quatrocaporros.[AHM, códice 11-5831, fls. 96]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1827 · LimaFRANCISCO JOSÉ ESTEVES <strong>DE</strong>LIMA01/10/1827 – em Moçambique, capitãodo brigue português Hercules que seguepara Quelimane, onde se propunha carregaraté 250 escravos. Carregou 592dos quais foi descarregar 550 ao Rio deJaneiro, em 03/03/1828.[AHM, cx. 211, cap. 99 / Eltis]1827 · LobatoJOSÉ CYRÍACO (Cipriano?)GONÇALVES LOBATO17/08/1827 – em Moçambique, é-lhepassado passaporte para seguir paraQuelimane.08/08/1836 – por si e pelo seu constituinteCustódio Francisco de SousaGuimarães* subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.02/01/1829 – aceita uma letra a JoãoBonifácio Alves da Silva* por «dezescravos negros bons sem defeito algumpróprios para embarque para oBrasil».[AHM, códice 11-5831 Códice11-5832, fls. 245 vs. /AHU, pasta 8, cap. 1 / Santana, I, p. 254]1827 · MachadoMIGUEL ALVES MACHADO(também Miguel AlvesMachado de Carvalho*)14/08/1827 – segundo piloto e sobrecargado brigue Vitória.[Santana, I, p. 709]1827 · MaiaJOSÉ FERREIRA MAIA19/05/1827 – em Moçambique, capitãodo brigue Mariana, chegado do Rio deJaneiro. Em 28/09/1827 saiu para o Riode Janeiro onde chegou em 02/11/1827com 400 escravos.08/05/1828 – em Moçambique, entradodo Rio de Janeiro com escala por LourençoMarques, com 66 dias de viagem.14/05/1828 – o governador-geral manda-o«deduzir e pagar os direitos sobre aavaliação dos vinte e cinco escravos quecomprou na baía de Lourenço Marques».21/05/1828 – em Moçambique, comandantedo brigue Mariana, chegado doRio de Janeiro a 08/05/1828, tendo ido aMoçambique «procurar carregação de negros(objecto da sua negociação)», dada aafluência de concorrentes pede para ir fazera carga ao porto da Baía de LourençoMarques. O governador-geral defere.14/06/1828 – em Moçambique, comandantedo brigue Mariana, é autorizadoa levantar cinco barris de pólvora que tinhadepositados.1829 – capitão da galera Amália, carrega800 escravos em Lourenço Marques dosquais descarrega 783 no Rio de Janeiro.Carregamento consignado a JoaquimFerreira dos Santos*.[AHU, cx. 208, nº 111 / 211, cap. 63 / Cx. 212, nº 115/ Cx. 215, caps.15 e 49 / Cx. 218, nº 34 / Santana, I,pp. 310, 552, 641 e 651 / Manolo Florentino / Eltis]1472007 E-BOOK CEAUP


José Capela1481827 · MaitoJOSÉ DA SILVA MAITO06/12/1827 – aparece como um dos comitentesem carregamento de 155 escravosno bergantim Vulcano, capitão Joséde Freitas Chaves*, arribado a Quelimane.Os carregadores protestam contra aarribada após a saída com destino ao Riode Janeiro.[AHM, códice 11-5831, fls. 98 e seguintes.]1827 · MarquesJOSÉ XAVIER <strong>DE</strong> AZEVEDOMARQUES06/12/1827 – aparece como um dos comitentesem carregamento de 155 escravosno bergantim Vulcano, capitão Joséde Freitas Chaves*, arribado a Quelimane.Os carregadores protestam contra aarribada após a saída do porto com destinoao Rio de Janeiro.[AHM, códice 11-5831, fls. 98 e seguintes]1827 · MatosoCAETANO DA COSTA MATOSO28/11/1827 – governador da fortaleza deLourenço Marques que procurou evitar queo navio francês L’Evrier, a carregar escravosnaquele porto, fosse revistado por oficiaisingleses. Acusado de ter feito desembarcar50 escravos, afirmando que estavam simplesmentea descarregar arroz transportadopelo navio e de a maior parte dos 234escravos a bordo, pessimamente alojadose extremamente debilitados, terem sidocomprados por ele ou às suas ordens.[Santana, I, pp. 360 e 361]1827 · MendonçaJOÃO RODRIGUES PEREIRA <strong>DE</strong>MENDONÇA01/09/1827 – em Moçambique, proprietáriodo brigue Seis de Fevereiro, de queera mestre Manuel Francisco de AguiarMendonça*, chegado a Moçambique,proveniente do Rio de Janeiro.14/09/1827 – pede passaporte para Quelimanepara onde segue e de onde sai em28/01/1828, com 430 escravos.[AHU, cx. 211, cap. 47 / Cx. 212, cap. 114]1827 · NevesJOSÉ ANTÓNIO DAS NEVES06/12/1827 – sócio de João Pinto dosReis* e outros no carregamento de escravosno bergantim Vulcano, capitão Joséde Freitas Chaves*, arribado a Quelimaneapós a saída com destino ao Rio de Janeiroe que protestam contra a arribada.[AHM, códice 11-5831, fls. 98 e seguintes]1827 · RamosFRANCISCO MANUEL <strong>DE</strong> PAULARAMOS27/07/1827 – em Moçambique, capitãodo batel Despique da Inveja.[AHU, cx. 212, cap. 115]1827 · ReisJOÃO PINTO DOS REIS06/12/1827 – carregara 155 escravos nobergantim Vulcano, capitão José de FreitasChaves*, cujo destino era o Rio deJaneiro. Juntamente com sócios e comitentes,protesta pela arribada do navio aQuelimane, após a saída.[AHM, códice 11-5842, fls. 98 e segs.]1827 · RodriguesANTÓNIO RODRIGUES03/07/1827 – em Quelimane, João BonifácioAlves da Silva* saca sobre AntónioRodrigues uma letra pela quantia de81 caporros e meio.[AHM, códice 11-5831, fls. 95 vs.]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1827 · RodriguesFRANCISCO <strong>DE</strong> PAULARODRIGUES03/11/1827 – em Moçambique, capitão donavio Sete de Março, a seguir para o Rio deJaneiro, para onde vai com 604 escravos eonde chega em 08/01/1828, com 517.28/11/1828 – em Moçambique, capitãoda galera Sete de Março que carregou847 escravos em Moçambique, dos quaisdescarregou 679 no Rio de Janeiro, em23/01/1829.27/02/1830 – em Moçambique, capitãoda galera brasileira Sete de Março com documentospassados na cidade de Desterro.30/10/1830 – em Moçambique, capitãodo navio Sete de Fevereiro, a seguir para oRio de Janeiro.[AHU, cx. 212, cap. 115 / Santana, II, pp. 48. 226,802 / Eltis]1827 · SilvaJOAQUIM ANTÓNIO DA SILVA02/12/1828 – em Quelimane, FranciscoGeraldes da Rosa* hipotecou-lhe 19 escravospor 19 caporros que lhe devia.[AHM, códice 11-5831, fls. 96]1827 · SilvaMANUEL ANTÓNIO DA SILVA12/07/1827 – em Quelimane, José Franciscoda Costa Guimarães* sacou sobreele por 4 caporros.08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[AHM, códices 11-5831, fls. 96 e códice 11- 5832, fls.245 vs.]1827 · XavierJOÃO DA COSTA XAVIER25/01/1827 – o governador-geral SebastiãoXavier Botelho, tendo-o autorizadoa viajar para a metrópole: capitão de infantaria,ajudante de ordens do governo,«oficial moço, aplicado e de uma dasprincipais famílias desta cidade».09/11/1827 – de Paris requeria maisum ano sobre o ano de licença concedidopara tratar de assuntos de família emFrança. Indeferido e o requerente consideradodesertor e devendo ser preso ejulgado em conselho de guerra logo queregressasse a Moçambique.13/03/1828 – capitão da guarnição deMoçambique, perante o indeferimentoalega que encontrando-se em França nãolhe é posssível regressar a Portugal noprazo necessário pelo que pretende justificar-seperante o soberano.04/05/1835 – nomeado chefe do estadomaior do Quartel General de Moçambique.01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.23/01/1837 – tem qualquer tipo de ligaçãocom a chegada a Moçambique da escunaportuguesa Paquete da Madeira queprocede ao manifesto de carga levada deLisboa, de Lourenço Marques e de Quelimane,da qual constam «113 escravosentre homens e mulheres».24/11/1838 – major do exército de Portugalé nomeado por Sá da Bandeiragovernador do distrito de Inhambane,1492007 E-BOOK CEAUP


José Capela150ficando-lhe subordinados os de Sofala ede Lourenço Marques. Não aceitou a nomeação.12/01/1839 – era cavaleiro da ordemde Nossa Senhora da Conceição de VilaViçosa, major do Exército de Portugal,chefe do Estado Maior da Província deMoçambique e Governador da Capitaniade Quelimane e Rios de Sena.05/03/1841 – Governador-Geral PereiraMarinho: «sendo um dos mais afincadospartidaristas do comércio da escravatura».Diz não o ter exonerado para nãodesesperar a facção dos negreiros a queele pertencia. Natural de Moçambique,«chegou aqui no posto de capitão notempo em que se faziam nesta capital osoficiais ou por dinheiro, ou por presentesou por outros semelhantes motivos».Estava na França quando D. Miguel sedeclarou rei. Aí se juntou aos emigradose lutou no Porto em um batalhão de voluntários,pelo que foi nomeado major echefe do estado maior de Moçambiquepor tempo indefinido. No tempo do governador-geralD. António Jose de Mellofez-se nomear governador de Quelimaneonde fez uma «considerável fortunaem pouco tempo por aqueles meios ilícitosque os governadores de Quelimanese costumam enriquecer». A razão deaceitar a nomeação para governador deInhambane terá sido querer ir a Havanacom uma carga de escravos para o quejá tinha licença da Junta Provincial antecessorade Marinho. Acabou por não ira Havana porque o temporal de Janeirode 1840 fez naufragar todas as embarcaçõesnegreiras que estavam no portode Moçambique. De harmonia coma lei – alegava Marinho – não lhe tinhapermitido ir a Portgual. Por isso e porMarinho não permitir o tráfico da escravaturamais se uniu à facção dos negreiros.Seria mesmo o principal da «facçãonegreira».07/05/1841 – 14/02/1843 – governador-geralinterino de Moçambique.1846 (c.) – Marquês de Fronteira : «OGoverno mandou apresentar-se-me umMajor da primeira linha para se encarregardo material dos Corpos de Voluntários,armamento e munições de guerra,o Conselheiro Costa Xavier, que, durantealgum tempo, tinha governado interinamenteMoçambique e feito as campanhascontra a Usurpação, excelente cavalheiro,casado com uma elegante e bem educadasenhora que muito se ligou comminha mulher e filha e muito concorriapara tornar agradáveis as nossas partidasem S. Pedro de Alcântara, mas dotadode uma inactividade que mal ia com asua carreira». Passava o tempo a dormir,inclusive nas horas de serviço». «[…] Detodos os meus subordinados militarese civis daquela época, é o que tem sidomais largamente recompensado: temsido deputado algumas vezes, no Exércitoestá colocado a par de mim, porque éMarechal de Campo reformado, como eusou, e na carreira civil é hoje membro doConselho Ultramarino».1842 – deputado em diversas legislaturasa partir deste ano.1864 – deputado, fazia parte da Comissãodo Ultramar.[Santana, I, pp. 40, 120, 265. III, p. 989 / PereiraMarinho, Memória de Combinações. / Memórias doMarquês de Fronteira e d’Alorna, parte sétima e oitava,p. 195. / Braga Paixão, Cem Anos do Banco NacionalUltramarino I, p. 13 / AHM, códice 11-816, fls. 194 /Gov.-Geral, cx. 241, mç. 2, nº 1 / AHU, pasta 4, cap. 3Pasta 7, cap. 1 / Pasta 11, cap. 2]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1828 · AbdeláBONA AB<strong>DE</strong>LÁ29/05/1828 – em Moçambique, comandantede pangaio desembaraçado pelaAlfândega.[Santana, I, p. 718]1828 · AbdoláABDOLÁ22/08/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para Zanzibar.[Santana, I, p. 596]1828 · AbdoláSALIMO ABDOLÁ23/08/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para Zanzibar.24/10/1828 – capitão do pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para Zanzibar.[Santana, I. p. 583, p. 593]1828 · AbiboABDALÁ (também Abudola)BONA (também Bunna) ABIBO18/02/1828 – O seu pangaio está desembaraçadoem Moçambique para seguirviagem para Maiota.27/11/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio proveniente de Zanzibar,procede ao manifesto de carga.[Santana, I, p. 576 e II, p. 804]1828 · AliABDOLA BONA ALI15/02/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio desembaraçado para seguirpara Quelimane.22/07/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para Zanzibar.[Santana, I, p. 718]1828 · AlmeidaPEDRO FÉLIX <strong>DE</strong> ALMEIDA31/03/1828 – em Moçambique, sobrecargado bergantim Vitória, com passaportepara os portos de Inhambane e deQuelimane.01/04/1828 – 3º escrivão da Alfândegade Moçambique.07/07/1829 – 2º escrivão da Alfândegade Moçambique.[Santana, I, pp. 386, 680, 819]1828 · AlyBONA ALY15/02/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para Sabasaba.21/09/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de S. Lourenço, procedeao manifesto de carga.[Santana, I, p. 589. II, p. 805]1828 · AlyISUFO ALY12/07/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para S. Lourenço.[Santana, I, p. 587]1828 · AlyIUSUFE (ou ISUFO) BONA ALY17/05/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para S. Lourenço.19/09/1830 – em Moçambique, ido deMaiote, procede ao manifesto de carga.02/10/1830 – em Moçambique, tendovendido a carga do seu pangaio, pedepara partir.[Santana, I, p. 592. II, pp. 32, 806]1512007 E-BOOK CEAUP


José Capela1521828 · AmadeABDULA BONA AMA<strong>DE</strong>17/06/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para as Ilhas deCabo Delgado.[Santana, I. p. 595]1828 · AmadeI<strong>DE</strong> AMA<strong>DE</strong>07/01/1828 – capitão de pangaio que, desembaraçadopela Alfândega de Moçambique,segue viagem para Bombatoque.[Santana, I, p. 591]1828 · AmadeMAMA<strong>DE</strong> (também Maamade)BONA AMA<strong>DE</strong>21/03/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio desembaraçado para sairpara Zanzibar.17/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Lomu (?), procede aomanifesto de carga.[Santana, I, p. 385. II, p. 828]1828 · AmadeSAI<strong>DE</strong> AMA<strong>DE</strong>10/09/1828 – em Moçambique, capitãode um pangaio que segue viagem paraMugau.[Santana, I, p. 577]1828 · AmadeSE<strong>DE</strong> OMAR BONE AMA<strong>DE</strong>02/10/1828 – em Moçambique, o pangaiode que era capitão, estava desembaraçadopara seguir viagem paraZanzibar.[Santana, I, p. 576]1828 · AmadeSELBO BONA AMA<strong>DE</strong>09/04/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio desembaraçado para sairpara Angoche.[Santan, I, p. 385]1828 · AmisseMAMAD BONA AMISSE19/07/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para S. Lourenço.18/08/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para Zanzibar.[Santana, I, p. 600, p. 720]1828 · AmudeAMU<strong>DE</strong>13/09/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado da Alfândega de Moçambique,segue viagem para S. Lourenço.[Santana, I, p. 594]1828 · AmureMAÇURE BINA AMURE29/11/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para S. Lourenço.[Santana, I, p. 593]1828 · Ary<strong>DE</strong>UCHAND ARY28/12/1831 – em Moçambique, juntamentecom Velgy Jevarchande*, procedea contrato de fretamento com o capitãodo brigue português Maria, Luis MariaFernandes*, para viagem a Quelimanena «presente monção».31/07/1830 – em Moçambique, negocianteque pede certidão dos direitospagos à Real Fazenda, de importação eE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>de exportação relativamente a Brasil,Dio, Damão, Baía de Lourenço Marques,Quelimane, Inhambane, Sofala eestrangeiro. Em 1828 e 1829 as maioresquantias deviam-se aos negócios com oBrasil.31/01/1833 – chegou a Cabo Delgado abarquinha do negociante Deuchand Aryida de Moçambique.[Santana, II, pp. 238 e 239. III, pp. 784 e 967]1828 · AsaneCHARIFE (também Xarife) ASANE05/11/1828 – capitão de pangaio desembaraçadopela Alfândega de Moçambiquepara seguir viagem para as Ilhas deCabo Delgado.21/03/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Monfia, procede aomanifesto de carga.[Santana, I, p. 578. II, p. 823]1828 · AzireBONA AZIRE13/02/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para Zanzibar.[Santana, I, p. 600]1828 · BabogyBABOGY30/09/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para Zanzibar.[Santana, I, p. 594]1828 · BacareBACARE05/08/1828 – capitão de pangaio que, livree desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para Angoche.[Santana, I, p. 589]1828 · BanacaBANACA12/09/1828 – em Moçambique, comandantede pangaio desembaraçado paraseguir viagem para Maiote.[Santana, I, p. 719]1828 · BaptistaDOMINGOS DA SILVA BAPTISTA31/03/1828 – proprietário do bergantimVitória, a que é dado passaporte para iraos portos de Inhambane e Quelimane.08/01/1829 – a escuna União, cascofrancês, foi-lhe vendida por EugénioDubois.[Santana, I, p. 680 / AHU, cx. 218, cap. 24]1828 · BaracaSALIMO BARACA13/11/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para S. Lourenço.[Santana, I, p. 602]1828 · BarbosaJOSÉ ALVES BARBOSA02/12/1828 – mestre do brigue brasileiroJosefina que, com 51 dias de viagemdo Rio de Janeiro, foi a pique, a 23 deNovembro, no mar de Sofala, quando sedirigia para Moçambique e Quelimane.23 sobreviventes chegaram a Quelimanea 01/12/1828.[Santana, I, p. 616 e AHU, cx. 217, cap. 7]1828 · BonabiMAJACA BONABI13/11/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio a seguir viagem paraManta(?).[Santana, I, p. 719]1532007 E-BOOK CEAUP


José Capela1541828 · BonaçaMAMA<strong>DE</strong> BONAÇA (?)20/05/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio desembaraçado na Alfândega,segue viagem para S. Lourenço.[Santana, I, pp. 520 e 585]1828 · BonaliSAI<strong>DE</strong> BONALI10/09/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio desembaraçado na Alfândega,segue viagem para Zanzibar.[Santana, I, p. 578]1828 · BraceBRACE01/10/1828 – comandante do brigueamericano Suzana que, desembaraçadona Alfândega de Moçambique, seguepara Zanzibar.[Santana, I, p. 600]1828 · BritoEDUARDO FERNAN<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> BRITO18/06/1828 – comandante do brigueNossa Senhora Aparecida que, desembaraçadona Alfândega de Moçambique,segue viagem para Inhambane.[Santana, I, p. 596]1828 · BurroméSEI<strong>DE</strong> BURROMÉ05/11/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio desembaraçado na Alfândega,a seguir para Zanzibar.[Santana, I, p. 578]1828 · CadirABDOLÁ CADIR01/04/1828 – em Moçambique, desembaraçadopara seguir para Bombatoqueo pangaio de que era capitão.05/07/1829 – em Moçambique, capitãode pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, pp. 386 e 900]1828 · CalafaneAB<strong>DE</strong>LÁ BONA CALAFANE10/01/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio desembaraçado pela Alfândega,a seguir viagem para Zanzibar.27/09/1828 – Idem[Santana, I, p. 585]1828 · CalafaneSALIMO BINA CALAFANE21/02/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio desembaraçado pela Alfândega,a seguir para Zanzibar.[Santana, I, p. 582]1828 · CaleSE<strong>DE</strong> CALE22/10/1828 – em Moçambique, capitãode um pangaio que segue viagem para S.Lourenço.[Santana, I, p. 577]1828 · CalefaneAMISSE BONA CALEFANE08/03/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio desembaraçado na Alfândega,a seguir para Zanzibar.[Santana, I, p. 599]1828 · CarlosCARLOS09/05/1828 – em Moçambique, comandaum brigue francês desembaraçadopela Alfândega, a seguir para S.Lourenço.[Santana, I, p. 580]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1828 · CarrazedoCUSTÓDIO MANUELCARRAZEDO (CARRAZEDA?)12/12/1828 – em Moçambique, capitãoda chalupa Aventureiro Africano, a sairpara Inhambane.17/01/1829 – nova saída para Inhambane.[AHU, cx. 217, cap. 44 / Santana, I, p. 874 e p. 591]1828 · CasfeALY BONA CASFE26/08/1828 – em Moçambique, capitãode um pangaio desembaraçado pela Alfândega,a seguir viagem para Zanzibar.[Santana, I, p. 580]1828 · CastelãoJOSÉ (JOÃO) GUILHERMECASTELÃO (ou CATALÃO, ouCATELAN)20/05/1828 – em Moçambique, ido doRio de Janeiro, aparentemente chegadoantes do navio Indústria, de que era capitãoou caixa.20/05/1828 – em Inhambane, o brigueIndústria, chegado do Rio de Janeirocom passaporte para Inhambane e Moçambique.15/07/1828 – em Inhambane, provenientedo Rio de Janeiro e de Moçambique,o capitão da galera brasileiraIndústria, que sai para o Rio de Janeirocom 733 escravos dos quais descarrega730, em 31/12/1828.19//07/1828 – o Catalão aparece nosdocumentos como caixa e surge comocapitão da galera (?) Indústria José Simõesda Fonseca*.18/07/1829 – em Moçambique, caixado brigue Indústria, tendo já feito parteda sua carregação em Moçambique,por preços bastante altos, pede para ir aInhambane completar a carga. O governador-geraldefere com a condição de fazerem Moçambique metade da carregação.03/08/1829 – em Moçambique, caixado brigue Indústria, deferido o pedidopara seguir para Inhambane, tendo embarcadoparte da sua armação, requerdispensa de compra de mais escravosem Moçambique e licença para seguirviagem para Inhambane, onde completariaa armação. Concedida licença. Saiude Inhambane em 27/10/1829 com 594escravos e chegou ao Rio de Janeiro, em03/02/1830, com 571.[BNL, Reservados, códice 10648 / Santana, I, p. 876/ Santana, I, pp. 598 e 903 / AHU, cx. 215, cap. 118,127 / Cx. 221, cap. 104 / Cx. 222, cap. 6 / Santana,I, p.1160 / Eltis]1828 · CastroFRANCISCO <strong>DE</strong> CASTRO01/04/1828 – autorizado a deslocar-sedo Rio de Janeiro a Moçambique.[Santana, I, p. 572]1828 · CostaJOSÉ DOS SANTOS COSTA10/07/1828 – capitão da escuna portuguesaFlor de Inhambane, a sair de Moçambiquepara Inhambane.27/11/1828 – comandante do brigue (ouescuna?) Flor de Inhambane que, desembaraçadona Alfândega de Moçambique,segue viagem para Inhambane.[AHU, cx. 215, cap. 122 / Santana, I, p. 592]1828 · CruzPEDRO PAULO DA CRUZ01/09/1828 – comandante da galeraNossa Senhora do Socorro Estrela do Marque segue viagem para Dio.[Santana, I, p. 581]1552007 E-BOOK CEAUP


José Capela1561828 · DiasANTÓNIO MANUEL FIRMINO DIAS07/04/1828 – em Inhambane, senhor deum batel. Nesta data os comerciantes deInhambane estavam a mandar os escravospara Quelimane e não para Moçambiquepelo que o governador local estavaa cobrar os direitos respectivos.[BNL, Reservados, códice 10648]1828 · DoçáDOÇÁ16/01/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para S. Lourenço.[Santana, I, p. 594]1828 · DuboisEUGÉNIO DUBOIS26/01/11828 – em Moçambique, comandanteda escuna União, que fora vendida,pede passaporte para ele e a tripulaçãoregressarem a Bourbon no brigue escunaDois Irmãos.29/08/1829 – em Moçambique, capitãoda escuna francesa Dois Irmãos, pede autorizaçãopara descarregar o arroz quetransportava.[Santana, I, pp. 605 e 1147]1828 · EriceiraFRANCISCO JOSÉ DA SILVAERICEIRA1828 – exportou escravos de Moçambiquepara o Rio de Janeiro.07/01/1829 – mestre da barca brasileiraElisa, no porto de Lourenço Marques.14/09/1829 – juntamente com DionísioAntónio da Silva, pretendia levantar noCeleiro Público mantimento para exportarpara Sofala e Lourenço Marques.Segundo o administrador do Celeiro Público,«é prática nos portos pagar-se decomedoria por cada escravo duas panjasde milho, e como a escuna do suplicanteapenas pode admitir trezentos escravos,por isso acho que mil quinhentas panjasé quantidade duplicada para os escravosque vai buscar».10/07/1829 – em Moçambique, capitãoda barca brasileira Elisa, proveniente doRio de Janeiro, vai a Bourbon.15/09/1829 – em Moçambique, capitãoda barca brasileira Elisa, regressada deBourbon, requerera autorização «para irfazer a sua armação de escravos à Baíade Lourenço Marques», tendo-lhe o governadormandado pagar os direitos deescravos que na monção anterior exportarapara o Rio de Janeiro. Satisfeito opagamento desses direitos, neste requerimentoinsiste na autorização que lhe édada nesta data e, em 18/09/1829, seguepara Lourenço Marques, de onde saicom 534 escravos para o Pernambuco,onde chega em 03/01/1830, com 523.30/12/1829 – auto: acusações ao governadorde Lourenço Marques, DionísioRibeiro*. Estando ainda em LourençoMarques o governador José António Teixeira*,que fora suspenso, chegou a galeraÁguia do Brasil, com muitas fazendaspara compra de escravos que deveriamser entregues ao Ericeira, comandanteda barca Conde de S. Lourenço, (que tinhalevado para Lourenço Marques o governadorRibeiro). Ambas as embarcaçõessão do mesmo dono. O governador nãodeixou entregar as fazendas e ficou comelas para contrabando.[AHU, cx. 223, cap. 45 / Cx. 225, caps. 67 e 73 / Santana,I, pp. 933, 1126, 1150 / Santana, II, p. 835 /Eltis]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1828 · FatáBONACHA FATÁ14/07/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio que, desembaraçado na Alfândega,segue viagem para Zanzibar.[Santana, I, p. 598]1828 · FidalgoF. DA C. FIDALGO24/11/1828 – em Quelimane, capitãodo brigue Dom Manuel de Portugal e Castro,carrega 514 escravos dos quais vaidesembarcar 398 ao Rio de Janeiro, em19/01/1829.[Eltis]1828 · FigueiredoJOAQUIM MÁXIMO <strong>DE</strong>FIGUEIREDO02/07/1828 – feitor da Fazenda de Quelimane,reclama junto do governadorlocal o embargo de dois navios que se encontravamalém do Banco Pequeno e queiam carregar escravos.07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1 / Santana, I, p. 609.]1828 · FrechautTOMÁS FRANCISCO FRECHAUT16/06/1828 – capitão das Terras Firmes,julgava «os costumes dos cafres e colonosforros ao desejo dos seus interessesparticulares». Acabrunhava homens simplesa quem «faz pagar os mais leves delitoscom a escravidão».[Santana, I, p. 689]1828 · GamaFRANCISCO ANTÓNIO <strong>DE</strong> ABREUGAMA07/06/1827 – em Moçambique, de nacionalidadebrasileira, comissário volantecomunica ao seu cônsul ter nesse dia sidopassada uma busca em casa pelo guardamorda Alfândega, com um meirinho pordenúncia de aí se encontrar contrabando.[Santana, I, p. 562]1828 · GermaneGERMANE15/09/1826 – em Moçambique, capitãoda escuna francesa Frederica, desembaraçadapela Alfândega para seguir viagempara Madagascar.15/09/1828 – em Moçambique, comandanteda escuna francesa Frederica que,desembaraçada na Alfândega de Moçambique,segue viagem para S. Lourenço.[Santana, II, p. 601 / AHU, cx. 203, cap. 102]1828 · GomesJOSÉ NICOLAU GOMES01/1828 – eleito procurador da Câmarade Quelimane.07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1828 · GonzagaJOÃO MARIANO GONZAGA17/07/828 – em Moçambique, capitãode batel que, desembaraçado na Alfândega,segue viagem para as ilhas de CaboDelgado e Mequitane.[Santana, I, p. 590]1572007 E-BOOK CEAUP


José Capela1581828 · GuerraMANUEL FERNAN<strong>DE</strong>S GUERRA20/05/1828 – em Moçambique haviacerca de dois meses, de nação portuguesa,ido da cidade de Valparaíso, nobergantim brasileiro Fluminense, a fazernegócio de escravos. Pede para regressarao Rio de Janeiro.[AHU, cx. 215, cap. 46 / Santana, I, pp.452 e 462]1828 · GuerreiroMANUEL JOSÉ GUERREIRO07/04/1828 – morador em Inhambane,feitor da Companhia Comercial de LourençoMarques, senhor de um batel. Nestadata, os comerciantes de Inhambaneestavam a mandar os escravos para Quelimanee não para Moçambique, pelo queo governador local lhes estava a cobraros impostos respectivos.[BNL, Reservados, códice 10648]1828 · GulaneAMA<strong>DE</strong> GULANE22/11/1828 – comandante do brigueFurão que, desembaraçado na Alfândegade Moçambique, segue viagem paraInhambane.[Santana, I, p. 587]1828 · IdeBONA I<strong>DE</strong>08/11/1828 – em Moçambique, capitãode um pangaio desembaraçado pela Alfândegapara seguir para S. Lourenço.[Santana, I, p. 579]1828 · IlaleILALE14/02/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio que, desembaraçado na Alfândega,segue viagem para as Ilhas do Ibo.[Santana, I, p. 593]1828 · IssufoISSUFO24/09/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para Zanzibar.[Santana, I, p.597]1828 · JoãoJONE JOÃO01/04/1828 – em Moçambique, a chalupaamericana Juliana, de que é capitão,está desembaraçada para seguir para S.Lourenço.[Santana, I, p. 387]1828 · LontraRAFAEL INÁCIO DA FONSECALONTRA15/11/1828 – em Moçambique, comandanteda galera brasileira Quatro deAbril que, desembaraçada na Alfândegacom 901 escravos, segue para o Rio deJaneiro onde chegou em 31/01/1829 edescarregou 688.16/11/1829 – em Moçambique, capitãoda galera brasileira Quatro de Abril, provenientedo Rio de Janeiro, carrega 935escravos, dos quais descarrega no Rio deJaneiro 753, em 02/03/1830.[AHU, cx. 126, cap. 120 / Santana, I, p. 587 / Eltis]1828 · LopesJ. J. LOPES29/11/1828 – em Quelimane, capitão donavio Hércules que carrega 526 escravosdos quais descarrega 497 (números imputados)no Rio de Janeiro, em 26/03/1829.[Eltis]1828 · LuzANTÓNIO JOSÉ DA LUZ22/11/1828 – comandante da barcaE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>brasileira Zéfiro que, desembaraçadana Alfândega de Moçambique, segueviagem para Inhambane e Cabo dasCorrentes.26/01/1829 – capitão da polaca-escunabrasileira Zéfiro, desembaraçada naAlfândega de Moçambique, com 519 escravosa bordo, de que desembarcou noRio de Janeiro 501, em 25/06/1829.[Santana, I, pp. 588, 969 e 1132 / AHU, cx. 216, cap.125 / Cx. 225, cap. 80 / Eltis]1828 · MachadoF. <strong>DE</strong> S. MACHADO19/10/1828 – em Moçambique, capitãodo navio Império do Brasil, foi a Quelimaneonde chegou em 12/12/1828, eonde carregou 425 escravos dos quaisdescarregou 369, no Rio de Janeiro, em26/03/1829.[Santana, I, p. 575 / Eltis]1828 · MachadoFRANCISCO DOMINGUESMACHADO30/05/1828 – em Moçambique, capitãodo bergantim brasileiro Fluminense,pronto a partir para o Rio de Janeiroonde chegou em 09/12/1828, com 426escravos dos 472 carregados.29/12/1829 – António José Lamego Cabral*,capitão por comissão em LourençoMarques, assina: «recebi de FranciscoDomingues Machado uma factura de fazendasque lhe tinha encarregado do Riode Janeiro, no valor de novecentos e oitomil cento e sessenta réis, que faz pesos, amil e oitocentos, quinhentos e quatro pesos,cuja quantia pagarei em escravos àsua ordem, a preço de cinquenta e cincopesos cada um escravo».09/02/1830 – em Moçambique, capitãoda barca brasileira Fluminense, carregadacom escravos com destino ao Rio deJaneiro.27/02/1830 – capitão da mesma barca,arribara a Lourenço Marques com avariasprovocadas por uma tempestade,impedida de seguir viagem.13/03/1830 – acabou por sair para o Riode Janeiro com 678 escravos dos quaisdescarregou 500, em 29/05/1830.[AHU, cx. 215, cap. 73 / Códice 1376, fls. 266 / Santana,I, pp. 385, 415, 944. II, p. 421 e 563 / Eltis]1828 · MacheMOAMA<strong>DE</strong> MACHE17/05/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para S. Lourenço.[Santana, I, p. 598]1828 · MamadeAB<strong>DE</strong>LÁ MAMA<strong>DE</strong>08/10/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio que, desembaraçado pela Alfândega,segue para Zanzibar.[Santana, I, p. 583]1828 · MarcherAMA<strong>DE</strong> MARCHER27/06/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para S. Lourenço.[Santana, I, p. 586]1828 · MataCÃNDIDO JOSÉ DA MATA19/10/1828 – em Moçambique, comandaa galera brasileira Três Corações, desembaraçadapara seguir para o Rio deJaneiro.[Santana, I, p. 575]1592007 E-BOOK CEAUP


