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VERTENTES DA INSULARIDADE NA NOVELÍSTICA DE MANUEL LOPES

Vertentes da Insularidade na Novelística de Manuel Lopes

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Vertentes da insularidade na novelística de Manuel LopesDecidir partir/ficar não é resolução fácil, porque implica toda umaquestão existencial, tanto do indivíduo como da sociedade, que o Autortem prazer em tratar ao longo de um número de páginas e de capítulosmuito maior do que o respeitante ao das sequências recessivas, elementosestes simultaneamente contrapontísticos, complementares e enfáticosdos primeiros, na recriação ficcional do universo da insularidadecaboverdiana.Gostaríamos ainda de, em termos gerais, sublinhar a homologia estruturalentre a Primeira e a Segunda partes de Chuva Braba. Na verdade,em qualquer das partes é possível a leitura de um «tríptico narrativo»(tomando a expressão de David Mourão Ferreira, a propósito, aliás, dasFolhas Caídas, de Almeida Garrett) (9) em que, partindo de uma situaçãode aparência neutra (10) — a proposta/a instalação em Porto Novo —, seestabelece um processo de agravamento conflitual no íntimo do protagonista,processo que culminará, mediante peripécia mais ou menos explícita,no clímax. Assistimos, assim, ao retomar, na «Segunda parte», deum esquema discursivo simétrico do da «Primeira»; mas agora com basenum patamar que só o final desta permitira alcançar.A utilização de tal recurso (homologia-simetria) viabilizará funcionalmenteo confronto entre uma e outra das trajectórias, busca porfiadade coerência do herói consigo mesmo, que é também a da homologiaentre a vontade ou o ser e a identidade sócio-telúrica.392007 E-BOOK CEAUP

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