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A MILENAR ARTE DA ORATURA ANGOLANA E MOÇAMBICANA

a milenar arte da oratura angolana e moçambicana - Centro de ...

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Susana Dolores Machado NunesLíngua Portuguesa, o interesse e a curiosidade demonstrada pelos alunos,as principais dificuldades detectadas na leitura e exploração dos contos,a avaliação da experiência realizada.7.3. ANÁLISE DOS <strong>DA</strong>DOS/RESPOSTAS136Procedemos à análise quantitativa das respostas dadas, tendo emconta os sete itens de preenchimento. Esta opção de trabalho deve-se aofacto de pretendermos retirar conclusões sobre o número de alunos queconseguiu identificar as categorias da narrativa presentes nos contospopulares angolanos e moçambicanos, os alunos que identificaram asfiguras representativas do Bem e do Mal nos mesmos contos, os alunosque compreenderam a estrutura da narrativa, identificando as provas e/ouobstáculos pelos quais o herói passa e os que interpretaram a moralidadepresente nos contos populares.Este trabalho de análise quantitativa, com duas tabelas de levantamentode dados e a sua explicação detalhada, encontra-se em anexo aesta dissertação.Os alunos demonstraram, pelas respostas dadas, entender o conceitode narrativa como uma descrição de eventos, baseados em experiências,ocorridas ou ficcionadas, seleccionados por quem escreve ou conta edescritos de acordo com uma organização 36 estrutural que permite aantecipação de quem ouve ou lê. Na sua essência a narrativa é um meiode comunicação entre quem conta ou escreve e quem lê ou ouve. O grandeobjectivo da narrativa é a recreação de quem lê ou ouve, provocandorespostas emocionais (surpresa, curiosidade, medo, satisfação) no leitorou no ouvinte. Reproduzimos algumas reacções dos alunos no momentoda primeira leitura dos contos: “Professora, que engraçada a figura dosMa-Kishi!”; “Uma estrada que chega ao céu?”; “Um crânio que fala, professora,está a brincar!”; “O que são Ma-kishi? São monstros que comempessoas?”; “É giro esta coisa de enganar a Lebre, ela é sempre a esperta,não é?”; “É possível viver debaixo de água com um espírito?”, “O que é umKianda?”. Estes primeiros comentários espontâneos revelam a surpresa, a36Definição apresentada por Grasser, Golding e Long, 1991.E-BOOK CEAUP 2009

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