José Capela1601828 · MatosCÂNDIDO JOSÉ <strong>DE</strong> MATOS19/10/1828 – em Moçambique, capitãoda galera brasileira Três Corações a sairpara o Rio de Janeiro em 19/10/1828 eonde chega em 22/12/1828. Saiu com649 e chegou com 555 escravos.[AHU, cx. 216, cap. 81 / Eltis]1828 · MirandaLUIS CARLOS <strong>DE</strong> MIRANDA22/11/1828 – comandante do brigue MariaTeresa que, desembaraçado na Alfândegade Moçambique, segue viagem paraInhambane e Baía de Lourenço Marques.[Santana, I, p. 588 / AHU, cx. 216, cap. 124]1828 · MocadamoSOLIMA BOCA MOCADAMO13/11/1828 – em Moçambique, capitãodo pangaio desembaraçado pela Alfândega,segue viagem para Zanzibar.[Santana, I, p. 719]1828 · ModarCHE MODAR01/08/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para Zanzibar.[Santana, I, p. 584]1828 · MoefineMOEFINE26/08/1828 – capitão de um pangaio desembaraçadopela Alfândega de Moçambique,a seguir viagem para Zanzibar.[Santana, I, p. 580]1828 · MonteiroR. E. MONTEIRO16/12/1828 – em Moçambique, capitão dacharrua de guerra D. Afonso de Albuquerquecarrega 286 escravos dos quais descarrega240 no Rio de Janeiro, em 16/02/1829.[Santana, III, p. 364 / Eltis]1828 · MonteiroA. C. C. A. MONTEIRO11/11/1828 – em Moçambique, capitãodo navio brasileiro Flor de Moçambique,segue para o Rio de Janeiro com 716 escravos,dos quais descarrega no Rio 633,em 18/01/1829.11/12/1829 – em Moçambique, capitãoda galera Conde de Souzel, a partir parao Rio de Janeiro com 1166 escravos, dosquais descarregou 1043 no Rio de Janeiro,em 10/02/1830.[AHU, cx. 216, cap. 114 / Cx. 225, cap.21 / Eltis]1828 · MoralyMORALY15/07/1828 – em Moçambique, capitãodo pangaio que, desembaraçado na Alfândega,segue viagem para Zanzibar.[Santana, I, p. 596]1828 · MucadamoSAI<strong>DE</strong> MUCADAMO22/07/1828 – em Moçambique, capitãodo pangaio desembaraçado pela Alfândega,segue para Zanzibar.[Santana, I, p. 581]1828 · MussaABDOLA MUSSA13/10/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio que, desembaraçado pela Alfândega,segue viagem para Zanzibar.[Santana. p. I, p. 591]1828 · MussagiSACUGI MUSSAGI25/10/1828 – em Moçambique, coman-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>dante da escuna Maré Praia que, desembaraçadana Alfândega, segue viagempara a Baía de Lourenço Marques11/01/1830 – em Sofala, mestre (?) daescuna Providência de Sofala, que transportava«sessenta e três escravos entremachos e fêmeas».04/08/1830 – em Sofala, mestre (?) daescuna Providência de Sofala, que gastarana viagem desde Moçambique 24 dias.08/08/1830 – de Sofala parte para Moçambiquea escuna Providência de Sofala,além de passageiros e outra carga, 17 escravos«entre machos e fêmeas, grandese pequenos».08/09/1830 – a escuna volta a Sofalaobrigada a arribar. E estará pronta parasair a 5 de Outubro.[Santana, I, pp. 600 e 1132. II, pp. 216, 217, 220]1828 · MussalameAMA<strong>DE</strong> MUSSALAME27/06/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio que, desembaraçado na Alfândega,segue viagem para S. Lourenço.[Santana, I, p. 601]1828 · NacireNACIRE07/01/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio que, desembaraçado na Alfândegade Moçambique, segue viagempara S. Lourenço.[Santana, I, p. 599]1828 · NardANDRÉ NARD06/05/1828 – documento do governador-geralsegundo o qual o juiz da Alfândegasubmetera a interrogatório omestre de uma escuna americana, AndreNard, «visto constar oficialmenteter entrado em Sofala e Quelimane» eInhambane.[Santana, I, p. 552]1828 · NazaréLUÍS CAETANO <strong>DE</strong> SEQUEIRANAZARÉ30/08/1828 – em Moçambique, comandaa pala portuguesa Ásia Feliz que estádesembaraçada para seguir para Damão.[Santana, I, p. 576]1828 · NovaisDOMINGOS HENRIQUES NOVAIS12/03/1828 – súbdito brasileiro, é-lhedado passaporte para se deslocar do Riode Janeiro a Moçambique.[Santana, I, p. 469]1828 · OmarABDOLÁ BONA OMAR14/10/1828 – em Moçambique, capitãode um pangaio desembaraçado pela Alfândega,a seguir para Zanzibar.[Santana, I, p. 581]1828 · OmarBONA CATIBO OMAR17/06/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio que, desembaraçado na Alfândega,segue viagem para S. Lourenço.[Santana, I, p. 595]1828 · OmarSE<strong>DE</strong> OMAR08/10/1828 – em Moçambique, proprietáriode pangaio que, desembaraçado na Alfândega,segue viagem para o rio Mambe.13/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Cabo Delgado, procedeao manifesto de carga com 64 escravos.[Santana, I, p. 591 e II, p. 829]1612007 E-BOOK CEAUP


José Capela1621828 · OmarSAI<strong>DE</strong> OMAR17/07/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio que, desembaraçado pela Alfândega,segue viagem para as Ilhas deCabo Delgado.[Santana, I, p. 586]1828 · OrdeANDRÉ OR<strong>DE</strong> (?)20/05/1828 – em Moçambique, comandantedo lugre americano Espião que,desembaraçado na Alfândega, segue viagempara S. Lourenço.[Santana, I, p. 599]1828 · PereiraCAETANO PEREIRA29/08/1828 – em Moçambique, capitãoda palinha portuguesa Ana Feliz que, desembaraçadana Alfândega, segue viagempara Damão.[Santana, I, p. 602]1828 · PodierPODIER12/06/1828 – comandante do brigue escunafrancês Voligur que tendo entradono porto de Quelimane, debaixo de temporal,foi mandando sair.[Santana, I, p. 616]1828 · RachySEI<strong>DE</strong> BENA RACHY31/03/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado pela Alfândega de Moçambique,segue viagem para Zanzibar.[Santana, I, p. 583]1828 · RamosFLORÊNCIO SOUSA RAMOS20/05/1828 – em Moçambique, capitãoda pala de Damão, Ana Feliz, fretadapor Adolfo João Pinto de Magalhães*para ir aos portos de Quelimane e deInhambane.[AHU, cx. 215, cap. 42]1828 · RaposoANTÓNIO JOAQUIM DA SILVARAPOSO21/10/1828 – em Moçambique, comandantedo brigue brasileiro Aurorado Cabo, segue viagem para Quelimaneonde carrega 473 escravos e de onde sai,em 27/11/1828, para ir descarregar 400no Rio de Janeiro, em 31/01/1829.[AHU, cx. 216, cap. 89 / Santana, I, p. 576 / Eltis]1828 · RodriguesMANUEL CONSTANTINORODRIGUES (também Roiz)01/09/1828 – comandante da pala portuguesaNossa Senhora do Mar Flor deDiu que, desembaraçada pela Alfândegade Moçambique, segue viagem paraDio.1820 – capitão da pala Nossa Senhora doSocorro.[Santana, I, p. 584 / AHU, cx. 171, cap. 100]1828 · SaiboMAME<strong>DE</strong> SAIBO– em Moçambique, capitão do brigue Furão,a seguir para Inhambane.[AHU, cx. 213, cap. 40]1828 · SaídeSAI<strong>DE</strong>17/07/1828 – capitão do pangaio que,livre e desembaraçado na Alfândegade Moçambique, segue viagem paraAngoche.[Santana, I, p. 589]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1828 · SalimoSALIMO BONA SALIMO26/08/1828 – capitão do pangaio desembaraçadopela Alfândega de Moçambiqueque segue para Zanzibar.[Santana, I, p. 580]1828 · SantanaANTÓNIO JOSÉ <strong>DE</strong> SANTANA02/12/1828 – segundo piloto do briguebrasileiro Josefina que, a 23 de Novembro,fora a pique no mar de Sofala.[Santana, I, p. 616]1828 · SantosGIL THOMÁS DOS SANTOS27/09/1828 – capitão do brigue portuguêsDois Irmãos que, desembaraçadopela Alfândega de Moçambique, segueviagem para a baía de Lourenço Marques.08/12/1829 – capitão do brigue brasileiroDois Irmãos, de que é armador Antoda Silva*, descarrega na Baía 299 escravos,dos 330 que tinha carregado emMoçambique.29/12/1845 – caixa do brigue 12 de Novembroentrado em lastro no Ibo.26/01/1846 – José Coelho* (que foipreso por isso) tinha em sua casa escravosde Gil Tomás dos Santos, para embarque.09/08/1847 – com feitoria de escravosem Inhambane onde estava Francisco JanuárioMartins, do Rio de Janeiro.[Santana, I, p. 583 / AHU, cx. 216, cap. 62 / AHM,códice 11-183, fls. 151, vs. / Códice 11-107, fls. 11 vs./ Códice 11-1544, fls. 30 vs. / Eltis]1828 · SantosJOSÉ DOS SANTOS10/07/1828 – comandante da escunaportuguesa Flor de Inhambane que, desembaraçadana Alfândega de Moçambique,segue viagem para Inhambane.[Santana, I, p. 586]1828 · SarumbaSARUMBA28/03/1828 – capitão de pangaio que,livre e desembaraçado na Alfândegade Moçambique, segue viagem paraMulale.[Santana, I, p. 590]1828 · SediqueSEDIQUE08/11/1828 – capitão de pangaio que,desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para Angoche.[Santana, I, p. 588]1828 · SeiboMAMA<strong>DE</strong> SEIBO26/01/1828 – em Moçambique, comandao birgue Furão, desembaraçadopela Alfândega, a seguir viagem paraInhambane.[Santana, I, p. 582]1828 · SelemaneSEL<strong>EM</strong>ANE12/09/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio que, desembaraçado pela Alfândega,segue viagem para Zanzibar.31/07/1829 – em Moçambique, capitãode pangaio, que desembaraçado na Alfândega,segue viagem para as Ilhas deCabo Delgado.[Santana, I, pp. 719 e 1129]1828 · SeneMONHA SENE08/10/1828 – em Moçambique, capitãodo pangaio de Sede Omar* que, desem-1632007 E-BOOK CEAUP


José Capelabaraçado pela Alfândega, segue viagempara o rio de Mambe.[Santana, I, p. 591]1828 · SilvaDIONÍSIO ANTÓNIO DA SILVA22/12/1828 – em Moçambique, capitãoda escuna Rozalina, pede passaportepara os portos de Sofala, Quelimane eCabo das Correntes.22/08/1829 – tesoureiro da Santa Casada Misericórdia de Moçambique05/12/1830 – data do seu testamento,de onde consta a dívida da sociedadeque tivera com Gabriel José de SousaFerreira* no carregamento da escunaMazi-Praia.14/12/1830 – governador de Sofala.[AHU, cx. 217, cap. 64 / Santana, I, pp. 405, 571,1154]1828 · SoaresNICOLAU FRANCISCO SOARES20/12/1828 – sacado por João BonifácioAlves da Silva* pelo valor de 40 caporrosbons para embarque.[AHM, códice 11-5831, fls. 193 vs.]1828 · SúaALY SÚA15/02/1828 – em Moçambique, capitãode pangaio que, livre e desembarado naAlfândega, segue viagem para Mulale.[Santana, I, p. 590]1828 · SultaneSALIMO BUNO SULTANE07/06/1828 – em Moçambique, desembaraçadopara seguir para a ilha de Combo,o pangaio de que é capitão.[Santana, I, p.386]1641828 · SilvaJOÃO PEREIRA DA SILVA25/10/1828 – naufragou nas Rocas daEuropa o brigue brasileiro Viajante deque era capitão e que fazia a viagem doRio de Janeiro para Quelimane, com escalapor Moçambique.[AHU, cx. 217, cap. 13 / Santana, I, p. 675]1828 · SilveiraM. J. DA SILVEIRA19/12/1828 – em Moçambique, capitãoda galera brasileira Conde de Souzelque parte com 905 escravos para oRio de Janeiro onde descarrega 741, em09/02/1829.10/12/1829 – a mesma galera brasileiraConde de Souzel terá estado em Moçambiquetendo como capitão A.C.A.Monteiro*.[AHU, cx. 225, cap. 21 / Santana, II, p. 836 / Eltis]1828 · TauriMADAME TAURI13/11/1828 – capitão de pangaio que, livree desembaraçado na Alfândega de Moçambique,segue viagem para a ilha Maúta.[Santana, I, p. 589]1828 · TaylorJOHN TAYLOR31/03/1828 – em Moçambique, primeiropiloto e contramestre do berganim Vitóriaa que é dado passaporte para ir aosportos de Inhambane e Quelimane.[Santana, I, p. 680]1828 · TeixeiraJOSÉ ANTÓNIO TEIXEIRA28/03/1828 – portaria do governadorgeralnomeando o major graduado JoséAntónio Teixeira governador do presidioda Baía de Lourenço Marques.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>03/10/1828 – a galera brasileira Amáliasegue (de Lourenço Marques?) para oRio de Janeiro, tendo como capitão JoséAntónio Teixeira.15/10/1829 – um cabo de esquadra emrepresentação ao governador-geral acusao ex-governador de Lourenço Marquesde ocupar militares na caça de escravos ede os maltratar quando não conseguiamapanhá-los.05/12/1829 – ofício do governador-geralpara o conde de Basto: «deixou entrarem Lourenço Marques os naviosantes de virem a este porto (Moçambique),consentiu que eles carregassemescravos sem que pagassem os direitosreais, vendeu escravos e aprisionou escravos,etc., etc., etc., e no fim de catorzemeses de governo apresentou-seem Moçambique trazendo em moeda,segundo me consta, trinta mil pesos espanhóisseus! Outrossim me consta queele deixou em Lourenço Marques maiscem escravos para irem para o Rio deJaneiro, para onde o filho já levou maisduzentos e trinta escravos!!!».14/01/1830 – Dionísio António Ribeiro,governador interino de Lourenço Marques,comunica ao Governador-Geral terlheconstado que o seu antecessor (JoséAntónio Teixeira) trocara «duas peças debronze calibre um por duas de ferro calibrequatro com o comandante do briguebrasileiro Mariana, no qual seguira seufilho, o capitão Custódio Teixeira, quecomprara ao francês Augusto a escunaque este declarava pertencer-lhe.26/11/1830 – o governador- geral emofício para o conde do Cadaval informasobre o requerimento de José AntónioTeixeira, major e ajudante de ordens doseu antecessor, que pede a sua Majestadelhe conceda licença e a seu filho CustódioJosé Teixeira para regressar a essa Corte:«Devo informar a El-Rei Nosso Senhorque o sobredito José António Teixeiranão é major nem foi ajudante de ordens,se não por nomeação do meu antecessor,que verdadeiramente se devem considerarcomo temporárias. O mesmo meu antecessoro nomeou também governadorda Baía de Lourenço Marques em 16 deJunho de 1828 (vide acima discrepânciana data da nomeação), em cujo Governose conduziu pela maneira criminosa deque já dei conta a Sua Majestade […] etambém dei conta dos motivos que tivepara lhe conceder licença para ir a Portugalcomo realmente foi, e muito doente,no Brigue português Delfim».09/08/1829 – o Real Conselho da Marinhamanda suspender o governador deLourenço Marques e responder em Conselhode Guerra para se facultar se teveparte ou não no ilícito da escravatura.05/12/1829 – mandada fazer uma sindicânciaao ex-governador da Baía deLourenço Marques, capitão. Por «exorsõese rapinas do mesmo governador ede um seu filho que já abalou para o Riode Janeiro». «Consentiu que navios carregassemescravos, vendeu escravos eaprisionou escravos».13/02/1831 – capitão do exército deMoçambique, tendo servido na GuerraPeninsular e no Brasil, pede o hábito daOrdem de Cristo.[Santana, I, pp. 53, 938, 939 / Santana, II, pp. 419,629, 630 / AHU, cx. 216, cap. 69 / Cx. 225, caps. 9 e 14/ Almeida d’Eça, História das Guerras no Zambeze, I]1828 · TorresJOÃO PEREIRA TORRES02/12/1828 – Primeiro piloto do brigue1652007 E-BOOK CEAUP


José Capela166brasileiro Josefina que a 23 de Novembrofora a pique no mar de Sofala.[Santana, I, p. 616]1828 · ValiRACHA VALI10/09/1828 – em Moçambique, comandaa palinha portuguesa Marquesa deAguiar que segue viagem para Dio.[Santana, I, p. 577]1828 · ValligyMUSSAGI VALLIGY (tambémValgi)12/06/1828 – assina o manifesto de cargada escuna Maria Leonor a sair de Quelimanepara Moçambique com 80 escravos.24/07/1829 – em Moçambique, capitãoda sumaca Inhambane, desembaraçada naAlfândega para seguir para Inhambane.16/11/1829 – em Inhambane, pede autorizaçãopara a sua sumaca seguir paraMoçambique.08/09/1830 – em Moçambique, mestreda sumaca Inhambane, proveniente deInhambane, procede ao manifesto decarga de que faziam parte 20 escravos.26/05/1832 – em Moçambique, mestre(?) do brigue Estrela de Damão, a seguirviagem para Sofala e Inhambane, procedeao manifesto de carga.[Santana, I, pp. 611 871. II, p. 807. III, p. 676 / AHU,cx. 225, cap. 80]1828 · VelascoCAETANO XAVIER VELASCO (daRosa?)Filho de Pedro Xavier Velasco, de quemherda o prazo Tirre.28/01/1828 – segundo o governadorlocal negociava em Quelimane «comos brasileiros que aqui vêm comerciar».Requer licença para ir ao Brasil ajustar assuas contas.17/04/1828 – concedido passaporte parair de Quelimane ao Rio de Janeiro.08/09/1829 – em Quelimane, aceita umaletra a João Bonifácio Alves da Silva*, a30 dias, por «dezanove negros bons semdefeito algum e de boa idade cujos escravosprovêm do dinheiro equivalenteneles, que ao fazer desta recebi do ditosenhor em pesos espanhóis».[Santana, I, p. 619 / AHU, cx. 208, cap. 63 / Códice1376, fls. 265 / AHM, códice 11-5831, fls. 199]1828 · VelgiMUSSAGI (também Mussaji)VELGI (também Valligi e Velligie Valgi)10/04/1828 – ofício dirigido pelo comandantedo Helicon ao governadorgeralde Moçambique a informar tersurpreendido o navio português MariaLeonor no tráfico de escravos.12/06/1828 – assina o manifesto decarga da escuna Maria Leonor a sair deQuelimane para Moçambique com 80escravos.12/08/1828 – capitão da escuna portuguesaMaria Leonor, desembaraçada naAlfândega de Moçambique, segue viagempara a costa de Cabo Delgado, desdeo Ibo até Quíloa.24/07/1829 – em Moçambique, capitãoda sumaca Inhambane, desembaraçadapara seguir para Inhambane e LourençoMarques.08/07/1830 – em Moçambique, mestreda sumaca Inhambane com manifesto decarga proveniente de Lourenço Marquese de Inhambane.[Santana, I, pp. 574, 597 e 1131. II, p. 803 / AHU, cx.216, cap. 15 / Cx. 225, cap. 80]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1828 · VianaMANUEL GONÇALVES VIANA07/04/1828 – em Inhambane, senhor deum batel, nesta data os comerciantes locaisestavam a mandar os escravos paraQuelimane em vez de os mandarem paraMoçambique, pelo que o governador locallhes estava a cobrar os direitos respectivos.20/08/1829 – marinheiro do brigue deguerra Caçador, alegando ter sido embarcadoem virtude de intrigas e ter osseus negócios em Quelimane, pede paraser dispensado do serviço.[Santana, I, p. 1155 / BNL, Reservados, códice10648]6/07/1830 – sobrinho de Francisco Joãoda Costa Xavier* fora ao porto de Quelimanecarregar 150 escravos no brigueZargo. O governador Cirne* esportoloulhe500 pesos e fez-se pagar dos escravosque lhe vendeu a 80 pesos a unidadequando o preço corrente era de 50.[AHU, cx. 235, cap. 15 / Santana. I, p. 741. II, p. 396e p. 971]1829 · AbdaláABDALÁ23/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 1127]1828 · WardANDREW WARD27/04/1828 – comandante de um lugreamericano entrado no porto de Quelimanecom avarias que o governador localdiz ter mandado sair imediatamente.29/05/1829 – em Moçambique, capitãodo brigue americano Harpenger, desembaraçadona Alfândega, segue viagempara Bombatoque.07/08/1829 – em Moçambique, capitãodo brigue americano Harpenger, requerautorização para levantar 67400 barrisde pólvora, nove caixões de espingardas eum de pistolas depositados na fortaleza.[Santana, I, pp. 619, 1131, 1136, 1160]1829 · XavierANSELMO (JOSÉ?) DA COSTAXAVIER06/07/1829 – capitão de milícias deTete, na monção anterior tinha ido parao Rio de Janeiro. Regressava agora nobrigue Dois Irmãos com o fim de no mesmocarregar duzentos escravos.1829 · AbdaláMAMOD ABDALÁ06/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 1138]1829 · AbdaláSELIMANE BONA ABDALÁ(também Salimo BonaAbudalá)18/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.17/09/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angazicha, procede aomanifesto de carga.[Santana, I, p. 1128. II, p. 806]1829 · AbdaláRACHI<strong>DE</strong> BONA ABDALÁ05/06/1829 – em Moçambique, capitãode pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 898]1672007 E-BOOK CEAUP


José Capela1681829 · AbranchesANTÓNIO SALVADOR <strong>DE</strong>ABRANCHES04/08/1829 – requer carta de naturalizaçãopara o brigue francês La Gazelleque havia comprado e que passava a denominar-seSete de Julho. O brigue francêsLa Gazelle frequentava o porto deMoçambique.[Santana, I, pp. 932, 1142 e 1171]1829 · AcireMAMA<strong>DE</strong> BONA ACIRE11/04/1829 – em Moçambique, (capitão?– proprietário?) de pangaio oriundode Zanzibar e desembaraçado naAlfândega.[Santana, I, p. 894]1829 · AdamPIERRE ADAM17/01/1829 – comandante da escunafrancesa Dois Irmãos (também Deux Fréres)proveniente de Bourbon entrara noporto de Moçambique, sem piloto dabarra, alegando ter a escuna necessidadede conserto.26/01/1829 – em Moçambique, comandantedo brigue francês Dois Irmãos, desembaraçadona Alfândega.19/10/1829 – parte do patrão-mor doporto de Moçambique dando conhecimentoda saída da escuna francesa DoisIrmãos, capitão Adam.[Santana, I, pp. 880, 992, 1019, 1132]1829 · AgyMOMA<strong>DE</strong> BONA AGY27/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio oriundo de Mogal (?), desembaraçadona Alfândega.[Santana, I, p. 898]1829 · AlfaneABDALA BONA ALFANE27/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio de Zanzibar.[Santana, I, p. 897]1829 · AlmaneOMAR ALMANE07/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 1137]1829 · AlsaneSALIMO BOANA ALSANE03/04/1829 – em Moçambique, o seupangaio está desembaraçado pela Alfândega.[Santana, I, p. 893]1829 · AlyCOMBO ALY06/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 1129]1829 · AlyMUÇUTE BONA ALY11/04/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio oriundo de Quíloa e desembaraçadona Alfândega.[Santana, I, p. 896]1829 · AlySAI<strong>DE</strong> (também Sade) BONA ALY11/04/1829 – em Moçambique, comandantede pangaio oriundo de Zanzibar,desembaraçado na Alfândega.11/03/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Quíloa, procede aomanifesto de carga.[Santana, I, p. 894 e II, p. 823]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1829 · AmadABDALA BONA AMAD22/06/1829 – em Moçambique, capitãode pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 1131]1829 · AmaroFRANCISCO LUIS AMARO05/12/1829 – em Quelimane, comproutodos os escravos de Rafael José da Costa*(comerciante de escravos no Rio deJaneiro) por intermédio do seu procurador,João Bonifácio Alves da Silva*.[Manolo Florentino / AHM, códice 11-5831,fls.215 vs.]1829 · AmissaABDOLA BANA AMISSA04/02/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 901]1829 · AssaneAMBANE BOANA ASSANE28/02/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândegade Moçambique.[Santana, I, p. 1135]1829 · BanaassaSARAANE BENAASSA06/04/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 899]1829 · BanamedySALIMO BUANA BANAMEDY28/02/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 899]1829 · BeitrerageBRUCHERAI BEITRERAGE27/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio ido de Bombaim, desembaraçadona Alfândega.[Samtama, I, p. 1137]1829 · BenaassorSARAANE BENAASSOR15/06/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 900]1829 · BonaassurMAMAD BONAASSUR14/05/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 1133]1829 · BonasenseBONASENSE27/02/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado para seguirpara Quíloa.[Santana, I, p. 895]1829 · BotelhoJOÃO PEDRO XAVIER DA SILVABOTELHO18/01/1829 – hipoteca a António Marianoda Cunha* os bens que possui em Tete,onde habita, pela quantia que lhe devede quatro mil setenta e um meticais maisonze arrobas de marfim limpo e «134 caporrose meio, bons sem defeito algum».[AHM, códice 11-5931, fls. 153 vs.]1829 · BriandJAMES BRIAND (BRIANT?)21/02/1829 – em Moçambique, mestre1692007 E-BOOK CEAUP


José Capela170do brigue americano Foon desembaraçadona alfândega.[AHU, cx. 225, cap. 80 / Santana, I, pp. 895 e 1135]1829 · BritoJOSÉ <strong>DE</strong> SANCHES <strong>DE</strong> BRITO12/03/1829 – como procurador de Joãoda Silva Resende, capitão da guarniçãodas Ilhas de Cabo Delgado, comprara emhasta pública a escuna S. Miguel, antes depropriedade francesa, com o nome de Glamour(ou Glaneur), agora portuguesa.[AHU, cx. 219, cap. 15 / Santana, I, pp. 1150, 1151]1829 · BritoPAULO JOSÉ MIGUEL <strong>DE</strong> BRITO21/08/1829 – 29/01/1832 – governador-geralde Moçambique03/08/1830 – saída de Moçambique parao Rio de Janeiro do brigue D. Estêvão deAtaide levando a seu bordo a carregaçãoda galera brasileira Flor de Moçambique«[…] composta de trezentos e cinquentae cinco escravos». O fretamento, armamentoe viagem do brigue fora iniciativado governador-geral que também tomaraas medidas «com o intento de evitar que oGoverno do Brasil, e bem assim algum naviocruzador inglês ou brasileiro que sucederencontrar no mar o mesmo brigue,ponham algum embaraço à sua viagem,visto ir ele entrar no Rio de Janeiro carregadode escravos e ter saído com elesdeste porto depois do dia aprazado poraquele Governo para findar o comérciode escravatura». Manda instruções para ocônsul de Portugal no Rio de Janeiro, JoãoBaptista Moreira*, este mesmo traficantede escravos, a quem indica como eventualrecurso para suprimento de encargos,outro comerciante de escravos no Rio deJaneiro, José de Carvalho Ribeiro*.13/10/1830 – em ofício dirigido ao condede Basto, o governador de Quelimane,Vasconcelos Cirne*: «[…] a escandalosaremessa que o dito governador-geral fezdo brigue do estado D. Estêvão que depoisde grossas despesas que com ele sefizeram se fretou para como brigue deguerra ir levar escravos a fretes ao Rio deJaneiro, com passaportes dados a cadaescravo como livres e passageiros[…]».1830 (?) – o Capitão-General de Moçambiqueembarca na charrua Luconia,«àsua ordem» quatro negros e quatro negrase para o Marquês de Belas (Rio deJaneiro?) oito negros.1829/1832 – governador-geral de Moçambique,coronel de infantaria. O governadorde Quelimane VasconcelosCirne*: «[…] o contrabando de escravosauxiliado […] a navios francesesque vêm a Moçambique negociar comeste déspota general as quantias queele deles recebe por seu agente para tãoatroz crime João da Silva Carrão*, paralhes conceder licença para irem fazer assuas carregações na Condúcia ou Quitangonha,sítios mui perto de Moçambique,sem que de tal perfídia, de talsuborno, a Real Fazenda utilize um sóreal […]».[Santana, II, pp.5, 7, 8, 342, 334. / III, p. 901]1829 · BrockentonBROCKENTON06/02/1829 – em Moçambique, desembaraçadoo brigue brasileiro Ceres,de que é armador principal. Mestre,António Xavier Ferreira*. Carregou488 escravos e descarregou no Rio deJaneiro 448.[AHU, cx. 218, cap.82 Santana, I, p. 901 / Eltis]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1829 · BuanaOTOMANE BUANA27/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 898]1829 · CabralANTÓNIO JOSÉ LAMEGOCABRAL29/12/1829 – recibo assinado por LamegoCabral: «Recebi de Francisco DominguesMachado* uma factura de Fazendasque lhe tinha encarregado do Rio de Janeiro,no valor de novencentos e oito milcento e sessenta réis, que faz pesos, a mile oitocentos, quinhentos e quatro pesos,cuja quantia pagarei em escravos à suaordem, a preço de cinquenta e cinco pesoscada um escravo».18/05/1830 – tenente, em LourençoMarques, por várias vezes fizera aprisionarnegros que vendera ao comandanteda barca Fluminense a 80 pesos.26/07/1830 – capitão, governador dabaía de Lourenço Marques. Acusado delogo no dia em que tomara posse ter permitidocarregamento «para o Brasil comoescravos diversos negros que tinham sidoroubados por soldados, à ordem do filhodo governador cessante, Custódio JoséAntónio Guimarães*». Mandava soldadoscaçar escravos.[Santana, I, p. 944. II, pp. 561, 563]1829 · CalfaneSEL<strong>EM</strong>ANE BUANE CALFANE12/02/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 901]1829 · CâncioJOSÉ JOÃO CÂNCIO31/07/1829 – em Moçambique, mestredo bergantim Zargo proveniente do Riode Janeiro, segue para Quelimane05/08/1829 – em Moçambique, capitãodo brigue brasileiro Zargo, desembaraçadopara o Rio de Janeiro, com escalapor Quelimane. Saiu de Quelimane em30/12/1829 com 559 escravos para oRio de Janeiro onde chegou com 460,em 17/02/1830.[AHU, cx. 221, cap. 142. / Cx. 225, cap. 80 / Santana,I, p. 1130 e II, p. 835 / Eltis]1829 · CarrãoJOÃO DA SILVA CARRÃO01/07/1829 – em Moçambique, proprietárioda escuna São Miguel que seguepara Inhambane.20/11/1829 – tenente coronel graduadoe sargento-mor de milícias, «capitão-mordas terras firmes do contorno de Moçambique».Segundo o governador-geral,«rico, generoso e vaidoso».04/03/1830 – em Moçambique, proprietárioda escuna S. Miguel, com passaportepara Inhambane e Quelimane, comescala por Sofala.05/06/1830 – em Moçambique, comproua José de Sousa Vieira*, por 4 contos dereis, o brigue brasileiro Mariana e mudou-lheo nome para Africano Oriental.26/06/1830 – em Moçambique, proprietárioda escuna São Miguel, a seguirpara Inhambane, pede autorização paraembarcar duzentas e cinquenta panjasde milho.16/04/1831 – a escuna portuguesa SãoMiguel, de João da Silva Carrão, viajavade Sofala para Moçambique. Piratas mujojosassaltaram-na, mataram o capitão,1712007 E-BOOK CEAUP


