Maria Luísa BaptistaCapítulo 5(1) Cf. Capítulo 2.(2) Sublinhado nosso.(3) Carlos Reis, Técnicas de análise textual, Coimbra, Almedina, 1976, p. 229.(4) Cf. p. 75 «eIiminação» e p. 85, primeiro parágrafo a seguir ao excerto de FVL.(5) Jorge de Sena, Fidelidade.(6) Cf. 5.3., p. 95 e segs.(7) Aristóteles, Poética. Lisboa, Guimarães Editores, s.d. (Tradução de Eudoro de Sousa),1453a, p. 89.(8) Cf. 5.2., p. 93.(9) Acercado peso conotativo deste topónimo, particularmente aqui, na sua dimensãotrágica, cf. a nota 1 de 5.4.1.(10) Zepa «olha pra diante» (FVL, p. 141) de forma pessimista e o marido adverte-a:«A gente não pinta os dias que tão pra vir de negro. Quem vê escuro pra diante não vênada» (FVL, p. 141).(11) «A imersão [aqui, na terra e não na água] equivale a uma dissolução das formas.»Mircea Elíade, op. cit., p. 140; e ainda: «O rito da deposição [aqui, não se trata, em rigor, dedeposição, mas de queda em qualquer dos casos] na Terra implica a ideia de uma identidadesubstancial entre a Raça e o Solo.» Mircea Elíade, op. cit., p. 152. Cf. também p. 112.(12) Cf. 5.3., p. 116.(13) Como a ilha, em geral, segundo Mircea Elíade: «[...] a Montanha no meio do Marsimbolizava as Ilhas dos Bem-Aventurados, espécie de Paraíso onde viviam os imortais taoístas.Trata-se, pois, de um mundo à parte [...]» (op. cit., p. 161).(14) Peripécia — «súbita mutação dos sucessos, no contrário» — Aristóteles, Op. cit.,1452a, p. 85.208(15) Catástrofe — «acção perniciosa e dolorosa, como o são as mortes em cena, asdores veementes, os ferimentos e mais casos semelhantes» — Aristóteles. Op. cit., 1452b,p. 87.(16) Sic.(17) Reconhecimento — «passagem do ignorar ao conhecer, que se faz para amizadeou inimizade das personagens que estão destinadas à dita ou à desdita» — Aristóteles, op.cit.. 1452b, p. 86.(18) Todo o itinerário vivencial de José da Cruz ou, noutro sentido, a ascensão deLeandro à sua gruta, depois do linchamento em Porto Novo constituem novos exemplosde viae crucis.E-book CEAUP 2007
Vertentes da insularidade na novelística de Manuel Lopes(19) Dentre os muito numerosos exemplos, salientemos o seguinte: «— Um vento destesnão mete medo a ninguém — ajuntou José da Cruz sem pensar no que dizia. — Ventonão come gente, sim, vento não come gente...» (FVL, p. 103). Como que o destino lhe pegouna palavra e, um a um, veio a tragar todos os elementos da família e praticamente dacomunidade de Terranegra.(20) Cf.. por exemplo, FVL, p. 118, 11. 28-29; p. 146, 11. 14-17 e 11. 19-25.(21) Cf. André Niel, op. cit., p. 107: «C’est l’alternance (le renversement) des positionsde succès et d’échec [...] qui constitue le ressort de l’émotion combative (ou dramatique).»(22) Cf. FVL, p. 241, 1.25 e p. 119, 1.11: «As montanhas não os denunciam».(23) «As grutas são retiros secretos, morada dos Imortais taoístas e local das iniciações.Representam um mundo paradisíaco, e por esta razão a sua entrada é difícil (simbolismoda “porta estreita”).»«[... O] complexo: água, árvores, Montanha, gruta [...] não era mais do que o desenvolvimentode uma ideia religiosa ainda mais antiga: a do sítio perfeito, quer dizer completo,compreendendo um monte e um lago — e retirado. Sítio perfeito, porque ao mesmo tempoMundo em miniatura e Paraíso, fonte de beatitude e lugar de Imortalidade». Mircea Elíade,op. cit., p. 162 (ambos os excertos). Mais adiante (p. 177), este autor alude, a propósito dahomologia antropocósmica, à «assimilação do ventre ou da matriz à gruta [...].»(24) André Niel, op. cit., pp. 107-108.