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O VINHO PARA O PRETO

o vinho para o preto - Centro de Estudos Africanos da Universidade ...

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O Vinho para o PretoNotas e Textos sobre a Exportação do Vinho para ÁfricaColonial olharia para mais alto ainda, para defesa dos interesses do país,e nessa esperança colaborará com entusiasmo.Presidente – Deu a hora. Tem a palavra o sr. Cincinato da Costa.Cincinato da Costa — Deve o Congresso já estar fatigada de ouvir falarem vinhos para o Ultramar, álcool industrial e aguardente de vinho. Mas,tendo a honra de representar a Real Associação de Agricultura, como seudelegado ao Congresso, não pode deixar de usar da palavra sobre o assuntosujeito à discussão, e sobre o qual essa Associação emitiu já o seu parecer.No Congresso Vinícola Nacional de 1900, largamente foi debatidaa questão do grau alcoólico que deviam ter os vinhos para o Ultramar, epode assegurar ao Congresso que conquanto houvesse divergências sobreo limite a estabelecer, nunca se sustentou a opinião de que os vinhos preparadospara a Africa devessem ter graduação elevadíssima de 23° .— Osilustres oradores que se referiram a este limite, fixado ou pedido pelos srs.relatores, atribuindo-o a desejos particularistas dos viticultores nacionais,enganaram-se, porquanto, em face das conclusões votadas no CongressoVinícola de 1900, onde nenhuma voz se levantou a sustentar a necessidadedo limite de 23° para os vinhos comuns de embarque, pode afirmar que talnão é o desejo da viticultura, que o que quer e pede, é que se abra mercadoe fácil colocação para os seus vinhos, e nunca se permita que, com o falsonome de vinho, se exportem mistelas fortemente alcoolizadas com álcooisindustriais, que apenas servem para ser desdobradas nos mercados ondechegam, fazendo concorrência ao genuíno produto da cepa. No CongressoVinícola de 1900, as opiniões dividiram-se a princípio sobre se deveriamanter-se o limite de 19 graus ou se se deveria baixar esse limite para 16°.Afinal votou-se 19°, e o orador, na qualidade de representante da RealAssociação de Agricultura, tem o dever de sustentar essa deliberação doCongresso, embora pudesse apresentar razões ponderosas que dariamforça aos que sustentaram que o limite máximo da graduação, para osvinhos preparados, não devia ir além de 16° .O que deseja acentuar é que nunca a viticultura nacional pediu o de23° agora proposto, e que a adopção desse limite trará prejuízos em lugarde vantagens ao comércio lícito de vinhos.832008 E-BOOK CEAUP

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