José Capela172Martiniano Fortunato* Junior e maisdois capitães e um soldado da tropa deSofala e levaram a escuna para uma dasilhas Comores. A escuna carregava muitosescravos.04/12/1847 – exonerado de oficial dasecretaria do governo-geral e nomeadopara o lugar de contador da Alfândegade Moçambique.22/10/1858- curador na Junta Protectorade Escravos e Libertos, onde deixoude aparecer por não concordar com aatribuição de liberdade a uma negra deharmonia com a posição de todos os senhoresde escravos. Oficial da secretariado governo-geral, contador da alfândega,«ex-negreiro e protector dos negreirosde Angoche».[AHU, cx. 221, cap. 42 / Cx. 231, cap. 44 / Cx. 233,cap. 29 / Cx. 247, cap. 145 / AHU, pasta 22, cap. 2 /Santana, I, pp. 761 e 874, II, pp. 51, 371, 498, 170,671 e 918 / AHM, códice 11-85, portarias nº 89 e nº119, fls. 39]1829 · CarvalhoANTÓNIO (também <strong>DE</strong>)VASCONCELOS <strong>DE</strong> CARVALHO10/03/1829 – em Moçambique, capitãodo batel Aurora de Sangage, desembaraçadona Alfândega.10/01/1830 – capitão do hiate ÂnimoGrande, de Manuel António da Fonseca*,que estando em Sofala, pronto parasair se encheu de água. Transferiu os escravos(cinquenta e dois entre negros enegras) para o brigue escuna Daphne emque segue para o Rio de Janeiro.[AHU, cx. 226, cap. 28 / Santana, I, p. 1128. II, pp.216, 217]1829 · ChandeCHAN<strong>DE</strong>07/03/1829 – em Moçambique, desembaraçadona Alfândega o pangaio deChande.[Santana, I, p. 1137]1829 · CorreiaANTÓNIO DIAS CORREIA1811-1830 – dentro deste período foi negociantede escravos no Rio de Janeiro.13/04/1829 – no Rio de Janeiro, são-lheremetidos 50 escravos, de Moçambique,por Francisco Raimundo de Freitas*.[Manolo Florentino. / AHM, códice 11-5831, fls. 174,181 e 181 vs.]1829 · CostaANTÓNIO FRANCISCO DA COSTA19/09/1829 – em Moçambique, capitãodo navio brasileiro Nossa Senhora da Glóriaproveniente do Rio de Janeiro, carregou330 escravos, dos quais descarregouna Baía 299, em 27/12/1829.[AHU, cx. 227, nº 32 / Santana II, p. 836 / Eltis]1829 · DiogoDIOGO20/08/1829 – em Moçambique, achavaselivre e desembaraçado pela Alfândega,para seguir para Quelimane o brigue7 de Julho, de que era capitão.24/09/1829 – manifesto da carga transportadade Quelimane para Moçambique,constituída por dentes de marfim,pesos espanhóis, patacas e escravos.31/11/1829 – ido de Quelimane o brigue7 de Julho entrou em Moçambique.[AHU, cx. 222, cap. 40 / Cx. 224, cap. 68 / Santana,I, pp. 892 e 977]1829 · DonzelleJ. DONZELLE10/07/1829 – em Moçambique, capitãodo brigue francês Elisa, desembaraçadoE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>na Alfândega para seguir para Bourbon.28/07/1830 – capitão do brigue-goletaLes Deux Frères, proveniente de Bourbone Madagáscar, que se fez arribar a LourençoMarques.[Santana, I, p. 1133 e II, p. 439]1829 · FalcãoJOSÉ MARIA FALCÃO14/07/1829 – em Moçambique, capitãodo bergantim brasileiro Dezanovede Março, chegado a 13 de Junho, tinhafeito um terço da carregação de escravosque pretendia completar em Inhambanee Lourenço Marques. Despachado pelogovernador-geral.20/07/1829 – despacho do governadorgeralmandando passar portaria de entregado armamento e da pólvora quehavia depositado na fortaleza.31/07/1829 – em Moçambique, capitãodo brigue brasileiro Dezanove de Marçodesembaraçado para o Rio de Janeiro,com escala por Inhambane e LourençoMarques. Saiu a 25/09/1829. Carregara638 escravos, dos quais descarregou noRio de Janeiro 541, em 10/12/1829.[AHU, cx. 221, cap. 92 / Cx. 225, cap. 80 / Santana, I,pp. 1017, 1025 / Eltis]1829 · FerreiraANTÓNIO XAVIER FERREIRA06/02/1829 – em Moçambique, desembaraçadoo brigue brasileiro Ceres, deque é mestre. Carregou 488 escravos edescarregou no Rio de Janeiro 448, em08/04/1829. Armador, Brockenton*.[AHU, cx. 218, cap. 82 / Santana, I, p. 901 / Eltis]1829 · FidalgoF. <strong>DE</strong> P. FIDALGO21/11/1829 – em Quelimane, capitãodo navio brasileiro Conde do Rio Pardoproveniente do Rio de Janeiro, foi a Moçambiqueonde estava a 29/01/1830 ede onde saiu com 572 escravos, dos quaisdescarregou 441 no Rio de Janeiro, em10/04/1830.[AHU, cx. 227, nº 32 / Eltis]1829 · FonsecaJOSÉ SIMÕES DA FONSECA10/12/1829 – capitão do navio Indústriaque nesta data descarregou no Rio de Janeiro567 escravos dos 600 carregadosem Moçambique.[Eltis]1829 · FrancoJOAQUIM ANTÓNIO FRANCO21/01/1829 – em Moçambique, mestreda galera brasileira Astrea, por todoo armamento e pólvora em depósito nafortaleza e tencionar «embarcar parte daescravatura que se acha comprada do seucarregamento» requer que seja dada ordemao comandante da praça para lhe fazerentrega daqueles artigos necessários«a fim de obstar qualquer insurreição».23/02/1829 – em Moçambique, capitãoda galera Astrea, desembaraçada. Saicom 867 escravos e descarrega 679 noRio de Janeiro, em 19/05/1829.21/12/1829 – em Moçambique, mestreda galera brasileira Flor de Moçambique,acabada de chegar.18/01/1830 – em Moçambique, capitãoda galera brasileira Flor de Moçambiqueque segue viagem para o Rio de Janeiro,de onde viera, com escala por LourençoMarques, onde vai completar o carregamentode escravos.14/03/1830 – tendo partido de Moçambiquecarregada de escravos, a galera1732007 E-BOOK CEAUP


José Capela174Flor de Moçambique tornara a entrar noporto. O mestre da mesma requerera ofretamento do brigue D. Estêvão de Ataídepara nele carregar os escravos parao Rio de Janeiro. O carregamento dosescravos foi feito e o navio partiu aindadentro do prazo permitido.10/07/1830 – em Moçambique, primeirotenente honorário, comandante do briguede guerra português Dom Estevão deAthaide que segue para Lisboa com escalapelo Rio de Janeiro. O brigue fora fretadopela Junta da Real Fazenda de Moçambiqueao Joaquim António Franco que haviasido capitão e sobrecarga da galera brasileiraFlor de Moçambique, para transportarao Rio de Janeiro os escravos que levava.Esta galera saída de Moçambique com355 escravos, a 19 de Janeiro, arribara aMoçambique, a 14 de Março, com águaaberta, tendo sido dada como incapaz.Alegando terem os escravos sido carregadosantes de 10 de Fevereiro, o fretamentoe o transporte não se opunham ao estipuladonos tratados em vigor O brigue viriaa ser entregue à Regência da Terceira, apartir do Rio de Janeiro, aonde chegou a24/10/1830, graças às diligências do cônsulde Portugal, João Baptista Moreira*.31/07/1830 – em Moçambique, comandantedo brigue que se achava pronto apartir com trezentos e quarenta e três escravosa bordo, restando embarcar doze.[AHU, cx. 218, caps. 34 e 111 / Cx. 227, caps. 8 e 32Códice 1431, fls. 43 vs. / Santana, I, pp. 893 e 1014.II, pp.158, 796, 797, 816 e 877 / Eltis]1829 · FreitasANTÓNIO JOAQUIM DOS SANTOSFREITAS12/01/1829 – em Quelimane, piloto daescuna brasileira Victoria, arribada. Ocapitão deslocou-se a Moçambique e requereupoder carregar naquele porto eser dispensado da ida à capital por causada monção.12/01/1829 – o governador- geral despachano sentido de o governador e de ofeitor de Quelimane explicarem por querazão a escuna Victória se demorara tantonaquele porto.13/01/1829 – o governador-geral autorizaa carregação em Quelimane.[AHU, cx. 218, caps. 25 e 58 / Santana, I, p. 878]1829 · GalvãoJOSÉ DUARTE GALVÃO E C.ª21/12/1829 – proprietários da galerabrasileira Flor de Moçambique, chegada aMoçambique para aí fazer escravatura.[Santana, II, p. 877]1829 · GanndJOSÉ NICOLAU <strong>DE</strong> GROETGANND23/09/1829 – em Moçambique, mestreda escuna Mazipraia, da propriedadede Gabriel José de Sousa Ferreira*, despachadapara Quelimane, Inhambane eSofala.[AHU, cx. 223, cap. 72]1829 · GervazioJ. GERVAZIO20/10/1829 – em Moçambique, capitãodo brigue Poliphemo, ido do Rio deJaneiro, que saiu com 430 escravos e foidescarregar 396 ao Rio de Janeiro, em09/12/1829.[Santana, II, pp. 835/6 / Eltis]1829 · IssaISSA14/07/1829 – em Moçambique, capitãoE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>de pangaio desembaraçado para seguirpara S. Lourenço.[Santana, I, p. 1135]1829 · IsufoCHEI BONNA ISUFO27/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 897]1829 · IumaABITO BONA IUMA01/04/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio proveniente de Quíloa.[Santana, I, p. 901]1829 · JamesJAMES (?)05/08/1829 – em Moçambique, capitão(?)do brigue americano Chamot, desembaraçadona Alfândega.[Santana, I, p.1130]1829 · JaverchandeVELGI JAVERCHAN<strong>DE</strong> (tambémJevarchande)19/02/1829 – em Moçambique, desembaraçadopangaio fretado por Velgi Javerchande.10/01/1832 – em Moçambique, proprietáriodo batel O Grande Pancão, que é autorizadoa ir em direitura a Sofala, dalivoltando a Moçambique.28/12/1831 – em Moçambique, juntamentecom Deuchande Ary, procede acontrato de fretamento com o capitão dobrigue português Maria, Luis Maria Fernandes*,para viagem a Quelimane na«presente monção».02/1832 – em Moçambique, pede passaportepara «mandar a sua barquinhapara as praias do Sul para compra demantimento».[Santana, I, p. 1134. III, p. 583 e segs., pp. 762, 784e 785]1829 · LambateAMAD SALÉ LAMBATE02/12/1829 – em Lourenço Marques,mestre da escuna Victória que segue viagempara Moçambique.[AHU, cx. 225, cap. 4]1829 · LisboaLUÍS LISBOA16/08/1829 – morador em Quelimane,era negociante de escravos no sertãopara o sr. Araujo (Miguel Antonio de OliveiraAraujo*?). Requer autorização aogovernador de Quelimane para «ir nosertão tratar negócio de alguns escravospara seu arranjo».[AHU, cx. 222, cap. 28 / Santana, I, p. 1028]1829 · MadrugaF. P. N. MADRUGA28/09/1829 – em Moçambique, capitãodo navio Maria Segunda, que saiu parao Rio de Janeiro com 297 escravos, dosquais descarregou 210 no Rio de Janeiro,em 22/12/1829.[AHU, cx. 227, nº 32 / Eltis]1829 · MamodCHAN<strong>DE</strong> MAMOD06/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 1128]1829 · MarchandeMAMAD MARCHAN<strong>DE</strong>29/05/1829 – em Moçambique, capitão1752007 E-BOOK CEAUP


José Capela176(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.11/07/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega,segue para S. Lourenço.[Santana, I, p. 899 e 1133]1829 · MartinsJOAQUIM MARTINS03/09/1829 – capitão da barca Amizadeproveniente e destinada ao Rio de Janeiro,desembaraçada em Moçambiquepara ir ao porto de Quelimane onde carregou636 escravos dos quais foi descarregar625 ao Rio de Janeiro. ArmadoresJoão Bonifácio Alves da Silva* e JoãoManuel da Silva Guimarães SumatraCampeão* que se fizeram transportarnesta barca de Quelimane para o Rio deJaneiro.[AHU, cx. 223, cap. 11 / Santana, I, p. 916 e II, p. 835/ Eltis]1829 · MatosJ. <strong>DE</strong> D. MATOS16/02/1829 – em Moçambique, capitãoda escuna Epifania, chegada do Riode Janeiro em 15/01/1829, tendo comomestre Miguel Alves Machado de Carvalho*,desembaraçada, com 156 escravos,dos quais desembarcou 123 no Rio de Janeiro,onde chegou em 05/04/1829.[AHU, cx. 227, nº 32 / BNL, códice 1376, fls. 272 /Eltis]1829 · MeiraJOSÉ MARIA MEIRA26/11/1829 – capitão e caixa do brigueescuna Daphne, ido do Rio de Janeiro enaufragado em Sofala.09/01/1829 – em Sofala, manifesto dosescravos do brigue escuna Saphne, «daconta da navegação do navio»: 30 escravose escravas a seguir para Moçambique.08/01/1830 – em Sofala, estava a servendida a carga retirada dos armários dobrigue Daphne de que era capitão.15/03/1830 – o brigue Daphne em Moçambique,a sair para o Rio de Janeiro.23/06/1830 – no Rio de Janeiro, descarregou188 escravos dos 288 carregadosem Moçambique.[AHU, cx. 218, cap. 18 / Cx. 224, cap. 117 / Cx. 226,cap. 22 / Eltis]1829 · MisseneMAMOD BONA MISSENE03/02/1829 – em Moçambique, senhorioe capitão de pangaio desembaraçadona Alfândega.[Santana, I, p. 894]1829 · MudomarCHEA MUDOMAR19/02/1829 – em Moçambique, capitãode pangaio fretado por Velgi Javerchande,desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 1134]1829 · MussagiDANE MUSSAGI09/03/1829 – em Moçambique, capitãoda escuna Vitória, desembaraçada na Alfândega.[AHU, cx. 225, cap. 80 / Santana, I, p. 1132]1829 · OliveiraFELIX LUÍS <strong>DE</strong> OLIVEIRA13/04/1829 – no Rio de Janeiro, consignatáriode 12 escravos remetidos de Moçambique,no brigue escuna Vitória, porFrancisco Raimundo de Freitas*.[AHM, códice 11 – 5831, fls. 174, 181 e 181 vs.]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1829 · OmarBONA OMAR03/04/1829 – em Moçambique, proprietáriode pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, 893]1829 · OmarSU<strong>DE</strong> OMAR23/03/1829 – em Moçambique, o seupangaio é declarado desembaraçadopela Alfândega.[Santana, I, p. 1127]1829 · OttomaneOTTOMANE17/07/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândegapara seguir para para Angagiza.[Santana, I, p. 895]1829 · PedrosaANTÓNIO JOSÉ PEDROSANatural do Reino, estabelecera-se emMoçambique onde casou com a neta dogrande comerciante António da Cruz eAlmeida*.Em finais de 1829 partiu para o Rio deJaneiro juntamente com João BonifácioAlves da Silva* e Sumatra Campião*, ostrês com cargas de escravos a cujo tráficose dedicavam.21/04/1830 – requer certidão relativaao prazo Gorongosa de que era titularsua mulher, D. Joana da Cruz e Almeida.03/07/1830 – do Rio de Janeiro despachapara o governador-geral de Moçambiqueo teor de um requerimentoque terá sido apresentado em Lisboa noqual afirma ter ido ao Rio de Janeiro liquidaro seu negócio. Tendo que se demorarpede mais tempo para ficar no Riode Janeiro sem perder a administraçãodo prazo Gorongosa. Como os três associadosno tráfico de escravos, logo apósa chegada ao Rio de Janeiro, tinham financiadoa Regência da Terceira, o governode Lisboa decretou o sequestro detodos os seus bens.20/11/1835 – subscreve carta de agradecimentoà Rainha D. Maria pelo regressodo cônsul João Baptista Moreira* às suasfunções no Rio de Janeiro.06/04/1839 – subscreve a representaçãodos comerciantes portugueses no Rio deJaneiro defendendo o cônsul-geral dePortugal acreditado como encarregadode negócios e acusado de «não haver noconsulado a mínima vigilância para comas pessoas que se empregavam no comérciode África».[AHU, cx. 236, cap. 2 / Cx. 237, cap. 31 / Santana,II, p. 1003]1829 · PerfeitoJOAQUIM ALBINO GONÇALVESPERFEITO17/01/1829 – em Moçambique, comandantedo brigue brasileiro Mariana,declara não exigir qualquer frete ou indemnizaçãopelo transporte de Moçambiquea Lourenço Marques de géneros oufazendas.18/05/1829 – em Moçambique, comandantedo bergantim Mariana, desembaraçadona Alfândega com 558 escravos abordo, dos quais desembarcou no Rio deJaneiro 538.[Santana, I, pp. 894 e 1047 / AHU, cx 220, cap. 116 /Cx. 227, cap. 32 / Eltis]1829 · PinheiroLUÍS JOSÉ SOARES PINHEIRO07/08/1829 – em Moçambique, capitão1772007 E-BOOK CEAUP


José Capela178da galera brasileira Trinta de Março, requerautorização para ir fazer o seu carregamentode escravos a Quelimane. Aodeferimento do governador mandandofazer pelo menos metade do carregamentoem Moçambique, alega o prejuízoque sofreria o dono do navio que játinha justo em Quelimane o carregamentodesde o ano anterior. Deferido pelogovernador. Alegava não levar escravosde frete mas somente os do seu mercanteque tem os fundos em Quelimane. Carregou602 escravos, saiu de Quelimaneem 01/11/1829 e descarregou no Rio deJaneiro 567, em 16/12/1829.[Santana, I, pp. 1160 e 1161 / AHU, cx. 222, cap. 6/ Eltis]1829 · RachideSALIMO BONA RACHI<strong>DE</strong>09/05/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio oriundo de Zanzibar, desembaraçadona Alfândega.[Santana, I, p. 897]1829 · RibeiroDIONÍSIO ANTÓNIO RIBEIRO30/12/1829 – auto: acusações ao majorpor comissão, governador interinode Lourenço Marques, Dionísio Ribeiro.Estando ainda em Lourenço Marqueso governador Teixeira*, que fora suspenso,chegou a galera Águia do Brasil,com muitas fazendas para compra deescravos que deveriam ser entregues aoEriceira, comandante da barca Conde deS. Lourenço, (que tinha levado para LourençoMarques o governador Ribeiro).Ambos os navios são do mesmo dono. Ogovernador não as deixou entregar e ficoucom elas para contrabando.22/07/1830 – acusado de ter autorizadoo filho do governador cessante, CustódioJosé António Teixeira*, a levar parao Rio de Janeiro escravos roubados porsoldados, à ordem deste e de enviar expediçõesde soldados da guarnição a caçarescravos.26/07/1830 – António José Lamego Cabral,que mandara preso para Moçambique,acusa-o de se ter encarregado, como feitor, de comprar escravatura para asgaleras Águia do Brasil e Flor de Moçambique.O sobrecarga da barca brasileiraFluminense partira com 200 ou maisescravos, não tendo feito pagar direitosaos artigos descarregados, artigos queascendiam a quinze mil pesos e seriampagos com escravos, ao preço unitário de55 pesos.[AHU, cx. 225, caps. 67 e 73 / Santana, I, p. 944. II,p. 562]1829 · RosaCAETANO XAVIER VELASCO DAROSA08/09/1829 – João Bonifácio Alves daSilva* saca sobre ele uma letra por 19 escravos.[AHM, códice 11-5831, fls. 199]1829 · SahideSEFO SAHI<strong>DE</strong>05/02/1829 – em Moçambique, senhorioe capitão de pangaio desembaraçadona Alfândega.[Santana, I, p. 900]1829 · SaideAMIRE BONA SAI<strong>DE</strong>17/07/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândegapara seguir para S. Lourenço.[Santana, I, p. 895]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1829 · SaideMAMA<strong>DE</strong> SAI<strong>DE</strong>02/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 1829]1829 · SalesJOAQUIM <strong>DE</strong> SALES26/09/1826 – capitão do brigue Vinte eOito de Março, a sair para Quelimane.24/10/1829 – em Moçambique, mestredo bergantim português Dom Manuel dePortugal e Castro, pronto a seguir para oRio de Janeiro.[AHU, cx. 206, cap. 49 / Cx. 209, cap. 116 / Cx. 224,cap. 47]1829 · SalimoALFANE BONA SALIMO11/04/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio oriundo de Zanzibar e desembaraçadona Alfândega.[Santana, I, p. 899]1829 · SalimoBONA SALIMO11/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 1133]1829 · SalimoUSSENE BONA SALIMO30/05/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 1137]1829 · SanchesJOSÉ MIGUEL SANCHES10/06/1829 – em Moçambique, capitãoda escuna Flor de Inhambane, do senhoriode Mamode Amade Saibo, a seguirpara Inhambane.[AHU, cx. 222, cap. 17]1829 · SantosJOAQUIM FERREIRA DOSSANTOS (Conde de Ferreira)Reconhecidamente, um dos maiores negociantesde escravos no universo colonialportuguês. Aquele que teve a maiorrepercussão na sociedade portuguesa eque mais intervenção financeira desenvolveunessa mesma sociedade.Nasceu a 4 de Outubro de 1782, quintofilho de um casal de lavradores dafreguesia de Campanhã, no Porto. Iniciou-sena preparação académica quelhe permitiria receber ordens canónicas.Não tendo seguido a carreira eclesiástica,a formação literária adquirida viria aser-lhe de grande proveito pois lhe permitiucultivar uma escrituação comercialprimorosa. Escrituração essa que remanescecomo porventura raro e esclarecedortestemunho dos mecanismos dentrodos quais funcionava o que foi esse grandenegócio de seres humanos.Como era então de hábito para os da suaigualha, de caixeiro em estabelecimentocomercial do Porto, emigrou para oBrasil cerca de 1800. Como muitos dosemigrados, de empregado passa a negociantede conta própria, valendo-se deconsignações que lhe são remetidas doPorto cujas facturas salda com os produtoscoloniais de torna-viagem. Estas teiascomerciais sustentadas por ligações familiarese de proximidade social permitema edificação de núcleos comerciaisde grande capacidade que rapidamentese instalam no comércio triangular de1792007 E-BOOK CEAUP


José Capela180que o tráfico de escravos é pivot. A brevetrecho, armava o brigue Activo e deslocava-seà costa de Angola, onde estabelecerelações comerciais com casas deLuanda. Em Cabinda aborda chefes locaiscom os quais realiza acordos e ondecria uma feitoria. Pelo que foi agraciadopor D. João VI com o hábito da Ordemde Cristo. Voltará à costa africana aindaduas vezes mas instalar-se-á depois noRio de Janeiro. Entre 1816 e 1828, deconsignação e por conta própria terá importadode África para o Brasil cerca de10 000 escravos.1829 – é-lhe consignada a caga do navioAmália, capitão José Ferreira Maia*,que, depois de embarcar 800 escravosem Lourenço Marques, chega ao Rio deJaneiro com 783, em 10/12/1829.O seus negócios, além de Angola, estenderam-separa os estados do Norte e doSul do Brasil e Portugal. Em Londres, acasa Finnie administrava-lhe as aplicaçõesfinanceiras nomeadamente em títulosde dívida pública de várias naçõeseuropeias incluindo Portugal. No Brasilpossuía prédios de rendimento no Riode Janeiro e duas fazendas com centenasde escravos e engenhos de açúcar ede mandioca. Na independência do Brasiladoptou a nacionalidade brasileira.Como outros grandes negreiros, bemrelacionado com a corte, contribui com12 contos de réis para os encargos como corpo expedicionário liberal portuguêsque aporta ao Rio de Janeiro.Em 1832 retira-se para Portugal. Faz aviagem no seu brigue Activo carregadode açúcar e de couros. Remete à casaFinnie, de Londres, letras no valor de12500 libras. A causa próxima do regressoa Portugal parece ter sido o factode a sua casa comercial ter sido sujeitaa uma devassa e terem sido encontradosescravos importados após a proibição de1830 acordada entre o Brasil e a Inglaterra.O limite de datas imposto à importaçãode escravos criou numerososconflitos judicias nomeadamente combase na data de saída dos navios negreirose outros dos portos africanos. Mas acausa principal da saída de negreiros doBrasil para Portugal, que então se verificou,ficou a dever-se aos conflitos sociaisque em muitos casos configuraramhostilidades de interesses incluindo osque radicavam no tráfico de escravos.Também hostilidade acicatada por algumaimprensa.Desembarca em Lisboa em 8 de Setembrode 1832, em plena guerra civil.09/08/1833 – subscreve o empréstimonacional desta data.Terminada a guerra civil fixa residênciano Porto e retoma a actividade comercialnomeadamente com o Rio de Janeiro eatravés do seu brigue Activo. E passa a investirnos grandes empreendimentos doliberalismo. Compra acções da Companhiadas Lezírias. Em 1835, disputa comJoão Ferreira dos Santos Silva (barão deSantos), a presidência da Direcção doBanco Comercial do Porto, na sua fundação.Aliás, era accionista das companhiasde seguros Permanente, Concórdiae Providente e co-fundador da Boa-Fé eRetribuição.Com a proclamação cartista no Porto ecom a instalação no poder daquele queserá o seu grande amigo, Costa Cabral,é nomeado Presidente da Comissão doTesouro, responsável pela manutençãodas tropas. Põe os seus capitais à disposiçãoda Comissão e promove uma subscri-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>ção a favor de Costa Cabral. Valendo-lhetudo a nomeação como Par do Reino porcarta régia de 03/05/1842. O que tambémo obrigou a recuperar a nacionalidadeportuguesa. Fê-lo na véspera dadata da carta através de declaração à CâmaraMunicipal do Porto.07/10/1842 – é feito barão.21/06/1843 – é feito visconde06/08/1850 – é feito conde.Faz parte da sociedade dos Contratosdo Tabaco, Sabão e Pólvora de que seráCaixa-Geral. É Presidente da CompanhiaConfiança Nacional e transita para oBanco de Portugal como accionista destaquando da sua fusão com o Banco de Lisboa.Também accionista da Companhiados Canais de Azambuja, Companhiadas Obras Públicas e Companhia de GásLisbonense.Faleceu a 24 de Março de 1866, com 84anos de idade, na sua casa do Bonfim, noPorto.[Jorge Fernandes Alves, Percursos de Um Brasileiro doPorto – O Conde de Ferreira / Manolo Florentino]1829 · SaraaneSARAANE11/05/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 896]1829 · SilvaANTO DA SILVA08/12/1829 – em Pernambuco, primeiroarmador do navio brasileiro Dois Irmãos,de que era capitão Gil Thomás dos Santos*,descarrega 281 escravos dos 359que tinha carregado em Moçambique,onde chegara em 26/01/1829.[Santana, I, p. 1132. II, p. 835 / Eltis]1829 · SilvaJOSÉ IGNÁCIO DA SILVA13/04/1829 – proprietário do brigue escunaVictória que carregou escravos emQuelimane, para o Rio de Janeiro. Carregadores,Francisco Raimundo de Freitas*e capitão Ventura José de Oliveira Viana*.[AHM, códice 11-5831, fls. 174]1829 · SultaneABDALA BONA SULTANE06/05/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio oriundo de Quíloa, desembaraçadona Alfândega.[Santana, I, p. 898]1829 · UmarBANA UMAR05/03/1829 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio desembaraçado na Alfândega.[Santana, I, p. 1129]1829 · VasconcelosANTÓNIO VASCONCELOS09/03/1829 – capitão do batel Aurora deSangage, desembaraçado na Alfândegade Moçambique.[AHU, cx. 225, cap. 80]1829 · VicenteJOSÉ VICENTE10/04/1829 – em Moçambique, desembaraçadana Alfândega a palinha Marquêsde Aguiar, de que é capitão.[Santana, I, p. 893]1829 · WadekANDRÉ WA<strong>DE</strong>K29/05/1829 – capitão do brigue americanoApregen, desembaraçado na Alfândegade Moçambique.[AHU, cx. 225, cap. 80]1812007 E-BOOK CEAUP


José Capela1830 · AbedeSAI<strong>DE</strong> BONA ABE<strong>DE</strong>23/04/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio proveniente de S. Lourenço,procede ao manifesto de carga.24/05/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio proveniente de Boquine (?),procede ao manifesto de carga.[Santana, II, pp. 818, 820]1830 · AbudalaSEL<strong>EM</strong>ONE BONA ABUDALA18/04/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Quíloa e Cabo Delgado,procede ao manifesto de carga.[Santana, II, p. 821]1830 · AchirNOROR BONA ACHIR15/02/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Pemba, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 826]1830 · AbudalaAFIDO BONA ABUDALA07/02/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Anguja (?) (Angazicha?),procede ao manifesto de carga.[Santana, II, p. 827]1830 · AcireANA<strong>DE</strong> BONA ACIRE26/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Quíloa, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 828]1821830 · AbudalaALY BONA ABUDALA10/03/1830 – Em Moçambique, capitãode pangaio ido de Quíloa e Cabo Delgado,procede ao manifesto de carga.[Santana. II, p. 824]1830 · AbudalaMAMO<strong>DE</strong> ABUDALA01/02/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Anjoane, procede aomanifesto de carga.[Santana. II, p. 827]1830 · AbudalaSALIMO BONA ABUDALA11/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Xole (?), procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 830]1830 · AcubugiMANGI ACUBUGI (tambémMangy Acubgy)26/05/1830 – em Moçambique, mestreda chalupa Pescador, prestes a sair paraQuelimane.30/07/1830 – em Moçambique, mestre dachalupa Pescador, chegada de Quelimane,manifesta a carga com 21 escravos.[Santana, II, pp. 695 e 808 / AHU, cx. 235, cap. 95]1830 · AguiarJOSÉ CORREIA <strong>DE</strong> AGUIAR02/07/1830 – proprietário do bergantimportuguês Brilhante, em Moçambique,proveniente do Rio de Janeiro, a caminhode Goa.[Santana, II, p. 807]1830 · AgyALY BONA AGY07/05/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de S. Lourenço, procedeao manifesto de carga.[Santana, II, p. 819]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1830 · AgySAL<strong>EM</strong>ANE BANA AGY06/03/1830 – xeque de Quitangonha,com pangaio ou pangaios próprios, emcarta ao governador-geral, lamenta-sepor este sempre fazer apreender, comocontrabando, os escravos que mandavapara venda.25/11/1830 – afirma ao governadorserem seus os escravos que aquele lhemandara tomar.31/12/1830 – em carta para o governador-geral:«eu creio, senhor, que todosfazem negócios dos escravos e não têmtanto incómodo como tenho eu».[Santana, II, pp. 379, 382, 383. III, pp. 578 e segs.]1830 · AldanhaSIMÃO DA ROCHA MUNHÓS EALDANHA26/041830 – em Moçambique, piloto dobrigue Mariana, pede ao governador-geralpara ser desligado do serviço do brigue. Onavio detivera-se em Lourenço Marquescontra as suas instruções e ia sair de Moçambiquecarregado de escravos fora doprazo legal pelo que não podia ser obrigadoa praticar contrabando e pirataria.[Santana, II, p. 671]1830 (?) · AlmeidaLUIS CORREIA <strong>DE</strong> ALMEIDA1930 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Lucónia um negro a entregarao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 (?) · AlmeidaPEDRO HENIQUE <strong>DE</strong> ALMEIDA1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Luconia dois negros a entregarao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · AlofaneSEL<strong>EM</strong>ANE BONA ALOFANE24/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Mugal(?), procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 828]1830 · AlvesALVES LTD.14/04/1830 – no Rio de Janeiro, armadoresda galera brasileira Incomparávelque desembarcou 394 dos 440 escravosque carrregara em Moçambique.[Eltis]1830 · AlvesJOAQUIM ANTÓNIO ALVES1811/1830 – dentro deste período, comerciantede escravos no Rio de Janeiro.15/02/1830 – proprietário da galerabrasileira Sete de Março, que manifesta acarga em Moçambique, chegado do Riode Janeiro.[Manolo Florentino / AHU, cx. 228, cap. 52 / Santana,II, p. 802]1830 · AlyMASANTE (também Masute)BONA ALY21/02/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Mugau, procede a manifestode carga.27/12/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Quíloa, com 5 dias deviagem, procede ao manifesto de carga.[Santana, II, p. 826. III, p. 752]1830 · AmadeABUDALA BONA AMA<strong>DE</strong>27/03/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Monfia e Cabo Delgado,procede ao manifesto de carga.[Santana, II, p. 820]1832007 E-BOOK CEAUP


