19.08.2015 Views

A MILENAR ARTE DA ORATURA ANGOLANA E MOÇAMBICANA

a milenar arte da oratura angolana e moçambicana - Centro de ...

a milenar arte da oratura angolana e moçambicana - Centro de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A Milenar Arte Da Oratura Angolana e MoçambicanaAspectos Estruturais e Receptividade dos Alunos Portugueses ao Conto Africanoà procura do fogo, não regressasse por causa da comida. Em conclusão:as pessoas não costumavam ter cães na aldeia. O motivo de ter ido umpara lá foi a incumbência que o chacal lhe confiou. Quando foi cumpriressa ordem, o cão encontrou alimento e, satisfeito, ficou na companhiados homens.Notas: Mudia-mbambi – árvore do café.Conto IV – “O rapaz e o crânio”Um rapaz foi fazer uma viagem e no caminho encontrou uma cabeça humana.As pessoas costumavam passar por ela sem fazer caso, mas o rapaznão procedeu assim. Aproximou-se, bateu-lhe com um pau e disse: Devesa morte à tua estupidez. O crânio respondeu: A estupidez me matou, a tuaesperteza também em breve te matará. O rapaz aterrorizou-se tanto que,em vez de prosseguir, voltou para casa. Quando chegou contou o que sepassou. Ninguém acreditou: Estás a mentir. Já temos passado pelo mesmolugar sem nada ouvirmos dessa tal cabeça. Como é que ela te falou? Vamoslá, e se, quando eu bater na tal cabeça, ela não falar, cortai a minha. Todospartiram e no sítio referido o rapaz bateu e repetiu: A estupidez é que tecausou a morte. Ninguém respondeu. As palavras são pronunciadas outravez e como o silêncio continuasse os companheiros gritaram: Mentiste! – edegolaram-no. Imediatamente o crânio falou: A estupidez fez-me morrer ea esperteza matou-te. O povo compreendeu então a injustiça que cometera,mas é que espertos e estúpidos são todos iguais.Conto V – “O Passado e o Futuro”159Dois homens caminhavam numa estrada quando encontraram um vendedorde vinho de palma. Os viajantes pediram-lhe vinho e o homemprometeu satisfazê-los mas com uma condição: de lhe dizerem os seusnomes. Um deles falou: Chamo-me – De onde venho. O outro – Para ondevou. O homem aplaudiu o primeiro nome e reprovou o segundo, negando2009 E-BOOK CEAUP

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!