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o negro na universidade

O Negro na Universidade - Universidade Estadual de Londrina

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Comunicações OraisZulu Araújo *Inicio a discussão sobre o sistema de cotas para <strong>negro</strong>s <strong>na</strong>s<strong>universidade</strong>s afirmando que o momento de nós, <strong>negro</strong>s, noslamentarmos está superado. É necessária uma atitude positiva, por issoa defesa de ações afirmativas. Estou dizendo isso, não para negar odiagnóstico que os estudiosos, sejam os professores, seja a militânciado Movimento Negro, têm feito ao longo do tempo. Pelo contrário,estou valorizando esse diagnóstico para dizer que nós precisamos teruma atitude positiva. E a valorizo, pois os dados expressos hoje, querpelo IPEA, quer pelo IBGE, quer pela UFPR, quer pela UNB querpela UFBA, são incontestáveis: não há o que discutir.A presença do <strong>negro</strong> no mercado de trabalho brasileiro é mínimae vergonhosa. A exclusão do <strong>negro</strong> do mercado de trabalho dá-se deforma cruel. Tal quadro não é superável ape<strong>na</strong>s <strong>na</strong> educação formal.Há casos de discrimi<strong>na</strong>ção no mercado de trabalho, como, por exemplo,o exercício da profissão de garçom, que não exige formação acadêmicae prescinde de educação formal. Ainda assim, 85% dos garçons dosrestaurantes de classe média de Salvador são brancos apesar dapopulação ser formada por 85% de <strong>negro</strong>s. A gravidade do quadro étamanha que está exigindo do promotor Lidivaldo Brito a promoçãode um termo de acordo e ajuste de conduta com o shopping CenterIguatemi. Portanto, o <strong>negro</strong> não está excluído do mercado ape<strong>na</strong>s porausência de formação acadêmica.Para a compreensão da importância das políticas de açãoafirmativa, é necessário que se reconheça que este país é um país racista,porque construiu, durante 400 anos, a escravidão como modelo de*Presidente da Fundação Cultural Palmares – Ministério da Cultura.145

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