José Capela1830 · AmadeBONAI<strong>DE</strong> BONA AMA<strong>DE</strong>13/01/30 – em Moçambique, capitão depangaio ido de Angazicha, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 830]1830 · AmadeMENECHAN<strong>DE</strong> BONA AMA<strong>DE</strong>05/01/183 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Monfia, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 831]1830 · AmadeMUENHA ABUDALA BONA AMA<strong>DE</strong>14/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Monfia, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 829]1830 · AmadeSAI<strong>DE</strong> BONA AMA<strong>DE</strong>08/05/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angujá (?), procedeao manifesto de carga.[Santana, II, p. 820]de pangaio ido de S. Lourenço, procedeao manifesto de carga.07/10/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Anjoane.[Santana, II, p. 32]1830 · AmiseRACHI<strong>DE</strong> BONA AMISE13/02/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Mugau, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 826]1830 · AnlaneMOMA<strong>DE</strong> BONA ANLANE05/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Monfia, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 831]1830 · AntomaneANTOMANE19/06/1830 – no Ibo, capitão do pangaioGuage, saído do porto de Molalecom destino a Moçambique, obrigado aarribar ao Ibo.[Santana, II, p. 371]1841830 · AmadeSAID UMAR BOM AMA<strong>DE</strong> (omesmo que Sede Omar BoneAmad?)26/01/1830 – em Moçambique, capitão(?) do pangaio Fatal Cahir a que foraconcedido passaporte para seguir paraQuíloa, concessão declarada irregular.[Santana, II, p. 858]1830 · AmadeXABANI (também Chabane)BUNU (também Buna) AMA<strong>DE</strong>26/09/1830 – em Moçambique, capitão1830 (?) · AntónioCRISPIM ANTÓNIO1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Lucónia um negro a entregarao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · AraujoFIDÉLIO JOSÉ <strong>DE</strong> ARAUJO04/03/1830 – em Moçambique, mestreda escuna S. Miguel, com passaportepara Inhambane e Quelimane, com escalapor Sofala.24/04/1830 – em Sofala, mestre da es-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>cuna S. Miguel, a sair para Moçambique.10/05/1830 – arribara a um rio perto deQuelimane, carente de água, por não poderentrar em Quelimane.31/05/1830 – em Moçambique, mestreda escuna S. Miguel, procede ao manifestode carga com 21 escravos.24/12/1830 – em Sofala, mestre da escunaS. Miguel, passou recibo dos escravosa conduzir para Moçambique.[Santana, II, pp. 16, 128 e 371. III, p. 67]1830 · AsaneAMISE BUNNA ASANE (tambémAmice Boana Asane)29/10/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de S. Lourenço, procedeao manifesto de carga.18/10/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angazicha, com 3dias de viagem, procede ao seu desembaraço.[Santana, II, p. 804; III, p. 752]1830 · BaiAMO BAI20/05/1830 – em Moçambique, capitãoda pala Ramo Passa, faz o manifesto dacarga proveniente de Surrate.[Santana, II, p. 809]1830 · BarreirosANTÓNIO JOSÉ OLIVEIRABARREIROS07/01/1830 – em Moçambique, capitãodo bergantim Minerva, paga os direitosdos escravos que traz de Quelimane carregadosem excesso e sai com 434. Descarregano Rio de Janeiro 404.[AHU, cx. 226, cap. 16 / Santana, II, p. 203 / Eltis]1830 (?) · BarretoJERÓNIMO JOSÉ BARRETO1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Luconia seis negros a entregarao mesmo carregador.[AHU, avulsos de Moç., mç. 30]1830 · AssaneSEL<strong>EM</strong>ANE BUNO ASSANE(também Selemane BonaAssane)17/09/1830 – em Moçambique, ido de Angazicha,procede ao manifesto da carga.02/10/1830 – em Moçambique, tendovendido os géneros que trouxera de Gagiza,pede para sair.[Santana, II, pp. 33 e 806]1830 (?) · AssisFRANCISCO ANTÓNIO <strong>DE</strong> ASSIS1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Lucónia um negro a entregarao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · BastosANTÓNIO TEIXEIRA MACHADO<strong>DE</strong> BASTOS12/05/1830 – capitão da galera NovoDourado que, ida do Rio de Janeiro, acaminho de Macau, estava em Moçambiqueonde procede ao manifesto de carga.Requer autorização para fazer entrar abordo como marinheiros, em substituiçãode outros que se haviam ausentado,nove negros; o governador defere «desdeque mostre ter pago os respectivos direitosda exportação».[AHU, cx. 232, cap. 24. / Santana, II, pp. 398 e 820]1830 · BastosM. D. BASTOS08/02/1830 – em Lourenço Marques, ca-1852007 E-BOOK CEAUP


José Capela186pitão da galera brasielria Águia do Brasilque aí carregou 599 escravos dos quaisdescarregou 591 no Rio de Janeiro, em27/04/1830.[Eltis]1830 · BayASANE BAY11/03/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Anjouan, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 823]1830 · BeneamadABE<strong>DE</strong>LÁ BENEAMAD04/11/1830 – capitão e proprietário dopangaio Fattequer, naufragado na barrade Quelimane.[Santana, II, p. 213]1830 · BritoLUÍS ANTÓNIO <strong>DE</strong> BRITO26/11/1830 – em Quelimane, negociantee comissário volante, náufrago deuma escuna patacho, pretende regressara Moçambique num brigue brasileirolevando consigo um escravo para quempede passaporte porque o navio, sendobrasileiro, não pode admitir escravos abordo.[Santana, II, p. 202]1830 · CadryABUDALA CADRY (o mesmo queAbdolá Cadir?)10/03/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Bombaim e Mulale,procede ao manifesto de carga.[Santana, II, p. 824]1830 · CaldeiraANTÓNIO JOSÉ DA SILVACAL<strong>DE</strong>IRA (também António daSilva Caldeira)1811-1830 – dentro deste período comerciantede escravos no Rio de Janeiro.28/06/1820 – do Rio de Janeiro, o condedos Arcos comunica ao governadorgeralde Moçambique que o negociantedaquela praça, António da Silva Caldeira,proprietário da galera Esperança, vaipara Inhambane carregar escravos.28/09/1820 – com 69 dias de viagem,a galera Esperança, do senhorio de AntónioJosé da Silva Caldeira e Cª, ido doRio de Janeiro, com 69 dias de viagem,garrou e naufragou à entrada do portode Inhambane.[Manolo Florentino / AHU, cx. 169, cap. 130 / Cx.171, cap. 134]1830 · CardosoBENTO JOSÉ CARDOSO22/06/1830 – em Moçambique, comandantedo bergantim Delfim, arribado aMoçambique «por força de temporaisque sofreu no Cabo da Boa Esperança, nasua viagem de Macau para Lisboa», pedevistoria ao navio.[Santana, II, p. 501]1830 · CarvalhoRAFAEL ANTÓNIO <strong>DE</strong> CARVALHO23/08/1830 – em Inhambane, em nomeda Companhia Comercial, pede autorizaçãopara o transporte de Inhambanepara Moçambique de «dez escravos afimde serem ali trocados e remetidos para oserviço desta casa ou da maneira possívelcambiados».07/03/1841 – comerciante negreiro deInhambane, nesta data em Moçambique.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>29/12/1845 – denunciado pelo governador-geralcomo negreiro, estava a procedercontra ele por conivência no tráfico.Governador em Cabo Delgado antes deoutro negreiro, Rodrigo Jacinto de Sousa*,que fora destituído.29/12/1845 e 07/03/1846 – preso à ordemdo governador-geral e processado emprocesso crime por tráfico de escravos.[Santana, II, p. 40 / AHU, pasta nº 7, cap.1 / Pasta nº9, cap. 5 / Pasta nº 10, cap. 5 / AHM, códice 11-183,fls. 151 vs.]1830 · CesárioANTÓNIO CESÁRIO1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Lucónia um negro a entregarao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · ChandeMUENHA CHAN<strong>DE</strong>05/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Monfia, procede aomanifesto de carga.[Santana. II, p. 831]1830 · CostaFRANCISCO GONÇALVES DACOSTA08/09/1830 (?) – em Moçambique, mestredo chasse-marée Temerário, procedeao manifesto de carga proveniente deQuelimane, entre a qual 5 escravos.[Santana, II, p. 807]1830 · CostaMANUEL ARAUJO COSTA ouMANUEL JOSÉ DA COSTA ouMANUEL JOSÉ D’ARAUJO COSTA1811-1830 – dentro deste perído foi comerciantede escravos no Rio de Janeiro.12/05/1829 – vendeu todos os escravosque tinha em Quelimane a Francisco LuísAmaro, através do seu procurador local,João Bonifácio Alves da Silva*.11/03/1846 – nesta data, consta da Listof the Principal Slave Dealers at Rio de Janeiro,1845, elaborada pelos ComissáriosBritânicos.1850 – armador do navio Flor do Douroque foi ao Ibo carregar 612 escravos (númeroimputado) de que desembarcou499 em Marica, em 03/1850.[AHM, códice 11-5831, fls. 215, vs. / Manolo Florentino/ Eltis]1830 · CruzAGOSTINHO JOSÉ DA CRUZ23/08/1830 – em Inhambane, requerautorização ao governador para transportara Moçambique «oito escravos emque entra uma negra».[Santana, II, p. 40]1830 · DamadorPORSOTAMO DAMADOR– em Moçambique, proprietário do patachoProvidência, saído de Moçambiquepara Quelimane, que arribara ao portode partida, impossibilitado de entrar emQuelimane.[Santana, II, p. 129]1830 · DamiãoARSÉNIO DAMIÃO1830 (?) – em Moçambique, embarca nacharrua Lucónia um negro a entregar aomesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · DiasINÁCIO DO ROSÁRIO DIAS11/06/1830 – o governador-geral acu-1872007 E-BOOK CEAUP


José Capela188sa o governador de Quelimane AntónioMariano da Cunha* de ser o verdadeiroproprietário dos 400 escravos que Diasvendera ao capitão da barca Elisa.08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantes dapraça expondo ao governador-geral, marquêsde Aracaty, a necessidade de sustar aexecução do decreto de 10 de Dezembrode 1836 que abolia o tráfico da escrvaturaem todas as colónias portuguesas.[Santana, II, p. 22 / AHM, códice 11-5832, fls. 245vs. / AHU, pasta 4, cap. 3]1830 · EmbaracaSALIMO BUNA <strong>EM</strong>BARACA10/09/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angazicha, procede aomanifesto da carga.[Santana, II, p. 804]1830 · ErecuiaJ. DA S. ERECUIA03/01/1830 – em Pernambuco, capitãodo navio Eliza, descarrega 281 escravosdos 359 que tinha carregado em Moçambique.[Eltis]1830 · FarinhaMANUEL ANTÓNIO FARINHA1830 (?) – em Moçambique, o comandanteda charrua Lucónia carregou umnegro que lhe era destinado (no Rio deJaneiro?).[Santana, III, p. 901]1830 · FerreiraJERÓNIMO FRANCISCOFERREIRA06/10/1830 – em Moçambique, correspondenteou agente da Companhia Comercialda Baía de Lourenço Marques.[Santana, II, p. 19]1830 · FerreiraJOSÉ MARIA FERREIRA1830 (?) – em Moçambique, carrega nacharrua Lucónia três escravos a entregarao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · FreitasANTÓNIO ROIZ <strong>DE</strong> FREITAS,Capitão de Mar e Guerra1830 (?) – em Moçambique, o capitão dacharrua Lucónia carrega uma negra quelhe era destinada (no Rio de Janeiro?).[Santana, III, p. 901]1830 · GuimarãesJOSÉ ANTÓNIO GOMESGUIMARÃES30/10/1830 – negociante do Rio de Janeiroque tinha um consignatário emMoçambique.[AHU, cx. 239, cap. 103]1830 · GurverayRECHU GURVERAY– em Moçambique, sobrecarga da palaDuruca, ida de Bombaim, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 822]1830 · HiraRANCHOL HIRA09/03/1830 – em Moçambique, capitãode palinha Marquês de Aguiar, ida deE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Dio, procede ao manifesto de carga.[Santana, II, p. 824]1830 · IbraimoAMORANE BONA IBRAIMO17/04/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Lamu (?), procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 821]1830 · IdaruceMAMODA BONA IDARUCE11/07/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de S. Lourenço e CaboDelgado, procede ao manifesto de carga.[Santana, II, p. 819]1830 · JabireSAL<strong>EM</strong>INE BUNA JABIRE18/09/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de S. Lourenço, procedeao manifesto de carga.[Santana, II, p. 805]1830 · JagrúMANGI JAGRÚ17/04/1830 – em Moçambique, baneane,obtém passaporte para seguir viagem noseu batel para as praias do norte e do sul.[Santana, II, p. 373]1830 · JoséBERNARDO JOSÉ1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Luconia um negro a entregarao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · JoséEUGÉNIO JOSÉ20/07/1830 – em Moçambique, venderaa D. Luisa da Costa Soares* «uma negracom seu filho com ajuste de 60 pesospela negra e pelo moleque, filho da mesmanegra».[Santana, II, p. 410]1830 · JoséJ. JOSÉ1830 – capitão do brigue brasileiro que vaia Quelimane carregar 559 escravos dosquais descarregou 460 no Rio de Janeiro.[Eltis]1830 · LambathNIZAMODIN LAMBATH17/03/1830 – em Moçambique, capitãotenentee patrão-mor da galera Flor deMoçambique.[Santana, II, p. 129]1830 · LimaJOSÉ PEDRO RIBEIRO LIMA01/03/1830 – em Moçambique, capitãoda escuna Aviso Oriental, a sair paraLourenço Marques, Inhambane e Moçambiquecom «arroz, feijão e farinha evinagre para os escravos».Saiu de Moçambique com 233 escravosdos quais descarregou no Rio de Janeiro324, em 15/05/1830.25/03/1832 – em Moçambique, mestreda barca brasileira Zéfiro, que segueviagem para o Rio de Janeiro com escalapela Baía de Lourenço Marques.[Santana, II, pp. 824 e 825. III, p. 648 / Eltis]1830 (?) · LourençoMANUEL LOURENÇO – Frei1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Lucónia três negros e uma negraa entregar ao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1892007 E-BOOK CEAUP


José Capela1901830 · MachireSAI<strong>DE</strong> MACHIRE11/03/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Quíloa, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 823]1830 · MagalhãesJOÃO PEREIRA <strong>DE</strong> MAGALHÃES02/07/1830 – em Moçambique, capitãodo bergantim português Brilhante, provenientedo Rio de Janeiro, a caminhode Goa.[Santana, II, p. 807]1830 · MamudMAMUD21/11/1830 – xeque de Sancul, capitãomordos mouros, proprietário e comandantedo brigue-escuna Flor de Inhambane.[Santana, II, p. 701]1830 · MarauteSALIMO MARAUTE27/11/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido do Ibo, procede ao manifestode carga.[Santana, II, p. 803]1830 · MariaL. J. MARIA08/03/1830 – capitão do navio Zéphiroque foi a Inhambane carregar 867 escravos,dos quais desembarcou 677 no Riode Janeiro, em 29/05/1830.[Eltis]1830 · MartinsJ. F. MARTINS1830 – capitão do navio Nova Indústria, vaia Inhambane carregar 594 escravos dosquais descarrega 571 no Rio de Janeiro.[Eltis]1830 · MelloMANUEL JOSÉ <strong>DE</strong> MELLO14/02/1830 – «viageiro» na vila de Quelimanepede ao governador local passaportepara Moçambique.08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[Santana, II, p. 207 / AHM, códice 11-5832, fls. 245vs. / AHU, pasta 8, cap. 1]1830 · MendesFRANCISCO BORGES MEN<strong>DE</strong>S1830 (?) – em Moçambique, embarca nacharrua Lucónia 18 negros e duas negrasa entregar ao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · MenezesJOAQUIM <strong>DE</strong> MENEZES1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Lucónia um negro, a entregarao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · MenezesJOAQUIM MOURA <strong>DE</strong> MENEZES1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Lucónia um negro a entragarao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1830 · MouraJERÓNIMO ALVES <strong>DE</strong> MOURA1830 (?) – em Moçambique, pelo comandanteda charrua Lucónia foram embarcadosdois negros e uma negra que lheeram destinados (no Rio de Janeiro?).[Santana, III, p. 901]1830 · MussaNACIBO BONA MUSSA09/02/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Quíloa, procede aomanifesto de carga, com 18 escravos.[Santana, II, p. 827]1830 · MutuanaMUTUANA23/12/1830 – em Moçambque, capitãode pangaio ido de Pemba.[Santana, II, p. 803]1830 · NaçoreABUDULA BONA NAÇORE12/08/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Anjoane.[Santana, II, p. 808]1830 · NascimentoANSELMO JOSÉ DONASCIMENTO04/1830 – em Moçambique, «tendovindo arribado da Baía de LourençoMarques a esta capital na sua escuna denominadaVitória».06/08/1830 – em Moçambique, manifestoda carga proveniente de LourençoMarques, na escuna Vitória, de que éproprietário e tenente-coronel agregadode milícias.05/06/1831 – em Lourenço Marques entrarana véspera uma escuna francesaida «de Bourbon para ir fazer negócio deescravos e marfim no Rio de Ouro, cominsinuações de Anselmo José de Nascimento».O negócio correra mal, tendo aescuna perdido um escaler e as fazendaspor este transportadas e dois tripulantesmortos pelos indígenas.29/07/1831 – preso em Lourenço Marquesdepois de ter estado a fazer tráfico deescravos no Rio do Ouro com uma escunafrancesa. Desertor, havia estado em Bourbononde fora levar escravos carregadosclandestinamente, em contrabando.29/07/1831 – no dia seguinte partiriapara Moçambique com escala por Sofalaa escuna Vitória. Anselmo José do Nascimentoestava preso. Estivera no Rio doOuro com uma escuna francesa a fazernegócio de escravos. O negócio correramal, haviam-no passado para um barcobrasileiro cujo comandante não o quislevar para a América e desembarcara-opróximo de Lourenço Marques.04/08/1831 – em Lourenço Marques,testemunhas acusavam o feitor da fazenda,Joaquim António Ferreira que,com o Anselmo José do Nascimento,pretendiam ambos apossar-se da escunaVitória, e valores que possuía, mataremo sobrecarga, desembarcarem o capitãoem Madagascar, e seguir para Bourbon.30/08/1831 – destituído do posto detenente-coronel agregado de milícias edeclarado desertor. Constava que estavaem Bourbon «onde fora levar escravosque embarcara clandestinamente e porcontrabando na costa pouco ao norte doporto» da capital a bordo do brigue escunafrancês Les Deux Fréres.02/09/1831 – o governador interino deLourenço Marques comunica ao governador-geralque a barca brasileira Zéfiropartiria no dia seguinte e levaria preso a1912007 E-BOOK CEAUP


José Capela192seu bordo Anselmo do Nascimento.18/11/1831 – consta de um documentocomo tenente-coronel e proprietário daescuna Vitória.08/1832 – está em Sofala como capitão eproprietário da escuna Vitória.12/09/1832 – protesto de arribada. Tendopartido de Sofala a 31 de Agosto paraMadagascar, tendo fundeado a 11 na ilhade Caldeira, aí haviam perdido os ferros,pelo que entraram em Angoche, ondeaguardaram que fossem remetidos novosferros de Moçambique.18/07/1837 – em Moçambique, capitãodo brigue D. António de Melo, manifesta acarga proveniente de Lourenço Marques.09/01/1840 – em Moçambique, capitãodo navio Pancão, a carregar escravos, depoiscapturado nas águas do Cabo da BoaEsperança. Terá saído de Moçambique echegado ao Cabo da Boa Esperança com18 escravos.[AHU, cx. 236, cap. 20. / Santana, II, p. 808. III, pp.118, 120, 215, 348, 349, 464, 643/645, 670, 979,980. / Eltis]1830 · NóbregaM. P. DA NOBREGA07/09/1830 – segundo capitão do briguebrasileiro Feliz Mariana, de que eraprimeiro capitão J. A. da Silva*, descarregano Rio de Janeiro 260 escravos dos376 que carregara em Moçambique.[Eltis]1830 · OrnadeMUSSULAME BONA ORNA<strong>DE</strong>20/02/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Mugau, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 826]1830 · OliveiraJOSÉ <strong>DE</strong> OLIVEIRA1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Lucónia três negros a entregarao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · OmarISENE BONA OMAR01/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Quíloa, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 831]1830 · OtomaneBANA OTOMANE26/06/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio oriundo de Angazicha e Ilhasde Cabo Delgado, procede ao manifestode carga.[Santana, II, p. 819]1830 (?) · PachecoChefe F. ANT. DA S.ª PACHECO1830 (?) – em Moçambique, o comandanteda charrua Lucónia embarcou um escravoque lhe era destinado (no Rio de Janeiro?).[AHU, Avulsos de Moçambique, mç. 30]1830 (?) · ParatiCON<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> PARATI1830 (?) – em Moçambique, António daCruz e Almeida* embarca na charrua Lucóniaquatro negros e quatro negras endereçadosao Conde de Parati e mais seisnegras à sua ordem.[Santana, III, p. 901]1830 · PauriannoPAURIANNO1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Lucónia um negro a entre-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>gar ao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · PihanPIHAN14/10/1830 – em Moçambique, comandantedo brigue-goleta L’Élise.[Santana, II, p. 72]1830 · PintoMANUEL CAETANO PINTO02/04/1830 – em Moçambique, pedepassaporte para uma viagem às vilas deQuelimane e Sofala na chalupa Pescadorfretada a Manuel António da Fonseca*.[Santana, II, p. 372]1830 · PirbayNATU PIRBAY25/02/1830 – em Moçambique, capitãoda pala Gagançar, ida de Bombaim, procedeao manifesto de carga.[Santana, II, p. 1825]1830 · RachideABDULA BONA RACHI<strong>DE</strong>07/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Pemba, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 830]1830 · RachimeABUDALA RACHIME06/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Pemba, procede aomanifesto de carga.[Santana. II, p. 825]1830 · RamalhoANTÓNIO JOSÉ <strong>DE</strong> OLIVEIRARAMALHO01/02/1830 – alvará da alfândega dePernambuco, a despachar a barca brasileiraElisa, de que era capitão, para Moçambique.05/04/1830 – em Moçambique, mestreda barca brasileira Elisa, pede para carregarmantimentos para os escravos quevai comprar a Quelimane, onde está em25/05/1830.20/06/1830 – proveniente do Cabo daBoa Esperança arribou a Lourenço Marques:tinham já morrido vários escravos,«por causa dos tombos que davam e pelossustos que tinham quando ia quantidadede água pelas escotilhas abaixo em cujosmomentos parecia um inferno de gritaria,em suma faltos de sustento, sossego ecurativo, por causa do vento e mar».07/09/1830 – desembarcou no Rio deJaneiro 428 escravos dos 519 carregadosem Moçambique.[Santana, II, pp. 199, 432, 822 / AHU, cx. 230, nº 22/ Cx. 235, cap. 57 / Eltis]1830 · RamogiRAMOGI10/02/1830 – em Moçambique, capitãoda pala Duruca, ida de Bombaim, procedeao manifesto de carga.[Santana, II, p. 822]1830 (?) · RibeiroJOÃO VITORINO RIBEIRO1830 (?) – em Moçambique, embarcouuma negra na charrua Lucónia, a entregarao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · RibeiroJOSÉ <strong>DE</strong> CARVALHO RIBEIRO1811-1830 – dentro deste período dedicou-seao tráfico de escravos no Rio deJaneiro.1932007 E-BOOK CEAUP


José Capela19402/1830 – mantinha relações comerciaiscom Moçambique.[Manolo Florentino / Santana, II, p. 802]1830 · RochideSALIMO BONA ROCHI<strong>DE</strong>08/05/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 819]1830 (?) · RomãoJOAQUIM JOSÉ ROMÃO1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Lucónia um negro a entregarao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · SadiquoBONNA SADIQUO09/11/1830- em Moçambique, ido deMulale, capitão de pangaio, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 804]1830 · SahideAMISE BUNE SAHI<strong>DE</strong> (tambémAmice Bona Saide)25/09/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angaziche, procede aomanifesto de carga.11/10/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio oriundo de Zangaza (?).[Santana, II, pp. 76 e 805]1830 · SaiboMAMUD (também Mamodu eMomed) AMAD (também Amade)SAIBO10/06/1829 – em Moçambique, senhorioda escuna Flor de Inhambane que seguepara Inhambane.08/1830 – em Moçambique, mestre daFlor de Inhambane, procede ao manifestode carga, com 60 escravos.19/04/1837 – em Moçambique, capitãoe proprietário do brigue Flor de Inhambane,procede ao manifesto de carga (deonde?), de que constam 202 «serventes».[AHU, cx. 222, cap. 17 / Santana, II, p. 809 e III, p.990]1830 · SaideALOFANE BONA SAI<strong>DE</strong>17/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 829]1830 · SaideALY BONA SAI<strong>DE</strong>07/07/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio proveniente de Anguja (?),procede ao manifesto de carga.[Santana, II, p. 818]1830 · SalemineMAMO<strong>DE</strong> BONA SAL<strong>EM</strong>INE18/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 825]1830 · SalesCARLOS ADRIÃO <strong>DE</strong> SALES11/03/1830 – em Lourenço Marques, comandanteda galera Lourenço Marques,pronta a partir para o Rio de Janeiro.[Santana, II, pp. 421 e 423]1830 (?) · SalesHENRIQUE <strong>DE</strong> SALES1830 (?) – destinatário (no Rio de Janeiro?)de um negro e 11 negras embarca-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>das em Moçambique pelo comandanteda charrua Lucónia.[Santana, III, p. 901]1830 · SalimoRACHI<strong>DE</strong> BONA SALIMO07/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar, procede aomanifesto de carga.17/04/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 821 e 830]1830 · SalimoVYMA BONA SALIMO22/02/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Monfia e Cabo Delgado,procede ao manifesto de carga.[Santana, II, p. 825]1830 · SampaioFRANCISCO FERREIRA SAMPAIO1830 (?) – em Moçambique, foi embarcadana charrua Lucónia, pelo comandante,uma negra que lhe era destinada(no Rio de Janeiro?).[Santana, III, p. 901]1830 · SefuMOMA<strong>DE</strong> BONA SEFU17/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 829]1830 · SefuMASAN<strong>DE</strong> BONA SEFU26/01/1830 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Pemba, procede aomanifesto de carga.[Santana, II, p. 828]1830 · SilvaJ. A. DA SILVA07/09/1830 – primeiro capitão do briguebrasileiro Feliz Mariana, que tinhacomo segundo capitão M. P. da Nóbrega*,descarregou no Rio de Janeiro 260escravos dos 376 que carregara em Moçambique.[Eltis]1830 · SilvaJOÃO BAPTISTA DA SILVA1830 (?) – em Moçambique, o comandanteda charrua Lucónia carregou umnegro que lhe era destinado (no Rio deJaneiro?).[Santana, III, p. 901]1830 · SilvaLUIZ ANTÓNIO DA SILVA29/04/1830 – em Moçambique, provenientedo Rio de Janeiro, para tratar denegócio pede passaporte para LourençoMarques.[AHU, cx. 231, cap.73 / Santana, II, p. 170]1830 (?) · SilvaREINALDO JOSÉ DA SILVA1830 (?) – carregados pelo comandantena charrua Luconia dois negros e umanegra que lhe eram destinados (Rio deJaneiro?).[Santana, III, p. 901]1830 · SoaresLUISA DA COSTA SOARES20/07/1830 – em Moçambique, EugénioJosé* vendera-lhe «uma negra com seufilho com ajuste de 60 pesos pela negra epelo moleque, filho da mesma negra».[Santana, II, p. 410]1952007 E-BOOK CEAUP


José Capela1961830 · SousaBALTAZAR MANUEL <strong>DE</strong> SOUSA1830(?) – em Moçambique, carregouna charrua Lucónia, à sua ordem, doisnegros.[Santana, III, p. 901]1830 · VenâncioVENÂNCIO1830 (?) – em Moçambique, embarcouna charrua Lucónia dois negros a entregarao mesmo carregador.[Santana, III, p. 901]1830 · VieiraJOSÉ IGNÁCIO VAZ VIEIRA Cª1811-1830 – durante este período, JoséIgnácio Vieira fez comércio de escravosno Rio de Janeiro.1830 (?) – a charrua Lucónia ida de Moçambiqueembarcou para esta firma 22escravos ao cuidado do comandante, deque recebeu 13.[Manolo Florentino / Santana, III, p. 902 / AHU,Avulsos de Moçambique, maço 30]1830 · VilhenaCLÁUDIO MARCELINO <strong>DE</strong>VILHENA1830 (?) – em Moçambique, carrega nacharrua Lucónia, um negro para o condede Viana (Rio de Janeiro?), um negropara o conde de Icesa (Rio de Janeiro?),cinco negros para José Maria Trocato,duas negras para Manuel Ferreira Xavier(Rio de Janeiro?) e um negro para AntónioJose de Miranda (Rio de Janeiro?).[Santana, III, p. 901]1831 · AmadMOMOD AMAD1831 (?) – passaporte do pangaio de queé capitão.[Santana, III, p. 156]1831 · AriCANGI ARI24/08/1831 – em Moçambique, sobrecargada escuna Vitória, ida de LourençoMarques, procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 65]1831 · BacarAMA<strong>DE</strong> SENE BACAR11/08/1831 – em Moçambique, capitão(?) do batel Grão Pancão (?) ido de Sofala,procede ao manifesto de carga, com16 escravos.[Santana, III, p. 64]1831 · CruzMANUEL JOAQUIM DA CRUZ01/11/1830 – capitão do brigue brasileiroCaçador, que se dirigia a Moçambiquee que pretendia arribar a Quelimane,tendo-o impedido o governador local.25/08/1831 – mestre do brigue brasileiroCaçador que faleceu em Quelimane,tendo aí arribado o brigue.[Santana, II, p. 903 / AHU, cx. 249, cap. 77]1831 · FortunatoMARTINIANO FORTUNATOJUNIOR31/05/1831 – capitão da escuna portuguesaSão Miguel, de João da SilvaCarrão*, morto por piratas mujojos naviagem de Sofala para Moçambique.[AHU, cx. 247, cap. 145]1831 · GuerraJANUÁRIO ANTÓNIO <strong>DE</strong> GUERRA30/08/1831 – em Moçambique, requer licençapara transportar para Goa, na palaE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Asia Feliz, 6 escravos que no ano anteriorhaviam (Caetano dos Santos Pinto*) levadode Inhambane, não tendo podidolevá-los para Goa «por não haver maisque único navio que foi a Pala de Diu».[Santana, III, p. 14]1831 · PintoCAETANO DOS SANTOS PINTO30/08/1831 – em Moçambique, requerlicença para transportar para Goa, napala Asia Feliz, 6 escravos que no ano anteriorhaviam (com Januário Guerra*)levado de Inhambane, não tendo podidolevá-los para Goa «por não haver maisque único navio que foi a Pala de Dio».[Santana, III, p. 14]1831 · PonteMANUEL JOSÉ DA PONTE12/11/1831 – em Moçambique, mestreda escuna Florência Africana, de nacionalidadeportuguesa, da propriedade dePedro José de Moraes*, é-lhe concedidopassaporte para a viagem em direitura aMoçambique, Quelimane e Moçambique.2502/1832 – em Moçambique, mestreda escuna Florência Africana, passa recibode 15 ofícios que vai levar para Riosde Sena.11/09/1832 – em Moçambique, mestreda escuna Florência Africana, de regressode Quelimane, procede ao manifesto decarga de que constam 15 escravos.[AHU, cx. 252. cap. 82-A / Santana, III, pp. 589, 647e 648]1831 · RosaJOSÉ PINTO DA CUNHA ROSA25/08/1831 – mestre do brigue brasileiroCaçador, arribado a Moçambique depoisde ter saído e de ter andado no canale de ter morrido em Quelimane o mestreManoel Joaquim da Cruz*.15/10/1831 – marinheiros do brigue Caçadordeclararam querer sair do briguepor o mestre do mesmo praticar contrabandode escravos.[Santana, III, p. 112 / AHU, cx. 249, cap. 77]1831 · RosaMANUEL PEREIRA ROSA24/08/1831 – em Moçambique, mestreda escuna Vitória, procede ao manifestode carga.[Santana, III, p. 65]1831 · SarjaboISSUFO SARJABO05/11/1831 – o xeque de Sancul perguntaao governo-geral se os direitos correspondentesa 45 escravos que encontraraa mais em um pangaio (de que Sarjaboera capitão?) que visitara lhe poderiamser pagos e enviados depois à capital.[Santana, III, p. 101]1832 · AgilyNASIRY BONA AGILY27/12/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Quíloa, com 8 dias deviagem, procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 752]1832 · AlySE<strong>DE</strong> ALY25/06/1832 – em Moçambique, capitão depangaio ido de Buquine (?), com 4 dias deviagem, procede ao manifesto de carga.[Santana, III, pp. 674 e 675]1832 · AlySULTANE ALY10/01/1832 – em Moçambique, mestre1972007 E-BOOK CEAUP


