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A MILENAR ARTE DA ORATURA ANGOLANA E MOÇAMBICANA

a milenar arte da oratura angolana e moçambicana - Centro de ...

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A Milenar Arte Da Oratura Angolana e MoçambicanaAspectos Estruturais e Receptividade dos Alunos Portugueses ao Conto AfricanoXXIX – O JOVEM E A GRANDE SERPENTE (conto muçulmano) 50FUNÇÕES ESTRUTURAISMOTIVOSModelo TipoEstado inicial deequilíbrioSituação de perturbaçãoElementos TextuaisEstabilidadeInstabilidadeMotivos TemáticosHavia um rei tão pobre que pescava para sobreviver.Encontrou um dia uma grande serpente de sete cabeças. A serpentepromete-lhe ouro com a condição de lhe trazer a primeira coisa que encontrasseem casa.– Regresso do rei a casa.– Encontro da mulher que estava de esperanças, pensou que teria dedar a criança à serpente.– Nascimento da criança, um rapaz que crescer e um dia a serpenteCumprimento da promessa veio exigi-lo.– O rapaz aceitou o seu destino e passou a noite a cantar, aproximaramsedois homens de branco que o questionaram como podia ele cantarAdjuvantessabendo a sua sorte, ele respondeu como ia morrer no dia seguinte,hoje cantava.– Os homens decidem ajudá-lo e mandam pedir ao pai sete cabaças deTransformaçãoleite e colocá-las à porta de cada quarto.– À noite quando a serpente chegou saciou-se bebendo o leite das setecabaças e não matou o rapaz.– Pediu ao rapaz que deitasse a língua de fora e escreveu algo que eleRecompensa do heróinão poderia revelar a ninguém.– O rapaz obteve o dom de compreender a linguagem dos animais, masnão disse a ninguém.Provas– Casamento do rapaz.– O rapaz ria com as conversas que ouvia dos animais e um dia a mulherzangou-se pois pensou que ele ria dela e da sua fealdade.– As discussões continuavam.Situação restabelecidamulher para chamá-la à razão. Assim fez.O rapaz ouviu o galo dizer para o gato de que o marido deve bater naResolução do confl itoEstado fi nal Estabilidade A mulher pediu perdão e calou-se.27150Informadora: Sofia. Segundo esta este conto teria vindo da Índia, dos Árabes de Goa ou Bombaim,que fundaram casas de comércio em Lourenço Marques. Aí casaram com mulheres negras, chegando a falarcorrectamente o ronga.Chatelain recolheu na costa ocidental de África dois contos que apresentam semelhanças: Na Nzua diKimaueze, em que se integra o incidente da Grande Serpente (chamada, no conto angolano, espírito do rio);o outro conto é a história de Nianga dia Ngenga (p.222) de um indivíduo que também tem aborrecimentoscom a mulher por compreender a língua dos animais. Mas ele resolve as dificuldades com menos inteligênciado que o herói ronga. Revela o seu segredo e morre. Estas coincidências impedem-nos de concluir pelaorigem indiana do conto.2009 E-BOOK CEAUP

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