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O VINHO PARA O PRETO

o vinho para o preto - Centro de Estudos Africanos da Universidade ...

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O Vinho para o PretoNotas e Textos sobre a Exportação do Vinho para Áfricatos industriais; todavia, não tem sido por enquanto aproveitada, e, não osendo, pode tornar-se para nós desvantajosa, em vez de proveitosa.Haverá indústrias que, estabelecendo-se em Lourenço Marques, possamexplorar os mercados transvalianos, com o favor a que aludi, favor aque dão maior vulto os enorme direitos com que a república tem oprimidoquase todas as importações? Há uma, pelo menos; e essa, não somentetem condições para aproveitar esse favor, senão que precisa aproveitá-lopara defesa própria e dos interesses económicos e fiscais da província.Refiro-me à fabricação do álcool.Antes de tudo, notemos desde já que os moralistas mais intransigentesnão podem pensar, sequer, em proibir ou restringir o consumo do álcoolno distrito de Lourenço Marques: desde que ele se pode fabricar e fabricano Transval, pode também invadir o território português, ainda que a suafronteira seja guardada pelo congresso de Bruxelas com todos os exércitosdos governos que subscreveram o seu Acto Geral.Portanto, os interesses económicos e fiscais são os únicos que têm deser consultados acerca da questão do álcool no referido distrito, e a morale a temperança nada têm que ver com ela.Posto isto, temos a considerar um perigo, que de dia para dia se tornamais iminente. O Transval fabrica álcool; por enquanto consome quantofabrica e não lhe chega; aumentando, porém, a produção, exportá-la-ápara Lourenço Marques, onde não só a alfândega perderá a sua principalreceita, a dos direitos do álcool estrangeiro, senão que a produção localdesse artigo, havendo-a, terá de lutar com uma concorrência porventuraesmagadora.Qual é o meio único de conjurar esse perigo? Evidentemente desenvolverno distrito a fabricação de bebidas destiladas, a ponto de poder resistirà possível invasão transvaliana, e de se tirarem dela receitas públicas quecompensem os rendimentos aduaneiros, que essa mesma fabricação eliminar.Resta, porém, estudar sob qual regime será mais possível conseguirestes resultados.Um facto que à primeira vista surpreende — mas que nos pode guiarno estudo do problema que deixei enunciado, — é não ter a iniciativa particulartentado, a sério, aproveitar as diversas circunstâncias que parecemfavorecer a indústria do álcool em Lourenço Marques. As tentativas até412008 E-BOOK CEAUP

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