José Capelae piloto do batel O Grande Pancão, é-lheconcedido passaporte para ir em direituraa Sofala, dali voltando a Moçambique.28/11/1832 – em Moçambique, capitãoe piloto do batel Santo António Aventureiro,passa recibo de artigos a entregarem Sofala.[Santana, III, pp. 583, 584, 691]1832 · Anlou (?)MOMA<strong>DE</strong> BONA ANLOU (?)17/11/1832 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio ido de Mulale.[Santana, III, p. 671]1832 · AsaneALY BONA ASANE24/05/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de S. Lourenço com 5 diasde viagem, procede ao seu desembaraço.[Santana, III, pp. 675 e 676]de pangaio ido de Anjoane e Angazicha,com 4 dias de viagem, procede ao manifestode carga.[Santana, III, p. 752]1832 · CadryABDULA BONA ABUDU CADRY11/08/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio tripulado pelo seu proprietário,ex-sultão de Anjoane, ido de Angazicha,com sete dias de viagem, procede aoseu desembaraço.[Santana, III, p. 672]1832 · CadryMAMO<strong>DE</strong> ABUDU CADRY03/08/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angazicha, com escalapor Anjoane e Mulala, procede ao seudesembaraço.[Santana, III, p. 673]1832 · AssaneSAHI<strong>DE</strong> ASSANE02/12/1832 – em Moçambique, mestredo pangaio do príncipe de Anjoane, comcarga de sambo pertencente ao mesmopríncipe, pede autorização para descarregardirectamente para a sua feitoria.[Santana, III, p. 797]1832 · CamaSALIMO CAMA (?)03/03/1832 – em Moçambique, capitãoe senhorio de pangaio ido de Mascatecom carga de sambo, pede autorizaçãopara descarregar a mercadoria em suacasa e não no Celeiro Público.[Santana, III, p. 794]1981832 · BandiraGULAMO MAMO<strong>DE</strong> BANDIRA12/01/1832 – em Moçambique, é concedidopassaporte à sua lancha nº 4 parapoder seguir viagem para as praias deNorte e Sul.[Santana, III, p. 586]1832 · BonçaideBONÇAI<strong>DE</strong>04/12/1832 – em Moçambique, capitão1832 · ChandeFALUME CHAN<strong>DE</strong>14/06/1832 – comandante (proprietário?)de barquinha a que é dado passaportepor seis meses, para seguir viagempara as praias do Norte e Sul para a comprade mantimentos. Dos 10 tripulantes,8 eram marinheios escravos.[Santana, III, p. 565]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1832 · CoursellPEDRO AUGUSTO COURSELL25/01/1832 – em Moçambique, mestrede um brigue-escuna uruguaio, entradonesta data.[Santana, III, p. 750]1832 · EbbenLOPES EBBEN14/011832 – em Cabo Delgado, termo dearribada da escuna americana Lady Sarah,de que era capitão e que saira de Moçambiquea 5, com destino a Zanzibar.[Santana, III, p. 819]1832 · EmertonJAMES <strong>EM</strong>ERTON03/03/1832 – em Moçambique, capitãodo brigue-escuna americana Shawmut, afazer o manifesto da carga reembarcadapara Bombatoque.[Santana, III, p. 677]1832 · FernandesLUÍS MARIA FERNAN<strong>DE</strong>S28/12/1831 – em Moçambique, capitãodo brigue português Maria, procede acontrato de fretamento com DeuchandeAry* e Velgy Jevarchande*, para viagema Quelimane na «presente monção».07/08/1832 – em Moçambique, capitãodo brigue português Maria, após viagema Quelimane de onde regressara.[Santana, III, pp. 590, 591, 784]1832 · GonçalvesPEDRO AUGUSTO GONÇALVES07/02/1832 – em Lourenço Marques,capitão da escuna Oriental, do Uruguai,comunica ao director da Companhia Comercial,Vicente Tomás dos Santos*, tertido de oferecer ao governador de LourençoMarques, para evitar a apreensãocomo contrabando, várias caixas com génerosdestinados ao feitor da Companhia.[Santana, III, pp. 459 e 750]1832 · GraçaBERNARDINO FERREIRA DAGRAÇA25/03/1832 – em Moçambique, mestreda sumaca Inhambane, passa recibo decorrespondência oficial a entregar ao governadorde Inhambane.[Santana, III, p. 648]1832 · LetordCHARLES LETORD17/09/1832 – em Moçambique, capitão(?) de um brigue-goleta ido da Mauríciae de Madagascar, arribado com 43 diasde viagem, procede ao seu desenbaraço.Santana, III, pp. 670 e 6711832 · MahágiALY MAHÁGI03/1832 – em Moçambique, mujojo, capitãode pangaio ido de Pemba.[Santana, III, p. 608]1832 · MamadeALY MAMA<strong>DE</strong>01/06/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Anjoane, com 6 dias deviagem, procede ao seu desembaraço.[Santana, III, p. 675]1991832 · MarosaAMA<strong>DE</strong> BONA MAROSA22/05/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de S. Lourenço, com 8idas de viagem, procede ao seu desembaraço.[Santana, III, p. 676]2007 E-BOOK CEAUP


José Capela1832 · MascateIMANO <strong>DE</strong> MASCATE03/03/1832 – em Moçambique, senhoriode pangaio ido de Mascate, cujo capitão,com carga de sambo, pede autorizaçãopara descarregar o mantimento em suacasa, e não no Celeiro Público.[Santana, III, p. 794]mestre e 1º piloto, passaporte para deslocaçãoa Inhambane de onde sairá paraMoçambique a 25 de Julho.27/06/1832 – em Inhambane, mestre dagoleta Flor de Inhambane, procede ao manifestode carga a transportar para Moçambique,de que constam 25 escravos.[Santana, III, pp. 587, 588, 672]1832 · MomadeALI MOMA<strong>DE</strong>19/06/1832 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio a que é concedido passaportepara se deslocar a Molale.[Santana, III, p. 591]1832 · NatuGOVORDANE NATU07/09/1832 – em Moçambique, capitão(?) de batel ido de Cabo Delgado, procedeao manifesto de carga.[Santana, III, pp. 671, 672]2001832 · MomadeALY MOMA<strong>DE</strong>03/03/1832 – em Moçambique, capitãoe senhorio de pangaio ido de Mascate,com carga de sambo pede autorizaçãopara descarregar o mantimento em suacasa e não no Celeiro Público, ou para regressarcom a sua carga.03/08/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Muriçanga (?), procedeao seu desembaraço.[Santana, III, pp. 672 e 673, 794]1832 · MomadeOTOMANE MOMA<strong>DE</strong>22/05/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angazicha, com 4 diasde viagem, procede ao seu desembaraço.[Santana, III, p. 676]1832 · MussagiAMAD (também Amade)MUSSAGI (também Mussagim)12/01/1832 – em Moçambique, é concedidoao brigue (também brigue-escunae goleta) Flor de Inhambane, de que é1832 · OmarDA<strong>DE</strong> OMAR22/08/1832 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio ido de Cabo Delgado,procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 672]1832 · OthomaneDADI OTHOMANE30/07/1832 – em Moçambique, passaporteconcedido ao seu batel para poderseguir viagem para as praias do Norte eSul à compra de mantimento.[Santana, III, p. 565]1832 · PachecoMANUEL PACHECO01/08/1832 – em Cabo Delgado, mestredo batel Santo António Aventureiro, autorizadoa seguir para Moçambique.[Santana, III, p. 586]1832 · PanabaiMAMUDO E PANABAI10/07/1832 – em Quelimane, mestre epiloto do brigue Maria Gulamo, procedeE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>ao manifesto de carga, com 25 escravos.[AHM, Distrito de Quelimane, cx. 8-7, mç. 2(8)]1832 · RachideABICE (também Amice) BONARACHI<strong>DE</strong>14/05/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Mulale, com 7 dias deviagem, procede ao manifesto de carga.05/10/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Mulale, com 7 diasde viagem, procede ao desembaraço domesmo.[Santana, III, pp. 670, 676]1832 · RachideSAL<strong>EM</strong>ANE RACHI<strong>DE</strong>17/09/1832 – em Moçambique, capitão(?) de pangaio ido de Mulale procede aoseu desembaraço.[Santana, III, p. 671]1832 · RachideSEL<strong>EM</strong>ANE BONA RACHI<strong>DE</strong>04/07/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angazicha, com 4 diasde viagem, procede ao seu desembaraço.[Santana, III, p. 674]1832 · RacideSALIMANE RACI<strong>DE</strong>01/08/1832 – em Moçambique, é concedidopassaporte ao seu pangaio para seguirviagem para Angazicha.[Santana, III, p. 566]1832 · RamanABUDU RAMAN01/1832 – em Moçambique, capitão depangaio ido de Anjoane com 4 dias deviagem.[Santana, III, p. 678]1832 · RamanMAMOD ABUDU RAMAN07/08/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Quitangonha, procedeao seu desembaraço.[Santana, III, p. 673]1832 · RopesEBBEN ROPES03/01/1832 – em Moçambique, capitãoda escuna americana Lady Sarah, pocedeao manifesto da carga ali comprada.[Santana, III, p. 696]1832 · SalimoABUSSAI<strong>DE</strong> SALIMO17/02/1832 – em Moçambique, o mujojoAbussaide Salimo descarregara o seupangaio na praia de S. João (ido de Angazicha?).03/03/1832 – em Moçambique, pedeisenção de direitos para as 200 panjasde sambo que trouxera no seu pangaioe se estragaram por o barco ter metidoágua.[Santana, III, pp. 656, 774]1832 · SalimoAN-ALY BONA SALIMO05/06/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angazicha, com 6dias de viagem, procede ao seu desembaraço.[Santana, III, p. 675]1832 · SalyALY BONA SALY02/06/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Pambe e Cabo Delgado,com vinte dias de viagem, procede aomanifesto de carga.[Santana, III, p. 678]2012007 E-BOOK CEAUP


José Capela2021832 · SamogiVIGILAL SAMOGI18/04/1832 – em Moçambique, passaporteconcedido ao seu batel para seguirviagem para as praias do sul.[Santana, III, p. 585]1832 · SefeSALIMO BONA SEFE (tambémSalimo Bun Sefo)01/03/1832 – em Moçambique, pedepara retirar do Celeiro Público a cargatrazida no seu pangaio a fim de podervendê-la em sua casa.23/05/1832 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Anjoane, com 9 diasde viagem.[Santana, III, p. 675 e 774]1832 · VieiraJOSÉ MARIA VIEIRA03/04/1832 – em Moçambique, capitãode-mar-e-guerra,comandante do navioS. João Magnânimo, apresenta a «relaçãodas pessoas que vão de transporte»,entre as quais escravos em número nãodeterminado.[Santana, II, p. 822. / III, p. 784]1833 · MomadeSALIMO BON MOMA<strong>DE</strong>04/10/1833 – passaporte concedidopelo imamo de Mascate ao seu pangaio«para seguir viagem de Moka e Juda eMoçambique» (sic).[Santana, III, p. 908]1833 · RamogiQUESON RAMOGI04/03/1833 – em Moçambique, sobrecargada escuna Florença Africana, ajusta paracapitão e piloto João Ferreira Messias*.30/03/1833 – em Moçambique, sobrecargada escuna Florença Africana desembaraçadapara seguir para Quelimane.[Santana, III, p. 964 / AHU, cx. 199A, cap. 5]1834 · PegadoJOSÉ GREGÓRIO PEGADO1834-1836 – capitão de mar e guerra,governador-geral de Moçambique coma denominação de Governador Militar.Segundo outro governador, JoaquimPereira Marinho: «o comércio de escravaturaesteve alguns anos suspensoaté à chegada do governador militarPegado – por mil patacas espanholaspermite a primeira carregação de escravaturae tudo se volta de novo parao tráfico».[AHU, pasta nº 6, cap. 1, de Pereira Marinho paraMinistro, 20/10/1840]1834 · RosárioINÁCIO JOSÉ PINTO DOROSÁRIO20/05/1834 – em Moçambique, capitãodo navio Patrocínio/, a sair para Damão30/05/1837 – em Moçambique, capitãoda pala Ana Feliz, procede ao manifestoda carga levada de Inhambane e pertencenteà galera Vulcano, naufragada, deque constam 50 escravos.[AHU, c. 1438, fls. 15 / Santana, III, p. 982]1834 · SoaresFRANCISCO <strong>DE</strong> MENEZESSOARES30/01/1834 – hipoteca a Romão Jose daSilva* uma ensaca de escravos e mais 6escravos, comprados em leilão com 100pesos deste.[AHM, códice 11-5832, fls. 79]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1834 · StambulSTAMBUL29/11/1834 – mujojo, contrabandista deprofissão, era acusado de estar em Quiçangacom uma embarcação que lhe permitiafugir às autoridades.[AHM, códice 11-434]1834 · ValegySAL<strong>EM</strong>ANGY VALEGY22/08/1834 – em Moçambique, capitãodo navio Flor de Inhambane, a sair paraBombaim e Damão.19/08/1837 – em Moçambique, mestredo brigue Estrela de Damão, procede aomanifesto de carga ida de Inhambane,de que constam 149 escravos.[AHU, cx. 1438, fls. 15 / Santana, III, p. 981]1835 · MusardANTÓNIO MUSARD21/06/1835 – capitão do navio espanholSocorro, saiu de Cuba para Moçambique,onde carregou 800 escravos, dos quaisdescarregou 605, em Havana, em 1836.29/03/1836 – capitão do navio espanholSocorro, saiu de Havana para Moçambiqueonde estava em 20/09/1836e onde carregou 800 escravos, dosquais descarregou 700 em Havana, em31/12/1836.[AHU, cx. 182, mç. 1, nº 2 / Eltis]1835 · SantosANTÓNIO PEREIRA DOS SANTOS13/12/1835 – credor de Manuel da CostaThimote*, 366 mil reis em dinheiro doRio de Janeiro, pelo transporte de 2 escravospara o Rio de Janeiro.[AHM, códice 11-5832, fls. 231]1836 · AndradeANTÓNIO JOAQUIM <strong>DE</strong>ANDRA<strong>DE</strong>08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português11/04/1842 – o governador-geral de Moçambique«estava resolvido a fazer sairdaquela vila de Quelimane um indivíduochamado António Joaquim d’Andradeque n’outro tempo sendo marinheiro denavios de Escravatura, se estabeleceunela e adquirindo alguma fortuna, tudopassou ao Rio de Janeiro, e no ano passadovoltou só com o fim de promover taiscontrabandos […]».07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.01/04/1842 – em Quelimane, associadoa Francisco José Madeira*, António Joséde Mesquita* e Manuel Pinto da Fonseca*,nos negócios do navio Ânimo Grande,do Rio de Janeiro, que havia estadoem Quelimane a carregar escravos entreDezembro de 1840 e Abril de 1842.[AHM, cód. 11-5832, fls. 245 / AHU, pasta 8, cap. 1 ]1836 · AngeloANTÓNIO ÂNGELO08/08/1836 – subscreveu a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navio2032007 E-BOOK CEAUP


José Capela204estrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[AHM, códice 11-5832, fls. 245 vs.]1836 · BragaHIPÓLITO XAVIER PEREIRABRAGA08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[AHM, códice11-5832, fls. 245 vs.]1836 · BritoBALTAZAR <strong>DE</strong> SOUSA BRITO08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[AHM, códice 11-5832, fls. 245 vs.]1836 · CamposFRANCISCO SABINO <strong>DE</strong> CAMPOS08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[AHM, códice 11-5832, fls. 245 vs.]1836 · CastroLUÍS ANTÓNIO <strong>DE</strong> CARVALHO ECASTRO13/04/1836 – capitão do navio Imcomprehensivel,de que era primeiro armadorAgostinho Augusto de Faria*, sai do Riode Janeiro para Inhambane e Moçambique,15/11/1836, onde carrega 785 escravos,dos quais vai descarregar 591 àSerra Leoa, em 27/01/1837.11/03/1846 – consta da lista, com estadata, dos Principal Slave Dealers at Rio deJaneiro, 1845, fornecida às autoridadesde Londres pelos Comissários britânicosno Rio de Janeiro.[Eltis]1836 · CunhaSEBASTIÃO VICENTE DA CUNHA08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[AHM, códice 11-5832, fls. 245 vs.]1836 · DornenechDORNENECH18/12/1836 – capitão do brigue espanholEgerida, descarregou em Cuba 402escravos dos 493 que carregara em Moçambique(números imputados).[Eltis]1836 · FariaAGOSTINHO AUGUSTO <strong>DE</strong> FARIA13/04/1836 – primeiro armador do navioIncomprehensível que sai do Rio deJaneiro, tendo como capitão Luis Antóniode Carvalho e Castro*, e vai a Inhambanee Moçambique, onde está em15/11/1836, carregar 785 escravos, dosquais descarrega 591 na Serra Leoa, em27/01/1837.[Eltis]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1836 · FernandesJOSÉ DOS R<strong>EM</strong>ÉDIOSFERNAN<strong>DE</strong>S23/02/1832 – capitão do brigue Maria,em Moçambique, subscreveu recibo de14 ofícios a entregar em Quelimane.08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[Santana, III, p. 648 / AHM, códice 11-5832, fls. 245 vs.]1836 · FerrãoFRANCISCO HENRIQUESFERRÃO08/09/1836 – segundo testamento destadata, de António Mariano da Cunha*.Remetera para este, em Quelimane, 37escravos para serem vendidos.[AHM, códice 11-5833, fls. 5]1836 · FerreiraJ. B. FERREIRA (João BasílioFerreira*?)14/07/1836 – em Moçambique, capitãodo brigue português Vinte e Quatro deJulho, carregou 800 escravos dos quaisfoi descarregar 500 em São Sebastião,em 12/1836.[AHU, cx. 182, mç. 1, nº 2 / Eltis]1836 · FroisBERNARDO ANTÓNIO FROIS22/09/1836 – em Quelimane, escriturade venda dos palmares, com escravos emais bens, que faz D. Joana de Quadros*a Bernardo António Frois. Além dos palmaresvende 40 escravos, 17 machos, 23fêmeas com suas crias, cujos nomes sãoos seguintes: Cassarola com sua butacaque tem 12 escravos entre machos e fêmeas;Napinho com sua butaca de oitoescravos; ainda Samaruxa, Repolho,Afonso e Raiva.[AHM, códice 11-5833, fls.1 e segs.]1836 · GomesJOSÉ FRANCISCO GOMES08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHM, códice 11-5832, fls. 245 / AHU, pasta 8, cap. 1]1836 · LimaJOSÉ LUIS <strong>DE</strong> ARAUJO E LIMA08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[AHM, códice 11-5832, fls. 245 vs.]1836 · MascarenhasJOÃO ANTÓNIO MASCARENHAS10/12/1836 – o governador-geral PereiraMarinho mandou buscar o governadorde Cabo Delgado, capitão J. A. Mascarenhas,«por ser acusado oficialmente decontrabandista de escravos».[AHU, pasta 5, cap. 2]2052007 E-BOOK CEAUP


José Capela2061836 · MendonçaJOSÉ BENTO <strong>DE</strong> MENDONÇA08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[AHM, códice 11-5832, fls. 245 vs.]1836 · MoraesF. X. MORAES10/1836 – capitão do navio Venus, sai doRio de Janeiro para Moçambique ondecarrega 815 escravos (número imputado)dos quais vai descarregar 664 a Macaé,em 13/05/1837.[Eltis]1836 · NazarethIGNÁCIO DO ROSÁRIO SANTAANNA <strong>DE</strong> NAZARETH08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.21/08/1848 – capitão da 4ª companhiado batalhão de milícias formada pelosmoradores de Quelimane para libertar atropa de linha.[AHM, códice 11-5832, fls. 245 vs. / AHU, pasta 8,cap. 1 e pasta 11, cap. 3]1836 · NoronhaCIPRIANO <strong>DE</strong> NORONHA08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.22/08/1861 – testamento de que constam«três ensacas de pretos» e «seis chicundas».25/09/1861 – natural de Nova Goa, solteiro,faleceu com 68 anos de idade.[AHM – códice 11-5832, fls. 245 / Códice 11-5837,fls. 126 / Códice 11-2497, fls. 25 / AHU, pasta 8,cap.1 Pasta11, cap. 3]1836 · PatricioRAFAEL PATRÍCIO08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHM, códice 11-5832, fls. 245 vs. / AHU, pasta 8,cap. 1]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1836 · PereiraFRANCISCO XAVIER PEREIRA08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[AHM, códice 11-5832, fls. 245 vs.]1836 · PinheiroF. P. PINHEIRO10/1836 – capitão da barca portuguesaCarolina que saiu do Rio de Janeiro paraQuelimane onde carregou 1198 escravos(números imputados), dos quais descarregou976 em Ubatuba, em 18/04/1837.[Eltis]1836 · QuadrosJOANA (Dona) <strong>DE</strong> QUADROS22/09/1836 – em Quelimane, escriturade venda que faz a Bernardo AntónioFrois* de palmares, 40 escravos, 17 machose 23 fêmeas com suas crias.[AHM, códice 11-5833, fls.1 e segs.]1836 · RodriguesPEDRO JOSÉ RODRIGUES08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[AHM, códice 11-5832, fls. 245, vs.]1836 · SáJOSÉ BERNARDINO <strong>DE</strong> SÁ1838/1845/1851- consta da lista da políciabrasileira como traficante clandestinode escravos.12/1836 – armador da escuna SãoJoãozinho, de que era primeiro capitão,R. P. do Amaral, carregou em Angola312 escravos(número imputado)dos quais descarregou naquela data285 em Ubatuba.12/1836 – armador do brigue Temeráriocujo capitão era João Pereira carregouem Angola 457 escravos (número imputado)dos quais descarregou naqueladata 418 em Ubatuba.1839 – no Rio de Janeiro, comerciantebrasileiro, subscreveu a carta a favor docomendador Moreira*.1839 – armador do brigue Pompeia descarregou500 escravos em São Sebastião,dos 547 (número imputado) quecarregou no Congo.1839 – armador do brigue Pompeia descarregou450 escravos em S. Sebastiãodos 492 carregados no Congo.1839 – armador do bergantim Espadartedescarregou 600 escravos em S. Sebastiãodos 656 (número imputado) carregadosno Congo.1839 – armador do bergantim Ascaniodesembarcou 300 escravos em São Sebastião,dos 328 (número imputado),carregados no Congo.1839 – armador da escuna Bellona, descarregou300 escravos em S. Sebastiãodos 328 (número imputado) carregadosem Ambriz.11/1839 – primeiro armador do brigueCarolina que sai do Rio de Janeiro paraQuelimane a carregar 785 escravos (númeroimputado) dos quais descarregou640 em São Sebastião.25/01/1840 – primeiro armador dobrigue brasileiro Asseiceira, que sai2072007 E-BOOK CEAUP


José Capela208nesta data do Rio de Janeiro tendocomo capitão A. Mello*. Está em Quelimaneem 04/11/1840 de onde sai em31/12/1840 com 332 escravos, quedescarregou na costa sudeste brasileira.Capturado a sul do Rio de Janeiro foicondenado pela comissão mista anglobrasileiraem 08/03/1841. O navio erapropriedade dos comerciantes na Praçado Rio de Janeiro José Vieira Pimenta*Junior, João Vieira Pimenta* Junior eJoão Machado Cardoso*.1840 – primeiro armador do brigue Fortunad’Africa que vai a Quelimane carregar773 escravos (número imputado) dosquais descarrega 630 em São Sebastião.1840 – primeiro armador da barca portuguesaQuatro de Março que vai a Quelimanecarregar 859 (número imputado)escravos dos quais descarrega 700 emSão Sebastião.1840 – primeiro armador do brigue portuguêsÂnimo Grande, desembarcou 600escravos em Campos, em 30/12/1839,dos 736 (número imputado) carregadosem Quelimane.1840 – primeiro armador do brigue Generosoque vai a Quelimane carregar 613escravos (número imputado) dos quaisdescarrega 500 em São Sebastião.1840 – armador do bergantim Dois Amigosdesembarcou 500 em São Sebastiãodos 547 (número imputado) carregadosem Ambriz.1840 – armador do brigue Doze de Outubrodescarregou 600 escravos em S.Sebastião dos 656 carregados (númeroimputado) em Ambriz.1841 – primeiro armador do brigue Carolina,que foi a Quelimane carregar 736escravos, dos quais descarregou 600 emSão Sebastião.1841 – armador de brigue inominadodescarregou 700 escravos em S. Sebastiãodos 766 (número imputado) carregadosem Benguela.1841 – armador do patacho Solon descarregou400 escravos em S. Sebastiãodos 438 (número imputado) carregadosem Angola.1842 – armador da barca Andorinha descarregou600 escravos em S. Sebastiãodos 656 (número imputado) carregadosem Angola.1842 – primeiro armador do navio Balieraque vai a Quelimane carregar 982escravos dos quais descarregou em SãoSebastião 800 (números imputados).1842 – armador da escuna Empreendedoradescarregou 350 escravos em SãoSebastião dos 383 (número imputado),carregados em Benguela.1842 – armador do brigue Generose descarregou350 escravos em S. Sebastiãodos 383 (número imputado) carregadosem Benguela.1843 – primeiro armador do navio NovaGrande que vai a Quelimane carregar669 escravos (número imputado), dosquais descarrega em São Sebastião 545.18/10/1842 – primeiro armador do navioportuguês A Princesa Dona FranciscaMarian Caro que sai de Quelimane aondefora em proveniência de Paranagua.Foi apresado pela Marinha inglesa e julgadoe condenado em Sta. Helena.1843 – armador da sumaca Três Irmãosdescarregou 350 escravos em Rio SãoJesus dos 383 (número imputado) carregadosem Cabinda.1843 – armador da sumaca Marqueza dePalma descarregou 180 escravos em Macaédos 197 (número imputado) carregadosem Ambriz.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1843 – armador do brigue Relâmpegodescarregou 570 escravos em S. Sebastiãodos 624 (número imputado) carregadosem Benguela.1844 – primeiro armador da barca brasileiraDuqueza que vai do Rio de Janeiroa Quelimane, onde carrega 669 escravos(número imputado), dos quais descarrega610 em Santos consignados ao cônsulportuguês.1844 – armador da sumaca Nova Especulaçãodescarregou 190 escravos em Itapemerim,Província do Rio de Janeiro,dos 208 (números imputados) carregadosem Cabinda.1844 – armador do brigue Relâmpago,descarregou 480 escravos em Cabo Friodos 525 (número imputado) embarcadosem Cabinda.1844 – armador da sumaca Conceição Felizque partiu do Rio de Janeiro e foi aoGabão onde embarcou 253 escravos (númeroimputado) dos quais desembarcou205 em Campos.15/05/1844 – armador do brigue ImperadorD. Pedro, capitão João José Alvesde Mattos*, que sai do Rio de Janeiroe vai a Quelimane, de onde sai em23/06/1844. Apresado pela Marinhainglesa, condenado pela Comissão Mistada Serra Leoa.08/11/1844 – armador do bergantimNova Granada que partiu de Santos,carregou 293 escravos em local não especificadode África e descarregou 239(números imputados) na costa do Brasil.1845 – armador da sumaca Nova Sociedadedesembarcou 200 escravos emMacaé dos 219 (número imputado) embarcadosem Ambriz.1845 – armador da escuna brigue Esperançadescaregou 395 escravos em Macaédos 432 (número imputado) quecarregou em Ambriz.1845 – armador da sumaca Aventureirodescarrou 201 escravos em Campos dos220 (número imputado) carregados emAmbriz.11/03/1846 – os comissários britânicoscolocam-no no segundo lugar da List ofthe principal Slave Dealers at Rio de Janeiro,1845.05/1846 – armador de um brigue quedesembarcou em Macaé 500 escravosdos 547 (número imputado) que embarcouem Ambriz.21/07/1846 – primeiro armador do navioImproviso, em Quelimane, capitão D. A.Ferreira*. Apresado pela Marinha inglesae condenado no Cabo da Boa Esperança.27/01/1851 – Jornal do Comércio, R. deJ.: «Está realizada a compra do trapicheda cidade por 500$000. O comprador é ogoverno, e o vendedor é José Bernardinode Sá como procurador da Condessa deSarapuí».22/07/1851 – nesta data desembarcou400 escravos na província do Rio de Janeirodos 600 que tinha carregado na regiãodo Congo.28/03/1853 – O governador-geral deMoçambique informa o ministro que foium dos comerciantes do Rio de Janeiroque manteve até cerca de 1850 feitoriasna costa de Moçambique.Enciclopédia Luso-Brasileira: Vila Nova doMinho – (Barão e Visconde de ) – Foi 1º barãoe 1º visconde deste título José Bernardinode Sá, negociante na praça do Rio deJaneiro, cujos dados biográficos faltam.Posto ombro a ombro com Manuel Pintoda Fonseca*, considerados pelo cirurgiãode um navio britânico no Rio de Janeirocomo «os nababos do Brasil formando2092007 E-BOOK CEAUP


José Capela210a classe deslumbrante dos milionáriosparvenues». Isto em 1846, sendo eles dezanos antes modestos empregados de pequenascasas comerciais.O título de barão foi-lhe dado por decretode 19-XII-1850 e o de visconde por decretode 11-IV-1855.[Alcoforado / Eltis / Leslie Bethell, The Abolition ofBrazilian Slave Trade / ANTT, Ministério dos NegóciosEstrangeiros, cx. 312. / AHU, pasta 9, nº 4 / Eltis]1836 · SilvaROMÃO JOSÉ DA SILVA08/08/2836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.30/01/1834 – em Quelimane, Franciscode Meneses Soares* hipoteca-lhe vinteescravos por dívida. O Francisco Soaresdevia ao Romão cem pesos espanhóis,produto de uma ensaca de escravos queo Romão arrematou no leilão do pai doFrancisco, Nicolau Francisco Soares*.Francisco não dispunha da quantia paralhe pagar, pelo que lhe dava por especialhipoteca a dita ensaca de negros reforçandoa mesma hipoteca com seis escravos.05/09/1842 – havia mais de seis anoscomandante interino da vila de Quelimane,requer confirmação no posto.[AHM, códice 11-5832, fls. 245 vs. e fls. 179 / AHU,pasta 8, cap. 1]1836 · SilvaVITORINO JOSÉ DA SILVA08/08/1836 – subscreve a representaçãode 25 negreiros de Quelimane [«havendoparalisado o transporte de colonosdesde o ano de 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[AHM, códice 11-5832, fls. 245 vs.]1836 · SousaCOSME DAMIÃO <strong>DE</strong> SOUSA08/08/1836 – subscreveu a representaçãode 25 negreiros de Quelimane[«havendo paralisado o transporte decolonos desde 1830»] provocada peloimpedimento de carregarem um navioestrangeiro que se dispunha a arvorar opavilhão português.[AHM, códice 11-5832, fls. 245 vs.]1836 · TerreiraJ. B. TERREIRA1836 – capitão do brigue português Vintee Quatro de Julho que vai do Brasil aMoçambique carregar 800 escravos, dosquais descarrega 500 em S. Sebastião.[Eltis]1836 · ThimoteMANUEL DA COSTA THIMOTE13/12/1835 – devedor a António Pereirados Santos* de 366 mil réis, dinheiro doBrasil, pelo transporte de dois escravospara o Rio de Janeiro.[AHM, códice 11-5832]1837 · AbodalaABODALA23/01/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Quíloa com 13 dias deviagem, procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 988]1837 · AbodeláSAID ABO<strong>DE</strong>LÁ07/07/1837 – em Moçambique, capitãoE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>de pangaio ido de Angoche, procede aomanifesto de carga.[Santana, III, p. 983]1837 · AbodilaALI ABODILA14/01/1837 – em Moçambique, capitão depangaio ido de Zanzibar, com 40 dias deviagem, procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 987]1837 · AgeoD. JOZE ANTONIO AGEO18/11/1837 – capitão do brigue espanholIrene, saído de Havana a 07/07/1837,arribado a Moçambique, procede aomanifesto de carga. Carrega 650 escravosdos quais descarrega em Cuba, em08/07/1838, 530 (números imputados).[Santana, III, pp. 969, 970]1837 · AgyMAMAD BONA AGY03/11/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido Maiota, com 25 dias deviagem, procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 999]1837 · AlmeidaA. J. <strong>DE</strong> ALMEIDA16/02/1837 – capitão do brigue portuguêsFlor de Quelimane, está no porto deCampos a descarregar 697 escravos dos860 que carregou em Quelimane.[Eltis]1837 · AmbasseMAUMA<strong>DE</strong> AMBASSE13/08/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Maiota com 5 dias deviagem, procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 980]1837 · AryARY19/12/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar, com 47 diasde viagem, procede ao manifesto de carga,com 26 escravos.[Santana, III, p. 998]1837 · AryARY31/12/1837 – em Moçambique, capitãodo pangaio Mançur, ido de Zanzibar,procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 997]1837 · BacarAMUD BACAR22/02/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar com escalapelo Ibo, com 24 dias de viagem, procedeao manifesto de carga.[Santana, III, p. 990]1837 · BanaBANA31/12/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Quíloa com 30 dias deviagem, procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 997]1837 · BanapaqueBANAPAQUE16/03/1837 – em Moçambique, capitão depangaio ido de Zanzibar e Ibo, com 22 diasde viagem, procede ao manifesto de carga,de onde constam 32 escravos do Ibo.[Santana, III, p. 991]1837 · BastosJOAQUIM PEREIRA <strong>DE</strong> OLIVEIRABASTOS22/06/1837 – capitão do brigue por-2112007 E-BOOK CEAUP


