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VERTENTES DA INSULARIDADE NA NOVELÍSTICA DE MANUEL LOPES

Vertentes da Insularidade na Novelística de Manuel Lopes

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Maria Luísa Baptista05.ANÁLISE <strong>DE</strong>OS FLAGELADOS DO VENTO LESTETerminada a abordagem de Chuva Braba, prosseguimos, debruçando-nossobre Os Flagelados do Vento Leste. Tentaremos, com as adaptaçõesnecessárias, seguir de perto o percurso de análise estrutural traçadopara a ‘leitura’ da primeira obra, por se nos afigurar que convém umacoerência metodológica de aproximação ao texto.Reiteramos a subjectividade crítica do nosso olhar e a óbvia disponibilidadepara acolher novas leituras, todas porventura complementarese inconclusivas, todas decerto longe de esgotar a obra de Lopes. Esta éapenas uma proposta, uma iniciação de análise.1. <strong>DA</strong> ACÇÃO72A obra FVL constitui a abóbada do edifício ficcional de Manuel Lopes:não por ser até agora, na linha cronológica, a última das suas grandesobras em prosa, não também por ter merecido a maior divulgação relativa(Prémio «Meio Milénio do Achamento das Ilhas de Cabo Verde»),embora as outras obras narrativas também tenham sido premiadas (1) ;mas antes pela intrínseca mestria textual e discursiva que coroa uma trajectóriade amadurecimento e exigência no domínio dos processos estéticosde escrita.Uma primeira observação revela-nos em FVL uma estrutura de superfícieanáloga à de CB: a obra é constituída, de acordo aliás com o índice,por duas partes, cada uma das quais é, por sua vez, tripartida: paralelismode estrutura discursiva a par de um outro paralelismo diegético.Como em CB, à bipartição enunciada corresponde também uma mudançade cenário.E-book CEAUP 2007

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