19.08.2015 Views

A MILENAR ARTE DA ORATURA ANGOLANA E MOÇAMBICANA

a milenar arte da oratura angolana e moçambicana - Centro de ...

a milenar arte da oratura angolana e moçambicana - Centro de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Susana Dolores Machado Nunescoração, foi por isso que o céu se irritou com ela. Por mim, soube seguiras recomendações que me fizeram. Morreu, a minha irmã!»Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português, 1987Conto I – “A raposa e o lobo”A raposa e o lobo mataram dois carneiros e fugiram. Depois que se acharamseguros, deitaram-se a comer, mas só puderam comer um, e o outroficou inteiro. Diz a raposa: - Compadre, é melhor enterrarmos este carneiroe vimos cá amanhã comê-lo juntos. Vai o lobo e diz-lhe: - Mas nemeu nem tu temos faro, como é que o havemos tomar a achar? - Deixase-lheo rabo de fora. Assim se fez. No dia seguinte apresenta-se o loboe diz: - Comadre, vamos comer o carneiro? - Hoje não posso; tenho deir ser madrinha de um cachorrinho. O lobo fiou-se, mas a raposa foi aolugar onde estava enterrado o carneiro e comeu um grande pedaço. Nooutro dia toma o lobo a perguntar-lhe: - Que nome puseste ao teu afilhado?- Comecei-te. Exclama o lobo: - Que nome! Vamos comer o carneiro?- Ai, compadre (disse-lhe a raposa), hoje também não pode ser;estou convidada para ir ser madrinha. O lobo fiou-se; a raposa tornou air comer sozinha. Ao outro dia vem o lobo: - Que nome deste ao teu afilhado?- Meei-te. - Que nome! (replica o lobo). Vamos comer o carneiro?A raposa tornou a escusar-se com outro baptizado, e foi acabar de comero carneiro. O lobo vem: - Como se chama o teu afilhado? - Acabei-te. -Vamos comer o carneiro? Foram e chegaram ao sítio; assim que viram orabo, disse a raposa: - Puxa com força, compadre. O lobo puxou, e caiude pernas para o ar; a raposa safou-se.(Airão)166Conto II – “As três cidras do amor”Era uma vez um príncipe, que andava à caça: tinha muita sede, e encontroutrês cidras; abriu uma, e logo ali lhe apareceu uma formosa menina, quedisse: - Dá-me água, senão morro. O príncipe não tinha água, e a meninaexpirou. O príncipe foi andando mais para diante, e como a sede o apertavapartiu outra cidra. Desta vez apareceu-lhe outra menina ainda maislinda do que a primeira, e também disse: - Dá-me água, senão morro. NãoE-BOOK CEAUP 2009

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!