José Capela212tuguês Triunfante sai do Rio de Janeiropara Moçambique onde procede ao manifestode carga. em 21/08/1837. Carregou874 escravos (número imputado)dos quais descarregou 712 em Campos.[Santana, III, p. 982 / Eltis]1837 · BenagyMAMAD BENAGY06/05/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angazicha e do Ibo,com 40 dias de viagem, procede ao manifestode carga.[Santana, III, p. 991]1837 · BernettoJOSE JOAQUIM BERNETTO (ouBARNETTO)01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3 e cap. 4]1837 · BoamadeIDRISE BOAMA<strong>DE</strong>27/01/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar, com 32dias de viagem, procede ao manifestode carga.[Santana, III, p. 986]1837 · BraimeBRAIME15/05/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angazicha, com escalapelo Ibo, com 25 dias de viagem.[Santana, III, p. 982]1837 · BrandãoM. J. BRANDÃO09/07/1837 – capitão do brigue portuguêsTriunfo da Inveja sai do Rio deJaneiro para Quelimane onde carrega999 escravos (número imputado),dos quais descarrega 814 em Campos, a26/12/1837.[Eltis]1837 · CamisseCAMISSE12/10/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido do Ibo com 10 dias de viagem,manifesta a carga com 59 escravos.[Santana, III, p. 1000]1837 · CarmoANTÓNIO MARIA DO CARMO22/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · CastelãoANTÓNIO DUARTE GOMESCASTELÃO01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4. cap. 3]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1837 · ConceiçãoMANUEL CORREA DACONCEIÇÃO01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantes dapraça expondo ao governador-geral, marquêsde Aracaty, a necessidade de sustar aexecução do decreto de 10 de Dezembrode 1836 que abolia o tráfico da escravaturaem todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 4]1837 · CondôoCONDÔO09/01/1837 – em Moçambique, capitão depangaio ido de Zanzibar, com 70 dias deviagem, procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 988]1837 · DiasBERNARDO LOURENÇO DIAS03/05/1837 – em Quelimane, no seutestamento, destina oito escravos entremachos e fêmeas a seu primo João dosReis* «negociante assistente na cidadedo Rio de Janeiro a quem era devedor deseiscentos mil reis que do mesmo haviarecebido em fazendas quando viera paraesta vila em 1826».[AHM, códice 11-5833, fls. 21 vs. e segs.]1837 · DiasM. T. DIAS04/03/1837 – capitão do brigue portuguêsCeres, está a descarregar no Rio deJaneiro 367 (número imputado) dos 450escravos carregados em Moçambique.[Eltis]1837 · DuarteVICENTE JOSÉ DUARTE01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · EligyELIGY09/02/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar, com escalapelo Ibo, com trinta dias de viagem, procedeao manifesto de carga, de que constam16 escravos.[Santana, III, p. 986]1837 · FloresJOÃO PEREIRA FLORES1837 – proprietário e mestre da galeraespanhola Amélia, viajando de Havanapara Madagascar, arribada a Moçambiqueem 1837, tendo procedido ao manifestode carga e carregado 660 escravos.28/12/1837 – em Moçambique, o ajudantede ordens João Octaviano informa ogovernador-geral que tendo visitado a galeraAmélia, a seguir para Havana, eram658 os cativos que se achavam a bordo(nessa manhã haviam morrido dois).[Santana, III, pp. 969, 970, 976]1837 · FonsecaFRANCISCO ANTÓNIO DAFONSECA01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráfico2132007 E-BOOK CEAUP


José Capelada escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · GarciaJ. GARCIA04/02/1837 – capitão do mavio SocorroD. Maria II que saiu de Havana paraMoçambique onde carregou 700 escravosdos quais foi descarregar 509, em17/12/1837, a Cuba.[Santana, III, p. 977 / Eltis]1837 · FreitasJOÃO JOSÉ <strong>DE</strong> FREITAS04/08/1837 – em Moçambique, capitãodo brigue português Palmira, procedeao manifesto de carga (de onde?) com20000 pesos.[Santana, III, p. 978]1837 · GirardoBRÁS (DOM) MARIANO GIRARDO22/11/1837 – capitão do brigue espanholde Havana, Explorador, arribado aMoçambique, procede ao manifesto decarga.[Santana III, pp. 969, 970, 1006]2141837 · GamaTEOBALDO ANTONIO DA GAMA01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · GamitoANTÓNIO CÂNDIDO PEDROSOGAMITO01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · GivorDALY BONA CHEQUE GIVOR(também Daly Bona Chaque)13/12/1837 – no Ibo, (capitão?) de pangaioque manifesta a carga de 64 escravos,a seguir para Moçambique30/12/1837 – já em Moçambique, com11 dias de viagem, manifesta a carga dosmesmos 64 escravos.[Santana, III, p. 997]1837 · GorrondaGORRONDA13/06/1837 – capitão do navio espanholAquila Vengadera Esplora, saiu deHavana para Moçambique onde carregou560 escravos dos quais descarregouem Cuba 360, em 30/06/1838 (númerosimputados).[Eltis]1837 · GraçaJOÃO FERREIRA PORTUGAL DAGRAÇA01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>da escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · GumanGUMAN19/12/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar e ilhas deCabo Delgado, com 47 dias de viagem,procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 999]1837 · HenriquesMANUEL HENRIQUES29/08/1837 – em Moçambique, mestredo batel Os Dois Amigos, ido do Ibo, procedeao manifesto de carga de que constam23 escravos.[Santana, III, p. 980]1837 · LambateMAMAD SALE LAMBATE24/01/1837 – em Moçambique, patrãode lancha ida do Ibo, com 24 horas deviagem, procede ao manifesto da cargade 35 escravos.[Santana, III, p. 988]1837 · LimaD. A. LIMA30/05/1837 – capitão do brigue portuguêsLusitano sai para Moçambiqueonde carrega 982 escravos (númeroimputado) que vai desembarcar ao portode Campos em número de 800 em12/10/1837.[Eltis]1837 · LopesCUSTÓDIO <strong>DE</strong> JESUS LOPES01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · LuísANTÓNIO LUÍS05/07/1839 – em Moçambique, capitãodo bergantim (?) português Triunfo deLuanda, procede ao manifesto de cargaembarcada em Havana, entre a qual29000 pesos.[Santana, III, p. 1000]1837 · MacameAMISSE MACAME08/09/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido do Ibo com 8 dias de viagem,procede ao manifestode carga.[Santana, III, p. 977]1837 · MachadoJOSÉ GONÇALVES MACHADO01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · MactiSEID MACTI17/05/1837 – em Moçambique, capitão depangaio ido de Angazicha, com 6 dias deviagem, procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 982]2152007 E-BOOK CEAUP


José Capela2161837 · MagalhãesHERÁCLIO <strong>DE</strong> ARAUJO <strong>EM</strong>AGALHÃES07/01/1837 – em Moçambique, mestre dobatel Fátima, ido das ilhas de Cabo Delgado,manifesta a carga de 33 escravos.[Santana, III, p. 986]1837 · MagideSAID MAGI<strong>DE</strong>25/02/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar, com 24dias de viagem, procede ao manifestode carga.[Santana, III, p. 984]1837 · MamadABODALA MAMAD13/08/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angazicha, com7 dias de viagem, procede ao manifestode carga.[Santana, III, p. 978]1837 · MamadGULAMO ASSANY MAMAD10/03/1837 – em Moçambique, mestreda pala Patrocínio de S. José, procede aomanifesto de carga.[Santana, III, p. 990]1837 · MarSARIJO MAR12/12/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angazicha, com2 dias de viagem, procede ao manifestode carga.[Santana, III, p. 999]1837 · MasaudeRACHI<strong>DE</strong> MASAU<strong>DE</strong>14/11/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar, com 20dias de viagem, procede ao manifestode carga.[Santana, III, p. 981]1837 · MeloD. ANTÓNIO JOSE <strong>DE</strong> MELO12/03/1837 – major do exército, tomouposse como governador-geral de Moçambique.Segundo Sá da Bandeira (Câmarados Pares, 16 de Julho de 1840) foiprocessado por conivência com o tráficoda escravatura.[Diário do Governo, 01/08/1840]1837 · MirandaJOSÉ <strong>DE</strong> CARVALHO MIRANDA28/08/1837 – capitão do bergantimportuguês Fortuna d’África, saiu do Riode Janeiro e chegou a Moçambique em17/10/1837 onde procede ao manifestode carga. À saída pagou direitos de 300.Foi-lhe imputada uma carga final de 874escravos e uma descarga em porto do sudestebrasileiro de 712.[Santana, III, pp. 969, 970 / Eltis]1837 · MomadeSALIMO MOMA<strong>DE</strong>19/07/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Maiota, com 8 dias deviagem, procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 979]1837 · NacudRACID NACUD03/02/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar, com 17dias de viagem, procede ao manifestode carga.[Santana, III, p. 989]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1837 · NeriJOSÉ INÁCIO <strong>DE</strong> ANDRA<strong>DE</strong> NERI22/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · NobreFRANCISCO DA COSTA XAVIERFERREIRA NOBRE01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · NoronhaMARCOS (?) SOARES <strong>DE</strong>NORONHA24/01/1837 – em Moçambique, capitãoda sumaca Duquesa de Bragança, ida deQuelimane, procede ao manifesto decarga.[Santana, III, p. 989]1837 · OliveiraJOÃO ANTÓNIO <strong>DE</strong> OLIVEIRA01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.08/04/1837 – em Moçambique, procedeao manifesto das fazendas que vão embarcadasa bordo do iate Mindelo para afeitoria da vila de Quelimane.[AHU, pasta 4, cap. 3 / Santana, III, p. 981]1837 · OliveiraJOSÉ FILIPE <strong>DE</strong> OLIVEIRA01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · OmarSARIFO OMAR12/08/1837 – em Moçamboique, capitãode pangaio ido de Maiota, com 30dias de viagem.[Santana, III, p. 979]1837 · OyenhausenJOÃO CARLOS AUGUSTOOYENHAUSEN, primeiro marquêsde Aracati.Filho da quarta marquesa de Alorna. Feza campanha peninsular como capitão. Foipara o Brasil como governador do Pará eRio Negro. Serviu como ajudante de ordensdo general Gomes Freire. Brasileiro«ex-vi» da constituição, foi o segundogovernador do Ceará, em 1802; o oitavogovernador da capitania de Mato Grosso,de 1807 a 1818; governador e capitão-generalda capitania de S. Paulo, de 1819 a1821. Brigadeiro do exército imperial em2172007 E-BOOK CEAUP


José Capela2181820, foi ministro das relações exteriorese da Marinha no gabinete de 1827 e novamenteno gabinete de 1831. Quando oimperador abdicou em seu filho (17 deAbril de 1831), demitiu-se dos seus postose cargos e regressou a Portugal. Sá daBandeira nomeou-o governador-geral deMoçambique, cargo de que tomou possea 5/10/1837 onde faleceu a 28/03/1838.Repôs o tráfico de escravos nos portosde Moçambique que tinha sido proibidopelo decreto de 10 de Dezembro de 1836,regulou-o e promoveu-o.[Memórias do Marquês de Fronteira e Alorna / AHU,pasta 4, cap. 3]1837 · PeixotoCAETANO DO ROSÁRIO PEIXOTO01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantes dapraça expondo ao governador-geral, marquêsde Aracaty, a necessidade de sustar aexecução do decreto de 10 de Dezembrode 1836 que abolia o tráfico da escravaturaem todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · PereiraG. PEREIRA07/12/1837 – capitão do brigue portuguêsSaudade descarrega em Taipu 613escravos dos 752 (número imputado)carregados em Moçambique.[Eltis]1837 · PortugalELIAS FERREIRA DA GRAÇAPORTUGAL16/08/1837 – em Moçambique, capitãodo brigue Domingas Cardoso, procede aomanifesto de carga de que constam 42escravos.[Santana, III, p. 978]1837 · RaimoABEDU RAIMO19/09/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar, com 75dias de viagem, procede ao manifesto decarga.[Santana, III, p. 977]1837 · RegoJ. J. DO REGO08/04/1837 – capitão da barca portuguesaQuatro de Março que sai do Rio deJaneiro para Quelimane, onde carrega1050 escravos dos quais descarrega 950(números imputados) na Província doRio de Janeiro, em 05/12/1837.[Eltis]1837 · ReisJOÃO DOS REIS03/05/1837 – negociante no Rio de Janeiro,a quem seu primo, Bernardo LourençoDias*, em Quelimane, deixou emtestamento, oito escravos.[AHM, códice 11-583, fls. 21 vs. e segs.]1837 · RochaMANUEL DOS SANTOS ROCHA21/06/1837 – em Moçambique, capitãodo bergantim português Vinte e Quatrode Julho, procede ao manifesto de carga(de onde?).[Santana, III, p. 983]1837 · RodriguesANTÓNIO NARCISO RODRIGUES08/1837 – em Moçambique, capitão ecaixa do brigue Nossa Senhora do SocorroFlor do Mar, procede ao manifesto decarga levada de Quelimane, de que constam70 «colonos».[Santana, III, p. 978]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1837 · SáCAETANO PIEDA<strong>DE</strong> E SÁ01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.16/11/1839 – segundo notícias chegadasa Lisboa, reportadas a esta data, a corvetainglesa Modest apresara a sul da barrade Quelimane a palinha Ana Feliz, de queera capitão Caetano Piedade de Sá, saídade Moçambique para Quelimane e LourençoMarques, tendo-a mandado a 6 deDezembro para o Cabo da Boa Esperançaonde foi condenada. Saiu de Quelimanecom os 56 escravos com que chegou aoCabo da Boa Esperança.[AHU, pasta 4, cap. 3 / Eltis]1837 · SáPEDRO MIGUEL <strong>DE</strong> SÁ01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · SalimaneAMAD SALIMANE24/02/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar com 18dias de viagem, procede ao manifestode carga.[Santana, III, p. 990]1837 · SedumarSEDUMAR22/12/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Angazicha, com7 dias de viagem, procede ao manifestode carga.[Santana, III, p. 998]1837 · SelimaneALY SELIMANE13/10/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Maiota com 6 dias deviagem, procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 1000]1837 · SepulvedaANTÓNIO MASCARENHASSEPÚLVEDA01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · SilvaC. (MATE) DA SILVA09/11/1837 – capitão do brigue portuguêsNovo Destino descarrega em Macaé677 escravos dos 831 que havia carregadoem Quelimane.[Eltis]1837 · SilvaCAETANO ANTÓNIO PERES DASILVA01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,2192007 E-BOOK CEAUP


José Capela220marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.Pereira Marinho : «[…] era um setembristamuito exaltado, era escrivão daFazenda, e não foi exonerado; e porqueera aliado dos negreiros, entrava nassuas especulações, e comia deles».[AHU, pasta 4, cap. 3 / Pereira Marinho, Memória deCombinações]1837 · SilvaJOÃO LUIS SILVA22/11/1837 – subscreveu a petição aomarquês de Aracaty pedindo a suspensãodo decreto de 1836.[AHU, pasta 4, cap. 4]1837 · SilvaJOSÉ LUIS DA SILVA01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · SimasJOSÉ MARIA SIMAS29/08/1837 – capitão da barca portuguesResolução que sai do Rio de Janeiropara Moçambique onde carrega 859escravos (número imputado), dos quaisvai descarregar 700 na Ilha Grande, em03/1838.[AHU, cx. 182]1837 · SousaBENJAMIM CAETANO <strong>DE</strong> SOUSA22/09/1837 – em Moçambique, mestreda chalupa Flor do Ibo, ida das ilhas deComoro, procede ao manifesto de carga.[Santana, III, p. 981]1837 · SousaFRANCISCO LUÍS GONZAGA <strong>DE</strong>SOUSA01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deDezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · SousaMIGUEL <strong>DE</strong> SOUSA26/12/1837 – em Moçambique, mestredo batel Paciência, ido de Cabo Delgadocom 12 dias de viagem, procede ao manifestode carga, com 50 escravos.[Santana, III, p. 998]1837 · SumarJOSÉ MARIA SUMAR1837 – em Moçambique, capitão da barcaportuguesa Resolução, procede ao manifestode carga. Carregou 520 escravos.[Santana, III, p. 970]1837 · TeixeiraISIDRO XAVIER TEIXEIRA01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantesda praça expondo ao governador-geral,marquês de Aracaty, a necessidade desustar a execução do decreto de 10 deE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Dezembro de 1836 que abolia o tráficoda escravatura em todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · TronEDUARD TRON01/11/1837 – em Moçambique, subscreveua representação de 29 comerciantes dapraça expondo ao governador-geral, marquêsde Aracaty, a necessidade de sustar aexecução do decreto de 10 de Dezembrode 1836 que abolia o tráfico da escravaturaem todas as colónias portuguesas.[AHU, pasta 4, cap. 3]1837 · UçaUÇA19/12/1837 – em Moçambique, capitãode pangaio ido de Zanzibar e Cabo Delgado,com 28 dias de viagem, procede aomanifesto de carga, com 13 escravos.[Santana, III, p. 998]1838 · MiqueteMIQUETE16/06/1838 – capitão do navio portuguêsAmália que sai de Havana a 16/06/1838para Moçambique onde carrega 710escravos dos quais descarrega 510 emCuba, em 1839 (números imputados).[Eltis]1838 · PeresTHOMAS JOSÉ PERES23/10/1838 – nomeado governador deQuelimane por Sá da Bandeira.26/09/1840 – o governador-geral PereiraMarinho: «o tenente-coronel governadorde Quelimane e Rios de Sena é traficantee contrabandista de escravos, e em grande,chicaneando para este fim com ordense leis de Sua Majestade». Só em 1839 éque deu a conhecer em Quelimane o decretode 1836 que estabelecia a aboliçãodo tráfico de escravos nas colónias portuguesas.Ainda Pereira Marinho: «[…]aliado negreiro por tal conhecido no Riode Janeiro, Cabo da Boa Esperança e Provínciade Moçambique, à qual aliança selhe atribui a fortuna considerável».18/10/1840 – «Consta-me que na alfândegade Quelimane se faz um roubo horrívele que este roubo é protegido pelogovernador, que os navios descarregamantes de chegarem ao fundeadouro e quesó mandam para a alfândega aquilo quelhes parece donde tiram também o quelhes parece para não pagarem direitos».30/03/1841 – pediu a demissão de governadordos Rios de Sena. Achava-sebastante rico com o «comércio indigno»tanto no tráfico da escravatura como emroubos aos direitos da alfândega e a venderao governo fazendas pelo preço quelhe parecia.[AHU, pasta 5, cap. 2. Pasta 7, cap. 1 / Pereira Marinho,Memória de Combinações / AHM, códice 11-401,fls. 40 e segs.]1838 · RegisJOSÉ MARIA REGIS03/10/1838 – capitão do brigue portuguêsAmizade Constante, sai do Rio deJaneiro para Quelimane onde carrega491 escravos (número imputado), dosquais descarrega 400 na Ilha Grande. em13/04/1839.[Eltis]1838 · SantosJOAQUIM THOMAS DOS SANTOS06/1838 – armador do brigue Esperançaque foi a Cabinda carregar 438 escravos2212007 E-BOOK CEAUP


José Capela222(número imputado) dos quais descarregou400 naquela data, na Ilha grande.1838 – primeiro armador do brigue portuguêsFortuna d’África que vai a Moçambiquecarregar 528 escravos (númeroimputado) dos quais descarrega 430 emCampos.1839 – armador do brigue Elisa descarregou700 escravos em Campos dos 766 carregados(número imputado) em Angola.1839 – primeiro armador do brigue Saudadeque vai a Quelimane carregar 736escravos (número imputado) dos quaisdescarrega 600 em S. Sebastião, em01/1840.01/1839 – no Rio de Janeiro, primeiroarmador do bergantim português Esperançaque despacha para Quelimane,onde carrega 491 escravos (número imputado)dos quais descarrega 400 emCampos.1840 – armador do patacho Bella Marilhadesembarcou 400 escravos em Camposdos 438 (número imputado) carregadosem Cabinda.1841 – armador do bergantim Emiliadescarregou 370 escravos em Camposdos 405 (número imputado) carregadosem Benguela.02/1841 – armador do brigue Júpitercarregou em Benguela 605 escravos dosquais descarregou 500 em Campos.1841 – armador do patacho Pescadordescarregou 400 escravos em Camposdos 438 (número imputado), carregadosem Ambriz.1841 – armador do bergantim Boa Novadescarregou 400 escravos em Camposdos 438 (número imputado) carregadosem Ambriz.1841 – armador do navio Nove Irmãosdescarregou 350 escravos em Camposdos 383 (número imputado) carregadosem Ambriz.1841 – armador do patacho Temeráriodescarregou 350 escravos em Campos,dos 383 (número imputado) carregadosem Ambriz.1841 – armador do patacho Feliz Navegantedescarregou 400 escravos emCampos dos 438 (número imputado)carregados em Benguela.14/02/1842 – armador do brigue escunaEsperança que ida do Rio de Janeiro estáem Quelimane, em 04/1842, onde carrega552 escravos (número imputado) dosquais vai desembarcar em Santos 450.1842 – armador da sumaca Navegantedescarregou 400 escravos em Camposdos 438 (número imputado) carregadosem Benguela.1842 – armador do brigue Dos Cavallosdescarregou 600 escravos em Macaé dos656 (número imputado) carregados emBenguela.1842 – armador do patacho Bela Mariadescarregou 350 escravos em Campos,dos 383 (número imputado) carregadosem Ambriz.1842 – armador da sumaca Marques deMarica desembarcou 280 escravos em Macaédos 343 (número imputado) em barcadosem África (local não identificado).[ANTT, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cx.312, correspondência do cônsul português / Eltis]1839 · BritoJOÃO JOSÉ <strong>DE</strong> SOUSA BRITO09/12/1839 – em Quelimane, capitão dobrigue português Escorpião, carrega 716escravos dos quais vai descarregar 695no Cabo da Boa Esperança, onde foi capturadoe condenado.03/08/1841 – em Quelimane, capitãoE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>do navio português Conceição de Maria,carrega 550 escravos dos quais vaidescarregar 440 em Sta. Helena, em05/10/1841.[AHU, pasta 8, nº 1 / Diário do Governo, 22/06/1840/ Eltis]1839 · CamposCAMPOS10/05/1839 – capitão do brigue portuguêsTrinidad de Luanda desembarcouem Cuba 402 dos 493 escravos carregadosem Moçambique (números imputados).[Eltis]1839 · CarneiroM. J. CARNEIRO08/11/1839 – capitão do bergantim portuguêsRosalina descarrega no Rio deJaneiro 402 escravos de 493 carregadosem Quelimane (números imputados).[ANTT, Ministério dos Negócios Estrangeiros, cx. 312/ Eltis]1839 · CostaCOSTA07/05/1839 – capitão do navio portuguêsAmália que saiu de Havana paraMoçambique, onde carregou 1031 escravos,dos quais descarregou 840 em Cuba(números imputados).[Eltis]1839 · CostaJ. A. DA COSTA05/03/1839 – capitão do brigue portuguêsNovo Destino sai do Rio de Janeiropara Quelimane onde carrega736 escravos (número imputado) dosquais vai descarregar 600 a Campos, em10/10/1839.[L. H. D. Tavares / ANTT, Ministério dos NegóciosEstrangeiros, cx. 312 / Eltis]1839 · CostaJ. R. COSTA10/04/1839 – capitão do brigue brasileiroGanges descarrega no Rio de Janeiro419 escravos dos 514 carregados (númeroimputado) em Quelimane.[Eltis]1839 · FigueraFIGUERA05/06/1839 – capitão do navio D. MariaII Socorro que sai de Havana paraMoçambique, onde carrega 712 escravosdos quais descarrega em Cuba 580 a06/12/1839 (números imputados).[Eltis]1839 · FonsecaJOAQUIM PINTO DA FONSECA1839/1850 – envolvido, no Rio de Janeiro,tal como os irmãos Manuel Pinto daFonseca* e António Pinto da Fonseca*no tráfico de escravos.23/07/1839 – saiu de Pernambuco aescuna portuguesa Formiga, de 83 toneladas,de que era primeiro armador,para a costa de Angola, onde carregou371 escravos, tendo desembarcado 339(números imputados) nos portos de Catuamo(09/03/1840) e Maria Farinha,Pernambuco.1850 – saiu do Rio de Janeiro a escunaamericana Rival de que era armadorjuntamente com Botelho (António Augusto?),para a costa de Angola, tendocarregado 678 escravos, de que desembarcou,no mesmo ano, 620 (número imputado)na costa sul do Brasil.1850 – armador da escuna de 150 tone-2232007 E-BOOK CEAUP


José Capela224ladas Velho do Dia, que saiu do Rio deJaneiro para a costa de Angola onde carregou525 escravos, tendo descarregadoem Junho do mesmo ano, na costa sul doBrasil, 480 (número imputado).1850 – armador do hiate Rolha que embarcou255 escravos em local de Áfricanão especificado, dos quais desembarcouem Macaé 208 (números imputados) a04/10/1850. Acabou por ser capturado.1850/1851 – consta da lista de suspeitosde tráfico ilícito de escravos, procuradospela polícia brasileira e foi expulsodo Brasil.17/02/1851 – Jornal do Comércio, R. deJ.: «O Joaquim Pinto da Fonseca, querecebeu ordem para sair do Império, epresentemente se acha no Rio Grande,pediu prorrogação de prazo. Não lhe foiconcedido, e tem, portanto, de retirar-seapenas expirem os 4 meses que lhe foramprescritos».03/?/1851 – Rio Grandense : «O governadorda Província concedeu passaportepara Montevideo e Portugal ao sr. JoaquimPinto da Fonseca, negociante estabelecidono Rio de Janeiro e ora em cobrançasaqui, segundo nos consta, o sr. Pinto seguepara Lisboa na barca Hydra, a visitar seusparentes, os quais não vê há 22 anos».1861-1890 – fundador e gerente da CasaBancária Fonsecas Santos & Viana de1861 a 1890, data em que passou os negóciosaos filhos.No Porto tinha a firma Fonseca e Irmãoscom o irmão Ignácio depois do seu regressodo Brasil, em 1851, e a representaçãoda Casa Bancária Fonsecas.23/02/1854 – O Periódico dos Pobres noPorto noticia que Joaquim Pinto da Fonsecasaíra, na véspera, no vapor Cyrne,com o mano Pedro Nunes da Fonseca.19/02/1886 – juntamente com o irmãoIgnácio, constava da lista dos corpos gerentesda associação Albergues Nocturnosdo Porto.<strong>1897</strong> – ano em que faleceu.[Alcoforado / Diário Ilustrado 25 de Outubro de <strong>1897</strong>e 19 de Fev. De 1886 / José Honório Rodrigues, Brasile África / Eltis]1839 · FonsecaMANUEL PINTO DA FONSECAFilho legítimo de Francisco Pinto de Lemose Violeta Ribeiro da Fonseca. Naturalda freguesia de Moure, concelho deFelgueiras. Casou por escritura de dote earras, no Rio de Janeiro, com Maria JoséPacheco da Fonseca, em 10 de Outubrode 1849.14/03/1839 – no Rio de Janeiro, subscreveu,como comerciante brasileiro, acarta de apoio ao comendador Moreira.22/12/1841 – ido do Rio de Janeiro, obrigue Granofil do armador Manuel Pintoda Fonseca, nesta data tinha saído deQuelimane com mais de 600 escravos.01/04/1842 – aparentemente carta anónimaconstante do processo em AHU,pasta 8, capilha 1, sobre os navios entradose saídos em e do porto de Quelimanedesde 1840, não todos mas só os quetêm dado «mais interesse aos bolsinhos»,contava-se o Ânimo Grande, provenientedo Rio de Janeiro, com 75 contos deréis para duas negociações. É dado comoseu capitão o morador na mesma vila deQuelimane, Francisco José Madeira* eassociados António Joaquim de Andrade*,também na mesma vila e, no Riode Janeiro, António José de Mesquita* eManuel Pinto da Fonseca. O navio teriacarregado 600 e tantos escravos no rioLinde e seria queimado pelos ingleses.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>De entrada o comandante (governadorde Quelimane) João de Sousa Machado*teria sido esportulado com 50 peças emouro, equivalentes a 450 pesos e, de saída,o mesmo Machado recebera 3000pesos e os responsáveis da Alfândega2000.01/04/1842 – comprado no Rio de Janeiropor Manuel Pinto da Fonseca,tinha estado em Quelimane o brigueamericano Garnofil para dar notícia daida do brigue Bela União levando 14 contosde reis de factura para despesas. Osalfandegários foram peitados com 2500pesos, outros tantos para a Alfândega eo restante para o bolso de particulares.Transportava duas tripulações: uma portuguesae outra americana que foi paraBombatoque no patacho Amizade de ManuelAntónio da Fonseca*, fretado porquatrocentos pesos. Só ficou em Quelimaneo piloto francês. Saiu com a tripulaçãoportuguesa levando 600 e tantosescravos, tendo dado 3000 pesos ao comandanteMachado* e 2000 aos zeladoresda Alfândega.01/04/1842 – da mesma sociedade doÂnimo Grande acima referido, esteve emQuelimane o brigue Bela União que nãomanifestou carga mais do que aguada emantimento. Capitão, João RaimundoPereira* e João Paulo Rodrigues*. Terádado 3000 pesos ao capitão Machado e2000 aos zeladores da Alfândega. Saiucom 664 escravos, meteu água, foi atacadopelo navio de guerra Caçador e encalhouna barra do Linde. Salvaram-sequase todos os escravos. Por ordem dodelegado régio os escravos foram repartidospelos donos.06/05/1842 – o segundo tenente JoaquimViegas do Ó informava o governador-geralque o brigue Bela União, de queManuel Pinto da Fonseca era armadorjuntamente com António José de Mesquita*encalhara na foz do Linde com362 escravos a bordo e fora apresado.1843 – o seu galeote Alexandre foi aoCongo onde foram embarcados 416 escravos,dos quais desembarcou 380 (númeroimputado) no porto de Campos.1843 – armador do brigue Raia Mariabu,de 189 toneladas, que foi a Cabinda ondecarregou 591 escravos dos quais descarregou540 (números imputados) no portode S. Sebastião, na costa sul do Brasil.1844 – armador do patacho brasileiroEspadarte de130 toneladas, que foi aCabinda carregar 416 escravos dos quaisdescarregou 380 (números imputados)em Cabo Frio, na costa sul do Brasil.1844 – armador do patacho americanoAgnes, de 147 toneladas, que foi a Cabindacarregar 438 escravos dos quais desembarcou400 (número imputado) emCabo Frio.1844 – armador do brigue americanoGanaflit que foi de Luanda a Cabindacarregar 600 escravos. Partiu de Cabindaa 03/1844 para Cabo Frio onde desembarcou420 (número imputado) em06/1844.11/02/1844 – armador do brigue brasileiroMontevideano, de 350 toneladas,que parte do porto de Vitória para Cabindaonde carrega 800 escravos chegandoa Cabo Frio com 750 (númeroimputado).20/02/1844 – armador do brigue americanoKentucky, de 272 toneladas,capitão Douglas, que saiu do Rio de Janeiro.Foi carregar 552 escravos (númeroimputado) em Inhambane e Sofala emAbril de 1844 dos quais descarregou, em2252007 E-BOOK CEAUP