(25) André Niel, op. cit., p. 109.(26) Cf. Carlos Reis, Dicionário de Narratologia, Coimbra, Almedina, 1987, p. 307.(27) Estas considerações não contemplam em absoluto, por exemplo, o caso do «nouveauroman» que, neste particular, intenta depreciar o estatuto tradicional da personagem,contando com o recurso do leitor «activo» para suprir descontinuidades e vazios.(28) A luta que diegeticamente opõe humanos e forças naturais é uma das manifestaçõesdo conflito (ou um dos conflitos), que proporciona(m) alguns dos traços caracterizadoresdas personagens em confronto. Não está em causa, por nossa parte, a equivocidadeentre os conceitos de ‘luta’ e o de «conflito», que configura um operador metodológico deanálise da narrativa.(29) Maria Ângela Resende, «O texto, o leitor e a construção das personagens», PaIavras,10, Junho 87, p. 65.209(30) O nome desta personagem é particularmente expressivo, quer pela sua cargaconotativa, num simbolismo que pode aproximá-lo do próprio Cristo (‘o que leva a cruz’o; v., aliás, as iniciais JC), quer pela família literária em cuja tradição poderáentroncar como parente afastado de João da Cruz, do Amor de perdição. A personagemcamiliana é, como José da Cruz, um homem de bem, dinâmico e corajoso, mas caracterizadopor uma desenvoltura e pragmatismo que não encontramos na personagem deLopes.2007 E-BOOK CEAUP
- Page 5 and 6:
VERTENTES DA INSULARIDADE NANOVELÍ
- Page 7 and 8:
ÍNDICEApresentação 9Nota prévi
- Page 9:
Concorri ao Mestrado de Literaturas
- Page 12 and 13:
Maria Luísa BaptistaNOTA PRÉVIAPa
- Page 14 and 15:
Maria Luísa Baptista14go, pude con
- Page 16 and 17:
Maria Luísa Baptista02.MANUEL LOPE
- Page 18 and 19:
Maria Luísa Baptista18seus número
- Page 20 and 21:
Maria Luísa Baptistapara os meteor
- Page 22 and 23:
Maria Luísa Baptistae sofrendo um
- Page 24 and 25:
Maria Luísa Baptista24para a franc
- Page 26 and 27:
Maria Luísa Baptista26A relativa p
- Page 28 and 29:
Maria Luísa Baptistade contextuali
- Page 30 and 31:
Maria Luísa Baptista1. DA ACÇÃO3
- Page 32 and 33:
Maria Luísa Baptistamo entre quere
- Page 34 and 35:
Maria Luísa Baptista34A partir da
- Page 36 and 37:
Maria Luísa Baptista36títulos apo
- Page 38 and 39:
Maria Luísa Baptistaremos a afirma
- Page 40 and 41:
Maria Luísa Baptista40Notemos que
- Page 42 and 43:
Maria Luísa Baptistasilenciaram. C
- Page 44 and 45:
Maria Luísa Baptista44distintivos
- Page 46 and 47:
Maria Luísa Baptista46insuficiente
- Page 48 and 49:
Maria Luísa Baptista48(CB, p. 57).
- Page 50 and 51:
Maria Luísa BaptistaA despeito dis
- Page 52 and 53:
Maria Luísa Baptista52de interven
- Page 54 and 55:
Maria Luísa Baptista4. DO ESPAÇO4
- Page 56 and 57:
Maria Luísa Baptista56Porto Novo,
- Page 58 and 59:
Maria Luísa Baptista58os elementos
- Page 60 and 61:
Maria Luísa Baptista60lhe mina o s
- Page 62 and 63:
Maria Luísa Baptista62Não encontr
- Page 64 and 65:
Maria Luísa Baptistacontribuem par
- Page 66 and 67:
Maria Luísa BaptistaAcontecimentos
- Page 68 and 69:
Maria Luísa BaptistaAcontecimentos
- Page 70 and 71:
Maria Luísa BaptistaAcontecimentos
- Page 72 and 73:
Maria Luísa Baptista05.ANÁLISE DE
- Page 74 and 75:
Maria Luísa BaptistaO «combate»
- Page 76 and 77:
Maria Luísa Baptistaandro que, a d
- Page 78 and 79:
Maria Luísa Baptistaconsigna-se, p
- Page 80 and 81:
Maria Luísa Baptista80marido, uma
- Page 82 and 83:
Maria Luísa BaptistaO acentuar dos
- Page 84 and 85:
Maria Luísa BaptistaO milharal, re
- Page 86 and 87:
Maria Luísa Baptista86do «Romance
- Page 88 and 89:
Maria Luísa Baptista88Como, pois,
