19.08.2015 Views

VERTENTES DA INSULARIDADE NA NOVELÍSTICA DE MANUEL LOPES

Vertentes da Insularidade na Novelística de Manuel Lopes

Vertentes da Insularidade na Novelística de Manuel Lopes

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Vertentes da insularidade na novelística de Manuel Lopese ainda destes outros:«O Mar!cercandoprendendo as nossas Ilhas,desgastando as rochas das nossas Ilhas!Deixando o esmalte do seu salitre nas faces dos pescadores,roncando nas areias das nossas praias,batendo a sua voz de encontro aos montes,baloiçando os barquinhos de pau que vao por estas costas...» (25)Observaremos enfim que a impossibilidade de alojamento conjuntode padrinho e afilhado na exígua pensão de Maria Lé (no capítulo II.1) serevelará funcionalmente significativa — duplamente significativa, aliás:se se puder pôr de parte a hipótese de marginalização menos conscientede Mané Quim (ainda não vestido e calçado segundo a convencionalidadecitadina), por parte da hospedeira, interpretamos tal impedimentosobretudo como a abertura para inclusão referencial aos tópicos docontrabando, dureza de vida de um underground portuário, ânsia doquerer partir e ter de ficar.Local contrastante na sua fisionomia geo-humana, Porto Novo é ocenário piscatório de urbanização rudimentar que, sendo adverso aoprotagonista, ironicamente o projectará para a sua terra mater, na catalisaçãoque, aí, constituirá a «chuva braba». Porto Novo, o ponto mais altoda narrativa, o da concretização da esperança.4.2. Do espaço social57Do ponto de vista social, Chuva Braba oferece-nos globalmente umquadro dinâmico de dois meios pequenos. Ribeira das Patas é o lado ruraldessa realidade, Porto Novo, a vila litoral.Quer num quer noutro dos locais, a população no seu conjunto éapresentadacomo um todo socialmente funcional. Em Ribeira das Patas,em particular, o narrador proporciona um relacionamento entre asoutras personagens, caracterizável como o da grande família, em que2007 E-BOOK CEAUP

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!