José Capela22616/11/1844, em Cabo Frio, 450. Insurreiçãoa bordo.1844 – armador do brigue brasileiro Venturaque vai a Quelimane carregar 630escravos, dos quais descarrega em CaboFrio 400.1844 – armador da escuna-brigue brasileiroEmprehendedor de 150 tonealdas,que vai a Cabinda carregar 542 escravosdos quais desembarcou 495 na fazendade António de Carvalho Barbosa Guimarães,na costa do sudeste brasileiro.1844 – armador do brigue brasileiro Ventura,de 200 toneladas, que vai a Quelimaneonde embarcou 630 escravos,tendo desembarcado em Cabo Frio 400.1844 – armador do brigue brasileiroAventureiro, de 220 toneladas, capitãoMadalena, que vai a Quelimane embarcar80 escravos, tendo desembarcado emporto da costa do sudeste brasileiro 65.Os comissários britânicos no Rio de Janeirogarantiam a informação segundoa qual, em Novembro de 1844, o agentede Manuel Pinto da Fonseca tinha, nosarredores de Quelimane, 2800 escravosprontos para embarque.1844 – armador do brigue brasileiroGarrafinha, de190 toneladas, foi ao Gabãoembarcar 494 escravos (númeroimputado) dos quais desembarcou emCabo Frio 400.1844 – armador do patacho brasileiroEspadarte que foi a Cabinda carregar escravosdos quais descarregou 380 – pertode Cabo Frio?1844 – armador do patacho Agnes quefoi a Cabindo carregar escravos dos quaisdescarregou 400 na ilha Parrot seguindodepois para Cabo Frio onde entrou em 8de Outubro.1844 – armador do brigue americanoGanaflite que saiu de Cabo Frio e foi aCabinda carregar escravos dos quais descarregou420 em Cabo Frio.1844 – armador do brigue americanoMontevideano que saiu do Espirito Santopara ir a Cabinda carregar escravos dosquais descarregou 750 em Cabo Frio.02/02/1845 – armador do bergantimUncas, construido em 1833, em Haddam,no Conecticut, de 130 toneladas, capitãoVilla-Secca, que partiu de Havana paraCabinda. A 21/04/1845 partiu de Cabinda,onde terá carregado 680 escravos(números imputados) para a Serra Leoaonde chegou com 21 dias de viagem,tendo feito o primeiro desembarque em05/1845 e o último em porto da costa suldo Brasil.1845 – armador da escuna-brigue brasileiroEmprehendedor, de 180 toneladas,que foi a Cabinda fazer um carregamentode 547 escravos de que desembarcou500 em porto do sul do Brasil.1845 – armador do patacho brasileiroTriunfo da Figueira, de 170 toneladasque foi a Cabinda carregar 416 escravosde que descarregou 380 (números imputados)em porto da Provincia do Rio deJaneiro.21/07/1845 – (armador «Fonseca») saido Rio de Janeiro a barca americanaPons, de 264 toneladas, capitão Graham,para Cabinda onde carregou 913 escravos.Saiu de Cabinda em 12/1845, tendoatingido a Libéria com 14 dias de viageme o seu destino final com 763 escravos(números imputados).1845 – armador do brigue brasileiroKentucky que, do Rio de Janeiro foi aQuelimane onde embarcou 669 escravos(número imputado), tendo desembarcado545 em Cabo Frio.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1846 – (armador «Fonseca») – um naviodescarregou no porto de Vitório 272 escravosdos 336 (números imputados)carregados em Cabo Lopes.1846 – (armador «Fonseca») – o navioamericano Francis Ann foi a Cabinda carregar371 escravos dos quais descarregou339 (números imputados) no portode Vitório.11/03/1846 – os comissários britânicosno Rio de Janeiro, nesta data, davam-nocomo o primeiro de uma List of the PrincipalSlave Dealers at Rio de Janeiro, 1845.06/1846 – (armador «Fonseca»), um naviodesembarcou 272 escravos em Vitório,em 07/1846, dos 336 embarcados(números imputados) em Cabo Lopes.12/08/1847 – do governador-geral interinode Moçambique, Domingos Fortunatodo Vale, para o ministro: nestamonção, a estação naval portuguesa ecruzadores ingleses causaram aos negreirosa perda de 200 000$000 – armadoresde escravos em uma companhiaformada por indivíduos de variadasnacionalidades cujo agente principal éManuel Pinto da Fonseca, residente noRio de Janeiro – segundo informaçõesda polaca Sardá-São Francisco Segundo– fretada por aquela casa e tomada pelaEstação Naval. O brigue brasileiro Faroltambém fretado pelos mesmos foi aquiapreendido. Empregavam cinco navios.10/05/1848 – (armador «Fonseca») donavio americano Herald, de 242 toneladas,construido em Salem, em 1822, primeirocapitão, Barker. Partiu do Rio deJaneiro para Ambriz onde carregou 1150escravos, dos quais descarregou 1110(números imputados) em Cabo Frio, em10/1848.21/08/1848 – o governador geral remeteao ministro a sentença que condenou obrigue americano Magoun, provenientedo Rio de Janeiro e capturado no Rio deAngoche em 05/11/1847: segundo instruçõesem carta do capitão ao primeiropiloto, quando houvesse efectiva entregafizesse desembarcar toda a gente americanaem Angoche e esperasse por outronavio que havia de vir para os levar aoRio de Janeiro. Os americanos não iriamno barco de escravos. Os marinheirosportugueses foram contratados no escritóriode Manuel Pinto da Fonseca paravirem no navio a título de passageirosvencendo vinte mil reis mensais de soldadae uma gratificação de quinhentosmil reis na volta, quando o navio americanochegasse ao Rio com os escravos.1849 – (armador «Fonseca») partiu doRio de Janeiro o brigue brasileiro Toleranteque foi à África (não espedificada)embarcar 674 escravos, dos quais desembarcouna Ilha Grande 550 (números imputados),em 24/06/1849.24/06/1849 – (armador «Fonseca») obrigue Tolerante, partido do Rio de Janeiro,descarregou 550 escravos na IlhaGrande dos 674 carregados em local nãoespecificado de África.20/10/1849 – (armador «Fonseca») onavio Antipathico descarregou 851 escravosna costa sudeste do Brasil dos1043 embarcados (número imputado)em local de África não especificado.20/02/1850 – (armador «Fonseca»)– data em que chegou ao Rio de Janeiroo navio Tentativa com 400 dos 700 escravos(números imputados) carregadosem Quelimane.02/1850 – (armador «Fonseca») o navioResolução embarcou 672 escravos emGalinhas, Serra Leoa, e desembarcou na2272007 E-BOOK CEAUP


José Capela228costa do sudeste brasileiro 600 (númeroimputado) em 02/1850.1850 – (armador «Fonseca») o navioamericano Hanibal partiu do Rio de Janeiropara Quelimane onde embarcou859 escravos, tendo desembarcado nosudeste brasileiro 700 (números imputados)em 02/1850.1850 – armador do navio Rivona (ou Rivoadou Revona) que vai a Quelimaneembarcar 491 (número imputado) escravos,tendo desembarcado na costa do sudestebrasileiro 400 em 03/1850.09/1850 – armador do navio Astrea, descarregaem Campos 750 dos 821 (númeroimputado) carregados em Ambriz.1850 – (armador «Fonseca»), partiudo Rio de Janeiro o brigue Encarnacion,de 314 toneladas, para Benguela,onde carregou 862 escravos. Partiu a03/03/1850, tendo desembarcado emSta. Helena 831.1850 – (armador «Fonseca») o brigueSagaz partiu de Paranaguá para Cabindaonde carregou 850 escravos, dos quaisdescarregou 600 (número imputado)em Cabo Frio, em 26/08/1850.1850 – (armador «Fonseca») a escunaAstro foi a Cabinda onde carrregou 656escravos, tendo desembarcado 600 (númeroimputado) no porto de Campos,em 06/10/1850.02/1851 – (armador «Fonseca») – desembarcouna província do Rio de Janeiro239 escravos de 293 (númerosimputados) embarcados em local nãoidentificado de África.20/02/1851 – (armador «Fonseca») – onavio brasileiro Tentativa descarregouna província do Rio de Janeiro 485 escravosdos 700 carregados em Quelimane.Aprisionado no Brasil.28/03/1853 – o governador-geral informao ministro que as feitorias de ManuelPinto da Fonseca, na costa de Moçambique,se mantiveram até cerca de 1850,data da legislação a partir da qual o governobrasileiro passou a perseguir severamenteos negreiros.1850/1851 – consta da lista de suspeitosde tráfico ilícito de escravos, procuradospela polícia brasileira.02/03/1851 – Jornal do Comércio, R. deJ.: «Os acontecimentos mais notáveis dasemana que hoje acaba não passaram de2 – a súbita partida do negociante ManoelPinto da Fonseca […]. O ManoelPinto tencionava partir para a Europano paquete inglês Clyde, que esperamosde Southampton no dia 11 de Março;pelo menos insceveu-se na lista dos novospassageiros naquele navio. Quandomenos o podiam suspeitar os seus conhecidose amigos soube-se pelos jornaisdiários, e por um ou outro bilhetede despedida que na véspera remeteu acertos amigos mais íntimos com quem senão pôde avistar, que seguia para o Havrea bordo do paquete francês Ville deRio, que daqui saiu a 25 do mês passado.O motivo que dão os mais competentespara aquela inesperada deliberação é anotícia que se espalhou de ser ele o proprietárioda barca Tentativa que, tendosaído de Quelimane carregada de africanos,encalhou na costa de Quissamã, aonorte de Macaé, onde foi apresada todaa sua carga. Acrescentam, e cuido quecom algum fundamento, que esta barca,tendo largado deste porto para Havana,há coisa de um ano, e com carregamentode carne seca, fôra dali mandada para aCosta sem ciência do seu dono.12/06/1851 – O Jornal do Povo, do Porto,E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>noticia ter chegado, há dias, de Lisboa,o sr. Manoel Pinto da Fonseca, cidadãobrasileiro: «segundo nos informam é umdos homens mais ricos que ultimamentetem chegado do Brasil; calcula-se a suafortuna em mais de três milhões de cruzados,dinheiro português».11/09/1851 – O Nacional, do Porto: «Ouvimosdizer que o senhor Manoel Pintoda Fonseca, rico brasileiro ultimamentechegado do Rio de Janeiro, pretendeobter da soberana o título de conde, mediantea soma de quarenta contos de réis,aplicados para estabelecimentos de caridade.Parece que o governo está dispostoa conceder-lho dividindo-se a soma entreos estabelecimentos do Porto e Lisboa».01/11/1851 – No mesmo jornal: «hoje,às 8 horas da manhã saiu para Lisboa ovapor Porto – entre os passageiros ia o«rico capitalista o sr. Manoel Pinto daFonseca».12/11/1851 – o cônsul de Portugal noRio de Janeiro em correspondência reservadainformava a Secretaria de Estadoem Lisboa sobre o incómodo causadopelas graças concedidas pela Rainha tantode títulos como de hábitos a pessoastidas como «odiosas, traficantes de carnehumana». Ilustrava com o caso do agraciamentode Manuel António da Fonseca,negociante na praça do Rio de Janeiro,com a comenda da Ordem de Cristo, que«não tem parentesco algum de negóciocom o chefe da família Pinto da Fonsecaque actualmente reside nessa cidade eque foi um dos mais afamados negreirosdesta capital». Os ingleses haviam reclamadoao anúncio de que Manuel Pintoda Fonseca ia ser feito conde.02/01/1854 – O Periódico dos Pobres noPorto: «O negociante desta praça AntónioJoaquim de Oliveira* estava feitobarão in petto, porém não se verificouo despacho por não ter conseguido queo chamado Conde de Monte Cristo, doqual o Oliveira é particular amigo, reformasseuma letra de 30 contos de réis».06/1854 – Na visita a Liverpool, em Junhode 1854, no mesmo hotel em queestava o príncipe (futuro D. Pedro V)hospedou-se Manuel Pinto da Fonseca,vulgo «Conde de Monte Cristo», que levavaem Lisboa uma vida de grande ostentação.O famigerado negreiro quiscumprimentar o herdeiro do trono. Noseu diário, D. Pedro começa logo por dizer«ter-se esquecido de lhe dar Excia.».Apresentado pelo Visconde da Carreiraque – ainda segundo D. Pedro – «na melhorfé do mundo disse»: ali vem o senhorMonte Cristo. Contou este ter chegado(e D. Pedro chacoteia, sublinhando): daEscorsia, e que então tinha vindo de lá,acrescentando, sem sublinhar: «Mal empregadaa riqueza num bruto daqueles,que mal sabe fazer o seu nome. Depoisde termos sofrido a maçada de tolicesdo sr. conde […]». (Ainda assim pareciadesdenhar mais do bruto do que dariqueza do mesmo!).20/08/1855 – faleceu em Paris.07/09/1855 – «o abastado capitalistaManoel Pinto da Fonseca ultimamentefalecido em Paris, dispôs de uma somaavultada para estabelecimentos pios e debeneficiência em Portugal entre os quaisforam contemplados quase todos os destacidade […]».Em Janeiro de 1847, o barão de Cairu,ministro dos estrangeiros do Brasil, disseao embaixador britânico no Rio que francamentenão via como o governo brasileiropoderia pôr em prática a lei de 18312292007 E-BOOK CEAUP


José Capela230ou outra qualquer legislação para aboliro tráfico. As razões: «[…] quando 99 pessoasem cada 100 estão apostadas nisso,o que é que se pode fazer?…O vício instalou-seno mais profundo da sociedade.Quem é tão cortejado, tão festejado nestacidade como Manuel Pinto [da Fonseca]?V. sabe que ele é o grande traficantede escravos, o traficante par excellencedo Rio. Ele e muitos outros negociantesmenores de escravos frequentam a Corte– sentam-se à mesa dos mais ricos e maisrespeitáveis cidadãos – têm assento naCâmara como nossos representantes etêm voz no Conselho de Estado».Posto ombro a ombro com José Bernardinode Sá*, considerados pelo cirurgiãode um navio britânico no Rio de Janeirocomo «os nababos do Brasil formandoa classe deslumbrante dos milionáriosparvenues». Isto em 1846, sendo eles dezanos antes modestos empregados de pequenosarmazens.1856 – in José Honório Rodrigues: Sininbu,chefe de polícia da Corte, relatava aoministro do Império as forças do tráfico(para um período anterior?) : «No portode Ambriz da costa da África há trêsfeitorias de escravos – uma pertencentea Manuel Pinto da Fonseca». No rio Congoexistiam duas feitorias, uma das quaispertencia ao mesmo Manuel Pinto daFonseca.In Camilo Castelo Branco (O Carrasco deVitor Hugo Jose Alves):«[…] Manuel Pinto da Fonseca, o homemde ouro que as mulheres de carne cognominavamO Conde de Monte Cristo».«[…] O Monte Cristo, cínico jouisseurque comia em baixela de prata Renascença,bebia chá em taças de oiro e faziaseconduzir em caleche de molas reais,superlativamente guiado pelo corpulentoe engomado cocheiro Pedro Vasques,o Pedro Monte-Cristo. Mas, na sua ânsiade gozo este arqui-milionário descontoua vida e faleceu em Paris, legando trintacontos à filha de Nevaille, que lhos dissipounum pronto». Nota: «O Monte Cristovivia com grande fausto no PalácioPalmela, no Calhariz. Adquiriu a quintado Relógio, em Sintra, e o palácio daMitra, na Junqueira, que ele embelezoumuito. Sua mãe e herdeira vendeu-o porcinquenta contos de reis ao infante espanholD. Sebastião, em 1865. Actualmente,pertence aos sucessores do primeiroconde de Bournay» (João Pinto de Carvalho,Lisboa de Outrora, 2º vol., Lisboa,1938, p. 193).[ANTT – Arquivo Histórico do Ministério das Finanças,Testamentos, Livro 20, Tabelião, António Simãode Miranda, Testamento de Manuel Pinto da Fonseca,22 de Maio de 1854. / AHU, pasta 8, cap. 1 / Pasta10, cap. 4 / Pasta 11, cap. 1 / Pasta 15, cap. 3 / JoseHonório Rodrigues, Brasil e África / Escritos de El-ReiD. Pedro V Coligidos e Publicados pela Academia dasCiências de Lisboa, Coimbra, Imprensa da Universidade,vol. I, Coimbra, 1923, p. 167 / Leslie Bethell, TheAbolition of Brazilian Slave Trade / Eltis]1839 · GuimarãesANTÓNIO BARBOSA GUIMARÃES1839 – primeiro armador da barca Constantefoi a Quelimane carregar 920 escravos(número imputado) dos quaisdescarregou na Ilha Grande 750.1839 – primeiro armador do bergantimRio Tua que foi a Quelimane carregar491 escravos (número imputado) dosquais descarregou na Ilha Grande 400.1839 – primeiro armador do navio Siucaporque vai a Moçambique onde carrega736 escravo dos quais descarrega600 (números imputados) em São Sebastião.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>05/1839 – primeiro armador do brigueportuguês Dom Manuel de Portugal quenesta data sai do Rio de Janeiro e vai aQuelimane onde carrega 982 escravos(número imputado) dos quais descarrega800 na costa sudeste do Brasil. Brigueapresado em Lourenço Marques em25/03/1841.1842 – primeiro armador do brigueDespique que vai a Quelimane carregar687 escravos (número imputado), dosquais descarrega 560 na costa sudestebrasileira.[ANTT, Ministério dos Estrangeiros, cx. 312 / Eltis]1839 · LopesANTÓNIO <strong>DE</strong> ROQUE LOPES08/1839 – capitão do brigue portuguêsAmizade Constante, sai nesta data do Riode Janeiro para Quelimane, de onde saiem 14/02/1840 com 620 escravos dosquais vai descarregar 477 no Cabo daBoa Esperança, em 03/1840, onde é capturadoe condenado.[ANTT, Ministério dos Negócios Estrangeiros, cx. 312/ Eltis]1839 · MorenoMORENO17/06/1839 – capitão do brigue portuguêsDuqueza de Bragança Venus sai deHavana para Moçambique onde carrega883 escravos dos quais descarrega emCuba 720, a 22/01/1840 (números imputados).[Eltis]1839 · NunesJ. J. NUNES03/24/1839 – capitão do brigue portuguêsGeneroso Feliz sai do Rio de Janeiropara Quelimane onde carrega493 escravos (número imputado) dosquais descarrega 384 em Campos, em06/11/1839.[L. H. D. Tavares / Eltis]1839 · PassagemJ. A. PASSAG<strong>EM</strong>13/12/1839 – capitão do brigue portuguêsFortuna d’África que descarrega emMacaé 429 dos 526 escravos carregadosem Quelimane (números imputados).[Eltis]1839 · PereiraF. PEREIRA13/04/1839 – capitão da barca portuguesaQuatro de Março que sai do Riode Janeiro para Quelimane onde carrega675 escravos (número imputado) dosquais, em 08/12/1839, descarrega, emMangaratiba, 550.[ANTT, Ministério dos Negócios Estrangeiros, cx. 312/ Eltis]1839 · RibeiroANTÓNIO LUIS RIBEIRO05/07/1839 – em Moçambique, capitãodo navio Triunfo de Luanda, ido deHavana.[Santana, III, p. 1006]1839 · RochaANTÓNIO BAPTISTA DA ROCHA09/06/1839 – capitão da barca portuguesaCommodore que descarrega no Rio deJaneiro 700 dos 859 escravos (númeroimputado) carregados em Moçambique.[Eltis]1839 · RodriguesA. J. RODRIGUES29/04/1839 – capitão do brigue por-2312007 E-BOOK CEAUP


José Capela232tuguês 24 th of July, de que era primeiroarmador José R. de Oliveira, que descarregaem Pernambuco 402 dos 493escravos carregados em Moçambique(números imputados).[Eltis]1839 · SerpaVICENTE <strong>DE</strong> FREITAS SERPA03/1839 – capitão do brigue brasileiroDom João de Castro que sai do Rio deJaneiro para Moçambique onde chega a09/05/1839 e onde carrega 552 escravos(número imputado) dos quais vaidescarregar à Ilha Marambaia 450, a16/10/1839.[ANTT, Ministério dos Negócios Estrangeiros, cx. 312/ Eltis]1839 · SilvaSILVA10/05/1839 – capitão do bergantim portuguêsMacsismo descarrega em Cuba360 dos 442 escravos (número imputado)carregados em Moçambique.[Eltis]1839 · SilveiraF. SILVEIRA04/1839 – capitão do brigue portuguêsÂnimo Grande sai do Rio de Janeiro paraQuelimane, onde carrega 724 escravos(número imputado) dos quais vai descarregar590 a Campos, em 30/12/1839.[ANTT, Ministério dos Negócios Estrangeiros, cx. 312/ Eltis]1839 · VeigaVEIGA1839 – primeiro armador do brigue Saudadeque vai a Quelimane onde carrega736 escravos (número imputado) dosquais descarrega 600 em São Sebastião.[Eltis]1840 · BastosJ. BASTOS16/05/1840 – primeiro armador e capitãoda escuna portuguesa Paquete daMadeira, da praça de Pernambuco, desembarcana Ilha Itamarica 268 dos 329escravos (número imputado) carregadosem Moçambique. Escuna apresada emLourenço Marques, em 23/06/1841.[AHU, pasta 9, cap. 4 / Eltis]1840 · BonifraiFRE<strong>DE</strong>RIDO BONIFRAI05/09/1840 – O piloto Manuel Sallé,de Moçambique, e Frederico Bonifé,francês, residente no Ibo, tinham levadopara o Ibo caldeiras destinadas aocapitão espanhol D. Boaventura Vivó,contrabandista de escravos, capitão dobrigue Rocha. Levaram-nas ao Rio Pembamas não o encontraram lá. Estavaimplicado no comércio de escravos noIbo e Ilhas de Cabo Delgado. Era francêse foi contratado como segundo tenentepelo governador Pereira Marinho paracomandar a barca real Príncipe D. Pedrono combate ao tráfico ilegal de escravos.Mandado a Lourenço Marques, aíapresou navios negreiros. Não prestavacontas à Fazenda pelo que foi preso naIlha de Moçambique. Fugiu em um navioinglês.[AHU, pasta 9, cap. 4 / Pasta 7, cap. 3 / AHM, códice11-282, fls. 205]1840 · CardosoJOÃO MACHADO CARDOSO25/01/1840 – proprietário juntamentecom José Vieira Pimenta* Junior e JoãoE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>Vieira Pimenta* Junior, comerciantes napraça do Rio de Janeiro, do brigue brasileiroAsseiceira, de que era primeiroarmador José Bernardino de Sá*, quesai nesta data do Rio de Janeiro tendocomo capitão A. Mello*. Está em Quelimaneem 04/11/1840 de onde sai,em 31/12/1840, com 332 escravos quedescarregou na costa sudeste brasileira.Capturado a sul do Rio de Janeiro foicondenado pela comissão mista anglobrasileiraem 08/03/1841.[ANTT, Ministério dos Negócios Estrangeiros, cx. 312/ Eltis]1840 · ChavesA. R. CHAVES28/04/1840 – capitão do navio Leopoldina,que descarrega no Rio de Janeiro560 dos 687 carregados (número imputado)em Quelimane. Navio que, propriedadede Josepha Natalia Pinho*, deQuelimane, acaba desmantelado no Riode Janeiro.[ANTT, Ministério dos Negócios Estrangeiros, cx. 312/ Eltis]1840 · MaiaJOAQUIM FERREIRA MAIA21/02/1840 – morador no Rio de Janeiro,proprietário da barca Amizade, apresadaem Quelimane, pronta para sair para o Riode Janeiro, com paragem em LourençoMarques e em Angola, «com seu carregamentopara este último porto de colonosjá despachados na Alfândega […]». Foiaprisionada por uma patrulha inglesa.[AHM, códice 11-5834, fls. 16 e segs.]1840 · MartinsMANUEL ANTÓNIO MARTINS26/09/1840 – acusado pelo governadorgeralPereira Marinho de, juntamente comDomingos Correa Arouca*, ambos contrabandistasde escravos, procurarem mobilizara Província contra ele, governador.[AHU, pasta 5, cap. 2]1840 · MataJOAQUIM POMPÍLIO MATA20/10/1840 – juiz de direito, em Moçambique.O principal manobrador paraque o governador Pereira Marinho mantivesseo comércio de escravatura. PereiraMarinho: «O juiz de direito quandochegou a Moçambique, sem me conhecer,disse-me no quartel-general, em altoe em bom som, que o fim para que ia aMoçambique era para mandar três navioscarregados de negros a seu irmãoque estava em Maranhão, e que depoisnão queria nada mais de Moçambique,nem do governo».[AHU, pasta 6, cap. 1 / Pereira Marinho, Memória deCombinações]1840 · MelloB. MELLO25/01/1840 – capitão do brigue brasileiroAsseiceira, de que é primeiro armadorJosé Bernardino de Sá*, que sainesta data do Rio de Janeiro. Está emQuelimane em 04/11/1840 de onde saiem 31/12/1840 com 332 escravos quedescarregou na costa sudeste brasileira.Capturado a sul do Rio de Janeiro foicondenado pela comissão mista anglobrasileiraem 08/03/1841. O navio erapropriedade dos comerciantes na Praçado Rio de Janeiro José Vieira Pimenta*Junior, João Vieira Pimenta* Junior eJoão Machado Cardoso*.[ANTT, Ministério dos Negócios Estrangeiros, cx. 312/ Eltis]2332007 E-BOOK CEAUP


José Capela2341840 · PimentaJOÃO VIEIRA PIMENTA JUNIOR25/01/1840 – proprietário juntamentecom José Vieira Pimenta* Junior eJoão Machado Cardoso*, comerciantesna praça do Rio de Janeiro, do briguebrasileiro Asseiceira, de que era primeiroarmador José Bernardino de Sá*, asair nesta data do Rio de Janeiro, tendocomo capitão A. Mello*. Está em Quelimaneem 04/11/1840 de onde saiu,em 31/12/1840, com 332 escravos quedescarregou na costa sudeste brasileira.Capturado a sul do Rio de Janeiro foicondenado pela comissão mista anglobrasileiraem 08/03/1841.[ANTT, Ministério dos Negócios Estrangeiros, cx. 312/ Eltis]1840 · PinhoDONA JOSEPHA NATÁLIA PINHO28/04/1840 – residente em Quelimane,proprietária do navio Leopoldina, quetendo como capitão A. R. Chaves*, descarregano Rio de Janeiro 560 dos 687carregados (número imputado) em Quelimane.Navio que acaba desmanteladono Rio de Janeiro.[ANTT, Ministério dos Negócios Estrangeiros, cx. 312/ Eltis]1840 · SilvaJOAQUIM ARSÉNIO DA SILVA11/1840 – proprietário do bergantimbrasileiro Tejo, capitão Joaquim PedrosoGomes Rosa*, nesta data saiu do Riode Janeiro para Quelimane, onde estavaem 22/04/1841 e onde despejoufazendas em contrabando e onde foi aescravatura.[AHU, pasta 7, cap. 1 / ANTT, Ministério dos Estrangeiros,cx. 312]1840 · TalachandeSARACHAN<strong>DE</strong> TALACHAN<strong>DE</strong>24/03/1840 – em Moçambique, capitãodo navio português Dom Pedro Duque doPorto, apresado pela Marinha inglesa econdenado no Cabo da Boa Esperança.[Eltis]1840 · VianaA. P. VIANA24/04/1840 – primeiro armador e capitãodo brigue Vinte e Quatro de Julhoque descarrega em Catuamo e MariaFarinha, Pernambuco, 468 escravos dos574 carregados (número imputado) emMoçambique.[Eltis]1840 · VivóBOAVENTURA VIVÓ05/09/1840 – espanhol, capitão do brigueRocha que estava na costa de Moçambiquepara tráfico de escravos.[AHU, pasta 9, cap. 4]1841 · BerjerBARTOLOMEO BERJER06/05/1841 – de nacionalidade espanhola,ficara em Moçambique de umnavio de escravos, segundo o governador-geralPereira Marinho.[AHU, pasta 2, cap. 1]1841 · DardesPEDRO DAR<strong>DE</strong>S06/04/1841 – de nacionalidade francesa,ficara em Moçambique de um navio deescravos e dizia ser negociante, segundoo governador-geral Pereira Marinho.[AHU, pasta 2, cap. 1]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1841 · FerreiraP. G. FERREIRA08/10/1841 – capitão do bergantimbrasileiro São José, de que era primeiroarmador J. F. Azevedo Lisboa*, desembarcouem Pernambuco 340 dos 417 escravosque carregara em Moçambique(números imputados).[Eltis]1841 · LisboaJ. F. AZEVEDO LISBOA08/10/1841 – primeiro armador dobergantim brasileiro São José, de que écapitão P. G. Ferreira*, descarrega emPernambuco 340 escravos dos 417 (númerosimputados) carregados em Moçambique.[Eltis]1841 · MadalenaVICENTE MADALENA06/04/1841 – de nacionalidade italiana,ficara em Moçambique de um naviode escravos «cujo se quebrou e agora dizque está para fazer cobranças», segundoo governador-geral Pereira Marinho.[AHU, pasta 2, cap. 1]1841 · NunesJOSÉ NUNES06/04/1841 – de nacionalidade espanhola,ficara em Moçambique de umnavio de escravos, segundo o governador-geralPereira Marinho.[AHU, pasta 2, cap. 1]1841 · PerjPAULO PERJ06/04/1841 – de nacionalidade espanhola,ficara em Moçambique de um navio deescravos e dizia ser negociante, segundoo governador-geral Pereira Marinho.[AHU, pasta 2, cap. 1]1841 · RosaJOAQUIM PEDROSO GOMESROSA22/04/1841 – em Quelimane, capitãodo bergantim brasileiro Tejo, de que eraproprietário Joaquim Arsénio da Silva*,para escravatura.[AHU, pasta 7, cap. 1]1842 · AfonsoJOAQUIM SANT’ANA AFONSO07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuma representação dos moradores promovidapelo Conselho do Governo localcontra a imposição de os navios terem deir ao porto de Moçambique antes de entraremno de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · AlexandreALEXANDRE14/02/1842 – negro forro e liberto, fornecedorde escravos do sertão.[AHM, códice 11-5834, fls. 158 vs.]1842 · AlferesANTÓNIO DA SILVA ALFERES07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, nº 1]1842 · AlvaresJOSÉ ALVARES07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradores2352007 E-BOOK CEAUP


José Capela236promovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.02/09/1850 – o comandante de um cruzadoringlês acusava o senhor Álvaresde ter um barracão, no Rio Olinda, ondealojava 4000 escravos.[AHU, pasta 8, cap. 1 Pasta 12, cap. 3]1842 · AlvesJOSÉ ANTÓNIO <strong>DE</strong> ANDRA<strong>DE</strong>BERNARDO ALVES07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · AndradePAULO MARIANO <strong>DE</strong> ANDRA<strong>DE</strong>07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · AriasFELIPE ARIAS22/06/1842 – em Quelimane, ido deParanaguá, capitão do brigue Rapido.Apresado pela Marinha inglesa e condenadona Serra Leoa.[Eltis]1842 · AzevedoFRANCISCO MARIA <strong>DE</strong> AZEVEDO07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.21/08/1848 – coronel do batalhão demilícias que os moradores de Quelimaneformaram com os seus colonos e escravosarmados para libertar a tropa de linha.14/07/1849 – comissários da ComissãoMista do Cabo consideravam-no traficantede escravos em Quelimane.Irmão de Inácio Maria de Azevedo*.[AHU, pasta 8, cap. 1 Pasta 11, cap. 3 / AHM, códice11-8, fls. 173]1842 · AzevedoINÁCIO MARIA <strong>DE</strong> AZEVEDO07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuma representação dos moradores promovidapelo Conselho do Governo localcontra a imposição de os navios terem deir ao porto de Moçambique antes de entraremno de Quelimane.21/08/1848 – coronel do batalhão demilícias que os moradores de Quelimaneformaram com os seus colonos e escravosarmados para libertar a tropa delinha.14/07/1849 – Comissários da ComissãoMista do Cabo consideravam-no traficantede escravos em Quelimane.Irmão de Francisco Maria de Azevedo*.[AHU, pasta 8, cap.1 Pasta 11, cap. 3 / AHM, códice11-8, fls. 173]1842 · BonniJONES BONNI23/09/1842 – capitão do brigue americanoIndependência que esteve em Moçambiquee Quelimane a carregar escravos.[AHM, códice 11-419, fls. 8]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1842 · CabralFRANCISCO LUÍS CABRAL07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · CostaJOSÉ CAETANO DA COSTA07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · CarvalhoANTÓNIO JOSÉ <strong>DE</strong> CARVALHO07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · CostaJOSÉ DA COSTA07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · CirneANTÓNIO VIRGOLINO SARAIVAMEN<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> VASCONCELOSCIRNE07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · CorreiaMANUEL CAETANO CORREIA07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · DiasGREGÓRIO CAETANO DIAS07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · FernandesMANUEL CAETANO FERNAN<strong>DE</strong>S07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]2372007 E-BOOK CEAUP


