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VERTENTES DA INSULARIDADE NA NOVELÍSTICA DE MANUEL LOPES

Vertentes da Insularidade na Novelística de Manuel Lopes

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Maria Luísa Baptista40Notemos que em qualquer das partes da acção está, respectivamente,cada vez mais próximo quer o momento da decisão quer o da partida;e, no entanto, o jogo estabelece-se na contradição entre o avanço aparenteda intriga no sentido favorável aos objectivos de Joquinha (ManéQuim e a sua necessidade real de melhoria da situação económica), e oavanço autêntico que é a subterrânea maturação do protagonista atravésda experiência vivida e da sua reflexão sobre ela.Por outro lado, ao contrário do que o processo discursivo parece fazercrer, o clímax real (o da «Segunda parte», porque consentâneo como intrínseco apelo telúrico do protagonista), se contém a consumação dacatástrofe pela mudança da fortuna (ponto de vista de Joquinha), contémtambém, imanente, a libertação do eu do protagonista, a afirmaçãoconsciente da sua identidade, que é a da identificação intrinseca com ares insularis. Ainda do ponto de vista de Joquinha, o que seria a coroaçãodo seu esforço de persuasão acaba inesperadamente dissolvido na «belabátega atlântica» (11) . E enquanto a Joquinha virá a caber o desencantoe a definitiva solidão (12) , Mané Quim, de uma geração mais nova, desa-E-book CEAUP 2007

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