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O VINHO PARA O PRETO

o vinho para o preto - Centro de Estudos Africanos da Universidade ...

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José Capela70Este inconveniente é de tal gravidade que a ele se deve em grandeparte, o retraimento das transacções.Temos aqui ouvido que os preços são exorbitantes no ultramar comparadosaos do país, e assim é, mas é mister apresentar, tais quais são, ascausas determinadas desse exagero; entre elas figura a alta do câmbio.O recurso de que se lança mão, pagando por meio de notas do BancoUltramarino, que são remetidas em cartas registadas, nada atenua o mal,porque o Banco Ultramarino na sede não paga as suas próprias notas,trocando-as pelas do Banco de Portugal, senão mediante um forte desconto,que, sobrecarregando a fazenda, a torna caríssima.Esse Banco Ultramarino, com tantos privilégios e tão manifestos lucros,podia e devia facilitar as transacções, trocando aqui as suas notaspelas do curso do reino, e com pequeno sacrifício nas suas vantagens darexpansão ao comércio.Por este meio, pelo da facilidade da navegação, pela atenuação daspeias fiscais, muito poderia ele alargar-se, e com pequena sobrecargapodiam os géneros ser vendidos nas colónias, o que largamente expandiriao consumo.E quando a metrópole se queixa, e com razão, do estado angustiosoem que se encontram os produtores do vinho, debatendo-se em uma crise,que só pode encontrar resolução no incremento da exportação, a qual seencontra segura no consumo colonial, cumpre envidar todos os esforçospara que se proporcionem todos os meios para se sair de semelhantesituação.Em presença do exposto, concluiremos reclamando providências eficazespara que a circulação monetária entre a metrópole e as colónias sejafácil e rápida, impondo-se ao Banco Ultramarino ou a qualquer que façaa emissão de notas a obrigação de trocá-las ao par pelas que têm cursolegal no reino.CONCLUSÕES DESTA SUCINTA MEMÓRIA1.ª – Não admitimos limites de grau alcoólico, inferior a 23.°, para osvinhos que sejam exportados para as províncias ultramarinas, devendo aspautas nessas províncias organizar-se segundo este princípio.E-BOOK CEAUP 2008

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