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VERTENTES DA INSULARIDADE NA NOVELÍSTICA DE MANUEL LOPES

Vertentes da Insularidade na Novelística de Manuel Lopes

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Vertentes da insularidade na novelística de Manuel Lopesva, prende o ilhéu à terra e sustém-no contra a ameaça de brechas comoo desalento. É o lastro e a cúpula de uma filosofia vivencial.Passemos, pois, a reflectir sobre a primeira das áreas temáticas enunciadas,o telurismo.1. DO TELURISMO«Havia neles qualquer coisa de terroso, como se fossem raízes arrancadasà terra. Raízes insepultas que Deus, com toques de varinha mágica,tivesse transformado em homem, mulher e filhos...» (FVL, p. 78).A actividade agrária, dominante, supõe um sedentarismo de gerações,viva e intimamente dinâmico, porque é insatisfeito o homem dointerior rural, sonhador de sonhos que ultrapassam qualquer realidadepor extraordinária e bela que seja. Vejamos, de Manuel Lopes, «Poemade quem ficou» (Claridade, 3, Março 1937, p. 1, mais tarde incluído emCrioulo e outros Poemas, Lisboa, 1964, com ligeiras alterações):«POEMA <strong>DE</strong> QUEM FICOUEu não te quero malpor este orgulho que tu trazes,por este ar de triunfo iluminadocom que voltas...O Mundo não é maiordo que uma pupila de teus olhos:tem a grandezadas tuas inquietações e das tuas revoltas.151... Que teu irmão que ficousonhou coisas maiores ainda,mais ricas e belas que aquelas que conheceste...Crispou as mãos à beira-do-mare teve saudades estranhas, de terras estranhas,2007 E-BOOK CEAUP

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