- Page 90 and 91:
Maria Luísa Baptista- a acção do
- Page 92 and 93:
Maria Luísa Baptista92Sendo assim,
- Page 94 and 95:
Maria Luísa BaptistaAfigura-se, po
- Page 96 and 97:
Maria Luísa Baptista96ficos, mas a
- Page 98 and 99:
Maria Luísa Baptista(pp. 24-28); e
- Page 100 and 101:
Maria Luísa Baptistaa atmosfera es
- Page 102 and 103:
Maria Luísa Baptistalíngua de fog
- Page 104 and 105:
Maria Luísa Baptista104ção da su
- Page 106 and 107:
Maria Luísa Baptistaquando a árvo
- Page 108 and 109:
Maria Luísa Baptista108Actualizaç
- Page 110 and 111:
Maria Luísa Baptista• «O posto
- Page 112 and 113:
Maria Luísa Baptista112«Tem algum
- Page 114 and 115:
Maria Luísa Baptista114Inerente à
- Page 116 and 117:
Maria Luísa Baptista116Miguel Alve
- Page 118 and 119:
Maria Luísa Baptista118Gente das p
- Page 120 and 121:
Maria Luísa Baptista120a mão-de-o
- Page 122 and 123:
Maria Luísa Baptistalos ventos cor
- Page 124 and 125:
Maria Luísa Baptistadas a pique on
- Page 126 and 127:
Maria Luísa Baptista• «A tarde
- Page 128 and 129:
Maria Luísa Baptistasente embora,
- Page 130 and 131:
Maria Luísa Baptista130directa. Ma
- Page 132 and 133:
Maria Luísa Baptista«Fiz bem o qu
- Page 134 and 135:
Maria Luísa Baptistata-se devidame
- Page 136 and 137:
Maria Luísa Baptistatem-se os valo
- Page 138 and 139:
Maria Luísa Baptistanada mais. Zep
- Page 140 and 141:
Maria Luísa Baptista140Neste caso,
- Page 142 and 143:
Maria Luísa Baptistaos homens. E,
- Page 144 and 145:
Maria Luísa Baptista• a antevis
- Page 146 and 147:
Maria Luísa Baptistase fosse para
- Page 148 and 149:
Maria Luísa Baptista— Nem me lem
- Page 150 and 151:
Maria Luísa Baptista- o «querer b
- Page 152 and 153:
Maria Luísa Baptistacom bosques, c
- Page 154 and 155:
Maria Luísa Baptista— Homem nasc
- Page 156 and 157:
Maria Luísa BaptistaSupomos poder
- Page 158 and 159: Maria Luísa Baptistaágua que se s
- Page 160 and 161: Maria Luísa BaptistaO telurismo co
- Page 162 and 163: Maria Luísa Baptista• «Quem olh
- Page 164 and 165: Maria Luísa Baptistacimento da vul
- Page 166 and 167: Maria Luísa BaptistaAssim, em FVL
- Page 168 and 169: Maria Luísa Baptistadividual, de l
- Page 170 and 171: Maria Luísa Baptista• «Mas lá
- Page 172 and 173: Maria Luísa BaptistaTemos por form
- Page 174 and 175: Maria Luísa Baptista«Parece exact
- Page 176 and 177: Maria Luísa Baptistaa uma meia dú
- Page 178 and 179: Maria Luísa Baptistarelacionais (2
- Page 180 and 181: Maria Luísa Baptistapotencialidade
- Page 182 and 183: Maria Luísa Baptista«— Sempre e
- Page 184 and 185: Maria Luísa Baptista184Um como out
- Page 186 and 187: Maria Luísa BaptistaO «querer bip
- Page 188 and 189: Maria Luísa Baptista• «Era o qu
- Page 190 and 191: Maria Luísa BaptistaNa verdade, a
- Page 192 and 193: Maria Luísa Baptistaa partilha do
- Page 194 and 195: Maria Luísa Baptistalocando o home
- Page 196 and 197: Maria Luísa Baptistados longes tra
- Page 198 and 199: Maria Luísa Baptista(solidariedade
- Page 200 and 201: Maria Luísa Baptistaproduções qu
- Page 203 and 204: Vertentes da insularidade na novel
- Page 205 and 206: Vertentes da insularidade na novel
- Page 207: Vertentes da insularidade na novel
- Page 211 and 212: Vertentes da insularidade na novel
- Page 213 and 214: Vertentes da insularidade na novel
- Page 215 and 216: Vertentes da insularidade na novel
- Page 217 and 218: Vertentes da insularidade na novel
- Page 219 and 220: Vertentes da insularidade na novel
- Page 221 and 222: Vertentes da insularidade na novel