19.08.2015 Views

A MILENAR ARTE DA ORATURA ANGOLANA E MOÇAMBICANA

a milenar arte da oratura angolana e moçambicana - Centro de ...

a milenar arte da oratura angolana e moçambicana - Centro de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Susana Dolores Machado NunesDiscussão– Usaram o cesto para chegar à Índia antes do funeral e usaram o pópara a trazer à vida.– Depois discutiram entre si qual deles tinha direito a fi car com a rapariga.Situação restabelecidaSentençaAparecimento de um velho que dita a sentença.Estado fi nal Estabilidade A sorte será daquele que primeiro diga “mamá”. 48Informadora: Camila.XXVIII – LIKANGA (conto Kua) 49FUNÇÕES ESTRUTURAISMOTIVOS270Modelo TipoEstado inicial deequilíbrioSituação de perturbaçãoTransformaçãoSituação restabelecidaEstado fi nalElementos TextuaisEstabilidadeInstabilidadePrestação das provasRepúdio pela adjuvanteCastigoAdjuvante: desvenda o segredoa uma rapariga que não adesprezaCastigo do malfeitorRecompensaEstabilidade - sentençaMotivos TemáticosHavia um homem com um rosto maravilhoso, o mais belo de todos doseu país, tinha inúmeras riquezas (bois, terras) e era órfão.Todas as raparigas da terra queriam que ele as desposasse.– Uma rapariga preparou-se com as mais belas roupas e foi ter com ohomem para casar com ele. Pelo caminho encontrou uma velha suja emedonha. Ela chamou-a, mas a rapariga afastou-se.– Chegou a casa do homem e lá fi cou, cozinhou para ele e quando sepreparava para comer ele impediu-a.– Mais tarde, pegou nela e lançou-a a um poço onde morreu.– Sucedeu o mesmo a muitas outras raparigas, todas morriam.– Um dia chegou uma rapariga de um país longínquo e ao ver a velhaaproximou-se dela.– Esta contou-lhe o que se estava a passar e disse-lhe o que havia defazer: tratar o homem pelo seu nome, Likanga.– Quando o homem a impediu de comer ela tratou-o pelo seu nome eele fi cou agitado.– Ele pegou nas suas mais belas roupas e na harpa unicórdia e começoua dançar à volta dela, sempre que ela mencionava o seu nome, maisagitado fi cava o homem.– Ele afastou-se e atirou-se a uma ribeira sempre a cantar.– A rapariga ainda tentou salvá-lo, mas ele morreu.Regresso da rapariga à aldeia deserta, pegou em tudo o que quis.A rapariga voltou a casa dos seus pais, dizendo: «não faz mal que eletenha morrido! Já matou muitas!».– Informadora: Camila48Subentende-se: «Será ele que conquistará a bela rapariga!»49Os Kua ou Makua de Moçambique são muito numerosos em Lourenço Marques, parecendo que os seuscontos se tornaram ali populares. Os contos nº V, VI e XV da presente colectânea talvez provenham delesE-BOOK CEAUP 2009

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!