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VERTENTES DA INSULARIDADE NA NOVELÍSTICA DE MANUEL LOPES

Vertentes da Insularidade na Novelística de Manuel Lopes

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Vertentes da insularidade na novelística de Manuel Lopes«Vai da minha casa, desgraçado.» (p. 165) [José da Cruz não maisteria casa]• a maldição de um «correligionário» de Leandro sobre este:«Havemos de nos encontrar um dia — continuou o outro com umesgar de sofrimento. — O mundo acabará pra um de nós dois. Lá, ondenos encontrarmos, não voltará a crescer erva nem com todas as chuvasdo céu.» (p. 197)• a praga rogada a Zepa pelos rapazes do Cidrão:«Com a tua soberbindade cais um dia de rocha e não tens quem tevá salvar.» (pp. 67-68).Mais alguns casos no âmbito do trágico foram já relevados em 5.1.1.Aditam-se, todavia, pela sua excepcionalidade neste quadro de premonições:• o sonho de José da Cruz, tornado como um «aviso» de chuva:«Um anjo a descer do céu prá terra, montado numa nuvem, umanuvem que parecia exactamente um cavalo branco, ou que virou cavalo,já não sei, um cavalão muito grande e manso. O anjo trazia um balded’água nas mãos, e quando chegou assim nesta endireitura, virou o baldede boca para baixo, e a água que saía do balde parecia não acabarnunca.» (p. 19)• o «sonho acordado» de Miguel Alves:«Fizera isso só para realizar um velho sonho: ser proprietário, dizer«isto é meu», criar um pouco de beleza privada, de sua própria iniciativa,produto de seu próprio esforço, edificar um pequeno mundo deconforto e encanto, já que o Destino lhe fora sempre adverso — e, nessepequeno mundo, simular grandezas impossíveis e desforrar-se de seuspróprios limites. Bater com os tacões no solo e berrar: “Isto é meu, meussenhores. Até o centro da Terra.”» (p. 79)1432007 E-BOOK CEAUP

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