José Capela2381842 · FerreiraFRANCISCO XAVIER DA SILVAFERREIRA07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · FerreiraJOÃO BASÍLIO FERREIRA29/08/1842 – capitão do brigue Andorinha,propriedade de Moreira Pinto* («OSardinha»), que foi do Rio de Janeiro aQuelimane, onde carregou 482 escravos.[AHU, pasta 8, cap. 1 / Alcoforado]1842 · GarciaINÁCIO LUÍS GARCIA07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · GilLOURENÇO ANTÓNIO GIL07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · GomesANTONIO JOSÉ GOMES07/07/1842 – em Quelimane, subscre-veu uma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · JoséHENRIQUE JOSÉ07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · LamyMARIANO ANTÓNIO FERREIRABRAZ LAMY07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · MachadoJOÃO <strong>DE</strong> SOUSA MACHADO07/10/1842 – comandante militar (correspondendoa governador) de Quelimaneexonerado por conivência no tráficoda escravatura. Era remunerado pelostraficantes.[AHU, pasta 8, cap. 1 Pasta 22, cap. 1]1842 · MadeiraFRANCISCO JOSÉ MA<strong>DE</strong>IRA1840/1842 – capitão de várias embarcaçõesque foram do Rio de Janeiro a Quelimane.E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>29/08/1842 – na vila de Quelimane, capitãodo navio Ânimo Grande, do Rio deJaneiro.Em Quelimane tinha sociedade com AntónioJoaquim de Andrade*.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · MarinhoJOSÉ TEIXEIRA MARINHO07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · MesquitaANTÓNIO JOSÉ <strong>DE</strong> MESQUITA29/08/1842 – no Rio de Janeiro, associadoa Francisco José Madeira* e a ManuelPinto da Fonseca*, capitão do navioÂnimo Grande, que fora a Quelimane,a escravos, entre Dezembro de 1840 eAbril de 1842.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · MourãoAMBRÓSIO TEIXOSO MOURÃO07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, nº 1]1842 · NatividadeJOAQUIM AFONSO DANATIVIDA<strong>DE</strong>07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · NazarethLUÍS XAVIER DA NAZARETH07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · PereiraFRANCISCO JOSÉ PEREIRA07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · PereiraJOÃO FRANCISCO PEREIRA07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · PereiraJOÃO RAIMUNDO PEREIRA29/08/1842 – capitão do brigue BelaUnião, do Rio de Janeiro, que fora a Quelimanecarregar 664 escravos.[AHU, pasta 8, cap. 1]2392007 E-BOOK CEAUP


José Capela2401842 · PinhoBERNARDO DA COSTA PINHO07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.21/08/1848 – alferes do batalhão de milíciasformado pelos moradores de Quelimanecom gente armada para libertar atropa de linha.[AHU, pasta 8, cap. 1 Pasta 11, cap. 3]1842 · PintoGONÇALO DA PIEDA<strong>DE</strong> PINTO07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · PintoMOREIRA PINTO (O SARDINHA)29/08/1842 – proprietário do brigue Andorinha,capitão João Basílio Ferreira*que, do Rio de Janeiro, foi a Quelimaneonde carregou 482 escravos.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · RamosJOÃO FRANCO <strong>DE</strong> RAMOS07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · RealJOÃO EVANGELISTA VILA REAL07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · RodriguesH. J. RODRIGUES11/05/1842 – em Pernambuco, capitãodo bergantim brasileiro Paquete da Madeira,de que era primeiro armador VicenteThomas dos Santos*, desembarca159 escravos dos 195 (números imputados)carregados em Moçambique.[Eltis]1842 · RodriguesJOÃO PAULO RODRIGUES29/08/1842 – em Moçambique, pilotodo brigue Bela União, do Rio de Janeiro,que fora a Quelimane carregar 664 escravos.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · RosárioANTÓNIO ÂNGELO DO ROSÁRIO07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · SabogaANTÓNIO GONÇALVES SABOGA07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradoresE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>promovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · SilvaANTONIO GOMES DA SILVA07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · SousaCUSTÓDIO JOAQUIM FLORIANO<strong>DE</strong> SOUSA07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.04/05/1849 – incurso no crime de tráficode escravos.[AHU, pasta 8, cap. 1 / Pasta 11, cap. 2]1842 · SousaINÁCIO FRANCISCO <strong>DE</strong> SOUSA07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · SousaRODRIGO JACINTO <strong>DE</strong> SOUSA07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.08/11/1845 – «por recairem nele evidentessuspeitas de ser conivente no tráficode escravatura», o governador-geralmanda ouvir testemunhas.29/12/1845 – suspenso de governadordas Ilhas de Cabo Delgado por conivênciano tráfico de escravos.16/06/1846 – dois brigues francesescarrregavam escravos no Ibo com a conivênciado governador. O governador-geralinforma o ministro não ter dúvidas deque o governador suspenso do Ibo estáimplicado no tráfico.08/09/1846 – absolvido em Conselho deGuerra. Seria julgado em Junta de Justiça.[AHU, pasta 8, cap. 1 Pasta 9, cap. 5 / Pasta 10, cap. 2/ AHM, códice 11-183, fls. 151 vs. e 206 vs. / Distritode Cabo Delgado, cx. 4, maço 1, nº 18]1842 · SousaSEBASTIÃO <strong>DE</strong> SOUSANatural de Goa.07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.04/05/1849 – tinha uma casa em Olindapara os navios aí descarregarem clandestinamenteas fazendas, antes de entraremno porto de Quelimane. O que aí fezo brigue francês Dunquerque. Nas suasterras tinha escravos para embarque.[AHU, pasta 8, cap. 1 Pasta 11, cap. 2]2412007 E-BOOK CEAUP


José Capela2421842 · TabordaJOSÉ MARIA DA CUNHATABORDA07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · VelosoMANUEL VELOSO07/07/1842 – em Quelimane, subscreveuuma representação dos moradorespromovida pelo Conselho do Governolocal contra a imposição de os navios teremde ir ao porto de Moçambique antesde entrarem no de Quelimane.[AHU, pasta 8, cap. 1]1842 · VergueiroVERGUEIRO1842 – primeiro armador do brigue portuguêsTejo, vai a Quelimane carregar761 escravos (números imputados), dosquais descarrega 620 em Santos.[Eltis]1843 · AmorimAMORIM1843 – primeiro armador do navio Júliaque vai a Quelimane carregar 802 escravos(números imputados), dos quais descarrega654 em Campos, Brasil.[Eltis]1843 · AndradeONOFRE LOURENÇO ANDRA<strong>DE</strong>Major do Exército.1843 – Ido de Goa, chegou a Moçambiquena comitiva do governador-geral,brigadeiro Rodrigo Luciano de Abreue Lima. Foi governador de Inhambane,qualidade em que lhe foi levantado processopor conivência no tráfico de escravose mandado para Lisboa. Acusado deresponsável pelo carregamento de escravos,nomeadamente em dois naviosamericanos.23/04/1846 – em Inhambane, o subdelegadodo ministério público fornece aogovernador da vila informação sobre osnavios que dali haviam saído com carregamentosde escravos durante o seu governo.21/12/1846 – em Moçambique, fora-lhelevantado processo que o governadorgeralmanda para Lisboa.[AHM, Governo do Distrito de Inhambane, cx. 18,maço 1, nº 1 / Códice 11-183, fls. 225]1843 · ChavesANTÓNIO ROIZ CHAVES1843 – capitão do brigue Progresso quesai do Rio de Janeiro para Moçambique,onde carrega 447 escravos dos quais desembarca222 no Cabo da Boa Esperança,onde é apreendido e condenado.[Eltis]1843 · CoimbraMANUEL JOSÉ COIMBRA06/09/1843 – capitão da escuna A TartarugaVencedora, que vai do Rio de Janeiroa Quelimane, onde carrega 460 escravos.Capturada e condenada no Cabo da BoaEsperança, vai decarregar nas CaraíbasBritânicas 338 escravos que estavam inicialmentedestinados ao porto de Campos,na costa sudeste brasileira.[Eltis]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1843 · LimaRODRIGO LUCIANO <strong>DE</strong> ABREU ELIMA1843-1847 – governador-geral de Moçambique.O Conselho do Governo deMoçambique acusou-o de «interessadae pública protecção» que dera ao tráficoda escravatura. Os subalternos eramseus agentes fornecendo-lhe navios deescravos.[AHM, códice 11-8, fls. 108, 116]1843 · RodriguesPAULO RODRIGUES1844 – último mestre do Defensivo, condenadona Comissão Mista do Cabo, emSetembro de 1843, despachou em Inhambanedois navios, nomeadamente o Laguneusecom 500 escravos e um bergantim,antigamente o bergantim americanoKentuky, com 600 escravos e de LourençoMarques um navio com 400 escravos.Esperava que o seu resultado retirado detais operações fosse de 20 000 dólares.[Dos comissários britânicos na Comissão Mista doCabo para Aberdeen]1843 · SilvaJOSÉ LOPES DA SILVA26/01/1843 – mestre do patacho brasileiroJosefina, no rio Pembe, Ilhas deCabo Delgado, a escravos.[AHU, pasta 8, cap. 2]1843 · SouzaPATRICIO PEREIRA <strong>DE</strong> SOUZA14/03/1843 – em Quelimane, ido deSanta Catarina, capitão do navio portuguêsDesengano. Apresado pela Marinhainglesa e condenado no Cabo da Boa Esperança.[Eltis]1844 · CostaFERNANDO CARLOS DA COSTA08/01/1844 – o ministro do Ultramarchama a atenção do governador-geral deMoçambique para o facto de de o governadorde Quelimane e Rios de Sena, FernandoCarlos da Costa, ser suspeito deconivente com o tráfico da escravatura.[AHM, Governo Geral, cx. 9, maço 1, nº 1]1844 · CunhaJ. LUIS DA CUNHA1844 – principal interessado na expediçãodo patacho brasileiro Adamastor quefoi a Quelimane carregar 368 escravos(número imputado), dos quais descarregou300 na província do Rio de Janeiro.[Eltis]1844 · MattosJOÃO JOSÉ ALVES <strong>DE</strong> MATTOS15/05/1844 – capitão do navio ImperadorDom Pedro, armador José Bernardinode Sá*, a sair do Rio de Janeiropara Quelimane, de onde terá saído a23/06/1844, tendo sido apresado pelaMarinha inglesa e condenado na ComissãoMista da Serra Leoa.[Eltis]1844 · MenezesRUFIAS JOSÉ <strong>DE</strong> MENEZES13/12/1844 – capitão de barca brasileiraque vai a Moçambique e Quelimane deonde parte com escravos, sendo apresadae condenada no Cabo da Boa Esperança,em 1845.[Eltis]1844 · SousaFRANCISCO SOUSA23/01/1844 – em Quelimane, ido de Lu-2432007 E-BOOK CEAUP


José Capela244anda, capitão do brigue Opio Feliz. Apresadopela Marinha inglesa e condenadono Cabo da Boa Esperança.[Eltis]1844 · VianaMATHEUS PIRES DA COSTAVIANA14/11/1844 – a Comissão das Presas daIlha Bourbon sentenciou o brigue Rocha,de que era capitão, por suspeito de empregono tráfico de escravos.[AHM, códice 11-282, fls. 235 vs.]1845 · GuimarãesF. F. GUIMARÃES1845 – primeiro armador do brigue brasileiroRestaurador que vai a Moçambiquecarregar 469 (número imputado)escravos dos quais descarrega 382 emCabo Frio.[Eltis]1845 · GuimarãesJOSÉ <strong>DE</strong> SÁ GUIMARÃES1845 – armador principal do briguebrasileiro Ganaflite que vai a LourençoMarques carregar 466 escravos (númeroimputado), dos quais descarrega 400 emCabo Frio.[Eltis]1845 · PereiraJOSÉ MARIA PEREIRA12/12/1845 – em Quelimane, capitão donavio Triumphante, ido do Rio de Janeiro.Apresado pela Marinha inglesa e condenadono Cabo da Boa Esperança.[Eltis]1845 · SalimoAMAD BEN SALIMO12/05/1845 – capitão de um pangaiocom escravos carregados em Quissimanjulo,Quitangonha, apresado pelos ingleses.[AHU, pasta 9, cap. 5]1845 · SchneiderMARCELIN SCHNEI<strong>DE</strong>R16/03/1845 – em Quelimane, capitão doPaquete de Montevideo, ido do Rio de Janeiro,apresado pela Marinha britância econdenado no Cabo da Boa Esperança.[Eltis]1846 · AmaralL. C. DO AMARAL12/11/1846 – em Quelimane, capitão dobrigue Constante, armador J. F. Lopes daSilva*. Saira do Rio de Janeiro. Apresadopela Marinha inglesa é condenado noCabo da Boa Esperança.[Eltis]1846 · FerreiraD. A. FERREIRA21/07/1846 – em Quelimane, capitão donavio Improviso, primeiro armador JoséBernardino de Sá*, ido do Rio de Janeiro.Apresado pela Marinha inglesa e condenadono Cabo da Boa Esperança.[Eltis]1846 · SilvaJ. F. LOPES DA SILVAarmador do brigue Constante, capitão L.C. do Amaral*, que sai do Rio de Janeiro evai Quelimane, onde está a 12/11/1846.Apresado pela Marinha inglesa é condenadono Cabo da Boa Esperança.[Eltis]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1846 · SousaANTÓNIO VICENTE SOUSA07/03/1846 – feitor da Fazenda em CaboDelgado (?) preso à ordem do governador--geral pelo crime de tráfico de escravos.[AHU, pasta 10, cap. 5]1846 · TeixeiraANTÓNIO JOAQUIM TEIXEIRA21/12/1846 – governador de LourençoMarques a quem foi levantado processoem tribunal por tráfico de escravos.[AHM, códice 11-183, fls. 225]1847 · BeaurL. BEAUR1847 – capitão do brigue São FranciscoSegundo que sai do Rio de Janeiro e vaia Angoche carregar escravos de onde saia 34/04/1847 tendo sido capturado pelaautoridade portuguesa.[Eltis]1847 · MarksANTHONY MARKS27/02/1847 – capitão do navio Fame asair do Rio de Janeiro para Quelimaneonde carrega 530 escravos dos quais descarrega527 em Cabo Frio.[Eltis]1847 · MartinsFRANCISCO JANUÁRIO MARTINS09/08/1847 – proveniente do Rio de Janeiro.Estava na feitoria de escravos deGil Tomás dos Santos*, em Inhambane,«com feitoria aberta de negros».[AHM, códice 11-1544, fls. 30 vs.]1847 · MerguMANUEL MARIA MERGU28/05/1847 – brasileiro, com uma feitoriaem terra, estava em Angoche a comprarescravos. O comandante das TerrasFirmes diz que para acabar com o tráficoali se devia mandar prendê-lo. O sultãode Angoche «que tem muitas lições dosmujojos, os mais abastados moradoresdaquelas ilhas e o aconselharam a admitiro comércio dos brasileiros para destemodo reduzirem melhor as suas fazendase são estes que se correspondem comos habitantes aventureiros desta capitalpara lhes fornecerem escravos a maiorparte roubados aos habitantes pacíficos,e podem deste modo reduzirem as fazendasque passam por alto extraviadas aosDireitos».[AHM, códice 11-7, fls. 6 vs.]1847 · NunesANTÓNIO RODRIGUES NUNES12/08/1847 – em Moçambique é aguardadaa chegada do major de milícias AntónioRodrigues Nunes, ex-governadorde Sofala, que vai responder em Conselhode Guerra pronunciado por conivênciano tráfico de escravos. Exonerado degovernador.[AHU, pasta 10, cap. 4 / AHM, códice 11-85, fls. 8 vs.]1847 · SilvaJOAQUIM ARSÉNIO DA SILVA13/02/1847 – em Quelimane, capitão donavio Phaon ido do Rio de Janeiro. Apresadopela Marinha inglesa e condenadono Cabo da Boa Esperança.[Eltis]1848 · MachadoTHEOTONIO <strong>DE</strong> SOUZAMACHADO02/01/1848 – em Quelimane, capitão donavio Alzira ido do Rio de Janeiro. Apre-2452007 E-BOOK CEAUP


José Capela246sado pela Marinha inglesa e condenadono Cabo da Boa Esperança.[Eltis]1848 · PintoFRANCISCO ANTÓNIO PINTO21/08/1848 – tentente do batalhão demilícias formado pelos moradores deQuelimane com seus colonos e gente armadapara libertar as tropas de linha.Empregado da alfândega de Quelimaneque se deixou peitar pelo Cruz Coimbrapara deixar embarcar negros para aReunião.31/05/1859 – primeiro escrivão da Alfândegade Quelimane que colaboravacom os traficantes de escravatura.[AHU, pasta 11, cap. 3 / Biblioteca da Ajuda, 54 – XIII– 32 (3) / AHM, códice 11-220]1848 · SoeiroJOSÉ FRANCISCO BORJA XAVIERSOEIRO07/01/1848 – subdelegado que fora emQuelimane, levantados autos segundo osquais estava incurso no crime de tráficode escravos.22/04/1848 – estava nomeado secretário-geraldo governo de Moçambiqueperante o alarme do governador-geralFortunato do Vale.04/05/1849 – subdelegado em Quelimanehá numerosas acusações de receberimportâncias para encobrir tráfico ilegal.Ele próprio fez tráfico e recebeu peitas.[AHU, pasta 11, caps.1, 2]1849 · FelicianoFELICIANO04//05/1849 – mestre do brigue brasileiroConvenção queimado pelos inglesesno Licungo. Solto após trinta dias, saiucom escravos, em pangaios, pelo Quizungo(Tal como o Licungo, rios e portos domesmo nome no norte de Moçambique).[AHU, Pasta 11, cap. 2]1849 · FranciscoFRE<strong>DE</strong>RICO JOSÉ FRANCISCO29/01/1849 – tenente, pronunciado emConselho de Guerra como conivente notráfico de escravos e na fuga do ex-governadorCustódio José António Teixeira*.[AHM, códice 11-85, fls. 70]1849 · GargamalhaFRANCISCO ANTÓNIOGARGAMALHA30/03/1849 – capitão do brigue Doze deNovembro, piloto Francisco António deOliveira*, apresentado ao tribunal deMoçambique para ser julgado por tráficode escravos.25/08/1853 – em Moçambique, julgadoo brigue português Doze de Novembro portráfico de escravatura, sendo consideradoboa presa, multado o proprietário esujeita a tripulação a processo criminal.11/11/1857 – avogada sua nomeaçãopara curador dos escravos e libertos porquefora capitão do brigue Doze de Novembroenvolvido no tráfico de escravos.[AHU, pasta 11, cap. 2 / AHM, códice 11-239, fls. 6 /Códice 11-25, fls. 148 vs.]1849 · MadeiraABREU MA<strong>DE</strong>IRA04/05/1849 – de Moçambique são remetidospara Lisboa autos de onde constamnumerosas acusações contra este ex-governadorde Quelimane de envolvimentono tráfico de escravos de que recebiapeitas.[AHU, pasta 11, cap. 2]E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>1849 · MartinsANTÓNIO JANUÁRIO DA SILVAMARTINS04/05/1849 – tinha estado muito tempoem Quelimane. Vinham-lhe consignadosmuitos navios abarrotados de fazendas,a maior parte desembarcadas em contrabandoe trocadas por escravos. Sobsuspeita, fugira no brigue francês Dunquerque.Terá dado 150 meias doblas aogovernador Abreu Madeira para o deixarfugir.[AHU, pasta 11, cap. 2]1849 · OliveiraFRANCISCO ANTÓNIOD’OLIVEIRA04/05/1849 – piloto do brigue Doze deNovembro, capitão Francisco AntónioGargamalha*, apresentado ao tribunalde Moçambique por tráfico de escravos.25/08/1853 – em Moçambique, julgadoo brigue português Doze de Novembro portráfico de escravatura, sendo consideradoboa presa, multado o proprietário esujeita a tripulação a processo criminal.[AHU, pasta 11, cap.2 /AHM, códice 11-25, fls. 148, vs.]1850 · FonsecaANTÓNIO PINTO DA FONSECAN. 1814 e F.18801840/1850 – no Rio de Janeiro, associadoaos irmãos Manuel Pinto da Fonseca*e Joaquim Pinto da Fonseca* no tráficode escravos.1856 – consta da lista de suspeitos detráfico ilícito de escravos, procuradospela polícia brasileira.1861/1880 – em Lisboa, fundador e gerenteda Casa Bancária Fonsecas, Santos& Viana.[Alcoforado / João de Sousa da Câmara, História doBanco Fonsecas & Bournay / Diário Ilustrado, 10 deJulho de 1880]1850 · ForçadePEDRO FORÇA<strong>DE</strong>08/1850 – primeiro armador do brigueespanhol Brazil que sai de Cardenaspara Moçambique onde carrega 822 escravos(número imputado) dos quaisvai desembarcar 670 em Cardenas, em24/02/1851.04/1851 – armador juntamente com Zulueta*do brigue espanhol Brazil que saide Bahia Honda para Moçambique ondecarrega 757 escravos (número imputado)dos quais desembarca 617, em Cardenas,em 11/1851.[Eltis]1850 · RamosFRANCISCO DA COSTA RAMOS1850 – armador do navio Santa Cruz quevai a Quelimane carregar 859 escravos(número imputado) dos quais descarrega700 na costa sudeste brasileira, em09/1850.20/11/1850 – armador do navio Edelmando,desembarcou na Ilha de Marambaia559 dos 686 escravos (númeroimputado) embarcados no Ibo.[Eltis]1850 · SilvaJOÃO BONIFÁCIO ALVES DASILVANatural de Quelimane, Moçambique.Filho de Romão José da Silva e de TheodoraTemporário de Matos. Nasceuem 1826 e herdou o nome completo dopadrinho de baptismo, também governadorde Quelimane. Em 1850, inscritocomo eleitor para a Câmara Municipal2472007 E-BOOK CEAUP


José Capela248de Quelimane, era solteiro, proprietárioe negociante, tendo de rendimento colectável400$000 réis. Em 1857 requereuo aforamento do prazo Licungo, onde sehavia estabelecido, depois de expulsarmanu militari as populações dos prazosvizinhos que aí se haviam estabelecido.Daí partiu com os seus achicunda para aconquista de Angoche, guerra no decursoda qual veio a morrer, a 19 de Outubrode 1861. A 9 tinha sido nomeado capitão-more comandante militar do distritode Angoche e coronel de segunda linha.A ocupação das terras entre o Rio Licungoe Rio Moniga ou Tejungo assim comoa conquista de Angoche têm como razãoprincipal o tráfico de escravos que se faziaem todos esses locais e que, em Angoche,estava a ser controlado por MussaQuanto (Mussa Mohamed Saib) irmãodo sultão Hassane – Issufo.[J. Capela, A República Militar da Maganja da Costa.]1851 · CatalãCOMPANHIA CATALÃ07/1851 – companhia armadora do brigueRapid Imperatriz que sai de Cardenaspara Inhambane onde carrega 1000escravos de que vai descarregar 840(números imputados) a Cardenas, em09/02/1852.[Eltis]1852 · DomingosDOMINGOS (IBRAIMO)04/11/1852 – em Moçambique, CaetanoMaria de Oliveira queixa-se de um talDomingos, hoje Ibraimo, antigamentecristão, hoje mouro – sem modo de vida– vive à grande de furto de escravos deproprietários que vende em Matibane eoutras partes. Pelo que já esteve presovárias vezes. Roubara ao queixoso duaspretas e um moleque.[AHM, códice 11-1138, fls. 9 vs., auto de notícia]1852 · VinhasEUGÉNIO VINHAS20/11/1852 – capitão do navio americanoLady Eclipse Suffolk M, sendo primeiroarmador Julian Zulueta*, que partiuda Baía para Moçambique onde carregou1574 escravos (números imputados)dos quais descarregou em Cuba 1283, noano de 1853.08/04/1859 – capitão do navio Eloisaque saiu de Havana para Moçambiqueonde carregou 920 (números imputados)escravos dos quais foi desembarcar750 a Cardenas, em 15/11/1859.[Eltis]1852 · ZuluetaJULIAN ZULUETA20/11/1852 – primeiro armador do navioamericano Lady Eclipse Suffolk M,sendo capitão Eugénio Vinhas*, quepartiu da Baía para Moçambique ondecarregou 1574 escravos (números imputados)dos quais descarregou em Cuba1283, no ano de 1853.04/1851 – armador juntamente com PedroForçade* do brigue espanhol Brazilque sai de Bahia Honda para Moçambiqueonde carrega 757 escravos (númerosimputados) dos quais desembarca 617em Cardenas, em 11/1851.[Eltis]1853 · CapoANTÓNIO CAPO11/1852 – capitão de um navio americanoque sai de Matanzas para Moçambiqueonde carrega 1350 escravos dosE-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>quais vai descarregar em Cabanas 1150,em 23/03/1853. Insurreição a bordo.Navio destruído depois do desembarquedos escravos.[Eltis]1854 · CoimbraANTÓNIO JOSÉ DA CRUZCOIMBRANatural de Coimbra.20/08/1854 – capitão – mor do Zumbo.14/07/1849 – a Comissão Mista do Cabodá-o como um dos traficantes de escravosem Quelimane.15/02/1856 – a pedido do governadorde Quelimane fornecera uma escolta de30 escravos armados para guardarem ossalvados de um barco naufragado.19/04/1859 – estava a exportar escravoslevados em gargalheiras para o rio Licungo.No Bajone morreu afogado o seuempregado Manuel Pires quando procediaa um carregamento.1868 – Era presidente da Confraria deNossa Senhora do Livramento, em Quelimane.29/05/1873 – Jornal de Moçambique:«[…] em quanto se mete o sr. AntónioJosé da Cruz Coimbra tudo sai à medidado seu desejo; e, em Quelimane, tem feitoquanto quer: e mais depressa, quandose diz lhe quererem fazer oposição, porque emprega toda a sua influência».23/12/1874 – Jornal de Moçambique:«Consta que Cruz Coimbra vendeu todosos seus haveres e estabelecimentoscomerciais em Quelimane a José Fernandesde Mendonça».1879 – teria falecido pois D. Maria dosAnjos Hidalgo da Cruz era dada comosua viúva.[AHU, pasta 18, cap. 1 / AHM, Governo do Distritode Quelimane, cx. 24, mç. 1, nº 25 / Códice 11-8, fls.173 / Códice 11-666, fls. 30 vs. e 31 / Códice 11-1504(1868)]1856 · AnjosMARIANO VAZ DOS ANJOSSucedeu na butaca em Sapembeze, a seupadastro, Gualdino Faustino de Sousa.Dominados os povos do Chire, em 1856,foi colocado como capitão-mor do Massingir.Em 1863 foi nomeado capitãomorde Manica e Quiteve.Capitão-mor do Massingir, no vale doZambeze, abastecedor dos negreiros deQuelimane.1881 – foi assassinado.[José Capela, Donas, Senhores e Escravos]1857 · CabargasANTÓNIO CABARGAS05/04/1857 – armador da barca americanaMinnetonka partiu de Havanapara Moçambique onde carregou 970escravos dos quais foi descarregar 610 aCuba.[Eltis]1858 · MusiseAMAD MUSISE30/10/1858 – mujojo da Ilha de Moçambique,proprietário do pangaio portuguêsFlor de Moçambique, apreendido.[AHM, códice 11-118, fls. 25-vs.]1858 · OliveiraJOÃO EUSÉBIO <strong>DE</strong> OLIVEIRA1858 – primeiro tenente, comandante daescuna de guerra, Angra, conivente comCruz Coimbra*, em Quelimane, no embarquede escravos para a Reunião.[Biblioteca da Ajuda, 54 – XIII – 32(3)]2492007 E-BOOK CEAUP


José Capela2501858 · SilvaCUSTÓDIO JOSÉ DA SILVA1858/1859 – tenente-coronel – governadorem Quelimane.14/11/1859 – terá recebido do Cruz Coimbra*mil libras esterlinas para autorizar oembarque de negros para a Reunião.[Biblioteca da Ajuda, 54 – XIII – 52 (3)]1859 · CarvalhoJOÃO DA CUNHA CARVALHO1859 – tenente, governador interino deCabo Delgado, conivente com o traficantede escravos em Quelimane, para a Ilhada Reunião, Cruz Coimbra*, fizeram-sedois embarques com esse destino.[Biblioteca da Ajuda, 54 – XIII – 32]1859 · SicardTITO AUGUSTO SICARD1859 – majordo Exército, nomeado governadorda Zambézia.30/08/1862 – acusado de traficante deescravos por Livingstone.[AHM, Governo Geral, cx. 9, maçoç. 2, nº 72]1864 · BritoJOSÉ VITORINO ALEXANDRE <strong>DE</strong>BRITO15/11/1864 – despacho do ministro doUltramar a demitir o professor de instruçãoprimária e presidente da CâmaraMunicipal do Ibo por estar envolvido nocrime de tráfico de escravos.[Boletim Oficial nº 47 AHM, códice 11-50, fls. 51 vs.]1868 · CoimbraARTUR ADOLFO DA CRUZTambém Artur Adolfo Coimbra, perfilhadopor António José da Cruz Coimbra*que, a partir de 22/12/1879, passará aassinar Arthur Adolfo da Cruz Coimbra.24/10/1868 – estava em Tete a comprarmarfim.Era a este e seus irmãos que se referiaSerpa Pinto: «José Alves, Coimbras e outros,esses nem ao menos são portuguesesde nascença; não se parecem comportugueses na cor, são indígenas, seminstrução, verdadeiros selvagens de calçase chapéus».[Boletim Oficial, nº 51, 24/12/1879 / Serpa Pinto,Como eu atravessei a África, II]1874 · GomesALBINO MARIANO GOMES19/09/1874 – sócio da firma MathiasGomes & Filhos, na praça de Moçambique,angariava e armazenava escravospara plantadores de Nossibé que se instalavamna sua casa de hóspedes.04/08/1876 – envolvido no tráfico feitopelo pangaio Fracale, de Anjoanes.[Jornal de Moçambique / AHM, códice 11-1137, fls.64 e segs.]1874 · PaulaFRANCISCO <strong>DE</strong> PAULA (O TICO)07/09/1874 – em Tete. Tinha mercadoresno Zumbo no resgate de escravos.[AHM, Governo do Distrito de Quelimane, cx. 40, mç.1, nº 124]1877 · OmarMUCUPE OMAR19/10/1877 – exportador de escravos comcontratadores no Infuce e Mucombo e comarmazens no Infuce, Fugo e Chilabane.[AHM, Governo Geral, cx. 147, mç. 2, nº 58]1877 · VidigalROGACIANO FRANCISCOVIDIGAL14/07/1877 – segundo o governador-geral,Rogaciano Francisco Vidigal, nego-E-book CEAUP 2007


Dicionário de Negreiros em Moçambique <strong>1750</strong>-<strong>1897</strong>ciante, assaltava com gente armada oscolonos do prazo Maganja, reduzia unsa escravatura e abusando da miséria deoutros, comprava-os a troco de fazendase de aguardente. Em rusga a sua casa foramencontrados alguns pretos em cárcereprivado.[AHM, códice 11-52, fls. 163]1877 · VolayMOLEY VOLAY19/10/1877 – exportador de escravoscom contratadores no Infuce e Mucamboe com casas no Infuce, Fugo e Chilabane.[AHM, Governo Geral, cx. 147, mç. 2, nº 58]1879 · Grattet (?)GRATTET (?)1879 – tinha uma instalação para exportaçãode escravos (no Ibo?). Antigo gerenteda casa Régis Ainné, andava fugidoàs justiças.[J. Frederic Elton, Travels and Researches]1881 · SalemaneABU-BACAR SAL<strong>EM</strong>ANE15/10/1881 – dois mouros de Angochequeixam-se contra o capitão-morde Angoche, Abu-Bacar Salemane, queagarrara 30 pessoas da sua família paraescravizar.[Boletim Official, nº 42]1887 · ChicuzaCHICUZA (MUENE – Chefe delinhagem)14/12/1887 – no Boror ( distrito de Quelimane,Moçambique) tinha «enormesortimento desta mercadoria», de quevendia grande porção nos prazos Nameduroe Tirre», segundo o administradordos mesmos prazos.[AHM, Governo do Distrito de Quelimane, cx. 44,maço 5, nº 24]1889 · MuadiniABDALA MUADINI10/12/1889 – principal negreiro na Ilhade Angoche, com embarcações próprias.[AHM, Governo Geral, cx. 104, nº 48]1890 · MadineABDUL MADINE24/03/1890 – proprietário de pangaiosque operavam no tráfico de escravos, emAngoche.[AHM, Governo Geral, cx. 104, maço 3, nº 57]1892 · KawingaKAWINGA30/06/1892 – um dos negociantes quedirigia uma caravana de escravos saídado Niassa inglês em direcção ao Quissanga,na costa, frente ao Ibo.[AHM, Governo Geral, cx. 26, maço 2, nº 18]1892 · MakangiraMAKANGIRA30/06/1892 – um dos negociantes quedirigia uma caravana saída do Niassa inglêsem direcção ao Quissango, na costa,frente ao Ibo.[AHM, Governo Geral, cx. 26, maço 2, nº 18]1892 · ZarafiZARAFI30/06/1892 – um dos negociantes quedirigia uma caravana de escravos saídado Niassa inglês e se dirigia para a costa.[AHM, Governo Geral, cx. 26, maço 2, nº 18]<strong>1897</strong> · CarvalhoJOÃO FILIPE <strong>DE</strong> CARVALHO08/08/<strong>1897</strong> – em Quelimane, embarca2512007 E-BOOK CEAUP


José Capelapara Moçambique, no navio Cristina, 24escravos.[AHU, cx. 78, nº 51]252E-book CEAUP 2007

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