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O VINHO PARA O PRETO

o vinho para o preto - Centro de Estudos Africanos da Universidade ...

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O Vinho para o PretoNotas e Textos sobre a Exportação do Vinho para ÁfricaAssim, dos 70 ou 80 contos de réis de tal vinho importado emInhambane no ano de 1906, só uma pequena parte, que não vaidecerto a mais de 20 contos de réis, representa a protecção realque a indústria vinícola da Metrópole está gozando. Este benefícioé insignificante em comparação com os prejuízos que eleimpõe; mas, admitindo mesmo que o valor total do vinho consumidoiria aos cofres dos vinicultores, nem por isso deveria a Leide 7 de Maio de 1902 ser mantida em vigor, porque é injusto eanti-económico proteger uma indústria na Metrópole a troco dadestruição não de uma, mas de todas as indústrias do distrito deInhambane.A revogação de tal lei privará os vinicultores de Portugal de umsubsídio anual, que decerto não é maior que de 20 contos deréis, mas permitirá que em Inhambane se desenvolvam, não sóa cultura da cana, mas também muitas outras indústrias principalmenteagrícolas, que dentro de quatro ou cinco anos poderãorepresentar valores de centos de contos de réis.Postos assim em equação os interesses afectados pela lei, e representadospela necessidade de proteger a indústria vinícolaem Portugal de um lado, e de outro a prosperidade económicado distrito de Inhambane, podem calcular-se as soluções que oproblema comporta e medir os efeitos que elas produzirão.As soluções são duas:1.ª2.ªÉ mantida a lei e, portanto, a proibição do fabrico e consumode bebidas cafreais fermentadas;É revogada a lei e por consequência autorizado o fabrico econsumo de tais bebidas.109Qual destas soluções é a mais nacional, a mais justa, a mais humanae de maiores vantagens económicas?É o que vou procurar demonstrar.As consequências da primeira solução são duas: ou o indígenase acostuma a beber o vinho nacional ou se recusa ao seuconsumo.2008 E-BOOK CEAUP

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